09 DE MARÇO DE 2015 Segunda-feira POR QUE ELAS DECIDIRAM SAIR DA BOLSA? 'DÚVIDAS FISCAIS E CÂMBIO AMPLIAM PAPEL DO BC' BRASIL E MÉXICO RENOVAM ACORDO QUE REGE COMÉRCIO AUTOMOTIVO ATÉ 2019 PASSADO O BOOM, DESENCANTO LEVA EXECUTIVOS A DEIXAR O BRASIL TESOURO DIRETO ESTREIA NOVO NOME PARA AUMENTAR APELO COM INFLAÇÃO EM ALTA, VEJA COMO GANHAR EM INVESTIMENTOS SIDERÚRGICA DA VALE PODE LEVAR US$ 1 BI DO BNDES CUSTO DA ENERGIA DOBROU NA INDÚSTRIA INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA É REDUZIDO NO BRASIL SUBARU PASSA A CONTAR COM CONSELHO CONSULTIVO DE CLIENTES NO BRASIL LUCRO LÍQUIDO DA LIGHT QUADRUPLICA NO 4º TRI IPC ACELERA ALTA A 1,26% NA 1ª QUADRISSEMANA DE MARÇO EXCO ABRE FÁBRICA DE FERRAMENTAS DE EXTRUSÃO EM SOROCABA PARA A JOHN DEERE, MERCADO IRÁ ACELERAR NO 2º SEMESTRE INFLAÇÃO NA PESQUISA FOCUS DISPARA PARA 7,77% IMPOSTO DE FRONTEIRA MOBILIZA OS EMPRESÁRIOS WFL MILLTURN QUER CRESCER NO MERCADO BRASILEIRO MOTOS: PRODUÇÃO RECUA 32,9% NO PRIMEIRO BIMESTRE DECLARE SUAS FINANÇAS AO LEÃO CASE PARALISA INVESTIMENTO DE R$ 600 MI EM MINAS USO DE IMPRESSÃO 3D REDUZ CUSTOS E AUMENTA EFICIÊNCIA EM PROJETOS DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS DILMA DEFENDE AJUSTE FISCAL E DIZ QUE CRÍTICAS AO GOVERNO SÃO 'INJUSTAS' GENERAL MOTORS AVANÇA COM COMPRA DE AÇÕES PRÓPRIAS NO VALOR DE 5 MIL MILHÕES PORTO CUBANO DE MARIEL APROVA OS PRIMEIROS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS ISCAR AMPLIA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE ESPECIAIS METAL WORK INAUGURA FÁBRICA EM SÃO LEOPOLDO SIDERÚRGICAS ELEVAM ÍNDICE E MANTÊM VIVO RALI EUROPEU EQUIPE CEARENSE É VICE EM COMPETIÇÃO MUNDIAL NO SETOR DE AÇO MINERADORA CENTAURUS DESENVOLVER PROJETO NO METAL ANUNCIA REDUÇÃO DE CUSTOS PARA BRASIL INVESTIMENTOS TIVERAM QUEDA DE 26% EM 2014 FALTA D'ÁGUA PODE TIRAR 0,3 PONTO DO PIB, DIZ TENDÊNCIAS 'CARGA TRIBUTÁRIA VAI ACIMA DE 40%', DIZ ECONOMISTA PRODUÇÃO DE ELETROELETRÔNICOS CAI 12,9% EM JANEIRO, APONTA ABINEE ESTALEIRO DE REPAROS DE LUCENA AVANÇA E DEVE COMEÇAR AS OBRAS EM 2017 CÂMBIO EM 09/03/2015 Compra Venda Dólar 3,103 3,103 Euro 3,365 3,366 Fonte: BACEN Por que elas decidiram sair da Bolsa? 09/03/2015 - Fonte: O Estado de S. Paulo Após registrar apenas uma abertura de capital em 2014, este ano promete ser ainda mais difícil para a BM&FBovespa. Sem uma única abertura de capital em vista, a Bolsa brasileira está vendo aumentar o movimento de empresas que, sentido-se desvalorizadas pelos investidores, passaram a considerar o fechamento de seu capital. Dos 15 fechamentos de capital registrados em 2014, oito se concentraram no último trimestre. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está analisando, neste momento, mais quatro pedidos: da fabricante de cigarros Souza Cruz, da rede hoteleira BHG, do Bic Banco e da Companhia Providência, empresa de materiais usados na fabricação de fraldas e absorventes. Segundo fontes, outras empresas podem engrossar essa lista, entre elas a Romi, de equipamentos, e a Abril Educação, que recebeu novo aporte de R$ 1,3 bilhão do fundo Tarpon, agora controlador do negócio. As empresas não comentaram as informações e a Bovespa não quis dar entrevista. Os motivos por trás dos pedidos de fechamento são os mais variados. Podem estar ligados a uma aquisição, como é o caso da Providência, que teve seu controle comprado pela americana PGI no ano passado, ou a uma decisão estratégica - exemplo da Souza Cruz. Sua controladora, a British American Tobacco, está fechando o capital de diversas subsidiárias ao redor do mundo. Para algumas empresas, pesa a percepção dos acionistas de que os ativos da companhia estão subavaliados e que o melhor para proteger seu negócio é sair da Bolsa. É o que está por trás, por exemplo, das saídas da BHG, controlada pela gestora GP Investimentos, e da empresa de gestão de imóveis imobiliários BR Properties. Há duas semanas, o banco de investimentos BTG Pactual e a canadense Brookfield anunciaram a intenção de fazer uma oferta pública voluntária de aquisição (OPA) para assumir o controle da BR Properties, por considerarem que o valor de mercado da companhia não é compatível com seus ativos. Um levantamento da consultoria Economática mostra que, das 62 companhias que integram o índice Bovespa, 23 estão com o valor de mercado inferior ao patrimônio líquido, com predomínio de empresas de construção e de energia elétrica. O desânimo com a conjuntura nada favorável da economia também é um dos motivos para empresas desistirem da Bolsa já que, sem um horizonte para expandir a operação, elas não precisariam buscar financiamento no mercado de capitais. O advogado José Eduardo Carneiro, do escritório Mattos Filho, diz que as consultas sobre fechamento de capital ao escritório aumentaram, mas pondera que é um movimento comum em um cenário econômico tão instável. Para o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), William Eid Junior, o custo de manter uma empresa aberta é o que menos influencia a decisão, já que gira em torno de 0,04% da receita. "É mais uma relação entre a energia que se gasta para manter uma empresa listada, com toda a burocracia envolvida, e os benefícios gerados." Segundo João Luiz Braga, co-gestor dos fundos de bolsa da XP Gestora, a taxa de retorno sobre investimento é o que baliza a decisão das empresas. "Se, por exemplo, em vez de abrir uma nova loja, a companhia prefere recomprar as suas ações, é sinal de que ela deve estar considerando a ação barata e que acredita que terá um retorno maior vendendo os papéis mais à frente do que investindo no negócio." Fundos. Há também quem enxerga nesse movimento uma "janela" para a compra de ativos importantes por preços considerados camaradas. Segundo apurou o Estado, a disputa entre fundos de private equity (que compram fatias em empresas) e bancos de investimento já começou. "Estamos olhando ativamente empresas listadas, mas não necessariamente para fechar o capital. Cada caso é um caso", diz Patrice Etlin, presidente do fundo Advent. Outra fonte do setor de private equity, que prefere não se identificar, diz que o número de propostas informais para compra de ações cresceu muito nos últimos meses. O problema é que os investidores oferecem de 20% a 30% sobre o valor atual da ação, em um momento em que o entendimento das próprias empresas, em geral, é de que seus papéis estão com um deságio de até 50%. 'Dúvidas fiscais e câmbio ampliam papel do BC' 09/03/2015 - Fonte: O Estado de S. Paulo Os problemas com o ajuste fiscal e o desequilíbrio externo aumentaram muito a responsabilidade do Banco Central na tarefa de buscar o reequilíbrio macroeconômico do Brasil, na visão do economista José Júlio Senna, que chefia o Centro de Estudos Monetários (CEM) do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). "Agora o BC precisa contribuir muito para as expectativas de ajuste macroeconômico e combate à inflação não se esvaírem", afirmou. Senna está lançando o livro Essays and Conversations on Monetary Policy - que reúne ensaios e entrevistas da publicação semestral do CEM - com um seminário sobre política monetária na FGV-Rio, quinta-feira, com a presença de ex-diretores do BC. A seguir, os principais trechos da entrevista. O que o Sr. achou da última decisão do Copom? Foi esperada e correta. No finalzinho do ano e começo de janeiro, tivemos a impressão de que o ajustamento das contas públicas brasileiras seria a pedra fundamental do combate à inflação, ajudando a controlar as expectativas. Agora houve uma embaralhada na política fiscal. Em princípio, o ajuste terá continuidade, mas as dúvidas que surgiram trazem de volta o Banco Central para a cena. Não que o BC não fosse imprescindível no combate à inflação, mas antes o fiscal seria a base. Agora o BC precisa contribuir muito para as expectativas de ajuste macroeconômico e combate à inflação não se esvaírem. E isso é compatível com a elevação de 0,5 ponto porcentual da Selic. O Sr. poderia falar mais sobre a 'embaralhada' fiscal? Acho que a equipe econômica imaginava que a base de partida, o ano de 2014, teria um pequeno déficit do governo central, que acabou sendo bem maior. O ajuste que precisa ser feito, como demonstrado nas pesquisas do Ibre, coordenadas pelo economista Gabriel de Barros, mostram que não há registro na história, desde que as contas públicas têm essa metodologia, do fim dos anos 90 para cá, de um ajuste tão significativo, em particular do governo federal. De 1998 para 1999, o governo central saiu de um déficit primário de 0,4% do PIB para superávit de 1,3%. Agora, estamos saindo de déficit de 1,3% para superávit de 1,0%. Isso já complicou um pouco. E a questão política, com o escândalo da Petrobrás e a Lava Jato? Também está embaralhando bastante. É outra razão para o BC agir com firmeza. Qual a sua projeção para a alta total da Selic no atual ciclo? Está muito difícil fazer um prognóstico agora. Enquanto o cabo de guerra das contas públicas persistir, o Banco Central vai continuar tendo de fazer ajustes da Selic, mesmo que o ritmo se reduza para 0,25 ponto porcentual por reunião. No Brasil atual, é indispensável trazer a inflação de serviços para baixo, aliás. Por quê? Da mesma maneira que as dificuldades no campo fiscal estão ampliando muito o papel que o BC tem de exercer daqui por diante, quando olhamos o desequilíbrio da economia brasileira sob o prisma da área externa, notamos que o papel do BC é ainda mais significativo do que imaginamos que poderia ser. O desequilíbrio da conta corrente, claro, sofre a influência de muitas variáveis. No Brasil, há mais de uma década, temos visto que aquilo que podemos chamar de câmbio real, a relação entre o preço de bens comercializáveis internacionalmente (tradables) e não comercializáveis (non tradables, a inflação de serviços), tem sido o fator explicativo da deterioração das nossas contas. Como isso ocorre? Na primeira metade da década passada, saímos de uma situação de quase 2% do PIB de superávit em conta corrente para o quadro atual de déficit um pouco acima de 4%. A deterioração da conta corrente foi causada, na verdade com alguma precedência, por uma piora do câmbio real como eu defini (valorização relativa dos non tradables ante os tradables). A aderência dessa relação entre tradables e non tradables com o déficit em conta corrente é muito boa. A piora de seis pontos porcentuais do déficit em conta corrente ocorreu em um período em que o câmbio real, naquela definição, apreciou-se em 20%. Isso é algo que tem de mudar. E como muda? A boa pergunta é como a desvalorização nominal de mais de 90% do câmbio desde o fim de 2010 não produziu uma alteração da relação tradables/non tradables. São vários fatores ao longo daquele período, mas ultimamente isso se explica pelo fato de que lá fora, principalmente no mundo desenvolvido - mas é algo mais abrangente, que se vê inclusive na China -, as pressões são desinflacionárias. Há uma recuperação muito lenta da economia global, e de forma muito desequilibrada, que favorece muito os Estados Unidos. Isso atrai o dinheiro para os Estados Unidos, fortalecendo o dólar, o que tem um impacto negativo na cotação das commodities. Qual o risco de não ajustar a conta corrente? Me vem à lembrança a frase de Mário Henrique Simonsen: 'A inflação aleija mas o balanço de pagamentos mata'. Hoje, a gente tem de ter uma preocupação muito grande com o setor externo porque a economia está na lona e temos 4,2% de déficit em conta corrente. Quando uma economia está crescendo bem, muito aquecida, os economistas, mesmo os mais ortodoxos, não se preocupam muito com isso, porque as oportunidades de investimento estão se ampliando, isso transborda para o mercado externo, busca-se uma poupança externa para financiar - não é tão grave. Nosso problema é que a economia não está aquecida, está estagnada, e mesmo assim o déficit está acima de 4% do PIB. Estou muito preocupado com esse desequilíbrio. É preciso que os preços relativos se invertam. Mas faz parte desse processo o chamado "desvio de demanda" - é preciso consumir menos tradables para que o excedente exportado seja maior -, o que coloca mais pressão na inflação de serviços. Assim, o BC é peça indispensável para desinflacionar os serviços. Qual a proposta do livro 'Essays and Conversations on Monetary Policy'? O livro é um dos frutos do meu trabalho aqui no Centro de Estudos Monetários. São pesquisas e textos publicados a cada seis meses, normalmente um ensaio e uma conversa com algum economista monetário relevante, seja acadêmico ou ex-banqueiro central. Nos temas dos ensaios, buscamos identificar o que está sendo debatido lá fora e interpretar os acontecimentos da economia mundial e as novas formulações de política econômica. E, claro, ver como tudo isso afeta a nossa economia. O Sr. poderia destacar alguns ensaios? Um ensaio foi sobre a proposta de troca do regime de metas de inflação por meta de PIB nominal. Eu defendi uma visão muito crítica sobre essa sugestão, já que os formuladores de política econômica têm muito pouco controle sobre as variáveis macroeconômicas. Outro ensaio é sobre estratégias de política monetária antes e depois da crise. O que ficou claro é que os condutores da política monetária não prestaram a devida atenção ao problema da instabilidade financeira, o que colocou na ordem do dia as políticas macroprudenciais. Um dos meus favoritos é sobre os custos da inflação - mostro que os dirigentes dos BCs saíram muito na frente dos acadêmicos neste tema. E há também o ensaio sobre a estagnação secular e a queda do juro de equilíbrio no mundo. E quanto às entrevistas? O professor Laurence Ball defendeu com grande competência posições pouco convencionais, das quais tendo a discordar, como metas de inflação da ordem de 4%. Com o professor Charles Goodhart, ex-diretor do Banco da Inglaterra (BC), discutimos o papel dos diretores externos do BC britânico, sem funções administrativas ou executivas. Paul Volcker, ex-chairman do Fed e responsável pelo fim da fase da elevada inflação americana, um gigante da política monetária, enfatizou o papel fundamental da credibilidade do BC - ele não fica de lado nenhum no debate entre o regime de metas de inflação e o mandato dual (inflação e emprego) dos Estados Unidos. No fundo, o Volcker é o Volcker. Com o Pastore, finalmente, um dos nossos grandes craques em Economia Monetária, a conversa foi sobre o fato de que empiricamente o nosso BC não perseguiu a meta de 4,5% nos últimos anos, mas sim um número um pouco maior. Ele expandiu essa discussão em livro recentemente publicado. Brasil e México renovam acordo que rege comércio automotivo até 2019 09/03/2015 - Fonte: A Folha S. Paulo Brasil e México renovaram o acordo que rege o comércio de veículos entre os dois países por mais quatro anos, até março de 2019. Os países acertaram manter o regime de cotas para o comércio bilateral de carros sem o pagamento de Imposto de Importação, mas em um novo patamar. Sem a renovação, passaria a vigorar o livre-comércio, como previsto no contrato atual. Se houvesse rompimento do acordo por parte do Brasil, haveria uma punição de 14 meses de livre-comércio antes da volta das tarifas. Segundo a Folha apurou, a cota para a troca de carros sem pagar imposto vai recuar do atual US$ 1,64 bilhão para US$ 1,56 bilhão nos primeiros 12 meses de vigência. A partir daí, o valor sobe 3% ao ano, atingindo US$ 1,606 bilhão no segundo, US$ 1,655 bilhão no terceiro e US$ 1,705 bilhão no último ano. O ritmo é inferior aos 7% de aumento anual da cota que vigorou nos últimos três anos. "Conseguimos reduzir o ritmo de crescimento das cotas. Temos um acordo mais equilibrado", disse à Folha o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro. O acordo é renovado em um momento delicado para as montadoras do país, com queda nas vendas e na produção e alta do desemprego. No ano passado, o Brasil teve deficit de US$ 1,46 bilhão no comércio de veículos com o México. Em 2012, o rombo fora de US$ 2,24 bilhões. À época, Dilma Rousseff ameaçou desistir do tratado, que vigorava desde 2002 com o livre-comércio de carros, mas voltou atrás e os países acertaram um regime de cotas. Desta vez, também houve divergência no governo, mas prevaleceu a visão da equipe econômica de que seria muito ruim para a imagem do Brasil romper unilateralmente um acordo internacional. Os negociadores brasileiros e mexicanos chegaram a um meio-termo na sexta (6) à noite. Mas até este domingo (8) não havia consenso sobre se o novo acordo vai prever ou não a adoção do livre-comércio a partir de março de 2019. AUTOPEÇAS Por exigência do Brasil, foram introduzidas novas regras para garantir que 60% das autopeças dos carros mexicanos sejam fabricadas naquele país. O objetivo é impedir que os veículos sejam só montados no México com peças chinesas. Também houve uma mudança na administração das cotas, que é a divisão dos volumes comercializados sem cobrança de tarifa de importação entre as montadoras. Pelo acordo em vigor, só o México tinha o direito de dividir a cota entre as empresas. Agora os mexicanos vão repartir 70% da cota, e o Brasil decide os 30% restantes. Para o governo brasileiro, o setor automotivo será capaz de elevar suas exportações para o México e o resto do mundo graças ao novo patamar do câmbio e aos recentes investimentos em tecnologia. Passado o boom, desencanto leva executivos a deixar o Brasil 09/03/2015 - Fonte: O Estado de S. Paulo A euforia virou desencanto e tem levado profissionais que se animaram com as perspectivas do país em meados da década passada a buscar uma porta de saída. Mais de 80% dos executivos brasileiros, por exemplo, se diziam dispostos a deixar o país para trabalhar no exterior no ano passado. Em 2013, eram 62,6%, segundo pesquisa feita pela multinacional de recrutamento Hays em parceria com o Insper. A Michael Page, outra gigante do setor de recursos humanos, diz que, de cada dez altos executivos que aborda atualmente, três ou quatro mencionam o interesse de trabalhar no exterior. Em 2008 e 2009, essa relação não passava de 10%. Muitos profissionais qualificados têm transformado essa intenção em ação. A tendência começa a se refletir em dados como o aumento nos pedidos de vistos para alguns países desenvolvidos após uma fase de recuo que coincidiu com o boom da economia brasileira e a crise financeira internacional. O economista Bruno Amaral, 30, havia voltado para o Brasil em 2010 após uma temporada trabalhando fora. "O país estava explodindo de crescimento [alta do PIB de 7,5% em 2010]. Eu queria ser parte daquilo", diz. Dois anos após voltar, conta ter percebido que se equivocou. "Tinha trocado de emprego no Brasil e ido para o setor automotivo para cuidar da área financeira. Mas minha principal missão era redução de custos. Já era um sinal de que as coisas não iam bem." Acabou conseguindo que a multinacional Chassis Brakes International, para a qual trabalha, o transferisse para a França no fim de 2013 como o principal executivo de finanças na Europa. Segundo Amaral, a capacidade dos brasileiros de enfrentar turbulências é considerada um ativo por empregadores estrangeiros. "A experiência com crises faz você ser visto como alguém capaz de reagir rápido a cenários adversos." O percurso econômico turbulento do Brasil, marcado por altos e baixos conhecidos como "voos de galinha", faz com que a história vivida recentemente por profissionais como Amaral não seja nova. A trajetória instável perpetua alguns freios importantes ao desenvolvimento econômico do país. Empresários relatam ter de operar com sobra excessiva de caixa no país, o que os torna menos eficientes. O embarque de estudantes estrangeiros, que poderia contribuir para resolver a falta de mão de obra qualificada, perde fôlego a cada crise. Tesouro Direto estreia novo nome para aumentar apelo 09/03/2015 - Fonte: A folha de S. Paulo O Tesouro Nacional fará nesta terça (10) a maior mudança da história no Tesouro Direto, site que vende títulos públicos pela internet. Entre as alterações estão a troca do nome dos títulos públicos, nova página na internet e mais incentivos para que as instituições financeiras ofereçam o produto. A mudança ocorre no momento em que os juros dos títulos públicos atingem o maior patamar desde 2009 –boa parte dos papéis já prevê taxas acima de 13% ao ano. O título corrigido pela taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 12,75%, passa a se chamar Tesouro Selic 2017 –LFT. Na verdade, é um nome fantasia para a Letra Financeira do Tesouro, que vence em 2017. A nova nomenclatura traz nome do emissor (o Tesouro), tipo de remuneração, prazo e, só no final, a sigla atual. O papel é indicado em momentos de alta das taxas, como o atual. SOPA DE LETRINHAS A LTN (Letra do Tesouro Nacional) será agora Tesouro Prefixado, enquanto a NTN-B Principal (Nota do Tesouro Nacional –Série B) terá no nome a expressão Tesouro IPCA, o índice de inflação que corrige esse papel. Na sexta (6), esses papéis estavam com taxas a partir de 13,25% e 6,25% mais IPCA. Papéis que pagam juros a cada seis meses (NTN-F e NTN-B) trarão essa informação no nome, Tesouro Prefixado com juros semestrais 2025 –NTN-F, por exemplo. As mudanças estavam em estudo desde 2013, conforme adiantou a Folha. Para fazê-las, o Tesouro encomendou uma pesquisa que ouviu 800 pessoas, entre especialistas e investidores que participam ou não do programa. "Uma crítica foi em relação à sopa de letrinhas, que no início era proposital. A gente queria que o cidadão entendesse o que é uma LTN. Por isso, a gente vai simplificar o nome, mas sem eliminar [a sigla]", diz o subsecretário da Dívida Pública, Paulo Valle. Outra conclusão é que até pessoas com mais conhecimento na área financeira têm dificuldade em compreender o programa e escolher o melhor papel para comprar. "Um dos diagnósticos é que o investidor se sente muito solitário na hora da decisão. Não tem ninguém do lado para ajudar", diz Valle. Para isso, o novo site vai apontar, por exemplo, qual o tipo de papel mais adequado para quem quer poupar para a aposentadoria ou para comprar um carro ou imóvel. O conteúdo passa a ser dividido em três abas, de acordo com o nível de conhecimento do investidor. Para incentivar a divulgação do produto, a BMF&Bovespa, parceira do Tesouro, vai aumentar a remuneração de bancos e corretoras, por meio de nova regra de distribuição de créditos aos que tiverem as melhores vendas. Nos últimos dois anos, o valor em títulos nas mãos de pessoas físicas cresceu 60%, para R$ 15,4 bilhões –menos de 1% da dívida federal. O número é pequeno diante do estoque da indústria de fundos de varejo (R$ 410 bilhões) ou da poupança (R$ 658 bilhões). Com inflação em alta, veja como ganhar em investimentos 09/03/2015 - Fonte: A folha de S. Paulo A alta do IPCA, índice de inflação oficial no país, para 7,7% em 12 meses até fevereiro, ficou próxima às estimativas de analistas de mercado. Foi o maior aumento em 12 meses desde o período encerrado em maio de 2005 (alta de 8,05%). O resultado reforçou no mercado a aposta em mais elevação do juro básico (taxa Selic) na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), em abril. Após aumento de 0,50 ponto percentual na última quarta (4), a Selic subiu para 12,75% ao ano. "A nova alta pode ser de 0,25 ponto percentual ou de 0,50 ponto percentual, vai depender do nível de atividade econômica", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora. "O desempenho financeiro das empresas tem vindo abaixo da média, o que indica uma atividade mais fraca. Se o PIB (Produto Interno Bruto) de 2014 vier muito fraco, acho que o novo aumento será de 0,25 ponto percentual, o que encerraria o ciclo de aumentos da taxa de juros", acrescenta. Com o aumento do juro básico, o governo tenta conter a inflação, já que tomar crédito fica mais caro, tanto em instituições financeiras como no comércio. Figueiredo acredita que a inflação deve seguir pressionada no próximo mês, refletindo o aumento de combustíveis, da energia elétrica e da água, por exemplo. Em fevereiro, os principais motivos para a alta de 1,22% do IPCA foram justamente os preços controlados pelo governo –sobretudo energia e gasolina. INVESTIMENTOS Com a inflação elevada, as aplicações atreladas ao IPCA ganham apelo entre os investidores, afirma o planejador financeiro Bruno Amaral Azevedo. Em especial as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional Série B), que têm como remuneração o índice e uma taxa de juros prefixada. "São papéis bastante acessíveis, mas é preciso estar preparado para a oscilação do preço do papel. Quem compra uma NTN-B pode ver o saldo diminuir durante o período de aplicação. Mas se o investidor entender que, ao manter o capital investido, ele vai receber a inflação mais os juros anuais no vencimento do título, pode perceber que é uma excelente maneira de proteger o capital", ressalta. Além dos títulos públicos. Há opções como debêntures (títulos de dívida privados). "É preciso, nesse caso, avaliar o risco do emissor do papel. No título público, o risco é baixo –de calote do governo. O investidor tem que ter cautela e avaliar a empresa emissora, que terá de honrar o pagamento", acrescenta o planejador financeiro. De maneira geral têm que oferecer taxas de remuneração maiores para atrair investidores que, de outro modo, aplicariam seu dinheiro em títulos públicos. "Mas se a taxa estiver muito acima da oferecida nos títulos públicos ou destoar das demais remunerações oferecidas por debêntures no mercado, suspeite", diz. Ainda no universo de títulos privados há as chamadas debêntures incentivadas, isentas de Imposto de Renda para pessoa física. E se o investidor optar por aplicações que remunerem um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa de juros em empréstimos entre instituições financeiras), também pode aproveitar o aumento da inflação, diz Azevedo. É o caso de CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) –as duas últimas isentas de IR. "Quando o juro sobe, o DI também sobe, e essas aplicações pagam mais", diz. Na contramão, o investidor que optar por deixar o dinheiro na poupança pode perder dinheiro. No acumulado de 12 meses até fevereiro, a caderneta rendeu 7,01%, ante um IPCA de 7,7%. "O investidor perdeu poder de compra. E a tendência é que isso continue acontecendo em boa parte do ano", ressalta. Pela regra, a poupança rende 6,17% ao ano mais TR (Taxa Referencial) sempre que o juro básico estiver acima de 8,5% ao ano. A previsão para o IPCA em 2015 é alta de 7,47%, de acordo com o último boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com economistas. Siderúrgica da Vale pode levar US$ 1 Bi do BNDES 09/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está analisando um empréstimo de pelo menos US$ 1 bilhão (R$ 3 bilhões) à Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, apurou o ‘Broadcast’, serviço em tempo real da ‘Agência Estado’. Sociedade entre a Vale (50%) e as sul-coreanas Dongkuk (30%) e Posco (20%), a usina tem o início da produção previsto para 2016. No momento em que o mundo convive com um excedente de capacidade de 600 milhões de toneladas de aço, a CSP é um dos raros projetos do setor que caminham para sair do papel. O investimento total está estimado em US$ 4,86 bilhões. As negociações do empréstimo de longo prazo estão avançadas e a expectativa é que a operação seja finalizada ainda no primeiro semestre. Além do BNDES, bancos comerciais e agências de crédito coreanas como a Korea Trade Insurance Corporation (Ksure) e o Korea EximBank devem complementar o financiamento, dizem fontes próximas às negociações. O valor total a ser aprovado ainda está em análise, porque pode incluir o pagamento de empréstimos-ponte anteriores. Se aprovado, este pode ser um dos últimos financiamentos de grande porte do BNDES para a indústria em 2015, já que a ordem no governo é fechar as torneiras do banco de fomento. Procurado, o BNDES não quis comentar a operação. O presidente da CSP, Sergio Leite, disse que não poderia detalhar as tratativas em curso. Em janeiro, o banco francês BNP Paribas aprovou um empréstimo-ponte de US$ 240 milhões por seis meses para a construção da usina, o segundo do projeto. O primeiro, no valor de US$ 900 milhões, foi contratado pela CSP com um pool de bancos formado por Santander, HSBC e as instituições financeiras coreanas Korea Finance Corporation (KoFC) e Nonghyup Bank. Além de US$ 1,2 bilhão injetado via financiamentos de curto prazo, cerca de US$ 2 bilhões em capital próprio já foram aportados pelos acionistas na CSP. Desse montante, a Vale investiu US$ 1 bilhão desde 2011. Em 2015, a mineradora planeja destinar US$ 185 milhões ao projeto, uma pequena parte de seu orçamento anual de US$ 10 bilhões. Em um cenário de derrocada dos preços do minério de ferro, que beiram a mínima histórica, a Vale tem frisado o foco no aumento da produção e da qualidade da commodity, seu carro-chefe, concentrando esforços na conclusão dos projetos S11D, em Carajás, e Itabiritos, nos Sistemas Sul e Sudeste. Os recursos concedidos à CSP estão sendo investidos na construção da unidade, localizada na cidade de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. Segundo a empresa, 60% das obras, tocadas pela Posco E&C, já foram concluídas. Além disso, 94% dos equipamentos estão comprados, inclusive o alto-forno importado da Coreia. Custo da energia dobrou na indústria 09/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo Os reajustes da tarifa de energia de meados de 2014 para cá provocaram um choque nos custos da indústria. O peso da eletricidade nas despesas totais do setor dobrou em menos de um ano, segundo estimativa do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). Até junho do ano passado, a energia elétrica representava 1,4% do total de gastos da indústria paranaense. Agora, seu peso chega a 2,79%, na média dos 24 segmentos analisados. O cálculo da Fiep considera o efeito do último reajuste anual da Copel, em julho de 2014; do aumento extraordinário, que entrou em vigor na semana passada; e da bandeira tarifária vermelha, aplicada em momentos de escassez de energia, que eleva a tarifa em R$ 5,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. “É um impacto direto sobre os custos de produção, num momento em que a economia está desacelerando, as vendas estão em baixa e os compradores fazem pressão por descontos. Ficou muito devido à crise”, diz o aumentos de impostos salários, e o que se tem comum os clientes pedirem reduções de 5% a 10% nos preços presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “Some-se a isso os e as negociações salariais que vêm aí, com pressões sobre os é um verdadeiro tsunami sobre a indústria.” Para o consultor empresarial Andreas Hoffrichter, diretor da Câmara Brasil-Alemanha (AHK Paraná), é pouco provável que as empresas consigam repassar todo o aumento de custos ao consumidor. “Por consequência, haverá uma queda nas margens, na rentabilidade das empresas. Como vai sobrar menos dinheiro no caixa, também sobrará. Repasse difícil A questão do repasse é ainda mais delicada para quem vende componentes ou insumos para outras empresas industriais. Caso da Hexion Especialidades Químicas, de Curitiba, que fabrica resinas para a indústria de produtos de madeira, um dos segmentos mais afetados pelo reajuste da energia. “Tivemos um impacto importante da energia aqui. Mas o nosso cliente também teve um aumento substancial no seu custo. E tudo fica ainda mais difícil quando lá na ponta, no consumidor final, não há demanda. Fica tudo represado na cadeia”, diz Cícero Luiz Ferreira da Silva, presidente da Hexion no Brasil. A Caltec, de Itaperuçu (Região Metropolitana de Curitiba), que fornece cal para a construção civil e as indústrias siderúrgica e sucroalcooleira, já vinha produzindo menos para baixar os estoques. O encarecimento da energia – que até o último reajuste representava 16% de seu custo de produção – é mais um duro golpe em um ano repleto de reajustes. “O ICMS vai subir de 12% para 18%. Houve o aumento do diesel, que para nós, que trabalhamos com mineração, tem peso equivalente ao da eletricidade. E agora a energia. Se até julho o mercado não reagir, vamos ter que repensar nossas atividades”, diz Carlos Eduardo Furquim Bezerra, diretor-geral. Por que sobe? A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou o reajuste extraordinário para que as distribuidoras pudessem compensar o aumento da tarifa de Itaipu (de 46%, em dólar), o fim dos subsídios do Tesouro à CDE (fundo que banca despesas do setor) e a compra de energia a preços elevados em um leilão promovido em janeiro. 3ª mais cara Estudo da Firjan revelou que, com o reajuste extraordinário, o custo médio da energia para a indústria brasileira subiu da 6ª para a 3ª posição em um ranking de 28 países. O valor médio no Brasil, de R$ 498,28 por megawatt-hora, ficou atrás apenas do bancado pelas indústrias da Índia (R$ 596,96) e Itália (R$ 536,14). Reajuste “engoliu” ganho de eficiência alcançado em um ano Até o reajuste extraordinário da tarifa da Copel, de quase 39% para a classe industrial, a energia respondia por cerca de 10% do custo de produção da OKE do Brasil, que produz perfis plásticos para o setor automotivo em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba). Depois do aumento, o custo total da empresa para produzir subiu quase 4% de uma só tacada. “Esse porcentual é igual à nossa meta anual de aumento da produtividade. Ou seja, todo o esforço de um ano para reduzir os custos foi abaixo de uma só vez”, diz o diretor-geral, Emerson Nogueira. Para amenizar o impacto, a empresa estuda modificar o regime de funcionamento das máquinas que consomem mais energia, concentrando suas atividades fora do horário de pico (das 18 às 21 horas), em que a tarifa é mais elevada. O presidente da Hexion Especialidades Químicas, Cícero Luiz Ferreira da Silva, diz que, embora importante, elevar a produtividade pode não fazer a diferença num primeiro momento. “Ao buscar eficiência, tentamos produzir mais com o mesmo custo. Mas não adianta produzir mais se você não conseguir vender essa produção, se o mercado não está comprador”, argumenta. Mesmo empresas que são menos intensivas em energia sentem o baque. Na fabricante de bebidas Cini, de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, o reajuste tarifário elevou os custos de produção de 1,5% a 2%, segundo o diretor da empresa, Nilo Cini Jr. “É um impacto grande, porque a nossa margem operacional não chega a 2%. Não temos esse fôlego”, explica. A saída, segundo ele, será racionalizar os processos de logística da empresa e negociar preços com fornecedores e prestadores de serviços. O que não será fácil: os transportadores estão arcando com um diesel mais caro e vão sofrer com a reversão da desoneração da folha de pagamentos. E, por causa da alta do dólar, insumos importados como aromas, corantes e aditivos tendem a ficar mais caros. Investimento em infraestrutura é reduzido no Brasil 09/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo Nos últimos anos, o Brasil investiu em média de 2,2% a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura. De acordo com a consultoria Inter.B, na década de 1970 o país chegou a alcançar até 6% do PIB direcionado a infraestrutura anualmente. Segundo o economista Claudio Frischtak, alguns países asiáticos chegam a investir até 10% em infraestrutura. A tendência hoje no Brasil é inversa. No ano passado, o governo federal desembolsou menos para o PAC 2 em comparação com 2013. Segundo o balanço apresentado pelo ministério do Planejamento em dezembro, o investimento estimado em 2014 foi de R$ 292,7 bilhões. Em 2013, o valor foi de R$ 301 bilhões. Na ocasião, a então ministra do Planejamento, Miriam Belchior, justificou a desaceleração pelo encerramento de um conjunto de grandes obras, como o trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) da ferrovia Norte-Sul e a refinaria de Abreu e Lima (PE). “É uma variação pequena (-2,8%) em função desses grandes investimentos que se encerraram e até começar novos”, disse. Subaru passa a contar com conselho consultivo de clientes no Brasil 09/03/2015 - Fonte: Automotive Business A Subaru anuncia a criação de um conselho consultivo formado por clientes da marca. Com a ação a companhia pretende manter contato direto com seu público e desenvolver ações mais alinhadas com as necessidades dos consumidores. O grupo se encontrou pela primeira vez em novembro do ano passado, durante o Salão do Automóvel de São Paulo. No estande da marca no evento estes compradores relataram experiências com seus carros e compartilharam opiniões. O conselho é composto por 15 clientes fiéis à companhia há anos. “Estamos desenvolvendo ações inéditas e queremos estar cada vez mais próximo dos subaristas, para entender profundamente o que pensam e o que esperam dos nossos serviços e produtos. Estamos reformulando a operação Subaru no Brasil e este contato mais direto é primordial para o sucesso das nossas ações futuras”, apontou em comunicado Flavio Padovan, diretor geral da empresa no Brasil. Segundo a companhia, os clientes que compõe o conselho consultivo têm vários modelos Subaru na garagem, grande conhecimento histórico e técnico sobre a marca e forte identificação com a fabricante. Lucro líquido da Light quadruplica no 4º tri 09/03/2015 - Fonte: Reuters Brasil O lucro líquido da empresa de energia Light quadruplicou no quarto trimestre sobre o ano anterior, totalizando 520,1 milhões de reais, informou a companhia na noite de sextafeira. "Tal resultado é explicado principalmente pela contabilização do saldo da CVA (ativos e passivos regulatórios) na receita líquida por parte da distribuidora, e pela diluição da participação da Light Energia na Renova na geradora", afirmou a empresa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Light cresceu 173,3 por cento na mesma base de comparação, para 934 milhões de reais. IPC acelera alta a 1,26% na 1ª quadrissemana de março 09/03/2015 - Fonte: Exame.com O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 1,26 por cento na primeira quadrissemana de março, após terminar fevereiro com alta de 0,97 por cento, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. Exco abre fábrica de ferramentas de extrusão em Sorocaba 09/03/2015 - Fonte: Usinagem Brasil A Exco Technologies, fabricante canadense de ferramentas especiais de extrusão, inaugurou quinta-feira passada, em Sorocaba (SP), sua primeira unidade brasileira. Resultado de um investimento de R$ 30 milhões, a fábrica irá produzir ferramentas e acessórios para extrusão de alumínio voltados aos setores de transporte, de construção civil, petróleo e gás, aeroespacial, móveis etc. De acordo com Bonnie Cartwright, presidente da Exco no Brasil, a empresa decidiu se instalar no País por conta do crescimento do mercado de extrusão, “que gera grande necessidade de ferramentas de alta complexidade, eficiência e produtividade”. A unidade está localizada no bairro Iporanga, em área de 6,4 mil m² com 3,2 mil m² de área construída. Cartwright informou que a intenção da companhia é a de produzir em torno de 1 mil ferramentas, gerando faturamento de R$ 10 milhões por ano. Maior fornecedor de ferramentas de extrusão das Américas, a Exco produz ferramentas de 3,5” a 42” (90 a 1050 mm). Entre os seus clientes no Brasil, estão Alcoa, CBA, Sapa, Asa, Prolind, Tera Metais, Tecnoperfil, Permax, entre outras. “A Exco vem complementar ainda mais a extensa cadeia de produção da indústria automobilística do Estado, além de outras importantes como a de máquinas e equipamentos. Esses são setores que possuem uma larga cadeia produtiva, geram valor agregado e aquecem a economia”, disse Juán Quirós, presidente da Investe SP, agência de atração de investimentos do Estado que deu suporte ao empreendimento. ETS - A Exco Tooling Solutions é uma das principais fornecedoras de ferramentas de extrusão da América Latina. Desde a criação da Exco Canadá, em 1952, a empresa tem realizado parcerias com indústrias automotivas, de bens de consumo, construção e serviços em todo o mundo. O grupo conta ainda com fábricas nos Estados Unidos e na Colômbia, produzindo mais de 4.500 peças por mês. Para a John Deere, mercado irá acelerar no 2º semestre 09/03/2015 - Fonte: Usinagem Brasil Após o ciclo de investimentos e inauguração de fábricas em 2014, a divisão de máquinas para construção da John Deere concentrará esforços em 2015 para consolidar sua rede de representantes no país. A companhia acredita que 2015 será um ano muito similar ao anterior em relação a produção de máquinas, mas sem as compras do governo. Mesmo com a indefinição, a posição da companhia é que o país ainda é um dos melhores mercados no mundo para máquinas de construção. "As empresas que atuam com construção estão aguardando um equacionamento dos ajustes econômicos pelo qual o Brasil está passando e, em virtude destes tais ajustes, esperamos um mercado com uma atividade mais forte a partir do segundo semestre, e uma atividade mais modesta agora no primeiro semestre", disse em entrevista por email, o gerente de Suporte ao Produto da divisão da Construção e Florestal da empresa, Thiago Cibim. A John Deere ingressou com suas máquinas de construção no mercado brasileiro em 2012 e logo anunciou um grande investimento: US$ 180 milhões na construção de duas fábricas no Brasil, uma delas em parceria com a Hitachi Construction Machinery (US$ 124 milhões foram investidos pela John Deere e o restante pela Hitachi). As fábricas foram inauguradas em fevereiro de 2014 e, com isso, a empresa nacionalizou uma linha premium de equipamentos (como retroescavadeiras, pás-carregadeiras e escavadeiras). Inflação na pesquisa Focus dispara para 7,77% 09/03/2015 - Fonte: Exame.com Depois de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro ter ficado bastante alto e o de fevereiro, acima das expectativas, analistas do mercado financeiro tiveram de rever suas projeções para a inflação. Houve mudanças para pior - muitas delas, fortes - em quase todos os indicadores no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central, principalmente para os de prazo menor. A mediana das previsões para o IPCA de 2015 passou de uma alta de 7,47% para 7,77%. Há um mês, a mediana das estimativas para o indicador estava em 7,15%. Esta é a décima semana consecutiva em que há alta das previsões para o IPCA deste ano. A expectativa de que o BC não entregará, portanto, a inflação de 2015 sem estourar o teto de 6,50% da meta também pode ser vista no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões. Para esses profissionais, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior da meta e passou de 7,51% na semana passada para 7,97% agora. Quatro semanas atrás, estava em 7,12%. Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi levemente ampliada de 5,50% para 5,51%. No Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem foi mantida em 5,45% - um mês antes estava em 5,65%. O Banco Central trabalha com um cenário de alta para o IPCA nos primeiros meses deste ano, mas conta com um período de declínio mais para frente, levando o indicador a ficar no centro da meta de 4,5% no encerramento de 2016. Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas. Tiveram, no entanto, a terceira redução conta-gotas, passando de 6,54% para 6,53% de uma semana para outra, ante 6,56% de um mês antes.É no curto prazo que os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e de 1,22% em fevereiro, a projeção para a taxa em março também está acima de 1% agora. De acordo com o boletim Focus, a mediana das estimativas passou de 0,95% para 1,14% - um mês antes, estava em 0,65%. Algum refresco para a inflação mensal é aguardado apenas para abril, quando o índice deve ter alta de 0,58%. Imposto de Fronteira mobiliza os empresários 09/03/2015 - Fonte: Jornal do Comércio O decreto do governo de José Ivo Sartori (PMDB) que criou um fórum para estudar o impacto da cobrança do Diferencial de Alíquota (Difa), o popular e polêmico Imposto de Fronteira, para optantes do Simples Nacional já recebe críticas. Segmentos empresariais ligados ao comércio reclamam da falta de prazo para a conclusão da discussão. O decreto foi publicado na sexta-feira passada no Diário Oficial do Estado (DOE) e faz parte da estratégia de responder à pressão do setor que quer o fim do tributo. As entidades também aceitam um mecanismo de compensação na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas compras internas para reduzir a tributação a micro e pequenas empresas (MPEs) atingidas pela Difa, que somariam quase 80 mil negócios no Estado, dados não oficiais. A ausência de data para finalizar os trabalhos desagradou três entidades que lideram a oposição à Difa - Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Federação das Associações Comerciais (Federasul) e Fecomércio-RS. O parágrafo único do decreto é claro: "O prazo de duração é indeterminado". O presidente da CDL-POA, Gustavo Schifino, opina que "não dá para esperar solução sem ter um teto". Reunião agendada para amanhã, na sede da entidade, em Porto Alegre, atrairá CDLs e associações lojistas do Movimento Lojista RS sem Diferença, conhecido por Chega de Mordida, para discutir a proposta. Os integrantes podem entender que é a jogada para ganhar tempo ou a saída diante da situação financeira estadual, observou Schfino. "O governo pode sacar dinheiro de depósito judicial, já o pequeno lojista não tem mais de onde tirar capital." O Chega de Mordida se transformou no maior levante à Difa e desencadeou forte pressão, em 2013, que levou a Assembleia Legislativa a acabar com a cobrança para as MPEs do Simples no fim daquele ano. Mas o governo de Tarso Genro (PT) não reconheceu a mudança e manteve a incidência. Números da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) indicavam arrecadação de R$ 200 milhões. O dirigente da CDL-POA terá um trabalho extra na reunião com colegas de movimento. Precisará conter as alas mais revoltadas e que estão dispostas a promover protestos com bloqueios de estradas e até da Ponte do Guaíba, acesso à Capital. A alegação é que a alíquota de 5%, cobrada sobre mercadorias trazidas de outros estados ou do Exterior, está inviabilizando os negócios, que registram queda em demanda (o varejo passa por desaceleração como um todo) e até fechamento de lojas. Não há número de pontos fechados. O lojista Paulo Brandt, de Santa Maria, também fundador do movimento, reforça que o prazo para uma solução é este mês. O que norteia a posição é um documento entregue ao secretário estadual da Fazenda, André Feltes, em 29 de dezembro, dias antes de ele assumir o posto, que marcava 60 dias para uma resposta. Comerciantes planejam fechar estradas e Ponte do Guaíba O tempo, segundo representantes dos comerciantes, já se esgotou. "Se não cair (Difa), os comerciantes vão decretar guerra. Os lojistas estão prontos para receber a ordem de parar, e vai ser pior do que a greve dos caminhoneiros", previne Brandt, que preside uma rede associativa de comércio de material esportivo com 67 pontos em todo o Estado. "Vamos trancar acessos em 31 de março. Ninguém vai sair ou entrar no Rio Grande do Sul", garante a liderança do movimento, que terá assento no grupo criado pelo Decreto 52.281 de Sartori. Também estarão na iniciativa Sefaz e Secretaria Estadual do Planejamento e Desenvolvimento Regional, Procuradoria-Geral do Estado, Federação das Indústrias (Fiergs), Federasul, Fecomércio-RS, Sebrae e Federação das CDL (FCDL-RS). Outra queixa recorrente das entidades é a falta de informações sobre a arrecadação com o Imposto de Fronteira e a base de quem paga. A pasta da Fazenda promete apresentar ao fórum esses dados. O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, encarou o fórum como um canal para tentar uma saída, mas avisa que vai cobrar o prazo para conclusão. "É abril, depois não se segura mais ninguém", adverte Bohn. Diante da promessa de radicalização de alguns setores, atos que não têm apoio da federação de comércio e serviços, Bohn avalia que "não é o momento de pedir a desoneração devido às dificuldades financeiras do Estado". A saída que tem maior apoio da entidade presidida por Bohn passa a ser a redução da alíquota interna de ICMS de 17% para 12%. O mecanismo foi chancelado pela Fiergs, que é contra o fim da Difa, por abrir caminho ao ingresso de mais produtos de fora. "O governo teme perder arrecadação, mas asseguramos que aumentará, pois crescerá a compra das indústrias locais", aponta o dirigente da Fecomércio-RS. A presidente em exercício da Federasul, Simone Leite, avalia que uma reunião do fórum será suficiente para alcançar uma proposta de solução, desde que os dados estejam disponíveis. "Precisamos de celeridade, pois, a cada dia, mais empresas fecham ou ficam inadimplentes", associa Simone. "Pedimos calma ao pessoal (movimento), mas não sabemos até quando vamos segurar a massa." Entenda o impasse Difa: o Diferencial de Alíquota, ou Imposto de Fronteira, prevê 5% de ICMS sobre mercadorias trazidas de outros estados ou exterior por MPEs optantes do Simples. O imposto gera por ano R$ 200 milhões, segundo a Sefaz no Governo Tarso Genro. O governo Sartori não informou até agora o valor. Entidades lojistas orientam depositar em juízo. Contra a cobrança: o Movimento Lojista RS sem Diferença (Chega de Mordida) foi criado em 2013 e conseguiu que deputados acabassem com a Difa, mas Tarso Genro não reconheceu a extinção e seguiu a cobrança, que o atual governo mantém. Proposta do governo Sartori: decreto 52.281, publicado na sexta-feira passada, criou o Fórum de Estudos sobre o Imposto de Fronteira, com diversos órgãos do governo e entidades (Fiergs, Fecomércio-RS, Fedearsul, FCDL-RS, Movimento Lojista RS sem Diferença e Sebrae). O grupo avaliará o impacto da Difa, mas não tem prazo de término, o que gerou críticas. WFL Millturn quer crescer no mercado brasileiro 09/03/2015 - Fonte: Usinagem Brasil Um dos mais renomados fabricantes mundiais de máquinas multitarefa, a austríaca WFL Millturn Technologies quer ampliar a sua participação no Brasil. Há vários anos presente no mercado brasileiro através de distribuidores, a companhia decidiu em 2012 estabelecer filial própria e, em 2014, deu mais um novo passo para o fortalecimento da filial com a abertura de um Centro Técnico-Comercial em Diadema (SP) e a contratação de Ivan Prando, ex-Romi, para o cargo de gerente-geral da empresa. De acordo com Prando, o objetivo da WFL é o de consolidar a marca no País, ainda pouco conhecida no mercado nacional, e ampliar as vendas. “E as perspectivas são bastante boas”, avalia, frisando que recentemente a empresa - que tem seus principais clientes nas grandes empresas dos setores aeronáutico, de óleo e gás e de geração de energia e redutores - passou a ser procurada também pelos fornecedores que atendem esses setores industriais. O gerente explica que a estrutura atual da WFL Millturn Technologies do Brasil ainda é pequena, mas tende a crescer assim que a base instalada de máquinas no mercado local for se ampliando. Fundada em 1948, como parte do grupo Voest Alpine, a empresa foi adquirida pelo grupo alemão Autania AG em 1993, que por sua vez é parte integrante da holding Helmut Rothenberger. Responsável pela produção da primeira máquina multitarefa em 1982, a WFL Millturn é hoje a única empresa global que se dedica apenas à fabricação desse tipo de equipamento. “Nossa especialidade são máquinas que exigem apenas uma fixação, capazes de tornear, furar, fresar e medir as peças, evitando o transporte de uma máquina à outra para a realização de cada uma dessas operações, reduzindo o tempo de usinagem”, detalha Prando. Composta de modelos com 5 a 8 eixos, a linha abrange máquinas com diâmetro 500 mm até 2 m e distância entre pontas até 14 metros. Parte significativa desse portfólio estará em exposição de 16 a 19 de março, durante o WFL Technology Meeting, em Linz, na Áustria. No evento estão previstas várias novidades, entre elas seis máquinas com novos processos integrados, como manufatura aditiva, endurecimento a laser, encruamento, têmpera, métodos para a produção de engrenagens, além de modelos equipados com eixo U virtual (U-tronix). Com o objetivo de se tornar mais conhecida no mercado brasileiro, a WFL também estará presente na Feimafe 2015. Será a segunda participação da empresa com estande próprio no evento nacional. No estande, além de várias peças de demonstração, haverá um telão com a apresentação dos vários processos realizados pelas máquinas da WFL. Motos: produção recua 32,9% no primeiro bimestre 09/03/2015 - Fonte: Usinagem Brasil A comemoração do carnaval no mês mais curto do ano, associada a um mercado em retração, resultou em um primeiro bimestre daqueles para esquecer também no segmento de motos. Em janeiro e fevereiro foram produzidas 192,4 mil unidades pelas fabricantes de Manaus (AM), número 32,9% menor que o registrado no mesmo período de 2014. E as vendas no atacado (das fábricas para as concessionárias) somaram 212,8 mil motos, volume 12% menor que o do primeiro bimestre do ano passado. Os números foram divulgados pela Abraciclo, entidade que reúne os fabricantes do setor. - Veja aqui os números de vendas no atacado e aqui os de produção divulgados pela Abraciclo As exportações registraram evolução de 14,6%, passando das 2.174 motos de janeiro para 2.491 em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês de 2014, no entanto, quando foram enviadas 9,6 mil motocicletas, os embarques recuaram 74,1% por causa da sobretaxação dos produtos pela Argentina, principal destino dos modelos nacionais. Os emplacamentos do bimestre somaram 202,4 mil unidades, total 20% inferior ao registrado em 2014 e comparável aos números do setor há nove anos. O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, já admite a possibilidade de revisão para baixo da projeção feita no fim de 2014, de 1,47 milhão de unidades lacradas este ano e ligeira alta de 2,1% sobre o ano anterior. “No entanto é necessário aguardar o fim de março para uma avaliação mais consistente”, conclui. Declare suas finanças ao leão 09/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo Todo ano a história se repete, e lá vamos nós atrás da papelada necessária para prestar contas à Receita Federal. Durante o ano todo nos furtamos de fazer planejamento financeiro, de controlar nossas despesas, fugindo da responsabilidade de prestar contas a nós mesmos de nossas escolhas financeiras, nem sempre assertivas. Entretanto, nos rendemos à obrigação de relevar aos outros a intimidade de nossas finanças. A hipótese de ignorar o leão não está disponível. Todos os contribuintes elegíveis devem apresentar a DIR-PF (Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física) dentro do prazo estabelecido pela Receita. O objetivo da declaração é apurar se o imposto pago na fonte foi maior ou menor do que o imposto devido. Quem pagou a mais terá restituição; quem pagou a menos pagará imposto adicional e quitará seu compromisso com a Receita Federal, sempre atenta para abocanhar uma fatia de nossos ganhos. O OLHAR DO LEÃO A DIR-PF vai muito além de um instrumento para arrecadar impostos. Ela permite à Receita Federal fiscalizar se o valor deduzido por um contribuinte foi declarado pelo outro. O valor de uma consulta médica, por exemplo, será deduzido da renda tributável de quem pagou e será tributado na declaração do profissional da área da saúde que recebeu o pagamento. Hoje em dia, a Receita tem mecanismos para cruzar as informações, não arrisque. Outra informação valiosa para a Receita é identificar se o contribuinte consegue explicar a origem da riqueza acumulada. Se a renda anual do contribuinte foi de R$ 200 mil, por exemplo, como justificar a aquisição de um imóvel ou uma aplicação financeira no valor de R$ 1 milhão? Subtraia o valor da posição patrimonial do último exercício da posição do ano anterior. A renda total declarada deve justificar, com folga, o crescimento patrimonial. O SEU OLHAR Chegou a hora de dizer para o leão fatos que talvez tenhamos omitido de nós mesmos. Aproveite para examinar os números sob a sua ótica e refletir sobre a destinação do dinheiro ganho durante um ano inteiro de trabalho. Quanto você tinha no ano anterior e quanto tem agora? A resposta a essa pergunta deixa claro quanto de sua renda foi destinada à formação de patrimônio. Se a variação foi negativa ou neutra, significa que você gastou praticamente tudo o que ganhou, transferindo sua riqueza para terceiros. Avalie se os números refletem decisões que foram conscientemente tomadas. Reflita se é possível aumentar sua capacidade de poupança visando ampliar seu patrimônio. Lembrese de que no futuro ele proverá boa parte da renda que hoje depende exclusivamente do seu trabalho. ORGANIZE-SE Prepare-se para essa prestação de contas separando, durante o ano, os documentos que serão necessários para fazer a declaração, tais como comprovantes de pagamento to de despesas dedutíveis (saúde, educação, doação etc.); compra e venda de imóveis; compra e venda de ações. Outros documentos são enviados pela fonte pagadora. Os exemplos mais comuns são o informe de rendimentos de trabalho assalariado, extratos bancários informando empréstimos e aplicações financeiras, informe dos planos de previdência e dividendos recebidos de ações. FAÇA MELHOR Analise a natureza de seus ativos; idealmente eles devem gerar riqueza e renda complementar durante o ano, como imóveis alugados e aplicações financeiras, por exemplo. Assim, poderão reduzir a dependência da renda proveniente do trabalho. Analise seu fluxo de caixa e estabeleça uma meta para o próximo ano: aumentar em 10% ou 20% o montante de aplicações financeiras para constituir um saudável fundo de reserva. Faça da sua declaração do Imposto de Renda um instrumento de planejamento financeiro, e não um ato mecânico e burocrático, despido de qualquer significado. Marcia Dessen, é sócia do BMI (Brazilian Management Institute), diretora do IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros) e autora do livro "Finanças Pessoais: o que fazer com meu dinheiro" (Trevisan Editora, 2014). Case paralisa investimento de R$ 600 mi em Minas 09/03/2015 - Fonte: CIMM O projeto da CNH Industrial de implantação de uma fábrica de máquinas de construção orçada em cerca de R$ 600 milhões em Montes Claros, no Norte de Minas, está paralisado. “Demos uma segurada nele porque não existe volume no mercado. É gastar dinheiro à toa. Mas o grupo está avaliando as possibilidades do que pode ser feito em Montes Claros, mas, por enquanto, está parado o projeto, congelado”, informou o vicepresidente da Case para a América Latina, Roque Reis. De acordo com o executivo, não existe previsão de quando a unidade de Montes Claros volte a sair do papel. “Neste período nebuloso, é sem perspectivas”, acrescentou. A princípio, Montes Claros teria uma planta para máquinas de construção. “A empresa imaginava que, com um mercado futuro no país de 45 mil máquinas (ao ano), precisaria de mais espaço para a produção e começamos os estudos. E todos (empresas), assim como a gente, demos uma segurada por conta do mercado”, concluiu Reis. A Case tem 62 fábricas em 190 países com lucro registrado de U$S 2,2 bilhões em 2014. Mesmo em um mercado em queda, a Case Construction Equipment – uma empresa da CNH Industrial, que tem fábrica em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte – fez nesta quinta o lançamento de mais três novos produtos da empresa em máquinas de construção. Entre a fábrica mineira e desenvolvimento de produto, foram investidos US$ 10 milhões na escavadeira hidráulica CX 220C, a pá carregadeira 721 EXR e uma nova linha de tratores de esteira. “A fábrica de Contagem é a mais complexa da CNH Industrial no mundo. Temos sete linhas de produtos com 30 modelos Case. Temos muita restrição de espaço lá com 42 mil m², o que nos faz melhorar a toda hora”, disse o vice-presidente da Case para a América Latina, Roque Reis, durante evento na sede administrativa da Case, em Sorocaba (SP). Neste ano, a produção estimada na fábrica de Contagem deve ser de cerca de 6.000 máquinas de construção. O desempenho acompanha o mercado nacional que está em baixa e deve fechar 2015 com cerca de 21 mil máquinas vendidas, de acordo com Reis. “Chegou-se a imaginar no Brasil um mercado de 40 mil máquinas, e agora? Para o cliente é bom porque tem várias opções, mas em âmbito global, acaba gerando uma guerra de preços”, avalia Reis, que prevê um primeiro trimestre mais difícil. Mesmo assim, ele está otimista e acredita que essa má fase no país vai passar. “Continuamos a investir e é um momento de ajuste”, afirmou. Reis acrescentou que serão colocadas mais linhas de produtos em Contagem. “O que vai tornar a planta mais complexa e produtiva”. Em 9 anos, a empresa passou de 12 produtos para 30 produtos. Uso de impressão 3D reduz custos e aumenta eficiência em projetos de máquinas agrícolas 09/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo Parece brinquedo, mas é tecnologia. Instalada desde junho de 2014, uma impressora 3D se consolida como caminho para materializar peças para as máquinas da Stara em NãoMe-Toque, norte do Estado. A ideia de investir na impressora surgiu a partir de pesquisas de mercado e da possibilidade de aumentar a eficiência e reduzir custos de produção, explica o supervisor de engenharia na área de design da Stara, Jonathan Dias. Ele conta que, antes de adquirir a máquina, a empresa terceirizava o desenvolvimento de protótipos. Hoje, no entanto, houve redução de duas semanas para três dias a espera pelos itens fabricados em ABS (tipo de plástico resistente). A partir do material, a equipe faz testes, validação e readequações para só então produzir o conjunto de ferramentas ligadas à peça, que representa um custo maior: — É uma garantia de menos erros e custos. Sem contar que há situações em que, a partir dos testes, avaliamos até mesmo que o projeto não precisa ter aquela peça. A impressora 3D costuma operar durante 20 a 23 dias por mês, em média. Como leva cerca de até 30 horas para produzir certas peças, é comum que seja programada para trabalhar à noite e nos fins de semana. Dias cita como exemplo a produção de um joystick (controle da máquina), cujo protótipo facilitou definições técnicas para garantir melhores condições de trabalho. Ele ressalta que, se há necessidade de protótipos maiores, o desenho virtual é fatiado e impresso separadamente. Depois, as peças são encaixadas. Hoje, a influência da impressão 3D nos produtos da Stara ainda é pequena — em uma plantadeira, corresponde a só sete dos mais de mil componentes. Dias crê que esta influência só aumentará: — A demanda é muito grande, e a possibilidade de simular ajuda na tomada de decisão. Pretendemos expandir para utilizar este recurso, inclusive para manutenção. Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers), Claudio Bier ressalta que o uso da impressão 3D está cada vez mais consolidado diante das vantagens estratégicas e financeiras. E destaca o potencial para auxiliar na reposição mais ágil de peças e na manutenção de máquinas: — Antigamente, fazia o protótipo e, se não ficasse bom, a adaptação era difícil e custava mais. Hoje, modela-se tudo no computador e, quando vai para a fábrica, há uma visão muito próxima de como vai ficar o produto final. Estoque virtual e manutenção rápida Para o consultor na área de impressão 3D Bene Padovani, o uso da tecnologia é um trunfo para a indústria ao reduzir o prazo para o desenvolvimento de produtos: — O protótipo permite ter à mão a peça final para avaliação, testes e eventuais mudanças. Além de ser mais barato, por ser de plástico, por exemplo, traz economia e antecipa problemas de projeto. Padovani salienta que outra vantagem é para reposição e manutenção, especialmente para produtos que não existem mais no mercado. Cita como exemplo a possibilidade, caso alguma peça estrague, de desenvolver uma nova com características específicas: — Assim, a tendência é de que os custos com estoque e manutenção caiam drasticamente. Diretor comercial da Fastparts, empresa de Joinville (SC) com quase 20 anos de atuação no mercado de projetos de prototipagem, Jessé Silva explica que as impressoras têm custo variável conforme material usado, tecnologia e qualidade de fabricação: — Vão de R$ 4 mil a R$ 2 milhões. É um recurso que não tem volta, vai estar cada vez mais inserido na indústria, pois permite validar o produto e desenvolvê-lo. A expansão do mercado e de equipamentos será destaque do Inside 3D Printing, maior feira mundial da indústria de impressão 3D profissional e que será realizada na próxima semana, nos dias 9 e 10 de março, em São Paulo. Com programação itinerante pelas principais capitais do mundo, o evento terá 2 mil participantes e contará com exposição de tecnologias, palestras e demonstrações em áreas como agronegócio, joalheria, medicina, arquitetura e indústria aeroespacial. — O maior foco é fortalecer a indústria local, seja qual for a área de atuação — observa Padovani, que atua na organização da feira. Entenda como funciona — O primeiro passo é projetar o objeto no formato tridimensional, o que é feito por meio de softwares, diretamente no computador. — Com o modelo desenhado, a impressão do objeto depende do equipamento que será utilizado. Mas todos têm um sistema em comum: moldam as peças adicionando os materiais em camadas. — Em vez de papel e tinta, o produto é impresso em materiais diversos, de plástico a metais, resinas e cerâmica. Em geral, o material é derretido antes de ser aplicado até formar o objeto. — O tempo para produzir depende do tamanho do objeto e do material utilizado. Há impressoras grandes, especialmente industriais, assim como modelos menores e portáteis. Dilma defende ajuste fiscal e diz que críticas ao governo são 'injustas' 09/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo Em pronunciamento de rádio e TV neste domingo (8), a presidente Dilma Rousseff defendeu o ajuste fiscal, pediu apoio da população e do Congresso na implementação de medidas que afetam a "todos" e disse que as críticas contra o governo são "injustas". Segundo a petista, o ajuste é uma medida tomada "corajosamente". "Mesmo que isso signifique alguns sacrifícios temporários para todos e críticas injustas e desmesuradas ao governo", afirmou. Durante o pronunciamento, houve buzinaço, panelaço e vaias em ao menos 12 capitais – São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Recife, Maceió e Fortaleza. Nas janelas dos prédios, moradores batiam panelas, xingavam a presidente, enquanto piscavam as luzes dos apartamentos. Em sua fala, Dilma chamou o ajuste de "travessia". Negou que irá "trair" a classe média e os trabalhadores, mas anunciou que todos pagarão pelas medidas. "Absorvemos a carga negativa até onde podíamos e agora temos de dividir parte deste esforço com todos os setores da sociedade." A defesa, conforme a Folha antecipou, ocorreu na fala sobre o Dia da Mulher -sobre o tema, anunciou que irá sancionar nesta segunda (9) o projeto que considera assassinato de mulher um crime sujeito a penas mais severas. Dilma retomou a narrativa segundo a qual o país está sob impacto da crise internacional iniciada em 2008. Ela disse que o Brasil tem "fundamentos sólidos" e que "nem de longe [o país] está vivendo uma crise nas dimensões que dizem alguns. "Muito diferente daquelas crises do passado, que quebravam e paralisavam o país". A presidente fez ainda uma crítica à mídia pela forma com que descreve a economia -as previsões são bastante pessimistas para 2015, com todos os indicadores apontando o risco de uma recessão, a inflação namorando os 8% anuais e o emprego dando sinais de arrefecimento. "Noticiários são úteis, mas nem sempre são suficientes. Muitas vezes nos confundem mais do que nos esclarecem." Ainda assim, admitiu que a situação é preocupante. "Você tem todo direito de se irritar e de se preocupar", disse, após elencar que o país vive a "segunda etapa" da crise, agravada pela seca no Sudeste e no Nordeste. Fez então o tradicional apelo por união de governantes. "Peço a você que nos unamos e que confiem na condução deste processo pelo governo, pelo Congresso." A menção ao Parlamento reflete as dificuldades que o governo enfrenta nas Casas dominadas por um PMDB cada vez mais arredio, com seus dois presidentes culpando o Planalto pela sua inclusão na lista de investigados da Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras. Na semana passada, por exemplo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu a medida provisória que mudava o regime de desoneração de folha de pagamento de vários setores e obrigou o governo a enviar um projeto de lei, atrasando a iniciativa, parte do ajuste fiscal, em vários meses. Nesta semana, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve decidir se abre a CPI do setor elétrico. Além disso, a Casa tende a derrubar o veto de Dilma à lei que corrige em 6,5% a tabela do Imposto de Renda. Dilma lembrou que em 2003 o então presidente Lula também teve de promover um ajuste fiscal e que "depois tudo se normalizou", sem citar, contudo, que o ambiente externo foi excepcionalmente favorável ao Brasil naquela época, ao contrário de agora. Sobre a Lava Jato, defendeu a "apuração ampla". General Motors avança com compra de ações próprias no valor de 5 mil milhões 09/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo A General Motors vai avançar com um programa de compra de ações próprias no montante total de 5 mil milhões de dólares. Esta operação deverá ocorrer no final do próximo ano. A General Motors vai implementar um programa de compra de ações próprias no montante total de 5 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) no final de 2016, revelou a construtora de automóveis, citada pela imprensa estrangeira. Este programa de compra de acões é uma forma de remunerar os seus acionistas e evitar uma guerra com os acionistas. Harry Wilson, um investidor ativista, tinha exigido um lugar no conselho de administração da GM, discordando dos planos da empresa. No mês passado defendeu mesmo que a construtora usasse o dinheiro que tinha num programa de compra de ações próprias no valor total de 8 mil de dólares. Com o programa anunciado esta segunda-feira, 9 de Março, este investidor retira a proposta de ter acento no conselho de administração. Porto cubano de Mariel aprova os primeiros investimentos estrangeiros 09/03/2015 - Fonte: Conexão Marítima O porto cubano de Mariel, inaugurado há um ano pelos presidentes Raúl Castro e Dilma Rousseff, aprovou seus dois primeiros projetos de investimento estrangeiro e estuda "centenas" de solicitações, segundo informaram altos diretores da agência regulatória do porto. "Já foram aprovados dois negócios, das centenas de propostas apresentadas por empresários estrangeiros desde novembro de 2013", disse Yanet Vázquez, diretora adjunta da agência regulatória do porto, citada pela revista Cubacontemporánea. "Mas por um princípio de confidencialidade e proteção aos negociadores, a oficina só tornará pública esta informação quando as empresas estiverem registradas oficialmente", acrescentou. A revista Oncubamagazine.com informou nesta semana citando um comunicado da chancelaria mexicana que a companhia Richmeat S.A de México foi a primeira autorizada a investir em uma fábrica na região portuária, a 45km a oeste de Havana. Construído com créditos concedidos pelo Brasil, o porto terá um grande enclave industrial, que em condições de zona franca produzirá para o mercado cubano e para o exterior.Vázquez disse que "nos projetos que estão em negociação, os setores mais representados são a indústria, as atividades logísticas e as energias renováveis" e que as solicitações partem de empresas de Espanha, Itália, China, Panamá, Brasil, México, Canadá, Rússia, França e Portugal. A diretora explicou que em 2014 as ações se concentraram em obras de infraestrutura básica e em serviços públicos, como a ampliação de vias, ferrovias, abastecimento de água, eletricidade, entre outros. Cuba aprovou em abril do ano passado uma nova lei de investimento estrangeiro pela qual espera a entrada de 2,5 bilhões de dólares ao ano, para poder garantir um crescimento da economia superior a 4,5%. Iscar amplia capacidade de produção de especiais 09/03/2015 - Fonte: Conexão Marítima A Iscar do Brasil está investindo no aumento da capacidade de sua fábrica de ferramentas especiais instalada em Vinhedo (SP). A multinacional israelense acaba de instalar um novo centro de usinagem de 5 eixos na planta visando a redução dos prazos de entrega. “O investimento tem como objetivo principal reduzir o lead time de fabricação de brocas SumoCham especiais e atender a demanda do mercado”, informa Marcos João da Silva, especialista de Produto da Iscar Brasil. De acordo com o engenheiro, trata-se da segunda máquina do mesmo tipo e com características idênticas, que irão compor “uma célula gêmea ainda mais produtiva e eficiente”. “A broca SumoCham (com cabeças intercambiáveis) vem sendo cada vez mais utilizada pela indústria metal-mecânica em geral, em aplicações diversas, onde até então eram usadas apenas brocas sólidas de metal duro, e também em muitas outras situações onde não é viável o uso do metal duro, seja por limitações de blank ou mesmo pelo alto custo da ferramenta”, explica Silva. O especialista lembra que “operações conjugadas, aliadas ao uso de elevados dados de corte e maior vida útil da aresta significam menos paradas de máquinas. São fatores que conferem à nossa ferramenta grande vantagem competitiva e garantem ao cliente a melhor relação custo-benefício”. As brocas SumoCham especiais são, em grande maioria, segundo Silva, ferramentas multitarefa que podem unir diversas operações em apenas uma ferramenta. Características como chanfro superior, chanfro reverso, rebaixos (ou spotface) e roscas, podem ser facilmente combinadas com a broca, permitindo assim executar um furo composto ou cavidade de uma só vez, eliminando os tempos improdutivos do ciclo de usinagem, como trocas de ferramentas e deslocamentos. Rafael Possari, gerente Industrial da Iscar do Brasil, responsável pela fábrica de ferramentas especiais, informa que o investimento permitirá reduzir o prazo de entrega de 7 para 4 semanas, além de trazer mais flexibilidade para necessidades urgentes. “Uma vez que nossas ferramentas têm sido aplicadas em substituição a uma, duas, ou mais ferramentas de metal duro, aço rápido ou mesmo ferramentas similares, percebemos que seria necessário e importante investir para oferecer aos nossos clientes e distribuidores um prazo de entrega menor e seguro”, explica Possari. Metal Work inaugura fábrica em São Leopoldo 09/03/2015 - Fonte: Conexão Marítima Fabricante de equipamentos pneumáticos para automação industrial de origem italiana, a Metal Work inaugurou na semana passada fábrica em São Leopoldo (RS). A ampliação faz parte do plano de expansão do grupo Metal Work, que prevê dobrar o faturamento no mundo até 2020, conforme Hernane Cauduro, diretor da Metal Work no Brasil. A nova planta industrial conta com área construída de 5 mil m², em terreno com área total de 30 mil m². De acordo com Cauduro, foram investidos R$ 15 milhões na expansão, sendo R$ 2 milhões em máquinas e equipamentos e R$ 13 milhões em construção civil. A nova planta terá capacidade para produzir, montar e comercializar mais de 890 mil itens, entre produtos e componentes para automação industrial. Presente no mercado brasileiro desde 2002, a Metal Work conta com 85 funcionários, três filiais e uma rede de distribuidores autorizados presentes nas principais cidades da América do Sul. O projeto da nova unidade industrial contemplou diversos aspectos relacionados à sustentabilidade, com o objetivo de minimizar o impacto ambiental de suas operações, como por exemplo, a captação de água pluvial, que depois de filtrada terá uso destinado à limpeza da fábrica e irrigação dos jardins, o que permitirá a economia de 30 mil litros de água tratada por mês. Siderúrgicas elevam índice e mantêm vivo rali europeu 09/03/2015 - Fonte: Reuters O principal índice europeu de ações fechou em alta com papéis de siderúrgicas avançando após notícias de que a União Europeia está pronta para impor medidas anti-dumping sobre importações da China e de Taiwan. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou com alta de 0,08 por cento, aos 1.570 pontos, após atingir a máxima em sete anos durante a sessão. O índice acumulou alta de 0,5 por cento na semana, quinto ganho semanal consecutivo. O papel da finlandesa Outokumpu saltou 18 por cento, o da espanhola Acerinox ganhou 6 por cento e o da Aperam, baseada em Luxemburgo, subiu 9,9 por cento. Fontes disseram à Reuters que a União Europeia vai impor medidas anti-dumping sobre as importações de chapas de aço inoxidável laminado a frio da China e de Taiwan. A Comissão planeja estabelecer tarifas de cerca de 25 por cento para importações da China e de cerca de 12 por cento para o produto taiuanês, após queixa registrada em maio de 2014 pela associação de produtores de aço da Europa. A ação da Thomas Cook também figurou entre as maiores altas, saltando 24,5 por cento após um investidor chinês comprar uma fatia no grupo de turismo.A Fosun International, que recentemente assumiu o controle da francesa Club Méditerranée, adquiriu uma participação de 5 por cento na companhia britânica e informou que buscará dobrá-la a 10 por cento. As bolsas europeias conseguiram ignorar Wall Street, onde o índice Standard & Poors 500 caía mais de 1 por cento e caminhava para a segunda queda semanal consecutiva. O movimento veio em reação a números mais fortes do que o esperado sobre o mercado de trabalho alimentarem expectativas de uma alta de juros nos EUA neste ano e possivelmente mais cedo que o esperado. Em Em Em Em Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,71 por cento, a 6.911 pontos. FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,41 por cento, a 11.550 pontos. PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,02 por cento, a 4.964 pontos. MILÃO, o índice Ftse/Mib teve alta de 0,16 por cento, a 22.436 pontos. MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,29 por cento, a 11.091 pontos. Equipe cearense é vice em competição mundial no setor de aço 09/03/2015 - Fonte: Reuters Apesar da região sudeste ser responsável pela maior parte da produção de aço do Brasil (61%), o Ceará é destaque na mão de obra qualificada. Um grande exemplo no ramo é o quarteto de engenheiros metalúrgicos do Senai, que foi vice-campeão mundial no Desafio Universitário e Profissional da Associação Mundial do Aço, o World Steel Association, na categoria Indústria, ocorrida no mês passado. O grupo foi ganhador na primeira fase do processo, a chamada competição Regional das Américas. Os profissionais frisam que seus diferentes ramos de atuações influenciam na desenvoltura do grupo. A equipe é composta pelo instrutor sênior de metalurgia da unidade do Senai de Maracanaú, Necy Alves; o consultor em Inovação da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Mateus Paulino; o chefe do forno da Gerdau Ceará, em Maracanaú, Rodrigo Ramos; e o mestrando em Engenharia de Materiais da UFC, Marcos Daniel. A competição mundial ocorreu em Bruxelas (Bélgica) e envolveu líderes da indústria siderúrgica mundial que ganharam na fase regional da categoria: China (ganhou o mundial), Asia e Oceania, Europa e América. Marcos acredita que a simulação da primeira etapa é muito importante. “Não existe outra melhor forma de aprendizado do que a simulação. Ela permite maior aproximação com a vida real. Estamos buscando o grande valor da nossa conquista e queremos mostrar os profissionais que temos. Pretendemos levar o nome do Ceará e da UFC para o mundo”. Rodrigo acredita na existência de grande oportunidade para os cearenses e a intenção é que haja ampliação. “Era algo que a gente já vislumbrava há algum tempo: competir na categoria Industrial levando o nome da UFC. Estamos batalhando para motivar essa galera que está entrando”. Matheus explica que a ideia do projeto universal é construir uma metodologia de produção. Para continuar competindo, é preciso muito esforço. Os encontros de estudo incluem também os alunos de graduação, mas o quarteto é quem lidera a equipe. “Estudamos em média oito horas por semana. Todos têm atividades diferentes em horários diferentes, mas sempre nos reunimos”, diz Marcos. Investimento Marcos comenta que o Ceará ganhou destaque no setor metalúrgico com a vinda da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que deve começar a operar em 2016 e ser responsável pela produção anual de 3 milhões de toneladas de placas de aço. O equipamento deve trazer um incremento de 6% no PIB estadual. “O diferencial do Ceará é na mão de obra especializada. Aqui, temos muitos profissionais disponíveis, diferente das outras siderurgias do próprio Nordeste. Vamos ter a chegada de uma grande siderúrgica com oferta de profissional suficiente e bem preparado”, ressalta Matheus. Até agora, foram investidos R$ 182 milhões na qualificação de mão de obra do Ceará, e o objetivo é alcançar 80% desse trabalho. Além desse projeto, o governador Camilo Santana pretende desenvolver o polo Metal-Mecânico no Ceará. Saiba mais A UFC é a única Universidade do Norte e Nordeste que oferece curso de Engenharia Metalúrgica. Ele foi implantado em setembro de 2005 e teve a sua primeira turma ingressada em março do ano seguinte, sendo formada em 2010. A UFC também conta com o Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. O engenheiro metalúrgico é responsável pelo beneficiamento de minérios e sua transformação em metais e ligas metálicas. Atua desde o processo de extração, refino e conformação até a obtenção de ligas metálicas para uso industrial, que vai da confecção de chapas e vigas até a produção de latas de refrigerante. Com o conhecimento dos metais e suas propriedades, o profissional de metalurgia também pode operar na combinação dos metais com outros produtos (como vidro, plástico e cerâmica) para criar novos compostos e propriedades. Mineradora Centaurus metal anuncia redução de custos para desenvolver projeto no Brasil 09/03/2015 - Fonte: Reuters A mineradora de ferro listada na bolsa australiana Centaurus Metals Limited anunciou um programa de redução de custos, com uma série de iniciativas no Brasil e na Austrália, incluindo o corte de pagamentos a executivos. A Centaurus, cujos projetos estão localizados no sudeste do Brasil, disse que as medidas buscam garantir que a companhia minimize suas despesas corporativas e administrativas e gerencia apropriadamente sua posição de caixa, para garantir que consiga ter agilidade no desenvolvimento de seu projeto Candonga, em Minas Gerais, na medida que as condições permitam. O projeto Candonga de minério de ferro está localizado cerca de 33 quilômetros ao sul do projeto principal da Centaurus, o Jambreiro, e a 130 quilômetros da região siderúrgica central de Ipatinga. A operação inicial do projeto, que tem recurso estimado de 11,9 milhões de toneladas de minério, está projetada para o fornecimento em baixa escala de minério de embarque direto, com potencial de fornecer granulados e sínter grosso para o mercado doméstico do Brasil. A Centaurus disse que, como parte do programa de redução de custos, os honorários do presidente não executivo do Conselho e de diretores não executivos serão reduzidos em um terço a partir de 1º de abril. Além disso, o diretor administrativo terá a remuneração reduzida em 10 por cento. No ano passado, a companhia já reduziu um escritório em Perth, na Austrália, e iniciou uma restruturação nas operações brasileiras como parte de iniciativas de redução de custos. Investimentos tiveram queda de 26% em 2014 09/03/2015 - Fonte: Brasil Mineral Os investimentos em exploração mineral de minerais não-ferrosos, globalmente, tiveram queda de 26% em 2014, comparativamente com 2013, de acordo com levantamento feito pela SNL Metals& Mining. No total, foram investidos US$ 11,4 bilhões em 2014, contra US$ 15,2 bilhões alocados à atividade em 2013. O valor é quase a metade do recorde de 2012, quando as companhias investiram US$ 21,5 bilhões. Os números são baseados em informações de aproximadamente 3.500 companhias em todo o mundo. Apesar do estudo não incluir as companhias que exploram minério de ferro, a SNL estima que tais empresas investiram US$ 1,44 bilhão em 2014, bem menos do que os US$ 2,89 bilhões gastos em 2012 e um pouco menos do que os US$ 1,74 bilhão de 2013. Falta d'água pode tirar 0,3 ponto do PIB, diz tendências 09/03/2015 - Fonte: Valor Econômico Ainda que seja difícil calcular os efeitos sobre a economia das restrições já vigentes no consumo de água no Sudeste, principalmente em São Paulo, a Tendências Consultoria estima que a falta de água na região e o corte de fornecimento em curso devem "tirar" 0,3 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de 2015, afirma a economista Alessandra Ribeiro. A estimativa se baseou em pesquisas qualitativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan), que questionaram as empresas sobre a necessidade de interromper a produção em caso de desabastecimento de água. A partir desses questionários, a Tendências estimou um porcentual de empresas que seriam atingidas pela medida na indústria e o efeito de uma queda de produção de 10% nessas companhias. Com base no peso do setor industrial no Sudeste, a Tendências estima que cortes no fornecimento de água para a indústria deve reduzir o PIB do Brasil em 0,2 ponto percentual neste ano. A consultoria ainda realizou cálculos semelhantes a partir de dados da Sabesp para o comércio, com impacto de 0,1 ponto percentual sobre o PIB do país. No total, afirma Alessandra, a crise hídrica, ainda que concentrada no Sudeste, deve tirar 0,3 ponto do PIB neste ano. Mesmo que um racionamento de água não tenha sido decretado, diversas regiões de São Paulo já enfrentam falta de água, com pressão reduzida no fornecimento durante à tarde desde janeiro. O risco de racionamento de energia não foi incorporado ao cenário, afirma Alessandra. Por enquanto, diz ela, a consultoria aguarda o fim do período de chuvas, em abril, para ajustar o cenário. A percepção é que chuvas equivalentes a 85% da média histórica, combinadas a um aumento de 68% da tarifa de energia elétrica neste ano, serão suficientes para conter o consumo de energia elétrica, sem necessidade de imposição de racionamento. Alessandra observa, porém, que caso seja necessário impor corte de 10% do consumo sua projeção para o PIB neste muda para queda de 2%. A economista afirma, no entanto, que boa parte da revisão em relação ao cenário que a Tendências tinha no fim do ano passado foi feita em consequência dos desdobramentos da Operação Lava¬Jato. Em outubro de 2014, a Tendências ainda projetava expansão de 1% da economia neste ano ¬ agora já prevê contração de 1,2%. Do corte de 2,2 ponto percentual na estimativa para o PIB de 2015, 1,9 ponto se deve aos efeitos da investigação sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Para a economista, além da revisão do plano de investimentos da estatal, há também a paralisação de obras e projetos como um todo, já que o escândalo envolveu as maiores empreiteiras do país, que enfrentam dificuldades financeiras. "E ainda tem os efeitos multiplicadores dos investimentos da Petrobras, que não são pequenos. Ou seja, a queda do PIB neste ano deve ocorrer muito mais por causa de um choque de demanda, com queda de 6% da formação de capital fixo, do que um choque adverso de oferta de energia e água", diz. 'Carga tributária vai acima de 40%', diz economista 09/03/2015 - Fonte: O Estado de S. Paulo Entre os economistas que acompanham as contas públicas, existe quase um consenso de que a equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já conseguiu algo como 0,7% ou 0,8% da meta de 1,2% do Produto Interno Bruto para o superávit primário (a economia para o pagamento de juros da dívida). Mas cresce também o consenso de que, como ocorreu em outras ocasiões em que o Estado gastou mais do que podia, que haverá aumento de carga tributária. Alguns já têm até uma projeção de quanto será a conta para o contribuinte. “Aposto com qualquer um que teremos entre 2015 e 2016 um aumento de pelo menos 2 pontos porcentuais: a carga tributária vai superar 40% do PIB”, diz o economista Mansueto Almeida. “Acho terrível e isso vai comprometer o crescimento do País, mas não haverá outra alternativa porque este é um ajuste muito complicado de ser feito. ” Segundo Mansueto, a reestruturação das contas públicas pode não se restringir a 2015. “Vai se estender por 2016 e não ficaria surpreso se perdurasse por todo o governo Dilma”, diz Mansueto. Em sua projeção, ele leva em consideração que as receitas estão em queda, por causa do baixo crescimento, mas estão previstos aumentos de despesas e há muitas contas pendentes criadas na gestão anterior. Em março do ano passado, por exemplo, o governo foi generoso com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Abdicou de pagamentos de juros que cobriam repasses feitos pelo Tesouro Nacional. A carência foi estendida. “O principal de uma dívida do BNDES de R$ 194 bilhões foi renegociada e só começa a ser pago em 2040”, diz. Levy já fez algumas mudanças na estrutura dos gastos que ajudam. Se enquadram, neste caso, alterar as regras de concessão de abono salarial e segurodesemprego. Mas também adiou investimentos e gastos. Muitos deles não poderão ficar represados por muito tempo. É o caso dos recursos para a educação. Entre janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, as instituições federais de ensino sofreram uma redução de quase 34% na verba dirigida ao seu funcionamento. “Não há como segurar coisas assim por muito tempo”, diz o economista. “Em algum momento será preciso elevar a tributação.” Produção de eletroeletrônicos cai 12,9% em janeiro, aponta ABINEE 09/03/2015 - Fonte: Valor Econômico A produção física das indústrias do setor eletroeletrônico registrou em janeiro queda de 12,9%, em relação a igual mês de 2014. Tanto a produção da indústria eletrônica (22,9%) como da elétrica (-2,5%) tiveram recuo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compilados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Considerando os números acumulados de 12 meses, comparados com o mesmo período imediatamente anterior, a produção de eletroeletrônicos caiu 6,6% até janeiro de 2015. “Os resultados do mês de janeiro de 2015 mantêm a tendência de retração de atividade do setor eletroeletrônico”, comenta a Abinee, em nota. Estaleiro de reparos de Lucena avança e deve começar as obras em 2017 09/03/2015 - Fonte: INDA Um dos maiores investimentos feitos no Litoral Norte deve avançar nos próximos meses. Anunciado em 2013, os estaleiros de reparos de Lucena, que será construído pelo grupo americano McQuilling Services LLC, foi discutido na última quinta (5) entre o diretor comercial do grupo, seu representando no Brasil, o governador Ricardo Coutinho e secretários do estado. Segundo informações da Secretaria de Comunicação do Estado, o projeto já foi finalizado e o processo de licenciamento ambiental deve ser iniciado em breve. A operação do maior estaleiro de reparos e docagens de navios do hemisfério Sul deve começar em 2017, com expectativa de 36 meses para chegar à funcionalidade plena. Com investimento de R$ 1,9 bilhão, o estaleiro contará com cais de 2,3 mil metros, duas docas, um hidrolift para pequenas e médias embarcações de 10 mil toneladas, além de dois diques secos capazes de receber navios de grande porte como Valemax e VLCCs. A área total da instalação será da ordem de 800 mil metros quadrados, das quais 600 mil serão de área seca e os outros 200 mil metros quadrados de área projetada sobre a água.