CURATIVO
Curativos  Finalidades
 Redução
 Prevenir
dos riscos
infecção
 Remover
o excesso de exsudato
 Promover
a cicatrização
INVESTIGAÇÃO
A investigação deve enfocar os seguintes
tópicos:
•A prescrição médica e/ou de enfermagem;
•O tipo e a localização da ferida;
•O horário da última troca;
•Alergias do paciente.
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
Trocas de curativos são freqüentemente
dolorosas: avaliar a necessidade relativa à
dor e medicar o paciente 30 minutos antes
do início do procedimento;
Os pacientes geriátrico e pediátrico são
freqüentemente imunodeprimidos e têm
uma baixa resistência, sendo necessária
uma estrita assepsia para minimizar a
exposição aos microrganismos.
CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS
CURATIVO SECO
X
CURATIVO ÚMIDO
O curativo úmido:
- protege as terminações nervosas superficiais,
reduzindo a dor,
- acelera o processo cicatricial,
- previne a desidratação tecidual e a morte celular,
- promove necrólise e fibrinólise.
O curativo seco é recomendado em feridas cirúrgicas
limpas, com sutura direta. A troca é, geralmente, diária,
até a retirada dos pontos.
CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO DE
FERIDAS
LIMPEZA SOLUÇÃO FISIOLÓGICA
X
LIMPEZA MECÂNICA
A limpeza com solução fisiológica a 0,9% é
indicada para hidratar a ferida e acelera a
cicatrização, evitando o traumatismo direto da
ferida.
A limpeza mecânica provoca traumatismo do
tecido em cicatrização, retardando o processo.
CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS
ANTI-SÉPTICOS
EM FERIDA CUTÂNEA ABERTA
Anti-sepsia com polivinilpirrolidona (PVPI)
tópico (Povidine®):
Tem finalidade de prevenir a colonização. Pode ser
neutralizado rapidamente na presença de matéria orgânica e
tecido necrótico. É indicado na anti-sepsia da pele íntegra e
mucosas, de peri-cateteres, peri-introdutores e fixadores
externos. É contra-indicado em feridas abertas, pois é
citolítico e retarda o processo de cicatrização.
Anti-sepsia com a solução de clorexidina:
Tem ação bacteriana tanto para Gram positivas como Gram
negativas, porém com maior efeito nas Gram negativas. A
atividade germicida mantém-se mesmo na presença de
materiais orgânicos. Possui as mesmas indicações e contraindicações do PVPI.
Curativos

limpeza da ferida;

desbridamento;

aplicação do curativo.
Limpeza da lesão

A limpeza deve ser feita com o
mínimo de solução química, e trauma
mecânico possível, usando gazes e
compressas e evitando anti-sépticos
porque são citotóxicos. Use solução
salina.
Desbridamento

cirúrgico (bisturi e tesoura);

enzimático (aplicação de agentes tópicos
que farão o desbridamento);

autolítico (uso de curativos sintéticos
para cobrir a ferida e que permitem que o
tecido desvitalizado seja digerido pelas
enzimas presentes no fluido da ferida).
Aplicação do curativo
O curativo ideal é aquele que:
 protege a lesão;


é bio-compatível;

fornece hidratação;

mantém a pele ao redor seca e
intacta.
Critérios para selecionar um
tipo de curativo

Use um curativo que irá manter o leito da úlcera continuamente
úmido.

Curativos de películas (filme) e curativos hidrocolóides são
práticos e rápidos de se aplicar, além de manter o ambiente
propício para a cicatrização.

Elimine os espaços mortos da ferida completando toda a cavidade
com material de curativo, prevenindo assim os abscessos.

Evite empacotar demais a ferida, pois isto pode aumentar a
pressão e causar danos adicionais ao tecido.

Mantenha o curativo intacto, monitorize os curativos próximos ao
ânus, pois estes são mais difíceis de se manterem intactos,
coloque fitas nos cantos dos curativos para reduzir este problema.
Controle de infecção




As úlceras de pressão avançadas
invariavelmente são colonizadas por
bactérias. Nestes casos, a terapia com
antibióticos é indicada, porém em relação à
lesão deve-se:
não usar anti-sépticos tópicos;
protegê-la ao máximo dos fatores de
contaminação (fezes);
curativos devem ser feitos da lesão mais
limpa para a mais contaminada.
PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM
MATERIAL
Bandeja;
Pacote de curativo (1 pinça hemostática, 1 pinça
dissecção – anatômica);
Cuba rim;
Fita adesiva, esparadrapo, micropore e transpore);
Luvas de procedimento;
Solução salina de 250 ml (bolsa) ou 125 ml (frasco);
Algodão embebido em álcool 70%;
Agulha 40x12;
Pacotes de gazes;
Saco de lixo branco;
Solução recomendada.
IMPLEMENTAÇÃO
- Lavar as mãos e organizar o material;
*Reduzir a transmissão de microrganismo.
- Explicar o procedimento ao paciente e dar
assistência às suas necessidades;
*Diminuir a ansiedade;
*Promover a cooperação.
- Avaliar o nível de dor do paciente com uso de
medicação e esperar que a medicação faça efeito
antes de começar, quando necessário;
*Diminuir o desconforto da troca de curativos.
IMPLEMENTAÇÃO
- Colocar a mesa ao lado da cama próxima ao
local em que será feito o curativo;
*Facilitar o gerenciamento do campo e materiais
estéreis.
- Colocar o material na mesa ao lado da cama;
*Promover a rápida troca de curativo.
- Saco de lixo ao lado da cama ou mais próximo
da ferida;
*Facilitar a eliminação do material contaminado.
IMPLEMENTAÇÃO
- Abrir o pacote de curativo;
- Abrir mais pacotes de gazes;
*Se o curativo for muito grande.
-Colocar a agulha no frasco de solução salina,
previamente aquecida à temperatura corporal;
-Calçar as luvas de procedimentos;
- Retirar a fita adesiva, puxando em direção à
ferida e remover o curativo sujo.
*Permite visualizar a área da ferida e do curativo e
também a exposição para a limpeza.
IMPLEMENTAÇÃO
-MOLHAR O CURATIVO COM SOLUÇÃO SALINA,
SE ESTIVER ADERIDO Á FERIDA, ENTÃO PUXAR
SUAVEMENTE;
-Colocar o curativo no saco de lixo;
-Colocar a cuba rim abaixo da ferida;
-Lavar a ferida com jato de soro morno;
*Para fazer a limpeza da ferida sem retirar áreas já
regeneradas.
IMPLEMENTAÇÃO
-Pegar a pinça e fazer uma torunda
(bonequinha) de gaze;
-Passar a gaze, em áreas que não tenha tecido
de granulação, trocando a gaze sempre que
necessário;
*Prevenir a contaminação da ferida por
microrganismos.
- Usar medicação, pomada, óleo, recomendado
pelo médico ou enfermeiro;
*Seguir a prescrição de enfermagem ou médica.
IMPLEMENTAÇÃO
- Colocar as gazes sobre a área da ferida ou
incisão
até que a área esteja completamente
coberta;
*Prevenir a contaminação do curativo ou ferida.
-Fixar o curativo com fita adesiva, esparadrapo,
micropore ou transpore;
- Dispensar as luvas, os materiais e guardá-los
apropriadamente;
*Manter o ambiente organizado.
IMPLEMENTAÇÃO
-Posicionar o paciente com conforto;
- Lavar as mãos;
*Diminuir a expansão de microrganismos.
- Documentação;
DOCUMENTAÇÃO
Deve ser anotado no prontuário do paciente:
• A localização e o tipo da ferida ou da
incisão;
• O estado do curativo anterior;
• O estado da área da ferida/incisão;
• A solução e os medicamentos aplicados na
ferida;
• As observações feitas pelo paciente;
• A tolerância do paciente ao procedimento.
ALGUNS TRATAMENTOS
•Carvão Ativado
•Filme Transparente com Hidrocolóide
ou Hidrogel
•Papaína 1% e 8%
•Sulfadiazina de Prata
•A.G.E. – Ácido Linoléico
Terapias coadjuvantes

Oxigênio, raios ultra-violeta e infravermelhos, irradiação com raios laser,
ultra som , aplicação de frio e calor
alternados, agentes tópicos como o
açúcar, mamão verde, papaína, clara
de ovos, propelis, etc.
Coberturas
TEGAGEN
DUODERM
BIOFILL
TIELLE
ADAPTIC
2ND SKIN
ACTISORB
PLUS
NU-GEL
TEGASORB
COMFEEL
AQUACEL
CARBOFLEX
FIBRACOL
PLUS
ALLEVYN
Hidrocolóide
Hidrocolóide e Alginato de Cálcio
Principais Benefícios:

Proporciona o meio ideal para a cicatrização

Alivia a dor

É fácil de usar

É econômico

Atende a todas as fases no processo de
cicatrização
Úlceras de Perna
Aplicação do Curativo
Grânulos - Alta Exsudação
Perfeita Adesividade
Retirada do Curativo
Áreas de Difícil Oclusão
Curativo Contorno
Região Trocanteriana
Calcâneo
Cobertura Alginato de Cálcio
Cobertura Alginato de Cálcio
Características e Benefícios

Seco por congelamento

/ sem fibras

Alta absorção vertical
Não deixa resíduo de fibra
na ferida

Recortável

Fácil de remover

Evita maceração da pele
de exsudato
ao redor da ferida

Reduz número de troca de
curativos
Aplicação
Aplicação do Curativo

Admitido no HRAS com 14dv;

No dia seguinte as 14:30 foi intubado;
O curativo da ferida estava sendo feito com hidrogel


Os leucócitos do dia da internação: 15.700
Nesta data já estava em uso de cefepime
(D7), vanco (D4), Metronidazol (D3) e já
havia usado oxacilina por 3 dias
2 dias após a internação fez
desbridamento


Em uso de cefepime
(D8), Metronidazol (D4),
vanco (D5)
2º DPO do
desbridamento
6º dia de internação



Leucócitos:24.400
Acrescentados
Clindamicina e Meropenen
Em uso de Alginato de
prata
7º dia de internação



RN estava edemaciada e
com quadro de anemia
Recebeu albumina
Concentrado de hemácias
por 3 dias seguidos
12° dia de internação



Recebeu novamente
albumina (4x)
Hemocultura: negativa
3°DPO do segundo
desbridamento
17º dia de internação
Criança com 7
meses de vida
Aproximadamente 5 m
após a alta hospitalar
Referências bibliográficas:

AVERY, Gordon B. Neonatologia: fisiopatologia e tratamento do Recém-nascido. Editora
MEDSI, 4ª Edição. Rio de Janeiro, 1999.

ÁVILA, Luiz Carlos. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem
2005/2006. Editora EPUB, 4ª edição. Rio de Janeiro, 2004.

BARROS, Alba Lucia B. Leite. Anamnese e Exame físico. Editora Artmed, 3ª reimpressão. Porto
Alegre, 2002.

CARPENITO, Lynda Juall. Diagnósticos de Enfermagem. Editora Artmed, 9ª Edição. Porto
Alegre, 2003.

MARBA, Tadeu M. Manual de Neonatologia – UNICAMP. Editora Revinter. Rio de Janeiro, 1998.

MARCONDES, Eduardo. Pediatria Básica. 8ª edição, editora Savier. SP:1999

SILVA, R. C. L., FIGUEIREDO, N. M. A.; Feridas: fundamentos e atualizações em
Enfermagem. Yendis Editora. SP: 2007.

LOWDERMILK, Deitra Leonard; PERRY, Shannon E.; BOBAK, Irene M. O cuidado em
Enfermagem Materna. 5ª ed. Porto Alegre: 2002.

TAMEZ, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI Neonatal. 3ª Ed. Editora Guanabara Koogan. Rio
de Janeiro: 2006.

www.feridologo.com.br acesso em 04/05/08 as 17:35
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