o ã ç a d e R e d s a t s o p o r P Dicas e cnologias suas Te Linguagem, Códigos e Prof. Well Morais 13 13ª Temática Abordada Responsabilidade Social No mundo, percebemos que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros. Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens possuem diferenças são os físicos ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias, enquanto outros não têm sequer o que comer durante o dia. Por isso, vemos que, em cada sociedade, existem essas desigualdades. Elas assumem feições distintas porque são constituídas de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade. “pagam” ao governo os valores previamente acrescentados aos preços de seus produtos conforme o Governo sabe e aprova. Portanto, quem acaba contribuindo, de fato, é o consumidor final (o cidadão comum) que não tem para quem repassar os impostos embutidos no preço que pagou. Se o governo der um pouco mais de transparência à questão dos tributos (desembutindo os impostos invisíveis, para que o cidadão comum possa vê-los), o povo perceberá a realidade em que vive e dará início às correções socioeconômicas de que o Brasil tanto precisa. A pobreza como fracasso No século XVIII, o capitalismo teve um grande crescimento, com a ajuda da industrialização, dando origem assim as relações entre o capital e o trabalho, então o capitalista, que era o grande patrão, e o trabalhador assalariado passaram a ser os principais representantes desta organização. A justificativa encontrada para esta nova fase foi o liberalismo que se baseava na defesa da propriedade privada, comércio liberal e igualdade perante a lei. A velha sociedade medieval estava sendo totalmente transformada, assim o nome de homem de negócios era exaltado como virtude, e eram-lhe dadas todas as credenciais uma vez que ele poderia fazer o bem a toda sociedade. O homem de negócios era louvado, ou seja, ele era o máximo, era o sucesso total e citado para todos como modelo para os demais integrantes da sociedade, a riqueza era mostrada como seu triunfo pelo seus esforços, diferente do principal fundamento da desigualdade que era a pobreza que era o fator principal de seu fracasso pessoal. Então os pobres deveriam apenas cuidar dos bens do patrão, máquinas, ferramentas, transportes e outros e supostamente Deus era testemunha do esforço e da dedicação do trabalhador ao seu patrão. Diziam que a pobreza se dava pelo seu fracasso e pela ausência de graça, então o pobre era pobre porque Deus o quis assim. O pobre servia única e exclusivamente para trabalhar para seus patrões e tinham que ganhar somente o básico para sua sobrevivência, pois eles não podiam melhorar suas condições pois poderiam não se sujeitar mais ao trabalho para os ricos, a Falta de transparência na gestão pública e nos impostos A política de impostos embutidos (“invisíveis”), impede que o cidadão comum conheça o verdadeiro contribuinte do sistema tributário brasileiro. Esse desconhecimento mantém a sociedade muito passiva mesmo diante das inúmeras injustiças vivenciadas ano após ano. O dia em que o cidadão comum descobrir como funciona, de fato, o recolhimento de impostos no Brasil, vai perceber então que o próprio sistema é o causador da maioria dos problemas brasileiros. Observe que nos países do Primeiro Mundo a diferença salarial, entre simples operários e diretores de empresas, raramente ultrapassa o patamar de 7 vezes, isto é, os diretores não ganham 20 vezes mais que os operários. Mas, aqui, no Brasil, mesmo no setor público essa diferença chega a 50 e 100 vezes. Tamanha injustiça é tolerada pacificamente porque a maioria dos cidadãos não sabe de onde sai o dinheiro que sustenta a nação. O dia que o cidadão comum descobrir que é, ele, o verdadeiro contribuinte de todos os impostos, certamente vai arregaçar as mangas e ajudar a corrigir os inúmeros absurdos da nossa sociedade. A maioria dos cidadãos ainda não percebeu que as empresas (indústrias, atacadistas, comércios etc.) não contribuem com um único centavo de imposto. Na realidade, elas 1 existência do pobre era defendida pelos ricos, pois os ricos são ricos as custas dos pobres, ou seja para poderem ficar ricos eles precisam dos pobres trabalhando para eles, assim conclui-se que os pobres não podiam deixar de serem pobres. social. Essas desigualdades não eram somente econômicas, mas também intelectuais, ou seja, o operário não tinha direito de desenvolver sua capacidade de criação, o seu intelecto. A dominação da classe superior, os burgueses, capitalistas, os ricos, sobre a camada social que era a massa, os operários, os pobres, não era só econômica mas também ela se sobrepõe a classe pobre, ou seja, ela não domina só economicamente, mas politicamente e socialmente. A desigualdade como produto das relações sociais Várias teorias apareceram no século XIX criticando as explicações sobre desigualdade, entre elas a de Karl Marx, que desenvolveu um teoria sobre a noção de liberdade e igualdade do pensamento liberal, essa liberdade baseava-se na liberdade de comprar e vender. Outra muito criticada também foi a igualdade jurídica que baseava-se nas necessidades do capitalismo de apresentar todas as relações como fundadas em normas jurídicas. Como a relação patrão e empregado tinha que ser feita sobre os princípios do direito, e outras tantas relações também. Marx criticava o liberalismo porque só eram expressos os interesses de uma parte da sociedade e não da maioria como tinha que ser. Segundo o próprio Marx a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações é que tornam a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização social, e mostram que o homem se relaciona uns com os outros. Assim Marx considera as desigualdades sociais como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico, e também político. O poder de dominação é que da origem a essas desigualdades. As desigualdades se originam dessa relação contraditória, refletem na apropriação e dominação, dando origem a um sistema social, neste sistema uma classe produz e a outra domina tudo, onde esta última domina a primeira dando origem as classes operárias e burguesas. As desigualdades são fruto das relações sociais, políticas e culturais, mostrando que as desigualdades não são apenas econômicas, mas também culturais, participar de uma classe significa que você esta em plena atividade social, seja na escola, seja em casa com a família ou em qualquer outro lugar, e estas atividades ajudam-lhe a ter um melhor pensamento sobre si mesmo e seus companheiros. Problemas sociais no Brasil Disponível em: http://economiaclara.files.wordpress.com/2010/02/charge-crise.jpg Embora o Brasil tenha avançado na área social nos últimos anos, ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros. Abaixo listaremos uma relação dos principais problemas brasileiros na atualidade. As classes sociais As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os indivíduos. As desigualdades são vistas como coisas absolutamente normais, como algo sem relação com produção no convívio na sociedade, mas analisando atentamente descobrimos que essas desigualdades para determinados indivíduos são adquiridos socialmente. As divisões em classes se dá na forma em que o indivíduo está situado economicamente e sociopoliticamente em sua sociedade. Como já vimos no capitalismo, quem tinham condições para a dominação e a apropriação eram os ricos; quem trabalhavam para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os principais denominadores de desigualdade Desemprego Embora a geração de empregos tenha aumentado nos últimos anos, graças ao crescimento da economia, ainda existem milhões de brasileiros desempregados. A economia tem crescido, mas não o suficiente para gerar os empregos necessários no Brasil. A falta de uma boa formação educacional e qualificação profissional de qualidade também atrapalham a vida dos desempregados. Muitos têm optado pelo emprego informal (sem carteira registrada), fator que não é positivo, pois estes trabalhadores ficam sem a garantia dos direitos trabalhistas. Violência e Criminalidade A violência está crescendo a cada dia, principalmente nas 2 Responsabilidade social grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios e TVs presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas. A falta de um rigor maior no cumprimento das leis, aliada às injustiças sociais podem, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país. Segundo o Livro Verde da Comissão Europeia (2001), responsabilidade social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/ou não deve, ser norteada apenas para o cumprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de interesses como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes e a sociedade em geral. Afirma Carlos Cabral-Cardoso (2002) que o conceito de responsabilidade social deve ser entendido em dois níveis: O nível interno relaciona-se com os trabalhadores e, mais genericamente, a todas as partes interessadas afetadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar os seus resultados. O nível externo tem em conta as consequências das ações de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeadamente, o ambiente, os seus parceiros de negócio e meio envolvente, fatores que originaram o conceito a RSE. Num contexto da globalização e de mutação industrial em larga escala, emergiram novas preocupações e expectativas dos cidadãos, dos consumidores, das autoridades públicas e dos investidores. Os indivíduos e as instituições, como consumidores e/ou como investidores, adotam, progressivamente critérios sociais nas suas decisões (ex.: os consumidores recorrem aos rótulos sociais e ecológicos para tomarem decisões de compra de produtos). Os danos causados ao ambiente pelas atividades econômicas, (ex.: marés negras, fugas radioativas) tem gerado preocupações crescentes entre os cidadãos e diversas entidades coletivas, pressionando as empresas para a observância de requisitos ambientais e exigindo à entidades reguladoras, legislativas e governamentais a produção de quadros legais apropriados e a vigilância da sua aplicação. Os meios de comunicação social e as modernas tecnologias da informação e da comunicação têm sujeitado a atividade empresarial e econômica a uma maior transparência. Daqui tem resultado um conhecimento mais rápido e mais profundo das ações empresariais – tanto as socialmente irresponsáveis (nefastas) como as que representam bons exemplos (e que, por isso, são passíveis de imitação) – com consequências notáveis na reputação e na imagem das empresas. Responsabilidade Social diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral. Existem várias outras definições para o termo responsabilidade. Podemos citar, entre elas, as seguintes: Alguns sociólogos entendem como sendo responsabilidade social a forma de retribuir a alguém, por algo alcançado ou permitido, modificando hábitos e costumes ou perfil do sujeito ou local que recebe o impacto. Podemos citar um exemplo: a implantação de uma fábrica em uma determinada localidade, cujo espaço era utilizado pelos moradores como pasto para seus animais, ocasionando perda desse acesso, exigindo a criação de novas forma de alcançar o que Poluição Este problema ambiental tem afetado diretamente a saúde das pessoas em nosso país. Os rios estão sendo poluídos por lixo doméstico e industrial, trazendo doenças e afetando os ecossistemas. O ar, principalmente nas grandes cidades, está contido de toneladas de gases poluentes, derivados da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo – gasolina e diesel principalmente). Este tipo de poluição afeta diretamente a saúde das pessoas, provocando doenças respiratórias. Pessoas idosas e crianças são as principais vítimas. Saúde Hoje, pessoas que possuem uma condição financeira melhor estão procurando os planos de saúde e o sistema privado, pois a saúde pública encontra-se em estado de crise aguda. Hospitais superlotados, falta de medicamentos, greves de funcionários, aparelhos quebrados, filas para atendimento, prédios mal conservados são os principais problemas encontrados em hospitais e postos de saúde da rede pública. A população mais afetada é aquela que depende deste atendimento médico, ou seja, as pessoas mais pobres. Educação Os dados sobre o desempenho dos alunos, principalmente da rede pública de ensino, são alarmantes. A educação pública encontra vários problemas e dificuldades: prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. Este quadro é resultado do baixo índice de investimentos públicos neste setor. O resultado é a deficiente formação dos alunos brasileiros. Desigualdade social O Brasil é um país de grande contraste social. A distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto. Habitação O déficit habitacional é grande no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é muito comum a presença de favelas e cortiços. Encontramos também pessoas morando nas ruas, embaixo de viadutos e pontes. Nestes locais, as pessoas possuem uma condição inadequada de vida, passando por muitas dificuldades. 3 •• A responsabilidade social como estratégia de marketing institucional: O foco está na melhoria da imagem institucional da empresa. São os ganhos institucionais da condição de empresa-cidadã que justificam os investimentos em ações sociais encetadas pela empresa. •• A responsabilidade social como estratégia de recursos humanos: As ações são focadas nos colaboradores e nos seus dependentes, com o objetivo de satisfazê-los e consequentemente reter seus principais talentos e aumentar a produtividade. •• A responsabilidade social como estratégia de valorização de produtos/serviços: O objetivo não é apenas comprovar a qualidade dos produtos/serviços da empresa, mas também proporciona-lhes o status de “socialmente corretos”. •• A responsabilidade social como estratégia de inserção na comunidade: A empresa busca aprimorar suas relações com a comunidade e a sociedade e também a definição de novas formas de continuar nela inserida. •• A responsabilidade social como estratégia social de desenvolvimento na comunidade: A responsabilidade social é vista como uma estratégia para o desenvolvimento social da comunidade. Dessa forma, a organização passa a assumir papel de agente do desenvolvimento local, junto com outras entidades comunitárias e o próprio governo. •• A responsabilidade social como promotora da cidadania individual e coletiva: A empresa, mediante suas ações, ajuda seus colaboradores a se a tornarem verdadeiros cidadãos e contribui para a promoção da cidadania na sociedade e na comunidade. •• A responsabilidade social como exercício de consciência ecológica: A responsabilidade social é vista como responsabilidade ambiental. A empresa investe em programas de educação e preservação do meio ambiente, e consequentemente, torna-se uma difusora de valores e práticas ambientalistas. •• A responsabilidade social como exercício de capacitação profissional: Neste caso, o exercício de responsabilidade social se dá com a capacitação profissional dos membros da comunidade e empregados da empresa. •• A responsabilidade social como estratégia de integração social: Esse conceito parte do pressuposto de que o maior desafio histórico da nossa sociedade atual é o de criar condições para que se atinja a efetiva inclusão social no país. estava posto e estabelecendo um novo cenário para o local. Como compensar aos nativos e a natureza por essa “invasão”? Aplica-se no caso atos contínuos que possam de uma forma adequada compatibilizar a perda dos antigos moradores com meios compensatórios de forma a evitar o máximo mudanças bruscas. Observe-se que há outras interpretações. Outro exemplo: uma empresa que patrocina um time de futebol ou vôlei que supostamente tem condições de se manter sozinho é responsabilidade social? Sim, desde que a relevância do fato de determinada empresa efetuar tal patrocínio tenha relevância social e seja de amplo espectro de aplicação. Tornando mais fácil ao acesso da educação, esporte, cultura, entre outros a comunidade local envolvida. Responsabilidade social corporativa é o conjunto amplo de ações que beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas empresas, levando em consideração a economia, educação, meio-ambiente, saúde, transporte, moradia, atividade locais e governo, essas ações otimizam ou criam programas sociais,trazendo benefício mútuo entre a empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, quanto da sua atuação da empresa e da própria população. Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão ética e transparente que tem a organização com suas partes interessadas, de modo a minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade. Ser ético e transparente quer dizer conhecer e considerar suas partes interessadas objetivando um canal de diálogo. Visões de responsabilidade social De acordo com o administrador público Melo Neto, a melhor maneira de analisar o conceito de responsabilidade social empresarial é identificando as diversas visões existentes, apresentadas a seguir: •• A responsabilidade social como atitude e comportamento empresarial ético e responsável: É dever e compromisso da organização assumir uma postura transparente, responsável e ética em suas relações com os seus diversos públicos (governo, clientes, fornecedores, comunidade, etc). •• A responsabilidade social como um conjunto de valores: Não incorpora apenas conceitos éticos, mas uma série de outros conceitos que lhe proporciona sustentabilidade, como por exemplo, autoestima dos funcionários, desenvolvimento social e outros. •• A responsabilidade social como postura estratégica empresarial: A busca da responsabilidade social é vista como uma ação social estratégica que gera retorno positivo aos negócios, ou seja, os resultados são medidos através do faturamento, vendas, market share. •• A responsabilidade social como estratégia de relacionamento: Voltado na melhoria de qualidade do relacionamento com seus diversos públicos-alvo, a responsabilidade social é usada como estratégia de marketing de relacionamento, especialmente com clientes, fornecedores e distribuidores. Percebe-se então que inúmeras são as interpretações e definições de Responsabilidade Social Empresarial, e que cada empresa acaba atuando de uma forma perante si e a sociedade. Em geral, não há um significado preciso de responsabilidade social, surgindo assim, conhecimentos teóricos com diferentes conceituações – responsabilidade social como obrigação social; responsabilidade social como aprovação social e responsabilidade social como abordagem sistêmica dos stakeholders. A globalização e as forças de mercado Conforme as empresas procuram crescer através da globaliza- 4 ção, elas têm encontrado novos desafios que impõem limites ao seu crescimento e lucros potenciais. As regulamentações dos governos, as tarifas, as restrições e normas ambientais diferentes do que constitui a “exploração do trabalho” são problemas que podem custar milhões de euros às organizações. Algumas questões éticas são vistas simplesmente como um estorvo caro, enquanto algumas empresas utilizam metodologias RSE como uma tática estratégica para obter apoio público para a sua presença nos mercados globais, ajudando-as a sustentar uma vantagem competitiva usando suas contribuições sociais para proporcionar um nível subconsciente de publicidade. A concorrência global coloca uma grande pressão sobre as empresas multinacionais para analisar não só as suas próprias práticas de trabalho, mas os de toda a sua cadeia, a partir de uma perspectiva de RSE. assumir locais na gestão pública, mesmo que em cargos de confiança. Se os municípios tivessem leis como essa, ou até se o Congresso Nacional a viabilizasse, mesmo prefeitos que hoje só possuem em mente o projeto financeiro de suas famílias e grupos teriam que ter um aproveitamento mínimo em suas gestões. Hoje, quem julga as administrações é quase somente o grupo de eleitores do município. Estes eleitores não são mal-intencionados, mas certamente não possuem o acúmulo de informações suficiente para tomar a melhor decisão. São vários os atores políticos que para o eleitorado se comportam de uma forma e, na vida real, são totalmente diferentes. Tentam parecer honestos e competentes, sem serem honestos e competentes. Outra possibilidade é a responsabilização dos agentes públicos. Na Suécia, os municípios cuidam principalmente da Saúde e das questões ligadas à Educação e ao idoso. Na Saúde, há uma lei de responsabilização para os administradores públicos. Quem cuida dos hospitais e dos postos de Saúde precisa prestar conta de seus resultados para a sociedade civil. Quem não cuida direito dos postos de Saúde e dos hospitais é impedido de concorrer a cargos públicos e até mesmo de voltar a ter um cargo administrativo em qualquer setor do governo. Outro ponto que a responsabilização ajuda é o combate ao fisiologismo político. Muitas pessoas ainda saem candidatas a vereador somente para conseguir, após as eleições, serem nomeados a um cargo de confiança nos governos municipais. A maior parte dos vereadores, no Brasil, indica pessoas para os prefeitos contratarem nas prefeituras e nas empresas que prestam serviços para elas. Eu diria até que, em algumas prefeituras, estes cargos se transformam em uma nova forma de mensalão. Não são poucos os casos em que vereadores indicam suas mulheres para garantir o aumento da renda de suas famílias. Alguns prefeitos, pouco mais avergonhados, até contratam suas próprias mulheres. No fim de tudo, as Câmaras municipais acabam não cumprindo um dos seus principais papéis, que é o de fiscalizar o Executivo. Muitos prefeitos pensariam duas, ou mais, vezes antes de contratar essas pessoas se tivessem que responder pelas ações de todas elas. E elas também pensariam melhor em assumir um cargo público se tivessem o risco de serem responsabilizadas. Lei de Responsabilidade Social A maior parte dos prefeitos no Brasil não possui um projeto político para as cidades. Com as fragilidades de nossos partidos políticos, o quadro é cada vez mais agravado. Todos os partidos, inclusive o PT, que já foi mais ideológico, parece ter se transformado em uma federação de interesses. É quase impossível, hoje, encontrar semelhanças, por exemplo, entre o PT e o PMDB da Bahia e o do Rio Grande do Sul. Isso também acontece em nossos mais de 5.000 municípios. A nossa forma de votar para o legislativo, nominal, favorece, muito, este personalismo político. Em 2000, foi aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ela impõe limites de gasto para municípios e Estados. Até existir essa lei, muitos administradores públicos realizavam grandes obras sem que o município, ou o Estado, tivesse condições de pagá-la. Como a conta ficava para o próximo prefeito, ou governador, ninguém se importava muito com isso. Com a nova lei houve alguma moralização. A Lei de Responsabilidade Fiscal também colocou limites nos gastos com o funcionalismo público. Desde 2000, somente 60% do orçamento podem ser destinados para o pagamento de salários. Assim como a Lei de Responsabilidade Fiscal, que hoje já é reconhecida como importante pela maior parte da população brasileira, uma Lei de Responsabilidade Social seria fundamental para combatermos os prefeitos que se elegem com base em projetos financeiros pessoais. Em São Sepé, no Rio Grande do Sul, tivemos uma experiência de Lei de Responsabilidade Social. Apesar de uma lei desta envergadura precisar ser feita em nível nacional, este é um município que começa a evidenciar esta concepção para o Brasil. Várias são as questões que podem ser colocadas, como base, para Leis de Responsabilidade Social. Os principais indicadores sociais podem estar expressos na lei. Dentre estes indicadores, cito mortalidade infantil, desnutrição, IDH, distorção idade/série, repetência, médicos por pessoa, evasão escolar, proporção de indigentes, entre outros. Em uma Lei de Responsabilidade Social, um prefeito que não conseguisse que seus indicadores melhorassem proporcionalmente à sua região, ao seu Estado ou ao seu país, poderia ser impedido de concorrer a outros cargos públicos e a Diário do grande abc Disponível em: http://www.unimedjp.com.br/fotos/20090821132137_.jpg 5 Na Mídia básicas de saúde, educação e moradia, com necessidade de recursos em escala sem precedentes. Nesse contexto, as empresas podem transferir know-how, utilizar incentivos fiscais e estruturar conselhos para acompanhar o desempenho dos projetos sociais por elas apoiados. A filantropia no Brasil vem sofrendo uma importante transformação. Cada vez mais, o setor vai deixando a atuação “missionário-caritativa”, predominante há quatrocentos anos, e vem surgindo uma atuação social com foco em gestão, visão de longo prazo e atuação na causa em vez da consequência. Já o terceiro setor está se acelerando e se transformando, mas sofre. Não poderia ser diferente, já que lida com uma mudança cultural de apoiadores e apoiados. Precisamos aproveitar essa ebulição para entregar o prometido e superar as expectativas. Um dos principais desafios é encontrar a relação ótima entre os custos administrativos e de manutenção e o impacto na ponta. Esse novo foco tem como principais diferenciais o conhecimento da real necessidade da demanda (e não apenas do que se pode ofertar) e o trabalho em rede. As instituições filantrópicas que atuam dentro desse conceito estipulam metas no início do projeto e trabalham com cobrança periódica de resultados – os projetos podem até ser cancelados no meio do período de acordo com o desempenho. Trata-se de ter planejamento estratégico de longo prazo e aderência à missão e à visão – ter em mente onde se quer chegar, e não o aqui e agora. Essa relação não é simples, pois, se reduzirmos muito nossos investimentos em pessoal administrativo, isso nos obriga a remunerarmos nossos funcionários abaixo do que um bom profissional receberia numa empresa. Com isso, fica prejudicada nossa eficiência no curto prazo e, consequentemente, nosso crescimento e sustentabilidade no longo prazo. Estamos entrando num período em que o poder público está assumindo um importante papel de lidar com as necessidades Marcos Flávio Azzi – diretor do Instituto Azzi – jornal Folha de S. Paulo, 21-01-2011. Proposta A secretária Benedita do Nascimento junto com seus servidores prepararam para os dias 3 e 9 de março, um Plantão Social. O plantão será de 24 horas composto por técnicos da assistência social no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “Muitas famílias vão para o carnaval e é comum acontecer de crianças se desgarrarem dos pais ou responsáveis. A nossa sugestão é de colocar nos bolsos dos filhos um papel com todas as informações que facilitem a outras pessoas encontrar família da criança, que por algum motivo se afastou dos pais. No bilhete, é importante ter os telefones, endereço, nome da criança e dos pais”, orientou Benedita. A secretária também chama a atenção para outro ponto muito importante, que é a questão da exploração sexual de crianças e adolescentes. “Toda sociedade tem que combater esta prática, e por isto solicitamos à população que faça denúncias através do disk 100, e também para o 190 da Polícia Militar, somente assim iremos acabar com essa barbárie contra nossas crianças”, informou a secretária. haja distorções perante o publico alvo e seus adjacentes, portanto é preciso refletir sobre o que devemos fazer para que então sejamos compreendidos e principalmente lembrados pelo que fazemos de bom. A percepção por boa parte dos empresariados sobre a necessidade de um desenvolvimento de Responsabilidade Social é elevar lucros e a conquista capitalista de seus acionistas. Dentro de uma visão estratégica sabemos que a Responsabilidade Social é uma Cartada de Mestre para uma boa colocação ou recolocação no mercado, porém é preciso cautela e entender que o conceito de Responsabilidade Social é amplo e precisa ser muito bem planejado para que haja sucesso. Gabriella Santana Caldeirão – www.administradores.com.br •• Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da Língua Portuguesa sobre o tema: Responsabilidade social: o caminho para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo, apresentando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos em defesa de seu ponto de vista. Fabricius Bariani – Jornalista Instruções: •• Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria. •• Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema. •• O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco. •• O texto deve ter, no máximo, 30 linhas. •• O Rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. Disponível em: http://blog.ftc.br A Responsabilidade Social não é um bicho de sete cabeças, apenas é preciso que se entenda o assunto para que não 6