ÍNDICE Nota de Introdução .................................................................... 2 Descrição dos Objectivos e Avaliação dos Resultados de 2010 ......... 3 Apoio ao Associado .......................................................... 3 Abrigo da Geira ............................................................... 6 Serviços Médicos ............................................................. 7 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho .......................... 10 Recursos Humanos ........................................................ 12 Qualidade ..................................................................... 13 Desenvolvimento ........................................................... 14 Intervenção Social ......................................................... 18 Infantário Flor de Abril ................................................... 22 Gestão de Equipamentos ................................................ 23 Conclusão ............................................................................... 25 Apreciação à situação Económica e Financeira ............................. 26 ANEXOS Balanço Demonstração de Resultados Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados Parecer do Conselho Fiscal 2 1 NOTA DE INTRODUÇÃO Estimad@s Associad@s, No cumprimento das disposições estatutárias, ao Conselho de Administração cumpre apresentar o Relatório de Gestão e Contas relativo ao exercício de 2010, suportado pelo Parecer do Conselho Fiscal, que serão submetidos à apreciação e votação da Assembleia Geral. O ano de 2010 ficará assinalado pelos efeitos do agravamento da crise financeira, económica e social, afectando significativamente a maioria das famílias e particularmente os nossos associados. De salientar a redução de desistências relativamente ao ano anterior em cerca de 50%, especialmente nos associados de poupança, evitando assim os resgates correspondentes. Também verificamos a redução de consultas em cerca de 10%, sendo de realçar o aumento significativo do número de consultas de medicina no trabalho em cerca de 35%. Comparativamente ao orçamento apresentado, de referir a falta de financiamento das candidaturas apresentadas, nomeadamente os programas do POPH (formação profissional), mantendo-se todos os acordos e comparticipações com Instituto da Segurança Social, permitindo manter os projectos sociais. Relativamente ao desenvolvimento das actividades e valências, verificamos uma aproximação dos associados à Associação, derivado das acções levadas a cabo na clínica, com informação dos vários serviços e particularmente na adesão dos associados ao serviço de assistência médica nocturna, provocando uma assinalável recuperação de quotas em atraso. O relatório apresentado reflecte uma gestão criteriosa dos recursos, humanos e financeiros, traduzindo rigor e credibilidade às contas. O Conselho de Administração deseja expressar o seu reconhecimento a todos os contribuíram para o desenvolvimento da Associação, nomeadamente: Trabalhadores, Colaboradores, Entidades Públicas, Parceiros e Clientes. Porto, 15 de Março de 2011 O Conselho de Administração Carlos Manuel Salgueiral de Morais José Azevedo Oliveira Mário Barbosa Ferreira Damiana Filipa Santos José Emanuel Trancoso 3 2 DESCRIÇÃO DOS OBJECTIVOS E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 2010 2.1. Apoio ao Associado Objectivos Promover meios para uma participação mais activa dos associados, na busca de soluções e na partilha de responsabilidades estratégicas da Instituição; Criar novos serviços e modalidades complementares de previdência que permitam assegurar aos associados e familiares garantias de retaguarda nas diferentes áreas: saúde, apoio à infância, idosos e emprego; Apostar na inovação gerando novas ofertas mutualistas para os restantes elementos do agregado familiar. Resultados No decorrer do ano de 2010, proporcionámos aos nossos associados as novas modalidades complementares de previdência, designadamente os Planos de Protecção Jovem, Complemento por Desemprego, Poupança Reforma e Complemento de Reforma. Para a difusão destes produtos mutualistas, a Mutuália disponibilizou uma “banca promocional” nas instalações da nossa Clínica Médica. Simultaneamente, através do protocolo com o SMP - Serviço Médico Permanente - alargámos o horário dos nossos serviços de saúde prestados ao associado e respectivo agregado familiar, durante o período das 20h00 e as 06h00. Este serviço não tem quaisquer custos de adesão, apenas uma taxa, no caso de utilização, de 20 euros. Ainda numa perspectiva de proximidade e apostando em novas formas de divulgação e promoção dos nossos serviços aos associados e familiares, parceiros e clientes, criámos um Espaço De Informação – EDI – no qual está disponível a informação sob forma de flyers, cartazes, boletins, folhetos e, ainda, onde são prestadas informações por um colaborador no caso de solicitação. O EDI está localizado na Clínica Médica e é apoiado pela recepção da mesma, funcionando todos os dias, durante o horário laboral. Colocámos, ainda, ao dispor do associado, novos meios de acesso à informação dos nossos serviços e actividades, criando uma página no Facebook, melhorando a nosso site fornecendo actualizações diárias, permitindo assim, que o associado esteja permanentemente actualizado. De referir que do total dos 4.094 associados até ao final de 2010, a maioria dos associados subscreveu 2.812 Planos de Saúde, 1.107 subscreveram Planos de Poupança e 175 Planos Mistos. Gráfico 1 4 Analisando agora os dados quantitativos dos resultados de 2010, relativamente às novas subscrições – gráfico 2 - verifica-se que a subscrição de novos planos de Saúde foi pouca significativa, tendo-se registado uma evolução de 16 novos planos comparativamente ao ano anterior e mantendo-se o número de novos Planos de Poupança – 3. Importa referir que a grande maioria das novas subscrições foram realizadas na clínica médica, espelhando que o principal motivo das subscrições é a utilização dos serviços médicos. Estes resultados reflectem as dificuldades financeiras da sociedade portuguesa, quer pelo elevado índice de desemprego, quer pelos sucessivos aumentos dos custos gerais das famílias: a alimentação, a educação, a habitação e a saúde. Assim, não há possibilidades de poupar e a preocupação na prevenção da saúde é muito menor, dada a conjuntura geral e a desmotivação dos portugueses. Gráfico 2 O gráfico seguinte diz respeito às desistências ocorridas em 2010, verificando-se que houve um total de 69 desistências - 64 desistências da modalidade Planos de Saúde e apenas 5 dos Planos de Poupança. Os resultados obtidos em 2010 revelam, comparativamente a 2009, um aumento da oportunidade de poupança e um maior número de associados (menos 29 desistências do que em 2009) que, apesar das dificuldades, optaram por manter assistência médica através da nossa clínica. São resultados que perspectivam fidelização dos nossos associados. uma melhoria dos resultados na Gráfico 3 5 Objectivo Expandir actividades promovendo o educativo e profissional dos associados. 2 . 1 1 Resultados desenvolvimento sociocultural, Foi apresentada candidatura para um plano de formação profissional para activos desempregados, considerando 4 cursos financiados correspondendo às necessidades dos associados e prevendo estágio e respectiva empregabilidade no 3ª sector a posteriori da formação. Foram estabelecidos acordos com dois Centros de Novas Oportunidades para reconhecimento e validação de competências dos associados e respectivos agregados familiares a nível básico e secundário, a funcionar na Casa das Glicínias. Foram realizadas várias iniciativas gratuitas diárias na Casa das Glicínias, que estão reflectidas nos resultados dos Centros Comunitário e de Convívio, cuja participação dos associados é preferencial. Objectivo Desenvolver o sector da saúde através de parcerias, permitindo benefícios aos associados mais velhos e/ou às pessoas com doenças, através da criação de serviços especializados a custos mutualistas. Resultados Aguarda-se, desde 2009, deferimento do Centro Distrital da Segurança Social do Porto para co-financiamento de um centro de dia para 25 pessoas com pequenas demências. Após várias reuniões com os responsáveis desta resposta social do CDSSP, continuamos a aguardar uma resposta afirmativa. Foi elaborado um estudo técnico e realizada uma auscultação informal sobre as necessidades para criação de um Centro de Dia para doentes com Alzheimer e de um Serviço de Apoio Domiciliário, dirigidos apenas a associados. A sua implementação será realizada assim que as condições socioeconómicas forem as mínimas asseguradas para a sua sustentabilidade. 2.2. Abrigo da Geira Objectivo Promover a divulgação do Abrigo da Geira aos associados, alargando a sua ocupação através de acções promocionais e ofertas nas comemorações de aniversário. Resultados Durante 2010, alargámos os meios de promoção da Moradia Turística Abrigo da Geira: distribuição de flyers e cartazes por associados, clientes e beneficiários da Associação | envio de flyers para bases de dados de correios electrónicos | página do Facebook | site da Associação | site do Abrigo da Geira | divulgação directa e diária no EDI. 6 O número de reservas efectuadas em 2010 foi no total de 477 reservas, das quais 166 resultaram da oferta aos novos associados e aos associados no dia do seu aniversário. Analisando o gráfico abaixo apresentado, é possível perceber que os meses de Verão são aqueles que atraem um maior número de clientes para este serviço, embora o último trimestre de 2010 também apresente uma taxa de ocupação bastante considerável. Gráfico 4 Objectivo Desenvolver acordos com parceiros, dando a conhecer este serviço. Resultados Mantiveram-se os acordos já estabelecidos e a oferta de serviços de lazer. Neste sentido foi estabelecido um contacto com a Rios e Trilhos – Eventos e Exposições, empresa de realização de eventos out-door, para organização de novos programas de fim-de-semana com actividades lúdico-desportivas. 2.3. Serviços Médicos Objectivo Apostar no crescimento destes serviços aos associados. Resultados Os resultados das consultas em 2010 sofreram uma diminuição de 1.134 consultas comparativamente com 2009 – 1.395 consultas, verificando-se uma ligeira recuperação relativamente ao ano anterior. Gráfico 5 7 No entanto, importa analisar quais os actos médicos que, em 2010, foram alvo deste ligeiro défice. O gráfico 5 reflecte que as consultas em medicina dentária foram as que tiveram maior dimensão (3.572), seguindo-se as especialidades em geral (3.225). De realçar que as consultas de medicina e acidentes de trabalho começam a consolidar uma posição na tabela de consultas efectuadas anualmente (943) e que são resultado dos novos contratos realizados pelo serviço de SHST. Gráfico 6 Não obstante a perda não ter sido muito significativa, a falta de crescimento é, para nós, uma preocupação, mas que reflecte a actual conjuntura económica e social, colocando a população em geral, perante grandes dúvidas quanto às suas prioridades na vida…e a prevenção da sua saúde tem sido adiada perante outras dificuldades financeiras. Por último e ainda com vista ao crescimento e alargamento dos serviços médicos, foi proporcionado (já referido) o alargamento do horário dos serviços de saúde ao domicílio, para todos os associados, entre as 20h as 6 horas, apenas com um custo de taxa de utilização. No âmbito deste objectivo e numa perspectiva de crescimento sustentado, foram contratados médicos para clínica geral, medicina dentária e medicina no trabalho, permitindo o alargamento dos horários destes serviços, não só aos sábados de manhã, como a periodicidade das consultas. Objectivo Criar novos gabinetes, optimizando o espaço existente. Resultados Tal como previsto para 2010, foram criados gabinetes para Medicina no Trabalho e Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho, optimizando o espaço existente e permitindo a concentração das equipas no mesmo espaço físico. Objectivo Fomentar parcerias com os sectores público e privado nesta área, de modo a aumentar os proveitos e obter subscrições de planos de saúde. 8 Resultados No que se refere a este objectivo, foram empreendidos alguns esforços, nomeadamente com Centros de Saúde das freguesias circundantes. Contudo, a sua concretização não foi possível ainda. Objectivo Promover a qualificação profissional e a eficácia dos serviços. Resultados Para a melhoria da qualidade no atendimento ao associado, foi elaborado um Manual de Atendimento e realizadas 2 edições do curso “Comunicação no Atendimento”, nas quais participaram um total de 15 colaboradoras. Contudo, no sentido de melhor avaliar os resultados da formação, será necessário aferir, em 2011, o impacto da formação directamente no posto de trabalho. Objectivo Elaborar o manual da Qualidade dos Serviços Médicos e de Enfermagem. Resultados O Manual de Qualidade dos Serviços Médicos está em fase de elaboração. No entanto, para aferir a qualidade destes serviços, foi realizado um Inquérito de Satisfação aos Associados/Utentes da Clínica e a partir da análise dos resultados, concluiu-se que 86,25% dos associados afirmam que recomendariam os serviços médicos a familiares ou amigo. Gráfico 7 No gráfico 8, verificamos que 83,75% dos associados consideram que o atendimento tem qualidade e a resposta às solicitações neste domínio é célere. Gráfico 8 9 No gráfico 9, 87,50% dos inquiridos reconhecem a sua confiança no trabalho dos técnicos de saúde; entre estes, 71,25% afirmam a sua absoluta confiança. Gráfico 9 Também relativamente à fiabilidade dos resultados médicos e dos exames, 85% dos associados manifestam confiança; entre estes, 65% demonstram a confiança absoluta. Gráfico 10 Após a análise destes resultados, estamos conscientes de que a qualidade deve ser uma exigência contínua, mas que os associados estão a satisfeitos com as medidas de melhoria que têm vindo a ser tomadas. 2.4. Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Este serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) está autorizado pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) desde 2008. 10 Objectivos Identificar, avaliar e proceder à elaboração e planeamento de plano de intervenção para a redução e controlo dos riscos profissionais, visando responder às exigências do Decreto-Lei nº 441/91 de 14 de Novembro. Realizar exames complementares de diagnóstico, no âmbito da medicina do trabalho. Realizar inspecções técnicas e outras acções de acompanhamento do Sistema de Segurança Alimentar. Resultados O serviço de SHST prestado às empresas, prevê a identificação, avaliação e elaboração e planeamento para a redução de controlo de risco profissionais. São actividades da responsabilidade de técnicas superiores acreditadas para o efeito. As consultas de medicina do trabalho, realizadas nas instalações da nossa Clínica Médica, implicam a realização de exames de diagnóstico complementares, nomeadamente análises clínicas, dinamometria e rastreios: cardiológico, oftalmológico, audiométrico e espirometria. O serviço de SHST realiza também diagnósticos e outras acções de acompanhamento do Sistema de Segurança Alimentar e ambiental, igualmente realizadas por técnicas especializadas. Relativamente aos resultados quantitativos, este serviço, conforme demonstra gráfico 11, tem contratualizados, até ao final de 2010, 175 clientes. Gráfico 11 Da mesma forma, podemos verificar através do conjunto das 175 clientes referidas, que prestamos serviços a 1.202 trabalhadores. Gráfico 12 11 2.5. Recursos Humanos Objectivo Gerar uma cultura organizacional movida por responsabilidade orientada por objectivos realistas. valores de rigor e Consolidar uma estrutura de poder descentralizada, desenvolvendo um elevado grau de responsabilização e de empreendedorismo. Executar o projecto financiado Q3, que visa formação e consultoria para apoiar o processo de qualificação da Associação. Resultados A concretização do objectivo de melhoria da eficiência dos colaboradores, realizou-se através da execução de um plano integrado de formação e consultoria, no âmbito do Projecto Q3, financiado pelo POPH, que permitiu obter resultados, não só na melhoria da gestão e organização do trabalho das coordenadoras, como no ambiente geral da organização. No entanto, todos estes objectivos, previstos de forma sistémica, porque são integrados e integradores, foram atingidos de forma satisfatória por todos os colaboradores da associação. Sentiu-se um “pulsar” de empreendedorismo e de rigor, durante o ano, e cujos resultados são visíveis neste relatório. Objectivo Elaborar o Manual de Funções e Procedimentos. Resultados Está em concepção o Manual de Funções da Associação. Para tal, foi realizado o levantamento e a descrição das funções de todos os serviços da associação. A fase seguinte será a análise das funções considerando os perfis e as competências dos colaboradores. Objectivo Melhorar o sistema de avaliação de recursos humanos, considerando a definição e controlo dos objectivos e respectivas análises de desvios. Resultados Considerando a necessidade de melhorar o sistema de avaliação de desempenho, numa perspectiva não só avaliar o desempenho individual mas também o da equipa, em 2010, foram realizados dois tipos de avaliação. No 1º semestre, a avaliação do desempenho individual a todos os colaboradores, relativa aos resultados de 2009. Foram analisados e apresentados os resultados, com atribuição de prémio aos melhores colaboradores. No 2º semestre – avaliação dos perfis das coordenadoras e responsáveis técnicas, realizada pelos seus colaboradores. Esta avaliação foi alvo da aplicação de um novo modelo de questionário, através do qual se obteve a caracterização dos perfis dos avaliados. Os seus resultados foram apresentados e debatidos com as avaliadas, o consultor e a Administração, permitindo uma traçar medidas futuras. 12 Nestes processos, contámos com o apoio de um consultor externo, integrado num programa financiado pelo POPH, no sentido de garantir ao processo, a isenção e a transparência dos resultados, que é já característica da Associação. Objectivo Executar planos específicos de formação profissional para a melhoria da eficiência dos colaboradores. Resultados Após a avaliação de desempenho, foram diagnosticadas necessidades de formação de equipa e cujo plano formativo consistiu na realização de 3 cursos de formação profissional, subordinados aos temas: Organização do Trabalho | Marketing Social | Definição de Objectivos (smart), no âmbito do projecto Q3 financiado pelo POPH. Estas acções foram dirigidas às coordenadoras e restantes colaboradores que detinham funções de apoio à coordenação. Realizaram-se 2 Acções subordinadas ao tema “Igualdade de Género”, no âmbito do Projecto STI – Sensibilização Transversal em Igualdade de Género, financiadas pelo POPH e promovidas pela ASI. Estas acções foram dirigidas ao pessoal técnico-administrativo. Perante os dados de avaliação da formação, verificou-se que este plano de formação foi satisfatório para os formandos/colaboradores e para a associação, que viu assim desenvolver as competências e saberes previstos no diagnóstico formativo. Objectivo Elaborar o Manual de Acolhimento, Ética e de Responsabilidade Social da Associação. Resultados Foi elaborado o Manual de Acolhimento, Ética e de Responsabilidade Social, que será apresentado em 2011 numa sessão geral com todos os colaboradores, consolidando a política organizacional e com o objectivo de construir práticas profissionais mais esclarecidas e caminhando no sentido de construir e difundir uma cultura organizacional assente em valores de rigor e responsabilidade. Um dos objectivos que não foi previsto, mas foi concretizado durante 2010, consistiu na melhoria da organização interna das operações administrativas da Gestão dos Recursos Humanos, nomeadamente, novos procedimentos de controlo dos horários e períodos de ausência; avaliação do historial dos colaboradores e respectivas progressões de categoria, considerando a sua gestão de carreira futura e organização dos dossiers de pessoal. 2.6. Qualidade Objectivo Investir em tecnologias de informação, permitindo respostas mais rápidas ao Associado e serviços mais autónomos e eficientes. 13 Resultados Para além do objectivo acima enunciado e definido no Plano de Actividades de 2010, foram realizados outros procedimentos no âmbito da Qualidade na Associação: Diagnóstico para análise dos processos clínicos, dos métodos de trabalho Identificação dos processos chave (procedimentos, registos e impressos); e preparação do manual da qualidade da Clínica; Diagnóstico das necessidades e planificação das acções correctivas referentes às normas de atendimento e redefinição de procedimentos de atendimento específicos da Clínica; (Re)definição da estrutura documental, formato e codificação dos documentos internos da Clínica, RSI, SAD, Centro Comunitário e Desenvolvimento; Diagnóstico das necessidades e planificação das acções correctivas referentes às normas de atendimento da Clínica, RSI, SAD, Centro Comunitário e Desenvolvimento; Elaboração do Manual de Atendimento geral da Associação; Afixação e actualização de toda a documentação prevista na legislação em vigor em todos os Serviços Sociais da Associação; Criação de relatórios e registos de controlo de tarefas e gestão de tempos dos serviços: RSI, SAD, Centro Comunitário e Desenvolvimento; Reorganização dos dossiers do SAD e RAT de acordo com o MAQ - Manual da Avaliação da Qualidade. Este procedimento implicou a definição, para cada um dos processos-chave, o objectivo, campo de aplicação, fluxograma das actividades, indicadores, dados de entrada e saída e responsabilidades; Levantamento dos procedimentos necessários para a Certificação dos Serviços Sociais; Elaboração do relatório dos resultados do inquérito de avaliação da satisfação dos clientes do SAD, relativamente à alimentação; Levantamento, tratamento, organização, catalogação e criação de uma base de dados de todos os documentos antigos da Associação (livros de contabilidade, actas, documentos diversos) realizado por uma estagiária profissional durante 9 meses, com o apoio e orientação do Arquivo Histórico do Porto, na dependência do Ministério da Cultura. 2.7. Desenvolvimento FORMAÇÃO / CANDIDATURAS Objectivo Realizar candidaturas ao POPH para dar resposta aos serviços sociais, designadamente ao nível da formação, rentabilizando os equipamentos da Associação. 14 Resultados No ano de 2010, foram elaboradas 2 candidaturas ao POPH, nomeadamente no âmbito do eixo 6 – Formação para a Inclusão e do eixo 7 – Planos para a Igualdade. A candidatura ao eixo 6, medida 6.1, consiste na realização de 2 cursos de 800h subordinados aos temas: Operador de Web e de Animação Sociocultural e ainda 2 cursos de 250h de Informática (inicial). Relativamente à candidatura ao eixo 7, medida 7.2, foi elaborada uma candidatura destinada a formação interna na área da Igualdade de Género e de Oportunidades. Aguardam-se deferimentos. Ainda no que se refere a candidaturas realizadas ao POPH, foram contactadas quatro empresas clientes de SHST da Associação para beneficiarem de candidaturas ao eixo 3 - Gestão para a Inovação. Apenas uma teve condições de ser alvo de candidatura. Esta foi apresentada e aguardamos resposta. PROJECTOS/CANDIDATURAS Foi realizado o acompanhamento da execução do Projecto Q3 – Qualificar o 3º Sector, decorrente da candidatura que apresentámos em 2009, também financiado pelo POPH, o que implicou o diagnóstico das necessidades da Associação (árvore de problemas), a concepção de um relatório de medidas para a resolução das necessidades, acções de consultoria para elaboração dos planos de actividades do 4º trimestre de 2010 de todos os serviços e para a realização do Manual de Ética e Responsabilidade e três acções de formação profissional. Objectivo Desenvolver projectos sociais apresentados ao Instituto da Segurança Social para o apoio a crianças, jovens e idosos desfavorecidos. Projectos que aguardam autorização de financiamento. Resultados Foi efectuado apoio técnico à Administração referente à execução dos programas aprovados pela DREN e PARES, relativo ao alargamento e reconversão de valências do Infantário Flor de Abril. Este apoio implicou análises SWOT, várias reuniões com os consultores e o arquitecto responsável pelo projecto, bem como com a Segurança Social e a DREN. Objectivo Converter o protocolo do Centro de Convívio existente no alargamento do Centro comunitário para mais 25 utentes, rentabilizando os recursos humanos e financeiros. Resultados Foi realizado o pedido de conversão do Centro de Convívio para alargamento do Centro Comunitário, tendo sido sugerido pela representante da Segurança Social que esta reconversão seja adiada dada a conjuntura económica actual por considerem falta de cabimento. Objectivo Executar as candidaturas de formação profissional certificada, apresentadas ao POPH e dirigidas a grupos desfavorecidos e em situação de elevado risco de exclusão social. 15 Resultados As duas candidaturas apresentadas foram indeferidas por falta de dotação financeira do POPH. Para além dos objectivos a que o departamento do Desenvolvimento se propôs no último Plano de Actividades, foram realizadas outras candidaturas que merecem especial destaque, designadamente: Concepção e apresentação de candidatura ao Prémio Manuel António da Mota que visava a distinção no combate à pobreza e exclusão social. Foram apresentadas, a nível nacional, 346 candidaturas e seleccionadas apenas 10, não tendo sido seleccionada a da Associação. Concepção e apresentação de candidatura ao Alto Comissariado da Saúde para a criação do GASP – Gabinete de Apoio à Saúde (mental) do Porto, dirigido a 80 beneficiários de Rendimento Social de Inserção, com problemáticas do foro psicológico e emocional. A candidatura encontra-se ainda em análise, aguardando-se resposta para breve. PARCERIAS Objectivo Desenvolver parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas, numa perspectiva de desenvolvimento social e organizacional, gerando mais valias internas e externas. Resultados No que se refere ao estabelecimento de novas parcerias cujo objectivo é o desenvolvimento social e organizacional, foram estabelecidos protocolos, formais e informais, com as seguintes entidades: MARGEM, LDA prevendo o apoio técnico na realização de candidaturas que a Associação vier a promover tendo como contrapartida a subcontratação dos seus serviços complementares à execução dos nossos planos de formação aprovados (formativos, contabilidade e gestão). COOPERATIVA ARRIMO para optimização de recursos humanos e de materiais, através do desenvolvimento de actividades em conjunto nas Glicínias. ASSOCIAÇÃO ABRAÇO constituindo-nos parceiros do projecto “Movimento Saúde”, que prevê o desenvolvimento de actividades desportivas dirigidas a utentes com HIV para tratamento de lipoestrofia e dislipidemia e respectiva avaliação física e mental. CPCJ PORTO CENTRAL Comissão de Protecção Crianças e Jovens (comissões oficiais não judiciárias) para participarmos na rede de parceiros, com a responsabilidade de prestar apoio na intervenção junto de crianças ou jovens que estão em perigo, oriundas de famílias acompanhadas pelo protocolo de RSI. Este apoio técnico é prestado por uma psicóloga da equipa de RSI. AEP – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL para encaminhamento para o Centro de Novas Oportunidades de sócios, beneficiários e colaboradores da Associação, para certificação de competências ao nível dos 2º e 3º ciclo e do ensino secundário. COLÉGIO DOS CARVALHOS para encaminhamento para o Centro de Novas Oportunidades de sócios, beneficiários e colaboradores da Associação, para certificação de competências ao nível dos 2º e 3º ciclo e do ensino secundário. As sessões do CNO iniciaram em 2010 e mantêm-se em execução na Casa das Glicínias. JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPANHÃ para o desenvolvimento de actividades em conjunto e optimização dos recursos humanos e materiais. DIRECÇÃO GERAL DE REINSERÇÃO SOCIAL está em curso desde o último trimestre de 2010 a concepção e materialização de um ambicioso projecto destinado à ressocialização de jovens em risco de delinquência. INSTITUTO DA DROGA E TOXICODEPENDÊNCIA está em curso a concepção e materialização de um projecto que visa facilitar o desenvolvimento de competências para a preparação da integração socioprofissional dos utentes do IDT. LIGA PARA A INCLUSÃO SOCIAL projecto de parceria interinstitucional, desenvolvido por mais de duas dezenas de instituições públicas e privadas da zona norte do país, com intervenção numa ou várias das seguintes áreas de exclusão: sem abrigo e precariedade; saúde mental e psiquiatria; drogas e dependências e reclusão. Estamos integrados em grupos de intervenção dirigida a estes públicos, no âmbito do centro comunitário, nas áreas de expressão plástica, dança, desporto e expressão dramática. NPISA – NÚCLEO DE PLANEAMENTO E INTERVENÇÃO SEM-ABRIGO projecto de partenariado interinstitucional que integra dezenas de instituições, públicas e privadas, no sentido de criar uma resposta integrada para a problemática das pessoas sem-abrigo. 16 COMUNICAÇÃO Objectivo Desenvolver acções de comunicação interna e externa, aumentado a visibilidade dos serviços prestados e difundindo os valores e a missão organizacionais. Resultados Ao nível da Comunicação foram várias as actividades desenvolvidas, quer a nível interno, quer no que se refere ao contacto com o exterior, designadamente com outras instituições, com associados ou com utentes. Desde logo: Proposta de renovação da linha gráfica da Associação Dinamização semanal do site da Associação – www.benefica-previdente.com Criação de uma página na rede social Facebook e respectiva dinamização Elaboração e edição do boletim “Solidários” Organização e participação da feira EDUCAÇ@O na Exponor Concepção de anúncios/divulgação de actividades para JN Renovação do layout dos documentos e registos internos utilizados em todos os serviços da associação Criação de novos materiais de promoção: cartazes, flyers, faixas publicitárias interiores e exteriores, etc Concepção de materiais para oferta a associados e parceiros Proposta de renovação dos espaços do Infantário e da Clínica Elaboração de uma apresentação de divulgação institucional Criação do EDI – Espaço de Informação – gestão da imagem, material e recursos humanos Comemoração do Dia Nacional do Mutualismo na Clínica em simultâneo com a inauguração do EDI. Foi distribuído material promocional da Associação e realizados contactos pessoais Criação de flyer para a parceria Benéfica e Previdente/VIRGIN (ginásio) Elaboração da Proposta de Prestação de Serviços de Segurança Higiene e Saúde no Trabalho Elaboração da Newsletter da Associação Elaboração de postal de natal Preparação de materiais de divulgação e da venda para Magusto Comunitário organizado pela Cerporto Preparação de materiais de divulgação e de venda para feira no HUB Organização do debate ENVOLVE-TE que, por imperativos da Segurança Social, designadamente em matéria de tempo, não foi possível concretizar 17 2.8. Intervenção Social SAD – Serviço de Apoio Domiciliário Objectivo Prestar Serviços de Apoio Domiciliário, não só os obrigatórios, como alargar a outros complementares, dirigidos a 70 idosos, residentes nas freguesias de Bonfim e Campanhã. Resultados Durante o ano de 2010, o Serviço de Apoio Domiciliário sofreu algumas alterações, designadamente ao nível de responsabilidade directiva e técnica, o que implicou a existência de um período de reorganização interna durante o primeiro semestre do ano. Esta mudança desencadeou a concepção, segundo o Manual de Processos-Chave da Segurança Social, e implementação de novos procedimentos, impressos e registos relativos à organização do trabalho das equipas do serviço. Os gráficos seguintes apresentam a evolução do número de cliente ao longo de 2010, à semana e ao fim-de-semana, sendo importante realçar que, de acordo com o que referimos anteriormente, no 2.º semestre do ano, o número de clientes atinge quase plenamente o previsto no acordo de cooperação com o Centro Distrital de Segurança Social do Porto – 70 clientes à semana e 45 clientes ao fim-de-semana. Gráfico 13 Gráfico 14 No gráfico seguinte apresenta-se a percentagem dos serviços prestados, sendo de destacar que o fornecimento de alimentação e os cuidados de higiene pessoal são aqueles que são mais procurados – 58% e 42%, 18 respectivamente - pelas famílias que nos procuram. No entanto, os clientes acumulam no mínimo 2 serviços, directriz da Administração desde 2010, aumentando assim a facturação do serviço. Gráfico 15 RAT – Residências de Acolhimento Temporário Objectivo Prestar serviços de assistência permanente dirigidos a 8 associados, em regime de internato residencial e em situação de recuperação, sempre na demanda da excelência profissional. Resultados Tal como o SAD, também este serviço, no 2º trimestre de 2010, foi alvo de uma mudança em termos operacionais, alterando-se a responsabilidade directiva e técnica, ocorrendo consequentemente a reformulação da equipa de ajudantes e redefinidas as funções e respectivas responsabilidades. Foram criados e implementados novos procedimentos de organização do trabalho e de controlo interno, sustentados por diferentes técnicas de gestão, e para tal, foram criados novos impressos, documentos e registos de acordo com os Manuais de Processos-Chave e de Avaliação da Qualidade e com a legislação dos equipamentos sociais. As novas ajudantes foram contratadas/transferidas, de acordo com perfis específicos para desenvolver actividades diárias de estimulação cognitiva e animação sociocultural. Como é possível verificar através do gráfico apresentado, durante o ano de 2010 a taxa de ocupação das Residências de Acolhimento Temporário sofreu ligeiras flutuações que se justificam pelas estadias de acolhimento de curta duração. Gráfico 16 19 Centro Comunitário Objectivo Executar o plano de acções previsto para respondendo às necessidades da população económicas, sociais e culturais. o Centro Comunitário, com elevadas carências Resultados Apesar de o protocolo prever a utilização mensal desta resposta social por 150 utentes, em 2010 superámos largamente este objectivo, desenvolvendo actividades dirigidas com uma média mensal de 350 pessoas em situação de exclusão social e/ ou sem retaguarda familiar (sem abrigo). Constata-se, assim, que durante 2010 este serviço abrangeu 3.400 utentes, o que significa uma variação positiva de 1.600 utentes. Gráfico 17 Gráfico 18 O gráfico seguinte apresenta as actividades e o número de participantes nas diversas áreas de actuação, que vão desde iniciativas lúdicas, culturais, desportivas, lazer até à formação e desenvolvimento pessoal e social. 20 Gráfico 19 T o t a l = 3 5 3 1 RSI – Rendimento Social de Inserção Objectivo Criar e desenvolver acções de combate à pobreza, no âmbito do Rendimento Social de Inserção (RSI), tendo como principal objectivo assegurar a 480 famílias recursos que contribuam para a satisfação das suas necessidades mínimas e, paralelamente, favorecer a progressiva inserção social, laboral e comunitária. Resultados No decorrer do ano transacto, a equipa de Rendimento Social de Inserção acompanhou mensalmente um conjunto de 480 famílias beneficiárias da referida prestação social, oriundas das freguesias de Campanhã e Paranhos. É importante, contudo, destacar que estas famílias não são sempre as mesmas, na medida em que há famílias que deixam de beneficiar da medida, ou porque houve um aumento do rendimento mensal obtido através do trabalho, ou porque os beneficiários não cumpriram com as obrigações exigidas pela lei, ou ainda por outras razões menos comuns. No ano de 2010, foram efectuadas pela equipa 111 cessações da prestação de RSI. Importa referir que este trabalho de acompanhamento implica um contacto próximo e sistemático com as famílias, pelo que foram realizadas 2.273 entrevistas de diagnóstico e acompanhamento, 777 visitas domiciliárias ou intervenções no domicílio; foram também efectuadas diversas reuniões com as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens e com a Equipa Multidisciplinar de Assessoria aos Tribunais, Escolas, acompanhamento a consultas médicas, acompanhamento em actividades para a inclusão e apoio à realização da Prova de Condição de Recursos, que representam 2.415 momentos de trabalho. Em 2010 foram assinados 913 Programas de Inserção que abrangeram 2.000 beneficiários e que contemplaram 4.154 acções que se distribuem segundo o gráfico abaixo apresentado. 21 Gráfico 20 2.9. Infantário “Flor de Abril” O Infantário “Flor de Abril” presta serviços de acolhimento e acompanhamento educativo de crianças em três diferentes valências: Creche – dos 4 meses aos 3 anos -, Pré-Escolar – dos 3 aos 6 anos e Centro de Actividades e Tempos Livres – dos 6 aos 10 anos. O Gráfico 17 apresenta o n.º de crianças em acompanhamento por comparação com o n.º de crianças protocoladas com o CDSSP. Gráfico 21 Objectivo Executar o Projecto Educativo Anual da Creche/Infantário Flor de Abril, desenvolvendo um plano de acções nas valências creche, pré-escolar e CATL. Resultados Este objectivo foi cumprido na medida em que as acções previstas no Projecto Educativo foram executadas. Objectivo Desenvolver acções de promoção/divulgação e protocolos para a plena ocupação deste equipamento. 22 Resultados O Infantário foi divulgado através dos seguintes meios: Distribuição de flyers por associados, clientes e pelas juntas de freguesia e espaços envolventes | envio de flyer para bases de dados de correios electrónicos | página do Facebook | site da Associação | divulgação directa e diária no EDI | exposição de uma faixa publicitária no edifício do Infantário. Objectivo Executar obras de remodelação para alargamento das valências pré-escolar (60 crianças) e creche (66 crianças), assim que aprovados os respectivos projectos de arquitectura. Resultados Em 2008, numa perspectiva de crescimento sustentado, prevendo respostas que garantissem a melhoria das infra-estruturas a médio prazo do Infantário e, a longo prazo, a continuidade desta resposta social, a Benéfica e Previdente candidatou-se ao programa PARES, para a remodelação da creche e aumento de 31 crianças e à DREN para alargamento do pré-escolar de 20 crianças, passando a creche para 66 crianças e o pré-escolar para 60 crianças, no total de 126 crianças. Ambas as candidaturas foram aprovadas. Tendo em conta a necessidade de recorrer a financiamento bancário do valor não financiado e ainda, por imposição estatutária da Associação, o Conselho de Administração levou à consideração dos associados, em assembleia-geral, para deliberação e autorização do pedido de financiamento, junto de uma entidade bancária, para a execução das obras. Os associados presentes, considerando a actual crise económica e instabilidade político-financeira que o País atravessa, não autorizaram o pedido de financiamento, indeferindo a execução do alargamento da creche aprovado pelo programa PARES e do alargamento do pré-escolar, financiado pela DREN. 2.10 Objectivo 2 . 8 Gestão de Equipamentos Garantir o bom estado de conservação e manutenção do património da Associação. Resultado Durante 2010 foram efectuadas 133 intervenções ao nível da manutenção de edifícios, tendo-se detectado 16 não conformidades do serviço prestado, o que resultou num índice de não qualidade de 8,27%. Objectivo Rentabilizar e optimizar os recursos existentes do serviço. Resultados No que concerne aos transportes, foram efectuados esforços no sentido de planear os transportes requisitados quer interna, quer externamente, com vista à rentabilização deste serviço. É, ainda, de destacar que foi reforçada a frota dos transportes através da doação de uma carrinha adaptada para pessoas com mobilidade condicionada e/ou com deficiência, pela Fundação Montepio. 23 Objectivo Melhorar a qualidade dos serviços de limpeza da Associação. Resultados Com o objectivo de elevar a qualidade dos serviços de limpeza da Associação, foi reformulado o plano de limpeza aplicado aos vários serviços e implementado um plano de higienização das carrinhas. Objectivo Melhorar a qualidade dos serviços de lavandaria. Resultados Ao longo de 2010, o serviço de lavandaria deu resposta a 976 encomendas, das quais resultaram 22 não conformidades ou reclamações. Contudo, depois de avaliadas estas não conformidades ou reclamações, chegou-se à conclusão que o índice de não qualidade deste serviço é de 1,23%, o que representa um valor baixo. Objectivo Melhorar o controlo de custos, compras e aprovisionamento dos serviços da Associação. Resultados O ano de 2010 foi marcado uma melhoria ao nível do controlo de custos, compras e aprovisionamento, tendo em consideração que foram realizados os seguintes procedimentos: controlo do stock de alimentação e consumíveis nas valências infantário, RAT e Casa das Glicínias, renegociaram-se os contratos referentes à comunicação fixa e móvel e dinamizaram-se as relações de parceria com os fornecedores para reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços. 24 3 CONCLUSÃO Perante o actual cenário económico-social, marcado por sérios constrangimentos que se reflectem, inevitavelmente, na procura e utilização dos nossos serviços, não será de estranhar o decrescimento e/ou estagnação constatada nos resultados de 2010, nomeadamente dos serviços médicos e no que se refere à subscrição dos Planos de Poupança. Ainda assim, há que registar, por um lado, o aumento nas novas subscrições relativas aos Planos de Saúde e, por outro, a diminuição do número de desistências comparativamente com o ano de 2009. A convicção de que esta Associação desempenha um papel fundamental na garantia de uma melhor qualidade de vida aos seus associados e a outros que vivenciam de forma intensa processos de exclusão social, foi determinante, em 2010, os inúmeros esforços empreendidos. Falámos, pois, no empenho em estabelecer respostas integradas entre diferentes serviços, designadamente entre o RSI, o Centro Comunitário, os Serviços Médicos e Infantário; no compromisso em realizar candidaturas a programas financiados que visam, por um lado, permitir novas respostas à Associação e melhorar a qualificação e o desempenho dos colaboradores e, por outro lado, diversificar e potenciar formas de financiamento e de sustentabilidade da Associação. Por outro lado, preocupados na qualidade contínua, continuámos em 2010 empenhados em diagnosticar as fragilidades dos diferentes serviços sempre numa óptica de melhoria da eficiência, através de auditorias internas, melhoria os processo de avaliação de desempenho, na redefinição novos instrumentos de gestão, de controlo do trabalho e da estrutura documental, (formato e codificação dos documentos internos). Também em 2010, o nosso empenho se dirigiu para a criação de meios de comunicação mais diversificados e interactivos com os associados, beneficiários, clientes e parceiros, através de site, facebook, campanhas promocionais, material promocional diversificados e a criação do EDI (Espaço De Informação). O empenho manteve-se durante todo o ano também para garantir a manutenção dos equipamentos como forma de melhorar a qualidade dos serviços e, simultaneamente, de promover a valorização do património da Associação e no controlo de custos (em materiais, alimentação, comunicações) melhorando a sustentabilidade organizacional. O empenho empreendido ao longo dos últimos anos, e em especial ao longo de 2010, reflectiu-se na doação pela Fundação Montepio de uma carrinha adaptada para pessoas com fraca mobilidade, como sinal de reconhecimento de um trabalho meritório. Na certeza de que este importante trabalho não poderia ser realizado sem os colaboradores, sem os associados, sem os parceiros e clientes, sem rigor profissional e sem uma gestão transparente e lúcida, expressamos, desde já, o reconhecimento a todos os que contribuem convictamente para o crescimento da Benéfica e Previdente, nomeadamente durante 2010. O Conselho de Administração 25 4 APRECIAÇÃO À SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA Em face do estudo actuarial realizado em referência a 31 de Dezembro de 2010, foi necessário reforçar o montante de Provisões Matemáticas em cerca de 54 mil euros, fixando-se uma responsabilidade total, evidenciada no balanço, em cerca de 609 mil euros. No prosseguimento de uma gestão criteriosa dos recursos disponíveis (humanos, financeiros e de outras naturezas) e, considerando as práticas contabilísticas relacionadas com a adopção de critérios e politicas para o reconhecimento dos Proveitos e Custos Inerentes a Associados que, embora se traduzam em derrogações aos normais princípios contabilísticos, são contudo aqueles que no nosso entendimento conferem maior credibilidade às contas e contribuem para que as demonstrações financeiras apresentem uma imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e dos resultados da instituição, tem sido possível obter desempenhos relativamente equilibrados e que neste exercício podem ser apresentados da seguinte maneira: - Resultado antes do reforço da Provisão Matemática: - Reforço da Provisão Matemática: - Resultado líquido do exercício: 106.910,3 (53.420,21) 53.490,16 Assim, o apuramento do “cash-flow” do ano é largamente positivo: - Resultado líquido Provisões de exercício (valor liquido aumentos – diminuições) Amortizações do exercício Imputação de subsídios ao investimento 53.490,16 53.420,21 56.321,85 (3.731,64) 159.500,58 O facto de se apurar um “cash-flow” positivo, não pode contudo fazer esquecer as dificuldades de gestão de tesouraria, nomeadamente no cumprimento de obrigações de curto prazo. A gestão da tesouraria assume, cada vez mais, uma importância fundamental, estando a Direcção ciente do rigor e da prudência que devem ser observados na sua prática, procurando evitar indesejáveis rupturas. Neste contexto, importa salientar que no exercício de 2010 foi possível continuar a reduzir significativamente o passivo (cerca de 55 mil euros) ao mesmo tempo que se liquidaram 78 mil euros de resgates dos planos de protecção social (cuja responsabilidades como já se referiu não aparece no Balanço). Conforme se evidencia nas demonstrações financeiras o valor global dos fundos permanentes é inferior ao montante exigido para as reservas matemáticas, sendo necessário (e natural, numa óptica mutualista) proceder a transferências de outras componentes dos fundos próprios (nomeadamente Reserva de Fusão) para completar o montante necessário. 26 Conforme se evidencia no Anexo (Nota 20), apesar de todas as considerações anteriores, o grau de cobertura do património afecto às modalidades associativas ultrapassa os 300%. Atendendo ao Resultado do Exercício e aos estatutos, detalhamos a nossa proposta de aplicação de resultados: Os resultados líquidos apurados são naturalmente apurados em função de dois factores: por um lado, o resultado especifico de cada valência ou centro de custo, determinado a partir do registo das operações directamente associadas; por outro lado, pela imputações dos custos comuns ou não específicos, cuja distribuição se procede em função de critérios determinados pela Direcção e que pretendem associar pelas diversas valências ou centros de custo os correspondentes custos de estrutura (custos gerais ou comuns da própria Associação). O critério de imputação dos custos comuns, utilizado na preparação das contas de 2010, foi basicamente idêntico ao que foi utilizado nos anos anteriores, tendo no entanto em conta o peso crescente que o equipamento da Casa das Glicínias tem vindo a assumir no âmbito da actividade global da Associação. 27 28 29 30 31 32 34 35 36 37 A “BENÉFICA E PREVIDENTE” – ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ANO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (expresso em Euros) As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração não figura neste Anexo, não são aplicáveis ou não são significativas para a compreensão das demonstrações financeiras. 1. ACTIVIDADE E PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS i) Constituição e Actividade A A “Benéfica e Previdente” – Associação Mutualista foi constituída em 30 de Dezembro de 2002 e resultou da fusão entre duas antigas associações mutualistas sedeadas na cidade do Porto: “A Previdente” (Associação de Socorros Mútuos) e Associação Benéfica de Empregados de Comércio no Porto. A Associação é uma Instituição Particular de Solidariedade Social de inscrição facultativa e generalizada, capital variável, duração por tempo indeterminado e número ilimitado de associados. Para além das disposições legais aplicáveis, a Associação rege-se pelos respectivos Estatutos, Regulamento de Benefícios e demais regulamentos internos. A Associação, observando os princípios de solidariedade, tem como finalidade desenvolver acções de protecção social nas áreas da segurança social e da saúde e promover a cultura e a melhoria da qualidade de vida dos associados e seus familiares. Neste contexto, a actividade da Associação abrange as seguintes áreas: Modalidades Valências Actividades { { { Serviços de saúde Protecção social Apoio à infância Apoio a idosos Centro de Convívio e Centro Comunitário Rendimento Social de Inserção Formação profissional Serviços de Higiene e Segurança no Trabalho ii) Princípios Contabilísticos Com excepção do que é referido no ponto iii) seguinte, as demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos definidos no Plano de Contas das Associações Mutualistas (Decreto-Lei n.º 295/95, de 17 de Novembro). Assim, foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos e na base da continuidade das operações, em conformidade com os princípios contabilísticos de prudência, especialização dos exercícios, consistência, materialidade e substância sobre a forma. 39 iii) Derrogações às disposições Mutualistas do Plano de Contas das Associações - Derrogação do princípio do custo histórico: Na valorização da rubrica Investimentos em Imóveis (Investimentos Financeiros), com a inclusão e registo do valor do excedente obtido em resultado da reavaliação dos Imóveis de Rendimento. Tal excedente foi registado devido à consideração de uma Reserva de Reavaliação Livre, que actualizou em 31 de Dezembro de 2005 a valorização da rubrica Investimentos em Imóveis. Esta reavaliação foi considerada oportuna, naquela data, para tornar mais consentânea com a realidade actual, o valor dos imóveis que sendo património da associação, servem de garante e cobertura às responsabilidades dos fundos permanentes das modalidades associativas que implicam a existência de Reservas Matemáticas. O conjunto dos Imóveis de Rendimento estava inicialmente valorizado pelos valores correspondentes ao custo de aquisição e das melhorias/benfeitorias realizadas nos respectivos prédios, decorrendo daí a necessidade de efectuar a actualização dos respectivos montantes. Os valores contabilísticos foram reavaliados em 1999, tendo-se considerado adequado proceder em 2005 a uma nova avaliação para aproximação aos valores comerciais actuais. - Derrogação do princípio da especialização dos exercícios: Na determinação do resultado do exercício, é adoptado o critério de caixa (recebimento/pagamento), em detrimento do critério económico (especialização dos exercícios), para o reconhecimento de proveitos derivados de Quotas de Associados e para o reconhecimento de custos derivados de Subsídios e Melhorias a Pagar a Associados. A adopção deste critério tem em vista, tornar mais real a imagem dos Fundos Disponíveis das modalidades que requerem a constituição de reservas matemáticas. De facto, através da metodologia da especialização dos exercícios era sempre necessário reconhecer no Activo os valores a receber de quotas de associados e no Passivo o valor a pagar de subsídios e melhorias a associados. Deste modo, quer os Proveitos (através da rubrica “Proveitos inerentes a associados”) quer os Custos (através da rubrica “Custos inerentes a associados”) vinham incrementados por valores que muitas vezes não se tornavam efectivos e, deste modo a sua influência no apuramento dos respectivos fundos disponíveis assentava em expectativas que nunca se tornavam reais e até implicavam a sua correcção/anulação em exercícios subsequentes. Neste exercício, a adopção desta política contabilística tem o seguinte impacto: Resultado Exercício Proveitos inerentes a associados - Quotas por receber, não reconhecidas Custos inerentes a associados - Subsídios por pagar, não reconhecidos Efeito: (prejuízo)/lucro não reconhecido Resultado Transitado Total 43.398,41 50.127,96 93.526,37 34.503,00 143.804,00 178.307,00 8.895,41 (93.676,04) ( 84.780,63) 40 3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS a) Existências Os Materiais de uso clínico e outros consumíveis são valorizados ao custo de aquisição incluindo os encargos adicionais de compra. Consideram-se consumidos no acto da compra, pelo que o respectivo custo é imediatamente reconhecido nos resultados do exercício. b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são mostradas ao custo de aquisição, líquido de amortizações acumuladas. Todas as aquisições de montante significativo e custos adicionais inerentes a estas são imobilizadas. Com excepção dos terrenos, que não são amortizados, as reintegrações são calculadas pelo método das quotas constantes, por forma a reintegrar o valor dos bens no termo da sua vida útil esperada. A vida útil esperada decorre da adopção de taxas de amortização máximas (período mínimo de vida útil) permitidas pela legislação fiscal vigente (Decreto Regulamentar N.º 2/90), sendo: % Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas 2 10 - 12,5 – 33,33 25 12,5 12,5 - 25 – 33,33 12,5 De acordo com a mesma legislação, os elementos de reduzido valor, são totalmente reintegrados no exercício em que ocorre a aquisição. As despesas com reparações normais e manutenção são debitadas a resultados no período em que ocorrem. As imobilizações em curso abrangem todos os encargos, incluindo os financeiros, incorridos até os respectivos equipamentos estarem aptos a produzirem proveitos ou serem utilizados em favor da instituição. c) Investimentos financeiros As Partes de Capital e Outras Aplicações Financeiras estão contabilizadas ao custo de aquisição. Os Investimentos em Imóveis estão contabilizados ao custo ajustado pela reavaliação livre efectuada em 2005, no montante de 1.414.502,95 €, não sendo reconhecido nas contas, quaisquer custos de amortizações. 41 As despesas de reparação e manutenção correntes são consideradas como custos no ano em que ocorrem. As despesas relacionadas com grandes reparações e benfeitorias são capitalizadas. d) Provisões matemáticas As provisões matemáticas correspondem à estimativa das responsabilidades assumidas relativamente a períodos futuros com as modalidades associativas que implicam a existência de Reservas Matemáticas. As modalidades associativas que implicam a existência de Reservas Matemáticas são as de protecção social. As respectivas provisões são determinadas através de estudo actuarial, o qual foi realizado em referência a 31 de Dezembro de 2010. e) Quotas associativas O reconhecimento dos proveitos de cobrança das quotas associativas, relevados na conta de “Proveitos Inerentes a Associados”, é realizado em função dos critérios de caixa, ou seja do seu efectivo recebimento. Assim, não são evidenciados no activo valores a receber de associados relacionados com quotização em atraso de cobrança. f) Subsídios e melhorias a pagar a associados O reconhecimento dos custos com os pagamentos a associados de subsídios e melhorias relacionados com as modalidades associativas que implicam a existência de Reservas Matemáticas, relevados na conta de “Custos Inerentes a Associados”, é realizado em função dos critérios de caixa, ou seja do seu efectivo pagamento. Assim, não são evidenciados no passivo os valores a pagar a associados relacionados com subsídios e melhorias dos respectivos fundos. Atendendo a esta política contabilística e ao conceito de Provisão Matemática, qualquer pagamento de subsídio e/ou melhorias de anos anteriores apenas tem impacto no resultado do exercício (ano do pagamento) por via do registo na conta 60 - Custos Inerentes a Associados. No entanto, qualquer pagamento de subsídio e/ou melhorias vencidos no próprio exercício (ano do pagamento), para além do mesmo registo na conta 60 - Custos Inerentes a Associados, carece de uma actualização na Provisão Matemática (através da conta 70 – Proveitos Inerentes a Associados – Redução de provisões matemáticas), sem prejuízo da sua reavaliação no final de cada exercício. 42 5. Número médio de pessoas ao serviço da instituição no exercício: Internos a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) Administração Sede – Administrativos Clínica Planos Protecção social Infantário Idosos Centro Comunitário e de Convívio RSI SHST G.Equipamentos Estágios Prestadores de Serviços 1 4 8 1 19 20 9 10 3 6 9 90 3 32 2 1 2 1 41 6. Número médio de utentes por valências: Infância Idosos >>>>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>>>> C. Comunitário R.S.I. >>>>>>>> >>>>>>>>>>>> 98; 69; 294; 480; por modalidade associativa: Saúde >>>>>>>>>>>> 907. 7. Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado Activo Bruto 43 Amortizações e Ajustamentos A conta Imobilizações em Curso – Adiantamento por conta de Imobilizações em Curso, apresenta a seguinte composição: A conta Investimentos Financeiros – Partes de Capital, apresenta a seguinte composição: 8. Inventário de Títulos 44 9. Explicitação do modelo de reavaliação dos Imóveis de Rendimento evidenciados em Investimentos em Imóveis – Investimentos Financeiros Foi considerada, em 31 de Dezembro de 2005, uma reavaliação económica (reavaliação livre) que incidiu sobre o conjunto dos Imóveis de rendimento detidos pela Associação e que correspondem ao património afecto à cobertura das modalidades associativas que implicam a necessidade de constituição de Reservas Matemáticas, no caso as modalidades de protecção social. A reavaliação produziu efeitos na rubrica de Investimentos Financeiros – Investimentos em Imóveis. A reavaliação contabilizada em 2005, teve por base uma avaliação patrimonial produzida por um perito avaliador independente em referência a 31 de Dezembro de 2005, e actualizou a anterior avaliação que tinha sido realizada em referência a 31 de Dezembro de 1999. Como premissa de avaliação foi indicado o recurso ao “Método do Custo de Substituição”, “Método do Rendimento” e “Valor Patrimonial Imobiliário”, tendo conta a qualidade construtiva, a localização e ocupação dos imóveis e as condições do mercado imobiliário na zona em que se localiza o património avaliado (cidade do Porto). Neste contexto, foram indicados três valores de referência: - Valor Patrimonial Imobiliário: 2.579.044,00 € - Valor Baseado no Rendimento: 1.487.699,00 € - Valor Comercial do Imóvel proposto: 2.150.000,00 € Por razões de objectividade comercial e por se entender mais conveniente nas circunstâncias, foi adoptado o previsível valor comercial do imóvel. De referir que o conjunto dos imóveis (re)avaliados, estava inicialmente registado pelo valor correspondente ao custo de aquisição e das melhorias/benfeitorias realizadas nos respectivos prédios, tendo sido objecto de uma primeira (re)avaliação em 1999. Decorrendo daqui a necessidade de efectuar a actualização dos respectivos montantes, a reavaliação actual cobre todos os custos (de aquisição e de melhorias/benfeitorias) incorridos até ao final do ano de 2005. A reavaliação traduziu-se pelo ajustamento de quantias assentadas, neste caso por acréscimo, dando origem a um excedente, ainda não realizado, inscrito nos Fundos Próprios (reserva de reavaliação). O excedente obtido na sequência deste processo de actualização dos valores contabilísticos e registado nos Fundos Próprios, não pode servir de base, do ponto de vista estritamente contabilístico, a incrementos nos Fundos Disponíveis ou a cobertura de prejuízos. Só a realização, parcial ou total deste excedente, poderá permitir estas ou outras aplicações. De acordo com a directriz contabilística n.º 16 (Reavaliação de Activos Imobilizados Tangíveis), dado que se trata de uma reavaliação sem suporte em diploma legal específico, dando lugar às denominadas “reavaliações 45 livres”, o valor designado de “excedente”, incluído no âmbito e no conceito das Reservas de Reavaliação, foi apurado com base no justo valor de cada um dos elementos patrimoniais reavaliados. O método de reavaliação adoptado foi o do valor corrente do mercado, em que releva a quantia do activo (líquida das eventuais amortizações acumuladas) que foi substituída pela quantia correspondente ao valor corrente de mercado, ou seja, o justo valor. Neste caso, a quantia do excedente corresponde à totalidade da reserva de reavaliação (incluindo as quantias ajustadas em 1999 e 2005). A avaliação que suportou esta reavaliação contabilística, produzida por perito avaliador independente, apresentou os seguintes valores: Tendo sido a opção reavaliar com base em PVT, a apresentação contabilística dos bens objecto de reavaliação em 2005 demonstra-se: Contabilidade 2005 antes de reavaliação Contabilidade 2005 após reavaliação 46 O valor da Reserva de Reavaliação (Excedente) correspondente ao acréscimo do valor patrimonial, está ajustado nos Fundos Próprios em rubrica autónoma. Uma vez que não se praticam amortizações sobre estes imóveis, o valor do excedente permanece inalterado até à ocorrência de uma eventual alienação. Em resultado da alienação do Prédio D ocorrida no exercício de 2009, os valores evidenciados na contabilidade são os que a seguir se apresentam: Contabilidade 2009 após reavaliação (igual 2010) 16. Valor global das dívidas que se encontram tituladas, por rubricas do balanço, mas que não estão nele evidenciadas 20. Evidenciação do valor dos fundos permanentes das modalidades associativas Relação dos fundos permanentes das modalidades associativas 47 (1)Resultado líquido das modalidades de 2009 deduzido da parcela afecta aos Fundos de Administração; (2)Dado que os Fundos Permanentes se mostram insuficientes para pelo menos igualarem o montante das Reservas matemáticas obrigatórias, houve necessidade, para efeitos de apresentação do balanço, de proceder às seguintes transferências de outras componentes de Fundos Próprios: i) Reserva de Fusão ii) Reserva Fundo de Administração iii) Resultados Transitados Nota 23 iv) Resultado 2010 das modalidades c/ Res. Matemática v) Parte de iv) afecta ao Fundo de Administração 185.110,58 34.637,70 4.391,90 224.140,18 (3.238,28) 7.739,44 4.501,16 228.641,34 Património afecto às modalidades associativas O valor de património considerado no quadro acima reflecte o valor comercial Valor Previsível de Transacção) indicado pela avaliação que deu origem ao assento contabilístico de Reserva de Reavaliação. Conforme indicado na Nota 9, a (re)avaliação produzida em referência a 31 de Dezembro de 2005, englobou todos os custos incorridos até aquela data (custos de aquisição e de obras), registando, nesta data, um excedente no montante de 1.414.502,94 euros. Como o valor dos acréscimos contabilísticos na conta de Imóveis de Rendimentos – Investimentos Financeiros posteriores à data da (re)avaliação, correspondendo ao custo das obras realizadas em 2006, 2007 e 2008, ainda é muito inferior ao valor do excedente, pensamos que é mais ajustado calcular o Grau de cobertura do Património Líquido afecto às modalidades associativas em relação valor das Provisões Matemáticas com base nos valores da reavaliação de 2005 (até por questões relacionadas com a estagnação do mercado imobiliário, que não dá indicações no sentido da alta de preços). Não obstante, poderia ser considerado o mesmo cálculo com base no valor da contabilidade, isto é, considerando também os custos de obras realizadas em data posterior à (re)avaliação, e nessas circunstâncias, à data do presente balanço seria: 48 Em qualquer dos casos, não podemos deixar de considerar nesta relação de cobertura, os passivos não reconhecidos no balanço por Subsídios e Melhorias a Pagar, no montante de 178.307,00 euros (Nota 16). Assim sendo, acrescendo o valor deste passivo não registado ao valor da Provisão Matemática, resulta o montante de 787.610,25 euros, correspondendo às responsabilidades assumidas para com os Associados. Este valor deverá ser tido em consideração na relação com o Património Líquido Associativo e, consequentemente, na determinação do respectivo grau de cobertura que, em 2010 corresponde ao seguinte cálculo: - com base no valor de avaliação de 2005 (2.039.000,00 euros) - 258,88%; - com base no valor de contabilidade de 2009 (2.298.700,42 euros) - 291,86. 23. Movimentos ocorridos nas rubricas de Capitais Próprios 49 24. Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas 26. Remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício das respectivas funções: Direcção: 36.494,19 € 27. RESULTADOS FINANCEIROS 28. Evidenciação dos rendimentos de imóveis 50 29. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 30. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES Dívidas ao Estado À data do balanço não havia dívidas em mora perante o Estado. O valor evidenciado no Passivo como dívida ao Sector Publico Estatal, corresponde à divida corrente do mês de Dezembro (retenções de IRS e quotizações para a segurança social descontadas aos funcionários), liquidado em Janeiro de 2010. IVA a recuperar À data do balanço não estão pendentes Pedidos de Reembolso de IVA (apenas são considerados como Proveito no exercício em que são efectivamente recebidos). Eventos ocorridos após a data do Balanço Até à presente data não se verificaram quaisquer ocorrências susceptíveis de alterar com impacto significativo a situação financeira e patrimonial evidenciada no Balanço em referência a 31 de Dezembro de 2010. -------------------------------------- O Conselho de Administração Carlos Manuel Salgueiral de Morais José Azevedo Oliveira Mário Carlos Martins Barbosa Ferreira José Emanuel Trancoso O Técnico Oficial de Contas Amadeu Pereira de Araújo TOC n.º 20259 Damiana Filipa Pereira Barbosa Santos 51 52 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Senhores Associados: Em conformidade com os Estatutos, e o mandato que nos foi conferido, vem o Conselho Fiscal apresentar o seu relatório sobre a acção desenvolvida e emitir o seu parecer sobre os documentos de prestação de contas referentes ao exercício de 2010, que lhe foram apresentados pelo Conselho de Administração. O Conselho Fiscal acompanhou a actividade desenvolvida pela Associação, especialmente através da apreciação dos documentos, registos contabilísticos, documentos de suporte e apreciação das actas do Conselho de Administração. O Conselho Fiscal procedeu ainda à realização de testes e outros procedimentos com a profundidade julgada necessária nas circunstâncias, tendo mantido contactos com o Conselho de Administração, e tendo solicitado e obtido os esclarecimentos e informações consideradas necessárias. No âmbito das nossas funções analisámos o Relatório de Gestão do Conselho de Administração, concluindo que o mesmo satisfaz os requisitos estatutários. De igual modo, analisámos o Balanço em 31 de Dezembro de 2010 que evidencia um total de 3.470.676,74 € (três milhões quatrocentos e setenta mil seiscentos e setenta e seis euros e setenta e quatro cêntimos) e uma Situação Líquida de 2.004.083,34 € (dois milhões e quatro mil e oitenta e três euros e trinta e quatro cêntimos), incluindo um resultado líquido positivo de 53.490,16 € (cinquenta e três mil quatrocentos e noventa euros e dezasseis cêntimos), as Demonstrações dos Resultados por Naturezas e o anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados naquela data, nomeadamente quanto aos princípios contabilísticos e critérios valorimétricos usados na sua preparação, bem como à observância dos preceitos legais e estatutários. Nestes termos e tendo em consideração as informações recebidas pela Direcção e as divulgações constantes do Relatório e Contas, somos de parecer que: (a) Seja aprovado o Relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2010; (b) Seja aprovado a proposta de aplicação de resultados. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, entendemos dever salientar o já referido na nota 1 do Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados por Naturezas, relativamente aos Proveitos Inerentes a Associados (quotas a receber) e Custos Inerentes a Associados (subsídios a pagar) que apresentam um saldo (prejuízo) no valor de 84.708,63 € (oitenta e quatro mil setecentos e oito euros e sessenta e três cêntimos), que embora não expressas nas contas representam responsabilidades futuras da Associação. Porto, 3 de Março de 2011 O Presidente: Dr. Paulo Jorge Albuquerque Soares O Secretário: Joaquim Fernando Barbosa Fonseca O Relator: José Carlos Santos Castro 53 54