MISTURAS •Consideração inicial: A mistura não pode ser iônica. (Ex.: H2O + CH3CH2OH; CH3COCH3 + CH3OH; etc) •Medidas de concentração: •Concentração molar (molL-1) •ci = ni/V •Molalidade (m, molal) •bi = ni/msolvente(kg) •Fração molar •xi = ni/nT Grandezas Parciais Molares As móléculas interagem diferentemente quando pura e quando em uma mistura ex.: água/etanol •o volume parcial molar varia conforme a composição da mistura. *MUDANÇA DO AMBIENTE QUÍMICO* Água em água : 1 mol 18cm3 Água em etanol : 1 mol 14cm3 Volume total (mistura de A + B) - fig 6.1 V = nAVA + nBVB VA = volume parcial molar de A VB = volume parcial molar de B Ex.: qual o volume final de uma solução contendo 50g de água e 50g de etanol? ENERGIA DE GIBBS PARCIAL MOLAR Na mistura: G = nAGA + nBGB Cada componente possui sua energia de Gibbs molar. GA = A GB = B G = nA A + nB B VARIAÇÃO DO POTENCIAL QUÍMICO COM A PRESSÃO (G = Vmdp - SmdT) Gm = Gm(Pf) - Gm(Pi) Para o gás ideal Gm(Pf) = Gm(Pi) + RTln(Pf/Pi) Considerar: P = pressão padrão (Pi); Pf = pressão de interesse (P). Gm(P) = Gm + RTln(P/ P ) Em uma mistura de gases P é a pressão parcial do gás e Gm é o potencial químico do gás. i = + RTlnPi •Quanto maior a pressão parcial de um gás maior será seu potencial químico. •P significa que mais quimicamente ativa será a substância. •O potencial químico significa a tendência em reagir; •Se a pressão e alta a substância ganha mais “vigor” químico; •Um sistema está em equilíbrio quando o potencial químico de cada substância tem o mesmo valor em cada fase onde a substãncia existe. •Ex.: Duas fases em equilíbrio: (l) { { ETOH(l) + água(l) ETOH(g) + água(g) (g) (l) = (g) Uma substância está em equilíbrio quando seu potencial químico é o mesmo em todas as regiões do sistema A FORMAÇÃO ESPONTÂNEA DE MISTURA Exemplo explicativo: gás perfeito 1. Separados nA, T, P / nB, T, P Gi = nAA + nBB (no início) Gi = (nAA + nARTlnP) + (nBB + nBRTlnP) Gi = nA(A + RTlnPi) + nB(B + RTlnPi) 2. Os dois gases juntos PT = P Lei de Dalton: Pi = Ptxi Gf = nA(A + RTlnxAP) + nB(B + RTlnxBP) G = Gf - Gi G = RT(nAlnxA + nBlnxB) lnx<0 G < 0 Assim, podemos concluir que gases ideais se misturam em qualquer proporção. G = H - T S H = 0 G = - T S , substituindo S = -R(nAlnxA + nBlnxB) 1. Deste modo o volume final é a soma exata dos volumes dos constituintes. Não há contração nem expansão, Assim a variação do volume é zero (V = 0). 2. A diminuição do potencial químico é puramente entrópico. Mostrar graficamente SOLUÇÃO IDEAL LEI DE RAOULT “A razão entre a pressão parcial de vapor de cada componente em uma solução e a pressão de vapor do componente puro é aproximadamente igual à fração molar deste componente na solução”. PJ = xJPJ* “Quando uma solução obedece a lei de Raoult a solução é dita ideal” Esta equação mostra que o potencial químico do solvente é menor numa solução do que quando puro. *Entretanto, nenhuma solução é perfeitamente ideal a Lei de Raoult é uma lei limite. Exemplo: mistura de dissulfeto de carbono (CS2) e acetona (CH3COCH3) SOLUÇÃO DILUIDA IDEAL Lei de Henry “A pressão de vapor de um soluto volátil B é proporcional à sua fração molar na solução” PB = xBKB, onde KB é uma constante característica Exercício: Uma solução é formada pela mistura de benzeno e tolueno. Sendo que xbenzeno= 0,500, determine a Ptotal da solução. Dados: P*tolueno= 28,4 mmHg e P*benzeno= 95,1mmHg a 25ºC. Qual é a Psolução? E qual é a composição do vapor em equilíbrio com esta solução? Pbenzeno= xbenzenoP*benzeno = (0,500)(95,1mmHg) = 47,6mmHg Ptolueno= xtoluenoP*tolueno = (0,500)(28,4mmHg) = 14,2mmHg Psolução = Pbenzeno + Ptolueno = 47,6mmHg + 14,2mmHg = 61,8mmHg Composição do vapor em equilíbrio: Ybenzeno= Pbenzeno/ Ptotal = 47,6mmHg / 61,8mmHg = 0,770 Ytolueno= Ptolueno/ Ptotal = 14,2mmHg / 61,8mmHg = 0,230 •A solubilidade de um gas em um líquido é inversamente proporcional a temperatura; •A solubilidade de um gás em um líquido é proporcional à pressão exercida por este gás na interface com o líquido. Não Existe Solução Ideal Para soluções reais deve ser utiliuzada a atividade no lugar da fração molar ATIVIDADE (fugacidade, é uma medida do potencial químico) Concentração efetiva: j = jo + RT ln aj 1. Se a solução for ideal aj = xj; 2. Se a solução for diluida ideal aj = [J], concentração; 3. Se a solução não for ideal: aj = jxj, onde é o coeficiente de atividade. • para soluto (Lei de Henry) j 1 quando [J] 0 • Para solvente (Lei de Raoult) i 1 quando xi 1 PROPRIEDADES COLIGATIVAS (Depende do conjunto) • A adição de um soluto modifica as propriedades do solvente: 1. Abaixamento da pressão de vapor - efeito tonoscópico; 2. O abaixamento da temperatura de solidificação efeito crioscópico; 3. A elevação da temperatura de ebulição - efeito ebulioscópico; 4. Surgimento da pressão osmótica. Teb = Kebbeb (elevação do ponto de ebulição) Tf = Kfbeb (abaixamento do ponto de congelamento) ΔPvap Ex.: Calcule o abaixamento crioscópico para uma solução de 50g de glicose em 1000g de água. Tf = Kfbeb , Kf da água é 1,86Kkgmol-1 b eb m glicosse MMglicosem solvente 50g 1 b eb 0,278molkg 180gmol1 .1kg ΔTf 1,86. 0,278 0,517K 0,52K Esta solução congelará em -0,52ºC. Faça o cálculo supondo 50g de NaCl. Osmose - passagem do solvente para a solução através de uma menbrana semipermeável. Pressão osmótica (): é a pressão que deve ser aplicada à solução para interromper o fluxo de entrada do solvente. Equação de van’t Hoff V = nBRT ou = cRT Soluções Eletrolíticas •As soluções eletrolíticas apresentam propriedades diferentes em relação às soluções não eletrolíticas. •Tem relação com o nº de partículas produzidas na dissociação. •Eletôlito Forte: NaCl; NaOH; KOH; HCl; HNO3, etc. (dissociação completa) •Eletrôlito fraco: CH3COOH; NH3; Pb(CH3COO)2; Hg2I2; Fe(CN)6-2, etc. (dissociação incompleta) condutância x concentração O fator de van’t Hoff (i) = razão entre a propriedade coligativa de um eletrólito em relação a um não eletrólito de mesma concentração. Teb = iKebbeb 1 i nº máximo de espécies ionizaveis Tf = iKfbeb ex.: NaCl, KBr máximo de 2 = icRT Na2SO4 máximo de 3 Para eletrólitos fracos e eletrólitos fortes diluídos i = 1 + (-1) Onde: = grau de dissociação; = nº de partículas. Teoria de Debye-Hückel Soluções extremamente diluídas log = -A |z+||z-| (I)1/2 Onde: A = constante, para água vale 0,5092L1/2mol-1/2 1 I c i zi2 2 I forçaiônica; c concentração do íon; z carga do íon. Diaagrama de Fases Mistura de líquidos voláteis - equilíbrio líquido-vapor REGRA DA ALAVANCA nl n l ' ' " " Mistura Azeotrópica - a mistura entra em ebulição sem mudar a composição Ex.: HCl/H2O Ex.: ETOH/ H2O Equilíbrio líquido-líquido Equilíbrio entre líquidos parcialmente misciveis efeito da diminuição da pressão. Equilíbrio líquido-sólido e sólido-sólido Temperatura eutética - o sólido se funde sem mudar a composição EQUILÍBRIO QUÍMICO Para uma transformação espontânea a temeratura e pressão constante G < 0. REAGENTES PRODUTOS G = Gproduto - Greagente A reação não ocorre A reação alcança o equilíbrio na quantidades aproximadamente iguais entre produtos e reagentes A reação é quase completa “A intenção é modificar o meio reacional a fim de promover a reação” Suponha a reação: aA + bB cC + dD G = Gproduto - Greagente Na medida em que a reação avança ocorre variação no número de moles dos participantes da reação Greação = G / n Greação = cC + dD - (aA + bB) Substituindo: i = i0 + RTlnai •Considerando n pequeno para garantir uma variação constante. •O potencial químico depende da composição da mistura. •G - coeficiente angular c d a θ Ca D ΔG reação ΔG reaçaõ RT ln a b a Aa B a cC a dD Q a b a Aa B ΔG reação ΔG θreaçaõ RT lnQ a cC a dD [C]c [D]d Q a b a A a B [A]a [B]b PCc PDd Q a b (se gases) PA PB No equilíbrio Q = K e G = 0 G0r = -RTlnK Exemplo K<<1 A reação é reagente-favorecida K>>1 A reação é produto-favorecida Calcule a energia de Gibbs padrão e constante de equlíbrio da reação de oxidação da amônia. 4NH3 (g) + 5O2 (g) 4NO(g) + 6H2O(g) Gr = Gf0 produto - Gf0 reagente Gr = [4 Gf0 (NO) + 6Gf0 (H2O) ] - [4 Gf0 (NH3 ) + 5Gf0 (O2) ] Gr = [4 (+86,55 kJmol-1 ) + 6 (-228,57 kJmol-1 ) ] - [4 (-16,45 kJmol-1 ) + 5 (0) ] Gr = -959,42 kJmol-1 G0r = -RTlnK K = e-G/RT K = 1,473 lnK = -G0r /RT Composição de Equlíbrio (avanço) N2 (g) + 3H2 (g) 2NH3 (g) Pressão parcial no início (bar) 1,00 3,00 0 Variação para alcançar o equilíbrio -x -3x +2x Pressão no equilíbrio 1,00-x 3,00-3x 2x A constante de equlíbrio é 977. (2x)2 K (1,00 x)(3,00 3x)3 977.27 x2 4 (1,00 x)4 4x2 977 27(1,00 x)(1,00 x)3 6594,75 x 81,21 (1,00 x)2 x2 (1,00 x)4 81,21x2 163.42x 81,21 0 x' 1,12 PN 2 0,10bar x " 0,895 PH 2 0,31bar PNH 3 1,8bar • aA + bB aCc aDd K1 a b a A aB cC + dD a Aa aBb K2 c d aC aD Quando os coeficientes estequiométricos de uma equação balanceada são multiplicados por algum fator, a constante de equilíbrio para a nova equação é a constante de equilíbrio anterior elevada à potencia do fator de multiplicação. • A constante de equilíbrio de uma reação no sentido direto é igual a recíprocas no sentido inverso. • Quando duas ou mais equações químicas são somadas para se obter uma equação global, a constante de equilíbrio da equação global é o produto das constantes de equilíbrio das equações somadas. Princípio de Le Chatelier Qunado um sistema no equlíbrio é sujeito a uma pertubação, a composição do sistema se ajusta de modo a minimizar o efeito da pertubação. aA bB cC dD ΔG θ H θ - TSθ ΔG θ - RT lnK - ΔHθ ΔSθ lnK RT R Em outra temperatu ra (T ') - ΔHθ ΔSθ lnK' RT ' R K' - ΔHθ 1 1 Final inicial ln K R T T ' se : H 0 K' K H 0 K' K Resumo geral PERTUBAÇÃO Variação à medida que a mistura retorna ao equilíbrio Efeito sobre o equilíbrio Efeito sobre K Aumento da temperatura Energia térmica é consumida Deslocamento na direção endotérmica Varia Queda da temperatura Energia térmica é gerada Adição de reagente Parte do reagente adicionado é consumida Aumenta a concentração de produto Não varia Adição de produto Parte do produto adicionado é consumida Aumenta a concentração de reagente Não varia Diminuição da pressão Variação da composição para diminuir o número total de moléculas Não varia Aumento do volume, diminuição da pressão Aumento da pressão Variação da composição para aumentar o número total de moléculas Não varia Catalisador acelera - - Diminuição de volume, aumento da pressão Deslocamento na direção exotérmica Resolução do exercício 4.9 do Ortega Varia