Boletim Informativo da FDTE - Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia
Novembro/2014
Ano 2
Nº 12
Educação
Robótica: Alunos da Poli
rumo ao Japão
pág.5
Poli Cidadã promove
oficina de Carrinhos
de Rolimã pág. 6
Quali e FDTE oferecem
certificação pela ASQ pág. 7
Time Line
A vida de Alexandre
Vannucchi Leme, jovem
estudante morto pela
ditadura
pág.2
Acontece na USP
Professor Cardoso é o novo
diretor da FUSP
pág.3
PROFESSOR PIQUEIRA, DIRETOR
DA POLI, É ELEITO NOVO
ACADÊMICO DA ANE
A Academia Nacional de Engenharia (ANE), fundada
em 1991, reconhece e homenageia os expoentes da
engenharia nacional e auxilia o governo e a sociedade
nas questões que tenham a engenharia como enfoque
principal. Em assembleia geral realizada em outubro, na
Fundação Padre Leonel França, mantenedora da PUC-RJ, a ANE elegeu novos membros, entre eles o diretor da
Escola Politécnica da USP (Poli), professor José Roberto
Castilho Piqueira. “Fui pego de surpresa, recebi uma carta
informando que havia sido eleito. “Não me passava pela
cabeça que seria digno desta honraria”, afirma.
Paulo Augusto Vivacqua, presidente da ANE, diz que para o
indicado a eleição representa uma grande distinção. “Para a
academia entram apenas engenheiros com uma vida de realizações reconhecidas pelo
país”. Com a posse dos novos
acadêmicos, a ser realizada
no dia 27 de novembro, no
Arsenal da Marinha do Rio
de Janeiro, a academia passa
a contar com 160 membros.
Vivacqua diz que, com a
eleição, a ANE ganha mais
prestígio para influenciar nas
decisões do governo em áreas como transporte, distribuição da população e pesquisas
espaciais. “Os novos membros reforçam a entidade e lhe dão
autoridade para cumprir sua missão e para a Poli é importante ter um professor no quadro da ANE, principalmente pelo
papel que ela exerce na sociedade”.
Paulo Augusto
Vivacqua
Projeto
FDTE participa do
programa do submarino
nuclear brasileiro pág.4
O que estou lendo
Dica de leitura do
professor Túlio Nogueira
Bittencourt
pág. 8
www.fdte.org.br
O Contra-Almirante da Marinha, Alan Paes Leme Arthou,
presidente do Conselho de Recursos Naturais da ANE, explica que a academia é formada por pessoas que se destacam em pesquisas e no exercício da profissão. “A ANE
reúne engenheiros de renome que estudam e discutem
assuntos referentes ao desenvolvimento da engenharia.
O professor Piqueira foi eleito por sua história e pelo que
fez pela engenharia nacional.
O professor Kazuo Nishimoto, coordenador do Tanque de
Provas Numérico do Departamento de Engenharia Naval e
Oceânica da Poli, afirma que a eleição do professor Piqueira
é um reconhecimento ao ser humano de perfil espontâneo, estudioso e agregador e também ao seu trabalho pelo
desenvolvimento da engenharia. “A indicação estreita ainda mais o relacionamento da Poli com a Marinha na execução dos projetos que atuam em conjunto”, afirma.
Professor José Roberto Castilho Piqueira,
novo acadêmico da ANE
Segundo o professor Piqueira, o principal projeto da Poli
com a Marinha do Brasil é o curso de Engenharia Naval
para os oficiais da Marinha, criado na década de 1950.
Esse projeto gerou pesquisas em conjunto, como as do
programa nuclear, do ciclo do combustível para o programa nuclear brasileiro, de infraestrutura e de projetos
relativos ao arsenal de marinha. Em alguns submarinos
convencionais o projeto de estrutura foi realizado em
conjunto com a escola; a automação e modernização
das fragatas e das corvetas foram realizadas em conjunto com a Poli. “A Marinha convive conosco, é como
se uma parte da Poli fizesse parte da Marinha. Isso nos
honra muito. A Marinha tem trabalhos de infraestrutura,
fundações, ciência ambiental, engenharia nuclear, engenharia naval, construção
naval e engenharia oceânica, o que favorece a formação de nossos alunos”,
afirma.
Piqueira diz estar feliz com
a eleição para a ANE por ser
reconhecido pelo seu traProfessor Kazuo
balho. “Estou completando
Nishimoto
40 anos de carreira neste
ano e ao receber esse reconhecimento fico honrado
e feliz”. O professor lembra que grandes nomes como
Paula Souza, Ramos de Azevedo, Figueiredo Ferraz,
Roberto Salmeron, Ari Torres, Olavo Setúbal, passaram
pela Poli como alunos, professores e como diretores.
“A Poli inteira está sendo honrada com essa indicação.
Há grandes expoentes da engenharia na Poli, a escola
tem muitas competências que podem ser úteis para a
nação”, conclui.
EDITORIAL
QUESTÃO
DE GÊNERO
André S. Gertsenchtein
A FDTE tem apoiado, de todas as formas, iniciativas que despertem nos politécnicos o sentimento
de cidadania. Somos engenheiros (alguns de nós
o serão, em breve). Mais que engenheiros, no entanto, somos cidadãos, inseridos num mundo que
nos trata - dependendo de quem somos - com extremo desequilíbrio. Chama a atenção a iniciativa
desenvolvida pelo POLIGEN - Grupo de Estudos de
Gênero da Escola Politécnica, cujo objetivo é o de-
bate das questões de gênero. Mas... que questões
de gênero? É aí que começa o problema: sequer
nos damos conta de que há uma “questão de gênero”. O que resulta em pequeno apoio ao POLIGEN,
que tem enfrentado a questão de forma solitária, à
exceção de pequeno grupo de colaboradores.
Iniciativas como os programas desenvolvidos
pelo Poli Cidadã, coordenado pelo professor Antonio Luis Campos Mariani, e o Programa de Pré
Iniciação Científica, coordenado pelo professor
José Roberto Castilho Piqueira, contribuem com
a formação de um engenheiro melhor, cidadão e
consciente das necessidades do mundo em que
vive. Justiça seja feita: ainda que grande parte da
nossa comunidade não priorize essas iniciativas
(que, no fim, são sempre desenvolvidas pelos
mesmos abnegados), ela os apoia e se entusiasma com elas.
A questão de gênero é um dos grandes temas a
serem enfrentados pela nossa sociedade. A mulher ganha menos por funções equivalentes - é
um fato. A mulher nem sempre tem o respeito
de seus pares ao exercer funções de liderança - é
outro fato. A mulher é a maior vítima de violência doméstica, simplesmente porque é mais fraca
fisicamente que o homem. E o que a engenharia
tem com isso? Tudo. Essa mulher que é tratada de
forma desigual é nossa mãe, nossa irmã, nossa filha, nossa esposa. Antes de sermos engenheiros,
somos cidadãos, que, ao educarmos outros cidadãos, devemos transmitir valores mais equilibrados e justos, única forma de termos um mundo
melhor para nossas mulheres. A FDTE manifesta
publicamente seu apoio à iniciativa do POLIGEN,
bem como ao movimento “he for she”, tema do
recente discurso da atriz Emma Watson na ONU.
TIME LINE
Foto: Divulgação
2
No dia 2 de outubro a editora Contexto lançou,
na Livraria Cultura, o livro “Alexandre Vannucchi Leme: Jovem, estudante, morto
pela ditadura”. A obra relata os acontecimentos que envolveram o engajamento político de
Alexandre até sua morte. Em sua introdução,
Aldo Vannucchi, o autor do livro e tio de Alexandre, afirma que “lembrá-lo é recuperar o
passado para criar o novo. É devolvê-lo à memória da sociedade brasileira. É o irrefragável
direito à verdade. É preciso denunciar de que é
capaz uma ditadura militar.
É preciso acabar com o silêncio e a acomodação que
sepulta no esquecimento e
exclui da memória nacional toda a bárbara tortura
por que passamos. A Nação
deve ter inteira consciência
do que foi essa ditadura
que espalhou o terror entre
todos brasileiros.”
História – Alexandre Vannucchi Leme militava na
Ação Libertária Nacional (ALN). Foi preso pela Operação Bandeirantes em 16 de março de 1973 e torturado até a morte. Cursava o quarto ano de Geologia na USP. Era o representante dos estudantes na
Congregação do Instituto de Geociências. Partilhava
das lutas comuns aos estudantes da época. Editou
um boletim especial do Centro Acadêmico da Escola
sobre o ciclo da exploração do ferro. Tomou posição
contra o modo como a Transamazônica estava sendo construída e passou a fazer exposições e palestras
em faculdades e escolas do 2° grau junto a outros
colegas. Teve seu nome conhecido devido a desinformação sobre sua morte, aos 22 anos. Enquanto o
governo afirmava que ele teria sido vítima de atropelamento, líderes estudantis alegavam que sua morte
teria acontecido por tortura.
Depois do silêncio imposto pelo AI-5, em 1968, os
estudantes da USP voltaram a se reagrupar e, em
26 de março de 1976, criaram o Diretório Central
dos Estudantes-Livre da USP (DCE-Livre da USP),
Foto: Arquivo pessoal
A VIDA DE ALEXANDRE VANNUCCHI LEME:
JOVEM ESTUDANTE MORTO PELA DITADURA
Ana Beatriz Vannucchi Leme Macoris, sobrinha de Alexandre, colaboradora da FDTE,
Aldo Vannucchi e Míriam Vannucchi Leme,
irmã de Alexandre, no lançamento do livro
reconstituído e batizado com o nome de Alexandre. O DCE-Livre Alexandre Vannucchi Leme é a
entidade representativa dos estudantes nos campi da USP da capital e do interior e tem a função
de organizar e expressar os anseios e posições políticas dos estudantes.
ACONTECE NA USP
PROFESSOR CARDOSO
É O NOVO DIRETOR DA FUSP
Em março deste ano o professor José Roberto
Cardoso assumiu o cargo de diretor executivo
da FUSP - Fundação de Apoio à Universidade de
São Paulo (USP), a convite do reitor da USP, Marco
Antônio Zago, presidente do conselho curador da
fundação. “Fiquei muito sensibilizado pelo convite
feito pelo Magnífico Reitor”, afirma Cardoso.
será construído pela USP. “Esta foi uma ação
importante e a participação da FDTE foi decisiva na elaboração do projeto, suprindo parte
dos recursos e gerenciando todo o processo”,
afirma. O professor diz ter ficado decepcionado quando se descobriu que a USP estava em
situação financeira preocupante, o que levou
à suspensão de qualquer obra nova. “O projeto já havia sido aprovado pela reitoria anterior,
inclusive com recursos destinados para a obra.
Continuaremos lutando para construir o edifício, tanto com recursos da USP como externos”,
promete.
Ele explica que a FUSP é uma fundação de apoio à
Universidade de São Paulo à semelhança da FDTE,
só que atua em toda a universidade. “Ela não fica
focada apenas na parte tecnológica, mas coordena projetos em todas as áreas”, afirma. A FUSP tem
projetos com o governo, FINEP, BNDES, como é o
caso da Biblioteca Brasiliana. O BNDES financiou
parte da biblioteca e a gestão dos recursos foi
feita pela FUSP. “Também temos iniciativas com
a FINEP envolvendo empresas como a Embraer,
Petrobras, entre outras. Somos especializados em
gerir esse tipo de projeto”, diz.
O diretor superintendente da FDTE, André Steagall
Gertsenchtein lembra que o professor também é
membro do Conselho Curador da FDTE e que isso
tem um significado simbólico muito importante.
“O professor Cardoso sempre disse que as duas
fundações tinham papéis complementares. A presença dele na FDTE e na FUSP mostra que é possível que as duas fundações trabalhem de mãos
dadas, e é assim que nos sentimos”, afirma.
André Gertsenchtein comenta que quando assumiu a FDTE ela estava afastada da Poli e era
imprescindível que houvesse uma reaproximação. O professor Cardoso, que antes de assumir
a FUSP era diretor da Escola Politécnica da USP
(Poli), ajudou muito nesse processo. “O professor,
até pela sua história dentro da FDTE, teve papel
extremamente importante na sua recuperação, e
se não fosse ele a aproximação com a Poli não teria ocorrido. Tenho certeza de que terá um papel
primordial na FUSP para imprimir ritmo e cultura
positivos na instituição”, diz.
Cardoso conta que o seu relacionamento com
a FDTE vem de décadas e que todos os ex-diretores, diretores atuais, instituidores da própria
fundação são amigos que ele preza muito. “Tenho um carinho especial pela FDTE”, diz ele, ao
comentar que nos últimos anos, até 2011, existiu um afastamento entre a Poli e a FDTE, algo
que nunca havia ocorrido. “Era uma situação resultante de conflitos oriundos de posições pes-
Professor José Roberto Cardoso: O que existe
entre as entidades é cooperação e sinergia
soais e não institucionais e que não era possível
continuar, pois a Poli precisa muito da FDTE e
vice-versa”. Ele conta que estava presente no
dia em que André Gertsenchtein assumiu a diretoria da FDTE e apresentou sua proposta de
trabalho, que implicava em restabelecer o relacionamento com a Poli, com parcerias corretas
e com transparência. “Desde aquele momento
vi que estávamos em bom caminho. A Poli se
beneficiou muito com o retorno do bom relacionamento com a FDTE”, afirma.
“O QUE EXISTE ENTRE
AS ENTIDADES É
COOPERAÇÃO E
SINERGIA.”
Poli-Inova
Gertsenchtein afirma que outra ação do professor Cardoso merecedora de destaque é o
edifício Poli-Inova. “Um projeto grande e muito
expressivo que ele conduziu do começo ao fim,
conseguindo inclusive terminar o projeto executivo, deixando-o em condições de ser construído no momento em que houver verba orçamentária”, diz. Cardoso lembra que o Poli-Inova
“O POLI-INOVA JÁ
HAVIA SIDO APROVADO
PELA REITORIA
ANTERIOR”
Ele explica que a estratégia será tentar obter
doações e que a FDTE irá exercer papel relevante na captação e gestão desses recursos. “O
próprio Ruy Ohtake, autor do projeto arquitetônico e executivo, disse que também sairá atrás
de recursos para a obra. A proposta do prédio
muda, de fato, toda a engenharia. É algo que
precisa ser terminado para que a escola assuma
sua liderança”, afirma Cardoso.
Sinergia
A FUSP tem uma atuação similar à da FDTE e as
entidades não competem entre si. Cada qual tem
sua especialidade, seu modo de agir e os coordenadores escolhem de acordo com as suas necessidades. “O que existe entre as entidades é cooperação e sinergia”, diz Cardoso, explicando que esta
sinergia existe também em ações globais, envolvendo várias fundações.
Como exemplo o professor relata que recentemente a solução de um problema econômico
junto ao Tribunal de Contas carecia de posição
única das fundações. “Conseguimos tomar decisões globais com sete ou oito fundações, resultado de uma parceria entre a FUSP e a FDTE sobre a
melhor solução. Foi importante por mostrar que
as fundações estão imbuídas de um propósito comum de apoio à USP, com pensamento uníssono
no que se refere à sua organização e postura”, conclui Cardoso.
3
PROJETO
FDTE PARTICIPA DO PROGRAMA DO
SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO
A FDTE e a Amazônia Azul
Tecnologias de Defesa
S.A. (Amazul) assinaram
no início de setembro,
acordo de parceria para
a realização de pesquisa, desenvolvimento e implantação
do Projeto Conceitual do Complexo
Radiológico do Estaleiro e Base Naval (EBN) da
Marinha do Brasil, que está sendo projetado pelo
Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP).
A Marinha do Brasil tem investido na expansão
e desenvolvimento da tecnologia brasileira com
objetivo de proteger e garantir a soberania brasileira no mar. Com esse propósito, Brasil e França
firmaram acordo que deu início ao programa de
desenvolvimento de submarinos. O programa
viabilizará a produção do primeiro submarino
brasileiro de propulsão nuclear e mais quatro
submarinos convencionais. A primeira fase de implantação do programa prevê a construção de um
Estaleiro e de uma Base Naval (EBN) em Itaguaí,
no Rio de Janeiro.
“...PROGRAMA
VIABILIZARÁ A
PRODUÇÃO DO
SUBMARINO
NUCLEAR ...”
O Complexo Radiológico compreende áreas em
que serão aplicadas normas nacionais e internacionais de segurança nuclear, daí a necessidade
de um rigoroso projeto conceitual, anterior às
fases seguintes do projeto e de construção do
complexo. Essas áreas compreendem a manutenção de reatores nucleares, instalações marítimas,
suporte e instalações do submarino de propulsão
nuclear (SN-BR), instalação de proteção física e
gestão de emergência, entre outras.
4
Neste complexo, que a Marinha constrói em
parceria com a Odebrecht, serão realizadas as
etapas de construção, montagem, integração,
lançamento, operação e manutenção dos novos
submarinos. O complexo integra o Programa de
Desenvolvimento de Submarinos (ProSub), que
está sendo conduzido pela Coordenadoria Geral
do Programa de Desenvolvimento de Submarino
André S. Gertsenchtein, diretor-superintendente da FDTE
cumprimenta o vice-almirante Ney Zanella do Santos, presidente da Amazul
com Propulsão Nuclear (Cogesn) com apoio do
CTMSP e da Amazul.
O acordo, assinado pelo diretor-superintendente
da FDTE, André Steagall Gertsenchtein e pelo diretor-presidente da Amazul, vice-almirante Ney Zanella dos Santos, estabelece que a FDTE e a Amazul
façam a pesquisa, o desenvolvimento e a implantação do Projeto Conceitual, bem como a elaboração
de documentos, incluindo estudos, relatórios técnicos, pareceres, especificações técnicas e de compras, referentes à parte de concepção do projeto,
sob a responsabilidade do CTMSP. A duração total
do projeto está prevista para 20 meses.
A Amazul, estatal constituída em agosto de 2013,
tem a missão de viabilizar o desenvolvimento
do submarino de propulsão nuclear brasileiro,
tecnologia imprescindível para que o País exerça
a soberania plena sobre as águas jurisdicionais
brasileiras. Para executar seus projetos e oferecer
serviços tecnológicos, a Amazul retém, atrai e capacita recursos humanos de alto nível, e busca se
associar com organizações públicas e privadas de
alta tecnologia.
O diretor-presidente da Amazul, Ney Zanella dos
Santos, lembrou que esta não é a primeira vez que
a Marinha do Brasil - agora por intermédio da Amazul - se une à Universidade de São Paulo, apoiada
pela FDTE, para gerar inovação e progresso para a
ciência e a engenharia nacionais, agregando valor a
projetos de grande interesse para a sociedade bra-
sileira em prol do desenvolvimento nacional. André
Steagall Gertsenchtein afirmou que a Marinha, de
certa forma, é a razão pela qual a FDTE foi instituída, uma vez que foi a contratante do primeiro
projeto da fundação, o Computador G10, que deu
início à indústria da computação no Brasil.
“...ESTA NÃO É A
PRIMEIRA VEZ QUE
A MARINHA SE
UNE À USP...”
A FDTE, fundação de notória especialização na
área de pesquisa e desenvolvimento, com mais
de 40 anos de experiência nas mais diversas áreas
da engenharia, foi criada por professores da Poli
com o objetivo de promover o desenvolvimento
tecnológico da engenharia brasileira. A instituição
é reconhecida pela contribuição que tem dado ao
país nas questões ligadas ao seu desenvolvimento. Grandes feitos contribuíram para esse reconhecimento. Do Laboratório de Sistemas Digitais
nasceu o histórico "Patinho Feio", como foi chamado o primeiro computador brasileiro, construído
em 1972. Com o patrocínio da Marinha foi desenvolvido o G10, que se tornou o segundo computador genuinamente brasileiro. Entre os resultados
do projeto, surgiram profissionais capacitados, diversas ramificações na difusão do conhecimento e
empresas nacionais para atuarem no setor.
EDUCAÇÃO
ALUNOS DA POLI RUMO AO JAPÃO
Hóquei – Como no esporte olímpico
que surgiu no Canadá, dois times de
três robôs se enfrentam com objetivo de levar um disco até o gol. Ganha
quem fizer mais gols durante o tempo de jogo.
Dois brasileiros da equipe de robótica da Escola Politécnica da USP, ThundeRatz, estão de malas prontas para
competir na modalidade de sumô no
Japão. Marx Thezolin de Paula e Lucas Rebelo Dal’Bello viajam para Tóquio, com apoio da FDTE, onde irão
participar do All Japan Robot-Sumo
Tournament, competição da Fujisoft,
que será realizada a partir do dia 14
de dezembro. Marx é aluno do curso
de Engenharia Mecatrônica da Poli e
Lucas Rebelo, ex-aluno da Poli, estuda Ciências Moleculares na USP.
A homologação para competir no
Japão veio após o robô Stonehenge
sagrar-se campeão na categoria Sumô
Rádio Controlado 3 kg na competição
Winter Challenge X, realizada de 18 a
20 de julho no Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano, no ABC paulista. A competição, organizada pela RoboCore, contou com
727 competidores e 306 robôs, tendo a ThundeRatz
participado com 13 projetos em 10 categoriais.
Com a homologação, as três primeiras equipes
classificadas no Winter Challenge X nas modalidades Sumô Rádio Controlado e Sumô Autônomo
receberam o convite para participar da competição mundial no Japão. Jéssica Fernanda Kons, que
divide a capitania da equipe com Gabriel Ribeiro
Reis, explica que esta é a primeira vez que o Brasil
é homologado. “Participamos da prova sem essa
informação, ficamos sabendo uma semana depois,
com o troféu já em casa, quando nos avisaram que
estávamos sendo convidados para ir ao Japão”.
Fundada em 2001 por estudantes de engenharia
da Poli, a ThundeRatz, composta por 34 estudantes e orientada pelo professor Marcos Barretto,
desenvolve desde o projeto até o robô final, inclusive as placas eletrônicas. A equipe é formada por
alunos de vários cursos da Poli, como Mecânica,
Mecatrônica e Elétrica. Da Elétrica participam alunos do curso Sistemas de Computação, Sistemas
Elétricos, Sistemas de Controle. “As pessoas entram na equipe no primeiro ou segundo ano e os
veteranos que se formam passam o conhecimento aos que estão chegando”, comenta Jéssica.
DESAFIO ROBÓTICO
O robô Stonehenge começou a ser desenvolvido
por membros da equipe em 2012 e logo na primeira competição garantiu a sexta posição. “Depois
disso aprimoramos o projeto, que venceu outras
duas provas em 2012. Desde então continua em
Seguidores de Linha – São Robôs
Autônomos cujo objetivo é seguir
uma linha branca em uma pista de
fundo preto. Utiliza algoritmos de
controle e vence o robô que fizer o
percurso em menor tempo. Jéssica
conta que a ThundeRatz foi campeã
nesta categoria até os Mexicanos começarem a competir no Brasil.
Trekking – Robô grande, autônomo,
cujo desafio é completar um percurso
com cones e placas brancas de 1 m²
dentro de um campo de futebol. Vence aquele que terminar a prova em menor tempo.
Thezolin de Paula e Lucas Rebelo Dal’Bello exibem o
Stonehenge
primeiro nos desafios que participa, tendo conquistado cinco títulos nacionais”, afirma Thezolin.
Jéssica diz que o Stonehenge é um projeto robusto e que já venceu equipes do México e do
Rio de Janeiro, que já participaram da competição do Japão, ficando em segundo e terceiro
lugares, respectivamente. “Estamos otimistas,
pois já ganhamos deles aqui no Brasil, ou seja,
já vencemos equipes que subiram ao pódio no
Japão”, diz confiante.
CATEGORIAS
O desafio robótico começou com o Combate de
Robôs e passou a abranger outras categorias,
como Sumô Rádio Controlado, Seguidor de Linha,
Hóquei e Trekking.
Combate – Esta é a prova que mais chama a atenção do público porque é aço batendo em aço gerando muita faísca com
impacto de toneladas. Tem cinco categorias definidas por peso máximo:
1,36 kg – 5,5 kg – 13,6 kg – 27,3 kg e
55 kg. No exterior existem robôs de
combate com até 110 quilos.
Sumô – Este desafio é dividido
em quatro categorias: Robô de 3
kg Rádio Controlado; Robô de 3
kg Autônomo; Robô de 500 g Autônomo e Robô de 1 kg de Lego
Autônomo. Os autônomos lutam
sozinhos. A ThundeRatz ainda não
tem o robô de 500 g, que está em
desenvolvimento.
HISTÓRIA
Em 1998 a Estrutura Curricular da Poli (EC-2) possibilitou a criação de grupos de extensão, permitindo
que a equipe Los Cuervos fosse criada em 2001 por
quatro amigos que se interessaram pelo combate de robôs - prova que crescia no exterior. A Poli,
Unicamp, Unifei e o ITA se uniram e promoveram
um pequeno campeonato, sendo que cada faculdade participava com sua equipe. Em 2005 a Los
Cuervos foi reformulada e passou a se denominar
ThundeRatz. No mesmo ano começou a ser realizada a Winter Challenge, organizada pela empresa
Robocore, sendo a primeira competição no Brasil
seguindo as regras da Robot Fighting League, dos
EUA, criada em 2002. A Winter Challenge está em
sua décima edição e a ThundeRatz já ganhou diversos campeonatos.
Professor Marcos Barretto, Jéssica Fernanda Kons,
Lucas Rebelo Dal’Bello; Marx Thezolin de Paula e
Gabriel Ribeiro Reis na oficina da equipe ThundeRatz
5
Foto: arquivo Poli Cidadã
IV OFICINA DE CARRINHOS DE ROLIMÃ
crianças da comunidade. Tem carrinho com aerofólio, com proteção lateral reforçada, com desenhos simbolizando o nome da equipe, tudo
decidido pelas equipes. No sábado definiram os
projetos e começaram a construí-los.
No domingo as crianças terminaram os carrinhos
e participaram de um programa de saúde bucal,
pois neste ano a oficina contou com a parceria da
Faculdade de Odontologia e 11 estudantes – a
maioria moças – fizeram palestra e desenvolveram atividades com as crianças, que foram divididas em dois grupos.
Monitores da Poli e da Faculdade de Odontologia posam com alunos da
Comunidade São Remo na IV Oficina de Carrinhos de Rolimã
Com a orientação de alunos e alunas da Escola
Politécnica da USP, jovens da Comunidade São
Remo projetaram e fabricaram cinco carrinhos de
rolimã ao participarem de oficina promovida pelo
programa Poli Cidadã em parceria com o Centro
Acadêmico da Engenharia Mecânica (CAM).
O professor do departamento de
Engenharia Mecânica, Antonio
Luis de Campos Mariani, coordenador do Poli Cidadã, afirma que
o resultado da quarta oficina foi
excelente. “O evento envolveu 30
estudantes da Poli e 17 meninos
e meninas que estudam na Escola Estadual Emygdio de Barros
com o objetivo de despertar e
motivar alunos e alunas de 10 a
14 anos a seguirem uma carreira
técnica”.
Os jovens da comunidade foram
divididos em cinco equipes com quatro crianças
cada. Uma era projetista, que é quem registra no
diário as ideias do projeto; outra era calculista,
que media as madeiras e os eixos para calcular o
centro, aprendendo a trabalhar em equipe e entendendo o porquê estudam matemática; outra
era designer, responsável pelos desenhos do carrinho. A quarta criança cuidava das ferramentas
6
solicitadas para cada uma das tarefas - as escalas
para medir, as chaves para apertar os parafusos,
entre outras. Cada equipe recebeu um diário de
projeto com um roteiro de trabalho; dois eixos de
aço com furos e usinados na ponta para encaixar
o rolamento; e pranchas de madeira. Uma prancha principal para fazer o chassi
e outras para as laterais, freios e
detalhes.
No início dos trabalhos foi feita
uma apresentação sobre a importância dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI), ensinando a trabalhar com equipamento de segurança. Cada criança e cada monitor receberam um
jaleco de proteção, óculos de
segurança, luvas e máscaras para
usarem quando estivessem serrando a madeira. O patrocínio da
FDTE, da Escola Politécnica e da
ASHRAE, viabilizaram recursos para os materiais,
EPIs e ferramentas.
A primeira parte da tarefa foi desenhar o projeto e medir as peças. Mariani conta que cada
equipe desenhou seu carrinho de um jeito e depois as crianças passaram a fabricá-los. “Os projetos foram desenvolvidos a partir da ideia das
Foram montados pequenos consultórios e as
crianças receberam uma cartilha, um kit, e participaram de palestra sobre cárie, alimentação e
importância da escovação correta. Após o almoço o pessoal da Odontologia acompanhou cada
criança para verificar como elas escovam seus
dentes. Depois disso foi feita aplicação de flúor
como complemento da atividade de saúde bucal. “A equipe da Odontologia ficou muito feliz
porque as crianças estão bem orientadas e com
os dentes bem cuidados”, afirmou Mariani.
Pensar no futuro
Ao final da 4ª Oficina de Carrinho de Rolimã
houve uma conversa com as crianças convidando-as a pensar no futuro, visando motivá-las
a estudar em escolas técnicas, mostrando que
o estudo vale a pena e possibilita desenvolver
um projeto, fabricar uma peça, e que adquirir
experiência mais ligada à engenharia é uma
possibilidade. As crianças da Comunidade São
Remo foram estimuladas a estudar em uma
escola técnica como o SENAI ou em Escolas
Técnicas (ETEC). Mariani conta que junto com o
certificado da Oficina, assinado pelo diretor da
Poli, professor José Roberto Castilho Piqueira,
pelo presidente do Centro Acadêmico, Marcus
Pavani, e pelo coordenador do programa Poli
Cidadã, cada participante recebeu um folheto
informando quais são as escolas técnicas na
região onde podem ter um complemento do
ensino médio.
EDUCAÇÃO
QUALI E FDTE OFERECEM CERTIFICAÇÃO
PELA AMERICAN SOCIETY FOR QUALITY
A parceria possibilita que os engenheiros da comunidade politécnica, que atuam
em grandes empresas e na POLI, obtenham a certificação de Engenheiro da Qualidade da ASQ
em cargo de tomada de decisões. Porém, se o
candidato possui curso superior concluído, a necessidade passa a ser de apenas quatro anos de
experiência.
Renata Lerch, Marta Kassab, André S. Gertsenchtein, Mark Olson e João Machado
A FDTE e a QUALI Treinamento & Certificação
formalizaram parceria com objetivo de oferecer
curso preparatório para o exame de certificação
‘Engenheiro da Qualidade’ da ASQ - American
Society for Quality - aos integrantes da comunidade politécnica. O curso é ministrado pela
QUALI em turmas abertas em São Paulo, Rio
Grande do Sul e Minas Gerais e em turmas in
company por todo o Brasil.
jetivo é ter mais profissionais capacitados para
enfrentar os desafios do mundo globalizado,
aumentando a competitividade das organizações brasileiras”, afirma.
A primeira ação da parceria consiste em promover o curso de Engenheiro da Qualidade com
desconto aos integrantes da comunidade politécnica que tenham vínculo com a FDTE. Tanto
os cursos preparatórios, quanto os exames de
certificação estão disponíveis em português
para facilitar o acesso a todos os profissionais
brasileiros.
Para André Steagall Gertsenchtein, diretor superintendente da FDTE, a QUALI trouxe a possibilidade de certificar os engenheiros ligados à FDTE
pela ASQ, organização americana de alcance
mundial. Ele comenta que a importância da qualidade é absoluta. “Não há projeto de engenharia
que possa ser bem sucedido sem o controle de
qualidade, sem técnicas e práticas para as quais
as certificações oferecidas pela QUALI são indispensáveis. Poder oferecer à comunidade politécnica as certificações que a QUALI traz agrega
grande valor para a FDTE e será muito bom para
a comunidade politécnica”, diz.
Marta Kassab, gerente geral da QUALI, comenta que a parceria tem por objetivo fortalecer a
articulação institucional entre as organizações,
promovendo a valorização da área da Engenharia no setor e reconhecimento dos profissionais
certificados. “O Brasil necessita de profissionais
mais capacitados. Essa capacitação passa por
um processo de aprofundamento de conhecimentos e certificação e a parceria possibilita que os profissionais de engenharia de São
Paulo, que atuam nas grandes empresas e na
academia, obtenham a certificação ASQ. O ob-
CURSO PREPARATÓRIO
A certificação de Engenheiro da Qualidade possibilita o conhecimento técnico profundo da área
da qualidade e sua aplicação prática nas organizações. Para estar apto a fazer o curso preparatório ao exame de certificação, o profissional
precisa ter oito anos de experiência prática em
alguma das seguintes áreas: administração e liderança; sistema da qualidade; projeto do produto e processo; melhoria contínua ou métodos
e ferramentas quantitativas. Destes oito anos,
no mínimo três anos, devem ter sido exercidos
A QUALI está com inscrições abertas para o Curso Preparatório para Certificação em Six Sigma
Belt, que será realizado de 1 a 5 de dezembro
em horário comercial, com carga horária de 40
horas. Um profissional certificado em Six Sigma
Black Belt contribui em projetos de inovação, em
redução de custos e para o aumento da competitividade das empresas. No início de 2015 serão
oferecidos os cursos preparatórios para certificação de Engenheiro da Qualidade e Gestor da
Qualidade, ainda sem calendário definido. Os
membros da comunidade politécnica vinculados
à FDTE terão desconto de 10% na inscrição.
EXCELÊNCIA EM GESTÃO
A QUALI Treinamento e Certificação é uma joint
venture do Programa Gaúcho da Qualidade e
Produtividade (PGQP) e ASQ, com o objetivo de
treinar e capacitar profissionais na área de Gestão da Qualidade dentro dos rigorosos padrões
da ASQ, que são aceitos internacionalmente
como referência em qualidade. O PGQP tem a
missão de promover a competitividade sustentável do Rio Grande do Sul para melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio da busca da
excelência em gestão. Criado em 1992, o PGQP
tem como presidente do Conselho Superior
Jorge Gerdau Johannpeter, e do Conselho diretor Ricardo Menna Barreto Felizzola. Referência
internacional, o PGQP soma mais de 1,3 milhão
de pessoas envolvidas, com adesão de mais de
11 mil organizações associadas a uma rede de 80
comitês setoriais e regionais.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Em seus mais de 40 anos a FDTE foi responsável
por projetos pioneiros e inovadores em todas as
áreas da engenharia. Como Fundação de apoio
à Escola Politécnica foi o principal canal para a
transferência de tecnologia para a sociedade e
de investimentos em projetos e pesquisas da
POLI, resultando em ciclo virtuoso em benefício
tanto da sociedade quanto da universidade. A
FDTE tem importância expressiva na expansão
e independência tecnológica do Brasil.
7
O QUE ESTOU LENDO
Foto: Nilton Araújo do Carmo
Túlio Nogueira Bittencourt – professor de Engenharia Estrutural da
Escola Politécnica da USP
e presidente do Ibracon,
Instituto Brasileiro do
Concreto
“No livro “Structures – or why
things don´t fall down”, publicado pela Penguim, o autor, professor James Edward
Gordon, aborda com ele-
gância e profundidade a análise
do comportamento de diversos
tipos de estruturas e diferentes
tipos de materiais estruturais. Ele
apresenta uma abordagem histórica sobre a evolução do tema.
Ao introduzir os conceitos básicos
sobre o comportamento estrutural, ele também avalia e compara
as respostas dos diferentes tipos
de materiais e sua eficiência energética, um tema hoje mais atual
do que na época em que o livro
foi escrito. A eficiência de diversos sistemas estruturais é tratada
de forma clara e desconcertantemente simples para os novatos
e especialistas no tema. Eu diria
que é um livro fundamental para
quem tem interesse ou trabalha
com engenharia de estruturas
com aplicação de materiais tradicionais ou de materiais compósitos mais modernos”.
CURTAS
PREMIAÇÃO - A Área de Concentração em Engenharia de Computação do programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola
Politécnica da USP – Poli-USP promoveu, no último dia 30, o III Workshop de Pós-Graduação da
Área de Pesquisa “Engenharia de Computação”,
realizado no Anfiteatro da Engenharia Elétrica.
O evento tem como intuito promover e fomentar pesquisas na área, bem como divulgar os
trabalhos que estão sendo desenvolvidos. O
workshop ocorre pelo terceiro ano consecutivo graças à grande dedicação e empenho das
professoras Anna Helena Reali Costa e Cíntia
Borges Margi. Na edição deste ano o workshop
foi dividido nas seguintes seções: três palestras
ministradas por professores convidados; apresentação dos trabalhos; apresentação de pôsteres; painel sobre a vida acadêmica e sessão de
premiação.
HOUR OF CODE - Com o objetivo de despertar
nas crianças o interesse pelo aprendizado de ciências da computação, o Centro de Engenharia
Elétrica da Poli (CEE) promoveu, no último dia 8
de novembro, o evento Hour of Code, que visa
ensinar programação para crianças carentes. O
evento, em parceria com a ONG Promove, que
trabalha com crianças carentes, foi realizado no
Labsoft e na sala dos alunos da Energia, onde
há grande quantidade de computadores com
acesso a internet. Cada aluno da Poli monitorou
uma criança e depois de uma explicação sobre o
Hour of Code guiaram as crianças pelo tutorial
desenvolvido pela ONG americana Code.org,
disponível no site http://learn.code.org/hoc/1.
A ferramenta é didática e voltada para crianças
pequenas. A iniciativa promoveu contato de
alunos de Engenharia Elétrica e da Computação
com crianças socialmente menos favorecidas,
estimulando o interesse dos alunos da Poli pela
melhoria da educação brasileira.
Foto: Zé Barreta
Daniel Makoto Tokunaga, professora
Edith Ranzini, Bruno Trevizan de Oliveira e
professora Cíntia Borges Margi
Inscreveram-se 14 trabalhos de mestrado e 17 de
doutorado e a FDTE premiou o melhor de cada
uma das categorias. Segundo a professora Edith
Ranzini, diretora de Assuntos Especiais da FDTE,
a premiação destina-se a patrocinar a participação dos alunos selecionados em conferências ou
congressos que sejam de grande expressão. “A
avaliação sobre a importância da conferência ou
congresso será de responsabilidade do orientador
do premiado”, afirma.
O melhor trabalho de mestrado, intitulado “Method to implement an autonomous Unmanned
Aircraft System and to evaluate midair collision
risk” está sendo desenvolvido por Thiago Toshio
Matsumoto, com a orientação do professor João
Batista Camargo Júnior. O melhor trabalho de
doutorado, intitulado “Global and Local Analysis
of Features Points for Deformable Object Pose
Estimation”, é de autoria de Daniel Makoto Tokunaga, que conta com a orientação do professor
Romero Tori.
Alunos da Poli monitorando crianças da
ONG Promove no evento Hour of Code
Expediente
FTDE
Diretor-Superintendente: André Steagall Gertsenchtein
Diretor de Operações: João Antonio Machado Neto
Diretor Administrativo e Financeiro:
Antonio Carlos Fonseca
Diretora de Assuntos Especiais: Edith Ranzini
CONSELHO CURADOR
Presidente: Nelson Zuanella
Vice-Presidente: Célio Taniguchi
Membros:
Antonio Hélio Guerra Vieira
Claudio Amaury Dall’Acqua
8
Lucas Moscato
Ivan Gilberto Sandoval Falleiros
João Cyro André
José Roberto Cardoso
José Roberto Castilho Piqueira
Endereço: Av. Eusébio Matoso, 1375 – 6º andar
Pinheiros – São Paulo / SP - CEP: 05423-180
Telefone: (11) 3132 - 4000
Jornalista responsável: Luiz Voltolini (MTb - 11.095)
Revisão: Maria Aparecida Masucci
Fotos: Zé Barretta - [email protected]
Diagramação: Samuel Coelho - [email protected]
Tiragem: 1.500 exemplares
Periodicidade: bimestral
A reprodução do conteúdo desta publicação é permitida
mediante autorização prévia e citada a fonte
FDTE Informa é uma publicação da
FDTE - Fundação para o Desenvolvimento
Tecnológico da Engenharia. Disponível
no site da entidade (www.fdte.org.br) e
distribuída gratuitamente.
Os textos e artigos assinados são de inteira
responsabilidade de seus autores.
selo
FSC
Download

Baixar PDF