DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS DIDÁTICOS COMO QUEBRACABEÇAS E ROLETA QUÍMICA PARA FACILITAR O CONHECIMENTO QUÍMICO1. DRESCHER, Carine Fernanda2; FLORES, Sabrina Liscano2; VIEIRO, Edrieli Oliveira2; WIPPEL, Suzani S.3; MARTINS, Márcio Marques4. ¹ Trabalho de Pesquisa _UNIFRA. ² Acadêmicos do Curso de Química do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil. ³ Professora da Escola Coronel Pilar de Santa Maria, RS, Brasil. 4 Professor Colaborador do Subprojeto Química do PIBID/UNIFRA, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected] RESUMO Os materias didáticos denominados jogos educativos são objetos de aprendizagem e são bons recursos e importantes para a criação, desenvolvimento, prática e aplicação do conhecimento em qualquer aréa de conhecimento. Aprender com materias didáticos é muito mais divertido, interessante e instigante, apresentando vantagens na educação, pois habilidades variadas são despertadas, assim sendo eles boas estratégias para a construção do ensino-aprendizagem, devem ser usados ocasionalmente para superar dúvidas e aprimorar conhecimentos acumulados no decorrer do processo de ensino. Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Processo educativo; Ensino de química. INTRODUÇÃO Os jogos são instrumentos muito importantes e necessários para o desenvolvimento psicológico e psicomotor do ser humano, pois eles são recursos riquíssimos para aprimorar e construir conhecimentos e melhorar habilidades. Segundo Redin (2000), a criança que joga está reinventando grande parte do saber humano. Além do movimento interno e externo para os desenvolvimentos físicos, psíquicos e motor, além do tateio, que é a maneira privilegiada de contato com o mundo, a criança sadia possui a capacidade de agir sobre o mundo e os outros através da fantasia, da imaginação e do simbólico, pelos quais o mundo tem seus limites ultrapassados: a criança cria o mundo e a natureza, a forma e o transforma e, neste momento, ela se cria e se transforma. Segundo Kishimoto (1996), o jogo educativo tem duas funções. A primeira é a função lúdica, propiciando diversão e o prazer quando escolhido voluntariamente. A segunda é a função educativa, ensinando qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber e sua compreensão de mundo. Os jogos estimulam a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança; aprimoram o desenvolvimento de habilidades linguísticas, mentais e de concentração; e exercitam 1 interações sociais e trabalho em equipe. Nessa direção, os jogos didáticos surgem como uma alternativa, pois incentivam a interação aluno-professor; auxiliam no desenvolvimento de raciocínio e habilidades; e facilitam o aprendizado de conceitos (VYGOTSKY, 1989). Devemos ter em mente que o jogo não é simplesmente um passatempo para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu (TEZANI, 2004). Para dinamizar o processo educativo em química é bom fazer um desenvolvimento de estratégias modernas e simples, utilizando experimentos, jogos e outros recursos didáticos. Assim, desenvolvemos dois matérias didáticos para facilitar a construção do conhecimento do aluno nas aulas de química, um deles foi a roleta química que consiste em uma atividade de perguntas e respostas e o outro é um quebra-cabeça de estruturas orgânicas encontradas em algumas drogas como a cocaína e maconha. METODOLOGIA Esses matérias didáticos foram desenvolvidos dentro do Colégio Coronel PilarSanta Maria/RS, pelos bolsistas do PIBID/UNIFRA do Subprojeto da Química a fim de facilitar o conhecimento sobre alguns conteúdos de química abordados no ensino médio como o de funções orgânicas que é trabalhado durante todo 3° ano, este pode ser facilitado com o jogo denominado quebra-cabeças, onde ele apresenta estruturas orgânicas com diferentes funções químicas, os alunos devem montar as estruturas e depois identificar as funções presentes, além de ser estruturas químicas que representam um assunto atual e pertinente que são as drogas onde o professor pode fazer uma abordagem e alertar os seus alunos sobre as causas e danos do uso dessas substâncias no organismo do ser humano, pois são as estruturas da cocaína e da maconha. O outro material didático denominado roleta química, consiste em um jogo de perguntas e respostas, que tem uma roleta colorida que deve ser girada, dependendo 2 da cor onde a seta parar, o aluno tira uma pergunta do envelope da mesma cor e entrega para o professor, ele faz a leitura da pergunta e o aluno tenta responder corretamente. Com esse material pode-se trabalhar diversos conteúdos e ele também pode ser usado em diferentes momentos da aula, além de poder servir como um material avaliativo onde o professor percebe quem estudou o assunto e quem não estudou. RESULTADOS Esses jogos educativos denominados matérias didáticos foram desenvolvidos para serem aplicados durante este ano no Colégio Coronel Pilar-Santa Maria/RS. Acreditamos em resultados positivos e significativos em relação à construção e ampliação de conhecimentos, pois foram desenvolvidos para este fim. CONCLUSÃO O interessante dos jogos é que muitas vezes podemos trabalhar com situações vividas cotidianamente como a perda e a vitória, pois em situações reais da vida algumas vezes se ganha, outras se perde, ainda se pode desenvolver jogos colaborativos, ao invés de competitivos, onde um ajude ao outro a resolver a questão do jogo. Precisamos tomar cuidado quando desenvolvemos alguns materiais, pois muitos jogos as vezes exploram conceitos extremamente triviais e não tem a capacidade de diagnóstico das falhas do jogador, assim é preciso analisar a falha da jogada, sendo extremamente importante a interação e mediação do educador, para que deixe bem claro que a idéia principal do jogo é desenvolver novas aprendizagens e não somente atingir a vitória, foi por isso que desenvolvemos nossos materias com carater lúdico e de construção do processo educativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1996. REDIN, E. O espaço e o tempo da criança. 3ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2000. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 3 TEZANI, T. C. R. O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. 2004. Disponível em: <http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=621>. Acesso dia 10/04/2012. 4