Arte na Idade Média • Professora: Caroline Bonilha • Componente Curricular: Artes ARTE ROMÂNICA A designação "Românico" é uma convenção do século XIX e significa "semelhante ao Romano”. Termo usado originalmente para a arquitetura se referia à semelhança entre as construções típicas italianas do século VIII ao século XIII na Europa cristã e as estruturas constituídas de abóbodas, grossos pilares e paredes maciças com aberturas estreitas dos antigos romanos. PINTURA: • Continuidade no modo de pintar desenvolvido anteriormente; • A representação do espaço não é importante; • A imagem deveria evangelizar; • A temática é essencialmente bíblica; •Gestos artificiais; • Poses forçadas; • Figuras amontoadas. Iluminura São Paulo Iluminura. São João Evangelista, do Evangelho do Abade Wedricus. 1147 Escultura • A escultura do românico tem por objetivo artístico realizar a comunicação entre a igreja católica e o fiel; • A escultura foi inserida no espaço arquitetônico como um elemento complementar, dedicando-se, principalmente, ao ensinamento de cenas bíblicas; • Ao longo do caminho de peregrinação em direção a Santiago de Compostela, existem muitas esculturas em estilo românico. Pilar central, porta oeste. Catedral de São Lázaro. Autun, França, 1130-35. Pedra. Arquitetura Românica • Abóbodas em substituição ao telhado das basílicas; • Pilares maciços que sustentavam as paredes espessas; • Aberturas raras e estreitas utilizadas como janelas; • Torres que aparecem no cruzamento das naves ou nas fachadas; • Arcos que são formados por 180 graus. Igreja de Santa Maria de Ripoll, Gerona, Espanha Igreja de San Martin de Tours (século XII), Frómista , Palência, Espanha. ARTE GÓTICA Arte Gótica A arte românica predominou até o início do século XII, quando surgiram as primeiras mudanças. De modo depreciativo, a nova arquitetura que surgiu foi chamada de gótica pelos estudiosos do Renascimento. Eles relacionaram o novo estilo aos “godos”, povo bárbaro que invadiu o Império Romano e causou grandes destruições. O estilo gótico na verdade foi um aprofundamento de elementos do românico, principalmente da verticalidade. O gótico teve origem no norte da França. ESCULTURA • Estavam ligadas a arquitetura, contudo, lentamente começaram a ter mais volume e independência; • As formas se alongavam exageradamente para o alto, demonstrando verticalidade; • As feições eram feitas de forma que o fiel podesse reconhecer facilmente a personagem representada; • A escultura ilustrava os ensinamentos da igreja. Catedral de Reims, fachada oeste, 1225-45 Pedra, tamanho acima do natural. Lado direito: Virgem Maria e Santa Isabel. Lado esquerdo: Virgem e anjo. Claus Sluter O Poço de Moisés, 1395-1406. Pedra. Altura 1,83, Dijon, França. Pintura Gótica • Desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no início do século XV; • Apresentava temas religiosos; • Procurou o realismo na representação dos seres que pintava; • Apresentava personagens de corpos pouco volumosos, cobertos por muita roupa, com o olhar voltado para cima, em direção ao plano celeste. Simone Martini A anunciação, 1333. Altar da catedral de Siena. Florença, Itália. (Estilo Gótico Internacional) Irmãos Limbourg Abril, das Riquíssimas Horas do Duque de Berry. 1415. Iluminura, Museu Condé, Chantilly. Cimabue Madonna Entronada, 1280-90 tempera sobre madeira. Arquitetura Gótica A arquitetura expressava a grandiosidade, a crença na existência de Deus, tudo se voltava para o alto, projetando-se na direção do céu, como por exemplo as pontas agulhadas das torres de algumas igrejas . A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV. Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridos que filtram a luminosidade para o interior da igreja. As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres. Catedral de Chartres Catedral de Burgos, Burgos, Espanha. Notre-Dame, Paris, França. A entrada da fachada oeste Portal do Julgamento Fachada sul do transepto Moda na Idade Média No início da Idade Média, as invasões bárbaras levaram ao isolamento e à vida nos feudos, desagregando as cidades e praticamente extinguindo o comércio em toda a Europa. As vestimentas passaram a ser produzidas artesanalmente, com fibras naturais e em cores cruas. A elite, formada pelos guerreiros e sacerdotes, se distinguia dos camponeses também através da vestimenta, que era colorida, normalmente vermelha ou verde. As roupas eram confeccionadas em casa, evoluindo de túnicas de comprimento até a altura dos joelhos, bordadas nas pontas e amarradas por cintos até ricas vestimentas com enfeites de brocado. A partir do século X, com o final das invasões e o renascimento comercial e urbano, houve a formação das corporações de ofício, dentre elas as dos tecelões e dos tintureiros, aumentando a quantidade e a qualidade das roupas. Com o desenvolvimento das cidades e a reorganização da vida das cortes, a aproximação das pessoas na área urbana levou ao desejo de imitar. Enriquecidos pelo comércio, os burgueses passaram a copiar as roupas dos nobres. Ao tentarem variar suas roupas, para diferenciar-se dos burgueses, os nobres inventavam algo novo e assim por diante. Em termos de roupas, também podemos falar do românico e do gótico enquanto estilos. Moda no período gótico No traje gótico, as pontas e a verticalidade também são marcantes. O chapéu pontudo das fadas de hoje, remete a este período. Neste período até os sapatos são pontudos simbolizando estatus e poder. Também era comum que as pessoas raspassem a cabeça para alongar a testa. Inglaterra, séc. XII A cor azul era de difícil tingimento, o que fazia dessa roupa uma peça cara e impossível de ser usada pelas classes menos abastadas.