GESTÃO DE PESSOAS e
Instituições Federais de Ensino
Matinhos, Nov/2010
Gestão de Pessoas
• Políticas e ações administrativas que têm como foco as
pessoas em contexto organizacional, e, especificamente
ao modo como são atraídas, integradas, mantidas,
motivadas e desenvolvidas.
• Captação, integração, gestão do desempenho e
educação continuada.
• Expressão novo paradigma nas relações de trabalho
–
–
–
–
“recursos”
“parceria”
“gerenciamento”
“posição estratégica”
“resultados do contratante”
Retornos para todos os parceiros
“Conjunto de técnicas”
“Interação entre pessoas”
•
Busca da sinergia considerando a assimetria de interesses e
participações dos diferentes públicos. Objetivos organizacionais e
individuais
•
Interesse em que cada um dos parceiros continue disposto a
investir suas potencialidades na medida em que há certo
equilíbrio na obtenção de retornos satisfatórios aos seus
investimentos.
•
Discute-se o fundamento nas “pessoas” como seres de
singularidade, história pessoal diferenciada, de competências;
ativadoras inteligentes dos recursos organizacionais e capazes de
dotá-los de talento e aprendizagem que sustentam a renovação
em um contexto de mudanças e desafios.
•
Caráter de reciprocidade na interação entre pessoas e
organizações.
Se acreditarmos que....
• As pessoas são essenciais para as organizações;
• Existem ações de gestão que facilitam as relações entre
as pessoas e as instituições e aos processos de
mudança necessários;
•
As relações de trabalho e os modos de subjetivação
estão implicados com os modos de organização social e
do trabalho;
• ENTÃO, como pensar tudo isto no contexto de uma
Instituição Federal de Ensino? E como pensar isto como
Servidor Técnico-Administrativo?
Modelos e princípios de gestão pública
•
A pressão social por resultados e melhoria da aplicação dos
recursos.
•
Transparência, participação e controle social
•
•
•
Orientação para resultados
•
Trabalho em rede
•
Profissionalização da gestão
•
Articulação de recursos públicos e privados
•
Ênfase na regulação na promoção e na parceria com a sociedade
Atitudes e ambiente empreendedores
DIMENSÕES de SABER das competências de
GESTORES PÚBLICOS
•
AGIR – o que e por que faz; analisar, escolher, decidir.
•
MOBILIZAR RECURSOS – criar sinergia, mobilizar recursos.
•
COMUNICAR – compreender, processar, transmitir informações e
conhecimentos
•
APREENDER – trabalhar o conhecimento e a experiência; ser flexível e
desenvolver-se
•
ASSUMIR RESPONSABILIDADES – por prazos, recursos, metas dos
projetos sob sua responsabilidade.
•
VISÃO ESTRATÉGICA – conhecer e entender o objetivo da organização,
seu ambiente, identificando oportunidades, participando da definição e
implementação das suas estratégias.
•
Fonte: ENAP: Brasília, 2002
COMPETÊNCIAS PARA FORMULAÇÃO DAS
ESTRATÉGIAS
•
PROSPECTAR- para antecipar-se; agir em tempo certo com visão sistêmica
•
BUSCAR PARCERIAS E INTEGRÁ-LAS às atividades públicas; utilizar
diferentes tipos de recursos
•
Conhecer a LINGUAGENS DA SOCIEDADE; ouvir e comunicar-se com os
atores sociais
•
Criar CULTURA ORGANIZACIONAL, os sistemas e mecanismos requeridos
para a APRENDIZAGEM
•
AVALIAR as conseqüências das decisões, internamente e externamente.
•
Conhecer e entender profundamente os OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO,
identificando desafios, potencialidades e oportunidades.
• E, agora José????
• O que isto tem a ver com o que estamos
fazendo hoje aqui?
• Quais as especificidades das ações e
políticas de gestão de Pessoas nas IFE?
• Política instituída por Lei, por Decreto, de
conhecimento público, em âmbito nacional
– Lei 11.091/2005
– Decreto 5.825/2006
• As representações normalmente são
instituídas seguindo preceitos legais e
exercidas mediante votação entre os
pares.
– CIS – Comissão Interna de Supervisão
Plano de desenvolvimento de TécnicoAdministrativos em Educação – Decreto 5825/2006
•
VISA GARANTIR (Art. 4º)
 A FUNÇÃO ESTRATÉGICA do ocupante da carreira dentro da IFE
 Apropriação do processo de trabalho inserindo como sujeitos no
PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL
 Aprimoramento do processo de trabalho, transformando-o em
CONHECIMENTO COLETIVO e DOMÍNIO PÚBLICO
 CONSTRUÇÃO COLETIVA de questões institucionais
 A administração de pessoal como ATIVIDADE DE TODAS AS
UNIDADES da administração das IFE
 CAPACITAÇÃO E AVALIAÇÃO que viabilizem a melhoria da qualidade
na prestação de serviços, no cumprimento dos objetivos institucionais,
no desenvolvimento das potencialidades dos ocupantes da carreira e sua
realização profissional como cidadãos
• Artigo 6º - § único –
• especifica atividades para o cumprimento de
uma das dimensões do plano de
desenvolvimento –
– dimensionamento
– capacitação e aperfeiçoamento
– avaliação de desempenho.
• Entre estas refere a análise do quadro, da
estrutura organizacional, dos processos e
condições de trabalho
Objetivos do programa de capacitação (Art. 7º)
•
INICIAÇÃO AO SERVIÇO PÚBLICO
– Conhecimento da função do Estado,
– das especificidades do serviço público e conduta do Servidor Público
– Da MISSÃO da IFE
•
FORMAÇÃO GERAL
– Aspectos profissionais vinculados à formulação, ao planejamento, à
execução e ao controle das metas institucionais
•
•
EDUCAÇÃO FORMAL
GESTÃO
– Preparação para o desenvolvimento de atividade de gestão, que
constituem pré-requisito para o exercício de funções de chefia,
coordenação, assessoramento e direção
•
INTER-RELAÇÃO ENTRE AMBIENTES
– Capacitação para o desenvolvimento de atividades relacionadas e
desenvolvidas em mais de um ambiente organizacional
•
ESPECÍFICA
– Capacitação para o desempenho de atividades vinculadas ao ambiente
organizacional em que atua e o cargo que ocupa.
E, de novo... O que isto quer dizer?
•
Não se pode dizer que não há política!
•
Porém, como pensamos sobre os indicativos que ela traz?
– Sustentar espaços de reconhecimento do trabalho do técnico interna e
externamente à instituição
•
Como operacionalizamos no dia-a-dia estas políticas?
•
Elas não dizem especificamente como fazer, porém nos atingem
diretamente
– Talvez possamos adotar a atitude de tentar nos salvar como
podemos.... Ou não?
– Talvez elas proponham um trabalho de elaboração e construção de
pontes nos ENTRE...
– Talvez elas legitimem os objetivos deste seminário
• Estabelecer redes de relacionamentos
• Promover compartilhamento de experiências nas diversas áreas
• Fomentar discussões
Mais algumas idéias
• 1. A palavra GESTÃO
– Origem latina em verbo gero, gessi, gestum, gerere
– Múltiplos significados: conceber, produzir, inventar,
engendrar, executar, causar, criar, administrar,
desenvolver, carregar, chamar a si, ato.
– Geração de um novo modo de administrar uma
realidade, que traduziria a idéia de comunicação pelo
envolvimento coletivo, por meio da discussão e do
diálogo?
Mais algumas idéias, só para lembrar
• 2. O significado do TRABALHO
– As pessoas produzem e são produzidas no e pelo
trabalho. No trabalho com significado são colocadas
os objetivos, as habilidades e competências, o tempo,
as emoções...
– As organizações são lugares propícios ao sofrimento,
ao desconforto, às vezes ao tédio... E muitas pessoas
acabam se perdendo e desistindo... Muitas vezes,
adotam comportamentos defensivos...
– Alguns comportamentos defensivos: racionalizações,
fantasias, projeções, isolamento, apatia,
generalização, somatização, consumismo, adições.
E, Mais ainda, só para lembrar
• 3. MOTIVAÇÕES
– Nossas motivações são diferentes
– Quando encontramos significados que nos
engendram tendemos a nos engajar mais, ser mais
flexíveis para compatibilizar objetivos pessoais e
organizacionais, mais resistentes a situações de
adversidade e incerteza.
– Reinventamos nosso poder de ação e intervenção
quando nos conhecemos melhor e aceitamos nossos
pontos de fronteira.
E,Mais algumas idéias, só para lembrar...
• 4. A gestão de pessoas pode trazer indigestão
– CORAGEM para superar o medo de descobrir que ninguém é
perfeito, para ter forças de enfrentar a realidade como ela é e
parar de varrer a sujeira para debaixo do tapete.
– HUMILDADE para vencer a falsa idéia de que é humilde o
suficiente, que cega e faz pensar que sabemos a verdade da
situação em que estamos inseridos. Como o medo aterroriza,
muitas vezes preferimos ficar cegos e iludidos.
– TOMADA DE DECISÃO – para evitar a procrastinação,
esperando o dia em que as condições serão ideais e que
teremos a solução perfeita.
– “Alguém tem de fazer alguma coisa... É incrivelmente patético
que tenha de ser nós” (Jerry Garcia)
Finalmente, um pouco sobre grupos
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Pluralidade divergências e discordância.
Verticalidade pode sufocar, horizontalidade pode anular e paralisar
A vida coletiva - unir interesses comuns, para construir a unidade suficiente
para levar a cabo a tarefa de viver juntos.
A tarefa de construir a vida coletiva emperra continuamente e impõe um
desdobramento das posições, afirmar as diferenças e renunciar a acreditar
que será mais fácil eliminando os adversários. É preciso insistir
comprometendo-se com a idéia de que “já que é preciso fazer, que seja
feito com o menor dano possível”.
Contradição atual: acreditar que não se deve/depende do coletivo que nos
preexiste, mas atribuir a este o ônus de reconhecer-nos.
É preciso fazer existir o coletivo a partir dos indivíduos, mas é irrealizável,
se estes, protegendo suas respectivas singularidades, não tolerarem
qualquer perda em benefício do coletivo.
É dentro da instituição que o homem inicialmente se perde, mas é lá que ele
se encontra. Quando se entra no jogo social e em suas regras, o que
receberá em restituição será uma consciência mais humana.
Os modelos modificaram, mas não libertaram da necessidade de fazer o
coletivo. Isto nos obriga a dar de novo a cada um o seu lugar, mas de outra
forma. Este é o desafio que está em jogo.
RAMBO, MAGAYVER,
MADRE TERESA DE CALCUTÁ
• Marcas:
• RAMBO – generosidade; entende a
necessidade dos outros e sente-se bem
ajudando.
• MAGAYVER – confiança e lealdade.
Responsabilidade e discrição. Não admite a
covardia
• Madre Teresa disse:
 Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
 Se você é gentil, as Pessoas podem acusá-lo de interesseiro. Seja feliz
assim mesmo.
 Se você é vencedor, terá alguns falsos amigos e inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
 Se você é honesto e franco, as Pessoas podem enganá-lo. Seja franco e
honesto assim mesmo.
 O que você levou anos para construir, as pessoas podem destruir de uma
hora para outra. Construa assim mesmo.
 Se você tem paz e é feliz, as Pessoas podem sentir inveja. Seja feliz assim
mesmo.
 O bem que você faz hoje, pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim
mesmo.
 Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode não ser o bastante. Dê o
melhor de você assim mesmo.
 Veja você que, no final das contas, é tudo entre você e Deus. Nunca foi
entre você e os Outros.
•
Neste contexto de trabalho específico que são as IFEs,
•
Pensando a gestão das pessoas com seus novos modos de ação; e,
•
As trajetórias já percorridas ou por percorrer pelos Servidores TécnicoAdministrativos de Educação;
•
E, ainda os espaços ENTRE
–
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–
–
O particular e o público
O indivíduo singular e o coletivo
As utopias e a realidade
As teorias e as práticas
O ideal e o possível
•
quais são as estratégias, as ações, os valores que fazem a tessitura que
intermediam e lincam???
•
Estas são as considerações perguntas que proponho circularem pelo
trabalho que está iniciando. Obrigado.
Referências
•
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos
humanos nas organizações. 2ª ed. 8ª reimpr. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
•
DAVEL, E. VERGARA, S. C. (Orgs) Gestão com Pessoas e
subjetividade. 1ª ed. – 3ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2006.
•
LEBRUN, J-P. Clínica da instituição: o que a psicanálise contribui
para a vida coletiva. Porto Alegre: CMC Editora, 2009.
•
ROSSO, F. Gestão ou Indigestão de Pessoas?: Manual de
sobrevivência para RH na área da saúde.São Paulo: Loyola, 2003.
•
VERGARA, S. C. Gestão de Pessoas. 3ª ed. São Paulo: Atlas,
2003.
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