Microalgas podem contribuir para diminuir emissoes de Efeito Estufa
Os avanços nas pesquisas da Algae apontam para alternativas de fixação de carbono através do cultivo
de microalgas
O mercado está ávido por soluções e tecnologias que sejam menos agressivas ao meio ambiente, e
enfrentamos atualmente uma forte pressão global para diminuir os índices de emissão de carbono em
busca de alternativas para controlar o Efeito Estufa. Existem diferentes meios de alcançar este objetivo e
um deles é através das microalgas. Ao realizar o cultivo de microalgas para produção de biocombustível,
por exemplo, podemos aproveitá-lo para praticar a biofixação de carbono, que diminui os índices do gás
na atmosfera.
Segundo Sergio Goldemberg, diretor da Algae Biotecnologia, existe uma maneira clássica, que surgiu há
30 anos, de aproveitar o cultivo da microalga para captar CO2. As microalgas cultivadas pela rota
fotossintética, que necessitam de luz solar, nutrientes e gás carbônico, podem ser mantidas próximas a
uma área industrial onde há altos índices de emissão de carbono. Desta maneira, pode-se resgatar o gás
lançado na atmosfera pelas indústrias e aproveitá-lo para o cultivo das microalgas. O único fator que
dificulta esta prática é que o CO2 emitido pelas indústrias é pouco concentrado e muito impuro, o que
prejudica as microalgas.
Porém, após realizar diversos estudos, os pesquisadores da Algae concluíram que há uma alternativa que
pode ser mais bem sucedida. A solução seria cultivar as microalgas nas proximidades de usinas
produtoras de álcool ou açúcar, pois estas usinas liberam nas dornas de fermentação um gás carbônico
essencialmente puro, sem outros compostos. Ao realizar a biofixação através do fluxo de gás puro, não
seria necessário eliminar impurezas, tornando o processo mais prático e rápido.
“O CO2 puro, aproveitado das usinas de álcool e açúcar, pode ser diluído para chegar aos índices exatos
que as microalgas necessitam. Esse é o sistema que a Algae pretende implantar, pois trabalhando dessa
maneira poderemos passar para a próxima fase que é utilizar também um fluxo de gás impuro” conclui
Goldemberg. A Algae segue em busca de parcerias para investir e trabalhar na implantação deste tipo de
sistema para o cultivo das microalgas, procurando oferecer uma alternativa ao mercado e desta forma
poder contribuir para nossa atmosfera e para a preservação do meio ambiente.
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