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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Professor PDE: MARIA CARMEM ALVAREZ
Área PDE: HISTÓRIA
NRE: UNIÃO DA VITÓRIA
Professor Orientador IES: JANAINA ZITO LOSADA
IES vinculada: UFPR
Escola de implementação: COLÉGIO ESTADUAL MARINA MARÉS DE SOUZA
Público alvo da intervenção: ALUNOS DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
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Escola: Colégio Estadual Marina Marés de Souza
NRE: União da Vitória
Nome do Professor: Maria Carmem Alvarez
email:[email protected]
Nível de Ensino: Ensino Médio
Título: Memória e Messianismo
Disciplina: História
Relação interdisciplinar 1: Geografia
Conteúdo Estruturante: Relações de Poder
Conteúdo Básico: Movimentos messiânicos no Brasil
Conteúdo Específico: Guerra do Contestado
Relação interdisciplinar 2: Sociologia
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MEMÓRIA E MESSIANISMO
Figura 1: Pocinho de São João Maria, em Porto
União – SC, 2008
Figura 2: Local de orações no pocinho, em Porto União –
SC, 2008
Fonte: Foto da autora
Fonte: Foto da autora
Observe as imagens. São fotos do Parque de São João Maria, local onde são
realizados batizados e onde chegam muitos devotos para rezar. Que relação é
possível estabelecer entre estas imagens e a guerra do Contestado? Como a
população criou tradições, cultuando a figura do monge João Maria? Por que são
conservados pocinhos e cruzeiros em homenagem ao monge em várias cidades?
Em que a população acredita quando realiza batizados nestes locais? Nesta unidade
vamos refletir sobre essas questões e iniciaremos a discussão a respeito de um dos
mais importantes personagens de nossa história.
OS MONGES
Você já ouviu falar em São João Maria? Foi batizado ou conhece alguém que
foi batizado em casa ou no pocinho de João Maria? Pois saiba que este costume
popularizou-se na região sul devido à falta de padres no interior dos estados.
Somente em 1892, os franciscanos alemães se estabeleceram em Lages para
atender a região. Mas pelo interior andavam monges que aconselhavam a
população, receitavam remédios caseiros, abençoavam, faziam orações. Foram pelo
menos três os monges que passaram na região.
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O MONGE SANTO
O primeiro monge de que se tem registro Figura 3: Monge João Maria de Agostinho
foi João Maria de Agostinho ou Agostini, que
nasceu em Pie monte na Itália, em 1801,
chegando a Sorocaba em São Paulo, em 1844.
Viveu em uma gruta, onde havia uma fonte da
qual brotava água em meio às rochas, tornouse conhecido como “monge de Ipanema”. Atraiu
a curiosidade de muitas pessoas que o
procuravam. Mais tarde andou pelo Rio Grande
do Sul, onde ergueu cruzes e abençoava a
água
das
fontes
que
passaram
a
ser
consideradas milagrosas. O governo do Rio
Grande
mandou
um
médico
analisar
se
realmente a água tinha poder de cura. Devido
ao ajuntamento de pessoas na região, por
ocasião da fama do monge, este foi mandado Fonte: Contestado, 2002
para Santa Catarina.
TEXTO 1 - O PARQUE DO MONGE
Figura 4: Gruta do Monge na cidade da Lapa
Em 1851, o monge João Maria
instalou-se numa gruta no município da
Lapa – PR. Para ali atraiu centenas de
pobres e sofredores. Lá também há uma
fonte
cuja
santificada.
água
o
Organizado
povo
pelo
considera
governo
estadual do Paraná, a Gruta do Monge, na
Lapa, é hoje um Parque Turístico e é
visitado por muitas pessoas. Nesse lugar o
Fonte:www.lapa.pr.gov.br
povo organizou, numa das pedras de arenito – que
servia de cama ao Monge – um tipo de altar, com as imagens de santos e de fotos
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do monge João Maria. (...) Há também quantidade de muletas, roupas, velas e
retratos daqueles que vieram implorar uma graça por intermédio do monge, que
depois esteve em Rio Negro – PR e Mafra – SC, onde edificou cruzes, sendo estas
preservadas por capelinhas, dentro das quais o povo coloca flores e acende velas.
(Adaptado de Fachel, 1995, p. 33)
Ninguém sabe ao certo onde o monge morreu, portanto, este desapareceu
envolto em mistério.
ATIVIDADE: Observe a foto da gruta do monge. Você já visitou um lugar
considerado sagrado? Por que visitou esse local? Relate em um texto o que mais o
impressionou.
O MONGE POLÍTICO
Alguns anos mais tarde, um segundo monge andou pela região sul do país,
no final do século XIX. Ficou conhecido como João Maria de Jesus, mas seu
verdadeiro nome era Anastás Marcaf. Ele tinha sotaque estrangeiro. Trazia consigo
uma bandeira branca com a figura de uma pomba vermelha ao centro, era a
bandeira do Divino. O monge andava sozinho, ganhava comida, não dormia dentro
das casas, era humilde, realizava batizados. Dizia que estava cumprindo uma
penitência e deveria caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne
nas quartas, sextas e sábados. João Maria receitava remédios naturais,
aconselhava para o bem, recusava receber pagamentos, abençoava água. A ele
atribuem-se milagres e profecias. Dizia que antes do fim do mundo viriam pragas de
gafanhotos e de cobras, uma epidemia de chagas e uma escuridão que duraria três
dias. Para escapar das desgraças futuras, os sertanejos usavam orações atribuídas
a João Maria, penduradas no pescoço, para protegê-los. Também deveriam fazer
penitência. João Maria declarava que a República era a ordem do demônio,
enquanto a Monarquia era ordem de Deus.
TEXTO 2 – LENDA DO MONGE
Conta-se que certa vez João Maria chegou a ser perseguido por uma pessoa
da região, não se sabe por que motivo, e o povo não quis se envolver com o fato.
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Porém, o Sr. Amazonas Marcondes o recolheu e o escondeu em sua casa.
Agradecido, ao sair, João Maria fez a seguinte profecia: afirmou que no fim do
século haveria uma grande enchente, mas a casa do senhor Marcondes não seria
atingida pelas águas. Mas, segundo essa profecia, quando não existir mais ninguém
da família Marcondes, as águas chegarão até a cruz do morro. (Adaptado de
Lendateca – Resgate Popular Paranaense, 2002, p. 8 e 9).
TEXTO 3 - LENDA DA INVISIBILIDADE
Quando o monge João Maria esteve em Ponta Grossa, muitos devotos o
procuravam para ouvir seus conselhos, pedir bençãos e ouvir suas profecias,
enquanto outras pessoas o desprezavam, denunciando-o à polícia e dizendo que o
monge pregava a revolução e a anarquia entre o povo. Os policiais o procuraram em
sua barraca, mas o monge desapareceu no ar. Como não o encontraram, foram
embora. O monge ficou triste com a denúncia e resolveu ir embora no dia seguinte.
Amanheceu um dia de sol, sem nuvens, mas, logo que o monge foi embora, ao
meio-dia, iniciou uma tempestade com ventania, chuva e muito granizo. A cidade
toda sofreu estragos e prejuízos com telhados e vidraças quebradas. Acredita-se
que o monge mandou a chuva de pedra para castigar as pessoas que o
denunciaram, pois estas eram orgulhosas.
(Adaptado de Barreto, 2003, p. 45 a 49)
ATIVIDADE
Pesquise com seus familiares as lendas existentes na região onde você mora.
Apresente o resultado para sua turma.
TEXTO 4 - O MONGE GUERREIRO
Em 1912, um curandeiro de ervas, conhecido por José Maria de Santo
Agostinho, apareceu no município de Campos Novos, justamente onde, há alguns
meses atrás, julgava-se que havia ressurgido João Maria. Esse monge usava os
cabelos compridos, barba espessa, andava às vezes descalço, às vezes de
tamancos, com meias a lhe prender as calças. Tinha dentes escuros de tanto fumar
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cachimbo. Usava um boné de jaguatirica, enfeitado com penachos e fitas. (Adaptado
de Queiroz, 1981, p. 77)
Esse era o terceiro monge, apresentava-se como irmão de João Maria de
Agostinho, mas seu verdadeiro nome era Miguel Lucena de Boa Ventura. Após curar
a mulher do fazendeiro Francisco de Almeida, desenganada pelos médicos, adquiriu
fama pela região. Chegavam até ele caravanas transportando doentes, vindos de
municípios vizinhos. José Maria sabia ler e escrever, por isso anotava em seus
cadernos as propriedades medicinais das plantas, consultando-os na hora de
receitar aos seus pacientes. Ao contrário dos monges anteriores, este admite
ajuntamentos de pessoas, e gosta de popularidade. O monge fazia leitura de
capítulos do livro “História do Imperador Carlos Magno e os Doze Pares de França”,
aos caboclos que o seguiam. Criou uma guarda especial, escolhendo 24 caboclos
os quais chamou de Pares de França. Muitas pessoas que rodeavam o monge
foram expulsas das terras em que moravam, não tendo fonte de renda, resultado da
concessão feita à Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande do Sul. José Maria foi
convidado a participar da festa do Senhor Bom Jesus em Taquaruçu. Lá
permaneceu por um mês, aumentando o número de pessoas a sua volta, nas terras
do coronel Henrique de Almeida rival político do coronel Francisco Ferreira de
Albuquerque. Este era Intendente Municipal (prefeito) e considerava que a presença
do monge nas terras de seu inimigo só aumentaria o prestígio do outro frente à
população. O coronel Albuquerque telegrafou ao governador do Estado de Santa
Catarina, Vidal Ramos (seu compadre), pedindo força estadual e comunicando que
os fanáticos haviam proclamado a monarquia. A notícia espalhou-se pelos estados
do sul, chegando ao Rio de Janeiro (capital da República), cujo presidente era
Marechal Hermes da Fonseca. Era um mal entendido. Certa noite, em Taquaruçu,
dois trovadores cantavam um desafio, em cujo final um deles disse: “Viva a
Monarquia!” E o povo repetiu: “Viva a monarquia”.
ATIVIDADE
Elabore um quadro comparativo sobre os três monges, determinando as
semelhanças e diferenças entre eles e seu modo de vida.
A QUESTÃO DE LIMITES
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Você sabe o que significa a palavra Contestado? Pesquise no dicionário para
conhecer melhor o termo usado para se referir a essa disputa.
O Estado de Santa Catarina desmembrou-se de São Paulo em 1820, e o
Estado do Paraná em 1853, pois este também pertencia a São Paulo. O Paraná
procurava firmar a posse sobre as terras a oeste catarinense. Esse território,
conhecido como Contestado, compreendia uma área de 48.000 km², e era
riquíssimo em existência de ervais e araucárias. As terras disputadas situavam-se no
planalto serrano catarinense e sudoeste paranaense, tendo por limites: ao Norte, o
rio Negro e Iguaçu; ao Sul, os rios Canoas e Uruguai; a Leste, a Serra Geral; e a
Oeste, a fronteira do Brasil com a Argentina. (Adaptado da Revista Toga e
Literatura, 2008, p.37). Observe o mapa abaixo localizando a região contestada.
E,
por
falar
em
Figura 5: Região Sul, localizando as terras contestadas
Argentina, saiba que este
país também reclamou a
posse das terras. Essa
disputa foi chamada de
Questão de Palmas. Isso
ocorreu em 1881, mas a
questão
somente
foi
resolvida em 1895, com o
arbitramento
do
presidente dos Estados
Unidos, Grover Cleveland,
que deu ganho de causa
ao Brasil, e estabeleceu
os limites entre o Brasil e
a Argentina.
Fonte: Atlas Histórico Básico
O Supremo Tribunal
Federal julgou a Questão do Contestado em 1904, 1909 e 1910, decidindo que o
Estado de Santa Catarina era o vencedor da disputa, mas o governo paranaense
recorria das decisões. Somente em 1916, o presidente da República Wenceslau
Brás assina o Acordo de Limites: coube ao Paraná 20.000 km² e a Santa Catarina
28.000 km². Este acordo dividiu as cidades de União da Vitória (PR) e Porto União
(SC), Mafra (SC) e Rio Negro (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR). O
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Paraná tomou posse de Palmas e Clevelândia, e Santa Catarina de Itaiópolis,
Papanduvas e Canoinhas.
ATIVIDADE: Utilizando um atlas, localize as cidades acima citadas e observe os
limites entre os dois estados, os municípios onde existe divisa seca, e em qual/quais
a divisa acontece através de rios.
A ESTRADA DE FERRO
A Ferrovia São Paulo – Rio Grande foi planejada na década de 1880 pelo
então imperador D. Pedro II e pelo engenheiro João Teixeira Soares. O objetivo era
colonizar a região sul e ligá-la aos núcleos urbanos. Uma empresa com capital
francês e inglês iniciou a construção da ferrovia em 1890. Este teria a extensão de
1403 km, de Itararé, em São Paul, à Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Várias
empresas atuaram na construção dos diversos trechos da ferrovia. O geógrafo
Nilson Cesar Fraga (2006) comenta que em quinze anos de construção, apenas 599
quilômetros estavam prontos, e o prazo para a construção da ferrovia era de cinco
anos. Nessa época, a empresa Brazil Railway Company, administrada no Brasil por
Percival Faquhar, adquiriu o controle acionário da Companhia Estrada de Ferro São
Paulo – Rio Grande. Essa companhia norte-americana controlava ferrovias, portos,
indústrias,
empresas Figura 6: Ataque dos camponeses na EFSP-RG, na década de 1910
pecuárias, madeireiras e de
colonização.
Com a Proclamação da
República as terras devolutas
(vagas), foram repassadas aos
Estados.
paranaense
Os
governos
e
catarinense
passaram a dar títulos de
posse
região,
aos
fazendeiros
sem
consideração
levar
a
da
em
população
nativa que já ocupava as terras.
Fonte: Contestado, 2002
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A estrada obtivera do governo federal uma concessão de terras equivalentes
a uma superfície de quinze quilômetros para cada lado do eixo (...). A área total
assim obtida deveria ser escolhida e demarcada, sem levar em conta sesmarias nem
posses, dentro de uma zona de trinta quilômetros, ou seja, quinze para cada lado.
Não só por isso, mas também pela subversão quilométrica, o traçado se desdobrava
em exagerada sinuosidade. Desse modo, a Estrada de Ferro São Paulo – Rio
Grande ziguezagueava para todos os pontos cardeais, a furtar-se de pequenas
obras de arte. A princípio foram empregados quatro mil trabalhadores, porém, com a
marcha dos trabalhos, o número aumentou para cerca de oito mil. Os contratados
vinham principalmente do Rio e de Pernambuco. (...) Esses antigos trabalhadores,
misturando-se à população do Contestado, constituíram o fermento de graves
acontecimentos posteriores. (Adaptado de Queiroz, 1966, p. 70 e 71. Apud Nilson
Fraga)
A companhia não pagava em dia os trabalhadores, obrigava-os a comprar
mantimentos em seus armazéns, além de manter uma guarda de segurança
encarregada de punir os que se rebelassem. Com o objetivo de explorar as terras
laterais à ferrovia, além de outras áreas adquiridas, a companhia norte-americana
criou a Souther Brazil Lumber and Colonization Company. A Lumber montou várias
serrarias. Em Três Barras foi instalada a maior serraria da América do Sul, onde
diariamente eram serrados 300 metros cúbicos de madeira, para o que eram
empregados 800 operários, a maioria descendente de imigrantes europeus. Outra
serraria foi construída em Calmon, ao lado da estrada de ferro.
No ano de 1911, a empresa passou a expulsar de suas terras todas as
pessoas que as ocupavam e não tinham títulos de propriedade. Também nesse ano
corria o boato de que João Maria reapareceria em Campos Novos.
A Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande (E.F.S.P.R.G.), para os
trabalhadores passou a ser traduzida por “estrada feita somente para roubar pro
governo”. Após a conclusão da ferrovia, os milhares de trabalhadores não foram
reconduzidos aos seus lugares de origem, por isso começaram a viver próximos à
estrada de ferro. A madeira explorada era transportada de trem para os portos de
São Francisco e Paranaguá, sendo dali exportada. Depois da limpeza do terreno, a
empresa o vendia a colonos imigrantes, principalmente alemães, italianos e
poloneses. Habitavam essas terras índios, sertanejos, caboclos e mestiços, que
viviam da agricultura e da extração de erva-mate. Essa população foi expulsa das
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terras, pois não possuíam documento de posse. A perda de posse da terra e o roubo
de pinheiros desesperavam milhares de caboclos que não tinham para onde se
dirigir, lugar para morar e nem com o que se sustentar. Foram as primeiras faíscas
de um incêndio que duraria quatro anos. (Adaptado de Fraga, 2006, p. 62.)
ATIVIDADE: Analise a importância da ferrovia naquela época. Aponte os pontos
positivos e negativos da construção da estrada de ferro. Pesquise a situação atual
desse empreendimento:
AS FAÍSCAS DA GUERRA
Figura 7: Região do Estado de Santa Catarina onde ocorreram os combates
Fonte: www.histedbr.fae.unicamp.br
Como acabamos de estudar com a construção da estrada de ferro surgem as
primeiras faíscas da guerra. O governo de Santa Catarina enviou para Taquaruçu
um contingente da polícia militar catarinense. José Maria deve ter sido avisado, pois
foi embora do local, acompanhado de 40 homens a cavalo. Estabeleceu-se em Irani,
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que pertencia ao município de Palmas. Muitas pessoas vinham para fazer-lhe
consultas, ficando uma parte por ali.
O monge ficou sabendo que o Estado do Paraná estava enviando tropas para
atacá-lo, por isso mandou dois emissários encontrá-las para avisar que não queria
briga mas, se fosse atacado, resistiria. As tropas do Regimento de Segurança do
Paraná, sob o comando do Coronel João Gualberto, desembarcaram de trem em
Porto União, indo dali para Palmas. O objetivo de João Gualberto era levar para
Curitiba os “bandidos” amarrados em cordas. José Maria e seus seguidores pediram
24 horas para voltarem para Santa Catarina, mas nesse tempo João Gualberto e
sua tropa deslocaram-se do acampamento, à noite, para o ataque. O coronel
acreditava muito no poder de uma arma que havia
Um dos filmes produzidos
sobre o Contestado é Guerra
dos Pelados, dirigido por
Sylvio Back. Foi produzido
em 1971, com duração de
98 min.
trazido, mas ao passar por um córrego a mula que
carregava a metralhadora se assustou e a arma
com a caixa de munição caíram na água. Ao
amanhecer, atacaram. Era 22 de outubro de 1912.
A tropa era composta de com 64 homens que
lutavam, contra 200 sertanejos armados apenas
com garruchas e facões de madeira. A metralhadora não funcionou. Nesse primeiro
combate morreram José Maria e João Gualberto. Os sertanejos enterraram o monge
em um buraco raso coberto com tábuas, para que ressuscitasse, e o corpo de João
Gualberto mandaram retalhar com facão. A crença na ressurreição de José Maria
aconteceu imediatamente após sua morte. Os seus seguidores acreditavam que ele
ressuscitaria em uma cidade santa junto com todos os sertanejos mortos em
combate: “não morriam, passavam para o lado de São João Maria”. Surgiu a crença
de que quem morreu em Irani passou para o Exército Encantado de São Sebastião,
o santo guerreiro, formando um exército invencível. A crença na volta de José Maria
era reforçada por pessoas que afirmavam que José Maria teria dito que, após um
ano, voltaria com o grande exército de São Sebastião, que era o padroeiro da
localidade de Perdizes Grandes, lugar onde residiam muitos fiéis do monge.
TEXTO 5 - OS VIDENTES
Certo dia, em Perdizes Grandes, em agosto de 1913, uma neta de Euzébio
Ferreira dos Santos (cuja família vivia em estado de exaltação mística), Teodora,
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órfã de mãe e com 11 anos de idade, que havia acompanhado os avôs a Taquaruçu
por ocasião dos festejos do Bom Jesus, “veio à tardinha dizer que, num galpão um
pouco afastado, estavam três homens, um dos quais era o José Maria. Para lá todos
se dirigiram rezando e avistaram, no entardecer, uma luz que subia ao céu”. Só à
virgem Teodora fora dado o privilégio de ver o monge. Não tardou a correr a notícia
pelo sertão e principiou a romaria. Vários milagres aconteceram. Mas a ação
mediadora da menina entre o mundo sagrado e o mundo profano foi logo suplantada
pela de Manoel, filho de Euzébio, com 18 anos de idade, que havia estado por uns
tempos longe de casa. (...) Manoel, nos dias seguintes, encontrava-se regularmente
com o monge na floresta, até que este determina que todos – levando tudo o que
fosse possível – deveriam seguir para Taquaruçu, onde ergueriam uma “cidade
santa”. Lá José Maria reapareceria para todos. Euzébio tratou de vender tudo o que
tinha inclusive terras, colocando o resultado disso à disposição da comunidade de
fiéis. (Adaptado de Auras, 2001, p.74 e 75)
Os
videntes
afirmavam
que
encontravam com José Maria, o qual
mandava
ordens
para
os
sertanejos
reforçando a ideia da sua ressurreição.
Ninguém via o monge, só os videntes.
Mas, na verdade, era tudo invenção.
Teodora foi entrevistada por Queiroz e
Sugestão de vídeo:
500 anos – Brasil República na TV
Canudos e Contestado. Você
encontra em:
www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/
modules
confirmou: “Eu não via nada. (...) Eram os
velhos que se juntavam e diziam as ordens.”
OS REDUTOS
Redutos eram cidades organizadas de maneira simples para abrigar a família
dos sertanejos por pouco tempo. Eram ali construídos ranchos feitos de pinheiro e
tronco de xaxim, cobertos com pequenas tábuas, capim ou palha de palmeira. O
chão era de terra batida. Os redutos foram chamados de cidades santas. Em
Taquaruçu a cidade santa recebia muito dinheiro de doações. Para sustento do
povo, comprava-se gado dos criadores vizinhos, e também havia plantações de
verduras. Ali eram criados animais domésticos como cavalos e burros de carga,
além de gado para corte. Muitas famílias que ali chegavam para morar traziam
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consigo animais e cereais. Nessas cidades
fazia-se exercícios militares toda manhã. As
armas que ali existiam eram facões de aço,
espingardas e facões de madeira fabricados
pelos sertanejos.
Na cidade de Santa Maria, o chão era
Esta guerra ficou conhecida
como guerra dos pelados. Os
pelados eram os sertanejos que
tinham o hábito de raspar a
cabeça (pelados vem de pobres,
sem nada). Os peludos assim
eram chamados os militares.
considerado sagrado e acreditava-se que quem
morasse lá seria imortal. Nas cidades próximas havia o boato de que em Santa
Maria existiam montanhas de beiju (farinha de milho) e num riacho corria leite e não
água. Em Taquaruçu foram instituídas uma série de normas, as quais todos
deveriam seguir: os homens moradores do reduto raspar a cabeça e usar uma fita
branca no chapéu; participar das orações diárias; eram proibidos os bailes, o
consumo de álcool, a prostituição e o adultério; divisão dos alimentos entre todos
que ali viviam; usar nome de santo; não vender nada. A regra básica dessa vida
comunitária está sintetizada na frase: “Quem tem mói, quem não tem mói também, e
no fim todos ficarão iguais”.
ATIVIDADE: Baseado no relato sobre a vida comunitária nos redutos interprete a
frase acima, anotando suas considerações:
O texto 6 aborda sobre a organização das orações nos redutos. Os textos 7 e
8 abordam sobre o exército.
TEXTO 6 - AS FORMAS
Figura 8: Bandeira do Contestado
Nos redutos, duas ou três vezes por dia as
pessoas e convocadas por meio de cornetas e
obrigadas a comparecer para as rezas habituais. ”Podia
tar batendo água, tinha que ponha uma cobertinha nas
costas e ir”. Vinhas de Queiroz assim descreve as
formas: “na praça principal, os comandantes ficavam à
porta da igreja. Em frente deles, alinhavam-se os
Fonte: www.google.com.br
homens armados, os clavineiros. No lado oposto da
praça, perfilavam-se os pares de França. Em um dos
lados restantes, os homens sem armas. No outro, as mulheres e crianças, a
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princípio misturadas.” (...) “Muita gente carregava flâmulas e estandartes, inclusive
bandeiras do Divino, que eram vermelhas e com uma pomba branca no centro. A
bandeira principal, sempre toda branca e ornada com uma cruz verde, sustentava-a
o comandante de forma. Ele dava os vivas a José Maria, a São Sebastião e à
Monarquia, os quais eram respondidos pela multidão. Depois todos cantavam
antigas rezas.” Realizavam-se as procissões ao redor da praça. Em cada canto
existia uma cruz onde se faziam paradas para cantar, rezar e gritar vivas. Gritavamse vivas para todos os santos, não ficava de fora José Maria, João Maria e nem
mesmo a monarquia. (Adaptado de Valentini, 2003, p.85)
TEXTO 7 – O EXÉRCITO
Tomando conhecimento de que os fanáticos se haviam juntado de novo em
Taquaruçu, onde se organizavam rapidamente, e esperavam a “volta” do monge
José Maria, o Ministério da Guerra e o governo catarinense elaboraram um plano de
dispersão, segundo o qual três expedições cercariam o “quadro santo”. Frei Rogério
ainda tentou dissuadir os fanáticos, mas foi expulso do reduto, enquanto ali
aumentavam os preparativos para enfrentar as tropas. (Adaptado de Thomé, 1992,
p.88)
Figura 9: Exército brasileiro
Fonte: www.histdbr.fae.unicamp.br
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TEXTO 8 – O EXÉRCITO É DERROTADO
O primeiro ataque a Taquaruçu, traçado pelo Secretário Geral do Estado de
Santa Catarina, Lebon Régis, estava sendo organizado com três frentes que
deveriam convergir sobre o reduto, com reforços de civis locais e vaqueanos
(pessoas de confiança dos fazendeiros e que conheciam bem a região). A investida
em conjunto ocorreria no dia 28 de dezembro de 1913. Das forças que atacaram o
reduto, a que partiu de Campos Novos nem chegou ao objetivo e retirou-se em
pânico. A de Caçador, após rápido tiroteio, debandou; e a de Curitibanos lançou-se
ao combate, mas desconhecendo o terreno e emboscada pelos flancos, também foi
obrigada a retroceder. (Adaptado de Valentini, 1992, p.90)
ATIVIDADE: Escolha um dentre os textos 6, 7e 8 e produza uma charge sobre o
tema nele abordado:
O MENINO DEUS NO MEIO DA GUERRA
Joaquim, neto de Eusébio, foi aclamado novo menino deus e chefe supremo
do reduto, depois ordenou a construção de outra cidade santa em Caraguatá.
Em janeiro de 1914 a população mudou-se, mas ficaram em Taquaruçu muitos
velhos, mulheres e crianças. Observe a fotografia da época, a seguir: em primeiro
plano temos os sertanejos que se renderam, no fundo estão os vaqueanos e o
exército. Em fevereiro, aproximadamente 700 soldados com armamento pesado
Figura 10: Um grupo de sertanejos que se renderam (1915)
Fonte: Contestado, 2002
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(canhões e metralhadoras), atacaram Taquaruçu, que não resistiu. Quem não fugiu
morreu. O vilarejo foi destruído e incendiado. Queiroz relata que “o estrago da
artilharia sobre o povoado era pavoroso. Grande número de cadáveres, calculado
por uns em 40 e tantos e por outros em 90 e tantos, pernas, braços, cabeças,
animais mortos: bois, cavalos, casas queimadas, etc. Muitos sobreviventes
apareceram em Caraguatá Maria Rosa era a líder, era quem ouvia José Maria e
dava ordens. Foi morar no reduto, o juiz de paz Elias Antonio de Moraes, que
passou a ser comandante. Venuto Baiano, ex-marinheiro, foi nomeado comandante
de briga e iniciou uma nova estratégia para obter alimentos, armas e pessoas:
realizava piquetes, tomando bens e obrigando as pessoas a morarem no reduto.
Assim o número de habitantes aumentava consideravelmente. Os bombeiros
(olheiros) sabiam que as tropas do governo se aproximavam.
Os sertanejos se organizaram para mais uma luta, esperavam os soldados na
mata, atacando-os de surpresa, com uma arma em uma mão e facão em outra.
Venceram facilmente o exército, pois achavam que eram protegidos por forças
sobrenaturais. Mais tarde desenterraram os inimigos e trucidaram os cadáveres de
26 soldados, deixando-os insepultos. Para Auras (1997) essa prática de deixar
insepultos os cadáveres dos inimigos tombados em combate passa a ser uma
constante, aliada à preocupação de enterrar todos os companheiros que
‘passassem’ para o lado de José Maria.
Leia o bilhete que foi encontrado no bolso de um
sertanejo morto:
“Nois não tem direito de terras tudo é para as
gentes da Oropa (Europa)”.
Atividade: Relacione a guerra com este bilhete,
analise a sociedade daquela época e a falta de
direitos dos sertanejos:
Mais tarde...
O tifo é uma doença
epidêmica transmitida pelo
piolho humano do corpo e
causada por bactéria. É
caracterizada por dores de
cabeça, calafrio, febre, dor no
corpo e nas articulações,
manchas vermelhas e toxemia
(substâncias tóxicas no
sangue). Quase sempre está
relacionada à falta de higiene
e pobreza extrema.
Fonte: www.invivo.fiocruz.br
Depois houve uma epidemia de tifo, matando
muitas pessoas em Caraguatá, principalmente crianças. Maria Rosa anunciou que
havia recebido mensagem de José Maria alertando para mudarem o acampamento
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para os campos de Bom Sossego em Pedras Brancas, pois o exército voltaria a
atacá-los. Em poucos dias mudaram-se para o reduto de Bom Sossego, construindo
cerca de 500 casebres, Ali os costumes permaneceram os mesmos, os sertanejos
tinham o hábito de usar, enrolada no chapéu, uma fita branca com o comprimento de
1,70 metros, pois essa era a altura do monge José Maria.
As tropas do exército estavam sob o comando do general Mesquita, sendo
substituído pelo general Setembrino de Carvalho. Estava na região o capitão Matos
Costa, sendo o único militar que acreditava que os sertanejos eram vítimas, pois não
tinham terras e nem direitos. Este tentou um acordo de paz, mas não foi possível.
Francisco Alonso tornou-se comandante do reduto e Maria Rosa perdeu o poder. O
reduto foi mudado para Caçador, onde o número de adeptos aumentava cada vez
mais. Os sertanejos reuniam animais e tomavam para si bens e alimentos. Observe
a fotografia abaixo:
Figura 11: Prisioneiros sendo alimentados
Fonte: Contestado, 2002
TEXTO 9 - RECADO DOS SERTANEJOS
Leia e reflita sobre o recado que foi encontrado escrito na porta da estação
São João (hoje Matos Costa). Observe que o texto está escrito conforme a fala do
sertanejo.
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“Nos estava em Taquarussú tratando da noça devoção não matava
nem robava, o Hermes mandou suas força covardemente nos bombardiar
onde mataram mulheres e crianças portanto o causante de tudo isto é o
bandido do Hermes e portanto nós queremos a lei de Deus que é a
monarchia. O guverno da Republica toca os Filhos Brasileiros dos terreno
que pertence a nação e vende para o estrangeiro, nós agora estemo
disposto a fazer prevalecer os noços direito”. (Adaptado de Espig, Machado,
2008, p. 33 e 34)
Existem grupos sociais que lutam pelo direito à terra atualmente? Quais são
esses grupos? Por que não existe terra para todos se o nosso país é tão grande?
Em dezembro de 1914, mudaram o reduto para o Vale de Santa Maria. Este
chegou a ter aproximadamente 5.000 habitantes, por isso foram criados redutos
menores. Adeodato tornou-se chefe do reduto, onde no início havia fartura de
alimentos mas, com o aumento da população o alimento escasseou e a fome
chegou. Também havia o problema do
tifo. O exército cercou o reduto em quatro
frentes de batalha. Pela primeira vez no
Brasil foram usados aviões com objetivos
militares: fazer um reconhecimento do
reduto
e
lançar
bombas.
Mas
nas
primeiras expedições um dos aviões caiu.
Também foi instalado telefone para uso
militar.
Cordel do Contestado
(...) Milhares de soldados:
Invadiram a Região...
Dizimaram os revoltosos...
Em nome da opressão...
Fome, tifo e miséria:
Em eterna procissão... (...)
Autor: Gustavo Dourado
Fonte: www.gustavodourado.com.br
TEXTO 10 - A FOME VENCE O SERTANEJOS
Alguns sertanejos contam que puderam resistir porque se deram bem com as
frutinhas da imbuia. Outros ainda conseguiam coletar mel de abelhas do mato e
abater caça nos arredores. (...) Uma testemunha lembra que em Santa Maria os
jagunços devoravam cavalos e até cachorros. “Aí veio a miséria”, acrescenta.
“Comiam couro cru, correia, capa de cangalha, bruaca” (depoimento de Maria
adaptado de Queiroz, 1981, p. 223)
A população de Santa Maria resistiu até abril de 1915, quando muita gente se
entregou devido à fome e a doenças. Quando as lutas acabaram, seis mil casas
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foram incendiadas, aproximadamente 600 pessoas morreram muitos feridos e outros
tanto fugiram. Após essa batalha, o exército retirou-se. Haviam “vencido a guerra’.
Tempos depois outro reduto organizou-se em São Miguel, sob as ordens de
Adeodato. Depois esse reduto deslocou-se para Pedras Brancas e em seguida para
a cidade de São Pedro. Ficou a cargo da força policial e dos vaqueanos acabar com
os últimos redutos, incendiar as casas, prender e assassinar quem resistisse. Assim
acabou a guerra, com muitos mortos, pessoas de todas as idades que tinham
sonhos em comum. Segundo a população local,em todo o período do conflito mais
de quatro mil pessoas morreram, mas muitos autores supõe que podem ter sido
vinte mil as pessoas mortas.
Ninguém venceu: o governo federal, os sertanejos, os estados do Paraná e
Santa Catarina, todos passaram a conviver com esse genocídio.
Existe genocídio atualmente? Pesquise em que locais do mundo isso ocorre:
ATIVIDADE:
Escolha um dos temas abordado neste Folhas e produza uma narrativa histórica:
A História da guerra em jornais
Observe as manchetes do jornal Diário da Tarde, de Curitiba, na época da
guerra. A primeira manchete (figura 12) é de 26 de fevereiro de 1912, a segunda
(figura 13) é do dia 20 de maio de 1915 e a terceira é de 17 de abril de 1915. São
cópias dos jornais originais que foram microfilmados, são fotografias.
Figura 12: Jornal Diário da Tarde, 1912
Fonte: Biblioteca Pública do Paraná
Figura 13: Jornal Diário da Tarde, 1915
Fonte: Biblioteca Pública do Paraná
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Figura 14: Jornal Diário da Tarde, 1915
O processo de microfilmagem é
realizado
com o
documentos
intuito
históricos
de
para
conservar
que
as
informações não se percam com o tempo.
Vamos analisar as manchetes: Por
que o Contestado foi comparado com a
guerra de Canudos? A primeira notícia diz
que os fanáticos são chefiados pelo monge
João Maria, mas pela documentação até
Fonte: Biblioteca do Pública Paraná
aqui estudada, em 1912 ele já não havia sumido
há muito tempo? De que lado você acha que a imprensa estava? Como a imprensa
refere-se às pessoas que participaram da guerra? Como a imprensa periódica trata
esses grupos sociais? Os mortos e feridos eram os sertanejos ou os militares? Que
outras questões você pode levantar a partir do estudo dessa história?
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1997.
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Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, 2004.
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23
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O REDUCTO DE SANTA MARIA FOI ATACADO PELAS FORÇAS LEGAES. Diário
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O SANGRENTO COMBATE DE TIMBOZINHO. Diário da Tarde. Curitiba, nº 4690,
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24
O ÚLTIMO REDUCTO! A PARTE DO COMBATE. – MORTOS E FERIDOS.
TELEGRAMAS. – NOTAS. Diário da Tarde. Curitiba, nº 5060, 6 de abr. 1915.
O ÚLTIMO REDUCTO! SANTA MARIA CAHIU, AFINAL, EM PODER DA FORÇA
FEDERAL. Diário da Tarde. Curitiba, nº 5059, 5 de abr. 1915.
SUCCESSOS DO CONTESTADO. Diário da Tarde. Curitiba, nº 5037, 8 de mar.
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TOMADA DO REDUCTO DE SANTA MARIA. Diário da Tarde. Curitiba, nº 5070, 17
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UM NOVO CANUDOS? . Diário da Tarde. Curitiba, nº 3937, 26 de set. 1912.
UM NOVO CANUDOS? JOÃO MARIA REVOLUCIONARIO QUER DERRUBAR A
REPUBLICA. Diário da Tarde. Curitiba, nº 3936, 25 de set.1912.
DOCUMENTOS ON LINE
www.diaadiaeducação.pr.gov.br – Acesso em 25 de novembro de 2008.
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www.histedbr.fae.unicamp.br – Acesso em 26 de novembro de 2008.
www.invivo.fiocruz.br – Acesso em 10 de novembro de 2008.
www.lapa.pr.gov.br – Acesso em 16 de novembro de 2008
www.superintessante.com.br – Acesso em 18 de novembro de 2008
FILME:
GUERRA DOS PELADOS. Produção de Sylvio Back, Guido Wilmar Sassi. Curitiba:
Paraná Filmes, CIC Vídeo, 1971. 1 DVD (98 min.):son., Collor. Port.
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Professor PDE: MARIA CARMEM ALVAREZ Área PDE: HISTÓRIA