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Revista Brasileira de Ciência & Estética – Volume 1 – Número 1 – 2010
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Artigo de Revisão
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA PARA TERAPIA COMBINADA HECCUS® - Ultrassom e
Corrente Aussie no tratamento da lipodistrofia ginóide e da gordura localizada
THEORETICAL BACKGROUND TO HECCUS® COMBINATION THERAPY – Ultrasound and Aussie current in the treatment
of gynoid lipodystrophy and localized fat
Estela Maria Correia Sant’Ana
Doutora pelo Departamento de Ciências Fisiológicas, Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar) - São Paulo, Brasil.
Docente da Faculdade de Jaguariúna - Jaguariúna SP.
Consultora Científica IBRAMED
Endereço para correspondência:
Estela Maria Correia Sant’Ana
Av. Dr. Carlos Burgos, 2800 Jd. Itália
CEP: 13.901-080 Amparo-SP.
Fone: 19 3817 9633/ 19 3817 9633.
Email: [email protected]
RESUMO
Contexto: A aplicação de duas modalidades terapêuticas ao mesmo tempo e no mesmo local é denominada de terapia
combinada e a combinação mais amplamente utilizada de recursos são ultrassom e algum tipo de corrente excitomotora ou polarizada. A indústria nacional desenvolveu, direcionado para a clínica estética, um equipamento tripolar que
atua com ultrassom de 3 MHz associado às correntes Aussie ou polarizada. Objetivo: Buscar na literatura respaldo
científico para a utilização simultânea do ultrassom e da corrente terapêutica Aussie ou polarizada no tratamento da
lipodistrofia ginóide (LDG) e da gordura localizada. Métodos: Esta pesquisa foi realizada através de revisão bibliográfica. Conclusão: Os estudos analisados sustentam a aplicabilidade da terapia combinada Heccus® em todas as suas
modalidades de tratamento: sonoforese tridimensional, sonoeletroporação, corrente Aussie e corrente polarizada,
sendo assim, possível inferir sua efetividade no tratamento da LDG e da gordura localizada.
Palavras chaves: celulite, lipodistrofia ginóide, gordura localizada, ultrassom terapêutico, fonoforese, iontoforese,
permeação cutânea, correntes terapêuticas.
ABSTRACT
Background: The application of two therapeutic modalities at the same time and at the same place is called combination therapy and the most widely used combination therapy is ultrasound and some kind of excitomotor or polarized
current. The national industry has developed, directed to aesthetic clinic, tripolar equipment which functions with a 3
MHz ultrasound associated with Aussie or polarized current. Objective: To search the literature for scientific support
for the simultaneous use of ultrasound and Aussie current therapy in the treatment of gynoid lipodysthrophy (LDG)
and localized fat. Methods: This study was conducted through bibliographical review. Conclusion: The analyzed studies support the applicability of the Heccus combined therapy in all of its modalities of treatment: three-dimensional
sonophoresis, electrosonoporation, Aussie current and polarizing current, thus making it possible to infer its effectiveness in the treatment of LDG and localized fat.
Keywords: cellulitis, gynoid lipodysthrophy, localized fat, therapeutic ultrasound, phonophoresis, iontophoresis, cutaneous permeation, electro-current therapies.
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INTRODUÇÃO
A lipodistrofia ginóide (LDG) termo conhecido popularmente como celulite, afeta cerca 85-98%
das mulheres de todas as raças após a puberdade
(Avram, 2004). Acomete especialmente a região
glútea e as coxas e pode ou não estar associado à
presença de gordura localizada (Pavicic et al., 2006).
Devido a sua alta prevalência, pesquisadores
têm investigado sua fisiopatologia e as hipóteses
para a origem da LDG se relacionar a arquitetura
radial dos septos de gordura do tecido conjuntivo
feminino que predispõe ao desenvolvimento de
uma extrusão irregular do tecido adiposo para a
derme, aumento da lipogênese e da resistência à
lipólise promovida pela ampliação da síntese de
estrógeno pós-puberdade e ainda a liberação de
insulina após dieta hipercalórica com consequente
hipertrofia dos adipócitos e hiperplasia dos préadipócitos; hiperpolimerização e esclerose do tecido
conjuntivo e substância fundamental amorfa dos
septos de gordura que causam alterações circulatórias, vascular e linfática, desequilíbrio osmótico,
edema celular, compressão vascular, congestão e
hipóxia tecidual. Essas alterações teciduais produzem o aspecto inestético de “casca de laranja”, o
aparecimento de telangiectasias, dor, sensação de
peso e cansaço em membros inferiores (Rosenbaum
et al., 1998; Merlen et al., 1999; Rossi e Vergnanini,
2000; Querlex et al., 2002; Avarm, 2004; Mirrashed
et al., 2004; Terranova et al, 2006, Sant’Ana et al.,
2007; Godoy e Godoy, 2009). Alguns autores sugerem que existe um componente inflamatório relacionado à fisiopatologia da LDG. Biopsias de septos
fibrosados de locais afetados pela LDG demonstram
a presença de algumas células relacionadas ao processo inflamatório crônico tais como macrófagos e
linfócitos (Segers et al., 1984). A gordura localizada
ou gordura circunscrita normalmente se associa a
LDG, o aumento de volume do adipócito comprime
os tecidos adjacentes comprometendo a vascularização tecidual e promovendo uma herniação destes
para a derme imediatamente acima (Ciporkin e Paschoal, 1998).
Diversas modalidades terapêuticas têm sido
propostas para o tratamento do LDG e da gordura
localizada. Dentre estes tratamentos destacam-se
os agentes físicos e os agentes farmacológicos. Os
agentes físicos são diferentes modalidades de energia que interagem com os tecidos biológicos com
finalidade terapêutica. Esses incluem calor, frio,
pressão, som, radiação eletromagnética e correntes
elétricas (Cameron, 2009). Os agentes físicos mais
comumente usados no tratamento do LDG e da
gordura localizada são pressoterapia, laser, massagem mecânica (vácuo), radiofreqüência, ultrassom e
correntes elétricas terapêuticas tais como: Galvânica, Farádica, FES (Functional Electrical Stimulation),
Diadinâmicas, Interferencial, Russa e Aussie (Rossi e
Vergnanini, 2000; Avran, 2004; Rotunda et al., 2005;
Rawlings; 2006, Sant’Ana et al., 2007; Volga, 2009).
Apesar das inúmeras modalidades de tratamento, o uso do ultrassom e das correntes elétricas
terapêuticas associadas ou não à permeação transdérmica de drogas se destacam por se tratar de
técnicas não invasivas no tratamento da LDG e da
gordura localizada (Rossi e Vergnanini, 2000).
Estes recursos usados de forma isolada têm
apresentado bons resultados, porém, o uso combinado dessas terapias no tratamento do LDG e da
gordura localizada é recente e necessita de maiores
de estudos para esclarecer sua real efetividade. O
objetivo deste trabalho foi buscar na literatura respaldo científico para a utilização simultânea do ultrassom e da corrente terapêutica Aussie e polarizada no tratamento do LDG e da gordura localizada.
Esta pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica, tendo as bases de dados Lilacs,
Pubmed e Periódicos Capes, além de livros didáticos
e teses com conteúdo relevante. Foram utilizadas as
seguintes palavras-chave: celulite, lipodistrofia ginóide, gordura localizada, ultrassom terapêutico,
fonoforese, sonoforese, iontoforese, permeação
cutânea, correntes terapêuticas, gordura corporal,
mobilização de gordura e seus correlatos em inglês
e espanhol.
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Princípios de terapia combinada: ultrassom, corrente Aussie e corrente polarizada
A aplicação de duas modalidades terapêuticas ao mesmo tempo e no mesmo local é denominada terapia combinada e a combinação mais amplamente utilizada são ultrassom e algum tipo de
corrente excitomotora ou polarizada (Low e Reed,
2001). Isso pode ser feito porque o transdutor do US
proporciona um contato de baixa resistência com a
pele. A justificativa principal para a terapia combinada é que os efeitos benéficos das duas modalidades podem ser alcançados ao mesmo tempo e estudos sugerem que pode haver um efeito amplificador
de uma terapia sobre a outra. Uma segunda justificativa é pela eficiência em termos de gasto de tempo do terapeuta e do paciente (Lee et al., 1996; Gun
et al., 1997; Low e Reed, 2001; Almeida et al., 2003;
Wang et al., 2005).
No intuito de aperfeiçoar a terapia, a indústria nacional desenvolveu direcionado para a clínica
estética, um ultrassom de 3 MHz com um cabeçote
tripolar, isso é, com três transdutores que atuam
simultaneamente, com soma de ERA (Effective Radiation Area) de 18 cm2. Essa disposição permite
tratar uma área maior em menor tempo de aplicação e permite uma melhor distribuição das energias
acústica e elétrica pelos tecidos, atingindo de forma
tridimensional as células imediatamente abaixo do
cabeçote em movimento. Outro diferencial é que os
equipamentos direcionados para a estética atingem
intensidades de ultrassom até 3 W/cm2 e são de-
nominados ultrassom de alta potência. Esses valores
de intensidade máxima são aprovados pela ANVISA
(BRASIL, ABNT, 1997). Os equipamentos terapêuticos convencionais possuem geralmente, intensidade
limitada em 2 W/cm2.
Estes mesmos transdutores podem atuar
como eletrodos de transmissão de corrente alternada Aussie, a corrente migra de forma circular entre
eles ou ainda emitir corrente polarizada, na qual os
três eletrodos podem ser programados para a polaridade positiva ou negativa (eletrodo ativo) de acordo com a necessidade e nesse caso a corrente flui
destes para um eletrodo dispersivo fechando o circuito (Figura 1).
Ultrassom no tratamento da LDG e da gordura
localizada
O aparelho de ultrassom (US) consiste de
um gerador que produz uma corrente alternada de
alta frequência (Lehmann e De Lauter, 1994; ter
Haar, 1987). Para tal, transdutores piezoelétricos
são utilizados e consistem em um disco de um material natural, como o quartzo, ou uma cerâmica
sintética feita de uma mistura de sais complexos,
tais como o zirconato e o titanato, os quais podem
ser polarizados em processos de carga (Willians,
1987). Esse elemento piezoelétrico transforma energia acústica em energia elétrica e seu reverso,
energia elétrica em acústica (Kanh, 1991; Hekkenberg e Oosterbaan, 1985; Cameron, 2009). A corrente alternada que alimenta o elemento piezoelétrico
pode ser modulada criando diferentes modalidades
de insonação: contínua ou pulsada. Deste modo, a
intensidade é também dependente do tempo (Hekkenberg e Osterbaan, 1985). No Brasil, para fins
terapêuticos, utilizam-se mais comumente as freqüências de 1 ou 3 MHz e o US têm sido utilizado no
Figura 1. Cabeçote aplicador tripolar: A, vista inferior; B,
vista superior.
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restabelecimento das funções e promoção da cicatrização de tecidos musculares, tendinosos e ósseos
lesionados (Cunha et al., 2001; Gouvêa et al., 1998;
Duarte, 1983; Melo et al., 2005).
Desde a introdução deste recurso terapêutico há mais de 50 anos, as ações biológicas do US
têm sido investigadas. Contudo, os efeitos mecânicos, térmicos e químicos do US ainda não estão
completamente esclarecidos. Sua aplicação, entretanto, leva a inúmeros bioefeitos, que podem ser
classificados em térmicos e não-térmicos (Dyson,
1987; KItchen e Partridge, 1990). Os efeitos considerados térmicos são aumento da elasticidade de estruturas que contém colágeno, diminuição da dor e
aumento do fluxo sanguíneo. Os efeitos nãotérmicos induzem reações orgânicas, que geralmente se manifestam em nível vascular e tecidual (Dyson, 1987).
Tem sido proposto que em consequência
das vibrações longitudinais características do ultrassom um gradiente de pressão é desenvolvido nas
células individuais. Como resultado desta variação
de pressão, elementos da célula são obrigados a se
moverem, ocorrendo um movimento de micromassagem, que aumenta o metabolismo celular, o fluxo
sanguíneo e o suprimento de oxigênio, produzindo
alteração da permeabilidade da membrana celular e
facilitando o fluxo de nutrientes (Dyson e Suckling,
1978; O'Brien Jr, 2007). As ondas acústicas se propagam através dos tecidos e a absorção da radiação
depende do coeficiente de absorção relativo ao
conteúdo protéico dos tecidos, sendo que a absorção desta energia determina os efeitos biológicos
(Cameron, 2009).
O uso do US em tratamentos clínicos e estéticos é recente e a sua aplicabilidade geralmente se
relaciona ao tratamento da LDG e da gordura localizada. A hipótese para seu uso está vinculada aos
seus efeitos mecânicos e térmicos.
A adiposidade circunscrita feminina comumente conhecida como gordura localizada superpõe-se frequentemente à LDG na qual a gordura se
deposita no organismo com uma distribuição determinada geneticamente e pelo sexo (dimorfismo)
e consiste num dos principais distúrbios, além da
LDG tratados nos consultórios e clínicas de estética
(Ciporkin e Paschoal, 1992; Milani et al., 2006).
Recentemente, Gonçalves et al. (2005), descreveram que a aplicação do US de 3 MHz e 1
W/cm2 pulsado 20% por 3 min durante 10 dias com
intervalo de 2 dias para cada cinco aplicações na
região inguinal em 10 ratas Wistar adultas, promoveu um aumento transitório dos níveis séricos glicêmico e lipídico sugerindo um aumento do metabolismo do tecido adiposo branco.
Em estudos subsequentes, Gonçalves et al.,
(2009) utilizaram 20 ratos Wistar divididos aleatoriamente em 2 grupos, controle, tratados com equipamento desligado e tratados com US de 3 MHz por
10 dias com intervalo de 2 dias a cada cinco aplicações em região de coxim adiposo infra-abdominal e
inguinal. A intensidade de US utilizada foi de 1
W/cm2, modo pulsado 2:8 ms, por 3 minutos. Os
autores concluíram que a terapia ultrassônica induziu a redução da ingestão de comida e o peso corporal dos animais, além de modificar a deposição de
gordura nos depósitos infra-abdominal, retroperitonial e inguinal e alterar o perfil lipídico que os autores consideram resultante do efeito da lipoclasia e
da lipólise maciça e redistribuição da gordura corporal via circulação sanguínea promovidos pela terapia
dermossônica.
Na mesma linha, Miwa et al. (2002) demonstraram que a aplicação de diferentes frequências de US no tecido adiposo branco de ratos promoveu aumento da secreção local de noradrenalina
pelo sistema nervoso simpático, ocasionando lipólise local e a mobilização de gordura pela liberação de
ácidos graxos livres. As catecolaminas circulantes,
adrenalina e noradrenalina, são potentes ativadores
da lipólise e agem via β1-, β2- e β3- adrenorreceptores, estimulando atividade da lipase hormônio sensível (LHS) e inibindo a lipase lipoprotéica (LLP) nas
células adiposas (Hermsdorff e Monteiro, 2004).
Ainda dentro dos efeitos não térmicos, pesquisadores sugerem que a energia acústica pode
interagir com proteínas e complexos de proteínas
da membrana celular ativando mecanismos de sina-
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lização intracelular que podem culminar com síntese
protéica, ativação ou inativação de enzimas intracelulares e denominaram essa teoria de frequência de
ressonância (Baker et al., 2001; Johns, 2002). Dentro
deste contexto, Harvey et al (1975) e Young e Dayson (1990-1) estimularam cultura de fibroblastos
usando US 3 MHz com intensidades de 0,5 e 2,0
W/cm2 e observaram um aumento significativo de
síntese protéica em ambas as intensidades quando
comparados ao grupo controle. Os fibroblastos são
células responsáveis pela síntese de inúmeras proteínas da matriz extracelular (MEC) incluindo colágeno, elastina, reticulina, substância fundamental amorfa e ainda as metaloproteinases de matriz
(MMPs). As MMPs são enzimas que participam do
processo de remodelagem da MEC tais como, colagenases, gelatinases, matrilisinas, dentre outras
(Parks, 1999; Page-McCaw et al., 2007). Young e
Dyson (1990-2) reportam ainda que o US estimula a
angiogênese em modelo experimental. Estes estudos sugerem uma possível proposição para explicar
a melhora tecidual que ocorre no local afetado pela
LDG após o tratamento com US.
Os efeitos térmicos ocorrem quando a energia acústica é absorvida e transformada em calor e
dependem da absorção e dissipação da energia do
ultrassom, e o aumento da temperatura é tempodose dependente (Johns, 2002). O aumento de
temperatura pode provocar dentre outros efeitos, a
vasodilatação e o aumento da extensibilidade do
colágeno, o que tende a melhorar a maleabilidade
do tecidual, além de acelerar a atividade celular,
enzimática e favorecer o metabolismo local (Alter,
1999; Johns, 2002; Low e Reed, 2001; Baker et al.,
2001; Cameron, 2009). Mecanismos homeostáticos
tendem a contrariar o aumento da temperatura dos
tecidos expostos para o aquecimento. O sucesso da
homeostase no restabelecimento da temperatura
normal depende do equilíbrio entre o ganho e a
perda de calor. Qualquer alteração na temperatura
automaticamente inicia uma reação em um esforço
para restaurar a temperatura normal com aumento
do fluxo sanguíneo local (Guyton e Hall, 2006). O
aumento do fluxo sanguíneo local pode favorecer a
nutrição tecidual e auxiliar na remoção dos resíduos
do metabolismo celular causados pelo déficit microcirculatório no tecido afetado pela LDG (Rossi e
Vergnanini, 2000).
Permeação de ativos: sonoforese, iontoforese e
sonoeletroporação no tratamento da LDG e gordura localizada
Vários princípios ativos têm sido propostos
para o tratamento da LDG e dentro deste grande
grupo, existem subgrupos que podem ser classificados como: lipolíticos (estimuladores da lipólise),
antilipolíticos (inibidores da lipogênese), venotônicos (promovem a venoconstrição), antiedematosos
(diminui a permeabilidade vascular e estimula a
drenagem linfática), hiperemiantes (promove aumento transitório da temperatura e consequentemente aumento do fluxo sanguíneo local), despolimerizantes de mucopolissacarídeos (mucopolissacaridases), reestruturantes teciduais (estabilizadores
do tecido conjuntivo; contribuem na síntese de colágeno e elastina) e despolimerizantes do tecido
fibroso (degradam as proteínas escleróticas do tecido conjuntivo que compõe a MEC) (Tabela 1).
A sonoforese ou fonoforese são termos similares que descrevem a habilidade do US em incrementar a penetração de agentes farmacologicamente ativos através da pele (Parizotto et al., 2002).
Os efeitos térmicos, mecânicos e químicos do US
sobre o tecido aceleram a difusão dos ativos presentes na melange para uso tópico e a principal via de
penetração desses ativos, neste caso são os folículos
pilosos (Otberg et al., 2007), além das glândulas
sebáceas e sudoríparas.
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Tabela 1. Classificação de ativos anticelulite (modificado Rotunda et al., 2005 e de Bonet e Garrote, 2008)
Tecido/ Sistema sobre o Manifestações fisiológicas
Exemplos de ativos
qual atuam
Adiposo
Lipolíticos
Cafeína
Teofilina
Teobromina
Chá verde
Guaraná
Circulatório
Conjuntivo
Antilipogênicos
Venotônicos
L- Carnitina
Ginko Biloba
Catanha da índia
Extrato de laranja amarga
Antiedematosos
Extrato de hera
Extrato de algas marinhas ( Fucus
vesiculosus, Palmaria palmata, etc)
Hiperemiantes
Salicilato de metila
Mentol
Tiamucase
Hialuronidase
Iombina
Despolimerizantes de mucopolissacarídeos
Reestruturantes
Despolimerizantes
fibroso
Polacow et al. (2004) estudaram o efeito do
US 3 MHz na permeação cutânea do tiratricol no
dorso de suínos. Os parâmetros utilizados foram:
0,2 W/cm2, contínuo, sendo 1 min/cm2 numa área
de 8 cm2. Após a análise histológica e medidas histomorfométricas, constatou-se a redução de tecido
adiposo subcutâneo sugerindo que o US foi capaz de
acelerar a permeação do tiratricol.
Como princípio ativo, a cafeína é muito usada por ser estimulador beta-adrenérgico e aumentar a lipólise (Astrup et al., 1992). Pires-de-Campos
et al., 2008) realizaram um estudo comparativo dos
seguintes tratamentos em áreas do dorso de suínos:
gel, gel + ultrassom, gel + cafeína (5% v/v) e gel +
ultrassom + cafeína, uma vez ao dia, durante 15
dias. Uma quinta área não recebeu aplicação tópica
e foi utilizada como controle. Para esse estudo foi
usado US contínuo, de 3 MHz, com uma intensidade
de 0,2 W/cm2, 1 min/cm2. Após preparação histoló-
Extrato de Centella Asiática
VItaminas ( A, E, C...)
Oligoelementos (Mn, Zn, Co, Si...)
de
tecido
Colagenases
Elastases
gica, análises morfométricas foram realizadas para
determinar a espessura e a densidade de células da
hipoderme. Os resultados indicaram que o tratamento com cafeína somente foi eficaz quando associado à terapia do US e que essa combinação resultou em uma significativa redução da espessura da
hipoderme, bem como causou dano celular aos
adipócitos, o que consequentemente diminuiu seu
número.
A filosofia da iontoforese é semelhante a da
sonoforese, porém neste caso o princípio ativo
(fármaco) incorporado ao gel (solução doadora)
deve ter polaridade definida, isto é, deve ser ionizado. A droga é impulsionada pelo mecanismo de
eletrorrepulsão, drogas de valência positiva ou negativa são liberadas, desde que sejam colocadas sob
o eletrodo que apresente a mesma carga elétrica.
Importante ressaltar que os fármacos aplicados por
essa via têm ação superficial e in loco e devem pos-
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suir características essenciais tais como hidrossolubilidade, serem positivos ou negativamente carregados e tamanho molecular relativamente pequeno
(Oliveira et al., 2005; Cameron, 2009).
Assim como a sonoforese, a iontoforese
possui rotas potenciais de permeação dos ativos
através da pele, sendo a principal via os poros das
glândulas sudoríparas enquanto que, o folículo piloso, as glândulas sebáceas e o estrato córneo contribuem relativamente para a penetração iônica, uma
vez que possuem elevada impedância elétrica relativa (Oliveira et al., 2005). Uma corrente elétrica
polarizada de amplitude constante (0,1 a 1 mA/cm2)
é usada para aumentar de forma controlada a transferência transdermal da droga e em qualquer tipo
de equipamento o eletrodo que vai transferir a droga é denominado ativo e o outro eletrodo que completa o circuito elétrico é chamado dispersivo (Oliveira et al., 2005; Cameron, 2009). Irritações cutâ-
neas causadas pelas reações eletrolíticas e pela eletrosmose podem ocorrer e a intensidade dessas
reações são intensidade/tempo dependentes (Howard et al., 1995; Wang et al., 2005).
Akomeah et al. (2008) realizaram um estudo
no qual compararam o transporte epidermal via
iontoforese (0,4 mA por 10 min) de dois ativos isolados, parabeno butílico e cafeína em retalhos de
pele humana. Os resultados demonstraram que em
ambos os ativos houve aumento de permeação,
porém por suas características hidrofílicas, a permeação da cafeína foi 24 vezes maior que o parabeno
butílico. Os autores verificaram por microscopia
eletrônica que a iontoforese promove uma eletroperturbação na epiderme confirmando neste modelo, o possível mecanismo responsável pelo transporte da cafeína tão comumente utilizada pela indústria
cosmética no tratamento da LDG e gordura localizada (Figura2).
Figura 2. Fotomicrografia eletrônica da superfície da epiderme humana: A, não tratada (barra = 30µm), B, não tratada
(barra = 10µm), C, tratada com iontoforese 0,4 mA por 10 min (barra = 30µm); D, tratada com iontoforese 0,4 mA por
10 min (barra = 10µm). Setas indicam local onde a ruptura epidermal ocorreu (Adaptado de Akomeah et al., 2009).
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A indústria nacional denominou como sonoeletroporação a aplicação das diferentes modalidades de energia, ultrassônica juntamente com corrente polarizada. Estudos sobre a técnica que promove sonoforese e iontoforese simultaneamente no
intuito de potencializar a permeação transdérmica
de drogas têm sido realizados (Fang et al., 2002;
Wang et al., 2005). Sistemas nanoestruturados para
formulações cosméticas podem potencializar o
transporte de substâncias via iontoforese e sonoeletroporação, isso pode ajudar a reduzir alguns possíveis efeitos colaterais como a irritação causada pela
alta concentração do ativo ou pela necessidade de
uma intensidade mais forte e/ou por um tempo
maior (Wang et al., 2005). A sonoforese trimensional e a sonoeletroporação têm potencial funcional
para aumentar a permeação de substâncias e maximizar os resultados no que concerne o tratamento
da LDG e da gordura localizada (Figura 3).
Figura 3. Esquema representativo das possíveis formas de
permeação de princípio ativo com diferentes modalidades de energia: A, sonoforese; B, iontoforese; C, sonoeletroporação.
Corrente Aussie: fortalecimento muscular e drenagem linfática
O uso de correntes elétricas que desenvolvem ações terapêuticas nos tecidos biológicos ou
possibilitam a manutenção de suas funções tem sido
extensamente preconizado como recurso em nosso
país (Davini et al., 2005).
A hipertrofia é o aumento no tamanho das
fibras musculares devido ao acúmulo de proteínas
contráteis, actina e miosina e de substâncias nãocontráteis, como glicogênio e água, no sarcoplasma
das fibras musculares esqueléticas que são ativadas
através dos exercícios ativos (Goldberg, et al., 1975;
Guyton e Hall, 2006) ou via estimulação elétrica
(Carvalho de Abreu et al., 2008; Ward, 2009; Ward e
Chuen, 2009).
O princípio da estimulação elétrica neuromuscular baseia-se na propagação de cargas elétricas pelas fibras musculares e nas fibras nervosas
sensitivas e motoras que, ao serem excitadas pelos
pulsos aplicados, geram mudanças na atividade
metabólica tecidual e tem sido usada de maneira
coadjuvante no treinamento físico (Cameron, 2009;
Low e Reed, 2001; Ward e Robertson , 2000; Ward,
2009; Ward e Chuen, 2009).
Atualmente essas técnicas de fortalecimento muscular, drenagem linfática sequencial e remodelação corporal são amplamente utilizadas na clínica estética como terapia coadjuvante no tratamento
da LDG e da gordura localizada, porém parâmetros
mais adequados de estimulação elétrica estão sendo estabelecidos.
Comercialmente as correntes Russa, Interferencial e FES são clássicas no que concerne estimulação neuromuscular, porém pesquisas recentes
com o objetivo de desenvolver e produzir correntes
elétricas que proporcionem uma estimulação sensorial confortável sem comprometer a eficiência eletrofisiológica, bem como, uma estimulação motora
potente sem que o limiar doloroso seja alcançado
foram realizadas (Ward e Robertson, 1998; Ward e
Robertson, 2001; Ward e Shkuratova, 2002; Delitto,
2002; McManusa et al., 2006).
Pesquisas atuais apontam que correntes elétricas alternadas moduladas em Bursts de longa
duração produzidos por correntes tradicionais como
Russa e Interferencial não são as melhores para se
minimizar o desconforto durante estimulações sensoriais e produzir níveis de elevados de torque muscular durante estimulações motoras (Ward et al.
2004).
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A corrente Aussie ou corrente Australiana
foi desenvolvida pelo pesquisador Alex Ward, da
Universidade de LaTrobe em Melbourne – Austrália
e trata-se de uma corrente elétrica terapêutica alternada com frequência portadora na faixa de kHz e
modulação em baixa frequência com alguma semelhança em relação à terapia interferencial e a corrente Russa, a diferença está no valor da corrente
de kHz utilizada bem como no formato de onda.
Para contração muscular, a corrente Aussie utiliza
frequência de 1 kHz combinada com Bursts de duração igual a 2 ms, dessa forma, a produção de torque
é máxima quando comparados a outras correntes
comerciais (Figura 4).
Figura 4. Frequência ideal para a produção de torque.
Das correntes de média frequência utilizadas neste
experimento, a corrente Aussie foi considerada a mais
eficiente (Adaptado de Ward et al. 2004).
A modulação em rampa deve ser utilizada
com o objetivo de se evitar a fadiga muscular precoce e a frequência de 50 Hz é a mais indicada (Ward
et al. 2004).
Estudos indicam que a contração muscular
estimulada eletricamente seja similar à produzida
fisiologicamente, entretanto, para tratamento clínico estético, grupos musculares específicos devem
ser focados, especialmente os músculos abdominais, vasto medial e adutor de coxa, glúteo máximo
e ainda o tríceps braquial por serem músculos relativamente enfraquecidos pelo desuso, entretanto
para potencializar os ganhos de força e a integração
funcional os indivíduos devem associar o movimento ativo voluntário simultaneamente ao impulso
elétrico.
O uso de correntes terapêuticas para aumentar a hemodinâmica da circulação dos membros
inferiores se baseia na premissa que a contração
muscular aumenta a pressão do compartimento e
comprimem os vasos linfáticos e sanguíneos, impulsionado os fluídos neles contidos como uma ação de
ordenha (Faghri et al., 1998; Tortora e Grabowski,
2002). Na drenagem linfática muscular sequencial
os eletrodos devem ser posicionados de forma adequada e o programa de comando do equipamento
deve favorecer a contração muscular de distal para
proximal.
O sistema linfático representa uma via auxiliar ao sistema circulatório sanguíneo, cuja função é
drenar e filtrar o excedente de liquido intersticial
dos espaços teciduais e devolvê-lo ao sistema venoso. Esta forma de transporte é componente fundamental na manutenção da normalidade da concentração de proteínas e volume de líquido intersticial
no espaço intercelular (Tortora e Grabowski, 2002).
O excedente de partículas e fluidos intersticiais entra para o sistema linfático através de estruturas
conhecidas como linfáticos iniciais ou capilares linfáticos os quais se distribuem nos espaços entre as
células. Estas estruturas são compostas por tubos
de uma única camada de células endoteliais em
fundo cego, possuem válvulas que impedem o refluxo e geralmente não possuem componente muscular liso. Os músculos lisos linfáticos aparecem no
próximo nível da rede linfática denominada vasos
linfáticos e coletores linfáticos que possuem características físicas semelhantes aos capilares linfáticos,
porém com mais válvulas e paredes mais espessas.
O músculo liso linfático desempenha funções precisas no movimento da linfa de um segmento do vaso
para outro e sua atividade pode ser modificada por
vários fatores físicos, tais como pressão transmural,
fluxo luninal, forças de compressão e cisalhamento,
ou agentes químicos como neurotransmissores,
hormônios circulantes e/ou de substâncias liberadas
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pelas próprias células endoteliais (von der Weid et
al., 2004), (Figura 5).
A
B
C
D
E
Figura 5. Mecanismo de modulação do músculo liso linfático: A, contrações sucessivas dos vasos linfáticos de
mesentério de porco em perfusão intraluminal. As quatro câmaras são indicadas na ordem sequencial de contração. B, ilustração esquemática da hipótese proposta para a contração do músculo liso linfático. C, ilustração
esquemática da perfusão induzida pela constrição e as estruturas envolvidas na modulação de bombeamento; D,
mecanismos e formas de sinalização envolvidas na ativação e inibição da bomba linfática (Modificado de von der
Weid et al., 2004).
No que diz respeito à formação da LDG, esta
se inicia por alterações intrínsecas e extrínsecas,
que promovem o aumento do líquido intersticial e
consequente acúmulo de resíduos do metabolismo
celular entre as células de gordura. A polimerização
de fibras de colágeno e a modificação estrutural
ocorrida nos glicosaminoglicanos alteram o equilíbrio osmótico promovendo esclerose e fibrose intersticial e edemaciamento intra-adipocitário. O
entorpecimento e garroteamento do fluxo sanguíneo e linfático resulta no aspecto congestionado
com o aparecimento de telangiectasias (Ryan, 1995;
Terranova et al., 2006; Godoy e Godoy, 2009). Estudos demonstram que as correntes elétricas tera
pêuticas podem influenciar positivamente a atividade do músculo liso linfático (Cook et al., 1994). Segundo Ohhashi et al., (1980) as frequências de estimulação do músculo liso linfático variam de 0,5 a 40
Hz. A corrente Aussie de 4 kHz modulada em baixa
frequência 10 Hz se insere neste contexto, visto que
o músculo liso linfático responde a estímulos de
baixa frequência.
Estudos demonstram que a faixa de frequência entre 5, 10, 25, 50 e 75 Hz se relaciona
também à liberação de noradrenalina das varicosidades próximas aos adipócitos (Ciporkin e Paschoal,
1982, Soriano et al., 2000). Esse neurotransmissor
se liga a receptores adrenérgicos na membrana dos
adipócitos e via ativação da enzima LHS (lipase hor-
11
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mônio sensível), dispara cascatas de sinalização
intracelular que culminam com a clivagem dos triglicerídeos armazenados em ácido graxo livre e glicerol com posterior liberação destes para a circulação
sanguínea para serem utilizados como combustível
no metabolismo das células em atividade e inibição
da lipogênese intra-adipocitária, um dos princípios
fisiológicos que fundamentam a eletrolipólise com
agulhas. (Hermsdorff et al., 2004; Ciporkin e Paschoal, 1982; Soriano et al., 2000; Paula et al. 2007).
A eletrolipólise é uma técnica que se utilizada eletrodos na forma de agulha (agulhas de acupuntura
descartáveis) inseridas no tecido adiposo paralelo a
derme e estimulam a lipólise (Ciporkin e Paschoal,
1982; Soriano et al., 2000; Paula et al. 2007).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tratamento com a terapia combinada
Heccus® deve ser sempre acompanhado de dieta
1.
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e/ou exercícios físicos, para que os ácidos graxos
liberados sejam utilizados como fonte de energia.
Caso isso não ocorra, a gordura mobilizada tende a
ser redistribuído no tecido adiposo, porém de forma
mais heterogenia.
Os efeitos colaterais da terapia combinada
são considerados desprezíveis, desde que observados os critérios para o manejo adequado do equipamento.
CONCLUSÃO
Os estudos analisados sustentam a aplicabilidade da terapia combinada Heccus® em todas as
suas modalidades de tratamento: sonoforese tridimensional, sonoeletroporação, corrente Aussie e
corrente polarizada, sendo assim, possível inferir
sua efetividade no tratamento da LDG e da gordura
localizada.
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