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--*------
DIRECTA O
DI
Helio L. de Oliveira
Luiz Oriente
Generoso Concilio
N U M E R O ESPECIAL,DEDICADO A' C A M P A N E A
ANO V
Q
PRO' CONSTRUCgAO
D O HOSPITAL DE CLÍNICAS
Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo f Qjtiyjjfo, JMfáJ
D
N.° 23
Sao Paulo necessita do
* Hospital de Clínicas *
"Nao temos, e m absoluto, hospitaes que preencham
as necessidades da assistencia e sirvam aos desi= ^ = ^ = ^ = gnios da fé scientifica" —
"NAO TEMOS, EM ABSOLUTO,
HOSPITAES QUE PREENCHAM
AS NECESSIDADES DA ASSISTENCIA E SIRVAM AOS DESIGNIOS DA FE' SCIENTIFICA"
FOI COM ESSA PHRASE QUE.
NUM APANDADO FELIZ DE SYN
THESE E CLAREZA, O GRANDE
MEDICO PATRICIO CLEMENTINO
FRAGA, FOCALIZOU UM DÍA, A
ORGANIZAgAO HOSPITALAR E O
ENSINO TECHNICO DA MEDICINA EM NOSSA TERRA.
FUGINDO DO ÁMBITO NACIONAL E RESTRINGINDO-NOS A'
ANALYSE DO PROBLEMA SOMENTE EM NOSSO ESTADO, VERIFICAMOS FÁCILMENTE, QUANTO DE VERDADE AQUELLA EXPRESS AO ENCRRA.
BEM COMPREHENDENDO ISSO
E ATTENDENDO A SITUAQAO
ANGUSTIOSA EM QUE NOS ENCONTRAMOS A DIRECTORÍA DO
C A. O. C, PROMOVEU DESDE O
INICIO DE SUAS ACTIVIDADES
E COMO PONTO CAPITAL DE
SEU PROGRAMMA, A CAMPANEA
QUE VISA OONCRETIZAR O
MAIOR SONHO DOS ACADÉMI-
COS DE MEDICINA DE SAO
PAULO: A CONSTRUCQAO DO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
ARDUA E TORTUOSA, BEM O
SABEMOS, E' A NOSSA TAREFA,
MAS NOBRE E SUBLIME E' O
IDEAL QUE NOS ANIMA!
AS PRIMEIRAS CORES E AS
PRIMEIRAS LUZES COMEgAM A
IRIZAR O HORIZONTE, NO INICIO OBSCURO E SOMBRÍO. CONSEGUIMOS COM O VIBRAR DOS
CLARINS ANNUNOIADORES DE
NOSSA CAMPANHA DESPERTAR
A CONSCIENCIA DAQUELLES
QUE REALMENTE AMAM O TEMPLO DE TRABALHO E DE , SCIENCIA QUE ARNALDO VIEIRA
DE CARVALHO CONSTRUIU ENTRE NOS, PARA ORGULHO DE
NOSSA GENTEi
AQUÍ ESTAO, ATRAVEZ DAS
PAGINAS DESTE NUMERO ESPECIAL D"'0 BISTURÍ" OS PRIMEIROS FRUCTOS DE NOSSA
ACTIVIDADE. OFERECEMOL-OS
A' NOSSA ESCOLA, NA DATA
GLORIOSA DE HOJE, EM QUE
CQMMEMORAMOS O 24.o ANNIVERSARIO do a A. O. C.
o
2
bisturí
A Campanh a do Hospital de Clínicas "Oxalá o governo receba
com simpatía a esplendida manifestado do
corpo discente de nossa
gloriosa Faculdade"
a direcgáo segura: construir hospitaes, m a s perfeitamente installados e
completamente apparelhados — e isso é construir grandes hospitaes.
Tratando das razoes determinantes
do reeenseamento terminado e m dezembro de 35a e referindo-se aos problemas de assistencia hospitalar, lése na mensagem official do anno pas" sado: "Faltava ao Estado u m prog r a m m a de acgáo que o orientasse
na solugao desses problemas essenciaes. Nao era possivel tragal-o, poNessa mesma mensagem a Assemrém, sem o conhecimento minucioso
bléa Legislativa o governador de S.
do que existisse no territorio paulisPaulo poe em termos absolutamente
ta em relagáo á assistencia, compreclaros o problema da Assistencia Hosendida segundo o sentido das dispopitalar, no Estado. Nesse trabalho,
sigóes constitucionaes".
E
mais
que se baseia em estatisticas serias,
adiante, sobre os resultados do reeenbuscamos os elementos com que fazer
seamento: "Concluiu-se agora o estuas seguintes affirmagoes: l.o) os leido cabal dos dados obtidos, que setos para doentes em hospitaes geraes,
rao divulgados em publicagáo offiem todo o Estado, encontram-se na
cial".
proporgáo de 1 para 1000 habitantes.
Si, portanto, j'i ha u m anno, o EsE' urna miseria; essa media nao attado se achav i na imminencia de
tinge siquer a metade dos mais baiiniciar urna intensa actividade no
xos minimos admittidos em outros
campo da assistencia hospitalar, se
paizes. 2.o) as grandes instituigSes
gundo u m plano alicercado nos dados
hospitalares para indigentes (que no
seguros que já possuia; e si os elenosso meio podem-se considerar as de
mentos estatisticos já referidos demais de 100 leitos, e pela estatistica
monstram á evidencia coisa que a
de dezembro de 35 se resumem a 8)
simples razáo faria "a priori" comse apresentam em conjuncto superpreender, ou seja que sao os grandes
lotadas, emquanto nos hospitaes mehospitaes que melhor solugao dáo ao
nores os leitos existentes sao excessiproblema, nenhuma
opportunidade
vos relativamente ao numero dos dojpoderia haver melhor para os estuentes que os procuram. E' assim que,
dantes de Medicina de S. Paulo, rea despeito da absoluta escassez dos
presentados pelo Centro Académico
leitos existentes, e m dezembro de 1935
Oswaldo Cruz, se levantarem e moscerca de 14 % delles se encontravam
trarem aos poderes
competentes a
vasios... A razáo desse facto appaurgencia da construegao do Hospital
rentemente paradoxal, e em si mesde Clínicas da Faculdade.
m o duma ironía amarga, é clara e
Segundo urna imagem pittoresca
nao pode ser posta de lado ao se esusada pelo prof. Alineida Prado ao
cudar qualquer plano de assistencia
encerrar a solemnidade da posse da
'WqBfalar, cBpríi"ioa trabalhos ella dá
nova directoria do Centro, em feveIniciado pelo Centro Académico Oswaldo Cruz u m niovimento e m favor
da construegao do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina, cümpre justifícalo pela definigáo clara
dos seus fundamentos. E' preciso que
se saiba haver tambem nelle "o pensamento dominando a acgáo", como
se exprimiu o governador paulista na
mensagem de 9 de julho de 1936, referindo-se á arrancada bandeirante
concretisada na obra de Brecheret.
reiro deste anno, o ensino medico na
Universidade de S. Paulo é como que
hemiplegico, apresentando-se desenvolvidissimo no que concerne ás sciencias básicas, e deficiente no relativo
ás cadeiras de clínica, á medicina propiamente dicta. O desarrazoado de
certas criticas feitas ao ensino medico em S. Paulo, e que sao incompreensiveis por isso mesmo, está justamente em que affirmam o contrario:
teriamos urna Faculdade em que campearía desenfreado o empirismo du
m a medicina apenas pratica, relegadas ao esquecimento as indispensaveis
sciencias básicas... B e m outra é a
realidade: a Faculdade possue laboratorios, nos laboratorios trabalha-se
e ensina-se com proficiencia e responsabilidade; m a s nao possue enfermarías. Os cursos das varias cadeiras de clínica tém sido realisados no
Hospital da Sta. Casa, harmoniosamente articulado com a Faculdade.
M a s ha que considerar ser tal articulagáo eventual; e, o que é muitissimo mais importante do ponto d e
vista da formagáo dos médicos, que
as installagoes da Sta. Casa nao attendem ás mínimas exigencias de u m
ensino efficiente, pela muito simples
razáo de absolutamente nao se destinaren! a esse fim.
A o Estado compete, e está ñas
máos do governo de S. Paulo o sanar todas as falhas do ensino medico paulista, dando ao mesmo tempo
u m grande passo no sentido da solugao dos gravissimos problemas da
assistencia medica e hospitalar, inseparaveis das questoes geraes de assistencia social. Para isso, construase o Hospital de Clínicas da Faculdada de Medicina.
Helio Lourengo de Oliveira.
Carta enviada ao presidente do
C.A.O.C. pelo Prof. de Farmacología Jayme R. Pereira
Sao Paulo, 1 de Junho de 1937.
M e u caro Roberto Brandi.
Perdoe-me a demora com que respondo sua carta de Abril passado, na
qual pedia minha opiniao sobre a
oportunidade da campanha en ceta da
pelo Centro Académico Osvaldo Cruz
e m prol da construgao do Hospital
de Clínicas para a nossa Faculdade.
Minha opiniao é neste caso a mesm a e a única que poderáo ter todos
os que trabalham nesta casa de ensino; todos os que desejam o seu engrandecimento e todos os que se m teressam pelo progresso do ensino
medico no Brasil.
E u o felicito, pois, por esta oportuna e patriótica iniciativa e oxalá
o Governo receba com simpatía essa
esplendida manifestagao do corpo discente da nossa já gloriosa Faculdade.
Pego que receba com todos os demais companheiros de Diretoria a expressáo da minha simpatía e da minha amizade.
Jayme R. Pereira.
Iiiic3iiiiiiitiiwc3iiiiii%jjiicaiitiiiiiiiiicaiiiiiiiiiiiic3iiiiiiiiiiiicaiiuiiiiiiiicaiiiiiiiiiiiicaiiiiiiiiiiiic3iiiiiiiiiiiiicairiiiiiiiiiic2iiiiiiiiiiiicaiiiiiiiiiiii iitiiiiiiiiiicsiiiiiiiiiiiicsiiiiiiiMiiicaiiiiiiiiuiicaiiiiiiiiiiiicsiiiiiiiiiiiicsiiiiiiiiiiiic^iiiiiifiiiiicainitiitiiursiiii
A necessidade do Hospital de Clínicas
(Trecho do discurso pronunciado por occasi ao da posse da actual directoria do C.A.O.C. pelo presidente Roberto
A realidade quando é m á atemoriza e afugenta. A chaga remexida recrudece de ddr e aumenta de proporgoes. M a s para cural-a, mistér se
torna que o escarpelo penetre profundo e de rijo.
Assim sao inumeros problemas em
nossa térra. Sao evitados porque parecem ingentes. Sao contorneados porque ateinorizam. Escondem-nos porque
repugnam a vista. Assim foi que encarado até bem pouco tempo o problem a hospitalar, que hoje, gragas a novas diretivas da administragáo, já
comega a tender para urna solugao,
se nao definitiva, pelo menos inicialmente animadora.
A s doengas que campeam infrene,
as epidemias devastadoras, as endemias numerosas, formam o estigma
execrado marcado bem á face de nossa civilizagáo. E ante cruzavam-se os
bracos, adormeciam as conciencias,
desapareciam as energías. M a s porque senhores, se a nagáo apodrece
ao contacto da peste, se as suas Torcas estáo sendo solapadas pelo impaludismo, minada pelo amareláo, destruidas por urna infinidade de doengas outras! Se sao irmáos nossos sofrendo o martyrio da desespcranga,
sentindo o desprezo de que sao alvos, vivendo urna vida de miserias
indescritiveis, ao saber dos males
que lhes minam o organismo e lhes
roubam as energías! Se sao filhos da
m e s m a Patria, gemendo debalde as
angustias que lhes enchem a alma e
o corpo. Nao sao, acaso, seres humanos merecedores da compaixao dos
homens?
Penoso é pensar que aos homens
públicos os sentimentos de humanidade pudessem faltar. Talvez nao faltassem mas se esconüessem sob a despreócupagáo que proporcionam as
honrarías, as posigñes elevadas, as
venturas, os prazeres espirituaes e
físicos. O u talvez~"a miseria, a necessidade, a angustia, a ¡privagáo fossem desconhecidas, ignoradas, perdidas nos meandros obscuros das grandes cidades ou nos sertóes longinquos
aínda virgens do conforto!...
Hoje é impossivel nao ouvir o clamor da desgraga nacional. Hoje é
impossivel nao se sentir o drama do
vasto hospital brasileiro. Sentir a
desgraga é sofrer tambem. E a dór
desperta a conciencia.
Imaginamos que desfila á nossa
frente urna legiao fantástica, interminaveí, a reavivar-nos a lembranga de
suas necessidades. Se aínda podemos,
cada u m de nos, ouvir a voz misteriosa que nos recorda o cumprimento
de sagrados deveres, se aínda temos
a nogao do que sao sentimentos nobres; se ainda temos a coragem de
nos afirmarmos como, homens, tenhamos a coragem de sermos justos.
Lembremo-nos da formula sublime
da fraternidade que Cristo nos deu:
a m a ao próximo como a ti mesmo.
Dilatemos, como manda Rui Barboza, da fraternidade crista, chegaremos das afeigoes individuaes ás soli
dariedade coletivas, da familia á
nagáo, da nagáo á coletividade.
Essas as razoes ditadas por nossa
conciencias e enquadradas e m nossa
forma de encarar as finalidades da
vida porque julgamos que na diregáo
do Centro Académico Oswaldo Cruz,
nao poderiamos deixar em absoluto
de trazer a nossa contribuigáo, modesta e ínfima embora, á questáo do
problema hospitalar e m Sao Paulo.
Duas as razoes porque langaremos
a propaganda do Hospital de CLÍNIC A S da Faculdade de (Medicina: 1)
a deficiencia hospitalar e m geral para indigentes. 2) Falta de u m hospi-
tal apropriado á Faculdade de Medicina.
Queremos, nos atuaes alunos da
Faculdade de Medicina, representando as futuras geragdes de estudantes,
em nome
da
maior eficiencia do
ensino medico, em nome da civilizagao e da humanidade, e m nome do
bom conceito de S. Paulo, que se
proscreva a atual situagáo, deprimente e insustentavel, verdaderamente asfixiante, e m que ao mesm o tempo que se dificultam a didatica e o progresso da ciencia, se
deixa ao desamparo completo u m numero interminavel de doentes pobres.
Queremos que esta situagáo tenha
sua solugao definitiva que nao se coaduna com medidas perfuntorias ou
adiamentos inexplicaveis. E a nosso
ver, atualmente, só urna medida preenche as condigoes impostas pela
crueza dos factos. Essa medida é a
construgao do H O S P I T A L D E CLÍN I C A S da Faculdade de Medicina.
Obra grandiosa e completa e para
cuja realizagáo. é mitér que se reconhega, deveráo ser feitos grandes
sacrificios, será, urna vez concluida,
u m grande passo á frente na solugao
do grave problema. N a o foi apenas
para constituir u m sonho fagueiro e
ditoso que espiritos ilustrados como
Souza Campos, Puech, Montenegro e
outros, n u m trabalho estafante e admiravel, delinearam os planos e estabeleceram o projeto da construgao
do Hospital.
Aqueles que querem, e m meio ás
mais injustas acusagoes lángadas indintintamente , na questao do ensino
medico, assoalhar que o espirito que
o anima nao corresponde á sua organizagáo material, esquecidos estáo
de que nossos professores, principal-
Brandi)
mente os das cadeiras de clínicas,
sempre tiveram de enfrentar urna situagáo de premencia de jnstalagóes e
de meios necessarios á realizagáo de
u m curso medico, e que, no entanto,
souberam, enfrentando as mais acerbas dificuldades, ter sempre e m mira a ciencia, contribuindo magníficamente para o progresso da medicina.
Esquecidos estáo de que nossa Escola ainda nao possue u m hospital
proprio. Esquecidos estáo de que ella usa ainda, abusando da benevolencia com que tem sido tratada, de u m
hospital particular que,, orientado pelos mais belos sentimentos de humanidade, já ultrapassou da missáo
magnifica a que se impoz e que estava em suas possibilidades cumprir.
Senhores — esta é a invocagáo de
patriotismo de bom senso, do amor
proprio aos depositarios do poder.
Longe eBtá de. nossas palavras a
increpagáo ou o sentimento de hostilidade. Antes, pelo contrario, sao
elas a portadora dos nossos desejos
de cooperagáo. A nos nao move o interesse ou a cobiga. Por isso, jamáis
descansaremos, quaesquer que sejam
as eventualidades, na propagagáo dos
ideaes que provém dos nossos sentimentos de humanidade, fraternidade
e patriotismo.
A campanha que o C A O C , com
nossas palavras iniciou, e que só terminará com a concretizagáo do seu
objectivo, poderá ser como a "boa
sementé, que langa da á térra tende a
desaparecer afinal, absorvida pela
propria germinagáo". A planta porém erguer-se-á, e nela estaráo gravados sempre, invariavelmente, os seus
carateres de familia.
o
bisturí
Temos grave compromisso de honra com a fundado que nos doou o actual predio para os
laboratorios: a palavra de Sao Paulo nao pode
faltar, porque seria a primeira vez
Carta enviada ao presidente do Centro pelo Cathedratico de
Medicina Legal, Prof. Flaminio Favero
PROF. FLAMINIO FAVERO — Director da Faculdade
E m 17 de abril de 1937
Sr. Presidente
Attenciosas saudagóes
Recebi seu distincto officio do inicio deste mez, pedindo a minha opiniao a respeito da opportunidade da
Campanha do Centro Académico "Oswaldo Cruz" e m prol da construegao
do Hospital de Clínicas.
Respondo com prazer.
"^Julgo de toda opportunidade essa
Campanha, que posso chamar de benemérita, e por dous motivos.
Todas as attengdes se voltam, quer
no Estado, quer na Uniáo, para os
problemas do ensino, verdaderamente prementes. S. Paulo tem hoje a
sua Universidade, de que é parte
máxima a Faculdade de Medicina.
Mas,
este Instituto, que é apontado
como modelo, ainda nao está apparelhado para preencher completamente as suas finalidades, porque lhe
falta u m dos seus esteios. T e m laboratorios completos, m a s nao possue
Hospital proprio. Já se disse que é
u m verdadeiro caso de hemiplegia...
E de facto, m a s hemiplegia cura ve!.
Assim, é mais do que opportuno
focalisar-se essa faina e mostrar a
necessidade de ser remediada.
Além disso, ha um grave compromi aso de honra com a Fundagáo que
nos doou o actual predio para os la-
boratorios: de que as clínicas teriam
tambem as suas installagdes. A palavra de S. Paulo nao pode faltar,
porque seria a primeira vez. Está demorando m a s será honrada pelo cumprimento integral do seu desempenho.
E quanto mais demorar, maior e
mais viva é a opportunidade de ser
solvida.
Porfim, considero ainda, o que vejo implícito na pergunta do officio,
% competencia do Centro e m assumir
a sua actual attitude.
A Faculdade de Medicina foi feita
para os seus almunos. Ninguem, pois,
melhor do que estes, para dizer das
difficuldades que váo encontrando nos
seus estudos e, assim, suggerir aos
orgams competentes a remogáo das
mesmas. A s clínicas estáo e m sedes
de emprestimo, e m casa alheia. A situagáo nao é para encher de jubilo
aos alumnos, forga é convir.
Hypotheco pois, como professor e
como antigo alumno da Faculdade, a
minha inteira solidariedade á campanha opportuna do Centro Académico
"Oswaldo Cruz" Tenha ella o máximo de efficiencia, dando-nos, finalmente, o Hospital de Clínicas.
Sirvo-me do ensejo para apresentarlhes os meus protestos de estima e
aprego.
Prof. Dr. Flaminio Favero
(Cathedratico de Medicina Legal).
0 24. aniversario do Centro Académico "Oswaldo Cruz" e o Hospital de Clinicas
Para nos atuais membros do Centro Académico Oswaldo Cruz, nao pode haver jubilo maior do que este:
asslstir e festejar u m ano mais de
existencia do nosso querido Centro.
Revivemos hoje o seu passado que
é todo gloria! Sentimos hoje 3 seu
presente que é todo grandeza! Prevemos hoje o seu futuro que será todo grandeza e gloria!
A vida do C. A. O. C. é jovem.
Porém a sua obra é como se fóra
fruto de urna vida longa, táo grande
tem sido a sua atividade. Evoluiu
com passos de gigante. Para atéstalo, basta que se volva u m olhar rápido para a sua longa historia que
tragada embora e m curto espago de
tempo, oferece paginas que o enobrecem 3 3 dignificam 3 justificam plena <s soberbamente o seu valor. E ?
que todos os que a escreveram o fizeram com o mesmo calor na alma,
foram guiados pelos mesmos ideáis.
Nao se limitou o C. A. O. C. a proporcionar aos seus associados, os auxilios de qualquer natureza, que estes
decorriam da propria finalidade para que foi instituido. E m favor dos
alunos, tudo fez e tudo faz, lutando
sempre com a m e s m a quentura de
animo.
Vejam-se a multiplicidade dos seus
departamentos •>'. os resultados eficientes que deles se colhem.
A sua atividade de vez que o Centro contava com o apoio decidido de
mogos devotos á causa do sofrimento
humano, alargou-se atravez da sociedade. E postos de combate a molestias que constituem verdadeiros flagelos sociais foram creados e mantidos.
E assim auxilia a gente humilde -s sem recursos, contribuindo descarte a fortalecer o povo para engrandecer a Patria.-E' obra de civismo.
^
. . .
E agora notemos ' com que entusiasmo peleja o C. A. O. C. para que
de fato se construa o nosso Hospital,
o Hospital das Clinicas de S. Paulo.
Nao í possivel que a Campanha
que ora o Centro en ceta se ja urna
campanha vá.
O Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina, nao é apenas u m
desejo ardente dos académicos, para
que de fáto seja completa a sua formagáo e m medicina. E' mais, muito
mais do que isso. E ' urna necessidade
premente de que Sao Paulo dinámico de hoje nao pode drescindir.
Todas as grandes metropoles se orgulham de sua organizágáó hospitalar.
8áo Paulo que se ufana da sua inconfundivel Faculdade de Medicina,
que de tantas glorias já D cobriu, clam a pelo seu Hospital de Clinicas.
Sao Paulo — a cidade maravilha
— que e m tudo e a tudo se avantajou nao pode ficar atraz neste tocante.
E essa campanha atúal do C. A. O.
C. é obra de brasilidade.
N o día de hoje que recordamos os
feitos que D Centro realizou, é necessario que cada u m tome posigao,
para que peja cordado de éxito a
campanha pro construegao do Hospital de Clinicas. Assim teremos conservado a tradigáo que nos legaram
os antigos associados e nos sentirem o s honrados por termos sido os alicergadores de táo magestosa e edificante obra que aíem de ser de civism o é mais do que isso, obra de caridade.
Caminhemos confiantes nessa jornada que se anuncia. N a o esmorecamos
na luta, pois que só assim teremos
sido dignos repositarios das tradigóes
dos antigos e estimuladores das geragoes vindouras.
Glorias ao Centro Académico Oswaldo Cruz, nessa data e m que se reflete toda i sua pujanga
se lé todo
•:• seu valor!
Luiz Oriente.
Pergunta-me o m e u amigo Helio
Lourengo de Olíveira, digno Secretario do Centro Académico Oswaldo
Cruz, quaes as vantagens que ha para o Departamento de Parasitología
e para o seu ensino, da construegao
do Hospital de Clinicas da nossa Faculdade. E' fácil responder.
Pelas conexoes que tem a Parasitología com as Clinicas de Molestias
Tropicaes, de Dermatología e Sifiligrafía, Clínica Medica e Cliuica Pediátrica, para só mencionar as principaes, é evidente que a proximidade
do Hospital de Clínicas, com todo o
seu aparelhamento modernq, trará
grandes vantagens ao seu ensino 2
ás pesquizas a ela referentes.
N a o basta contar com a boa vontade dos ilustrados professores que
dirigem estas Clinicas, b e m como dos
colegas que nelas trabalham. O fatór
distancia deve ser levado e m conta.
Distantes como estamos atualmente, da
Santa Casa
sem meios dirétos de
comunicagáo com ela, a simples colheita de u m material de interesse
para o ensino ou para estudo já se
torna difícil. Basta lembrarmos que
a fixagáo de certos protozoarios intestinaes deve ser feita imediatamente após sua colheita, pois, do contrario a sua morfología se altera, para
vermos quáo vantajoso será para a
Cadeira de Parasitología a construegao do Hospital de Clinicas.
Já é urna, verdade velha que o Laboratorio sem a Clínica é u m organismo incompleto. A Faculdade existe para formar médicos. O estudo dos
varios zooparazitas isoladamente, sem
i observagáo dos doentes, sem os dados clínicos que indiquem de alguma
maneira as reacgdes provocadas no
organismo do hospedeiro, se torna
fragmentario, se resente de falta de
unidade. A s observag5es sobre a biología dos varios agentes parasitarios,
devem ser feitas. o tanto quanto pos-
sivel, e m condigdes naturaes, isto é,
na cabeceira "do doente. N a o se diga
com isto, que queremos fazer Patología Tropical e m vez de Parasitología. Nao. M a s dentre as suas irmás
mais evoluidas, esta e outras ciencias
medicas lhe fornecem todos os dados
- todo o material, para que, e m paga, ela possa contribuir para o progresso da Medicina, informando a
morfología e a biología dos parásitas
que infestam o homem.
Aqui, naturalmente; nao nos referimos ás conexoes que tem * Parasitología com i Higiene,^ que alias, e m
ultima analise, depende dos informes
que lhe dáo as Clinicas.
Por este motivo, julgo muito vantajosa ou melhor, necessaria, para o
bom e completo funcionamento do
Departamento de Parasitología, quer
para as suas finalidades didaticas,
seu' principal escopo, quer para as de
pesquizas, a construegao do nosso
táo almejado Hospital de Clínicas.
Só assim poderemos ter material
abundante e em condigdes ótimas, para os senhores alunos e para estudos,
dada » facilidade de observagáo dos
doentes e o concurso esclarecido dos
clínicos que os tratam.
D a maneira que estamos, as pesquizas de Parasitología tendem muito para i unilateralidade, pois com as
dificuldades de articulagáo com as
Clinicas, elas se encaminham mais para o campo da Higiene e da Sistematica, que embora muito necessarias,
nao sao toda a finalidade do nosso
Departamento.
Pensó, portento, que só merece
aplausos e dos mais enthusiasticos,
a campanha que ora acaba de iniciar
o Centro Académico Oswaldo Cruz
e m prol da Construegao do Hospital
das Clinicas da nossa Faculdade.
Augusto Ayroza Galvüo.
l.o assistente do Departamento de
Parasitología.
Sao Paulo, 6-9-37.
o
Apezar dos esforcos dos mestres e da boa vontade
dos discipulos, o nosso aprendizado clínico í incompleto, pela falta de installagoes convenientes
bisturí
"f
Hospital de Clinicas t a Microbiología
A secgao de Bacteriología disporia
A necessidade de u m Hospital de
de u m abundante material de inestiClinicas annexo á Faculdade de Memavel valor pratico. Muitas vezes sodicina é assumpto indiscutivel. Tormos obrigados a deixar de realisar
na-se difficil o ensino pratico de cercertas pesquisas ou ministrar detertas disciplinas medicas sem o concursao exclusivamente de assistencia, ja- so immediato de u m Hospital.
Snr. Académico Roberto Brandi.
minados conhecimentos praticos aos
Carta enviada pelo Prof.máis
Alipio
CorreaResulta,
Netto desta situade ensino.
M . D . Presidente do Centro Acadéalumnos, pela difficuldade e m que
Entre ellas se encontra a Microbiogáo,
estarem os chefes das Cadeiras
mico "Oswaldo Cruz"
nos encontramos de obter o necessalogia, com suas secgóes de Mycologia,
de Clínicas freados nos seus moviSaudagóes.
rio material. Para positivar esta asImmunologia e Bacteriología, para
mentós, nao podendo dispor de meios
Acuso 3 reeebimento, que agradeoo,
sergáo basta lembrar que nao é poscu jo ensino pratico é indispensavel a
didáticos, n e m mesmo da necessária
do seu oficio de abril corrente, e m
associagáo 3 o intercambio com os sivel improvisar u m escarro de pneucomodidade para o efeito de u m en- servigos clínicos. Dessa coliaboragáo
que solicita minha opiniao a respeito
monico ou de u m bacilloso. A exissino proveitoso.
da necessidade da instalagáo do Hosresultam beneficios mutuos. Se, de tencia de enfermarías diversas no
Nestas breves consideragóes quero
pital de Clínicas da nossa Faculdade.
Hospital de J31inicas viria supprir
u m lado, o Departamento de Microapenas patentear ser de grande alC o m o máximo interesse acompafrequentemente essa faina. Além disbiología necessita de material para o
cance o propósito dos mogos que se ensino pratico © pesquisas, de outro
nhamos o movimento iniciado pelos
so, u m servigo de Ambulatorio anne
batem pelo melhoramento dos nossos
estudantes, orientados pelo Centro
xo forneceria a cada passo copioso
lado as clinicas dependem, e m muicursos de clínicas, alcangando comAcadémico "Oswaldo Cruz", e m prol
tos casos, dos ésclarecimentos que o material para ensino pratico, principletar a obra educativa que é de es- Laboratorio pode fornecer. N a situadesta aspiragáo indispensavel para o
palmente de casos clínicos qne nao
perar-se desta Faculdade, onde o es- gáo e m que nos encontramos, de comurgente melhoramento dos nossos curnecessitam de hospitalisagáo.
tudo das cadeiras básicas encontrasos médicos.
pleta sepáragáo, u m copioso material
Quanto a secgao de Mycologia, ella
ram eficiencia admiravel, gragas
Podemos seguramente afirmar que
de ensino e de pesquisa perde-se comdeve normalmente ser annexa a urna
tambem as magnificas intalagoes de
nao temos urna só cadeira de Clínica
pletamente.
enfermaría de Dermotologia, com seu
instalada convenientemente ao ensi- que dispoe.
Vejamos e m rápidas linhas, as nu- respectivo Ambulatorio. Sabemos toAdmiramos este movimento agora
no;
o aprendizado, dest'arte, ha de
merosas vantagens que adviriam para
dos que certos diagnósticos dermatoesbogado, que mostra o alto amor ao
ser incompleto, deficitario e mal orias diversas secgóes de Departamento
lógicos dependem muitas vezes de
estudo revelado pelos alunos, que
entado, apezar dos esforgos dos mesde Microbiología, se pudessemos conexame a fresco e esclarecedor. Quanmostram compreensáo nítida das nostres e da boa vontade dos discipulos.
tar com o material_ Hospitalar.
do se pretende demonstragóes ou essas necessidades, assim como nos soN a o procede o argumento de estaA secgao de Immunologia teria diatudos praticos da tinhag, nada mais
lidarizamos integramente com as conrem as clínicas bem aquinhoadas com
riamente ao seu dispór o sangue de
fácil do que recorrer ao Ambulatorio
sideragóes manifestadas ñas palavras
a sua instalagáo na Sta. Casa, onde
numerosos doentes, o que facilitaría
dermatológico, onde os casos se sucdo oficio que ora tenho o prazer de
ha grande número de doentes, por
immensamente a pratica das reaecedem diariamente. N a situagáo e m
responder.
isso que, sendo ai os professores apegóes sorologicas como as de Wasserque nos encontramos é preciso recorC o m alta consideragáo e estima.
nas hospedes, tém eles, pela forca
mann,. Widal, etc. Além disso, nao rer a amabilidade de diversos espeAÍípio Correa Netto
das circunstancias, de se submeter ao
seria difficil a obtengáo dle material
cialistas amigos que procuram com
Prof. de Clínica Oirurgica (4.o ano).
regulamento desse hospital, cujos fins
precioso como sorosidade ascitica, derboa vontade, arranjar material, de
rame hydrocele , líquidos pleuraes,
quando e m quando. N a o é preciso dietc.,
elementos de inestimavel valor,
zer, quanto mais proveitoso e interesnao só para a pratica de analyses
sante seria o ensino medico, se fosse
elucidativas de casos clínicos, como
possivel ao proprio estudante sob a
Ha falta
i día,
e avulta,
iinpepara serem utilisados como substanE porque
a certos
homens
o
orientagáo do especialista, recolher
riósa •• palpitante, a necessidade precias de enriquecimento na preparacáo
lastro moral que dá a independencia
material, sangue, puz, escamas, etc.
mente da construegao do Hospital de
de grande numero de meios de cultide acgáo e o senso das responsabilidirectamente dos~doentes e fazer devo de bacterias exigentes.
Clinicas.
dades, urna cohorte intérmina de inpois diversas pesquisas e reagóes que
Além desse resultado pratico, quanifio comportam, as modestas
felizes arrasta pela existencia a grios casos clínicos permittem 3 exigem.
ta pesquisa original poderia ser feiagóes da Santa Casa de Mise- Ihéta dos seus padecimentos physicos
Sao de tal monta as vantagens do
te,. principalmente, e m ^re^agáo a cer- Hospital de Clínicas annexo á Faculord a, as exigencias de urna popu3 moraes sem outro consolo senáo a
tas infeegóes indígenas.
cujo _crescimento vegetativo se
certeza de u m desféc'ho que Tse ¿pío-*
dade que desnecessario se torna ensa e m rythmo acoelerado.
xima.
Para realgar o valor do Hospital,
trar e m mais commentarios. Qualquér
Sao Paulo, reputado o maior cenbasta destacar a relagáo que existe
espirito, por menos pratico que seja,
Contrista-nos ver doentes hospitalitro industrial e cultural da America
entre as reaegóes sorologicas da sy- vé claramente a urgente necessidade
sados e m colchdes estendidos no chao
do Sul; onde os requintes da cultuphilis e os symptomas clínicos, per- da Construegao do Hospital de Clisó porque commetteram o crime inra se alliam a inexhauriveis posibimittindo o estudo das falsas reaegóes
nicas, que seria a realisag&o da pronominavel de nascer pobres.
lidades financeiras; onde a compreobtidas pela falta de especificidade
messa ha mais de 9éz annos feita.
A s nossas salas de aulas de clini- de certas technicas e pela pouca senhensivo atilada e a boa vontade de
Ftoriano de Almeida.
cas,
pela exiguidade de espago e pe- sibilidade de outras. Longe iríamos
muitos nao pódem e nao devem ser
l.o Assistente e Docente Livre na
neutra Usadas pela indifferenga de al- la deficiencia de illuminagáo , aerase quizessemos enumerar ainda outras
gao e regulagáo thermica, constituem
regencia da Cadeira.
guns; Sao Paulo precisa possuir urna
vantagens.
o exemplo trizante de como nao deve
assistencia hospitalar á altura do seu
ser urna sala de aulas.
desenvolvimento material e espiritual.
Sómente a construegao do Hospital
Tristeza immensa accommete o espanha, para maior efficiencia da mescola a seguinte carta-circular —
de Clinicas poderá satisfazer as mopectador imparcial sob cujos olhos
ma.
Prezado professor:
perpassam, com o seu cortejo de mi- dernas exigencias de assistencia puEssa Commissáo, que vem trabaTendo o Centro Académico "Oswalblica e de ensino medico.
seria^, os quadros dantescos represenInundo inenterruptamente, ficou assim
do Cruz", por m e u intermedio, lantados por toda urna populagáo de inE quando o nosso sonho se tornar
constituida: Roberto Brandi, presigado a 13 de fevereiro p.p., a camdigentes que soffre e que paga enoresplendida realidade, i Hospital de
dente;
Domingos Machado, vice-prepanha pro construegao do Hospital
m e tributo de vidas porque os res- Clinicas, do alto do Araga* lángara
sidente;
Octavio Lemmi, José P. O.
de Clinicas da Faculdade de Medicix
ponsaveis pela sua protecgáo e edu- victoriosamente, para o azul dos céus,
D
Alambert,
Generoso Concilio, Helio
na da Universidade de S. Paulo, vem
cagáo sanitaria, amollecidos no con• o triumpho granítico do seu monoLourengo
de
OUveUra, Carlos Augusencarecidamente solicitar que V. S.
forto mórno das posigoes desafogablóco, e extenderá por sobre todo o
to Gonvaltoes, Mario Degni, Mario L.
nos esclarega com sua valiosa opiniao
das,
nao encontram possibilidade de
Estado a sombra protectora de urna
Antunes, Euclydes Fnigoli e Rubens
a respeito da immediata realizagáo
dedicar a estes problemas elementaassistencia hospitalar efficiente.
dal
Molim.
desse emprehendimento.
K o
tempo que desperdigam perduE
m
sessáo de Directoria relativa
Cyro de Lauro JwUor.
Certo de que a Campanha e m que
iamente com a va política.
ao
mez
de Agosto ficou resol vida a
se empenhou o C. A. O. G. contará
publicagáo
deste numero especial do
com o apoio e esclarecimento do ilnosso jornal, dedicado, exclusivamente
lustre Professor, subscrevo-me com
á "Campanha
Pró-Construcgfto do
elevada estima j consideragáo, RoberHospital
de
Clinicas"
to Brandi — Presidente.
Todos nos lembramos, que u m dos "Campanha Pró-Construcgao do HosPara isso o snr. Presidente delegaA essa carta, infelizmente, responpital de Clinicas".
pontos básicos do programma com
va
ampios poderes aos académicos
deram apenas 7 professores ? o assisE m Abril deste anno, n u m a das
que Roberto Brandi apreeentou-se paGeneroso
Concilio, Helio L. de Olitente snr. Milton E. do Amaral.
ra disputar a presidencia do C. A . primeiras reunides da Directoria, esve ira 3 Luiz Oriente, com a recomDizemos infelizmente, porquanto i
O. C , abordava o magno problema tabelecia-se as bases de nossa Cammendagáo especial de que a sua puopiniao de nossos mestres sao as mepanha .
da construegao do~Hospital de Cliniblicagáo
deveria coincidir com a data
Inores armas de nossa Campanha.
Ficou resolvido, que por meio de
cas annexo á nossa Escola.
commemorativa
do 24.o anniversario
Os professores que ateudiram ao apurna propaganda intensa pelos jorPromettia-nos, caso fosse eleito prede
nosso
Centro.
pelo dos seus alumnos e aos quaes
sidente, trabalhar com carinho e de- naes, se focalizasse o assumpto, no
Deste numero deveriam ser tirados
o C. Á. O. C. fica profundamente
dicagáo, no objectivo de que se con- intuito de chamar a attengáo do Go200
exemplares
e m papel- especial,
grato, foram os seguintes: Flaminio
verno para a situagáo precaria que
cretizasse «. velha aspiragáo dos acadestinados ao Snr. Governador do EsFaverOj Alipio Correa Netto, Nicolau
nos encontramos.
démicos de medicina de S. Paulo.
tado, altas autoridades, representande Moraes Barros, Samuel Bransley
Desse diá e m diante os jornaes puFelizmente, nao ficaram no papel
tes do povo, professores e assistentes
Pessóa Jaime Pereira, Joao Brito e
blica vam, diariamente, os communicaas promessas de nosso presidente...
de
nossa Escola.
Ernesto de Souza Campos.
D e facto, já no dia da posse da Di- dos da Directoria do Centro, debaEssa,
e m rápidas linhas, a historia
Todas essas respostas, que hoje entendo o problema que nos interessarectoria que hoje dirige os destinos
da
actividade
da Directoria do Cenriquecem as paginas deste numero do
va.
de nosso Centro, Roberto Brandi, e m
tro,
no
cumprimento
de suas pro" O Bisturi", foram amplamente dimemoravel discurso, focalizava as con- ^ Resolveu-se ainda pedir a collabomessas
.
vulgadas pelos nossos jornaes.
ragáo de nossos mestres e de todos
digdes da Assistencia Hospitalar e m
Podemos com seguranga
afirmar
O nosso presidente criava, ainda,
aquelles que, directa ou indirectanosso Estado e_a situagáo precaria
que os primeiros fructos de nossa
em Maio deste anno, urna Commissáo
das installagoes de nossa Escola, no mente, .. questáo interessasse.
Campanha. comegaram i apparecer.
de alumnos afim de que se centraliEra assim enviada a todos os proque concerne ás Cadeiras de Clínica.
(Continúa na paff. seguinte)
zassem os trabalnos relativos á Camfessores e a varios assistentes da E s
Justificava e iniciava assim a
Hospital de Clinicas
EECCCDANDC.
o
bisturí
A projectada construegao do Hospital de Clínica
annexo á Faculdade de Medicina de S. Paulo
Depois dos incidentes verificados no estabelecimento do planalto do Araqá, volta-se a falár no inicio daquelle emprehendimento — Urna campanha que vinha sendo levada a effeito
últimamente pelo Centro Académico "Oswaldo Cruz" — O
projecto do hospital é baseado ñas mais modernas tendencias
dos especialistas na materia — C o m o serio divididos os seus
servidos — Urna capacidade para mil leitos que p ó de ser
duplicada que
e m úl-casos
excepcionaes
Passados os acontecimentos
dencias
dos especialistas na materia,
timamente se desenrolaram na Faculdade de Medicina de Sao Paulo, >3
dos quaes a "Folha da Noite" den
ampias noticias na occasiáo, volta-se
a falar sobre a projectada construegao do Hospital de Clinicas, annexo
á mesma Faculdade.
Tanto isso ~é verdade, que foi assignado, ha poucos días, na pasta da
Educagáo, o decreto n. 8.385, declarando de utilidade publica os terrenos situados entre as rúas Theodoro
Sampaio, Osear Freiré e avenida Rebougas, necessarios á ampliagáo da
Faculdade de Medicina. A s ampliagóes de que fala o decreto, visam a
construegao do Hospital de Clinicas
da Faculdade, parte que resta fazer
e da qual nos oceupamos ñas linhas
que se seguem.
A C A M P A N H A D O C E N T R O ACADÉMICO " O S W A L D O CRUZ"
Promovida pelo Centro Académico
"Oswaldo Cruz" iniciou-se, ha mezes,
urna campanha ño sentido de se effectivar a construegao, annexo á nossa Faculdade de Medicina, no planalto do Aragá, do Hospital de Clínicas,
de grande utilidade para aquella Faculdade e m e s m o para o Estado de
S. Paulo.
Recentemente foi lembrado, diante
da publicagáo de urna carta enviada
ao presidente do Centro Académico
"Oswaldo Cruz", pelo professor Nicolao- Moraes Barros, que a Funda*
gao RocTSTfeller* "ultthíana'o "as liego*'
ciagoes no sentido de tornar realidade a construegao da Faculdade de
Medicina de Sao Paulo, propunha com o condigdes únicas, para o seu apoio
material, que se creasse na Faculdade o regime de tempo integral e a
limitagáo do numero de alumnos e
que o governo do Estado assumisse o
compromisso de construir "um hospital para o ensino clínico, :> que foi
feito.
A Faculdade de Medicina foi erguida e ahi está a attestar de maneira eloquente urna parcela da grande
realizagáo bandeirante. Quanto ao
Hospital de Clinicas, durante longo
tempo nao se falou delle. Urna iniciativa que vise effectivar a sua construegáo, como a que está patrocinando o Centro Académico "Oswaldo
Croz", merece, por isso mesmo, apoio
integral. Diante de iniciativa tal, foi
que resurgiu a idea de que o governo estadual se desincumba do compromisso que assumiu annos atrás,
fazendo com que se junte á nossa
Faculdade de Medicina o soberbo e
necessario Hospital de Clinicas.
O hospital e m questáo, projectado
de accordo com as mais modernas ten-
RECORDANDO.
Contamos com a cooperagáo decisiva de nosso Director; Flaminio Favero, eujo maior desejo é que o inicio
das obras se dé, ainda, durante a
sua gestáo.
Confiamos na acg&o enérgica e independente da Congregagáo de nossa
Faculdade.
Temos finalmente o immenso pra-*r de assignalar a assignatura, e m
Julho deste anno, na pasta da Edu' cacao e Saude Publica, do decreto n.
8.385, declarando de utilidade publica os terrenas situados entre as m a s
! Theodoro Sampaio, Osear Freiré e
avenida Rebougas, necessarios á ampliagáo da Faculdade de Medicina.
Visam essas ampliagóes a construc?ao do nosso Hospital de Clinicas.
Generoso Concilio.
4 W d e s e , segundo o respectivo projecto, de accordo com as mais modernas tendencias dos especialistas e m
varias secgóes, que abrigaráo todos os
seus servigos. Destina-se elle i dar
tratamento conveniente aos doentes e
dividil-os pelas diversas clinicas especializadas, que deveráo corresponder
e m numero ás leccionadas na Faculdade.
Foi calculado, para cada clínica da
Faculdade, medica ou cirurgica, u m
servigo interno com 70 leitos, sendo
quarenta para homens e trinta para
mulheres. e, além disso, u m ambulatorio para attender a 50 doentes. Assim, a lotagáo normal do Hospital
de CÍinicas alcangará numero superior a mil leitos. E m casos excepcionaes, porém, como exemplo ñas occasióes de grande surtos epidémicos,
poderá dar abrigo, apenas com detrimento de sua secgao de ensino, a
cerca de 2.000 doentes, o que representa u m enorme factor de prevengáo.
C O M O SERÁO DIVIDIDOS OS
SERVICOS
Segundo o projecto do Hospital de
Clinicas, inserto no 3.o volume dos
Annaes da Faculdade de Medicina de
Sao Paulo, os seus servigos seráo divididos, e m geral, e m dois grandes
grupos, a saber: medico e cirurgico.
O grupo medico oceupará as alas1
lateraes Leste, e o cirurgico as lateÍaes Oestei Por sua vez,cada grupjp
<este e Oeste, se sübdividiráarem dois
outros, u m para o sexo masculino,
outro para o sexo feminino, oecupando respectivamente as alas anteriores e posteriores. Nestas, ficaráo os
doentes do sexo feminino, ñas outras
os do sexo masculino. E m cada plano
do grupo será instalíada urna clínica.
Unidas ás aulas de cada grupo, seráo collocadas intallagóes administrativas e pedagógicas da clínica: sala
de espera, salas de assistentes, secretarias, salas do professor, salas de
aulas, rouparia central, salas de estudantes, vestiarios, etc. E m cada ala
as enfermarías seráo divididas i subdivididas e m enfermarlas communs,
quartos individuaes, salas de exames,
de curativos, de tratamentos, de enfermeiros, copas, sala de recreio, centros sanitarios, solarlos, etc.
Cada andar ou pavimento do Hospital de Clinicas abrigará, deste modo, duas Clinicas, urna a Leste <J outra a Oeste.
Os ambulatorios para evitar _ movimento de pessoas estranhas no interior do hospital e o contacto entre
doentes internos e externos, foram
centralisadas n u m grande bloco mediano, ou ala central longitudinal e
posterior, que terá ingresso indépéndente do Hospital propiciamente dito.'
O primeiro andar
desse departamento será destinado, exclusivamente, aos doentes e sua distribuigáo pelo servigo de consultas, sala de espera, fichario, etc.
Nos andares superiores, com dois
servigos e m cada um, ficaráo os ambulatorios das Clinicas, sendo u m a
cada clínica. O ambulatorio de urna
clínica constará de sala de espera,
salas de consultas, e m numero proporcional á frequencia da clínica, e
salas para ensino.
E' esse u m resumo do que será, depois de construido, D Hospital de
Clinicas da Faculdade de Medicina de
Sao Paulo, obra grandiosa da qual
volta-se a falar. com prenuncios de
realizacáo.
(Artigo publicado na "Folha da
Noite" de 2r7-37.)
A falta exclusiva de um hospital tende a ankylosar em nossa escola toda a parte referente
ás pesquizas e ao ensino clínico
Carta enviada ao presidente do C.A.O.C.
pelo Prof, Samuel B. Pessóa, Cathedratico de Parasitología
Sao Paulo, 28 de Abril de 1937.
E x m o . Sr. Roberto Brandi.
Presidente do C. Ac. "Oswaldo
Cruz" da Fac. de Med. da Un. de
Sao Paulo.
E m resposta ao officio de V. S. e m
que pede minha opiniao sobre i opportunidade da construegao dos Hospitaes de Clinicas da Faculdade de
Medicina, passo a expór succintamente o que pensó sobre esta questáo,
que considero realmente de importancia vital, nao só para nossa
Escola Medica, como para o progresso da medicina, e m geral no Estado
de Sá Paulo.
Aos Laboratorios da Faculdade de
Medicina de Sao Paulo inaugurados
e m 1931 devia-se seguir immediatamente a construegao dos Hospitaes,
pois os dirigentes da Fundagáo Rockefeller ao doarem a quantia necessaria para >: predio das cadeiras fundamentaes, fizeram-no impondo como
únicas condigdes, o régimen de tempo
integral e & construegao, pelo Governo, do Hospital e m que deveria ser
ministrado o ensino clínico.
Apresentava-se Sao Paulo, com effeito, e m condigdes propicias para a
installagáo de urna Escola
Medica
modelo: populagáo laboriosa e rica,
classe medica culta, boa Escola Medica e m inicio, zona tropical e o
centro de populagáo originaria de todas as partes do mundo. A maioria
dor problemas médicos que interessase 4 America JMedidional, poderla ser
estudada e m tima 'Escola e m que, ao
par do ensino fundamental e clínico,
se fizessem investigagóes e pesquizas
originaes. Este centro medico, assim
idealizado, deveria constituir-se na
Faculdade de Medicina de Sao Paulo.
Este ideal,. porém, pouco a pouco
vae se desmoronando, pois e m logar
de urna Escola completa e activa,
tende-se a ankylosar justamente toda
a parte referente ás pesquizas e ao
ensino clínico, pela falta exclusiva de
u m hospital e m que tal estudo possa
ser feito como exige 11«»J * - o alto gran
de adiantamento «las disciplinas medicas.
Por conseguinte, rían possuímos até
hoje, Escola completa, apta ao ensino e ;'v pesquizas, efficiente no estudo iliis nOSSOS mais importantes problemas nosologicoi Locaes, prompta
para transmittir o resultado da experiencia de seus mestres ás novas
geracóes e tapa/, de applicar o conjuncto de taes conhecimentos na previni.ao e combate ás principaes m«Lestiaa que nos assolam, para a melhoiia do bem estar geral.
Ñas condigdes actuaes a falta de
um hospital reflecte, outrosim, sobre
o ensino e os estudos de laboratorio,
pois problemas médicos Bao antes de
tudo problemas clínicos, e nao s<- pbde
querer cingif ao estudo das sciencias
fundamentad
feitas exclusivamente
em animaes de laboratorio, a única
liase dos conhecimentos para posterimes applicagóes medicas. Si o Hospital é necessario para a pesquiza e
o ensino clínico, o é em igual ponto
ao ensino e ás investigagóes das sciencias fundamentaos, que sao ministradas ñas priineiras series do curso
medico.
Assim terminando esta breve exposicao. pensamos que é de necessidade
immediata a construegao dos Hospitaes das Clinicas para a Faculdad
de Medicina de ¡Sao Paulo, pois s
dessa forma
teremos urna Escol
completa, capaz de desempenhar in
tegraluieute a miss&o para que
creada, e. o Governo do Estado
desobrigará de urna divida de hon
contrahida perante os dirigentes da
Fundagáo Rockefeller.
Constitúe a construegao dos Hospitaes de Clinicas o meio mais nobre
»• mais productivo da applicagáo do
dinheiro publico, de que o Governo é
mero depositario.
Sem outro motivo, enviamos cordeaes saudagoes,
Prof. S. B. Pessóa
A pobreza desconcertante de nossas cadeiras
de clinicas, hospedes importunas da Santa Casa,
é apenas compativel com um ensino
manco e imperfeito
do Prof.
Moraes
Barros
Illmo. Snr. Carta
Dr. Roberto
Brandi.Nicoláu
misso,
por parte
do Governo, de proD. D . Presidente do Centro Académover e custear a construegao do
mico "Oswaldo Cruz".
Hospital?
Tenho o prazer de aecusar e resOccupa, o cargo de Governador do
ponder o officio de V . S., e m que se Estado, u m paulista eminente, com
m e pede opinar sobre a campanha
larga e segura visáo de administraque J Centro Oswaldo Cruz cuida
dor; é Secretario da Educagáo u m
promover, para a construegao do Hosillustre professor da Faculdade e seu
pital de Clinicas, annexo á Faculdaex-director; dirige a Faculdade, nesde de Medicina de S. Paulo.
ta hora, com dedicacáo e clarividenN a o será ocioso affirmar que tal cia, outro membro destacado de sua
iniciativa só póde merecer o applauCongregagáo; finalmente, é, ainda, ouso enhusiastico e o apoio decidido de
tro nao menos illustre professor da
quantos se interessam pelo ensino
Faculdade, chefe e orientador da
medico entre nos, mórmente daquelles
Commissáo de Assistencia Hospitaa quiem incumbe ministral-o? Pois
lar. Si tantos _• táo valiosos factores
nao é gritante o contraste e a pobrenao propiciarem o éxito da sympathiza desconcertante da maior parte das
ca e mais que opportuna iniciativa do
cadeiras clinicas, hospedes importuCentro "Oswaldo Cruz", entáo será
nas da Santa Casa e apenas compao caso de darmo-nos os pezames e
tiveis com u m ensino manco e imaguardáronos, resignados, melhores
perfeito? N a o é sabido de toda a gentempos.
te que i "Rockfeller Foundation" se
D e V . S., com elevado aprego, coldispoz a auxiliar a construegao de
lega admor.,
nossa Faculdade, mediante 3 comproDr. Moraes Barros.
o
6
bisturí
Valestrando com o professor
Pacheco e Silva
Gragas á solicitude o gentileza do
Dr. Paulo de Camargo, — tivemos a
oportunidade de, e m companhia de
nosso presidente, Roberto Brandi,
abordar com o prof. Antonio Carlos
Pacheco > Silva, professor de Clínica
de todos aquelles que se interessam
pela questáo, afim de que todos os
esforgos convirjam para 3 objectivo
único. Louvou D idealismo i o desprendimento dos mogos irmanados pelo C. A. O. C , tendo palavras de en.-.
.•••••••*•
^.
•-......•"
"J
PROF. DR. PACHECO E SILVA
Psychiatrica e Director Geral da Assistencia aos Psychopatas e m nosso
Estado, o problema da Construegao
do Hospital de Clinicas annexo á
üniversidade de Sao Paulo.
Sua Excia. receben-nos carinhosamente, encantando-nos com sua palavra fácil, serena- e convincente.
Profundo conhecedor de nossas
cousas, observador atiento e estudioso apaixonado de nossos magnos problemas sociaes ~; educativos, o prof.
Pacheco 3 Silva, analisou com seguranga, sempre dentro do mais puro
realismo, as múltiplas faces da que?
táo que ora nos empolga.
Mostrou-nos, claramente B com a
autoridade de mestre que é, quáo
complexa é 1 nossa causa. Frizou,
porisso mesmo, a necessidade d e urna
collaboragáo ampia, porém, orientada
thusiasmo pela nossa iniciativa.
" A campanha é ardua, disse-nos
nosso mestre, m a s deve ser serena,
pertinaz e sobretudo, intelligente;
dentro dessa orientagáo e sustentada
pela forga idealizadora de nossa mocidade estudiosa, tenho fé na realizagao. daquillo po» que todos anclamos''
Prometteu-nos nosso mestre empregar todos os seus esforgos para o éxito da campanha, collocando-se inteiramente ao lado dos seus alumnos.
A o C A. O. C. nada mais resta
senáo agradecer de publico, o grande
interesse manifestado pelo prof. Pacheco .3 Silva que se revelou, mais
urna vez. grande amigo dos seus alumnos e defensor ardoroso das causas
nobres.
G E N E R O S O CONCILIO
A directoría sob cujos auspicios se inauprou a
campanha pro-construgáo do Hospital de Clinicas
A campanha a que se dedica inteiramente o presente numero d* " O Bisturí", suja idea nasceu n u m grupo de
estudantes e m que se sobresahiam
Roberto Brandi e Octavio Lemmi, foi
constituida bandeira da propaganda
eleitoral da "chapa" formada no anno passado, sob a chefia do primeiro,
para concorrer ás eleigóes do C. A .
O. C
Victoriosa a corrente que apoiou
aquella chapa, e subindo esta á directoría do Centro, já na sessáo solemne de sua posse 1 campanha foi
aberta com o discurso do novo presidente Roberto Brandi: Todos os novos directores endossaram as suas palavras, 2 assumiram o compromisso
tácito de sustentaren!, sem esmorecimentos, o árdno movimento que entáo se iniciava. Tanto mais arduo
quanto difficil se apresentava entáo
a possibilidade de consecugáo dos intentos visados. Sabia, porém, a nova
Directoria que nao se tratava de campanha que cessasse com a sua gestáo,
mas que se deverá prolongar através,
quem sabe, de varias presidencias.
Formulando os nossos votos para
que a próxima Directoria já nao precise de se preoecupar com a questáo,
pomos e m evidencia apenas : quanto
os actuaes directores tem sabido se
manter dentro da realidade, sem illusorias esperangas, m a s com esperangas inquebrantaveis.
A Directoria do C. A. O. C. que
iniciou a "Campanha do Hospital de
Clinicas" tem «* seguinte constituigáo:
Presidente — Roberto Brandi
Vicepresidente — Domingos Machado
l.o Secretario —Octavio Lemmi
2.o Secretario — Helio Lourengo de
Oliveira
l.o Thezoureiro — Joáo Procopio
Fortes
2.o Thezoureiro — Murülo P„ de
Azevedo
l.o Orador — Generoso Concilio
2.o Orador — Carlos Augusto Gongalves.
El O HOSPITAL
D E CLÍNICAS?
I
W
W
W
W
—
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w
w
—
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E m 28 de, maio de 1925, o dr.
George E. Vincent, escrevia ao director da Faculdade de Medicina e Cirurgia de Sao Paulo urna carta, participando que na reuniáo da Commissáo Executiva da Fundagáo Rockefeller ficára resolvido que a contribuigáo da m e s m a á Faculdade fosse
de 5.300 contos e m favor dos edificios para Anatomía, Physiologia, Chimica, Pathologia e Hygiene pertencentes á Faculdade, sendo que o Governo do Estado devia obrigar-se a
prover a m e s m a escola de u m hospital o mais dependencias para administragáo e funecionamento.
Isto é da historia de nossa Faculdade. Deviamos ter u m hospital, mesm o porque nao se pode comprehender urna Faculdade nos moldes da
nossa, sem u m hospital proprio, onde
ella faga e desfaga á sua vontade.
O Governo de entáo, cumprindo a
obrigagáo que tomara ao acceitar o
auxilio para a construegao dos edificios para os laboratorios, votou urna
verba de 6.000 contos, dividida e m
tres exercicios, 1926, 1927 3 1928, a
2.000 contos cada um. A noticia foi
gratamente acolhida por todos aquelles que se interessavam pela Faculdade. Iamos ter u m hospital proprio!
Nao teriamos mais luctas insanas com
a Direcgáo da Santa Casa! Q u e óptimo!
Porém, passa-se 3 tempo - a direcgáo da Faculdade, esquecendo-se de
dois proverbios populares conhecidissimos ("quem tudo quer, tudo perde"
e "de grao e m grao, gallinha enche
o papo") deixou a verba de 6.000
contos cahir em exercicios^findos\\\
Emfim, : que pássou, passou. Cahiu a verba e m exercicios findos, m a s
o mesmo nao aconteceu com a obrigagáo assumida pelo Governo com a
Fundagáo Rockefeller. Essa obrigagáo
permanece de pé.
M a s perguntar-se-á: para que a Faculdade quer u m hospital proprio,
quando está utilizando ha tantos annos a Santa Casa e formando nella
bons médicos? Essa pergunta entretanto só será feita pelos que tém espirito retrogado, de excessiva rotina.
Os espiritos esclarecidos e mesmo os
medianos, veráo que a Faculdade es-
tá com o seu progresso entravado pela falta do hospital. C o m o podem os
clínicos emprehender certas pesquizas,
se lhes falta o material adequado?
Nao é na relativa pobreza de urna
casa de caridade que elle vae encontrar isso.
Por outro lado, dada a exiguidade
numérica dos leitos, os alumnos nao
tem material "doente'' e m quantidade sufficiente. E a clínica nao se
aprende no livro, sem que se examine o doente.
Para nos, que trabalhamos e m laboratorios, parecería nao interessar
o hospital da Faculdade. Puro engaño. Interessa-nos 1 muito.
Até agora temos feito : estudo da
anatomía pathologica e m "instantáneos"; ou examinamos urna pega retirada operatoriamente, ou urna porgáo de material mórbido, na biopsia
ou emfim o quadro final das doengas,
ñas necropsias.
•Qual a consequencia disso? E' que
o resto da evolugáo das doengas, nos
só podemos estudar nos livros. Ora,
todo mundo sabe a differenga entre
estudar vendo e estudar lendo. Dessa
maneira, ficamos ás tontas. Conhecemos bem u m quadrinho de film, m a s
nem sequer u m "trailer" E quantas
vezes isso nos dá vontade de assistir
á fita toda!
Se houvesse hospital da Faculdade,
aquí perto, teriamos opportunidade
de reservar u m certo tempo de nosso trabalho para a visita ás enfermarías, onde estudariamos os doentes.
Caso elles viessero a fallecer, teriamos opportunidade de necropsiar uin
caso conhecido JL que ternaria •*- necropsia muito mais aproveitavel.
N o caso de ser "feita urna biopsia,
poderiamos acompanhar o decurso ulterior da doenga, para melhorarmos
nao só o nosso diagnostico, como o
nosso prognostico.
Se fossemos continuar „. falar sobre o assumpto, encheriamos as columnas do " Bisturí'?. C o m o medo
da cesta, aqui ficamos, concluindo:
''Precisamos do nosso hospital, se
quizermos crescer'
Paulo Tibiricá.
S. Paulo, 31-8-1937.
Resposta do dr. Milton Estanislau do Amaral,
Officio do Centro
Sao Paulo, 20 de Abril de 1937.
Exmo. Snr. Dr. Roberto Brandi
DD. Presidente do Centro Académico "Oswaldo Cruz"
Saudagoes.
Tenho e m máos «t prezada carta de
V. S., solicitándome — 3 que muito
m e desvanece — a opiniao sobre a
opportunidade da campanha pro Construegao do Hospital de Clinicas a se
emprehender pelo Centro Académico
"Oswaldo Cruz", 3 pedindo-me collaborar e m tal emprehendimento.
Quanto ao primeiro item, só tenho
i louvar e admirar a grandiosa ideia,
achando-a muito opportuna, mesmo
que 1 construegao se processe paulatinamente, por falta da verba total —
o que provavel e infelizmente se dará, segundo pensó. Esta circunstancia, que talvez seja tambem sentida
por V. S., vem resaltar a minha ad-
miragáo e respeito para com a actual
Directoria do Centro, cuja attitude,
em face de tal problema, é sobremaneira altruista, pelo incentivar a creagáo de u m hospital, que servirá, sob
o ponto de vista do ensino clínico,
especialmente ás futuras geragóes
académicas, o que ha de constituir
u m excelso motivo de engrandecimento da nossa Faculdade de Medicina, do meio medico paulista e da
proficua actuagáo de V. S. e companheiros de trabalho.
Quanto á minha collaboragáo, de
valor táo diminuto quanto duvidoso,
só poderei affirmar a V. S. tudo
quanto possivel dedicarei á grandiosa
3 louvavel campanha.
Sem outros motivos, e com alta
consideragáo 3 estima, subscrevo-me
De V. S., Amo., Atto. e Obro.
Milton Estanislau do Amaral.
o
bisturí
-7
"SEM A CONJUGAQAO DO LABORATORIO E DA CLÍNICA NAO HA "A campanha do hospiREGULAMENTOS NEM PLANOS EDUCATIVOS CAPAZES DE MELHO- tal de clinicas será outro
RAR A EDUCACAO E A INSTRUCCAO MEDICA DO PAIZ"
grande servigo que o C. A.
0, C. juntará aos que táo
A IMPORTANTE CONTRIBUIDO DO PROF. SOUZA CAMPOS A' "CAMPANHA DO
HOSPITAL DE CLÍNICA"
entusiástica quáo abnegadamente já v e m
prestando aos seus
semelhantes"
raro no m e s m o edificio o laboratorio
"a que chamamos impropriamente de
escola medica" e a clínica. Deste
consorcio nasceram as conferencias de
pathologia clínica que tanto successo
tem alcangado na Allemanha e na
America do Norte. Sao conferencias
semanaes e m que se discutem os casos mais interessantes contribuindo o
clinico, o cirurgiáo, o analysta, o radiologisT;a, o bacteriologista e o anato-pathologista para urna demonstragao completa e positiva sobre o caso
considerado. Realisa-se, dest'arte, urna
vista de conjuncto que permitte a
Quando se erigiu o bloco de labocada
especialista, urna impressáo do
ratorios foi o estudo concebido no
que
se
passa no campo que nao é o
sentido harmónico de urna boa artida
sua
especialidade. E ' u m ligeiro
culagáo com o bloco das clinicas.
exemplo dentre os múltiplos que poHouve mesmo, entre os compromissos
dem ser apresentados para comprovar
asumidos naquella época, este caráceste asserto.
ter essencial: a construegao de um
hospital de clinicas. Todos os que se Basta attentar para a centralisagáo das fontes bibliographicas, para
interessam pelo jproblema da educao problema do esporte e para as posgao medica estáo de perfeito accordo
sibilidades de intercambio intellectual
em u m ponto: a indispensavel communháo do ensino clínico como o pre- e de material scientifico e didatico".
clinico, isto é, com o das sciencias Alias essa conjungáo da escola medica e hospital pode ser encontrada
fundamentaes. Ainda ha poucos días,
desde as épocas mais remotas. O hosem u m relatorio official, fizemos as
pital
nao é, como geralmente se adconsideragoes que desejamos aqui remitte,
urna fundagáo surgida com o
produzir: " N a o ha entre os que se
Christianismo. V e m de tempos antededicam, ainjja que muito summariariores á nossa era. Podemos assignamente ao estudo da questáo do ensilar suas origens nos templos de Sano medico, quem nao determine coturno ou ñas Asclepieias da Grecia
m o essencial a intima ligagao do hosque floresceram principalmente '* é m
pftaf áVIfcftno^rf d ^ c o ^ o s - r * Cós, Cnidus. Epidauros e Pergamo.
boratorios — blooo que, entre nos,
E r a m esses templos gregos dedicados
tem a denominagáo de escola medica.
ao culto d% Esculapio, filho de ApolEncola medica é o todo, o conjuncto:
lo e da nynjpha Coronis. Edificavam-se
hospital e laboratorio. Poder-se-ia
ñas inontaiihas, na proximidade dos
mesmo dizer que a escola medica oubosques
e na vizinhanga de urna
tra cousa nao é senáo o proprio hosfonte
de
agua mineral. O tecto, e m
pital com as secgóes de laboratorio
duas agu$s, erguia-se. sobre columna(anatomía, physiologia, pathologia,
das dóricas semelhando-se, seu typo
bacteriología, chimica biológica, paraarchitectonico, ao do Parthenon ou
sitología, histología, embryologia) basa
o da Acropole, de Athenas. Naquelle
tante ampliadas para fornecer elerecinto
ingressavam os doentes dementos de ensino, de pesquisas e de
pois
de
u m banho purificador ñas
rotina para esclarecimento dos diagaguas da fonte sagrada. E r a m os panósticos clínicos.
cientes iniciados nos mysterios dos
A separagáo entre o laboratorio e
feitos
de Esculapio, nos successos oba clínica tem sido, e m nosso paiz u m
tidos
no
templo e ñas regras do tragrande entrave para o progresso do
tamento
empregado.
Depois da oraensino medico. S e m a conjugagáo desgáo
e
sacrificios
era
o
doente tratases dois elementos, e m u m entrosado
pelas
massagens
e
unegóes
antes
mento intimo e harmónico, nao ha
de
se
submetter
a
o
somno
ou
"incuregulamentos n e m planos educativos
bagao". U m gallo era sacrificado pecapazes de melhorar a educagáo e
rante a imagem do i dolo. N o periodo
mesmo a instruegáo medica no paiz.
de "incubagáo" o paciente dormía no
C o m a organisagáo actual vemos a
santuario. A therapeutica era indicaformagáo de dois typos b e m diversos,
da atravez dos sonhqs interpretados
entre os que se dedicam á profispelos sacerdotes que entáo preseresáo medica: o clinico que faz alarde
víam catharticos, cáusticos, sangrías
em dizer que nada entende de laboou outras medicagoes que pareciam
ratorio e o h o m e m de laboratorio
apropriadas. Se o doente nao dormía,
que, por sua vez, se jacta de nada
vinha, durante a noite, o sacerdote,
saber de clínica. H a u m grande diencarnando o proprio idolo, para
visor de aguas separando nítidamenaconselhar a therapeutica conveniente.
te estas duas correntes. E ' evidente
E m casos de cura era offerecido,
que nao se pode esperar de u m clíao deus tutelar do templo, u m modenico o perfeito conhecimento da telo e m ouro, prata, ou cera, da parte
chnica de laboratorio e vi ce versa.
do corpo que fóra affeetada. A reliO completo desconhecimento de u m e
quia era suspensa a urna das columde outro respectivamente € que nao nas do templo, junto a u m quadro
se comprehende, e m ambos os casos.
em que se narrava a historia do caEntretanto o que observamos aqui é
so. Quanta semelhanga com factos
o divorcio entre as duas correntes,
ainda agora observados!
divorcio que se vae tornando cada
Estes quadros votivos constituirán!
vez mais pronunciado á proporgáo
os prímeiros elementos de historia clíque decorrem os annos de exercicio
nica, poderiamos dizer as primeiras
profissional. É* indispensavel, porém,
fontes bibliographicas, no capitulo da
Canter e renovar os conhecimentos
sciencia medica. Formaran» a base
de conjuncto que sao adquiridos dudas escolas de medicina que foram
rante o curso medico. Esta é a razáo
surgindo, nesses templos, principalporque nos paizes mais adiantados
mente e m Cós, Cnidus. E m Cós forprocurou-se urna solugao capaz de:
mou-se a figura máxima da medicina
evitar táo grave incoveniente, assoantiga: Hipócrates. Pausanias, u m
tiando-se, no mesmo "campus" e háo viájor grego, de 150 annos ~antes de
O Centro Académico Oswaldo Cruz
iniciou urna bella campanha. Querem
©s estudantes de medicina que se
construa o hospital de clinicas da Fasuldade de Medicina. O projecto já
foi langado, o terreno já existe, só
faltando, para a construegao, a verba respectiva. S e m o hospital a nossa escola medica ficará sempre incompleta. Afigura-se-me urna aguia
] rompta para o vóo m a s que só tem
i m a asa.
Christo, referiu-se a 6 dessas columnas votivas, cada urna contendo a
descripgáo de varios casos clínicos.
Ainda hoje encontram-se nos museus
varios modelos antigos, e m marmore
ou térra cota, reproduzindo diversas
partes do corpo humano, imagens que
talvez representem o cumprimento de
votos dedicados a Apollo ou Esculapio.
O Prof. J. Brito, Cathedratico t
de Ophtalmologia, responde ao
officio dfc C. A. O. C.
Esta é a ligáo da historia. A es\ Sao Paulo, 29vde Abril de 1937.
cola medica nasceu no templo e no
E
x
m o . Snr. Roberto Brandi
hospital. Por isso a medicina é u m
sacerdocio. A s escolas de Salerno e
M.D.- Presidente do Centro Acadéde Alexandria, como a de Montpellier
mico " Oswaldo '¿pru^'' — S. Paulo.
Respondendo a vossa carta do corsoffreram a influencia da cultura
rente mez, pédindjG a minha opiniao
hellenica que despertou a humanidasobre a opportunidade da vossa Camde, para a civilisagáo, na bacía do
panha Pro Construegao do Hospital
Mediterráneo. Salerno foi talvez a
de Clinicas, só tenho a declarar que
primeira escola medica independente.
nao julgo possijrel haver duas opiInstallou-se na pequeña cidade prainióes a respeito.?
na, junto á Ñapóles, por ter sido esAinda afastaudo para segundo plano
as reconhecidas vantagens para o
ta sempre considerada urna estagáo
ensino
medico, e m urna cidade como
de cura. A escola de Montpellier coSao Paulo, cuja carencia de hospitaes,
m o a de Salerno, nasceu a beira m a r
sobretudo para a classe pobre é evie m u m sitio encantador e próximo a
dente e ninguem contesta, a creagáo
urna estagáo balnearia. Formaram-se
de u m novo hospital constitue urna
necessidade premente. O grande puassim -quasi todas as escolas medicas
blico bem o sabe, pois, diariamente,
em derredor do hospital. Onde tal
em todos oe hospitaes sao recusadas
condigáo nao foi possivel urna remoá-elffg&o^fire "%enr %mpvmtoo~pa.Ttí? »«wri*gw*as entradas de. iloentfia..por. jiáo haver lugar.
o incoveniente.
Nos que na Santa Casa, todos os
E m urna classificagáo que fizemos
dias condoidos assístimos á punjente
das escolas medicas, baseada ñas rescena dos necessitados, que precisara .
lagoes entre o hospital e laboratorio
de internagáo para o seu tratamento,
evidenciase a tendencia crescente pa- nao serem attendidos por absoluta
falta de lugar, outra cousa nao nos
ra a centralizagáo. A's vezes laboracabe sináo calorosamente felicitar á
torios e hospital organisam-se e m blojuventude
estudiosa do Centro Acacos separados porém visinhos. Outras
démico "Oswaldo Cruz por mais esta
vezes a idea de centralizagáo vae ao
iniciativa, essa benemérita Campanha
extremo de abrigar tudo — laboraSocial, que será outro grande servigo
torio e hospital — sob u m m e s m o
que juntará aos que tao entiusiastica
tecto. E m alguns casos os dois blo- quáo abnegadamente já vem prestando aos seus semelhantes.
cos sao distribuidos sem systematisaQueira snr. Presidente acceitar os
gáo, e m pavimentos e alas diversas,
meus protestos de alta estima e ade m outros constituem-se e m blocos inmiragáo.
dependentes porém sólidamente soldaJ. Britto.
dos entre si
Recentemente vemos o caso de Rom a e m que o Policlinico atrahiu, para a sua visinhanga, nao só os blocos de laboratorio como quasi todo
o restante da universidade. E m M a drid ficaram próximos os blocos do
hospital e dos laboratorios, no grande
centro universitario cuja terminagao
foi interrompida pela guerra que assola a Espanha.
Se quizermos analysar este problema, por meúdo, os exemplos se multiplicaráo.
Merecem pois applausos os mais
calorosos, os estudantes que se empenham na campanha pro hospital de
clinicas.
Nao esmoregam os mogos de Piratininga. E m S. Paulo nenhuma boa
campanha ficou até agora sem echo.
O s resultados háo de compensar o
Centro Académico Oswaldo Cruz dos
trabalhos que emprehender e m prol
dessa obra de benemerencia.
CONTRIBUIDLO
DA
IMPRENSA
PAULISTANA
N a o podemos deixar de externar
aqui os nossos sinceros agradecimentos aos colegas da Imprensa Paulistana pelo muito que se empenharam
em favor da ¡benemérita campanha
pró-construegáo dos Hospitais de Clínica que ora o Centro efetua.
C o m efeito, ventilando amplamente
a questáo, incutindo ás autoridades
e ao publico aquela premente necessidade, os jomáis de Sao Paulo contribuiram e contribuem imensamente
para, o b o m éxito que esperamos todos obter.
Ui
A' todos os jornalistas quer-usaram
Sao Paulo, Abril de 1937.
. de sua^pena j>ara deiendex # amparar
Ernesto de Sousa Campos.
táo digna campanha o Centro Académico "Owaldo Cruz" agradege.
8
---*»*»—>.,J
o
bisturí
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Sao Paulo necessita do * Hospital de Clínicas *