MATEMÁTICA: UMA INTERAÇÃO CONSTANTE ENTRE PROFESSORES, ALUNOS E SEUS MUNDOS. Autores: Fernando Menezes de Medeiros Firmino e Simone Moura Queiroz (Orientadora) A matemática é vista por muitas pessoas como uma ciência indecifrável, pois estas a veem como uma ciência baseado em total abstração, sem relação com o se cotidiano, tornando- se difícil de ser compreendida. Entretanto, segundo a pesquisa de Queiroz e Posada-Balvin (2014), o aprender matemático advém de todas as suas experiências, sejam elas: Do imemorial, de suas atividades humanas ou das demais formas de ensino e conhecimento criadas pelos homens, assim alunos desenvolvem seus próprios conceitos através destas experiências. Contudo, professores e alunos devem ter o objetivo de buscar e criar novas ferramentas que desenvolvam o ensino da matemática em sala de aula e minimizem o impacto dos docentes ao deparar-se com a docência, pois estes sentem muitas dificuldades ao ensinar a alunos do ensino fundamental e médio que não compreendem esse componente curricular, cabendo ao professor proporcionar situações que envolvam o cotidiano dos alunos. Portanto, professores e alunos de matemática devem buscar uma relação e interação entre eles e o conhecimento matemático, já que segundo Radford (2006) a aprendizagem desenvolvida em sala de aula é um processo mediado pelos objetos do conhecimento e dos sujeitos envolvidos em prol da construção de processos de objetivação e subjetivação. Então, o ato de ensinar em uma sala de aula é mais do que transmitir informação, necessitando haver em meio a esta transmissão uma interação dos sujeitos que compõe o dispositivo “sala de aula de matemática”, pois a sala de aula e a matemática trazem consigo todo um processo histórico tanto do aluno quanto do professor, o que nos faz pensar que os alunos poderiam buscar maneiras empíricas de relacionar-se com a matemática, no qual o sujeito é também objeto. A partir daí, a matemática seria vista não só como uma ciência abstrata, mas sim como aquela que traz em si todo um processo histórico e de formação, como qualquer ciência criada pelo homem. Trazendo assim uma nova visão, tanto dos alunos quantos dos professores, relacionados sobre a importância da matemática na construção, qualificação e XV ENEXT/I ENExC - 2015 manutenção de todas as sociedades humanas. Este foi um projeto realizado através do programa BIA (Bolsa de Incentivo Acadêmico) em parceria com a FACEPE (Fundação de Aparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco), programa que visa incentivar a entrada dos estudantes universitários no ramo da pesquisa e extensão científica. Através desta parceria foi criado o projeto: Educação Matemática e seus múltiplos olhares, coordenado pela professora Simone Moura Queiroz, da UFPE/CAA. Projeto este que tem como objetivo buscar ferramentas e novas perspectivas para o ensino matemática, assim criando maneiras de minimizar o impacto sentido por licenciados ao deparar-se com a docência. A realização aconteceu na Escola Estadual Costa Azevedo, com alunos do 9º ano do ensino fundamental e com o apoio do professor de matemática. Foram elaborados três planos de aula, produção de matérias inspirados na interação professor – aluno – saber (CHEVALLARD, 2001). Na metodologia foram utilizadas leitura de referenciais teóricos voltados á educação matemática e observações semanais dirigidas na sala de aula. A regência oportunizou a reflexão sobre a relação teoria-e-prática, ou seja, sobre a dificuldade de relacionar de relacionar o referencial teórico à prática de sala de aula, não sendo algo tão cartesianamente linear, mas organicamente disforme. Não existindo um método eficaz único, pois nem sempre pode atender às necessidades da aula. E após momentos de reflexões e compilações de materiais produzidos durante as aulas, pudemos sentir por um breve momento, uma nova experiência de sala de aula, agora como pesquisador e um pouco como professor. Palavras–chave: Educação matemática; Ensino-aprendizagem; Prática de sala de aula XV ENEXT/I ENExC - 2015