Pequenas empresas investem em
gestão de pessoas para reter talentos
O aquecimento do mercado de trabalho
pressiona as pequenas empresas a investir
em gestão de pessoas para não perder talentos. Com isso, rotinas trabalhistas e benefícios como remuneração atrelada ao desempenho deixam de ser exclusividade de
multinacionais para fazer parte do dia a dia
dos microempresários brasileiros. Com estrutura e recursos reduzidos, esses empreendedores usam a criatividade e a proximidade
com os colaboradores como diferenciais.
Essas empresas, diz o gerente de Conhecimento e Competitividade do Sebrae/
RJ, Cezar Kirszenblatt, já entenderam que
tamanho e falta de dinheiro não são desculpas para deixar de fazer gestão de pessoas.
Para aqueles que ainda estão na era do departamento pessoal, ele avisa que o primeiro passo é definir missão, visão e valores
da organização. A partir daí, o empresário
deve aproveitar as vantagens da proximidade com os funcionários para, por exemplo,
implementar uma gestão participativa.
– É importante nomear um profissional
para fazer a gestão do RH. Ele poderá buscar ajuda externa em consultorias para processos como folha de pagamento e usar ferramentas gratuitas na internet – ensina Cezar.
Pesquisas apontam tendências
A necessidade da profissionalização das
áreas de gestão de pessoas nas pequenas
empresas é sentida em pesquisas da consultoria Deloitte. Ana Paula Mocny, diretora
de Capital Humano da empresa, explica que
nos últimos anos os temas predominantes
nos RHs das organizações de menor porte
passaram de remuneração e substituição
do líder para questões como reconhecimento e manutenção do clima interno.
Foto: Divulgação
Mercado competitivo faz
gestores oferecerem benefícios
e terceirizar processos
– Os empresários
estão preocupados em
não perder talentos –
constata a consultora.
Terceirização para
treinamento
Os empresários Johnny Pontes (em primeiro plano),
Lu Santos e Gabriel Pontes usam a proximidade com os
colaboradores para manutenção do clima
Entre os proprietários de empresas que já
perceberam a diferença que um RH estruturado é capaz de fazer está Johnny Pontes.
Os 40 funcionários de sua confecção em
São Cristóvão recebem treinamento de uma
empresa contratada. O empresário e seus
sócios fazem questão ainda de investir na
manutenção do clima organizacional, o que
passa por um ambiente sem divisórias, para
facilitar a comunicação, e pela oferta de atividades típicas de grandes empresas como
ginástica laboral. Como resultado, eles não
enfrentam a falta de costureiras, um problema comum neste ramo de atividade, e trabalham com alto índice de engajamento.
– Quando preciso convocar os funcionários
para um trabalho extra no fim de semana, eles
topam na hora e me falam que o meu problema é deles também – exemplifica Pontes.
Prêmio Ser Humano
reconhece pequenas
As micros e pequenas empresas do estado do Rio que desenvolvem as melhores
práticas em gestão de pessoas têm a oportunidade de serem reconhecidas pelo Prêmio
Ser Humano, promovido anualmente pela
ABRH-RJ. Em 2013, as empresas COMKIT,
Hiperbárica Hospitalar e OFFICILAB Farmácia de Manipulação foram vencedoras.
Como fazer na pequena empresa
-O empresário precisa patrocinar a gestão
de pessoas como uma prioridade.
- Desenvolver os líderes para terem uma excelente comunicação com os funcionários.
-Marcar um horário para gestores receberem funcionários que quiserem
conversar.
- Criar encontros mensais entre gestores
e colaboradores para eles trocarem as
melhores práticas.
- Incentivar a gentileza entre as pessoas,
reconhecendo as melhores iniciativas.
- Fazer anualmente uma pesquisa de clima e trabalhar em um plano de ação.
Fonte: Great Place to Work
• Presidente da Diretoria Executiva - Paulo Magalhães Sardinha - [email protected]
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• Jornalista Responsável: Gustavo Fernandes • Diagramação: www.casadocliente.com.br
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