no 1 - julho/agosto de 2O1O - TRT-MG ROUPA DE A opinião do estilista TRABALHO Ronaldo Fraga JOSÉ ROBERTO Mais um mineiro FREIRE PIMENTA no TST EDITORIAL no 1 - julho/agosto de 2O1O - TRT-MG Toda mudança é um desafio. Assim, depois de quatro anos de circulação (foram 31 edições), o Jornal inTeRaTivo cede espaço para a revista interativa com 12 páginas e periodicidade bimestral. A publicação foi criada com o objetivo de provocar no leitor respostas mais rápidas e efetivas. Queremos que você participe sugerindo pautas, mandando fotos e dando opinião. A base da nova revista é o projeto gráfico, já que ela é mais visual que textual. É o design que faz toda a diferença ao despertar no leitor o desejo de conhecer o seu conteúdo. Serão usadas muitas fotos, gráficos, mapas e infogravuras para ilustrar matérias de comportamento, opinião, entrevistas e informação. Publicação institucional do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região a revista interativa é um projeto da Assessoria de Comunicação Social. Boa leitura a todos! EXPEDIENTE Administração TRT-MG Desembargador Eduardo Augusto Lobato Presidente Desembargadora Emília Facchini Vice-Presidente Judicial Desembargadora Cleube de Freitas Pereira Vice-Presidente Administrativo Desembargador Luiz Otávio Linhares Renault Corregedor Demósthenes Silva Secretário-Geral da Presidência Luís Paulo Garcia Faleiro Diretor-Geral Adriana Spinelli Assessora de Comunicação Social Edição Divina Dias Redação Divina Dias, Márcia Barroso, Margarida Lages, Ruth Vasseur, Solange Kierulff Projeto Gráfico Imaculada Lima Diagramação Evaristo Barbosa, Graça Freitas, Imaculada Lima, Patrícia Melin Estagiária: Débora Hissa Revisão Adriana Spinelli Fotografia Rachel Ameno Impressão Gráfica Periodicidade Bimestral Tiragem 4.200 exemplares Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região Assessoria de Comunicação Social Av. Getúlio Vargas, 265 - 1º e 8º andares 31-3228-7285 - [email protected] 2 agosto de 2010 - revista interativa SUMÁRIO . . . . . 3 . . . . . . Notícias Jurídicas . . . . . . 6 8 . . . . Um olhar sobre a cidade . . . . Agenda . . . . . Quebrando preconceitos . . . . Entrevista . . . . Com que roupa eu vou trabalhar? . . . O twitter, o pássaro Galvão e o TRT . . . . . . . . . . . 9 10 10 11 ENTREVISTA MINISTRO DO TST José Roberto Freire Pimenta Aprovado em primeiro lugar no concurso público para o cargo de juiz substituto do trabalho do TRT da 3ª Região, José Roberto Freire Pimenta tomou posse em 1988. Dois anos depois, assumiu a presidência da então Junta de Conciliação e Julgamento de João Monlevade. Alcançou a Segunda Instância em 2002, pelo critério de merecimento, e o seu último feito, em 2010, foi ter sido escolhido pelo presidente da República, para o cargo de ministro do Tribunal Superior do Trabalho. No TST, dos 27 ministros, ele é um dos quatro egressos do TRT de Minas. Os outros são Carlos Alberto Reis de Paula, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho e Maurício Godinho Delgado. Depois de mais de 20 anos na magistratura, com que expectativa o senhor chega ao TST? JRFP: Minha expectativa é de continuar fazendo aquilo que eu sempre procurei fazer com muito prazer e com muito interesse: prestar uma boa função jurisdicional, ou seja, decidir com justiça, equilíbrio e rapidez. Realizar o que a Constituição Federal promete: o respeito absoluto ao princípio da dignidade da pessoa humana e a concretização, na área trabalhista, da democracia prometida por ela. O que é ser justo, qual é o seu conceito de justiça? JRFP: É uma pergunta muito difícil. O que é de um e o que é de outro? Essa é uma grande questão. Eu diria que existe a justiça ideal, mas essa é imponderável. Existe também a justiça histórica, dos homens. O caminho que eu encontro sempre é o caminho da Constituição até porque minha formação é em Direito Constitucional. Acho que bem ou mal, a norma fundamental, votada legitimamente pelos representantes do povo, expressa em determinado momento histórico, aquilo que é justo. Não é uma resposta absoluta, não é uma resposta perfeita, mas eu acho que é uma resposta satisfatória. O regime democrático ainda é a melhor construção política e social do ser humano. Então a minha chave é a Constituição. Assessoria de Comunicação Social - TRT-MG 3 ENTREVISTA Ministro José Roberto Freire Pimenta Existe julgamento imparcial? JRFP: O magistrado é e deve ser imparcial. Mas há uma diferença entre neutralidade e imparcialidade. O juiz não pode ser neutro diante da injustiça, assim como a lei não é neutra. A lei diz o que é justo e o que não é justo. Então o papel do magistrado é bem aplicar a Constituição e as leis. Ele tem que dar oportunidade igual ou igualitariamente a ambas as partes, para que elas o convençam de quem tem razão. Ou como dizem os juristas alemães, tem que haver a paridade de armas. Ele não pode tratar igual quem tem razão e quem não tem razão, não é? dissídios individuais repetitivos, que são absolutamente Anos atrás, quem recorria à Justiça do Trabalho eram iguais entre si. As empresas muitas vezes deixam de os operários, os comerciários, os bancários. Hoje, há altos cumprir a legislação trabalhista para todos os seus tecnólogos, altos executivos que vêm também à justiça, empregados, já que nem todos reclamam. E aí há uma onde são tratados de forma igual, apesar de virem com injustiça, os chamados “vazios de tutela”, já que nem armas diferentes. Mudou o perfil do reclamante. A Justiça do todos conseguem uma solução final favorável e isso nos Trabalho, que vai fazer 70 anos em 2011, precisa mudar esmaga, a nós magistrados do trabalho, a nós membros também? do poder judiciário trabalhista. Essa explosão de JRFP: É uma observação interessante. Eu diria que demandas não será resolvida enquanto não se tratar esse reclamante novo é também hipossuficiente. Ele coletivamente essas lesões, que são em massa para também depende do seu emprego. Um professor tornar antieconômica a prática dessas lesões repetitivas. universitário ou um jornalista, por exemplo, por mais Enquanto for vantajoso para o empresário continuar bem informado que seja, às vezes tem que aceitar descumprindo reiteradamente direitos trabalhistas, lesões praticadas contra ele, para não perder o vínculo essas demandas não vão deixar de existir. Mas a solução de emprego. Há uma mudança de perfil, mas a não é proibir que os empregados lesados entrem na dependência econômica básica e jurídica ainda existe. A justiça. Seria absurdo! A solução é permitir que esses diferença é que se o operário não qualificado perder o problemas sejam enfrentados globalmente, de forma a emprego, estará à beira da miséria. Já o alto executivo tornar desvantajoso o descumprimento reiterado dessas muitas vezes se beneficia de determinadas situações lesões. enquanto está vinculado à empresa e quando sai, entra Isso foi feito nos países de Primeiro Mundo e o na justiça em busca de todas as vantagens que a lei lhe número de processos trabalhistas diminuiu, oferece. acentuadamente, a partir da década de 70, do século passado. Não há milagres e o empresário brasileiro não Mas o senhor admite que a Justiça do Trabalho precisa mudar? JRFP: Eu acho que ela precisa sempre mudar. é diferente do empresário do Primeiro Mundo. Só que lá não é vantajoso descumprir reiteradamente a legislação trabalhista. Aqui é, infelizmente. Principalmente, porque apesar de ser a justiça que trabalha mais rápido, ela não está conseguindo dar O senhor já disse que é uma honra pertencer ao TRT conta do volume, da explosão de demandas individuais. da 3ª Região. Que avaliação faz deste tribunal, que com a Eu entendo que a solução é o tratamento coletivo desses sua ida para Brasília, passa a ter quatro ministros no TST? 4 agosto de 2010 - revista interativa ENTREVISTA Ministro José Roberto Freire Pimenta JRFP: A sensação é de orgulho e de responsabilidade. Nosso tribunal é um tribunal de peso. As decisões da 3ª Região têm relevância. Eu espero corresponder bem à confiança que me foi depositada e agradecer o carinho e o apoio dos colegas da 3ª Região. Com a aposentadoria do ministro Eros Grau, em 2 de agosto, o presidente Lula deve fazer a sua última nomeação para o Supremo Tribunal Federal. Pela sua própria história, será que esta é a hora do presidente nomear alguém da área trabalhista para o STF? JRFP: Bom, é uma questão difícil. Mas seria extraordinário, seria algo importantíssimo a escolha de alguém da área trabalhista, como a última nomeação do presidente Lula. Para ele, que veio do movimento sindical, este ato teria um significado simbólico importante e seria um coroamento de todo esse esforço de preservação do direito do trabalho, da valorização dos direitos fundamentais sociais. Eu acho que seria fantástico, agora o que vai acontecer, não se sabe. Que contribuição o senhor pretende dar ao TST? JRFP: Eu espero continuar fazendo no TST, o mesmo que procurava fazer aqui, no TRT mineiro. Ao lado de outros ministros que já têm essa mesma visão, uma visão comprometida com a preservação do Direito do Trabalho, com a concretização dos direitos do trabalho prometidos na Constituição, como direitos fundamentais e procurar tornar realidade a democracia no plano trabalhista. Sei que não vai ser fácil. O volume de processos lá é extraordinário, mas acho que, com a minha experiência no campo processual de tutela coletiva, talvez eu possa ajudar a solucionar esse grande problema, com o qual o TST hoje se defronta. A informação que tenho é que, ao assumir, vou receber de 11 a 12 mil processos de resíduos. Fora um número de 800 a mil processos novos por mês. Então, para reduzir esse resíduo, eu, como relator, terei que julgar mais de mil processos por mês. Isso é um número assustador! O que vai levar de Minas para Brasília ? JRFP: Eu levo a cultura mineira. A cultura da agregação. Eu não diria da conciliação. O mineiro consegue conviver com os contrários, com as adversidades. O papel de Minas Gerais na federação é um papel de equilíbrio, que vem sendo desempenhado ao longo da história brasileira. Assessoria de Comunicação Social - TRT-MG 5 CAPA COM QUE ROUPA EU VOU TRABALHAR? A dúvida de muitas mulheres (ou quase todas) Diz- se que competência é o que interessa, mas que o jeito de se vestir conta pontos, isso conta! Há até quem afirme que se você quer ser uma pessoa de sucesso, tenha a aparência de uma pessoa de sucesso. Exageros à parte, um guarda-roupa com peças adequadas e de boa qualidade não é vaidade, é uma ferramenta de trabalho que valoriza ainda mais o bom profissional. Para o estilista mineiro Ronaldo Fraga, o termo em inglês dress code define bem o que usar em cada ocasião. Ele acha que no Brasil, ainda há uma grande confusão a respeito do assunto. Muitas pessoas vão trabalhar como se estivessem indo para uma festa de casamento ou a um clube de lazer. Para Ronaldo, isso acaba provocando uma série de equívocos. A roupa que você escolhe para trabalhar tem a tarefa de Assessoria/Ronaldo Fraga passar o conceito de onde você trabalha e de quem você é. Mas não pense que roupa de trabalho é roupa careta, cinza ou azul-marinho, o tempo todo. Para os entendidos no assunto, usar este tipo de roupa, discreta e muito tradicional, pode passar uma imagem falsa e conservadora de uma pessoa e de onde ela trabalha. E nem sempre é isso que a instituição espera de você. Ronaldo Fraga acha que a roupa para trabalhar deve ser confortável... Liberdade de escolher o que usar implica em responsabilidade. Mesmo com o casual ditando algumas regras, na hora de se vestir para trabalhar, use o bom senso. No universo do “trabalho”, devemos saber que a roupa lembra o cargo. Imagine-se despachando com um juiz, vestido de metaleiro? Ou uma oficial de justiça, vestida de Lady Gaga, entregando mandado? Vestir-se de maneira adequada é um sinal de respeito para com os outros e para com você mesmo. Para não errar, especialistas sugerem uma fórmula muito simples para a escolha da roupa adequada, no dia-a-dia do trabalho. Experimente! 6 agosto de 2010 - revista interativa moda ias da c n ê d Ten + ssoal e p o l i Est + sa empre a d l i f Per ado + o ocup g r a c do Perfil Acima: Denise Chaves, que não vive sem salto e Zilda de Jesus Sabino, da SGP, que vai de um prédio para outro e conserva a elegância, mesmo usando salto baixo. Ao lado: Maria Virgínia Figueiredo Costa, que trabalha em gabinete, usa blusa branca com jeans, o coringa de qualquer guarda-roupa. Abaixo: Desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria, naturalmente elegante e Cristina Meniconi Rezende, da ACS, que usa e abusa dos acessórios Fale com o editor Se você gostou deste assunto, sugira outro para uma próxima matéria. Ou escreva um texto do tamanho deste e mande que a gente publica. Seja jornalista por um dia! Assessoria de Comunicação Social - TRT-MG 7 NOTÍCIAS JURÍDICAS DESTACA Nesta seção, vamos repercutir temas interessantes tratados nas Notícias Jurídicas, comentando decisões que deram o que falar. Neste número, enfocamos as dificuldades encontradas pelo juiz, na coleta e análise da prova Margarida Lages ASSÉDIO MORAL EM UMA PALAVRA O JUIZ O juiz José Nilton Ferreira Pandelot, titular da 1ª VT de Juiz de Fora, analisou um caso de assédio moral, divulgado no NJ do dia 8 de julho, em que o trabalhador alegou ser vítima EA ANÁLISE DA PROVA de perseguições intensas por parte do seu supervisor. Para os juízes, a grande dificuldade desse tipo de processo é a constituição da prova, pois quem pratica o assédio geralmente não deixa pistas. Então, o que se tem é a palavra de um contra a do outro, testemunhas amedrontadas, que pouco falam, ou indícios não verbais, a que o julgador tem de estar atento, pois é com base nelas que vai decidir a demanda. Para resolver o caso, o juiz empreendeu um estudo complexo de todos os elementos colhidos no conjunto probatório, inclusive a fala, o olhar e a entonação dada a uma única palavra, no depoimento prestado pelo supervisor. Conta o juiz: “As singelas respostas às perguntas não teriam maior destaque, não fosse a ênfase dada pela testemunha na última resposta. A pergunta foi direta e seca: o senhor já puniu o reclamante? A resposta da testemunha, após olhar para o autor, foi: ainda não”. O magistrado cita o artigo 131 do CPC, pelo qual o juiz é livre para apreciar a prova, desde que indique na sentença, os motivos que o levaram à decisão. E, ao colher o depoimento do supervisor, o juiz pode captar a ênfase dada à sua resposta, avaliar a entonação, o gestual, o olhar da testemunha para o autor, e tudo isso vai ser decisivo na formação do seu convencimento. “É certo que não se assemelham o “ainda não” da testemunha, com o “não chore ainda não...” de Chico Buarque de Holanda. Nem se está julgando o que a testemunha ou suposto algoz pretende fazer, mas sim o que efetivamente praticou, no período anterior ao ajuizamento da ação. Nesse aspecto, percebe-se da frase “ainda não”, a nítida ideia de ameaça futura. Também dela se extrai – pela cadência, andamento, ritmo e contexto em que foi dita – a confirmação das práticas passadas, como a imposição ao obreiro, de permanente estado de tensão”, conclui, condenando a empresa a pagar ao empregado indenização por dano moral, no valor de 15 mil reais. A PROVA, AO VIVO E EM CORES Outra decisão que deu “pano pra manga” foi o caso da empregada proibida de entrar no local de trabalho, porque estava usando um vestido verde, um pouco acima dos joelhos. A notícia foi ao ar em 27 de maio. A trabalhadora protestou indignada, afirmando que não havia nada de inadequado em sua roupa e que foi exposta a uma situação constrangedora e humilhante perante terceiros. Para provar, ela compareceu à audiência usando o mesmo vestido verde, pivô do conflito. Ao observar a roupa, o juiz José Marlon de Freitas, da 34ª VT de Belo Horizonte, teve certeza de que a atitude patronal foi desproporcional e injusta. Até porque, segundo o magistrado, a preocupação com uma simples peça do vestuário não pode servir como justificativa para as humilhações sofridas pela trabalhadora. A empresa foi condenada a pagar à empregada indenização de 5 mil reais, por danos morais. Quer saber mais? Confira diariamente o Notícias Jurídicas, no site do TRT www.trt3.jus.br 8 agosto de 2010 - revista interativa O PÁSSARO O twitter, GALVÃO E O TRT Em junho, ainda durante a malfadada Copa do Mundo, o locutor esportivo da Rede Globo Galvão Bueno foi alvo da campanha “Cala a boca Galvão”, que movimentou em seus melhores dias, mais de 250 mil pessoas pelo Twitter. Metamorfoseada em “Salvem o Mas o que é mesmo Twitter? O serviço faz parte das redes sociais, criadas com o objetivo de conectar Galvão” por brincadeira dos brasileiros, que afirmaram a pessoas que possuem interesses comuns e estrangeiros que Galvão é um pássaro em extinção na compartilham seus hobbies, escolaridade, profissão ou floresta amazônica, por causa de suas penas utilizadas qualquer outra coisa que queiram compartilhar na no carnaval carioca, a campanha mostrou a força do Internet. Isso tudo limitado a 140 caracteres por Twitter no Brasil: são mais de 10 milhões de contas de mensagem. usuários. Twittar (que já virou verbo), mais que uma febre Se no mundo, o microblog ocupa o terceiro lugar ou uma moda, hoje é um vício! Quase todo mundo está na preferência dos internautas, no Brasil, ele é um twittando, para o bem ou para o mal. Seja para contar campeão: os brasileiros são os mais ativos no Twitter, detalhes da vida alheia ou prestar informações à aproximadamente 15% dos usuários do planeta. população, como têm feito várias instituições brasileiras. O TRT da 3ª Região já tem o seu Twitter (TRT3imprensa), a exemplo do Supremo Tribunal uisito? q s e e m o E este n ngman, o L o i r á n Pelo dicio o canto Twitter é s s pássaro o d o d a t r entreco r sons o p o d a z i caracter agudos. e s o d a t i curtos, ag cones de í s e l e u q a Por isso, os fofos. passarinh am? Entender Federal, instituição pública de maior prestígio no Brasil, cujo Twitter tem mais de 24 mil seguidores. A informação é do Twitterank, site que mede a relevância dos participantes da rede. As instituições públicas ou privadas têm que entender as características desse serviço, para realmente tirar partido dele. É bem verdade que o propósito do Twitter é a troca de informações. Mas será que vamos cair no vazio das poucas palavras, como acreditava o escritor e prêmio Nobel de Literatura José Saramago? Recentemente falecido, ele preconizou que "os tais 140 caracteres refletem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo, como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido". Quem viver verá. TRT3imprensa Assessoria de Comunicação Social - TRT-MG 9 UM OLHAR SOBRE A CIDADE Os ipês de Belo Horizonte, já floridos, aos poucos vão espalhando um cheiro de primavera pela cidade! Solange Kierulf - ACS Ipê no canteiro da Av. Getúlio Vargas, em frente ao edifício-sede do TRT, em Belo Horizonte Fale com o editor Alguma coisa chamou a atenção na sua cidade, que mereça ser compartilhada com os colegas da JT? Mande a foto que vamos publicar neste espaço ([email protected]) AGENDA 2a6 6 12 e 13 16 e 17 20 20 27 6 10 10 13 17 AGOSTO 3ª Semana de Formação Inicial Complementar – Local: Escola Judicial Projeto Leis &Letras – Palestra e Lançamento livro Direitos e Fundamentos entre a Vida e a Arte Coordenadora do livro e palestrante: Juíza Taísa Maria Macena de Lima/TRT-MG – Local: Auditório do TRT-MG Oficina sobre Trabalho Escravo e a Efetividade da Jurisdição na Prevenção e Sanção à sua Ocorrência (Parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República) – Local: Uberlândia (MG) I Encontro de Magistrados do Foro da Justiça do Trabalho de Belo Horizonte, Titulares e Auxiliares Local: Rua Curitiba, 835 – Belo Horizonte Projeto Leis &Letras – Palestra e Lançamento livro Honorários Advocatícios Autor e palestrante: Desembargador Antônio Álvares da Silva/TRT-MG – Local: Montes Claros/MG Projeto Leis&Letras – Palestra e Lançamento do livro Direito do Trabalho Contemporâneo Autora e palestrante: Juíza Christiana D'Arc/TRT-RO/AC – Local: Auditório do TRT-MG Palestra: Avanços e Recuos da Legislação Trabalhista – Desembargador aposentado Márcio Túlio Viana/TRT-MG Local: Poços de Caldas/MG SETEMBRO Curso de Extensão – Direito do Trabalho – Parte 1 (Parceria da UFMG com Università degli Studi di Roma "Tor Vergata") – Local: Belo Horizonte/MG Projeto Leis&Letras – Palestra e Lançamento do livro Imagens da Justiça – Autores e palestrantes: Juíza Mônica Sette Lopes/TRT-MG e professor Bruno Amaro Lacerda – Local: Auditório do TRT-MG Seminário sobre Saúde Mental e Trabalho – Local: Juiz de Fora/MG Início do Curso de Formação Continuada em Administração de VT a distância – Enamat – Meta 08 – CNJ Entrega da Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho Desembargador Ari Rocha do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região – Belo Horizonte/MG 10 agosto de 2010 - revista interativa E QUEBRANDO PRE CONCEITOS computadores, os magistrados do trabalho poderão agora utilizar outro meio de comunicação para troca de saberes e construção horizontalizada e colaborativa de conhecimentos, que é a Educação a Distância por meio da plataforma moodle. Adotada pela Enamat e também implantada no TRT da 3ª Região, a plataforma moodle permite a realização de cursos a distância que, além de manter as vantagens da educação não presencial, na modalidade Juíza Graça Maria Borges de Freitas Titular VT/Formiga – Membro do Conselho assíncrona (ou seja, que permite o acesso ao conteúdo Consultivo da Escola Judicial do TRT-MG do curso em qualquer ponto do planeta que tenha conexão à internet e no horário que for mais conveniente para o participante), também incorpora a filosofia do Em tempos de mudanças sociais constantes, a construtivismo e da inteligência coletiva, ao permitir que formação profissional continuada ganha relevo, pois a cada participante possa colaborar com o aprendizado obsolescência dos conhecimentos adquiridos ocorre de do seu grupo aportando elementos novos aos maneira muito mais rápida. conteúdos propostos e construindo conceitos Estima-se que, a cada cinco anos, cerca de 50% coletivamente, por meio das discussões propostas. dos conhecimentos técnicos aprendidos tornam-se Além de cursos específicos, que se encontram em ultrapassados, de modo que a cultura da formação fase de preparação na Escola Judicial mineira, os permanente é elemento fundamental para o bom magistrados da 3ª Região terão oportunidade de exercício de qualquer profissão. participar de cursos a distância elaborados pela Enamat Os magistrados em geral, especialmente em face e que serão aplicados pelas Escolas Regionais de todo o da organização do seu trabalho, que exige, não raro, Brasil, com o acompanhamento de magistrados tutores. isolamento profissional de seus pares, devido à Ainda no ano de 2010, com vistas a cumprir a distribuição física das Varas pelo vasto território meta 8 do CNJ, vários magistrados da 3ª Região terão nacional, desenvolvem, naturalmente, uma cultura de oportunidade de fazer o primeiro curso a distância formação voltada para o autodidatismo. O compartilhamento de idéias e a confrontação de produzido pela Enamat, que terá como tema Administração de Varas do Trabalho. pontos de vista, todavia, é fundamental para o A turma piloto do curso já se encontra em aprendizado crítico, especialmente na área jurídica, em andamento, sendo seus participantes (César Machado, que os conhecimentos dependem, quase Adriana Sena, Vitor Salino e Graça Freitas), futuros exclusivamente, do uso da linguagem verbal, sempre tutores das turmas que vierem a ser realizadas pela sujeita a interpretação. Enamat. Além disso, o Direito está entre os ramos dos A Escola Judicial está empenhada em fazer com conhecimentos sociais aplicados e, portanto, é sujeito a que a Educação a Distância seja uma modalidade de questionamentos de diversas ordens (culturais, formação cada vez mais presente entre os magistrados ideológicos, políticos, morais, econômicos) pelos mineiros e para que seja tão apreciada quanto a diversos saberes que o tomam como objeto, sendo um educação presencial. conhecimento, portanto, naturalmente tendente à A realização de cursos entre colegas distanciados interdisciplinaridade. por muitos quilômetros e em ambiente colaborativo Com o surgimento das novas tecnologias, as redes será, com certeza, mais um elemento a contribuir para de comunicação social e os grupos de discussão a a excelência dos serviços prestados pelo TRT da 3ª distância se tornaram comuns em diversas profissões, Região e para a valorização e o reconhecimento do seu não fugindo a magistratura a essa regra. corpo de magistrados e servidores. Já habituados ao uso da rede mundial de EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO Assessoria de Comunicação Social - TRT-MG 11