UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A INFLUÊNCIA DO CAPITAL HUMANO NA CAPACIDADE DE INOVAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES Por: Isabel Cristina Hilgert Orientadora Prof ª. Emilia Maria Mendonça Parentoni BRASÍLIA 2008 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A INFLUÊNCIA DO CAPITAL HUMANO NA CAPACIDADE DE INOVAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes, Projeto A Vez do Mestre, como condição prévia para conclusão do curso de pósgraduação “Lato-Sensu” em Gestão Estratégica e Qualidade. Por: Isabel Cristina Hilgert 3 AGRADECIMENTOS Aos meus colaboradores – família, amigos, colegas de trabalho e da CEDIN. 4 RESUMO O presente trabalho se constitui de pesquisa bibliográfica sobre o tema Inovação, sua importância vital às organizações em tempos de mercado altamente competitivo e volátil e o papel das pessoas e da gestão nesse processo. Considerando-se que a capacidade inventiva e a criatividade são funções relacionadas ao pensamento humano, que impulsionaram e impulsionam a evolução e o desenvolvimento da humanidade, é o capital humano das empresas que promove a inovação e contribui para a sustentabilidade da empresa no mercado. Conduzir empresas para o sucesso requer acompanhar o mercado. Estar em cada momento, conhecer o cliente, estudar cenários, prever tendências. Inovar-se constantemente. Gerir o capital humano despertando no empregado o que de melhor ele possa oferecer, conforme seu conhecimento e habilidade, para a melhoria dos processos, produtos e serviços é o grande desafio das organizações. 5 METODOLOGIA A metodologia empregada será a pesquisa bibliográfica, em uma abordagem teórica, com fundamentos em pesquisas e estudos de autores renomados sobre o tema inovação e capital humano, e a influência deste capital na capacidade de inovação das organizações. Esta pesquisa terá como base as teorias apresentadas por estudiosos de administração e gestão estratégica, formadores de opinião e influenciadores de conceitos e cultura, com suas análises da evolução do mercado, do momento, em uma abordagem teórica sustentável e na influência das pessoas na geração de matéria prima para tal. Também serão apresentados estudos de caso relatados na bibliografia pesquisada, de empresas que usaram a inovação como estratégia para sair de situações de crise e tornarem-se referência no ambiente empresarial, bem como do papel desempenhado pelas lideranças e pelos empregados dessas organizações. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 7 CAPÍTULO I – A ORGANIZAÇÃO E A INOVAÇÃO 9 CAPÍTULO II – GESTÃO DA INOVAÇÃO 11 CAPÍTULO III – O CAPITAL HUMANO 14 CAPÍTULO IV – PERSONAGENS CORPORATIVOS 16 CAPÍTULO V – GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA 19 CAPÍTULO VI – EMPRESAS DE SUCESSO EM INOVAÇÃO 23 CONCLUSÃO 32 BIBLIOGRAFIA 35 ÍNDICE 38 FOLHA DE AVALIAÇÃO 39 7 INTRODUÇÃO Peter Drucker (2000, p.3) afirma que “nossos tempos são um período de transformação”. A velocidade e quantidade de informações, a crescente evolução tecnológica, a globalização, ofertas ilimitadas, forte concorrência, sociedade, mercado e cenários em constante mutação, consumidores cada vez mais maduros e exigentes, são alguns dos elementos do dia-a-dia das empresas. Lidar com esta turbulência obtendo proveito das transformações é prática das empresas vencedoras do mercado. Segundo Tom Peters (1998), neste estado de contínuas mudanças e caos a inovação constante é a única estratégia para sobrevivência das empresas. Quem conseguir inovar mais que a concorrência, com sustentabilidade, não apenas nos aspectos do negócio, mas em todos os momentos e em cada membro da equipe, conquistou a vantagem competitiva. A frase de Thomas Kelley (2008) ilustra o cenário atual: “Não basta mais ser apenas um inovador, você tem que correr muito mais rápido que as inovações de seus concorrentes. E cada vez mais competidores estão se tornando mais velozes.” Considerando-se que as pessoas são uma das fontes de inovação, senão a principal, pergunta-se qual é a influência do capital humano na capacidade de inovação das organizações? A hipótese a esse questionamento é que a gestão do capital humano do ponto de vista da liderança, engajamento, motivação e aprendizado é fator preponderante na capacidade de inovar e criar da empresa, se constituindo em diferencial competitivo. São as pessoas que fazem com que a inovação 8 aconteça, por meio da imaginação, da criatividade, da força de vontade e da perseverança. O objetivo principal deste trabalho é identificar a influência do capital humano na capacidade de inovação das organizações; e tem como objetivos secundários: - apresentar conceitos e tipos de inovação organizacional; - relacionar a gestão do capital humano à capacidade de inovação das empresas; - apresentar os principais personagens existentes nas organizações que propiciam a inovação; e - apresentar, analisar e avaliar casos de sucesso na gestão da inovação. 9 CAPÍTULO I A ORGANIZAÇÃO E A INOVAÇÃO A sociedade preconizada por Alvim Toffler e Peter Drucker na década de 80 se configurou no século XXI - a sociedade do conhecimento, da informação, das tecnologias. Segundo Peter Drucker (2000), nesta sociedade, as organizações devem ser orientadas à mudança constante e à inovação. Toda organização deve se devotar a criar o que é novo, aprender a explorar seu conhecimento e a inovar. Ikujiro Nonaka (2000) afirma que “as empresas de sucesso são as que consistentemente criam conhecimento novo, disseminam esse conhecimento amplamente a toda a organização e, rapidamente, o incorporam a novas tecnologias e produtos” (p.43). Seu negócio é a inovação contínua. Para Mario Castelar (2007), diretor de comunicação e serviços de marketing da Nestlé Brasil, inovação é uma constante renovação. “Quando permanecemos renovando na mesma direção, temos automaticamente a inovação.” A principal fonte de competitividade nas organizações são as pessoas, com sua capacidade de prever mudanças, adaptar-se às novas circunstancias e inventar novos métodos de atuação empresarial. A frase de Gary Hamel (2000), “Precisamos não de uma economia de mãos e cérebros, mas de uma economia de corações. Todo empregado deve saber que está contribuindo para algo que de fato fará uma diferença genuína e positiva.” (p.250), demonstra a importância do comprometimento do corpo funcional e do valor da definição do propósito e da causa da organização como regra para obtenção de inovação. 10 A organização comprometida com a inovação acredita em 3 pontos: 1) que os investimentos em inovação trarão grandes dividendos, 2) na existência de capacidade de imaginação e empreendedorismo em seu meio, 3) e na possibilidade de converter inovação em capacidade sistêmica. Gary Hamel (2000) define alguns componentes importantes para que a inovação possa representar soluções às organizações: - habilidades – para compreender o papel da inovação, para inventar novos conceitos de negócio e reinventar os antigos; - critérios de mensuração – de sua capacidade relativa de inventar novos conceitos de negócios e de criar riqueza, de avaliar seu desempenho em comparação com um conjunto relevante de concorrentes; - tecnologia da informação – para criar uma rede de inovação, um espaço de idéias corporativo; - processos gerenciais – aceleração de recompensas pelas idéias radicais, revisão dos processos de remuneração, treinamento, orçamento e planejamento estratégico, para fomentar a inovação. O processo de inovação para chegar às idéias envolve as ações: imaginar, desenhar, experimentar inovações, avaliar e subir na escala, num círculo constante, onde a velocidade vai determinar a capacidade da organização gerar riqueza. (HAMEL, 2000, p. 294). A cultura de inovação não é inata às organizações. É um processo de gestão e de aprendizagem. O desenvolvimento de uma cultura de inovação requer valorização humana, incentivo às novas idéias e uma longa experiência em produtos ou serviços focados nas necessidades do cliente. 11 CAPÍTULO II GESTÃO DA INOVAÇÃO O processo de tornar a empresa competitiva e de criar diferencial no mercado tem suporte nos vários tipos de gestão - de marketing, de produto, de negócios, de recursos, da informação, do conhecimento, estratégica. Segundo Edson Zogbi (2007), o novo desafio é a gestão da inovação, que depende de pessoas, pois são elas que dão conta do processo e preparam o ambiente para que as coisas fluam. Tanto que aos “Ps" do Marketing (produto, preço, praça, promoção) já foram agregados novos como P de pessoas e P de política. Na literatura são encontrados alguns conceitos dos tipos de inovação aplicados nas organizações, entre eles: 1) Inovação em gestão. É a inovação dos princípios e processos gerenciais que de fato transformam as práticas das tarefas dos executivos e as maneiras como elas são realizadas. (HAMEL, 2006). 2) Inovação em serviços. Na definição de Berry e Shankar (2006), são “as melhorias de desempenho que os clientes percebem como novos benefícios, com apelo para influenciar bastante seu comportamento, assim como o comportamento das companhias concorrentes.” Nos últimos anos os setores de serviços ganharam o mercado, respondendo por grande parte do volume de empregos, pela produção e renda no meio econômico. A competitividade desse mercado, a disponibilidade de informações e a maturidade dos clientes exigem alto nível de inovação e qualidade do serviço. 12 Os autores pesquisados exemplificam algumas empresas com alto grau de inovação e entre elas destaca-se o Cirque du Soleil, a FedEx, a Enterprises Rent-A-Car, Google, E-Bay, a CNN, a Dell e a Starbucks. São empresas que inovaram oferecendo serviços que representam soluções flexíveis, sem limitações de tempo e espaço, oferecem conveniência controlável, ganhos de conforto e acesso respeitoso. Empresas de serviços inovadoras e bem-sucedidas necessitam de empregados de alto nível. “As percepções que os clientes têm do esforço do funcionário para entregar-lhe o serviço exercem forte impacto sobre sua satisfação”. (BERRY e SHANKAR, 2000). Portanto, investem em treinamento e formação de pessoas, em contratação criteriosa, num eficiente sistema de comunicação interna e consideram na remuneração critérios de desempenho e reforço da marca. 3) Inovação operacional. A inovação operacional está relacionada às melhorias no modo de execução do trabalho que transforma inputs em outputs. (HAMEL, 2006). 4) Inovação de demanda. Defende que as empresas parem de se concentrar na funcionalidade do produto e foquem a conveniência do cliente, reconhecendo que o cliente precisa de muito mais do que apenas funcionalidade do produto.(SLYWOTZKY, 2006). A inovação, tanto aplicada a produtos ou serviços, divide-se em três zonas (Hamel, 2006): 13 - Inovação básica – quando são feitas pequenas melhorias no produto ou serviço. Ex.: a Coca-Cola com limão, o novo Gol da VW, as versões do Windows, o barbeador Sensor da Gilette. - Inovação relativa – se baseia em produtos e serviços já existentes, mas voltados a novos mercados. Ex.: barbeador Sensor da Gilette para mulheres - Inovação conceitual – produtos e sérvios com novo conceito, proposta de valor e modelo de negócio revolucionário. Ex.: iPod da Apple, rede Starbucks, Home Depot, Ikea. Independentemente da área em que é aplicada, no “management”, em serviços ou em operações, ou do nível de abrangência em que ocorre – básica, relativa ou conceitual, a inovação tronou-se crucial ao sucesso das organizações, seja pela informação circulante, pela qualidade exigida pelo cliente ou pelo alto nível de concorrência praticada pelo mercado. Com a inovação a empresa atrai demanda e gera novos fluxos de receita, desde que esteja orientada para o mercado. 14 CAPÍTULO III O CAPITAL HUMANO Ingrid P. Stoeckicht (2006) afirma que “o capital humano é considerado uma das principais fontes de inovação e renovação organizacional”. Define-se capital humano como um ativo intangível da empresas, composto de todo conhecimento, competências, aptidões, habilidades, idéias, criatividade, capacidade inovadora e comportamento dos indivíduos que trabalham em uma organização, além dos demais participantes do processo como os fornecedores, clientes, concorrentes, distribuidores e parceiros, que agregam valor ao negócio. O desenvolvimento do capital humano é primordial para a organização contemporânea, para sua saúde financeira e competitividade no mercado. Cada vez mais as empresas estão investindo na formação de seus colaboradores, inclusive financiando estudos, e aprimorando os processos de seleção. Segundo C.K. Prahalad (2007), “a competitividade de uma empresa advém de sua habilidade de desenvolver competências únicas e essenciais, que permitam gerar produtos inesperados.” Para o autor, as empresas exemplos de excelência em gestão reconhecem seus ativos intangíveis, promovem treinamento constante para o desempenho de novas habilidades, realocação em vários setores da empresa e reunião de pessoas de diversos níveis da organização. Esse intercâmbio de pessoas permite a troca de conhecimentos e informações, a valorização conhecimento coletivo. do conhecimento implícito e junção do 15 É no capital humano que está o principal ingrediente da inovação – a criatividade. São exemplos de “insights” criativos: velcro, post it, Coca-Cola, chocolate, entre tantos outros. Todos os setores de uma empresa – RH, marketing, financeiro, contábil, produção, vendas, funcionam com as pessoas. Portanto, as pessoas são a força vital para o sucesso ou fracasso de uma organização e como tal devem ser reconhecidas. 16 CAPÍTULO IV PERSONAGENS CORPORATIVOS Considerando-se a definição de inovação como pessoas que implementam novas idéias para gerar valor, entendemos que inovação não começa sozinha. São as pessoas que fazem com que ela aconteça, por meio da imaginação, da força de vontade e da perseverança. O caminho real em direção à inovação é por meio das pessoas. Como equipe. Relacionada aos diferentes papéis que cada um desempenha na organização. Thomas Kelley, em seu livro As Dez Faces da Inovação (2007), identifica personagens que atuam no dia-a-dia das organizações, que contribuem para as equipes expressarem seus pontos de vista e para criar um campo mais amplo de possibilidades de inovação. 1) O antropólogo – traz para a organização novos ensinamentos e idéias ao observar o comportamento humano e desenvolver um entendimento profundo de como as pessoas interagem física e emocionalmente com produtos, serviços e espaços. Contribui para o desenvolvimento de novos produtos e serviços. 2) O experimentador – desenvolve protótipos o tempo todo, aprendendo por meio de um processo esclarecido de tentativa e erro. Assume riscos calculados para alcançar o sucesso por meio de um estado permanente de “experimentação pela implementação”. 3) O polinizador – explora outros setores de atividade e outras culturas e, então, traduz suas descobertas para as necessidades específicas da organização em que atua. 4) 17 O corredor de obstáculos - sabe que o caminho até a inovação é repleto de obstáculos e desenvolve a destreza necessária para superar ou se desviar deles. É perseverante e se recusa a desistir. 5) O colaborador – contribui para reunir grupos ecléticos de pessoas, liderando-as para criar novas combinações e soluções multidisciplinares. 6) O diretor – não somente tem capacidade para reunir uma talentosa equipe, como também contribui para que as pessoas brilhem. 7) O arquiteto de experiências – desenvolve experiências que vão além da mera funcionalidade, a fim de estabelecer uma relação em nível profundo com necessidades latentes ou expressas do consumidor. 8) O cenógrafo – cria o palco em que os integrantes da equipe de inovação podem fazer seu trabalho melhor, transformando o ambiente físico em ferramentas poderosas capazes de influenciar comportamentos e atitudes. 9) O cuidador – baseia-se na metáfora do profissional da saúde, levando o cuidado com o consumidor a um patamar que vai muito além dos serviços. Bons cuidadores antecipam as necessidades dos consumidores e estão prontos a se encarregar delas. Ao observar um serviço que realmente atende à demanda, geralmente há um cuidador no comando. 10) O contador de histórias – desenvolve tanto o entusiasmo interno como o nível de conhecimento externo pela narrativa, transmitindo um valor fundamental e reforçando uma característica cultural específica. Reforça e transmite as narrativas que falam da cultura e história da organização, bem como as experiências dos consumidores. 18 O antropólogo, o experimentador e o polinizador são papéis relacionados à aprendizagem. Eles contribuem ao olhar das equipes para o ambiente externo à organização. Para perceberem a importância do manter-se atualizado, da abertura diária a novas influências, da capacidade de questionar suas visões de mundo e da revisão de conceitos. Estes personagens trazem para a empresa novas fontes de informação, constantemente, para expansão do conhecimento e crescimento. O corredor, o colaborador e o diretor representam a função organizadora. São personagens que levam adiante as idéias nas empresas. Conhecem o processo, as regras e dispõem dos recursos com competência para a obtenção dos resultados que desejam alcançar. Por fim, os quatro últimos personagens – arquiteto, cenógrafo, cuidador e contador de histórias, são os construtores. Segundo Kelley (2007), eles utilizam as informações provenientes dos papéis relacionados ao aprendizado e conferem poder aos papéis dos organizadores para que a inovação aconteça. São pessoas de alta visibilidade e encontram-se quase sempre no centro das ações. O autor identificou estes personagens em algumas empresas, como o polinizador na criação da Mujirushi Ryohin no Japão, o funcionário da 3M que inventou a fita crepe como corredor de obstáculos, o cenógrafo na Pixar e os contadores de histórias da Dell e da Starbucks. 19 CAPÍTULO V GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA Para obter resultados em inovação, criatividade e mudança construtiva, é fundamental a eficaz gestão do capital humano. Na economia do conhecimento, vencem as empresas que retêm os melhores talentos. (HAMMONDS, 2006). No mercado mundialmente competitivo o RH das empresas precisa ser um parceiro de negócios, que auxilie na execução das estratégias organizacionais, e não um departamento meramente administrativo. Organizar e gerenciar o capital humano é a chave para o sucesso do negócio; envolve agregar valor para o alcance da eficiência, influenciando nas decisões estratégicas, no desenho e nas mudanças organizacionais. Segundo Libby Sartain (2006), vide-presidente da Yahho: “a identificação e a preservação de talentos ideais e a construção de uma cultura de alto desempenho, ocupam lugar de destaque nas agendas estratégicas das organizações, pois são considerados itens essenciais para obter uma vantagem competitiva sustentável.” Para abandonar a posição administrativa e se transformar num colaborador valioso na contribuição aos resultados da empresa, é preciso antes ser um agente de mudança no processo de criação da cultura de alto desempenho: fornecendo ferramentas para medição e premiação de resultados, provendo aquisição e desenvolvimento de talentos e lideranças, discussão e avaliação da cultura organizacional, e reforço da marca, valores, missão, tradições e práticas da empresa. O papel das lideranças é fundamental neste processo 20 de desenvolvimento da cultura da organização, seja na transmissão de sua missão e valores, na liberação de talentos ou na capacidade de inspirar confiança. Na era do conhecimento a palavra de ordem quando se trata de liderança é autoridade moral, que vem de baixo para cima, representando uma evolução à era industrial que dependia da autoridade formal. (COVEY, 2008). Nas empresas inovadoras o líder é um mobilizador de recursos, capaz de persuasão e execução, de imaginar todas as possibilidades de uma idéia e estar à frente dessa idéia em uma realidade de mercado. É o diretor dos personagens identificados por Kelley, relacionados no Capítulo anterior, que os conduz de forma a obter o melhor de cada um deles e focar o sucesso da organização. Os empregados não são elementos passivos, paralisados por excesso de controles, mas sim atuantes conscientes, auto-administrados, confiantes de seus talentos e conhecedores da cultura de sua organização. Para Stephen Covey (2008), “o trabalhador não é mais uma ‘despesa’ nos demonstrativos financeiros, mas alguém que pensa” e que precisa ser conduzido com generosidade, gentileza e respeito. Os gestores da era do conhecimento precisam se dedicar a criar a cultura do empreendedorismo, dispondo de informações a todos que permitam a tomada de decisão e a análise de riscos, e gratificando os espíritos empreendedores. Precisam ainda se reconhecer como agentes de mudanças, ter espírito de adesão às mudanças e vê-las como oportunidades. Segundo Ingrid Stoeckicht (2006), são desafios à gestão do capital humano: - desenvolver uma visão organizacional capaz de 21 alinhar colaboradores em direção à aprendizagem, à criação do conhecimento e à inovação; - criar uma estrutura organizacional que propicie a criação, retenção e disseminação do conhecimento e incentive a criatividade e a inovação; - mapear as competências essenciais organizacionais e individuais necessárias no presente e futuro, para criar sinergia e complementaridade entre as diferentes fontes de conhecimento; - desenvolver modelos de motivação e reconhecimento para fomento da capacidade inovadora organizacional; - ampliar o foco da liderança para condução da inovação envolvendo a empresa como um todo no ambiente onde está inserida. Hamonds (2006), em reportagem à Fast Company, aponta as falhas em gestão de pessoas que impactam a tarefa que é encontrar, estimular e desenvolver os profissionais: - Avaliações de desempenho que visam medir atividades e não resultados, eficiência e não valor. As pessoas não podem ser avaliadas pelo que fazem e sim pelo resultado que oferecem. O propósito da avaliação de desempenho é reconhecer e desenvolver pessoas e não criar mecanismo de defesa para empresa. - Dependência à área financeira, cujo propósito é redução de custos e que implica em cortes de benefícios e diminuição da folha de pagamento, prática contrária ao estímulo do comprometimento, treinamento e desenvolvimento. - Padronização e uniformização são práticas contrárias às questões humanas, que são relativas a um universo por natureza complexo e heterogêneo. - Gestores de RH despreparados. “O RH não é para quem quer ser bonzinho e ajudar as pessoas. É para quem é capaz de captar os melhores e mais brilhantes profissionais no intuito de aumentar o valor da empresa.” (HAMMONDS, 2006). 22 - Falta de efetividade entre o discurso sobre a importância dos ativos humanos e a prática adotada pelas empresas. O autor ainda fornece alguns exemplos de empresas com atuação positiva em gestão de pessoas como a Yahho, que faz do departamento de RH o guardião do maior investimento da empresa, a General Eletric, a Procter & Gamble. Todos trazem os recursos humanos para o âmbito da estratégia empresarial. 23 CAPÍTULO VI EMPRESAS DE SUCESSO EM INOVAÇÃO 1.1 CIRQUE DU SOLEIL Criado em Quebec, Canadá, em 1984. Atualmente tem 3.500 empregados aproximadamente. Segundo Lyn Heward (2007), presidente de operações da divisão de conteúdo criativo do Cirque Du Soleil, para se integrar no quadro de pessoal da empresa os empregados precisam abrir sete portas: - das expectativas elevadas – praticar e usar a criatividade; - do despertar dos sentidos – vivenciar cada experiência e desenvolver instintos intuitivos, inspirar-se; - da busca incessante de talentos – por idéias e inspiração transformadora; - da criação de um ambiente estimulante – que favoreça a criatividade, o conhecimento interpessoal, a confiança, a colaboração e a sinergia; - da conexão com o mundo – é ele que fornece a inspiração; é preciso conhecer os clientes, atender expectativas e relacionar-se com o consumidor; - da coragem – capacidade de correr riscos; - da renovação contínua dos produtos – “para manter o frescor de cada espetáculo”. Para atingir a transformação criativa o empregado precisa trabalhar fora de sua região de conforto, tentar sempre algo novo, não se repetir e aplicar a criatividade nas suas tarefas cotidianas. 24 No Cirque du Soleil os empregados se sentem parte do processo. São expostos ao produto, encorajados a se sentirem proprietários, terem orgulho e a compartilharem o sucesso alcançado. “A aspiração é devolver ao mundo o que receberam, em busca de mudanças contínuas, de renovação.” (HEWARD, 2007). 1 . 2 G LO BE M E T AL U R G I C AL Bruce Rayner (2000, p. 289), em entrevista com Arden C. Sims, diretor-executivo da Globe Metalurgical, mostra a reversão de uma situação de crise da empresa (altos custos, baixa qualidade e produtividade, linha de produto inadequada e problemas com a concorrência) para outra de sucesso, por meio do comprometimento com a inovação contínua. A Globe Metalurgical é uma empresa americana, com sede em duas cidades, Beverly/Ohio e Selma/Alabama, que produz metais especiais para indústrias químicas e de fundição. As opções de baixar custos, demitir empregados e remodelar a operação não se mostraram adequadas à realidade e à solução dos problemas. A decisão adotada e que salvou a empresa, de forma sustentável, foi pautada na melhoria do processo produtivo e na gestão de pessoas. Equipes flexíveis de trabalho e interfuncionais, treinamento e capacitação, alta concentração em P & D e melhoria de incentivos. Para valorização do corpo funcional foram aplicadas políticas de “empowerment” – participações trimestrais nos lucros, abertura total de 25 informações da empresa, orçamentação de baixo para cima e compromisso com a manutenção de empregos. Estas ações representaram maior envolvimento, conexão, motivação e comprometimento dos empregados com os resultados e participação nas mudanças, tanto relativas aos custos quanto ao processo produtivo. “O mais importante componente de uma transformação bem-sucedida é ganhar o respeito de sua força de trabalho”. (SIMS apud RAYNER, 2000) 1 . 3 W . L. G O R E & AS S O CI AT E S Empresa americana com faturamento anual de US$ 1,58 bilhão, em 2004, e 6,3 mil empregados. Fabricante de produtos médicos e tecidos de última geração, usados por astronautas, exploradores e alpinistas. Produz também filtros para reduzir a poluição do ar em grandes fábricas e células combustíveis que convertem hidrogênio em eletricidade. Seu produto mais famoso é o tecido Gore Tex, revestido de plástico transparente, impermeável e resistente ao vento, mas que permite à pele continuar respirando. É usado na fabricação de roupas e calçados para climas extremos. Segundo Alan Deutschmann (2005), é uma empresa que incentiva a criatividade contínua, consistente e revolucionária. “Quando seus funcionários acreditam que é possível criar um produto muito melhor, ela não tem medo de ‘atacar’ um novo mercado.” 26 A capacidade da empresa em inovar vem da cultura de que as pessoas são livres para explorar idéias de forma independente e para comunicarem-se e colaborar, por automotivação e não por dever. Possui poucos níveis hierárquicos e cargos. As equipes têm tamanho limitado, como pequenas forças-tarefa, e a comunicação é direta e individualizada. O tamanho das equipes permite que todos se conheçam e saibam no que estão trabalhando, além de favorecer a troca de habilidades e conhecimentos. O autor Alan Deutschmann descreve a empresa como um lugar onde o chefe é todo mundo e não é ninguém, onde quem quiser ser líder tem de recrutar seguidores. A liderança é um processo natural, não são nomeados de cima para baixo, mas se torna líder quem já está liderando. Os princípios que a empresa adota para incentivar e promover a inovação são: - reconhecer o poder das equipes pequenas; - esquecer as hierarquias e títulos; - adotar uma visão de longo prazo; - encontrar tempo para a comunicação pessoal; - ser um líder na prática; e - celebrar o fracasso. 1 . 4 N E W U NI TE D M O TO R M AN U F AC T O RI NG I N C. O processo de inovação da New United Manufactoring Inc. (NUMMI), uma “join venture” entre a GM e a Toyota sediada em Fremont/Califórnia/EUA, apresentado pelo autor Paul S. Adler (2000, p.267), buscou não apenas criar 27 produtividade e qualidade mundial, mas também aumentar a satisfação e motivação do trabalhador. A empresa, que produz carros, reinventou os conceitos de Taylor – padronização, tempos e movimentos e hierarquia, para melhorar a qualidade e produtividade. Políticas adotadas: - socialização – aboliu divisões entre empregados (a exemplo de estacionamentos e restaurantes especiais), implementou uniforme único; - melhoria contínua – programa de sugestões, designação de equipes para estudar contribuições individuais, rodízio de tarefas, treinamentos, equipes multifuncionais; - comunicação de resultados e de informações essenciais; - pequenas equipes – encorajamento à tomada de decisões e à união; - não demissão – reconhecimento que a segurança no trabalho é essencial ao bem-estar, cultura das equipes e organizacional, estímulo à expressão de idéias; - padronização – controle do processo nas mãos do trabalhador, que aprende as técnicas de análise, descrição e melhoria do trabalho, implicando em motivação e auto-estima, equilíbrio com a gerência e capacidade da empresa inovar, aprender e lembrar. Segundo o autor Paul S. Adler (2000, p.279), estas políticas estão alinhadas as três fontes de motivação de um adulto: “Primeiro, o desejo da excelência. Segundo, um sentido maduro de realismo. Terceiro, uma resposta positiva ao respeito e à confiança.” 28 1 . 5 L E V I S T R AU S S & C O . Empresa americana fundada em 1850, com sede em São Francisco/Califórnia/EUA, fabricante de vestuário, cujo principal produto na década de 50 foi o jeans Levi’s, símbolo da cultura pop americana e até hoje produzido e consumido. Em entrevista a Robert Howard (2000, p. 205), o presidente e diretorexecutivo da Levi, Robert Haas, afirma que são os valores da empresa, traduzidos na Declaração de Aspirações, que definem a condução do negócio e as atribuições e responsabilidades funcionais, que conduzem as avaliações de desempenho, o treinamento de empregados, a organização do trabalho e a tomada de decisões. A adoção dessa política resultou numa empresa flexível e inovadora, que permitiu a alavancagem da empresa, tanto nos aspectos financeiros quanto na expansão de mercado. Os valores e as estratégias da empresa são o guia aos empregados. Segundo Robert Haas (apud Howard, 2000, p.208), é uma “organização investida de ‘empowerment’”. Isto é, as pessoas são estimuladas a tomar iniciativas. Quem está mais próximo do cliente e produto tem maior conhecimento e maior disponibilidade do que quem está distante. A função da liderança é estabelecer parâmetros conforme os indivíduos, ajudar, apoiar e encorajar. Tomar decisões, servir de conselheiros, afastar obstáculos, detectar e resolver dificuldades. Criar um ambiente confiável e favorável ao propósito da empresa. É das pessoas, de seu conhecimento, iniciativa e compromisso, que vem a capacidade de inovação do produto e forma de produção. 29 Segundo palavras do presidente da Levi (apud Howard, 2000, p.225), em discurso numa reunião gerencial, “pense sobre o que cada um quer para a empresa e que espécie de pessoa quer ser no local de trabalho e que espécie de legado quer deixar para trás. (...) tenho bastante confiança no julgamento e motivação de vocês e os acompanharei no que vocês produzirem.” 1 . 6 L O C AL I Z A Empresa brasileira, líder do mercado de aluguel de veículos, com atuação também no Uruguai, Paraguai, Argentina, Equador, Chile, Bolívia e Peru. Atua também nos segmentos de gerenciamento de frotas, revenda de carros e de franquias. Na gestão do negócio, segundo palavras de seu presidente Salim Mattar, em entrevista a Adriana Salles Gomes (2006), alia inovações em gestão com governança corporativa, “benchmarking” e reengenharia de processos. Na gestão de pessoas afirma “mostra-me teu sistema de incentivos e recompensas e dir-te-ei qual é a tua estratégia”. (MATTAR apud GOMES, 2000). Adota um sistema de recompensas que estimula o empregado a agregar valor para a empresa no médio e longo prazo. Investe pesado em treinamento e capacitação. Valoriza a ética, por entender que os valores aceleram a profissionalização da empresa e todo empregado assina o código. Na comunicação, há um programa chamado “Reunião de Bom Dia”, onde todos participam e os empregados apresentam suas sugestões, além do compartilhamento de informações no portal corporativo. 30 1 . 7 S WI S S CO RP O R AT I O N F O R M I CRO E L E TR O N I CS AN D W AT C H M AK I N G ( S M H) Empresa suíça fabricante do relógio SWATCH. Conforme relatado por William Taylor (2000, p.59), a empresa revitalizou a indústria suíça de relógios, duplicando sua receita e revertendo prejuízos em lucro, num período de 10 anos. Seu presidente, Nicholas Hayek, em entrevista ao autor, destaca a importância na preservação do “know-how”, da especialização, da lealdade com a própria cultura e sociedade, de manter a criação e produção no país de origem – Suíça. “É possível fabricar bens de consumo de massa de alta qualidade, e de alto valor, com um custo reduzido, mesmo em países onde os salários sejam altos”. (HAYEK apud TAYLOR, 2000). É um desafio lançado às equipes de produção que trabalham o projeto considerando os custos dentro deste conceito. A possibilidade está relacionada à fantasia e à imaginação aliada à tecnologia. O SWATCH passou a representar a cultura da empresa, a idéia de um relógio difícil de ser copiado, um produto emocional que faz parte da imagem de quem o usa, de quem você é e porquê faz o que faz. A produção do relógio desafia a equipe de projetistas pela necessidade constante de novas idéias e em quantidade, apesar do envolvimento com o produto e do estímulo da empresa à criatividade. 31 1 . 8 S AM S U NG E LE T R O NI C S Uma das empresas líderes dos mercados mundiais de “chips” de memória e de eletrônica digital, além de participação no mercado de telefones celulares. Seu presidente, Yoon-Woo Lee, em entrevista a Hyung-Gee Chung e Daesoon Hong (2006), conta que enfrentou desafios em 1993. Sua resposta foi a implementação da inovação no programa “Samsung News Corporation” que consistiu no “foco da qualidade e não na quantidade” e “na consciência da crise, com todos empregados pensando constantemente em novas idéias e implementação bem sucedida com senso de urgência”. (LEE apud CHUNG e HONG, 2006). No centro da estratégia de criar os melhores produtos e serviços à comunidade mundial estão as pessoas e a tecnologia, com os quais a empresa está comprometida, o que Yoon-Woo Lee atribui ao “valor coreano de possuir espírito de desafio”. 32 CONCLUSÃO A leitura do material bibliográfico e a observação dos fatos da sociedade, seja no momento presente, o agora, ou a evolução sofrida nas últimas décadas, ou ainda num curto espaço de tempo, nos últimos anos, leva-nos a perceber o ritmo intenso com que mudanças ocorreram e continuam ocorrendo, influenciando o modo de vida das pessoas e o mercado que fomenta a economia mundial. Mudanças que no passado demandavam um período de tempo mais longo para se consolidarem, atualmente no mesmo período de tempo já se instalam e se tornam ultrapassadas. São apontadas como os principais agentes de mudança da atualidade, a globalização e a tecnologia. A globalização expande e diversifica mercados, aumenta o número de concorrentes, dá mais opções aos clientes e oferece um sem número de oportunidades. A tecnologia fornece uma vasta gama de informações, faz da velocidade a base da competição e obriga as empresas a reformularem processos que um dia foram eficazes. Os principais envolvidos no processo (clientes, acionistas, sócios, funcionários e gerentes) estão mais informados e exigentes. Todos estes fatores são responsáveis pelo imperativo da inovação. A simples necessidade de irmos ao supermercado nos coloca frente a resultados de inovação - a mudança de uma embalagem, o incremento de um produto, a disposição dos produtos no espaço físico da loja, novas formas de atendimento, promoções. Se considerarmos que cada idéia criativa, cada pensamento em busca da melhoria constante dos produtos e serviços à disposição no mercado, partiu 33 das pessoas envolvidas no processo, é flagrante a importância vital do capital humano para a capacidade de inovação das organizações. O sucesso da empresa e sua sustentabilidade no mercado competitivo está diretamente relacionado à sua capacidade de inovar e gerir as pessoas que promovem a inovação. A capacidade da organização se estruturar é fundamental para maximizar a velocidade, mobilidade, resposta ao mercado e inovação. Conforme observado na literatura, é preciso que na definição de seu organograma e do papel dos líderes, na comunicação entre todos os níveis, no acesso às informações, na disseminação de uma cultura organizacional, na clareza de uma política de RH, esteja implícita e explícita a valorização do pensamento, da criatividade e das contribuições de todo corpo funcional ao processo da empresa. Valores como respeito, integridade, liderança, propriedade, desejo de vencer, orgulho do trabalho e confiança, devem permear todo processo e o papel do RH é garantir a compreensão e observação desses valores. Assim como é desafio do RH, fomentar o comprometimento e a criatividade das pessoas mesmo em tempos de estresse, pressão por resultados, contenção drástica de custos e mudanças contínuas. Os gestores devem reconhecer e incentivar os talentos. A área de RH deve desempenhar um papel estratégico de apoiar a empresa e os gestores no desenvolvimento da competência e da consciência da inovação. Incentivar um ambiente de trabalho mais favorável à manifestação humana e mais receptivo a idéias, utilizar os recursos tecnológicos disponíveis, aproximar as pessoas e alocar tempos para encontros para interação dos empregados. 34 Estes novos tempos pedem gestores capazes de sair de lado para permitir que o empregado se sobressaia, que visualizem os ambientes de trabalho como grandes cenários em que os astros são as pessoas e saibam conduzi-los, extraindo e permitindo florescer em cada pessoa o que de melhor ela tem para dar. Estas práticas estão presentes nas empresas que enfrentaram sérias crises e as venceram adotando inovações em seus processos, apoiadas pelas pessoas que compõem seu ativo. Na economia global da atualidade, baseada no conhecimento, a capacidade de atrair e manter pessoas talentosas se torna a vantagem competitiva mais importante que uma empresa pode ter. Por isso que as pessoas são consideradas o ativo mais valioso das empresas que entenderam este processo. Para encerrar, as frases a seguir são adequadas, na visão que este trabalho abrangeu, para ilustrar o valor que representa o capital humano e a importância de sua liderança na capacidade de inovação das organizações em busca da excelência: “Somos todos Michelangelos” (PETERS, 1998). “A melhor coisa que um líder pode fazer por sua equipe é permitir que seus membros descubram sua própria grandeza”. (BENNIS apud PETERS, 1998). 35 BIBLIOGRAFIA BERRY, Leonard e SHANKAR, Venkatesh. A inovação de serviços que abre mercados. Revista HSM Management, São Paulo, n. 58, set/out 2006. CASTELAR, Mario. Inovar é renovar constantemente. Disponível em: <http://www.hsm.management.com.br>. Acesso em: 24 abr. 2007. CHUNG, Hyung-Gee e HONG, Daesoon. O gato grande e o sushi. Revista HSM Management, São Paulo, n. 58, set/out 2006. COVEY, Stephen. Da eficácia à grandeza. Disponível em: <http://www.hsm.management.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2008. DEUTSCHMANN, Alan. Criatividade gera criatividade. 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Acesso em: 05 jun. 2007. 38 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 RESUMO 4 METODOLOGIA 5 SUMÁRIO 6 INTRODUÇÃO 6 CAPÍTULO I – A ORGANIZAÇÃO E A INOVAÇÃO 9 CAPÍTULO II – GESTÃO DA INOVAÇÃO 11 CAPÍTULO III – O CAPITAL HUMANO 14 CAPÍTULO IV – PERSONAGENS CORPORATIVOS 16 CAPÍTULO V – GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA 19 CAPÍTULO VI – EMPRESAS DE SUCESSO EM INOVAÇÃO 23 CONCLUSÃO 32 BIBLIOGRAFIA 35 39 FOLHA DE AVALIAÇÃO F O L H A D E AV A L I A Ç ÃO Nome da Instituição: Univerdidade Cândido Mendes – Projeto A Vez do Mestre Título da Monografia: A Influência do Capital Humano na Capacidade de Inovação das Organizações Autor: Isabel Cristina Hilgert Data da entrega: Avaliado por: Conceito: