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Tribuna de Macau
Director José rocha Dinis | Director Editorial executivo Sérgio Terra | Nº 3807 | quinta-feira, 21 de juLho de 2011
PROPOSTAS NOVAS REGRAS NA VIDEOVIGILÂNCIA
10 Patacas
FUNDO DESTINA 200 MILHÕES A EMPRESAS E ASSOCIAÇÕES
Imagens passam a ser Equipamentos “verdes”
elemento de prova
com apoio financeiro
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Pág 3
Lisboa aprova plano
para reduzir estruturas
e cargos dirigentes
AUDITORIA APONTA FALHAS DE GESTÃO AO CENTRO DE CIÊNCIA
Sem estratégia
e com erros em concursos
PáG 5
O Governo português aprovou ontem
um “Plano de Redução e Melhoria da
Administração Central” que fixa como
objectivo mínimo reduzir em 15% as
estruturas orgânicas de cada ministério
e o número de dirigentes. A aprovação
foi anunciada pelo secretário de Estado
da Presidência, Luís Marques Guedes,
salientando que o plano insere-se “no
quadro do exigente esforço de ajustamento
orçamental em curso, baseado na redução
da despesa” e no âmbito do “Compromisso
Eficiência” e dá cumprimento a “medidas do
programa de apoio económico e financeiro
a Portugal”. O secretário de Estado da
Presidência disse que “o primeiro e mais
importante impulso deste plano é dado
com o processo de preparação das leis
orgânicas dos ministérios e dos respectivos
serviços, devendo a elaboração destes
diplomas atender aos objectivos de redução
de estruturas e de cargos dirigentes”. O
Governo aprovou também um decreto-lei
que transfere dos governos civis para o
director nacional do Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras a competência para a
concessão de passaportes.
CEM comparticipa tarifas
de clientes residenciais e PME’s
Nomeado novo comissário
do MNE chinês em Macau
Portugueses gastam mais
com os carros que com a casa
A Companhia de Electricidade de Macau vai
continuar a comparticipar o Grupo Tarifário A no
terceiro trimestre, ao reduzir para 32 avos por kWh a
“Cláusula de Ajustamento da Tarifa” (CAT). Segundo a
fórmula de cálculo incluída no contrato de concessão,
e atendendo ao aumento do preço do petróleo e à
valorização do renminbi, a CAT deveria fixar-se nos
35 avos, indicou a empresa, salientando que decidiu
manter a comparticipação para evitar o impacto do
aumento nos clientes residenciais e pequenas e médias
empresas. O valor da CAT dos grupos B, C e D será
de 35 avos por kWh, sendo que todos as categorias
sofrerão um aumento de um avo comparativamente
ao trimestre anterior. Segundo a CEM, o preço de
aquisição do fuelóleo usado na produção de energia
aumentou 10% face ao último trimestre e a valorização
do renminbi atingiu 3% desde o início do ano.
O Governo Central chinês nomeou Hu Zhengyue
como comissário do Ministério dos Negócios
Estrangeiros na RAEM, em substituição de Lu
Shumin, que ocupava o cargo desde 2008, revelou
ontem a agência Xinhua, citando um comunicado.
Hu Zhengyue, de 58 anos, desempenhava funções
de ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros da
China desde 2008, tendo a Ásia como área da sua
responsabilidade, e o seu currículo também inclui
cargos diplomáticos no Vietname, Singapura e
Malásia. Natural da Província de Zhejiang, o novo
comissário na RAEM pertence aos quadros do
Ministério dos Negócios Estrangeiros desde 1976.
O Gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros
em Macau foi criado a 20 de Dezembro de 1999 e
tem como função cuidar dos assuntos de exclusiva
responsabilidade do Governo Central.
Os hábitos de consumo de energia mudaram radicalmente
na última década, revela um inquérito do INE que acentua
que os portugueses já gastam mais energia nos transportes
individuais do que no alojamento. Segundo os resultados
preliminares do inquérito, mais de metade (51%) do
consumo de energia foi, em 2010, absorvido pelos veículos
de transporte individual. É a primeira vez, nos inquéritos
do INE, que este valor é superior ao consumo de energia
no alojamento. O inquérito ao consumo de energia tem
apenas duas outras edições – 1989 e 1996. Desde então,
escreve o INE, “registaram-se profundas alterações nos
hábitos de consumo de energia em Portugal”. A principal é
os portugueses terem passado a gastar mais energia com
os carros do que com a casa. Em 1989, apenas 21,8% do
consumo total de energia dizia respeito aos transportes e,
em 1996, esse valor era de 38,4%. Em 2010, ultrapassou
os 50%.
MAIS 20% DE PASSAGEIROS NA AIR ASIA. A AirAsia registou
um crescimento de 19,6% no número de passageiros
transportados em Junho, face a igual mês de 2010. A
“low-cost”, que opera voos para Macau, também viu a
sua taxa de ocupação subir de 79 para 80%.
local
VOOS PARA JACARTA COM FUTURO INCERTO. A Mandala Airlines, que
suspendeu operações por dificuldades financeiras, ainda não
definiu uma data para retomar a sua actividade, pelo que o futuro
dos voos entre a RAEM e a Jacarta continua incerto, noticiou o
Macau Daily Post. A Mandala cessou operações em Janeiro.
VIDEOVIGILÂNCIA EM ESPAÇOS PÚBLICOS
Imagens passam a ser elemento de prova
As imagens recolhidas por
sistemas de videovigilância
em espaços públicos passarão
claramente a constituir elemento
de prova em processo penal ou
contravencional. De acordo com
Leong Heng Teng, a proposta
do Governo pretende reforçar
a “prevenção e repressão da
criminalidade”
paulo barbosa
O
Conselho Executivo terminou a
análise da proposta de lei sobre
o regime jurídico da videovigilância em espaços públicos. Numa
primeira fase, serão instaladas 200 câmaras em vários pontos do território,
mas “especialmente na entrada e saída
das fronteiras”, informou ontem Leong
Heng Teng, o porta-voz do Conselho
Executivo. A proposta de lei prevê que
“as imagens e sons recolhidos constitui-
Governo garante que a privacidade dos cidadãos será salvaguardada
PJ garante que raios-x não violam privacidade
A Polícia Judiciária (PJ) rejeitou ontem que a utilização do novo aparelho de
inspecção corporal de raios-X para detecção de estupefacientes possa vir a
constituir uma violação da privacidade dos utentes, aquando da sua entrada
ou saída do território. Segundo uma nota daquela força policial, o aparelho não
vai ser instalado na zona normal de passagem do público, mas apenas em
determinados lugares do Aeroporto de Macau onde a PJ exerce as suas funções.
A PJ assegura ainda que os seus funcionários só vão usar o aparelho caso se
verifiquem fortes indícios da existência de estupefacientes no corpo do suspeito.
Por outro lado, “a PJ irá definir tanto o âmbito como as regras da utilização do
aparelho, evitando assim a utilização abusiva, na defesa da privacidade dos
utentes”, conclui a nota.
rão elemento de prova em processo penal ou contravencional, nas diferentes
fases processuais”. Nas situações em
que nada de anormal ocorra, os dados
serão registados pelo prazo de 60 dias,
mas sempre que possam constituir elemento de prova serão guardadas até ao
termo dos procedimentos judiciais.
Segundo explicou Leong Heng
Teng, em conferência de impresa, a
videovigilância dos espaços públicos
serve para dotar ”de forma contínua
e permanente, as forças e serviços de
segurança com os mais modernos e
sofisticados meios de auxílio à pre-
venção e repressão da criminalidade”.
A utilização destes sistemas destinase exclusivamente a “assegurar a segurança e ordem públicas, nomeadamente prevenir a prática de crimes,
e a auxiliar a investigação criminal”,
ressalvou o porta-voz do Conselho
Executivo, acrescentando que o sistema deve obedecer a princípios jurídicos como o princípio da proporcionalidade e da intervenção mínima. A
captação de sons fica interdita, salvo
quando seja “estritamente necessária
para assegurar a defesa e protecção de
pessoas e bens”. Proibida fica também
a captação de registos que afectem “de
forma directa e imediata, a intimidade
das pessoas, ou resultem na gravação
de conversas de natureza privada”.
A proposta de lei estabelece que a
entidade responsável pelo tratamento
das imagens e sons recolhidos pelos sistemas de videovigilância é a força ou o
serviço de segurança com jurisdição material na zona de captação. A instalação
de sistemas de videovigilância depende
de autorização do Chefe do Executivo,
após parecer vinculativo do Gabinete
de Protecção de Dados Pessoais. Leong
Heng Teng assegurou que existe um conjunto de mecanismos para garantir que
o uso da videovigilância se processará
“dentro de parâmetros rigorosos, e da
forma menos intrusiva para a intimidade
das pessoas”. Um deles passa pela intervenção do Gabinete de Protecção de Dados Pessoais ao longo de todo o processo. O porta-voz do Conselho Executivo
informou ainda que a proposta “vai ser
entregue à Assembleia Legislativa com a
maior brevidade, para ser apreciada”.
GOVERNO QUER EDIFÍCIOS DE SEAC PAI VAN COM SISTEMA DE ÁGUA RECICLADA
Casas públicas com toque ecológico
O Gabinete para o Desenvolvimento de
Infra-Estruturas apresentou ontem um
plano que prevê que as habitações públicas
sejam construídas em harmonia com o meio
ambiente. Por exemplo, para o complexo que
vai “nascer” em Seac Pai Van, aquele organismo
propôs a criação de um sistema de água
reciclada para uso sanitário. Para os edifícios,
que terão 27 andares, há a intenção de criar um
pátio com jardim de três em três apartamentos
para privilegiar a luz natural
fátima almeida
O
Conselho para os Assuntos de Habitação Pública reuniu-se ontem com o Governo para
discutir o lado verde da construção das casas
económicas e sociais. Os responsável pelo Gabinete
de Desenvolvimento de Infra-Estruturas propõem
edifícios mais ecológicos e até ponderam a criação de
um gabinete para o tratamento de águas residuais.
Segundo explicou o vice-presidente do Conselho
para os Assuntos de Habitação Pública, além de “satisfazer a legislação vigente de construção e o cálculo
de sombra projectada sobre a vida pública” está a ser
também dada atenção ao “aperfeiçoamento do ambiente arquitectónico e conservação energética”. Assim, pelo que foi apresentado àquele Conselho, as paredes que se vão erguer por exemplo em Seac Pai Van
deverão estar caiadas com cores claras para reduzir o
calor de radiação solar”. É também naquele complexo, que segundo, Leong Keng Seng, o Gabinete para
o Desenvolvimento de Infra-Estruturas quer instalar
“em certas condições” um sistema de água reciclada
para o uso sanitário.
Os edifícios das casas públicas de Coloane terão 27
pisos, e de três em três andares haverá um pátio com
jardim, não só para trazer mais beleza mas também
para reduzir a radiação de calor. As escadas serão ainda
aproveitadas como um mecanismo a favor do meio ambiente, através da sua ventilação e luz natural.
Já no interior dos apartamentos o meio ambiente
poderá ser protegido através de lâmpadas de conservação energética. Mas a grande “inovação” aparenta
ser ao nível da poupança de água, com a instalação de
materiais sanitários economizadores daquele recurso
natural, através de torneiras, sanitas e caixas de água
capazes de poupar. Quanto aos materiais também se
espera que possam cuidar do meio ambiente. Para tal
foi proposta a utilização de madeiras ecológicas, tinta
de água ou tijolos leves.
As casas de banho e alguns quartos poderão ser
construídos pertos dos pátios, para que a luz natural
entre portas a dentro evitando recorrer ao interruptor
tantas vezes. Em suma, o desenho ontem apresentado quer privilegiar a luz natural. E prova disso é
ainda a intenção de colocar claraboias e pedaços de
vidro nos elevadores.
CASAS POR CLASSIFICAR. À margem da reunião
o presidente do Instituto de Habitação voltou a reiterar “só se vai calcular o salário fixo” dos candidatos
a uma habitação social. Mesmo os subsídios concedidos pelo Governo a quem está na lista de espera não
devem ser contabilizados, tal como a comparticipação pecuniária.
Por saber continua quantas casas públicas serão
destinadas para venda e as que ficarão vagas para
arrendamento. Tam Kuang Man disse que tal só se
saberá depois da aprovação da Lei da Habitação Económica, cuja análise em sede de comissão está perto do fim, podendo a proposta, a ser aprovada pelos
deputados até 15 de Agosto, entrar em vigor no dia
1 de Outubro. Contudo, ainda que as novas regras
para comprar uma casa da Administração cheguem
nessa altura não é certo que a “distribuição” ocorra
de imediato.
jornal tribuna de macau
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pág 02 quinta-feira, 21 de juLho de 2011 jornal tribuna de macau
“A comparticipação a 80 por cento é um grande
encorajamento para que as empresas possam escolher
os melhores equipamentos” - Lionel Leong
local
“Os casos de queixas sobre poluição atmosférica
actualmente existentes em Macau envolvem, na sua
maioria, a emissão de fumos e cheiros” - Cheong Sio Kei
200 MILHÕES DESTINADOS A EMPRESAS E ASSOCIAÇÕES
Lançado plano para equipamentos ecológicos
O Governo vai disponibilizar
anualmente 200 milhões de
patacas para que empresas
e associações instalem ou
substituam equipamentos de
controlo de poluição, com vista a
melhorar a qualidade do ambiente
paulo barbosa
A
Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) espera que empresas e associações possam candidatar-se ao Plano
de Apoio Financeiro à Aquisição de
Produtos e Equipamentos para a Protecção Ambiental e a Conservação
Energética, cuja efectivação foi ontem
anunciada pelo Conselho Executivo,
já a partir de Setembro.
Segundo o porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, o
fundo visa “melhorar a qualidade do
ambiente de Macau”, através da compra de equipamentos ecológicos, ou
da substituição de material que não
cumpra normas correntes de conservação energética. Para isso, o Governo
vai disponibilizar um montante anual
de 200 milhões de patacas, no âmbito
do Fundo para a Protecção Ambiental
e Conservação Energética.
Podem concorrer empresas e associações, estando fixado em 500 mil
patacas o limite máximo de apoio a
conceder a cada um dos pedidos aprovados. O erário público financiará o
correspondente a 80% do montante
total despendido com a aquisição ou
substituição de produtos e equipamentos de protecção ambiental e de
poupança de energia. O regulamento
que vai estabelecer que equipamentos podem ser adquiridos no âmbito
do plano será publicado mais tarde,
através de despacho do Chefe do
Executivo.
Em declarações ao JTM, Lionel
Leong considera que a medida ontem
anunciada “é importante para encorajar associações e empresas a participarem nos esforços de protecção ambiental”. O vice-presidente da Comissão
Consultiva para o Ambiente nota que
os 200 milhões disponibilizados anualmente poderão constituir um “incentivo para que mais Pequenas e Médias Empresas, e até grandes, possam
comprar novos equipamentos”. O dirigente prevê mesmo que “a situação
ambiental em Macau vai melhorar no
longo prazo”.
Lionel Leong, que é membro do
Conselho Executivo e da Assembleia
Popular Nacional, aponta que “os
custos de operação levam a que seja
difícil que as empresas substituam os
seus equipamentos”, algo que poderá
mudar com o plano de apoio financeiro: “A comparticipação a 80 por cento
é um grande encorajamento para que
as empresas possam escolher os melhores equipamentos”, assevera.
Para gerir o fundo de 200 milhões
vai ser criado um Conselho Administrativo constituído por cinco membros, sendo um deles o director da
DSPA, Cheong Sio Kei. Os pedidos de
concessão de apoio financeiro serão
Cheong Sio Kei ‘levantou o véu’ quanto aos equipamentos que serão financiados
avaliados por uma Comissão de Apreciação constituída por um máximo de
sete elementos. Caberá a esta comissão
analisar os pedidos de apoio financeiro e emitir parecer fundamentado, sobre a concessão ou não do apoio, no
prazo de 30 dias a contar da data da
completa instrução do processo. Lionel Leong frisa que os membros que
serão escolhidos para esta Comissão
de Apreciação vão ter um papel decisivo. Na sua opinião, “o painel de
avaliação é importante para sabermos
que a política se está a traduzir numa
efectiva melhoria ambiental”.
RESTAURANTES E OFICINAS PODEM BENEFICIAR. Em conferência
de imprensa organizada pela DSPA
para apresentar o plano, o director
dos Serviços Ambientais explicou
que os critérios que definem concretamente os tipos de equipamentos
que poderão ser adquiridos estarão
disponíveis “por despacho do Chefe
do Executivo”. No entanto Cheong
Sio Kei, deixou algumas pistas sobre
como quer o Governo que o dinheiro público seja gasto no âmbito deste
plano. O responsável aludiu a estatísticas da DSPA, segundo as quais
“os casos de queixas sobre poluição
atmosférica actualmente existentes
em Macau envolvem, na sua maioria, a emissão de fumos e cheiros
provenientes dos estabelecimentos
de restauração e bebidas e dos estabelecimentos congéneres, e de gases
poluentes provenientes das oficinas e
fábricas”. Um estudo encomendado
pela DSPA a uma instituição científica sobre “fumos oleosos emitidos
por estabelecimentos de restauração
e respectivo controlo”, revela que
equipamentos como o exaustor electrostático podem ter uma capacidade
de extracção de fumos de 90%. “A
instalação da chaminé em local com
boa ventilação pode minimizar efec-
Redução de 50% para veículos ecológicos
O Conselho Executivo validou ontem uma alteração ao Regulamento do Imposto
sobre Veículos Motorizados, que irá permitir que os veículos ligeiros cumpridores
das normas ecológicas de emissões de gases poluentes (definidas por despacho
do Chefe do Executivo) beneficiem de uma redução de 50% no referido imposto.
O milite máximo da redução de é de sessenta mil patacas. Leong Heng Teng
considera que esta medida de promoção de utilização de veículos ecológicos
poderá “reduzir com eficiência” a poluição do ar. “Conforme as análises, se 1%,
5% ou 10% dos veículos ligeiros de gasolina de Macau forem substituídos por
veículos ligeiros ecológicos movidos a gasolina, estima-se, respectivamente, uma
redução de 1%, 5% ou 10% de hidrocarbonetos e de 1%, 4% ou 9% de óxidos
de nitrogénio”, calculou o porta-voz do Conselho Executivo. Para além desta
medida, o responsável anunciou que o Governo está a preparar vários estudos
e regulamentos que visam promover a redução da emissão de gases. Este
ano será feito um estudo sobre a estipulação do critério de emissão de gases
na utilização de veículos e regulamentado o critério da emissão de gases dos
veículos a importar. O Governo da RAEM vai ainda “promover estudos sobre a
aceleração da eliminação de veículos de alta poluição”, disse Leong Heng Teng.
tivamente o impacte nos habitantes
circunvizinhos”, descreveu Cheong
Sio Kei.
Outro problema que poderá ser
combatido com o plano consiste na
emissão de poluentes por veículos.
Quanto a este aspecto, o director da
DSPA avançou que “está a ser planeada a instalação dos dispositivos de
filtração nos veículos a diesel, a qual
será incentivada, sob a forma de apoio
financeiro, com o intuito de controlar
a emissão de partículas poluentes e fumos negros e de melhorar a qualidade
do ar nas rodovias”. Cheong Sio Kei
especificou ainda que será concedido
apoio financeiro às empresas e associações que “instalem equipamentos
economizadores de água e de conservação energética”.
O director dos Serviços Ambientais informou que o plano disporá de
uma verba anual de 200 milhões, o
que significa que o dinheiro que não
for utilizado num ano poderá transitar para o seguinte. Para já, Cheong
Sio Kei considera impossível “estimar
sobre se o montante será suficiente
para corresponder às necessidades
de Macau”. Ficam prometidas “análises periódicas para verificar se há
margem de melhoria para que o fundo funcione de forma mais apropriada”. O dirigente explicou os encargos
suportados por obras de instalação e
manutenção estão excluídos do apoio.
Para além disso, no prazo de um ano
a contar da data de deferimento do
pedido de concessão de apoio, não é
admitida nova candidatura do mesmo
requerente. Caberá à DSPA verificar
o cumprimento do plano de apoio financeiro e Cheong Sio Kei garante que
a instituição “tem pessoal suficiente
para fiscalizar”.
jornal tribuna de macau quinta-feira, 21 de juLho de 2011 pág 03
NOVO CONCURSO LIGADO AO METRO. O Gabinete para as Infraestruturas de Transportes lançou ontem o concurso público para
as fundações do parque de materiais e oficina da 1ª fase do Metro
Ligeiro. O parque funcionará num novo aterro no Cotai, com uma
área de cerca de 13 mil metros quadrados.
local
WYNN REAVALIADA EM ALTA. O Citigroup aumentou de
22,5 para 23,5 dólares de Hong Kong o preço alvo das
acções da Wynn Macau, noticiou a Macau Business. A
decisão teve em conta os bons resultados da empresa
no segundo trimestre deste ano.
DETIDAS 10 “MASSAGISTAS”. A PJ deteve 10 mulheres do Continente
suspeitas da prestação de serviços ilegais de massagens numa
unidade hoteleira do COTAI. Com idades compreendidas entre 17
e 26 anos, as suspeitas são oriundas de Hubei, Henan, Hunan,
Jiangxi e Shaanxi. Uma delas estava em excesso de permanência
na RAEM.
local
VISITANTES DE GUANGXI NA CEM. A CEM recebeu a visita
de um grupo de 37 pessoas de Guangxi, composto
por alunos e professores das minorias étnicas daquela
região autónoma chinesa. Entre outras actividades, o
grupo participou no “Passeio Energético” e num jantar
de confraternização.
AUDITORIA APONTA FALHAS EM CONCURSOS E RECOMENDA DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS
VOX POPuli
Centro de Ciência sem “planos estratégicos”
O Centro de Ciência de Macau
cometeu vários erros na
organização de concursos públicos,
nomeadamente em termos dos
critérios de avaliação, indica um
relatório do Comissariado da
Auditoria, que também censura a
sociedade que gere aquele espaço
pela falta de planos estratégicos, a
médio e longo prazo
Jonathan e Courtney
(Casal de turistas australianos)
“Não estávamos
à espera
de encontrar
esta junção
de culturas”
- O que pensam sobre Macau?
- Macau surpreendeu-nos bastante, pois
não estávamos à espera de encontrar esta
junção de culturas, a portuguesa e a chinesa, e a forma como encaixam tão bem. Tínhamos ouvido muito sobre os casinos e o
jogo e como estávamos em Hong Kong aproveitámos para dar cá um salto. É pena não
ficarmos mais dias porque gostamos mais
de aqui estar do que propriamente em Hong
Kong. Sabíamos que tinha sido uma colónia
portuguesa mas não pensávamos que ainda
tivesse tantas influências de Portugal, com
as igrejas, edifícios, etc.
- Quais são os aspectos que mais vos
atraem?
-Gostamos muito da história em si que Macau tem, bem como a forma como a transmite
para quem visita. Em comparação com Hong
Kong há uma facilidade muito maior de deslocação, o que para nós dá jeito porque temos
um bebé. Podemos caminhar de um lado para
o outro sem usar meios de transporte, e ao
mesmo tempo ver locais muito bonitos.
- Que conhecimentos tinham de Macau?
- Sabíamos dos casinos e que tinha sido
uma colónia portuguesa, mas pensávamos
que era um local que fosse só de jogo. Como
conseguimos bilhetes baratos decidimos
aproveitar e conhecer. Este é o nosso segundo dia aqui e vamos ficar mais um, embora
houvesse vontade de ficar mais.
- Detectaram alguma coisa de que não
gostam desde que cá estão?
-Até agora acho que não. Ontem fui a um casino e dei uma volta mas como não é o meu estilo voltei para casa. Não sabia que o tempo era
assim tão húmido mas também não incomoda
muito. A comunicação podia ser melhor porque a maior parte das pessoas não fala inglês,
especialmente comparado com Hong Kong.
- E em relação aos preços?
- Estamos cá há pouco tempo por isso
ainda não deu para ver muito bem, mas até
agora as coisas parecem bem mais baratas
do que em Hong Kong.
P.A.S.
pág 04 quinta-feira, 21 de juLho de 2011 jornal tribuna de macau
60 ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS FORAM PUBLICAMENTE ELOGIADOS
Aumentaram empregos
para portadores de deficiência
Cada vez mais instituições estão a empregar
pessoas portadores de deficiências, foi
a conclusão da última edição do Plano
de Atribuição de Prémios às Entidades
Empregadoras de Pessoas Deficientes que
ontem premiou os diversos sectores do
território que contratam pessoas nessa situação
pedro andré santos
D
ecorreu ontem a 4ª edição do Plano de Atribuição de Prémios às Entidades Empregadores de
Pessoas Deficientes, uma iniciativa conjunta
do Instituto de Acção Social (IAS) e da Direcção dos
Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) que tem
o objectivo de galardoar os empregadores de todos os
sectores de Macau que contratam pessoas deficientes,
por forma a que estas possam inserir-se na vida colectiva e contribuir para a sociedade.
Na primeira edição, em 2005, foi registado um número de 35 empregadores para pessoas com deficiência.
Na segunda edição, o número ascendeu a 49, passando
para 56, na segunda, e 60 nesta última, constatando-se
que tem havido um aumento progressivo do número de
empregadores de edição para edição.
Promover a reabilitação social profissional das
pessoas com deficiência tem sido uma das prioridades estabelecidas na política de reabilitação do Governo da RAEM.
Segundo os dados estatísticos fornecidos pelas res-
pectivas instituições, no primeiro semestre de 2011 o número dos deficientes que conseguiu trabalho representa
mais de metade do número das pessoas encaminhadas
para emprego. Após a admissão, a percentagem dos que
conseguiram manter-se de modo estável nos seus postos
de trabalho e por um período superior a seis meses representa 73 por cento das pessoas admitidas, concluindo-se
que os portadores de deficiência podem manter um emprego estável no mercado laboral público.
“A reabilitação social, além de poder apoiar a integração dos deficientes na sociedade, pode ainda apoiar
os mesmos a desenvolver a auto-imagem e o conceito
de valor”, afirmou Shuen Ka Hung. “O êxito alcançado
nos trabalhos de reabilitação profissional conta com a
conjugação dos esforços de vários elementos, dos quais
se destacam os próprios deficientes, os seus familiares, as
instituições, os serviços públicos, as entidades empregadoras ,os colegas de trabalho e outros intervenientes da
comunidade”, acrescentou o director da DSAL.
No evento estiveram presentes o presidente do
IAS, Iong Kong Io, o director da DSAL, Shuen Ka
Hung, membros da Comissão para os Assuntos de Reabilitação, as 60 entidades empregadoras premiadas e
os representantes das instituições de reabilitação e das
escolas de ensino especial.
Durante o almoço houve ainda lugar a espectáculo
com música dos utentes do complexo de serviços Hong
Lok da associação dos familiares encarregados dos deficientes mentais de Macau, habilidades profissionais na
execução de flores, malhas e pinturas, e participantes da
1ª edição da competição das habilidades profissionais das
pessoas deficientes de Macau.
CONHECIDA DECISÃO DE PROCESSO DISCIPLINAR
GCS demite esposa de Ao Man Long
Camila Chan Meng Ieng foi demitida do Gabinete de Comunicação Social, na sequência do processo
disciplinar que lhe foi movido
A
esposa de Ao Man Long, exSecretário para os Transportes
e Obras Públicas, foi punida
com a pena de demissão em processo disciplinar, numa “decisão final”
proferida no passado dia 1 de Julho,
indica um aviso do Gabinete de Comunicação Social (GCS), ontem publicado no Boletim Oficial da RAEM.
De acordo com o aviso, Camila
Chan Meng Ieng, que exercia funções
de técnica superior assessora no GCS,
dispõe ainda de um prazo de 60 dias
para apresentar a sua defesa escrita,
podendo ainda consultar o processo.
O GCS decidiu instaurar um
processo a Camila Chan a 29 de Abril,
devido ao facto da técnica superior
não ter comparecido ao trabalho após
o término de uma licença sem vencimento, que lhe foi concedida em 2003
por um prazo de oito anos.
Camila Chan, cujo paradeiro é
desconhecido, continua a ser procurada tanto pelas autoridades da
RAEM como pela Interpol, no âmbito
do caso de corrupção que envolveu
Ao Man Long.
Em 2008, Camila Chan foi condenada a 23 anos de prisão, por oito
crimes de branqueamento de capitais, um de riqueza injustificada e um
de não colaboração do cônjuge na
declaração de rendimentos e interesses patrimoniais a que estão obrigados os titulares de cargos públicos e
trabalhadores da Administração Pública. Em Março, foi absolvida num
processo conexo ao de Ao Man Long,
mas o Ministério Público recorreu entretanto da decisão junto do Tribunal
de Segunda Instância.
O
relatório de auditoria específica incidiu sobre as obras de
produção e instalação de objectos de exposição relativas a 11 das 14
salas do Centro de Ciência, lançadas e
adjudicadas no âmbito da organização
de uma dezena de concursos públicos
que, segundo o Comissariado da Auditoria (CA), ficaram marcados por
diversas falhas. O organismo liderado
por Ho Veng On considera ainda que o
Centro de Ciência não possui uma estratégia claramente definida, facto que
compromete o uso eficaz de elevadas
verbas públicas.
No documento ontem divulgado,
o CA sublinha que, no decurso dos
concursos para a concepção e montagem das salas de exposição, o Centro
de Ciência de Macau, S.A. “acrescentou aos critérios de pontuação fixados
nos respectivos documentos outras
considerações relativas à qualidade de
execução, deixando assim de avaliar as
propostas conforme os critérios de pontuação acordados com os concorrentes
e sujeitando-se deste modo ao risco de
futuras polémicas desnecessárias”.
O Centro de Ciência lançou todos
os concursos em quatro meses, de Fevereiro a Maio de 2009, e adjudicou as
correspondentes obras em três meses,
entre Março e Maio do mesmo ano,
refere o relatório, acrescentando que
o Conselho de Administração daquela
companhia “duvidou dos resultados de
pontuação do primeiro concurso”, porque “entendia que os procedimentos e
os critérios de pontuação do processo
de avaliação não asseguraram, de forma razoável, a qualidade de trabalho
dos concorrentes”. “Assim, decidiu alterar o processo de avaliação, introduzindo considerações qualitativas como
a experiência prática e a capacidade de
execução. Porém, ao momento da alteração dos critérios de pontuação, já os
anúncios relativos até ao nono concurso estavam publicados, com os respectivos prazos de apresentação de propostas quase a esgotar-se, sendo que
os prazos para o segundo e o terceiro
concursos até já estavam terminados”,
afirma o CA, lamentando que o Centro
não tenha informado os concorrentes
sobre o ajustamento interno dos critérios de pontuação. A excepção residiu
no décimo concurso, que foi lançado
com os critérios de pontuação formalmente alterados.
Considerando que o Centro de Ciência “não estudou a fundo a origem
do problema do processo de avaliação”,
os responsáveis do CA verificaram ainda que, “mesmo após o ajustamento
interno dos critérios de pontuação,
dois dos três membros da comissão
de avaliação, que eram membros permanentes e com larga experiência na
organização ou gestão de centros de
exposições científicas, continuaram a
atribuir notas muito divergentes” em
factores de pontuação, que representavam 32 por cento do total da valoração
técnica. Tal facto, na perspectiva do
CA, “baixa a credibilidade das pontuações e compromete a qualidade das
adjudicações”.
Segundo o relatório, uma das
empresas obteve a melhor classificação em sete dos 10 concursos abertos,
mas apenas lhe foram entregues duas
obras, abrangendo três salas de exposição, cujo valor contratual totalizava 25
milhões de patacas ou 29 por cento do
Críticas merecem concordância
Na resposta à auditoria a que foi sujeito, o Centro de Ciência refere que
“concorda totalmente que, quanto ao trabalho da avaliação das propostas nas
obras de instalação das salas de exposição, há espaços para melhorias”. Na
mesma linha, assegura ainda que “vai, através das entidades competentes,
formalmente aprovar a definição dos objectivos do Centro de Ciência”, os quais
irá depois publicar “amplamente”.
montante total das obras adjudicadas
(mais de 88 milhões de patacas). Embora os critérios de avaliação previssem
que a adjudicação seria atribuída ao
concorrente com pontuação final mais
elevada, o Centro quis “dispersar o
risco” e apenas concedeu duas obras à
referida empresa por entender que esta
poderia não ter capacidade para concluir as obras dentro do prazo fixado
se executasse as sete empreitadas em
simultâneo, nota o CA.
Por outro lado, a auditoria permitiu constatar que “o processo de avaliação não previa etapas para verificar
a existência de situações de pontuação
anómalas, erros e omissões”. Além disso, “os documentos de pontuação não
mostravam os motivos e os cálculos
que deram origem às pontuações atribuídas, tão pouco se os membros avaliadores seguiram os mesmos critérios
de pontuação”, explica o organismo,
convicto de que, “havendo erros cometidos na pontuação, era impossível
proceder-se a qualquer revisão processual para os identificar e reportar em
conformidade ao Conselho de Administração”.
DEFINIR MISSÃO E OBJECTIVOS.
O tom crítico do CA não se esgota na
forma como foram conduzidos os concursos públicos, estendendo-se mesmo
ao funcionamento geral do Centro de
Ciência. Nesse contexto, organismo adverte que a sociedade gestora do Centro “não dispunha de quaisquer planos
estratégicos de médio e longo prazos
em que estariam definidas as linhas
de desenvolvimento das actividades,
os respectivos objectivos e as metodologias concretas para as três vertentes
da missão da companhia — ‘educação,
turismo e exposições e convenções’”.
Na mesma linha, o Centro é exortado “a definir formalmente a sua missão, estratégias e objectivos, bem como
criar um mecanismo de avaliação de
resultados para avaliar o seu próprio
papel e suprir as eventuais insuficiências, com vista a que os avultados fundos públicos investidos possam atingir
com maior eficácia os objectivos determinados”.
Constituída há seis anos, com um
capital social de 10 milhões de patacas,
aquela companhia recebeu da Fundação Macau, entre 2005 e 2010, subsídios
no valor total de 124 milhões de patacas para cobertura de despesas de funcionamento e também apoio financeiro
destinado à aquisição de equipamentos, de objectos de exposição bem como
à realização de obras de interiores do
Centro de Ciência, totalizando 435 milhões de patacas. Perante este panorama financeiro e funcional, o CA sugere
que “a companhia, enquanto entidade
suportada pelo erário público, deve,
com toda a prudência, estabelecer um
processo de avaliação de propostas e
de adjudicação adequado e pormenorizado, capaz de aferir adequadamente
as condições exigidas aos concorrentes, bem como assegurar que todos os
membros da comissão de avaliação tenham uma interpretação uniforme dos
critérios de pontuação”.
Nas suas conclusões, o CA refere ainda que o processo de avaliação
deve ser documentado de modo suficiente com vista à realização de verificação interna, por forma a assegurar
que a comissão de avaliação examine
as propostas de acordo com os critérios
de pontuação estabelecidos bem como
“evitar erros e omissões”. No fundo, o
organismo apela ao Centro para que
garanta que a apreciação e a adjudicação sejam realizadas em “condições de
justiça, imparcialidade e cientificidade”.
MAIS SEGURANÇA. A área da segurança também não foi esquecida pelo
CA, ciente de que o Centro de Ciência
tem a obrigação de garantir que os objectos expostos sejam seguros para os
visitantes. Confrontado com o registo
de alguns acidentes, o organismo admite que nem sempre as respectivas causas podem ser resolvidas de imediato
e de raiz, mas considera que o Centro
deve melhorar o aspecto da prevenção.
“Enquanto os problemas de segurança
com os objectos expostos não possam
ser completamente sanados, a companhia deve implementar medidas preventivas provisórias, caso contrário,
o risco de novas ocorrências torna-se
real. A título de exemplo, após a ocorrência do primeiro acidente com o aparelho do “teste do degrau”, na Galeria
de Saúde no Desporto, não foram tomadas quaisquer medidas provisórias,
o que levou a nova ocorrência”, indica
o documento, ao salientar que o procedimento para acompanhamento de
problemas de segurança “deve alargarse a todos os objectos e instalações em
condições e circunstâncias similares”.
jornal tribuna de macau quinta-feira, 21 de juLho de 2011 pág 05
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local
CENTRO DE ESTUDOS MANTÉM COORDENADOR. O Governo
renovou por um ano a nomeação de Ieong Wan Chong como
coordenador do Centro de Estudos “Um País, Dois Sistemas”,
que funciona no âmbito do Instituto Politécnico. A decisão tem
efeitos a partir de 12 de Agosto deste ano.
ALFÂNDEGA COM NOVOS BOTES. Os Serviços de Alfândega
vão adquirir botes rápidos para o uso de serviço com dois
motores fora de borda e os respectivos equipamentos. Os
botes serão fornecidos pela empresa Iam Wing Wah Lei
Cheng Navio (Macau) Limitada.
ZHANG XIAOMING ABORDOU ESPECIFICIDADES DO SISTEMA POLÍTICO LOCAL
RAEM sem separação “pura” de poderes
conjuntura política da RAEM “é de natureza
local e especial” à qual se sobrepõem a estrutura política do Estado e as autoridades centrais, o que afasta a implementação de um sistema
de “separação de poderes” que pressupunha a existência dos plenos poderes inerentes a um Estado soberano, sublinhou o vice-coordenador do Gabinete
para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, que veio a Macau para participar no
lançamento de mais uma fase dos estudos sobre a Lei
Básica. Depois de traçar a história e os conceitos defendidos por pensadores como o filósofo e ideólogo
inglês John Locke ou o francês Montesquieu, Zhang
Xiaoming sustentou a sua visão sobre a estrutura de
Macau, sublinhando diferenças.
Pode-se “classificar como uma verdadeiro ‘sistema de separação de poderes’ apenas quando os
poderes administrativo, legislativo e judicial se controlam uns aos outros, tendo uma relação equilibrada em que cada um tem os próprios órgãos, função
e pessoal, não se responsabilizando perante os outros e não havendo acumulação de qualidades dos
membros, pelo que entre os actuais grandes países
do Mundo só os EUA são considerados o país típico
de separação de poderes”, observou. Já, em Macau,
segundo “o desenho e os termos da Lei Básica, está
implementado um sistema político com predominância do poder Executivo, o que normalmente significa
que quem lidera o é o poder Executivo, havendo um
controlo mútuo”, mas apenas ao nível da “articulação” com o poder legislativo”, já que o poder judicial
“é independente”, acrescentou.
Isto faz com que a estrutura “da RAEM seja muito
diferente do sistema de “separação de poderes tanto
ao nível do seu atributo como do seu conteúdo”, salientou. Zhang Xiaoming analisou o perfil “especial”
de Macau, enquanto uma Região Administrativa Especial. Assim, embora esteja “directamente subordinada ao Governo Popular Central”, também “goza um
alto grau de autonomia”, o que faz com que ao abrigo
de “um país dois sistemas” a RAEM tenha “relativamente poderes muito maiores do que os das outras
províncias” do Continente chinês, comparou.
Por outro lado, o Chefe do Executivo “ocupa o
lugar central na estrutura orgânica dos órgãos dotados de poder político na RAEM” e é também o responsável por responder a Pequim e fazer “cumprir
as directrizes emanadas do Governo Central”, uma
“dupla qualidade” que lhe dota uma “posição superior”, referiu ainda.
O poder Executivo acaba assim por ter uma “posição mais activa e privilegiada”, disse, exemplificando:
“compete ao órgão administrativo apresentar propostas de lei e de resolução e elaborar regulamentos ad-
ministrativos, gozando esta iniciativa legislativa das
matérias que envolvem receitas e despesas públicas,
a estrutura política ou o funcionamento do Governo”.
Por outro lado, “as iniciativas dos deputados são limitadas, pois a apresentação de projectos lei que envolvam a política do Governo deve obter conhecimento
prévio escrito do Chefe do Executivo”, notou ainda.
Contudo, isto “não se trata de predomínio do poder executivo, uma vez que este está sujeito ao controlo
e fiscalização da Assembleia Legislativa”. Neste sentido,
ainda que não seja concedido um poder predominante
à AL são-lhes facultados mecanismos para “controlar”
o poder executivo (como a obrigação do Chefe do Executivo apresentar relatórios respeitantes às Linhas de
Acção Governativa, responder às interpelações dos deputados). Isto, não faz, contudo que estes dois órgãos
se oponham, mas antes contribuam para “uma melhor
racionalização da distribuição e funcionamento dos poderes da RAEM, com vista a optimizar a governação da
RAEM”, considera o representante de Pequim.
Mas daqui advém uma questão que, no seu entender, constitui também um problema para a eficácia
do sistema com preponderância do poder Executivo.
“O que se pode fazer para que o órgão legislativo
possa melhor desempenhar o seu papel de fiscalização, e em cumprimento com a Lei Básica?”, lançou a
pergunta à plateia.
Embora tenha mencionado que o Conselho Executivo foi um dos “arranjos” para “reforçar a comunicação” entre aqueles dois órgãos do poder, dentro
desta estrutura política considerou também desafiante encontrar fórmulas para que aquele Conselho
avance no sentido de melhor desempenhar as suas
funções e papel.
Na sua opinião perante “estes problemas” de
cariz funcional, é “necessário um espaço temporal”
para adaptação. “Estou certo que o funcionamento
prático da estrutura política da RAEM pode ser aperfeiçoado progressivamente e revele suficientemente
os seus privilégios, desde que insistamos no princípio de encarar as realidades de Macau, cumprindo
rigorosamente a Lei Básica, fazendo pesquisas na
prática, colhendo experiências”, concluiu, deixando
as questões para um eventual reflexão dos presentes.
F.A.
TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE
Juízo Cível
ANÚNCIO
TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE
Juízo Cível
ANÚNCIO
TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE
Juízo Cível
ANÚNCIO
Exequente: MINISTÉRIO PÚBLICO.
Executado: TAM KIN TAT, com última residência conhecida em
Macau (黑沙環廣華新邨第五座8樓G), ora ausente em parte incerta.
FAZ-SE SABER que, nos autos acima indicadas, são citados os
credores desconhecidos dos executados, acima identificados, para
no prazo de QUINZE DIAS, que começa a correr depois de finda a
dilação de VINTE DIAS, contada da data da segunda e última
publicação do anúncio, reclamarem o pagamento dos seus créditos
pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real, e que
é o seguinte
IMÓVEL PENHORADO:
Denominação: “G8” do 8° andar G.
Situação: Avenida 1° de Maio nº 512; Rua Nova da Areia Preta, nº 455;
Rua da Ma Kau Seak, nºs 233,239,245,251.
Fim: Para habitação.
Número de matriz: 073045.
Número de descrição na Conservatório do Registo Predial de Macau:
21971-V a fls. 298 do livro B193M.
Número de inscrição da propriedade horizontal: 34633 do Livro
F127M.
Macau, 04 de Julho de 2011.
Autor: LI KA POU (Menor), representado pelo Ministério Público,
de sexo feminino, natural de Macau, nascida a 24/06/2010, filha de
LI LIXIA, sua mãe.
Réu: LEI CHEONG CHONG, masculino, nascido a 26/11/1959,
filho de LEI HAP CHU e de CHEONG IOK MUI, com a última
residência em Macau na Avenida do Nordeste, La Baie Du Noble,
Bloco 1, 32.º andar A.
Faz saber que pelo 1.º Juízo Cível deste Tribunal correm éditos
de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação
do respectivo anúncio, citando o réu LEI CHEONG CHONG, supra
identificado, para, no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos,
contestar, querendo, a presente Acção Ordinária, tudo como melhor
consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta secretaria
à disposição do citando, sendo que, na falta de contestação, não se
consideram confessados os factos articulados pelo Autor, ficando o
mesmo advertido de que é obrigatória a constituição de advogado (art°.
74° do C.P.C.M.).
R.A.E.M., aos 4 de Julho de 2011.
A estrutura política da RAEM não goza de
uma separação de poderes, ao nível puro do
conceito, e a sua “natureza especial” afasta a
estruturação deste sistema, observou o vicecoordenador do Gabinete para os Assuntos de
Hong Kong e Macau do Conselho de Estado,
Zhang Xiaoming
A
Acção ordinária nº CV1-11-0014-CAO
1° Juízo Cível
Processo: Execução por alimentos nº CV3-06-0044-MPS-B
3° Juízo Cível
A Juiz,
Ana Meireles
O Escrivão Judicial Auxiliar,
Carlos Assunção
O Juiz,
a) Rui Carlos dos Santos P. Ribeiro
A Escrivã Judicial Auxiliar,
a) Chan U Wai
2ª Vez
pág 06 quinta-feira, 21 de juLho de 2011 jornal tribuna de macau
“JTM” - 21 de Julho de 2011
2ª Vez
“JTM” - 21 de Julho de 2011
Divórcio Litigioso nº CV3-11-0004-CDL 3° Juízo Cível
Autora: VONG SIO LAN, casada, residente no Beco de Tomé
Pires nº 8, Edf. Pou Sek, 5° andar A, Macau.
Réu: CRISANTO VELASCO TAN, casado, ora ausente em parte
incerta, com última residência conhecida no Beco de Tomé Pires nº 8,
Edf. Pou Sek, 5° andar A, Macau.
Faz saber que, por este Juízo Cível correm éditos de TRINTA
DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, CITANDO
O RÉU CRISANTO VELASCO TAN, acima identificado, para no
prazo de TRINTA DIAS, posteriores aos dos éditos, contestar, querendo,
a presente acção de DIVÓRCIO LITIGIOSO, na qual a autora, pede,
em síntese, que seja decretado o divórcio entre a Autora e o Réu pelos
fundamentos constantes da petição inicial, com todas as consequências
legais, com a advertência de que a falta de contestação não importa
a confissão dos factos articulados pela autora, como tudo melhor
consta da petição inicial cujo duplicado fica nesta Secretaria a aguardar
eventual solicitação pelo réu, e prosseguindo os autos os ulteriores
termos à sua revelia, representando para todos os efeitos, o Ministério
Público (artº. 49 nº. l do C.P.C.M.), bem como, caso contestar, é
obrigatória a constituição de advogado (artº. 74° do C.P.C.M.) e ainda
para, querendo, no mesmo prazo, deduzir oposição ao pedido de apoio
judiciário, nos termos do disposto nos artºs 18°, nº 1 e 19° do DL nº
41/94/M.
R.A.E.M., 15 de Julho de 2011.
O Juiz de Direito,
Rui Carlos dos Santos P. Ribeiro
A Escrivã Judicial Principal,
Lam U
2ª Vez
“JTM” - 21 de Julho de 2011
jornal tribuna de macau quinta-feira, 21 de juLho de 2011 pág 07
(...) “A transição emocionou-me muito. Quando vi arriar a bandeira do Leal Senado
e de Portugal na cerimónia de transição, a que assistia em São Paulo, chorei e jurei
lealdade à outrora bandeira de Macau. Pensava ser necessário, de alguma forma,
mantê-la viva para que nunca fosse esquecida” (...) – Rogério Dias da Luz
(...) “O Projecto Memória Macaense e o seu blogue, também, na medida
possível, procuram divulgar o trabalho e assuntos gerais dos macaenses
em diversas áreas, como por exemplo, a musical, numa tentativa de suprir a
compreensível falta de espaço nos média em geral” (...) - idem
local
(...) “É um esforço meu manter o Projecto Memória
Macaense por tanto tempo, sem visar obter ganhos
financeiros, seja com anunciantes ou patrocinadores, mas
movido apenas por um ideal” (...) – ibidem
ROGÉRIO DIAS DA LUZ, VENCEDOR DO PRÉMIO IDENTIDADE DO IIM, EM ENTREVISTA AO JTM
“Dá a sensação que se está a cumprir uma missão”
A viver longe de Macau desde 1967, Rogério dos
Passos Dias da Luz manteve a paixão pela sua
terra natal, que o levou a criar o Projecto Memória Macaense, este ano agraciado com o Prémio
Identidade do Instituto Internacional de Macau,
juntamente com “Macanese Families”, de Henrique d’Assumpção. Em São Paulo, e respondendo
ao JTM, por “e-mail”, Rogério Dias da Luz fala da
necessidade de manter a memória da comunidade
macaense
paulo barbosa
C
ANÚNCIO
“Fornecimento de serviços de coordenação, de produção de espectáculos,
de artistas, palco, iluminação, projecção de imagens e sistema sonoro para
o “Concerto de Contagem Decrescente para a Passagem do
Ano 2011 (nome provisório)”
Concurso Público N° 005 / SCR / 2011
Faz-se público que, nos termos da alínea 21 da deliberação n.º 30/2011 do Conselho de
Administração, de 7 de Julho de 2011, se encontra aberto concurso público para o “Fornecimento
de serviços de coordenação, de produção de espectáculos, de artistas, palco, iluminação, projecção
de imagens e sistema sonoro para o “Concerto de Contagem Decrescente para a Passagem do
Ano 2011 (nome provisório)”.
O limite máximo do valor global da prestação de serviços é de dois milhões e quatrocentas
mil patacas (MOP2,400,000.00).
O Programa do Concurso, o Caderno de Encargos e a Tabela das Exigências Específicas
encontram-se à disposição dos interessados no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM, sito
na Avenida de Almeida Ribeiro, nº 163, r/c, Macau, em dias úteis e durante as horas normais de
expediente.
As propostas deverão ser entregues até às 17:00 horas do dia 10 de Agosto de 2011. O
proponente ou o seu representante deve entregar a proposta e os seus documentos no Núcleo
de Expediente e Arquivo do IACM. Com a proposta deve ser apresentada caução provisória no
valor de quarenta e oito mil patacas (MOP48,000.00) mediante depósito em dinheiro, garantia
bancária ou seguro-caução a favor do IACM ou cheque bancário que deverão ser feitos
directamente na Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros/Tesouraria do IACM da
RAEM, sita na Avenida de Almeida Ribeiro, n.° 163, r/c.
O IACM realizará a este respeito uma sessão de esclarecimento pelas 15:00 horas do dia 28 de
Julho de 2011, no Centro de Formação deste Instituto, sito no 6.º andar do Edifício China Plaza.
O acto público de abertura das propostas realizar-se-á pelas 15:00 horas do dia 15 de Agosto de
2011, no Centro de Formação deste Instituto, sito no 6.º andar do Edifício China Plaza.
Macau, aos 15 de Julho de 2011.
O Presidente do Conselho de Administração
Tam Vai Man
www.iacm.gov.mo
pág 08
omo teve a ideia de desenvolver o Projeto Memória
Macaense e quando começou a fazê-lo?
- A transição emocionou-me muito. Quando vi
arriar a bandeira do Leal Senado e de Portugal na cerimónia de transição, a que assistia em São Paulo, chorei e jurei
lealdade à outrora bandeira de Macau. Pensava ser necessário, de alguma forma, mantê-la viva para que nunca fosse
esquecida. Isso aliado à percepção de que estava a viver um
momento histórico que levou mais de 440 anos para acontecer, justamente na minha geração. Também guardava numa
gaveta lembranças que trouxera para o Brasil, tais como fotos, bilhetes de teatro e de autocarro, etc., coisas simples,
mas que queria compartilhar com os conterrâneos. Em 2003,
descobri um serviço que oferecia ferramentas fáceis para
construção de sites. Foi uma bênção, pois até lá tinha divulgado alguns boletins saudosistas através de ‘e-mails’, que,
para felicidade minha, eram bem recebidos pelos destinatários. Em 5 de Junho de 2003, finalmente consegui lançar
o sítio electrónico Projecto Memória Macaense (PMM). Por
vários anos, a bandeira do Leal Senado ficou estampada na
página principal para definir a identidade do PMM, que foi
mantida na nova versão.
- Que abrangência temática tem este ‘site’?
- O foco principal do ‘site’ é como o próprio nome diz,
a memória macaense. No entanto, ampliou-se para falar do
passado recente e da actualidade, abrindo o espaço para noticiar assuntos da comunidade macaense, tanto local como
da diáspora. O PMM e o seu blogue, também, na medida
possível, procuram divulgar o trabalho e assuntos gerais
dos macaenses em diversas áreas, como por exemplo, a
musical, numa tentativa de suprir a compreensível falta de
espaço nos média em geral. Se não vejamos: no Encontro
de 2010, falou-se de tudo, menos dos músicos que se apresentaram e bem animaram a muita gente, e o PMM tratou
de falar deles, até a divulgar vídeos das suas apresentações.
Obviamente, o PMM é ainda um meio para divulgar trabalhos fotográficos, trazendo um pouco de história para conhecimento geral. Tive contactos de estudantes brasileiros
que nas suas pesquisas escolares têm localizado o PMM, de
onde colheram material, tanto de Macau como em especial
do patuá, até originando visitas pessoais. Em muitas situações, ajo como um repórter, apesar de não ter essa formação académica, mas em nome do PMM saio atrás da notícia
tanto no Brasil como ocasionalmente em Macau. Tudo isto
foi evoluindo nos oito anos da vida do site, o que, confesso,
traz uma enorme satisfação.
- Conta com muitos colaboradores, ou seja, pessoas que
lhe enviam documentos e imagens para publicação no site?
- O PMM é um site aberto e aceita qualquer colaboração.
Costumo receber material por ‘e-mail’. Naturalmente há alguns colaboradores mais assíduos, que tanto enviam fotos
como notícias da sua comunidade, ou comunicados, como
as tristes notícias de falecimentos. Outras fontes de recolha
de material provêm de livros e revistas antigas, sempre com
a preocupação de respeitar a fonte e nomes dos autores. Isto
tem-lhes agradado, pois antigos artigos esquecidos em publicações são ressuscitados e disponibilizados para leitura
geral num espaço sem fronteiras, que é a Internet.
- Para além de textos, imagens e músicas, o ‘site’ disponibiliza também vídeos, como por exemplo, um filme
sobre o Grande Prémio de Macau de 1959. Como tem acesso a estas imagens em causa?
- Andei a produzir diversos ‘vídeos-foto clips’ com minhas fotos de Macau e dos tempos antigos, e também dos
(...) “Sonhava um dia poder produzir um ou mais vídeos daquela Macau e dos macaenses que
toca o coração de muita gente, inclusive o meu” (...)
eventos do Encontro 2010, principalmente musicais, além
das atividades da Casa de Macau [em São Paulo], como
do nosso teatro de patuá. Ainda tenho muitas coisas para
editar e publicar no “YouTube”, até a ressuscitar meus antigos vídeos, gravados nas velhas fitas de videocassete.
Aliás produzir vídeos é uma das minhas paixões, como a
fotografia. Houve uma época de há mais de 15 anos que filmava mais que fotografava. Alguns são memoráveis como
a primeira visita do Governador Vasco Rocha Vieira à Casa
de Macau de São Paulo nos anos 90, ou da escola de samba que levamos para o último Encontro da era portuguesa.
Naquela época tinha um equipamento mais profissional,
mas foi furtado. Hoje ainda estou na pendência de adquirir
uma equipamento semi-profissional, mas os preços estão
proibitivos. Sonhava um dia poder produzir um ou mais
vídeos daquela Macau e dos macaenses que toca o coração
de muita gente, inclusive o meu. Pena que viajo para Macau só aquando dos Encontros, e nessas ocasiões não há
quinta-feira, 21 de juLho de 2011 jornal tribuna de macau
tempo para nada, devido à extensa programação. Quanto
ao vídeo do GP de Macau de 1959, foi uma satisfação poder
divulgá-lo, pois além de ser interessante por mexer com a
nossa memória, também serviu para prestar uma homenagem ao trabalho do macaense Hércules António.
- A nova versão do site foi inaugurada há precisamente um ano. Quem foi o responsável pela sua concepção?
- O site é totalmente construído e mantido por mim. Na
verdade, tive que criar a nova versão, pois o servidor onde
o ‘site’ está alojado informou que o formato antigo seria extinto dentro de um determinado tempo, convidando a todos
migrar para os formatos mais modernos. Não tive outra opção. Depois, penso, com muita gente a reclamar contra essa
ameaça, o servidor voltou atrás da sua decisão. Nessa altura,
a nova versão já estava no ar, a conviver com a original, ou
seja, a antiga. Foi um alívio. Iria morrer de saudades do site
original, embora já estivesse meio cansado do antigo visual,
bastante limitado em termos de ferramentas. Hoje, posso di-
zer que estou satisfeito com o novo visual, é semelhante ao
blogue Crónicas Macaenses.
- Quais têm sido as reacções da comunidade macaense
em relação ao ‘site’? Recebe muitas mensagens de apoio?
- Graças a Deus que são favoráveis. Até hoje, depois de
oito anos, ainda recebo cumprimentos pelo trabalho, o que
me dá enorme satisfação e serve de incentivo para continuar a manter o ‘site’ vivo na Internet. Dá a sensação que se
está a cumprir uma missão, mesmo sendo singela.
- O que significou para si ganhar o Prémio Identidade
2011?
- Recordo que no Encontro Macau 2010 estava lá com
a minha máquina fotográfica, a registar os ganhadores do
Prémio Identidade dos anos 2009 e 2010 recebendo os seus
diplomas. Nunca imaginava que o próximo seria eu, a compartilhar o Prémio com o Henrique D’Assumpção, que aliás
bem o merece. Assim, quando recebi o ‘e-mail’ do IIM a
comunicar a atribuição do Prémio ao ‘site’, fiquei pasmado
e tomado de muita emoção. O aviso coincidia com o mês
de aniversário do ‘site’. A sensação foi de ter o trabalho
reconhecido, oito anos após o lançamento. É um esforço
meu manter o PMM por tanto tempo, sem visar obter ganhos financeiros, seja com anunciantes ou patrocinadores,
mas movido apenas por um ideal. Também recordo que
em 2009, aquando da exposição dos 10 Anos da RAEM em
São Paulo, o dr. Jorge Rangel, que sempre elogiava o meu
trabalho, dizia-me que este não estava sendo devidamente
reconhecido. Não entendi bem na ocasião o motivo do comentário, e agora vejo que talvez a concessão desse Prémio
já estivesse a ser estudada há dois anos.
- Que destino pretende dar ao material recolhido?
Pensa, por exemplo, editar um livro com esse material?
- Nunca cheguei a pensar nisso. Penso que o PMM existirá enquanto forem pagas as mensalidades ao servidor.
Um dia, se por força maior, isso deixar de acontecer, o site
desaparecerá do mundo virtual. Passará, talvez, para a memória macaense que um dia um sujeito procurou contar ao
mundo que existe uma gente fruto de 440 anos de presença portuguesa numa península ao Sul da China. Penso que
não há como editar um livro com o material lá divulgado, e
nem como pensar em ceder o site a outrem, pois é um trabalho muito pessoal. Uma marca minha que levarei comigo,
quando for a hora de partir desta vida. Até penso que não
haveria quem se interessasse em assumir tal trabalho. Mais
fácil alguém criar outro ‘site’ similar, aliás, como já existem
diversos na Internet, que cumprem bem o seu papel. O que
poderia um dia virar um livro seriam as minhas fotos de
Macau, que venho fotografando desde o 1.º Encontro em
1993, ocasião em que voltei pela primeira vez à minha terra
natal após a emigração em 1967. Somam milhares. Imaginava que um dia poderia tentar obter apoio para essa divulgação, que contaria com a participação da comunidade macaense, de gente tanto conhecida como anónima. Um livro
desses poderia ser intitulado “A Macau de Todos Nós”.
- Para além do PMM, criou também um blogue chamado “Crónicas Macaenses”. Em que é que este se diferencia do PMM?
- Já tenho o blogue desde 2006. Cheguei a ter outros
com nomes diferentes mas já extintos. Era um espaço para
alguma divulgação ou desabafo. Tinha poucas entradas
pois o site era utilizado para todo tipo de divulgação. Porém neste ano, decidi dar um novo impulso ao Crónicas
Macaenses, de forma que ele fizesse uma parte do trabalho
com publicações mais práticas e curtas. O site PMM já vai
acumulando mais de uma centena de páginas na nova versão e outras tantas mais na antiga, o que tornava um tanto
trabalhoso para administrar. O arquivo do blogue é mais
fácil e prático. São publicações pontuais. Não há ligações
entre as entradas. Além disso, ele possui uma linguagem
mais informal, assemelhando-se a uma conversa. Lá escrevo como bem entender, enquanto o ‘site’, uma publicação
mais completa e trabalhosa, tem uma linguagem mais formal. As páginas podem estar ligadas entre si por um tema,
como a Gastronomia Macaense ou o Patuá. Gostei do novo
formato do blogue e tenho procurado fazer entradas com
mais frequência. Toda as semanas tem algo novo e sinto-me
muito à vontade lá. Muitas vezes, sentia que o site não proporcionava publicações curtas, pois não tinha esse perfil,
mas agora o blogue cumpre bem este papel.
pág 09
Benfica não negoceia Luisão. O defesa-central,
de 30 anos, tem estatuto de inegociável para
a SAD e Filipe Vieira entende que não deve
sequer ouvir propostas pelo jogador (tem
cláusula de rescisão de 20 milhões), atendendo
à importância do internacional brasileiro.
desporto
Pepe lesionado. O central Pepe sofreu uma
contusão no joelho direito durante o jogo com o LA
Galaxy e juntou-se à lista de indisponíveis do Real
Madrid. José Mourinho não conta também com
outro defesa do plantel, o espanhol Sergio Ramos,
e com o reforço Sahin.
Tudo menos a liquidação do BPN. O Estado português fará tudo
para vender o Banco Português de Negócios. Ontem foi o último
dia para a entrega de candidaturas e espera-se que as propostas
fiquem muito aquém dos 180 milhões de euros estabelecidos
como mínimo na primeira tentativa de privatização do banco.
actual
BASQUETEBOL
PORTUGAL
Yao Ming pôs fim à carreira
Economistas alarmados com a crise
Foi o jogador mais influente da NBA desde Michael Jordan. Graças a ele, o basquetebol norte-americano entrou em força na China. Ontem,
atormentado por lesões, pôs fim à carreira
O
s Estados Unidos têm 308,7 milhões de habitantes. A China tem
300 milhões de praticantes (regulares ou ocasionais) de basquetebol.
Atrás da explosão demográfica do país
veio o crescimento vertiginoso da modalidade. Mas, enquanto para enquadrar o
boom populacional é preciso recorrer a
múltiplos factores, a emergência da modalidade na China explica-se em apenas
duas palavras: Yao Ming.
Até 2002, ano da sua entrada na
NBA, a presença chinesa no basquetebol
americano era residual. Ninguém conhecia Wang Zhizhi e Mengke Bateer, mas
antes de Yao já lá andavam - passaram
ambos despercebidos. Com Yao, primeira escolha do draft daquele ano, a NBA e
os Houston Rockets descobriram um admirável mundo novo que alegadamente
vale 2,3 mil milhões de dólares.
A expansão da liga norte-americana até ao Extremo Oriente começou há
muito tempo. Em 1979 os Washington
Bullets (agora Wizards) foram a primeira
equipa da NBA a pisar solo chinês - para
defrontarem a selecção local. E a CCTV,
principal televisão estatal, tem os direitos de transmissão da prova há 23 anos.
Foram os primeiros passos. Hoje,
os jogos da NBA passam em 50 canais
por todo o território. Nos últimos nove
anos, cada jogo de Yao Ming teve, em
média, 30 milhões de telespectadores
chineses. “Os Rockets transformaram-se
verdadeiramente na selecção nacional
da China”, reconhece Tad Brown, CEO
da equipa texana. Durante este período,
5% das receitas dos Rockets com patrocínios vieram do outro lado do mundo.
Mas a torneira vai fechar-se.
Yao Ming anunciou ontem, em Xangai, o fim de uma carreira marcada pelas
lesões. Tem apenas 30 anos, mas deixa um
legado valioso à NBA. Ou um pesadelo
difícil de ultrapassar. Num inquérito de
um site chinês, 57% dos utilizadores diz
que nunca mais vai ver um jogo da NBA.
Além disso, convém que os responsáveis
da liga se preparem para perder parte
do tráfego do site oficial (NBA.com). Até
hoje, 33% das visitas vinham da versão
em mandarim.
UMA PERDA IRREPARÁVEL. Em artigo de Rui Catalão, o “i” salientava ontem
que “a NBA vive um período atribulado
com o lockout. É como uma fábrica fechada, com os trabalhadores à porta
sem produzirem. Proprietários e jogadores não se entendem e sem novo acordo colectivo nem sequer haverá época
2011/12. Os donos das equipas queixamse de que estão a perder dinheiro - 340
milhões de dólares no último ano -, mas
os atletas também não querem abdicar
da sua fatia - 57% das receitas geradas
pela liga numa época.
As perspectivas já não são animadoras e podem piorar: o adeus de Yao
Ming vai provocar um abalo nas contas
da NBA. Hoje em dia, entre 3% e 5%
das receitas da liga provêm do mercado
chinês, que representa cerca de metade
do volume internacional de negócios.
Isto equivale a uma verba na ordem dos
200 milhões de dólares (141 milhões de
euros) por ano. Ainda está por perceber
quanto se perderá, mas o fim da carreira
do chinês só vem complicar as negociações entre patrões e jogadores.
De resto, não há quem siga as pisadas de Yao Ming. Sobra apenas um chinês, Yi Jianlian (extremo dos Washington
Wizards), um jogador mediano que não
tem sequer a presença do compatriota. Em 2004, quando Houston Rockets
e Sacramento Kings fizeram dois jogos
de exibição, em Xangai e Pequim, Yao
foi quase engolido pelas multidões que
o esperavam. “Percebe-se o que os Beatles sentiam em Liverpool. A julgar pela
quantidade de pessoas que lá estava, ele
tem de ser a figura mais reconhecida em
todo o mundo”, diz Shane Battier, que na
altura jogava com o gigante.
As viagens de equipas e jogadores
da NBA à China tornaram-se cada vez
mais frequentes. Há uma empresa própria (NBA China) que desenvolveu uma
parceria com a AEG para construir e gerir vários pavilhões - Pequim, Xangai e
Cantão são os maiores. Muitos foram os
jogadores que conseguiram generosos
patrocínios só por serem colegas de Yao
Ming. Steve Francis, base dos Rockets
em 2002, até acabou a carreira nos Beijing
Ducks. Outros, como Kobe, LeBron ou
Nash, aproveitaram para reforçar ainda
mais os seus nomes.
De Yao Ming todos vão lembrar a
altura (2,29 m) e a mudança que provocou na NBA - até pela postura. O humor
é um dos traços menos visíveis mas mais
destacados por quem o conhece. Uma
vez Shaquille O’’Neal arriscou uma piada: “Digam ‘’Ching-chong-yang-wahah-soh’’ por mim ao Yao Ming”. Onde
os media viram uma atitude racista, Yao
viu uma oportunidade para brincar. “O
chinês é difícil de aprender. Tive problemas em pequeno.”
Além disso aproveitava a surdez
parcial do ouvido esquerdo (reacção
alérgica a um medicamento) para gozar,
sobretudo quando faltava a um compromisso: “Desculpem, não ouvi!” Até os
problemas com a língua inglesa, depressa
ultrapassados, serviam de pretexto para
rir e fazer rir. Certo dia, Jonathan Feigen (jornalista do “Houston Chronicle”)
soube que tinha havido uma reunião de
equipa. Quando pôde aproximou-se de
Yao para saber mais. O jogador olhou
para um lado e para o outro - para se
certificar de que ninguém ouvia -, inclinou-se na direcção de Feigen e disse-lhe
ao ouvido, num inglês quase perfeito: “I
don’’t know. I don’’t speak English”.
A partir de hoje tudo isto é passado.
Para o negócio da NBA, o próximo passo
é a expansão até à Índia. Mas para isso
falta um Yao Ming indiano.
Polidesportivo
Porto contrata Danilo por 13 milhões
O Uruguai confirmou hoje um lugar na final da Copa
América ao derrotar por 2-0 a formação do Peru num
jogo disputado em La Plata com a presença de 35 mil
espectadores. Num desafio apitado por Raul Orosco,
as duas formações chegaram ao intervalo empatadas
a zero, mas no regresso dos balneários, Suarez
resolveu a partida a favor dos uruguaios em cinco
minutos, ao apontar os golos da vitória aos 53, após
remate forte de Forlan que fez a bola sobrar e aos 58
minutos, driblando o guarda-redes depois de passe
de Álvaro Pereira. O Uruguai volta a inscrever o seu
nome numa final da Copa América 12 anos depois
de ter sido derrotada pelo Brasil também na última
partida da competição por 3-0.
O FC Porto
anunciou, em
comunicado enviado
à Comissão do
Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM),
a contratação de
Danilo, futebolista
internacional brasileiro
sub-20, pagando 13
milhões de euros ao
Santos, clube que
detinha o seu passe.
“A Futebol Clube do
Porto – Futebol, SAD
vem comunicar (…)
ter chegado a um
acordo com o Santos Futebol Clube para a aquisição
dos direitos de inscrição desportiva do atleta Danilo
Luiz da Silva”, refere o documento. Danilo Luís da
Silva tem 20 anos e é sempre apresentado como
médio direito, embora actue com frequência na
lateral defensiva desse corredor. Ao serviço do clube
paulista, esta época marcou quatro golos na Copa
dos Libertadores da América e um no campeonato
brasileiro, ao fim de 10 jornadas.
O clube brasileiro Corinthians anunciou em
comunicado ter renunciado à tentativa de contratar
o argentino Carlos Tevez ao Manchester City, com
quem estava a negociar a transferência. “Não há
tempo suficiente para concretizar a transferência
antes do encerramento do mercado na quarta-feira”,
refere o clube que ofereceu 63,57 milhões de dólares
para comprar o passe do argentino de 27 anos.
O Corinthians negou também as declarações do
treinador do Manchester City que tinha afirmado terçafeira que os dois clubes tinham chegado a acordo
para a transferência de Carlos Tevez. “O Manchester
City não aceitou a proposta do Corinthians e fez uma
contra-proposta”, refere ainda o clube brasileiro.
pág 10 quinta-feira, 21 de juLho de 2011 jornal tribuna de macau
Portugal
A direção a tomar pela Europa no sentido de sair da crise da dívida soberana devia passar pelo relançamento e pelo
estímulo das economias, uma decisão que só pode partir de Bruxelas, segundo vários economistas portugueses
D
e acordo com o investigador do Centro de
Estudos Sociais da Universidade de Coimbra João Rodrigues, “há aqui um problema
que não pode ser enfrentado à
escala nacional e requer uma solução europeia”, na ausência da
qual “o cenário de desagregação
europeia colocar-se-á”.
Numa altura em que começam a ser conhecidos os detalhes
possíveis de um novo pacote de
ajuda à Grécia, que podem passar por uma nova taxa sobre os
bancos, com a possível emissão
de títulos conjuntos europeus
(os denominados ‘eurobonds’)
e uma hipotética renegociação
dos prazos de pagamento de
Atenas, diversos economistas
ouvidos pela Lusa contestam as
políticas de austeridade implementadas nos últimos meses.
“Estas medidas que têm
sido adoptadas para reequilibrar as finanças públicas lançaram-nos numa espiral negativa,
descendente. Em vez de resolver o problema agravam-no. De
facto, todas [estas] medidas não
fazem nenhum sentido”, afirmou à Lusa o professor catedrático da Faculdade de Economia
da Universidade do Porto Abel
Fernandes.
Por seu lado, João Rodrigues considera que “o esforço
de consolidação orçamental não
institui nenhum modelo económico viável para o futuro” e
explica-o através de um círculo:
“A dívida pública é insustentável porque as economias não
crescem, as economias não crescem porque há austeridade”.
Já o director da Faculdade
de Economia da Universidade
de Coimbra, José Reis, considera que a emissão de títulos europeus “para 60% da dívida de
cada um [dos países em dificuldades]” significaria um alívio
para estes Estados e permitiria
um regresso aos mercados.
Porém, o professor de
Coimbra acrescentou que há
um ponto “absolutamente complementar” desta medida e que
“tem a ver com uma política de
relançamento das economias,
visto que o principal problema
destas economias é que são economias em depressão”.
Algo que vai ao encontro
das palavras de Abel Fernandes, quando refere que “a única forma de se sair desta crise
é relançar a economia e a única
forma de relançar a economia
numa zona monetária com taxas de câmbio fixas é a coordenação de políticas económicas”,
ou seja, algo que parta do centro
da União Europeia.
“Tem de haver uma abordagem à escala europeia”, destaca o economista Rui Henrique Alves, com a emissão dos
títulos europeus no curto prazo,
mas “a mais médio prazo um
reforço dos mecanismos de go-
vernação, avançando na área da
união política”.
Abel Fernandes é claro
quando questionado sobre a sua
opinião no que toca às medidas
adoptadas até aqui: “Estas medidas de aumento dos impostos
são medidas de automutilação.
Se há uma coisa que o Estado
não devia fazer [numa altura
destas] é aumentar os impostos.
É aquela medicina do século
XVII de curar os doentes sangrando-os.”
Financiamento fora
dos mercados. O financiamento público “não pode
estar completamente entregue aos mercados”, disse, entretanto, à Lusa o director da
Faculdade de Economia de
Coimbra, um dos autores da
queixa contra as três agências
norte-americanas de notação
financeira.
“As agências só têm a importância que têm porque nós
lhes damos esse poder. Se tivéssemos entidades como o
Banco Central Europeu (BCE)
ou o próprio Fundo Monetário
Internacional (FMI), que, como
entidades de natureza pública,
interviessem no financiamento
das dívidas soberanas segundo
os seus critérios, o quadro seria
completamente diferente”, afirmou José Reis, antigo secretário
de Estado do Ensino Superior.
Apesar de partilhar da
opinião de José Reis em relação
à posição das agências de ‘rating’ no mercado, o professor
da Universidade do Porto Abel
Fernandes considera que têm
sido ditos “disparates enormes” acerca da influência destas instituições.
A informação recolhida
junto das entidades avaliadas
pelas agências de notação financeira, segundo Abel Fernandes,
“é uma informação que, necessariamente, deverá ser disponibilizada ao mercado por todos
os potenciais devedores que
se queiram financiar junto do
mercado”, dado que, de acordo
com o funcionamento actual
dos mercados, “se, porventura, uma emissão de dívida não
for acompanhada de ‘rating’ o
mercado não pega nela”.
Para José Reis, poder-se-ia
contrariar a influência destas
instituições através de “outras
agências de ‘rating’ e, sobretudo, com o apertar de critérios
e obrigar que essas agências
revelem os fundamentos das
suas avaliações”.
Abel Fernandes indica, por
seu lado, que é uma daquelas
situações como no futebol, em
que “a equipa que perde atribui
as culpas ao árbitro” e, apesar
de considerar que em 2007 foram de uma actuação “laxista”,
as agências de ‘rating’ estão
agora “a jogar pelo seguro, tornando-se menos permissivas”.
JTM/Lusa
Portugal
Portugal
Portugal
china
Uruguai na final da Copa America
Corinthians renuncia a Carlos Tevez
O MUND
NOS “MEDIA”
Acordo com Capel aguarda oficialização
Atingida uma plataforma de entendimento entre
todas as partes envolvidas no processo, Sevilha,
jogador e Sporting, falta nesta fase formalizar uma
série de aspectos burocráticos para que Capel
seja oficialmente jogador do Sporting. Alvalade vai
pagar cerca de 3,5 milhões de euros pelos direitos
desportivos do internacional espanhol, valor que
aumenta 200 mil euros por cada temporada que
o emblema liderado por Domingos Paciência se
apure para a Liga dos Campeões. Além destes
valores, o clube andaluz fica ainda com direito
a 20% num futura venda do extremo esquerdo.
Todos estes pressupostos estão acordados, mas
falta ainda que Capel realize os testes médicos
e se ultimem questões de pormenor para que
o esquerdino seja, oficialmente, jogador do
Sporting.
Benfica TV reprovada pela ERC
A Entidade Reguladora para a Comunicação
Social (ERC) reprova a conduta da Benfica TV
e reitera anteriores advertências por forma a
“evitar situações de incitamento à violência e ódio
clubístico”. A deliberação do Conselho Regulador
da ERC refere-se às palavras de Sérgio Bordalo,
comentador do programa Debate, emitido por
daquele canal televisivo por cabo a 6 de Abril,
que afirmou: “Desejo muito sinceramente que o
presidente do FC Porto festeje o próximo título
junto daqueles a quem dedicou este”. Dias antes,
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, havia
dedicado o título conquistado no Estádio da Luz,
em vitória sobre o Benfica, por 2-1, aos falecidos
Pôncio Monteiro e José Maria Pedroto.
Quase 100 milhões de veículos
O número de automóveis na China,
o maior produtor e comprador de
veículos desde 2009, atingiu 98,46
milhões de unidades em meados
deste ano, uma subida de 8,3 por
cento face aos números do final de
2010, revelou hoje o Governo Central
D
ados do Ministério da Segurança
Pública, publicados no seu site oficial na Internet, indicam que o número total de veículos motorizados no país
– incluindo motocicletas, tratores e camiões
– totalizava no final de junho 217 milhões
de unidades, mais 4,8 por cento do que no
final de 2010.
Os mesmos dados indicam que 11
cidades superam um milhão de veículos
nas suas estradas como Xangai, Shenzhen,
Tianjin, Chengdu e Pequim, esta última
com um parque automóvel de 4,6 milhões
de veículos. Cerca de 70 por cento dos veículos em circulação na China são privados.
Globalmente e em termos relativos, a
República Popular da China, com 75 veículos por cada mil habitantes, é um país
com poucos automóveis comparativamente à União Europeia, com 550, ou aos
Estados Unidos, que regista 700 veículos
por cada mil habitantes.
No entanto, nas grandes cidades, a circulação automóvel é já um problema pois
além dos grandes engarrafamentos aumenta os níveis de poluição.
O município de Pequim tem tentado
diversas medidas para reduzir os problemas de trânsito como proibir a circulação
automóvel um dia por semana aos automóveis privados, determinação cumprida
pelo número da matrícula, ou limitar ao
máximo as novas matrículas, mas a cidade
continua a registar grandes filas, principalmente nas horas de ponta.
Também nas auto estradas que ligam
as principais cidades já acontecem graves
problemas de tráfego. Ontem a agencia Xinhua divulgava que filas de 100 quilómetros obrigam os veículos – principalmente
camiões – a permanecerem durante vários
dias no mesmo troço da auto estrada que
liga Pequim ao Tibete, onde no ano passado
os congestionamentos chegaram mesmo a
prolongar-se por mais de uma semana.
De acordo com a agência oficial, a ligação rodoviária, vital para a região da Mongólia Interior, foi mais uma vez afectada
pelo trânsito infernal que se verifica desde
10 de Julho, altura em que tiveram início as
obras de saneamento na via.
“Presos” em extensas e demoradas filas, os condutores queixam-se de que não há
japão
qualquer sinal que os avise das obras e que,
por isso mesmo, não pensaram em desvios.
Quem fica a ganhar com o incidente são
os comerciantes ambulantes locais que aproveitam a confusão para venderem alimentos
e bebidas, apesar de alguns condutores terem exigido às autoridades o abastecimento gratuito, como forma de indemnização
pelos prejuízos causados. A auto estrada é
uma das mais importantes vias de transporte de carvão – principal fonte de energia da
China – para a capital e arredores.
jornal tribuna de macau quinta-feira, 21 de juLho de 2011 pág 11
china
Dito
(...) “O novo ciclo vai precisar da força das ideias e de um
PS plural e aberto à sociedade que vai muito para além das
duas candidaturas. Só assim será evitado o caminho de
irrelevância de tantos partidos socialistas europeus e estará
o PS à altura da sua História.”
Eduardo Cabrita in “Correio da Manhã”
(...) “Suspender o Acordo Ortográfico (que, de resto,
não pode considerar-se em vigor) e promover a sua
revisão não é apenas uma questão de bom senso. É
um imperativo nacional no tocante à defesa da língua
e da cultura do nosso país” - Vasco Graça Moura
opinião
opinião
(...) “O Expresso agiu segundo factos indestrutíveis, como
Ricardo Costa afiançou, ou caiu num ardil e estatelou-se
numa armadilha? Algo de sombrio aconteceu. E o que
aconteceu será alguma vez conhecido?” - Baptista-Bastos
(...) Face aos dados conhecidos, constata-se que o maior
transtorno para os cofres do Estado não resulta da falta de
pagamento das portagens, mas sim do modo como estas
foram idealizadas e renegociadas” - Carlos Abreu Amorim
Há 20 anos
In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”
21/07/1991
Boa recepção deixa
satisfeito
dirigente de Zhuhai
As relações bilaterais e a cooperação
nas áreas do turismo, segurança
finanças, desportos e desenvolvimento
constituíram os temas de uma reunião
realizada ontem à tarde entre o
Governador e o presidente de Zhuhai.
Em declarações aos jornalistas no final
da reunião, que se prolongou por
cerca de uma hora, Liang Guangda
considerou que o encontro decorreu
“num clima de amizade, lealdade,
franqueza e abertura” e prognosticou
“uma maior cooperação entre os dois
territórios”. “Estamos muito satisfeitos
pelo convite do Governador para
visitarmos o Território”, disse, salientando
que o mesmo “foi endereçado pelo
Governador de Macau e recaiu logo sobre
Zhuhai”. “A administração de Macau
e Zhuhai atribuem grande importância
à colaboração entre os dois territórios”,
disse. O presidente do governo popular
do município de Zhuhai, uma das
quatro zonas económicas especiais da
República Popular da China, afirmou
igualmente que no encontro de ontem
“não foi assinado qualquer protocolo
acerca das áreas analisadas”, destacando
que aqueles assuntos “serão objecto de
necessidade futuras”. Os temas analisados
entre Rocha Vieira e Liang Guangda
serão aprofundados nos encontros que
o presidente do município de Zhuhai
mantém hoje com os secretários-adjuntos
para as áreas dos transportes e obras
públicas, administração, educação e
juventude, segurança e comunicação,
turismo e cultura. Liang Guangda, foi
ainda obsequiado, ao fim da tarde de
ontem com uma recepção oferecida pelo
Governador no hotel Mandarim Oriental.
tribuna
tribuna
Vasco Graça Moura
As grandes responsabilidades
As sombras das dúvidas
J
P
á toda a gente sabia que a preparação dos alunos do básico e do secundário nas disciplinas de Português e Matemática é absolutamente calamitosa. Ao longo dos anos, as
advertências e os alertas a esse respeito têm vindo de todos
os lados. Com mais ou menos impressionismo ou maior ou
menor rigor estatístico, todas as observações, análises e estudos, nacionais ou internacionais, convergem na mesma
conclusão.
A estupidez dos programas adoptados, a permissividade, a indiferença das famílias, a incompetência dos políticos, são alguns dos vários factores que se vieram acumulando por mal dos pecados deste país, falido em tudo,
a começar pelo sistema de ensino. A falta de preparação
de muitos docentes também se explica pelo facto de serem
produtos desse mesmo sistema.
Desde há décadas que as idiotias pedagógicas se articularam a uma concepção do aluno como “bom selvagem”
e ancoraram na consagração da lei do menor esforço como
regra de conduta escolar e condição de aproveitamento.
Muita gente (entre outros, Maria Filomena Mónica, Maria
de Fátima Bonifácio, Helena Matos ou Nuno Crato) se tem
pronunciado sobre estes aspectos.
A língua portuguesa foi assassinada na escola. Parece
que, no coração do Ministério da Educação, certas estruturas superiores ou intermédias têm tido mais poder do que o
próprio titular da pasta e conseguem impor as suas concepções, a sua vontade programática ou a sua tremenda propensão para a inércia e para a inépcia.
No que toca ao português, os alunos desabituaram-se
de tirar significados, não sabem consultar capazmente um
dicionário, não se habituaram a ler autores significativos e
muito menos a gostar deles. Não conseguem interpretar em
condições um qualquer texto literário e exprimem-se cada
vez com mais problemas e deficiências no tocante à extensão e propriedade do léxico, à articulação sintáctica, ao
respeito de regras gramaticais elementares, à correcção da
ortografia e até da pronúncia de muitos vocábulos. Tanto
quanto sei, na área das matemáticas e da simples aritmética,
passam-se coisas que, mutatis mutandis, acabam por ser de
sinal muito semelhante.
TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE
Juízo Cível
ANÚNCIO
Sobre essas falhas básicas, o actual ministro tem tido
o desassombro de dizer verdades como punhos. É portanto de esperar que ponha em prática uma série de medidas
para contrariar o presente estado de coisas.
Esse estado de coisas só poderá agravar-se com a aplicação nas escolas de uma barbaridade chamada Acordo Ortográfico. Se o ministro da Educação tem dúvidas a este respeito, basta-lhe convocar alguns especialistas, ou pedir para
ver o parecer da Comissão Nacional da Língua Portuguesa,
ou o dos seus próprios serviços (ao tempo da assinatura do
AO, a Direcção-Geral do Ensino Básico e Secundário). Pode
mandar analisar por gente competente não apenas as burricadas que o documento consagra, mas as consequências
que ele vai ter ao nível da escola: facultatividades que redundarão na desortografia, confusões e equívocos, incertezas e
flutuações permanentes na aprendizagem e na maneira de
escrever, pronúncias desfiguradas, lesões na própria utilização escorreita da língua, custos astronómicos directos e indirectos na criação e aplicação do sistema.
O Programa de Governo é, a este respeito, de uma insensibilidade chocante, para não dizer de uma obtusidade
clamorosa. Pode-se apostar dobrado contra singelo que
nenhum dos seus autores leu jamais o texto do Acordo Ortográfico. Nenhum dos seus autores sabe do que fala ou
escreve quando inclui nesse programa o propósito de “implementar” a aplicação da coisa. Nenhum dos seus autores
ponderou, nem de perto nem de longe, as consequências
dessa aplicação.
De boas intenções estão sempre os programas cheios.
Mas este é um dos pontos em que o voluntarismo de natureza política deve ceder perante as objecções científicas e
técnicas que foram suscitadas e a que nunca foi dada resposta convincente. É tempo de reexaminar essas objecções
sem preconceitos nem chavões estéreis.
Suspender o Acordo Ortográfico (que, de resto, não
pode considerar-se em vigor) e promover a sua revisão não
é apenas uma questão de bom senso. É um imperativo nacional no tocante à defesa da língua e da cultura do nosso
país. E essa hoje é uma das grandes responsabilidades de
Nuno Crato.
TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE
Juízo Cível
ANÚNCIO
TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE
Juízo Cível
ANÚNCIO
Acção Ordinária nº CV1-10-0092-CAO 1° Juízo Cível
Execução Ordinária nº CV1-11-0010-CEO 1° Juízo Cível
Execução Ordinária nº CV3-10-0126-CEO 3° Juízo Cível
Autora: Empresa de Investimento Wong Wa,
Limitada, com sede na Rua da Palha, Nº 23-C, 1º andar, em Macau,
ora representada pelos seus administradores, Ho Hau Wong e Li, Siu
Leung Alexander.
Réus:
1- Chan Kam Wah, residente em Macau.
2- Sou Chon Heng, casado, natural e residente em Macau.
Faz-se saber que pelo Tribunal Judicial da RAEM, correm éditos de
Trinta dias, contados a partir da segunda e última publicação do
respectivo anúncio, citando o Réu Chan Kam Wah para, no prazo
de Trinta dias, contestar, querendo, a Acção Ordinária acima identificada, na qual o autor pede em síntese, que:
Os Réus sejam condenados solidáriamente ao pagamento da
indeminização no montante de MOP$18.000.00,00 (dezoito milhões
de patacas) pelo prejuízo e danos causados à autora, acrescido dos
respectivos juros legais até ao integral pagamento, a contar a final, bem
como na devolução do montante de HK$2.200.000,00 (dois milhões e
duzentos mil dolares de Hong Kong) e que corresponde a importância
de MOP$2.266.000,00 (dois milhões duzentas e sessenta e seis mil
patacas), tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se
encontra nesta secretaria à disposição do citando.
Mais é devidamente advertido, que é obrigatória a constituição de
advogado (artº 74º do C.P.C.M.), caso conteste.
Aos 14 de Julho de 2011.
Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com
sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, n° 22.
Executado: ROBERT ALLAN CASAS DE JESUS, solteiro,
maior, natural das Filipinas, de nacionalidade filipina, titular do
Passaporte da República das Filipinas, residente na Rua de Évora
n°. 410, Edifiício Palácio do Sucesso, Man Kok Wa Teng, Harvest
Palace, 7° andar N, Taipa.
FAZ-SE SABER que pelo Tribunal Judicial de Base da RAEM,
correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e
última publicação do anúncio, citando o executado ROBERT
ALLAN CASAS DE JESUS, acima identificado, para, no prazo
de VINTE DIAS, findo o dos éditos, pagar a dívida exequenda ao
exequente no montante de MOP$7.575,12 (sete mil, quinhentas e
setenta e cinco patacas e doze avos), acrescida de juros, custas e
condigna procuradoria, ou nomear bens à penhora, ou, querendo,
deduzir oposição à execução no mesmo prazo, sob pena de se considerar devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora,
tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra
nesta secretaria à disposição do citando.
Para constar se lavrou este edital e outros de igual teor, que serão
legalmente afixados.
Aos 07 de Julho de 2011.
Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, SA, com
sede na Avenida Almeida Ribeiro, 22 em Macau.
Executada: LEI lN FAN, com última residência conhecida na
Rua Norte do Canal das Hortas, 166, Edificio Garden Vai Un,
Bloco B, 7° M em Macau, ora ausente em parte incerta.
FAZ-SE SABER que por esta Secção, correm éditos de
TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação do
anúncio, citando o executado acima identificado, para no prazo de
VINTE DIAS, decorrido que seja os dos éditos, deduzir oposição,
pagar ao exequente a quantia de MOP$134.000,16 (cento e trinta
e quatro mil patacas e dezasseis avos), acrescida de juros vencidos
e vincendos até efectivo pagamento e custas, ou nomear bens
à penhora, sob pena de ser devolvido ao exequente o direito
de nomeação de bens à penhora (art°.720º C.P.C.M.), pelos
fundamentos constantes da petição inicial que se encontra á
disposição do citando nesta Secção, prosseguindo os autos com
o Ministério Público - artº 49° do Código de Processo Civil de
Macau.
A intervenção do citando nos autos implica a constituição de
advogado - art° 74° do Código Processo Civil de Macau.
RAEM, 06 de Julho.
A Juiz,
Ana Carla G. F. de Seixas Meireles
O Escrivão Judicial Auxiliar,
Io Pak Chun
O Juiz de Direito,
a) Rui Carlos Pereira Ribeiro
O Escrivão Judicial Principal,
a) Acácio Coelho
A Juiz,
Ana Meireles
A Escrivã Judicial Principal,
Etelvina F. Gomes
2ª Vez
“JTM” - 21 de Julho de 2011
pág 12 quinta-feira, 21 de juLho de 2011 jornal tribuna de macau
2ª Vez
“JTM” - 21 de Julho de 2011
2ª Vez
“JTM” - 21 de Julho de 2011
or duas vezes, o Expresso disse que o Governo instara o SIS
a fazer o varejo dos negócios de
Bernardo Bairrão, tanto em Angola
como no Brasil. Passos Coelho deseja que os membros do Executivo
sejam absolutamente imaculados.
O dr. Bernardo Bairrão, que abandonou a administração da TVI,
para ser secretário de Estado de
uma pasta, cuja designação esqueci, manifestou pasmo e indignação
e exigiu rápida auditoria à sua vida,
tanto pessoal como profissional. E
adicionou à repulsa a exigência segundo a qual o SIS deverá tornar
pública a sua ficha. Veio a terreiro o
dr. Miguel Macedo, aquele senhor
de alvos cabelos, agora ministro,
desmentir a suspeita de qualquer
infâmia e revelar que o dr. Bairrão
não assumira o cargo, por motivos
pessoais e políticos.
O imbróglio não ficou fechado.
O SIS negou ter devassado a existência civil do dr. Bairrão, e o dr. Bairrão
insistiu em saber a verdade do caso,
porque estava em causa o seu bom
nome. Ricardo Costa, director da gazeta semanal em referência, fez, na
SIC, formal e grave, veemente e claro,
a solene declaração de que imprimira
a verdade, e que a verdade é só uma.
Não se sabe quem mente, quem
omite ou quem rasura. Os “próximos
desenvolvimentos” poderão, ao acaso
das circunstâncias, esclarecer o assunto.
Permanece, no entanto, a dúvida metódica: quais os motivos certos que levaram o dr. Passos Coelho a não aceitar o
dr. Bairrão como membro do Executivo?
Os tais motivos pessoais e políticos não
aliviam a consciência de ninguém, nem
abafam a curiosidade generalizada.
A confusão, a suspeita e a desconfiança navegam em águas palustres. Anteontem, Marques Júnior, capitão de Abril, antigo deputado do
tribuna
Baptista-Bastos
“Ricardo Costa irá às televisões, escreverá no jornal, exporá documentos
definitivos e assustadores comprovativos do conluio tenebroso e das obscuras
conivências, agitando a bandeira da verdade e escorraçando a conjura?”
PS, fiscal das “secretas”, não se serviu
de metáforas nem de sinédoques para
nos dizer que as coisas estão claras e
que dá o assunto por encerrado. Em
que ficamos? Possuirá o semanário
provas evidentes de factos que se dissimulam, assegurando, neste caso,
que a teia de mentiras dispõe de tantas ramificações que atinge a própria
natureza do Estado?
Ricardo Costa irá às televisões, escreverá no jornal, exporá documentos
definitivos e assustadores comprovativos do conluio tenebroso e das obscuras conivências, agitando a bandeira da
verdade e escorraçando a conjura?
Seja, ou não, escorreito como a
maçã riscadinha, e puro como a Vir-
Carlos Abreu Amorim
Teoria do efeito contrário
1
. O Governo quis responder rápida e eficazmente ao descaminho das contas públicas
que, a meio do ano orçamental, faziam prever
um acréscimo de dois mil milhões de euros
face aos compromissos de défice público acertados com a troika.
A celeridade pretendida justifica que os
remédios até agora encontrados estejam do
lado da receita. Fê-lo com uma determinação
e coragem inusitadas - embora, convenhamos,
tal não deixe de evocar o modo de atacar este
tipo de problemas a que os governos de Sócrates nos aclimataram.
Torna-se bastante conveniente que os problemas das finanças públicas passem a ser solucionados a partir da redução eficaz da despesa
pública - conforme o PSD e o CDS anunciaram
nas respectivas campanhas eleitorais. Não com
medidas meramente emblemáticas ou com embrulhadas em tonalidades de pós-modernismo
vagamente folclórico. De uma vez por todas,
o País precisa de interiorizar uma lógica firme
de mudanças efectivas no modo como o Estado
gasta o dinheiro dos contribuintes.
E uma forma idónea de o conseguir passa pela renegociação das Parcerias PúblicoPrivadas (PPP) - cumprindo, aliás, o que está
já definido no Memorando de Entendimento
assinado com a troika.
2
. Em Maio passado foi conhecida uma auditoria preliminar do Tribunal de Contas a
um dos episódios mais singulares que ressaltaram do período da governação anterior: a
renegociação dos contratos de PPP entre o Estado e os consórcios que exploram as ex-Scut.
De acordo com esses resultados provisórios
(espero ansiosamente pelos definitivos), os con-
sórcios ficaram a ganhar (e o Estado a perder) 58
vezes mais com a renegociação do novo modelo
de pagamento idealizado a pretexto da introdução
das portagens. Tal estimativa, a confirmar-se, originaria um aumento de cerca de dez mil milhões
de euros na retribuição que o Estado terá de ofertar aos privados - o que converteria o processo da
renegociação das ex-Scut num case study primordial no elenco conhecido dos negócios mais imprestáveis e incompetentes que terão sido realizados em toda a história do Estado moderno.
A hipótese de implementar portagens nas
auto-estradas que sucessivos governos socialistas juraram que iriam ser gratuitas tinha como
um dos alicerces principais a ideia de um esforço imprescindível para se acudir à actual situação financeira do País - este argumento ter-se-á
revelado tragicamente contraproducente.
As portagens nas ex-Scut, afinal, ter-se-ão
traduzido num negócio ruinoso para o Estado.
Terá lesado os contribuintes que serviram de
mero álibi a todo o processo. Molestou as populações que se viram defraudadas nas suas
expectativas pelos mesmos que as tinham nutrido durante anos.
O actual Governo, fiel às promessas eleitorais, pretende que sejam criadas portagens em
todas as ex-Scut. Por uma questão de equidade nacional, terminando com a discriminação
das regiões de Aveiro, Porto e Viana do Castelo. E alegando, ainda, que o prejuízo dessas
vias é incomportável para o erário público.
Contudo, face aos dados conhecidos,
constata-se que o maior transtorno para os
cofres do Estado não resulta da falta de pagamento das portagens, mas sim do modo como
estas foram idealizadas e renegociadas.
JTM/DN
gem do Monte, o Executivo de Pedro Passos Coelho não consegue arredar a dúvida nem fazer com que
os espíritos espaireçam. Um pesado
ponto de interrogação pesa sobre o
Governo, uma dolorosa incerteza e
uma hesitação inquietante ensombram a nobreza da palavra de honra
de que o primeiro-ministro diz ser
seu apanágio.
O Expresso agiu segundo factos
indestrutíveis, como Ricardo Costa
afiançou, ou caiu num ardil e estatelou-se numa armadilha? Algo de
sombrio aconteceu. E o que aconteceu será alguma vez conhecido?
um ponto
é tudo
JTM/DN
Ferreira Fernandes
Histórias de espuma
e alguidar
N
o inquérito às escutas que abalam
o Reino Unido, o comité
parlamentar chama-se
oficialmente da “Cultura, Media e Desporto”,
não se esperava nada
da primeira, tudo da segunda mas foi a terceira
que trouxe o grande momento da tarde.
Estávamos
nós
ainda fascinados pela
juba ruiva de Rebekah
Brooks, a ex-menina dos
olhos de Murdoch, e na
terça-feira quem saltou
como uma leoa protegendo o velho macho foi
Wendi Deng, a legítima
esposa.
Tão rápida foi ela
que o deputado trabalhista Tom Watson se
virou para Rupert Murdoch encharcado de
espuma e disse: “A sua
mulher tem um belo
gancho de esquerda.”
Enganou-se no desporto, não foi boxe, foi
com mão aberta e dextra
que Wendi saltou sobre
o agressor do marido estupendo gesto de re-
matadora de vólei.
É pena o News of
the World já ter fechado,
porque estava ali um assunto que vendia bem:
os quatro filhos dos dois
primeiros
casamentos
do magnata são capazes
de ter ficado deserdados
desde anteontem, a favor da ainda jovem actual mulher.
“Wendi Agarra Herança Murdoch!”, era
uma bela manchete.
O agressor escreveu
no Twitter antes de atacar: “Murdoch é parecido com Mr. Burns.”
Sabem, o vilão cúpido que é o patrão na
série de animação Simpsons...
Agredir com espuma é um acto cobarde,
de quem quer humilhar
sem correr grande risco.
As televisões, como
viram, não mostraram
o agredido Rupert Murdoch humilhado.
A Fox do vilão Murdoch não perdoaria.
JTM/DN
jornal tribuna de macau quinta-feira, 21 de juLho de 2011 pág 13
Donald Trump revela o nome da neta. Ivanka Trump, filha
do magnata Donald Trump, deu à luz a primeira filha no
domingo, em Nova Iorque. Mas quem acabou por revelar
o nome do novo membro da família Trump foi mesmo o
avô. “Anabella Rose é o nome da bebé”, disse Trump ao
programa televisivo Fox & Friends.
Eva Longoria
filma
cena lésbica
para comédia
Eva Longoria, de “Desperate
Housewives”, filmou uma cena
lésbica para uma comédia
intitulada “Without Men”.
Eva tem uma cena de
sexo com a mexicana
Kate del Castillo no
filme que relata
a vida numa
remota aldeia da
América Latina
em que todos
os homens
são forçados
a juntarem-se à
guerrilha comunista,
deixando as mulheres
entregues a si mesmas.
O filme conta ainda com
Christian Slater, no papel
de um jornalista americano
que investiga a história
e acaba envolvido com a
personagem de Eva Longoria.
ver vídeo na edição online do jtm
www.jtm.com.mo
lazer
Robert Redford realiza “The Company You Keep”. O
actor e realizador Robert Redford será o responsável
por adaptar para o cinema “The Company You Keep”,
romance de Neil Gordon que protagonizará ao lado
de Shia LaBeouf. O filme marca a volta de Redford ao
cinema como actor.
Rupert Grint pediu dicas para
beijar Emma em “Harry Potter”
O actor Rupert Grint, que interpreta Ron Weasley na saga “Harry
Potter”, teve que pedir dicas ao realizador David Yates para “não
meter o pé na argola” na hora de beijar a colega Emma Watson,
que interpreta Hermione Granger. O filme “Harry Potter and the
Deathly Hallows: Part 2”, que encerra a saga, mostra finalmente
os dois jovens feiticeiros a beijarem-se, após uma década de
tensão no ecrã. “Eu estava preocupado [com a cena do beijo],
porque de certa maneira o romance, e particularmente o beijo,
pareciam que estava mal”, disse Grint. “Mas assim que estávamos
em estúdio correu bem”, concluiu.
CINEMAX
19:00
Shaft
tdm
13:00
13:30
14:30
19:00
19:30
20:25
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23:00
23:35
00:05
00:30
01:10
TDM News - Repetição
Jornal das 24h
RTPi DIRECTO
Música Movimento
Ganância
Acontecimentos Históricos
Telejornal
Jornal da Tarde da RTPi
Viver a Vida
Acontecimentos Históricos
TDM News
Ásia Global
Green Matters (Ecomundo)
Telejornal (Repetição)
RTPi DIRECTO
30 ESPN
Filhos de Jolie e Pitt
gostam de comer grilos
Maddox e Pax, dois dos seis filhos de Angelina Jolie e Brad Pitt,
experimentaram grilos fritos e gostaram, segundo o site do jornal
The Sun. A actriz teria dado a iguaria às seis crianças durante uma
viagem ao Cambodja, e os mais velhos tornaram-se fãs do insecto.
“Os meus meninos adoram comer grilos. É a coisa favorita deles.
Quando eu lhes dei os grilos pela primeira vez, quis que não ficassem
apreensivos por algo que não é da sua cultura. Comprei-os e eles
comeram-nos como se fossem Doritos”, disse Angelina Jolie.
Rodrigo Santoro é o próximo
“marido” de Jennifer Lopez
Rodrigo Santoro é o próximo marido de Jennifer Lopez... no
cinema. O actor brasileiro vai actuar ao lado de Jennifer Lopez,
no grande ecrã. Segundo informações avançadas pelo site
“Hollywood Reporter”, o actor vai interpretar o papel de marido
da actriz no filme “What to Expect When You`re Expecting”. O
filme estreia em 2012 e conta ainda com Cameron Diaz no
elenco.
13:30 14:30 15:30 16:00 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00 22:00 22:30 23:00 Rugby Australasian 2011
- Men’s Finals
KIA X Games Asia 2011
Total Rugby 2011
The Open Championship 2011
Baseball Tonight International
(LIVE) Sportscenter Asia
Total Rugby 2011
World of Gymnastics 2011
X Games 16 Classix - Skate
Sportscenter Asia
Global Football 2011
(LIVE) The Senior Open
Championship 2011 - Day 1
31 Star Sports
13:30 14:00 15:00 18:00 19:00 19:30 21:00 21:30 22:00 22:30 23:00 Ace 2011
Le Mans Series 2011
Skistar Swedish Open
Classics 2008/09
Arsenal vs. Hull City
Inside Grand Prix 2011
Guinness World Series Of Pool
Intercontinental Rally Challenge
(LIVE) Score Tonight
Global Football 2011
Game
Vip Formula Drift Singapore
Roteiro
40 star movies
12:00 13:50 15:30
17:30 19:25 21:00 23:00 Dear John
My Life In Ruins
Cars
Shanghai Knights
Surrogates
Edge Of Darkness
Gigli
41 HBO
13:00 14:45 16:30 18:35 19:00 21:00 22:40 00:15 Salt
Wuthering Heights
Big Fish
Hollywood Buzz
Punisher: War Zone
Van Wilder: Freshman Year
Freddy’S Dead
Bopha!
42 Cinemax
12:45 14:30 16:00 17:15 19:00 20:35 22:00 23:30 Beetlejuice
Ice Twisters
House Of Frankenstein
Them!
Shaft
Cruel Intentions 3
The Day The World Ended
Man’S Best Friend
43 MGM
12:00 14:00 15:45 17:30 19:15 21:00 23:00 00:30 Atomic Train
Maxie
Love Bites
Neon City
Bulletproof
The Fantasticks
Solomon & Sheba
Submerged
50 Discovery
14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 18:30 What You Can’t See
My Shocking Story 5
River Monstersr
Dirty Jobs
Factory Made
How Do They Do It?
19:00 20:00 21:00 22:00 23:00 I Shouldn’t BE Alive
Gold Rush: Alaska
Tuna Wranglers
Mega Builders 4
Mega Engineering
51 NGC
13:25 14:20 15:15 16:10 17:05 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00 00:00 Built For Destruction
Inside - Operation Wildfire
Bite Me With Dr. Mike Leahy
Brilliant Beasts
Mega Breakdown
Mega Factories
Fight Science
Bite Me With Dr. Mike Leahy
Witness Disaster
Mega Factories
Locked Up Abroad
Witness Disaster
54 History
13:00 14:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 23:00 Modern Marvels
Journey To The Earth’s Core
Ancient Aliens
The Universe
Monsterquest
Modern Marvels
Swamp People
Top Shot
Swamp People
55 Biography Channel
14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00 00:00 Psychic Kids
Gene Simmons: Family Jewels
Vincent Van Gogh
My Ghost Story1
Celebrity Ghost Stories
Flip This House
Storage Wars
Richard Branson
My Ghost Story
Celebrity Ghost Stories
Psychic Kids
62 AXN
13:05 House
14:00 14:55 15:45 16:35 17:30 18:20 19:15 20:10 21:05 22:00 22:55 23:50 00:45 HBO
Breaking The Magician’S Code
Numb3Rs
Csi: Crime Scene Investigation
Hawaii Five-O
Chuck
Ncis: Los Angeles
Csi: Miami
Winter Wipeout
Chuck
Csi: Miami
Ncis: Los Angeles
Chuck
Ncis: Los Angeles
www.macaucabletv.com
cinema
Cineteatro Sala 1 Transformers
Um filme de: Michael Bay. Com: Shia LaBeouf, Markiss McFadden.
14:00H 16:45H 19:30H 22:15H
Cineteatro Sala 2 mr. popper’s penguins
Um filme de: Mark Waters. Com: Jim Carrey.
14:30H 16:30H 19:30H 21:30H
Cineteatro Sala 3 something borrowed
Um filme de: Luke Greenfield. Com: Kate Hudson, Ginnifer Goowin.
14:30H 19:30H
Torre de macau X-Men - first class
Um filme de: Matthew Vaughn. Com: Michael Fassbender, James McAvoy.
Masterchef Australia
Rules of Engagement
Australia’s Next Top Model
Got To Dance UK
Parenthood
Don’t Stop Believing
Melissa & Joey
Masterchef Australia
Cougar Town
Private Practice
Desperate Housewives
Masterchef Australia
How I Met Your Mother
Private Practice
16:30H 21:30H
Clube
Militar
de Macau
Avenida da Praia
Grande, 975, Macau
Tel: 28714000
Telefones Úteis
82 RTPi
14:00 14:35 15:17 15:30 16:00 17:01
17:53 18:41 19:11 20:00 21:15 22:05
22:51
00:00
28822866
Freddy’s Dead
63 Star World
12:10 13:05 13:35 14:30 16:20 17:15 18:10 18:40 19:35 20:00 21:50 22:45 23:40 00:05 Serviço de atendimento a clientes
22:40
Telejornal Madeira
Biosfera
Café Central
Geração 25 De Abril
Bom Dia Portugal
Quem Quer Ser Milionário
- Alta Pressão
Resistirei
Portugueses Sem Fronteiras
Trovas Antigas, Saudade Louca
Jornal Da Tarde
O Preço Certo
Portugueses Pelo Mundo
Verão Total - Monsaraz
Portugal Em Directo
Número de Socorro
Bombeiros
PJ (Linha aberta)
PJ (Piquete)
PSP
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Centro Hospitalar Conde S. Januário
Hospital Kiang Wu
CCAC
IACM
DST
Aeroporto
Táxi (Amarelo)
Táxi (Preto)
Água - Avarias
Telecomunicações - Avarias
Electricidade - Avarias
Directel
Rádio Macau
999
28 572 222
993
28 557 775
28 573 333
28 559 944
28 313 731
28 371 333
28 326 300
28 387 333
28 882 184
59 888 88
28 519 519
28 939 939
2990 992
1000
28 339 922
28 517 520
28 568 333
anima
Sociedade
Protectora
Sociedade
dos
Animais
Sociedade
Protectora
de Macau
Protectora
dos Animais
dos
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de
Macau
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de
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jornal tribuna de macau quinta-feira, 21 de juLho de 2011 pág 15
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e [email protected]
última
en passant
Formiguinhas
Este fim de semana decorre a final da Copa América 2011, que
se está a realizar na Argentina.
Ainda não se sabe quem defrontará o Uruguai, mas já há a
certeza da eliminação das grandes “potências“ do futebol sulamericano.
Perante a ausência da Argentina e do Brasil, os fãs do futebol interrogam-se de como isto pôde acontecer. Afinal, ambas
as selecções têm dos melhores jogadores do mundo, daqueles
que fazem com que o futebol seja o mais belo desporto do
mundo.
Cada um terá as suas explicações.
Para mim é a velha fábula da “cigarra e da formiga”.
Enquanto as “cigarras” brasileiras e argentinas passaram estas
semanas da Copa a deleitar-se com toques de magia que fizeram
o regozijo das bancadas e dos treinadores da dita, os “formiguinhas” sul-americanos foram amealhando, à custa de muita corrida, de muito sofrimento e, reconheça-se, um pouco de sorte.
E ainda dizem que o futebol não é humano...
J.R.D.
tempo
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e geofísicos www.smg.gov.mo
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amanhã
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310C
0
27 C
320C
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1.201
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Venda
8.08
11.45
1.254
Angola destaca papel
de Macau como plataforma
A ministra do Comércio de Angola reconheceu
“os esforços realizados pelo Governo Central e
o Governo da RAEM” para reforçar os trabalhos
de cooperação com os países de língua portugueses, a fim de concretizar as seis novas medidas do Fórum Macau. Neste âmbito, durante a
estadia da delegação da RAEM para participar
na Feira Internacional de Luanda, Maria Idalina
Valente realçou o “papel de Macau como plataforma nomeadamente no fomento ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas”.
Animada pelos mecanismos ao seu dispor, aquela responsável salientou ainda que o Governo
de Angola irá “acelerar a implementação de medidas de facilitação para a criação e aperfeiçoamento do ambiente de investimento” para cativar e desenvolver mais projectos com o Continente chinês na indústria de transformação, como a agricultura. Por sua vez, o secretário-geral
do Fórum Macau, Chang Hexi, disse esperar que Angola tire proveito desta plataforma através
de mecanismos como os pavilhões dos países lusófonos, respectivamente na Feira Internacional
de Investimento e Comércio da China (CIFIT), na Feira de Importação e Exportação da China
(Feira de Cantão), em que o país tem stands. Os mesmos votos foram também reiterados pelo
Secretário Francis Tam através da secretária-adjunta do fórum, Rita Santos, que sublinhou que
a participação de Macau na Feira de Angola conta com mais de 20 empresários interessados na
cooperação em várias áreas prioritárias para o desenvolvimento da agricultura.
BALI RESOLVE DIFERENDOS NO MAR DO SUL DA CHINA
A Associação das Nações do Sudeste Asiático
(ASEAN) e a China acordaram ontem, na Indonésia, um conjunto de linhas de orientação
para o relacionamento bilateral ou multilateral relativamente às zonas disputadas no Mar
do Sul da China. As duas partes alcançaram o
acordo durante as reuniões multilaterais que
integram a cimeira da ASEAN, que decorre na
ilha indonésia de Bali até sábado. Para o diplomata chinês Liu Zhenmin, citado
pela AP, o texto orientador é “um documento chave” no relacionamento regional, dado que Pequim insiste há vários anos no estabelecimento de um código de
conduta vinculativo a todos os países para a solução de disputas territoriais que
devem ser resolvidas pacificamente e sem ameaça de violência. Por sua vez, Pham
Quang Vinh, do Vietname, defendeu que o documento “é um bom começo para se
trabalhar em conjunto e continuar o diálogo e a cooperação para promover a estabilidade e a confiança na região”, segundo a EFE. Hoje, realiza-se uma reunião ministerial entre as duas partes que tem como ponto de partida o acordo alcançado.
O Mar do Sul da China, uma zona marítima de grande intensidade de navegação
ligando o Pacífico ao Índico, tem uma área de 3,3 milhões de quilómetros quadrados e é reclamado totalmente pela China, Taiwan e Vietname e parcialmente pelas
Filipinas, Malásia e Brunei. A disputa territorial acontece, segundo especialistas,
por haver garantias de que a região tem importantes reservas de petróleo e de gás
natural, recursos energéticos necessários não só ao desenvolvimento dos países
regionais como também importantes para potenciar o desenvolvimento das suas
economias. A ASEAN integra a Birmânia (Myanmar), o Brunei, o Cambodja, as
Filipinas, a Indonésia, o Laos, a Malásia, Singapura, a Tailândia e o Vietname.
Mais três mil imóveis entregues
aos bancos portugueses em 2011
Mais de 3.000 imóveis foram entregues aos bancos no primeiro semestre deste ano
em dação em pagamento, isto é, em resultado de incumprimento nos créditos à habitação e à construção, segundo dados divulgados hoje pela APEMIP. De acordo com
as análises sobre as dinâmicas imobiliárias nacionais da Associação dos Profissionais
e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), “ao longo dos seis primeiros meses de 2011 foi possível contabilizar cerca de 3.060 imóveis entregues em
dação em pagamento”. Só em Junho foram entregues “cerca de 600 [imóveis], um dos
resultados mais penalizadores desde o início do ano”, refere a associação. As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto concentram metade das ocorrências relativas a imóveis
entregues em dação em pagamento em Portugal este ano, diz a APEMIP. Estes dados,
acrescenta a associação, “permitem constatar uma crescente concentração deste fenómeno nos grandes centros urbanos, não apenas por efeito de incumprimento por parte
das famílias,
mas também por
um
certa incapacidade
de escoar produto, em resultado
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das crescentes limitações que condicionam a fileira”.
CAMERON PEDE DESCULPA
SE ASSESSOR FOR CONDENADO
O primeiro-ministro britânico mostrou-se ontem disposto a pedir desculpa pela contratação de Andy Coulson para assessor de imprensa se o antigo diretor do semanário News
of the World for condenado por envolvimento
em escutas telefónicas. “Eu tenho uma visão
à moda antiga de que se é inocente até ser
provado que é culpado”, argumentou David
Cameron no Parlamento, em Londres, num
debate extraordinário sobre o escândalo suscitado pela denúncia da prática de escutas telefónicas pelo News of the World. Mas “se se
provar que me mentiram, esse seria o momento para um profundo pedido de
desculpas e nesse caso prometo que não desiludirei”, prometeu. Cameron pediu “imensa desculpa pela indignação que causou” a contratação de Coulson,
que foi detido e interrogado há uma semana e meia pela polícia sob suspeitas
de envolvimento nas escutas telefónicas e também de corrupção da polícia.
“Olhando para trás, não lhe teria oferecido o emprego e esperava que ele não
o tivesse aceitado. Mas não se tomam decisões retrospectivamente, tomam-se
no presente e vive-se e aprende-se e, acreditem, eu aprendi”, afirmou. O líder
da oposição, o trabalhista Ed Miliband, lamentou a oportunidade perdida
com “meia desculpa” e reiterou a necessidade de um pedido de desculpas
“inteiro”. “Isto não tem nada a ver se Coulson lhe mentiu, tem a ver com toda
a informação que o Primeiro-Ministro ignorou”, justificou.
Governo nomeou Peter Lam
vice-presidente da Fundação Macau
Peter Lam Kam Seng foi nomeado para exercer o
cargo de vice-presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau. De acordo com um
despacho do Chefe do Executivo, ontem publicado no Boletim Oficial, a nomeação é válida a partir
de hoje. Ligado ao sector empresarial, Peter Lam
já integrava o Conselho de Administração da Fundação Macau, como membro a tempo parcial. A
nomeação surge na sequência da recente alteração
aos estatutos da Fundação Macau, no âmbito da
qual foi criado o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração, que é actualmente liderado por Wu Zhiliang.
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pág 16 quinta-feira, 21 de juLho de 2011 jornal tribuna de macau
fecho desta edição jtm - 22:40horas
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