As reações orgânicas são geralmente reações mais lentas, pois são reações moleculares, ou seja, ocorre entre moléculas. Para que estas reações aconteçam, é necessário quebrar as ligações das moléculas dos reagentes e reorganizar átomos ou radicais para formar novos produtos. A cisão homolítica ocorre quando a ligação covalente é quebrada por igual, de moto que cada átomo ou radical permaneça com seu próprio elétron. Cada partícula final é chamada de radical livre e é eletricamente neutra, porém possui um elétron desemparelhado. Os radicais livre são extremamente instáveis, existindo por apenas frações extremamente pequenas de segundo e, por isso mesmo, são muito reativos. Ocorre cisão heterolítica quando a ligação covalente é quebrada desigualmente, de modo que um dos átomos fica com os dois elétrons da ligação covalente. Neste caso, A tornou-se um cátion, pois perdeu seu elétron; B tornou-se um ânion, pois B ficou com o elétron de A. De um modo geral, a heterólise é mais fácil que a homólise. Enquanto a homólise exige altas temperaturas, luz ultravioleta etc para ocorrer, a heterólise já ocorre em temperaturas menores. É feita em alcenos ou alcinos, onde são adicionadas moléculas de H2. (HIDROGENAÇÃO). A hidrogenação do ciclopropano forma o propano, constatando-se a abertura do anel. Halogenação - Haletos de hidrogênio se adicionam aos alcenos dando origem aos haletos de alquila. Dos halogênios, aquele que se adiciona mais facilmente aos alcenos é o cloro, seguindo-se do bromo e do iodo. Foi constatado por Markownikoff, que a adição de haletos de hidrogênio ocorre de tal maneira que o de carbono mais hidrogenado hidrogênio se ligará de preferência ao átomo. Esta constatação é conhecida como Regra de Markownikoff. Na presença de peróxidos, há uma inversão à regra de Markownikoff. Hidratação - É o inverso da desidratação (reação de obtenção de alcenos). Assim como nas hidroalogenações, a hidratação segue a regra de Markownikoff. Ozonólise - Se o alceno possuir ramificações na dupla ligação, formam-se cetonas, se não possuir formam-se aldeídos. Ocorre entre haletos e o sódio metálico, duplicando uma cadeia carbônica. Ocorre por eletrólise de sais de ácidos orgânicos. A carboxila é oxidada a CO2 e cada molécula de água fornece um íon H+ para ser reduzido a H2. Os alcanos, por serem apolares, reagem por radicais livres em reações de substituição, onde o hidrogênio é substituído por outros ligantes. Geralmente as reações dos alcanos acontecem gerando misturas de produtos. Em moléculas mais complexas, observa-se que o produto formado em maior quantidade é aquele onde a substituição ocorre nos carbonos terciários, depois nos secundários e por último nos primários. Obs.: O haleto orgânico pode ser halogenado mais de uma vez. O ciclipropano reage com halogênios formando dihaletos conjugados abertos. O ciclobutano e os anéis maiores se comportam como alcanos, sendo alvo de reações de substituição. Analogamente a que acontece nas reações anteriores, o ciclipropano reage com ácidos halogenídricos, proporcionando abertura do anel. O ciclobutano, o ciclopentano e os cicloalcanos superiores não reagem com ácidos HX. Ocorre entre o ácido nítrico e um alcano, gerando mistura de produtos. É semelhante à nitração, só que é com o ácido sulfúrico. Álcoois podem ser desidratados por meio de uma catálise heterogênea. Neste caso, forma-se principalmente o 2-buteno, que é mais estável que o 1-buteno. Isto quer dizer que o hidrogênio do carbono 3 sai com mais facilidade que o do carbono 1. O hidrogênio sai do carbono menos hidrogenado. Assim como nos álcoois, os haletos orgânicos podem perder uma molécula de HX. Para este método geralmente utiliza-se solução de KOH ou NaOH em etanol. Similar aos álcoois, o hidrogênio da molécula HX sai do carbono menos hidrogenado.