CLIMATOLOGIA 2
Prof. Dr. Emerson Galvani
Departamento de Geografia - USP
Intervenção Antrópica
CONTROLES ou FATORES
Morfologia urbana
ATRIBUTOS ou ELEMENTOS
Modificações no comportamento dos atributos climáticos
FENÔMENOS
Respostas próprias do clima urbano aos controles e atributos do
clima.
Controles Climáticos
 Instalação de equipamentos urbanos
(parques, praças, edifícios, áreas
industriais, residencias....)
 Verticalização urbana
 Ocupação desordenada
 Impermeabilização do solo
Rugosidade da superfície
Variação dos atributos
Atributos Climáticos
Atributos Climáticos
 Índice de Pluviosidade – Enchentes
 Radiação solar – Balanço de radiação
 Temperatura – Ilha de calor e inversão térmica
 Vento – Campos de vento
Fenômenos Climáticos
Fenômenos urbanos
 Ilhas de calor - Variação de temperatura ao longo da
mancha urbana;
 Enchentes - Variação dos índices
pluviométricos/aumento do escoamento superficial;
 Inversão térmica - circulação das massas de ar
quente/frio;
 Campos de vento - variação da pressão
atmosférica/atritos de superfície;
 Balanço de radiação - acúmulo de energia/variação de
temperatura;
 Chuva ácida - circulação do ar/concentração de
poluentes.
Balanço de radiação – ilha de calor
ALBEDO - índice de reflexão
TEMPERATURA
Varia de 0 (Corpo negro) a 1 (Espelho)
ENERGIA
Radiação solar
Radiação solar
25%
Refletida
5%
Refletida
 ACÚMULO DE ENERGIA
Ilhas de Calor





Impermeabilização do solo;
Densidade urbana/Morfologia urbana;
Concentração de poluentes;
Produção de energia;
Escassez áreas verdes.
•Instabilidade climática na mancha urbana;
• Precipitações de fim de tarde - verão;
Ilhas de Calor
O nome ilha de calor dá-se pelo fato de uma cidade
apresentar em seu centro uma taxa de calor mais
elevada, enquanto em suas redondezas a taxa de
calor é normal.
O ar atmosférico na cidade é mais quente que nas
áreas circundantes. Por exemplo, num campo de
cultivo que situa-se nas redondezas de uma grande
cidade, há absorção de 75% de calor enquanto no
centro dessa cidade a absorção de calor chega a
significativos 95 a 98%.
Fatores de ocorrência
Ocorre nos centros das grandes cidades devido aos seguintes
fatores:
* Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies
urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto,
telhas de barro e de amianto;
* Falta de áreas revestidas de vegetação, diminuindo o
albedo,
o
poder
refletor
de
determinada
superfície(quanto maior a área verde, maior é o poder
refletor) levando a uma maior absorção de calor;
* Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio
da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo
de evaporação, assim não usando o calor, e sim
absorvendo;
Fatores de ocorrência

Concentração de edifícios,
circulação dos ventos;

Poluição atmosférica que retém a radiação de raios
infravermelho, causando o aquecimento da
atmosfera(Efeito Estufa);

Utilização de energia pelos veículos de combustão
interna, pelas residências e pelas indústrias,
aumentando o aquecimento da atmosfera;
que
interfere
na
Córdoba, ES
Córdoba, ES
Córdoba, ES
Goiânia, GO
Goiânia, GO
Brisa de campo, Córdoba, ES
Ilha de Calor, Londrina, PR
Chuvas Intensas, RMSP e arredores
Oke & Hunnell (1974) relacionaram a amplitude
máxima da ilha de calor com a população do núcleo
urbano, no caso de clima temperado, como sendo:
Δu  r max  2,01* Log(P) 4,06
Onde P é a população do núcleo urbano. A exemplo
de Córdoba, ES, com 300.000 habitantes em 1987 o
valor máximo da ilha de calor seria da ordem de 7,0o
C próximo ao valor médio obtido que foi de 8,1o C.
Inversão Térmica
21/08/2003 - 17h59 - Publicidade da Folha Online
Inversão térmica piora a qualidade do ar em São Paulo
São Paulo teve hoje piora na qualidade do ar devido à inversão térmica
(fenômeno que dificulta a dispersão de poluentes) no nível da
superfície.
Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental), quanto mais baixa a inversão, pior a qualidade do ar.
De acordo com a companhia, a causa é a falta de chuva e vento, devido
a uma massa de ar seco que está sobre o Sudeste.
A Cetesb registrou qualidade inadequada do ar em cinco das 29
estações - em Santana, Mooca, Ibirapuera, Cubatão-Villa Parisi e
Paulínia.
A tendência é que a qualidade do ar piore nos próximos dias, pois uma
frente com chuva está prevista para entrar sobre a região apenas na
próxima segunda-feira.
http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/ar_geral.asp
Atividade
Grupo: 6 integrantes
 Com a carta topográfica que cada gripo recebeu
identifique uma área de estudo: uma bacia
hidrográfica, por exemplo, ou um núcleo urbano, um
bairro, um setor....
 Que hipóteses poderiam ser levantadas sobre o
micro-clima desta área? (onde se aquece mais, por
que, quanto e que atributos e controles influenciam);
 Onde seria instalado os equipamentos para
comprovar sua hipótese? Que equipamentos?
Quanto tempo de medição? Aliás será necessário
trabalho de campo ou somente de escritório?
 Como você apresentaria os dados? Gráficos ou
mapas de isolinhas? Seria possível delimitar as
unidades climáticas?
Materiais

Carta topográfica

Carta Geomorfologia

Carta expansão urbana

Plano Metropolitano

Dados sócio-econômicos/físico territoriais

RMSP - Municípios: área urbanizada/outros usos do solo
Bibliografia
BASCÓN, P. D. (1999) Clima, medio ambiente y urbanismo en Córdoba. Colección
Estudios cordobeses. Córdoba.
FORSDYKE, A. G. (1978) Previsão do tempo e clima. Prisma - O conhecimento em
cores. São Paulo: Melhoramentos .
LOMBARDO, M. A. (1985) Ilha de calor nas metrópoles - o exemplo de São Paulo. São
Paulo: Hucitec.
MONTEIRO, C. A. F. (1975) Teoria e Clima Urbano. Tese apresentada ao concurso de
livre docência. São Paulo: USP/FFLCH/DG.
NETO, J. L. S. org. (2002) Os climas das cidades brasileiras. Presidente Prudente:
UNESP/FCT/Pós-Graduação em Geografia/Laboratório de Climatologia.
TARIFA, J. R. & AZEVEDO, T. R de org. (2001) Os climas na cidade de São Paulo:
teoria e prática. GEOUSP - Coleção novos caminhos. São Paulo: USP/Laboratório
de Climatologia/DG/FFLCH.
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