Traços Fonéticos Sobreviventes no Falar Micaelense de Alguns Imigrantes Açorianos em Greater Boston David J. Silva ♦ The University of Texas at Arlington ♦ [email protected] u-escrita = [ü] oi-, ou-, oj-escritas = [ö] [‘üvâ] uva [öt] oito [‘frütâ] fruta [nöt] noite [krüš] cruz [pök] pouco [â’zül] azul [öž] hoje zona anterior da boca F2 - F1 (Hz) 2200 (2) Correspondência Fonética PP [i] ~ PM [i] Pronúncia padrão [‘ditu] Pronúncia micaelense [dit] Forma ortográfica dito PP [ej] ~ PM [ê] [‘lejtĭ] ~ [‘lăjtĭ] [le:t] leite PP [ê] ~ PM [é] [‘dêdu] [déd] dedo PP [é] ~ PM [æ] [‘pérnă] [‘pærnă] perna PP [a] ~ PM [α:] [‘patu] [pα:t] pato PP [ó] ~ PM [ô] [ă’vó] [ă’vô] avó PP [o] ~ PM [u] [ă’vô] [ă’vu] avô PP [u] ~ PM [ü] [‘tudu] [tüd] tudo zona poterior da boca zona alta 1800 1400 1000 600 i [i] ê [e] é [ε] zona baixa a [a] 200 200 u [u] 300 ô [o] 400 ó [ɔ] 500 F1 (Hz) (1) 600 (3) As Modificações em Cadeia (viz. Rogers 1940, 1948; Martinet 1952) Figura No. 1: As vogais acentuadas do português padrão, 9 falantes (Martins 1988) i ei ü u ê ô é ó æ a 2200 F2 - F1 (Hz) 2200 1800 1400 1000 600 1700 1200 700 200 200 200 200 u i u i u i e 300 ô 500 ó é o 500 ó ó ou F1 (Hz) ê 400 o é e 400 300 600 a 700 600 800 é 900 700 a a 800 i e a o u i e a o u Figura No. 2: O espaço vocálico da Sra. T, natural e residente do Nordeste. 1000 1100 Figura No. 4: O espaço vocálico da Sra. MB. Os pequenos sinais representam os valores dos vogais na língua padrão (de Martins 1988) F2 - F1 (Hz) 2200 1800 1400 1000 600 200 200 2200 u i 1700 ó 200 200 i u u 400 500 é ó e o 400 e ou é 500 ó 600 a 300 o F1 (Hz) ô 700 300 i ê 1200 é 700 a a 600 700 800 i e a o u i e a o u Figura No. 3: O espaço vocálico da Sr.ª F, natural e residente do Nordeste. 800 Figura No. 5: O espaço vocálico de L. 2200 1700 1200 700 200 200 i 300 u e Comunidade Lusófona Esp i u o o e Esp ou é MB 400 L 500 ó J P ó 600 a a Comunidade Anglófona 700 é 800 Figura No. 6: O espaço vocálico de J. Figura No. 8: Esquema das relações sociolinguísticas entre os participantes. (“Esp” = “esposo/a”) Obras Citadas 2200 1700 1200 700 200 200 i u i o e e ó u o 300 400 ou 500 é ó 600 a é a 700 800 Figura No. 7: O espaço vocálico de S. Bell, R. T. Sociolinguistics. London: B. T. Batsford, 1983. Blayer, Irene Maria Ferreira. "Aspects of the Vocalic System in the Speech of the Azores Islands." Diss. U of Toronto, 1992. Chambers, J. K. Sociolinguistic Theory. Oxford: Blackwell, 1995. Gonçalves Vianna, Aniceto dos Reis. "Notas sobre a fonética dialectal de Ponta-Delgada." Revista Lusitana I (1887-89): 223-26. Labov, William. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: U of Pennsylvania Press, 1972. Leite de Vasconcellos, José. "Dialectos Acoreanos (contribuições para o estudo da Dialectologia Portuguesa." Revista Lusitana II (1890-92): 289-307. Martinet, André. "Function, Structure, and Sound Change." 1952. Readings in Historical Phonology: Chapters in the Theory of Sound Change. Eds. Philip Baldi and Ronald N. Werth. University Park: Pennsylvania State UP, 1978. 121-59. a Martins, Maria Raquel Delgado. Ouvir Falar, 3 edição. Lisboa: Caminho, 1988. nd Milroy, Lesley. Language and Social Networks, 2 edition. Oxford: Basil Blackwell, 1987. Rogers, Francis M. "The Production of the Madeira and Azores Dialects as Compared with Standard Portuguese." Diss. Harvard U., 1940. ---. "Insular Portuguese Pronunciation: Porto Santo and Eastern Azores." Hispanic Review XVI.1 (1948): 1-32. Silva, David James. "New Perspectives on the Portuguese Vowel Shift." Undergraduate Thesis, Harvard U., 1986. ---. Vowel Shifting as a Marker of Social Identity in the Portuguese Dialect of Nordeste, São Miguel (Azores). Luso-Brazilian Review 42.1 (2005): 1-27. David J. Silva, Department of Linguistics and TESOL, The University of Texas at Arlington, UTA Box 19559 — Hammond Hall 403, Arlington, TX 76019-0559 USA [email protected] /http://ling.uta.edu/~david