MP participa de reunião para orientação técnica sobre educação inclusiva O Ministério Público, por meio do Centro de Apoio Operacional Cível e de Tutela Coletiva (CAO-Cível), área de educação, do Grupo de Atuação Especial de Educação (GEDUC) e do Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial (NAT) participou nesta quinta-feira (14/03) de uma reunião com a Coordenadoria do Centro de Atendimento Especializado da Secretaria Estadual da Educação (CAESP), organizada para prestar orientação técnica e fazer o acompanhamento das ações descentralizadas para diretorias regionais e supervisores de ensino que integram a educação inclusiva no sistema público estadual. O encontro reuniu mais de 200 educadores na sede do Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE), no Brooklin-SP, que durante todo o dia participaram das diversas palestras programadas para dar informações técnicas e orientações práticas para professores e profissionais que atuam diretamente com a educação inclusiva em São Paulo. Educadores de todas as regiões do Estado A abertura do evento foi feita pela Diretora do CAESP, Neusa Souza da Silva Rocca, a Coordenadora de Gestão da Educação Básica (CGEB) Maria Elizabete da Costa, falou sobre a importância da reunião cujo objetivo é oferecer educação inclusiva de qualidade. Promotor João Paulo Faustinone e Silva: "Necessidade do empenho de todos" O promotor de Justiça do GEDUC João Paulo Faustinone e Silva relatou que o Ministério Público vem dialogando com a Secretaria Estadual de Educação e cobrando a construção de política pública clara e efetiva de educação para todos, acolhidas e valorizadas as diferenças na escola e garantidos os suportes necessários. Fez breve síntese dos trabalhos realizados pelo GEDUC, desde sua criação em abril de 2011, e salientou que a maior demanda espontânea registrada nos canais de acesso da população do Grupo, referente à rede estadual de educação, diz respeito a notícias de falhas no atendimento educacional verdadeiramente inclusivo. Asseverou que, em visitas realizadas a diversas escolas estaduais da Capital, não verificou, na prática, a concretização de projeto consistente de acessibilidade física e pedagógica, provocando os presentes à reflexão sobre os projetos até o momento desenvolvidos. Enfatizou “a necessidade de empenho de todos na avaliação dos equívocos e construção de ações coordenadas que de fato transformem a escola em espaço inclusivo”. Promotor Júlio César Botelho: "A escola tem que ser inclusiva" O Promotor de Justiça Júlio César Botelho, da área de educação do CAO Cível, apresentou e disponibilizou aos presentes o Guia Prático: O Direito de todos à educação lançado recentemente durante Seminário promovido pelo Ministério Público, disse que o guia prático retrata o que os autores pensam em comum sobre o tema, citando que o grande avanço observado com a publicação, foi a convicção de que é possível lutar por uma escola inclusiva, “direito não somente a matrícula, mas a escola com qualidade, porque escola tem que ser inclusiva”. Aproveitou o encontro que reuniu coordenadores e professores de todo o Estado para manifestar sua preocupação com os rumos da educação inclusiva no Estado de São Paulo, em razão da falta de comprometimento mais efetivo, por parte de alguns educadores, com a educação inclusiva, pois ao longo de sua trajetória atuando com as questões relativas à inclusão, encontrou professores muito comprometidos em viabilizar a inclusão de alunos, mas sem generalizar, citou a resistência verificada em alguns profissionais de educação, incluindo aqueles que estão convencidos que a educação inclusiva pressupõe que a escola deva estar inteiramente preparada, para, só então, receber os alunos com deficiência, quando, na realidade, este é apenas um pretexto normalmente utilizado por aqueles que não acreditam que todos os alunos são capazes de aprender, dentro de suas potencialidades, e que a educação na diversidade é um direito de todos. Para o promotor Júlio César Botelho, o Ministério Público tem provocado a Secretaria Estadual de Educação para falar das várias necessidades identificadas na área de educação, mas falta desenvolver uma política de educação inclusiva articulada. Também participaram da reunião a assistente social Marina Akemi Nomoto, e a psicóloga Larissa Gomes Ornellas Pedott, que integram o Núcleo de Assessoria Técnico e Psicossocial do Ministério Público (NAT). Núcleo de Comunicação Social - [email protected]; Ministério Público do Estado de São Paulo - Rua Riachuelo, 115 – São Paulo (SP) Tel: (11) 3119-9027 / 9028 / 9031 / 9039 / 9040