O LÚDICO NO ENSINO DE QUÍMICA E A FORMAÇÃO
CONTINUADA: PARCERIA QUE VIABILIZA A APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
GT1 - ESPAÇOS EDUCATIVOS, CURRÍCULO E FORMAÇÃO DOCENTE (SABERES E PRÁTICAS)
Bruna Cristina de França Silva∗
Josevânia Teixeira Guedes∗∗
Lenalda Dias dos Santos∗∗∗
RESUMO:
A presente pesquisa objetivou a análise do ambiente escolar, especificamente no ensino de
Química, avaliando a metodologia utilizada na abordagem de um conteúdo essencialmente
descritivo (Tabela Periódica) e a contribuição de um jogo didático, no desenvolvimento
cognitivo discente. Este estudo foi oportunizado pela efetivação do estágio curricular
(disciplina obrigatória do curso de Licenciatura em Química) tal análise foi desenvolvida
durante um bimestre letivo com alunos da primeira série do ensino médio de um Colégio
Estadual, nesta capital. Os resultados obtidos expressaram a importância de substituir
metodologias centradas em recursos meramente tradicionais, por outras que incentivem o
raciocínio e a criticidade. Sendo a contínua atualização docente, um segundo aspecto
defendido neste estudo como pré-requisito essencial à melhoria da qualidade de ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Jogo educativo. Aprendizagem. Formação docente.
ABSTRACT:
This study aimed to analyze the school environment, specifically in the teaching ofchemistry,
evaluating the methodology used in addressing an essentially descriptive content (periodic
table) and the contribution of a didactic game, student cognitive development. This study was
made possible by the effectiveness of probation (a compulsory subject in the Bachelor's
Degree in Chemistry), such an analysis was developed during two months of school with first
graders of high school in a State School in this capital. The results expressed the
importance of replacing resource-centered
methodologies merely traditional,
in other to
encourage thinking and criticism. Being
continuously
updated teacher, a
second
point advocated in this paper as an essential prerequisite to improving teaching quality.
KEYWORDS: Educative game. Learning. Teacher training.
∗
Licenciada em Química pela Faculdade Pio Décimo, Técnica em Química industrial pelo CEFET – AL.
[email protected]
∗∗
Mestranda em Educação pela Universidade Tiradentes (UNIT), especialista em Metodologia do Ensino,
graduada em Pedagogia e Direito. Docente da Faculdade Pio Décimo (Aracaju-SE). Membro do Grupo de
Pesquisa GPGFOP/UNIT. e-mail: [email protected]
∗∗∗
Mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba. Diretora acadêmica da Faculdade Pio Décimo e
Coordenadora da Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo. E-mail: [email protected]
1 INTRODUÇÃO
Cada época traz consigo mudanças em todos os âmbitos, que modificam o modo
como as pessoas se relacionam e interagem com o mundo. Neste contexto, o ambiente escolar
compete, em condições desiguais, com novas formas de aquisição do conhecimento (mídia
televisiva, internet, etc.) bem mais atraentes e com alto poder de persuasão, que exercem,
principalmente sobre os jovens, um poderoso tipo de controle social, induzindo-os a uma série
de mudanças comportamentais.
As adaptações tanto das práticas educativas como da formação docente, necessárias
para acompanhar as mudanças por que passam a educação, exigem a adoção de metodologias
que estejam em sintonia com as nossas necessidades de desenvolvimento, produção científica
e contemporaneidade.
Assim, recursos tecnológicos como softwares, o ambiente virtual e os jogos didáticos
são alguns exemplos de ferramentas que podem, e devem, ser utilizadas como aliadas do
processo de construção do saber, propiciando a motivação necessária à efetivação de uma
prática que favoreça a aprendizagem significativa. Nela, a memorização dá lugar à
compreensão; a teoria não supera a prática ou vice-versa, ambas complementam-se. O
conhecimento desvinculado, tanto de sua própria essência quanto das demais áreas nas quais
está inserido, dá lugar a transdisciplinaridade e é posto a serviço de uma comunidade, do meio
ambiente e da sociedade em geral.
Em nível acadêmico, estas reflexões têm promovido suporte, planejamento,
readaptações curriculares e o incentivo não somente à execução de novas metodologias para o
ensino mas, sobretudo, no envolvimento docente com o processo de construção do
conhecimento. Nessa perspectiva, forma-se um profissional capaz de ministrar aula, de
maneira mais eficiente, e de desenvolver, concomitantemente, pesquisas científicas
(professor-pesquisador).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1998): a
disciplina Química deve ser um instrumento de formação humana, um meio para interpretar e
interagir com a realidade do mundo. Diante disto, considerando que o atual modo de ensinar
Química, além de estar longe de atender a esta expectativa, é infrutífero, nos últimos anos
ações que visam, a melhoria da qualidade da educação e da formação docente, vêm sendo
discutidas, objetivando a exclusão gradativa de um modelo de ensino tradicional e
conteudista. Abrindo caminho para a utilização de novos recursos didáticos que, por sua vez,
beneficiem a relação professor/ aluno; assunto/ aplicabilidade; disciplina/ construção do
conhecimento.
A abordagem tradicional e descontextualizada desencadeia a simples memorização
de informações que, em seguida, são descartadas por não apresentar sentido lógico
(significado/aplicação) para que continuem armazenadas. Entretanto, toda disciplina possui
uma parcela de conteúdos que exige a transmissão metódica de conceitos não permitindo, que
sejam inicialmente contextualizados. Tais conceitos necessitam, nesta fase, de um elo de
ligação entre o conhecimento abstrato e o concreto.
Desta forma, a presente pesquisa visa à investigação do nível de contribuição de um
jogo (de autoria própria) na promoção deste elo e do quanto este recurso pode favorecer a
abstração de um conteúdo com baixo nível de aprendizagem: Tabela Periódica (elementos,
periodicidade). Ao tempo em que analisa a metodologia docente ao abordar tal temática e
defender a necessidade de contínua capacitação profissional como requisito indispensável à
melhoria da qualidade de ensino.
De acordo com Kishimoto (1998.p.117) um jogo educativo deve possuir duas
características essenciais: “educar e proporcionar entretenimento e/ou diversão, ambas
coexistindo em um harmonioso equilíbrio”. Caso uma prevaleça sobre a outra, perde-se a
função do jogo educativo e o recurso torna-se apenas mais um material pedagógico.
Neste contexto, o jogo Família Real1 foi desenvolvido, objetivando o auxílio à
abordagem teórica e de caráter descritivo, peculiar ao tema, aliado ao prazer de jogar. Com
ele, pretende-se conduzir o educando à construção do conhecimento não apenas pela
memorização, mas pela clara percepção de características importantes que norteiam a
organização dos elementos por propriedades físicas, químicas, periódicas, e suas respectivas
aplicações cotidianas.
Os procedimentos de análise e desenvolvimento deste estudo de cunho bibliográfico,
exploratório e, sobretudo, descritivo, ocorreram durante o estágio curricular (disciplina
obrigatória do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo-Aracaju-SE) em
uma turma do 1º ano de um Colégio Estadual, nesta capital.
Nesta observação, o enfoque se deu no sentido de acompanhar a metodologia
aplicada no ensino de Química, especificamente durante a abordagem do conteúdo específico,
e contribuição pedagógica deste jogo em se tratando de estímulo- resposta- aprendizagem.
1
Jogo de autoria própria baseado na Tabela Periódica. (Jogo de trilha, cujo tabuleiro é a própria tabela, sem os
elementos).
Dentre os inúmeros benefícios que se esperam de uma atividade lúdica, a motivação
é, sem dúvida, a mais interessante. A busca pela informação torna-se espontânea, incentivada
pela superação do oponente. Deste modo, dentre os principais resultados esperados da ação
lúdica no ensino deste tema, pode-se elencar:
I- A melhoria da aprendizagem e do manuseio da tabela periódica, frutos do
entendimento de características importantes que norteiam toda a organização da mesma.
II - A comprovação da eficácia deste recurso, considerando os desníveis
educacionais existentes no ensino público.
Para isto, o monitoramento da aprendizagem, foi efetuado durante um bimestre letivo
com constante suporte teórico e avaliação, por intermédio de relatos verbais e sondagens
escritas, da melhoria do rendimento e do nível de satisfação de uma turma composta por 12
educandos.
2 O ENSINO DE QUÍMICA NA ATUALIDADE: NOVAS CULTURAS, NOVOS
ANSEIOS, NOVAS METODOLOGIAS.
Caracterizada pela complexidade de seus temas e/ou vocabulário, Química tem sido
apontada como uma das piores disciplinas do currículo. Tal aversão se dá, em parte, pela falta
de relação clara entre conteúdo e aplicabilidade cotidiana o que, nas últimas décadas, tem
desencadeado significativas modificações no ensino. Todas motivadas pela necessidade de
aliar o conhecimento produzido a nível acadêmico á produção de bens e materiais com
elevado valor agregados, atendendo assim, às expectativas contemporâneas, sócio-econômicas
e de desenvolvimento sustentável de uma época.
De acordo com Pimenta (2005, p. 13) “a educação não somente retrata e reproduz
uma sociedade, como também a projeta”. Esta estreita relação entre sociedade e escola exige
que ambas coexistam em unidade de metas, já que uma exerce inegável influência sobre a
outra. Fato que, historicamente, tem promovido reviravoltas na educação, inclusive em termos
de organização curricular.
Através da descoberta e síntese de uma infinidade de substâncias de interesse
farmacológico, industrial e tecnológico, os conhecimentos oriundos desta disciplina têm
proporcionando avanços em todas as áreas.
Progressos estes, que sugerem novas metodologias de disseminação destes saberes,
tanto a nível acadêmico quanto na Educação Básica. Principalmente pelo fato de que novos
modos de relacionamento, alavancados pelo uso de tecnologias modernas, delineiam
mudanças comportamentais com as quais o ambiente escolar deve estar adequado.
Sem a devida adaptação, os jovens são segregados em uma espécie de cultura à parte
o que, de alguma forma, afeta as relações escolares convencionais. O professor desatualizado,
não encontra meios de exercer com êxito seu papel, contribuindo apenas para a transmissão de
informações fragmentadas e de inexpressiva contribuição a esta cultura, que alguns autores
denominam de ‘cultura jovem’.
Não alheios a estas modificações, o Ministério da Educação em conjunto com a
comunidade acadêmica e especialistas de cada área, idealizou propostas que se tornaram um
marco na reforma educacional, sobretudo para o ensino de Química. A exemplo dos PCN e
das modificações na LDB, ambos trabalhando em consonância na tentativa de oferecer opção
metodológica aos técnicos e professores para que desempenhem suas funções de acordo com
os avanços advindos das novas tendências educativas.
Em sua função norteadora do fazer pedagógico, os PCN (1999, p.33) especificam
algumas ações que o professor de Química deve adotar em sala de aula para que, deste modo,
o ensino alcance seu principal objetivo, ao formar cidadãos capazes de produzir conhecimento
e de contribuir positivamente para o meio social em que vivem.
Em um primeiro momento, utilizando-se a vivência dos alunos e os fatos do dia-adia, a tradição cultural, a mídia e a vida escolar, busca-se reconstruir os
conhecimentos químicos que permitiriam refazer essas leituras de mundo, agora
com fundamentação também na ciência. Buscam-se, enfim, mudanças conceituais.
Nessa etapa, desenvolvem-se “ferramentas químicas” mais apropriadas para
estabelecer ligações com outros campos do conhecimento. È o início da
interdisciplinaridade.
Neste trecho, nota-se a ênfase dada à prática de um ensino interdisciplinar e a
necessidade de reconhecer em outro ambiente, que não a escola, a possibilidade de adquirir
conhecimentos. Aliado ao fato de que estes, por sua vez, interferem significativamente no
modo como os conteúdos que compõem o currículo nacional, devem ser abordados em sala de
aula.
O termo “ferramentas químicas” sugere ainda, a adoção de recursos didáticos que
facilitem a compreensão dos assuntos, as relações interpessoais e a interdisciplinaridade que,
de maneira implícita, também sinaliza a constatação da ineficiência do atual ensino de
Química. Sobretudo pelo fato de que a proposta interdisciplinar é exatamente o oposto da tão
aplicada metodologia tradicional, onde cada componente curricular é visto como fim em si
mesmo.
Embora os PCN tenham sido elaborados com o intuito de orientar a prática docente
em cada disciplina que compõe a Base Nacional Comum, não se pode dizer que tais
parâmetros, de fato, contribuíram para esta finalidade. Principalmente pelo fato de que sua
elaboração deveria ter sido fruto de uma ação conjunta e democrática entre os professores,
como co-participantes no processo de elaboração, e especialistas de diversas áreas. O que, na
prática, não ocorreu.
Neste contexto, o professor tornou-se um mero executor de programas elaborados
por “especialistas”. Estes, que cheios de imposições teóricas, não se limitam apenas a definir a
matriz curricular da Educação Básica, mas estendem seus limites aos conhecimentos,
conceitos e habilidades necessárias ao desempenho docente.
Assim, direta ou indiretamente, todos os que fazem parte do processo educativo
colhem os frutos de um já sedimentado modelo curricular, cujas disciplinas são divididas em
blocos e metas para o cumprimento de cada tópico são previamente estabelecidas, não
contemplando assim, a criatividade dos professores ou educandos.
Frente a esta disjunção entre teoria e prática, surge uma outra questão a ser
considerada : a necessidade de investir na qualidade da formação do educador que, de acordo
com Pimenta(2000), historicamente é marcada pela desarticulação entre os saberes docentes,
os científicos e os pedagógicos. Tal análise ganha reforço na discussão de Fiorentini et al
(1998, p. 311), quando afirmam que:
[...] o problema do distanciamento e estranhamento entre os saberes científicos,
praticados/produzidos pela academia, e aqueles praticados/produzidos pelo professor
na prática docente, parece residir no modo como os professores e os acadêmicos
mantêm relação com estes saberes.
Nesta relação, é necessário que haja por parte deste profissional, um posicionamento
crítico acerca da melhor maneira de conduzir a prática teórico-metodológica. Desta forma
quer seja a práxis, concebida pela Instituição de Ensino, a de supervalorização da teoria em
detrimento da prática reflexiva, quer seja aquela que incentiva o desenvolvimento da
criatividade e reflexão, o professor será capaz de identificar e intervir em cada decisão,
escolhendo aquela que melhor se adéqua à realidade escolar e ao contexto social na qual está
inserida.
3 CONTRIBUIÇÃO PEDAGÓGICA DE UMA ATIVIDADE LÚDICA: ANÁLISE DE
UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO
Centrado em recursos puramente tradicionais, o ambiente pesquisado foi observado
sob diferentes aspectos, tais como: índice de rejeição da disciplina, conhecimentos prévios
dos alunos e metodologia docente, principalmente no que se refere ao conteúdo em estudo
(Tabela Periódica).
Posterior a observação do espaço educativo, iniciou-se a fase de coleta de
informações pertinentes ao tema, através de questionário (disponível no apêndice 1) e
sondagem verbal. Desse modo pôde-se constatar cada aspecto negativo decorrente do ensino
de Tabela Periódica, bem como criar estratégias que reforçassem os conhecimentos básicos
necessários à posterior aplicação, e melhor desempenho na execução do jogo didático.
As questões alvo da análise foram formuladas de modo a detectar habilidades básicas
decorrentes da consulta à tabela, tais como: localização em período e família, número
atômico, de massa e o símbolo dos elementos caracterizando a base discente neste conteúdo.
Sendo aplicado, o mesmo questionário, antes e depois do jogo com o intuito de mensurar o
índice de contribuição do mesmo ao desenvolvimento cognitivo discente.
Apontado como uma das razões de aversão à disciplina, o ensino da Tabela Periódica
não tem alcançado seu objetivo primordial que é o de facilitar a localização de elementos
associando esta localização à características importantes como as propriedades físicas,
químicas e periódicas para a qual foi destinada.
Seu caráter de consulta exclui a memorização, porém para que esta consulta seja
eficaz e que de fato ajude a resolução de questões de Química é necessário que informações
que norteiam a sua organização sejam claramente entendidas.
Na prática o que se tem observado é uma extrema dificuldade, até mesmo a nível
acadêmico, de extrair informações básicas da mesma, tais como o período e/ ou família onde
está localizado um dado elemento.
No intuito de facilitar o manuseio e contribuir para a melhoria da abstração deste
conteúdo, o jogo educativo ‘Família real’ foi elaborado. Sendo o tabuleiro a própria tabela, ao
deslocar-se no jogo em períodos e famílias através do acerto ou erro nas questões sorteadas, o
educando desenvolve a habilidade de localizar com rapidez cada elemento, conforme mostra a
figura abaixo:
Fig.1- Tabuleiro do Jogo ‘Família Real’.
Ao jogar os dados o jogo é iniciado, definindo a ordem de participação de cada
jogador. As cartas numeradas de 1 a 18 possuem perguntas com diferentes níveis de
dificuldade que posicionam o jogador em período e família específicos, auxiliadas por 4
outros tipos de cartas:
1-Coringa
: (nível avançado de questões que permite o envolvimento do
restante do grupo, mobilizando a todos na participação do jogo).
PERGUNTA:
PERGUNTA:
ÁGUA DURA EM PEDRA
MOLE, TANTO BATE
ATÉ QUE FURA ...????
EXPLIQUE ESTE DITO
POPULAR ÀS
AVESSAS...
QUE METAIS
PROMOVEM A DUREZA
DA ÁGUA???
UMA DE MINHAS FORMAS
ALOTRÓPICAS É O MAIS
RESISTENTE MATERIAL DE
OCORRÊNCIA NATURAL!
AMADO PELAS
MULHERES... ...DESEJADO
PELA INDÚSTRIA
PETROLÍFERA..QUEM
SOU???
A: Menor período da
família par seguinte.
E: Volte ao maior período
da família anterior
AVANCE:
A: AGUARDE
CONTAGEM DE PONTOS.
E: A SÉRIE RADIOTIVA
10 O AGUARDA!!
2- Bomba
: Sempre ruins para os participantes, indicam uma prenda a ser
paga , geralmente com o regresso a uma posição desfavorável.
VOCÊ ESQUECEU O
VIDRO DE ÉTER
ABERTO?
QUE HORROR! VOCÊ
DESCARTA ÓLEO
VEGETAL NA PIA??
DESLIZE!!!
ENTÃO
PREFERE POLUIR NÃO
É???
VOLTE PARA O
ÚLTIMO PERÍODO DA
FAMÍLIA ÍMPAR
ANTERIOR
VÁ PARA A SÉRIE
RADIOATIVA 6 E FIQUE
LÁ POR 2 RODADAS!!
QUE
FICOU
TONTO...
TROQUE DE LUGAR COM
SEU ANTECESSOR!!
3-Estrela da Sorte
·:
NÃO UTILIZA SACOLAS
RETORNÁVEIS?
Sempre uma boa notícia para o participante, indicam a
imunidade a uma carta bomba ou o avanço no jogo.
IMUNIDADE!!!
PASSE PELA PRÓXIMA
BOMBA SEM DETONÁLA!!!
4- Zona de perigo
TROCANDO AS
BOLAS!!
INVERTA A SEU
FAVOR, A PENALIDAE
DA PRÓXIMA BOMBA!!
: Referentes
IMUNIDADE SURPRESA
FAÇA COM QUE O
OPONENTE QUE O
ANTECEDE SEJA
PENALIZADO EM SEU
LUGAR NA PRÓXIMA
BOMBA!!
à série radioativa, estão associadas a um longo
período sem jogar ou a um retorno nada favorável. O participante é mandado para esta área,
em decorrência de um erro em pergunta coringa ou por uma carta bomba.
3
UMA RODADA SEM
JOGAR!
AO RETORNAR VÁ
PARA O 60 PERÍODO
DA FAMÍLIA
ANTERIOR.
Divididos em 3 grupos com 4 componentes, cada equipe elegeu o representante que
iria responder às questões e seguir no jogo. Um clima empolgante foi estabelecido assim
como o de competitividade, marcando assim a aplicação desta ferramenta didática.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A proposta inicial para a participação discente excluía a valoração em nota na
disciplina, enfatizando a aprendizagem nestes conteúdos como maior premiação a ser obtida e
esta, sem acepção de participante.
Durante a execução do jogo observou-se uma busca contínua por informações e a
mobilização de todos os integrantes, estabelecendo uma necessária competitividade e, acima
de todos estes aspectos,a evidente satisfação discente com os resultados e com o jogo.
Comprovando a eficácia deste recurso na abordagem de conteúdos descritivos, conforme
mostra a figura abaixo:
Figura 2-Percentual de aproveitamento discente antes da aplicação do jogo educativo
QUESTÕES
PERCENTUAL DE
APROVEITAMENTO
EDUCANDOS
Q4
Q5
Q6
Q7
1
A
A
E
E
25
2
E
A
E
A
50
3
E
E
A
E
25
4
A
A
E
E
50
5
A
A
E
E
50
6
E
A
E
A
50
7
E
A
E
E
25
8
E
A
E
E
25
9
E
A
E
A
50
10
A
A
E
E
50
11
E
A
E
A
50
12
E
A
E
E
25
Figura 3- Acertos e erros após aplicação do jogo
QUESTÕES
PERCENTUAL DE
APROVEITAMENTO
EDUCANDOS
Q4
Q5
Q6
Q7
1
A
A
E
A
75
2
E
A
A
A
75
3
A
E
A
A
75
4
A
A
A
A
100
5
A
A
A
A
100
6
A
A
A
A
100
7
A
A
A
E
50
8
A
A
E
A
75
9
E
A
A
A
75
10
A
A
A
E
75
11
A
A
A
A
100
12
A
A
E
A
75
Com um rendimento visivelmente superior, o resultado do questionário pós- jogo
revela o quanto uma atividade lúdica pode contribuir, favoravelmente, para a melhoria da
qualidade de ensino. Porém, mais do que a observação quantitativa deste rendimento, a
análise baseada no acompanhamento e convívio com estes alunos por um período de 2 meses,
oportunizou a comprovação prática deste ascendente progresso da qualidade de
aprendizagem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ensino de Química é caracterizado pela memorização de fórmulas, nomes e uma
infinidade de cálculos e, aliando-se estes aspectos a uma metodologia tradicional, o
conseqüente desestímulo discente é algo que pode ser facilmente comprovado. Sendo esta
falta interesse apontada, por professores, como causa de suas frustrações pessoais razão que
para eles, justifica a utilização de recursos que lhes proporcionem menor esforço.
A necessidade de adaptação da sala de aula a um público alvo em constante evolução
tem feito com que a formação docente seja alvo de frequentes discussões, abrindo caminho
para novos recursos e, em consequência, para a contínua capacitação profissional.
A motivação, ou a falta dela, tão mencionada como vilã do processo formativo
discente exige, por parte de educadores, reflexão e auto-análise da prática educativa adotada
e, principalmente, acerca daquilo que produz no outro tal efeito. Segundo Vasconcelos (1999,
p.53) : “Ninguém motiva ninguém, ninguém se motiva sozinho, os homens motivam-se em
comunhão, mediados pela realidade”.
Sendo a realidade considerada como prioridade no processo de ensino-aprendizagem,
a motivação é mera consequência, o que só reitera a importância de adoção de novas práticas
de ensino e que estas, por sua vez sejam condizentes com o cotidiano discente e com as
necessidades contemporâneas de cada geração.
Os resultados desta pesquisa apontaram para novos horizontes a serem explorados no
exercício desta profissão, o que instiga a busca por atualização fazendo das novas tecnologias
grandes aliadas na construção de um conhecimento mais significativo.
APÊNDICE 1- QUESTIONÁRIO (TABELA PERIÓDICA)
1-Quanto à disciplina, você acha:
□ Tolerável
□ Regular □ Péssima
□ Boa
□ Ótima
2- Motivo da opinião do item anterior:
a) Em si mesmo
b) No professor
c) A disciplina
d) A metodologia
3-Sugestão para a melhoria do ensino de Química:.........................................................................
#COM RELAÇÃO À TABELA PERIÓDICA (Localização, características físicas e Químicas dos
elementos), responda:
4- O ouro, cujo símbolo é......está localizado no....período da família....... ,é um metal nobre com
massa atômica igual a ......
a) Ou; 5º; 6; 79
b) O; 6º ; 11; 79
c) Au; 6º ; 11;197
d) Au; 5º; 11; 79
5-O ouro, cujo símbolo é......está localizado no....período da família....... ,é um metal nobre com
massa atômica igual a ......
a) Ou; 5º; 6; 79
b) O; 6º ; 11; 79
c) Au; 6º ; 11;197
d) Au; 5º; 11; 79
6-O mercúrio é o único metal no estado líquido (em condições ambientes), seu símbolo é....... seu
elétron mais energético encontra-se num subnível ...... e possui número atômico igual a..........
a)Me; f; 200
b) Mc; d; 180
c) Hg; f; 80
d) Hg; p; 47
7-Sobre as Propriedades Periódicas, responda: O elemento de menor raio da família 14 é o:
a) Chumbo
b) Titânio
c) Carbono
d) Germânio
8- O elemento mais eletronegativo dos Halogênios é o:
a)Cádmio
b) Cloro
c) Flúor
d) Iodo
9-Elementos e Aplicação Cotidiana: Associe a 2ª coluna de acordo com os números que
correspondem aos elementos em suas respectivas aplicações cotidianas.
1-OURO
2-NEÔNIO
3-FLÚOR
4-MERCÚRIO
5-TUNGSTÊNIO
6-FERRO
7-CLORO
8-CÁLCIO
9-CARBONO
10-IODO
(
(
(
(
(
(
(
(
(
(
) ADITIVO DO SAL DE COZINHA
) CREMES DENTAIS
) COMPOSIÇÃO ÓSSEA
) MINERAÇÃO DO OURO
) METALURGIA
) FILAMENTOS DE LÂMPADAS
) LETREIROS LUMINOSOS
) COMBUSTÍVEIS E POLÍMEROS
) CONFECÇÃO DE JÓIAS
) BACTERICIDA
10-OCORRÊNCIA E/ OU OBTENÇÃO:
O elemento mais abundante do ar atmosférico é o: ...........................
a) Oxigênio
b) Nitrogênio
c) Hélio
d) Hidrogênio
REFERÊNCIAS
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO - PCN CONHECIMENTOS
DE QUÍMICA, 2008.
_________MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO.- PCN CONHECIMENTOS
DE QUÍMICA, 1999.
FIORENTINI, D.; SOUZA JÚNIOR, A. J. de; MELO, G. F. A. de. Saberes docentes:
um desafio para acadêmicos e práticos. In:GERALDI, C. M. G.; FIORENTINI, D.;
PEREIRA, E. M. de A. (orgs). Cartografias do trabalho docente: professor(a) –
pesquisador(a). Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1998.
PIMENTA, Selma Garrido, GHEDIN, Evandro (Orgs). Professor reflexivo no Brasil:
gênese e crítica de um conceito. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
VASCONCELLOS, Celso. Construção do Conhecimento em Sala de Aula. São Paulo:
Libertad, 6° edição, 1999.
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o lúdico no ensino de química e a formação continuada