Brazilian Journal of Biomotricity
ISSN: 1981-6324
[email protected]
Universidade Iguaçu
Brasil
Oliveira Antônio, Alexandre; Diniz da Silva, Cristiano; Lopes de Oliveira, Márcio; Silva, Angelita
Cristina; Araujo Carneiro-Júnior, Miguel
COMPARAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO E DESEMPENHO FÍSICO ENTRE ESCOLARES
ANTES E APÓS A MENARCA
Brazilian Journal of Biomotricity, vol. 6, núm. 1, 2012, pp. 11-17
Universidade Iguaçu
Itaperuna, Brasil
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=93023652002
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Antônio et al.: Antropometria e desempenho físico na pré e pós-menarca
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ARTIGO ORIGINAL (ORIGINAL PAPER)
COMPARAÇÃO DO PERFIL
ANTROPOMÉTRICO E DESEMPENHO
FÍSICO ENTRE ESCOLARES ANTES E
APÓS A MENARCA
COMPARISON OF ANTHROPOMETRIC PROFILE AND PHYSICAL PERFORMANCE
AMONG STUDENTS BEFORE AND AFTER MENARCHE
Alexandre Oliveira Antônio1, Cristiano Diniz da Silva1, Márcio Lopes de Oliveira1, Angelita
Cristina Silva3, Miguel Araujo Carneiro-Júnior1,2
Corresponding author:
Miguel Araujo Carneiro-Júnior
Departamento de Educação Física – Universidade Federal de Viçosa
Av. P. H. Rolfs s/n
36570-000 - Viçosa - MG
e-mail: [email protected]
Submitted for publication: Mar 2011
Accepted for publication: Dec 2011
RESUMO
ANTONIO, A.O. ; SILVA, C.D.; OLIVEIRA, M.L.; SILVA, A.C.; CARNEIRO-JUNIOR, M.A. Comparação do
perfil antropométrico e desempenho físico entre escolares antes e após a menarca. Brazilian Journal of
Biomotricity. v. 6, n. 1, p. 11-17, 2012. O presente estudo objetivou comparar o perfil antropométrico e o
desempenho físico entre escolares antes e após a menarca. A amostra foi composta por 70 alunas com
faixa etária entre 10 e 15 anos de idade de uma escola pública no interior de Minas Gerais. A menarca foi
identificada através de questionário. Foram identificadas 30 adolescentes no estágio maturacional prémenarca (12,6 ± 1,1 anos) e 40 em pós-menarca (13,7 ± 1,3 anos). Dados antropométricos (peso corporal,
estatura e o índice de massa corporal - IMC) e das capacidades físicas velocidade (teste de corrida de 20
metros); força de membros superiores – MS (teste do arremesso de medicine ball); força de membros
inferiores – MI (teste do salto horizontal) e flexibilidade (teste de sentar e alcançar) foram coletados. Os
resultados mostraram que as meninas pós-menarca apresentaram IMC (21,3 ± 4,0 vs. 18,9 ± 3,7 kg/m²)
superiores (p<0,05) às meninas pré-menarca. Com relação às qualidades físicas avaliadas, não houve
diferença (p>0,05) entre as meninas pré e pós-menarca, respectivamente (Velocidade: 4,24 ± 0,4 vs. 4,28 ±
0,5 seg.; Força de MS: 224 ± 44 vs. 222 ± 44 cm; Força de MI: 135 ± 27 vs. 135 ± 23 cm; Flexibilidade: 27,4
± 7,6 vs. 26,7 ± 6,3 cm). Concluiu-se que as meninas pós-menarca apresentaram a massa corporal,
estatura e IMC superiores às meninas pré-menarca, todavia não houve diferenças entre os grupos quanto à
velocidade, força de MS, força de MI e flexibilidade.
Palavras-chave: menarca, antropometria, aptidão física, educação física, estudantes.
Brazilian Journal of Biomotricity, v. 6, n. 1, p. 11-17, 2012 (ISSN 1981-6324)
1- Departamento de Educação Física - Faculdade Governador Ozanam Coelho – FAGOC
– Ubá/MG – Brasil.
2- Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas – Universidade Federal do
Espírito Santo – UFES – Vitória/ES – Brasil.
3- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC – Arcos/MG – Brasil.
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INTRODUÇÃO
A adolescência, caracterizada como uma das principais fases do desenvolvimento
humano consiste na transição entre a infância e a fase adulta. Esse período é marcado
por transformações psicológicas, sociais e biológicas (BEUNEN et al., 2006; PETROSKI
et al., 1999). Durante a fase de crescimento e desenvolvimento acontecem as
modificações no padrão de secreção de alguns hormônios em meninos e meninas,
desencadeado pela ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, que provoca, sob
estímulo das gonadotrofinas, a secreção dos esteróides sexuais (GEORGOPOULOS et
al., 2004; GUYTON e HALL, 2002). A testosterona nos meninos e o estrogênio nas
meninas, predominantemente, são os hormônios responsáveis pelas modificações
morfológicas e fisiológicas do período puberal (BEUNEN et al., 2006; GUYTON e HALL,
2002).
Essas modificações são identificadas pelo aparecimento das características sexuais
secundárias, seguindo-se da modificação da massa corporal magra, distribuição da
gordura corporal, aceleração da velocidade de crescimento (estirão puberal) e a fusão das
epífises ósseas resultando na parada do crescimento (BARBOSA et al., 2006; BEUNEN
et al., 2006; GEORGOPOULOS et al., 2004; GUYTON e HALL, 2002).
De acordo com Castilho e Barros Filho (2000), o período da menarca é cercado por
inúmeras lendas e tabus que refletem a preocupação que esse momento gera. Com
frequência, indagam sobre o potencial de crescimento da menina, preocupação que pode
estar relacionada às pequenas variações da normalidade, ao fato de a menina ser alta
demais ou estar abaixo da estatura esperada, ou mesmo de suas alterações no nível de
aptidão física e às repercussões desse quadro na prática de esportes (MACHADO
RODRIGUES et al., 2010; SHERAR et al., 2010).
Os aumentos acelerados no peso e na estatura ocorrem na entrada da menarca
(SHERAR et al., 2007; GUYTON e HALL, 2002) e é esperado que isso possa melhorar o
desempenho físico de meninas (MAGAREY et al., 1999; BIASSIO et al., 2004). Como é
de se esperar, a mudança no desempenho motor tende a corresponder às mudanças no
tamanho do corpo, força e fisiologia. No entanto há controvérsias na literatura a respeito
da influência ser positiva ou negativa em relação ao desempenho esportivo. Para Silva e
Petroski (2007) meninas maturadas podem estabilizar ou declinar seu desempenho
motor. Por outro lado, autores têm mostrado influência positiva da menarca sobre o
desempenho motor de meninas em comparação aos resultados obtidos no período prémenarca (BIASSIO et al., 2004).
Devido a importância da menarca no crescimento e desenvolvimento das adolescentes e
a possível influência em variáveis físico-motoras, o presente estudo objetivou comparar o
perfil antropométrico e o desempenho físico entre escolares antes e após a menarca.
MATERIAIS E MÉTODOS
A amostra foi composta por 70 alunas na faixa etária entre 10 e 15 anos de idade,
matriculadas no segundo semestre de 2010 em uma escola pública da cidade de
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A menarca, ou seja, a primeira menstruação é o limite entre a infância e a vida adulta para
a mulher. Estudos têm demonstrado relações da idade da menarca com fatores genéticos
(familiares, étnicos), com fatores geográficos como clima e altitude, com a sazonalidade, o
estado nutricional, a atividade física, tensão emocional, efeito feromonal e até local de
nascimento como zona rural e urbana (PETROSKI et al., 1999; SHERAR et al., 2010;
TAVARES et al., 2000).
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Ubá/MG. Para fazer parte da amostra, cada aluna teve que atender aos critérios de estar
matriculada na rede pública de ensino; não estar grávida; fornecer o termo de
consentimento livre e esclarecido assinado pelo responsável; frequentar regularmente as
aulas no segundo semestre de 2010; não apresentar qualquer tipo de limitação
locomotora que pudesse comprometer as avaliações físicas; e não participar de
treinamento físico muito intenso para disputar competições esportivas, o que poderia
alterar a maturação sexual e o desenvolvimento físico (ERLANDSON et al., 2008;
GEORGOPOULOS et al., 2004).
Foi aplicado o PAR-Q (Questionário de Prontidão para Atividade Física) (THOMAS et al.,
1992) para fins de segurança. Para identificar se as adolescentes já apresentaram a
menarca, um questionário foi auto-aplicado, com o consentimento e sem a identificação
da participante. Foi também enviada uma “Carta aos Pais” contendo informações sobre a
pesquisa e solicitando a permissão para que as estudantes (filhas) respondessem ao
questionário. Foram identificadas 30 adolescentes que não apresentaram a menarca e 40
que apresentaram a menarca (12,6 ± 1,1 e 13,7 ± 1,3 anos, respectivamente). Esse
intervalo etário (12 a 13 anos) da presente investigação corrobora estudos recentes
realizados em diferentes regiões do país que apresentam a média de idade da menarca
variando entre 12 e 13 anos (BIASSIO et al., 2004; MOREIRA et al., 2004; VITALLE et al.,
2003; TAVARES et al., 2000).
Para a determinação do desempenho físico utilizou-se alguns testes físicos da bateria
proposta pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2010). Avaliaram-se as seguintes
capacidades físicas: velocidade (teste de corrida de 20 metros); força de membros
superiores (MS) (teste do arremesso de medicine ball); força de membros inferiores (MI)
(teste do salto horizontal) e flexibilidade (teste de sentar e alcançar). Todos os
procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FAGOC
(nº10/2010).
Análise estatística:
Os resultados foram apresentados como média ± desvio padrão. Para verificação da
normalidade dos dados, foi utilizado o teste estatístico de Kolmogorov–Smirnov Z. Para
todas as medidas coletadas, comparações entre as avaliadas dos grupos pré e pósmenarca foram feitas através do teste t de Student não pareado. Adotou-se um nível de
significância de p<0,05. O programa Sigma Stat 3.0 foi utilizado para a realização das
análises.
RESULTADOS
Os resultados referentes ao perfil antropométrico e aos testes de desempenho físico das
avaliadas pré e pós-menarca estão apresentados na Tabela 1.
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Foram mensuradas as medidas antropométricas: massa corporal, por meio de uma
balança digital (G-Tech, São Paulo/Brasil; precisão de 100 gramas), e a estatura, através
de um estadiômetro profissional (Sanny, São Paulo/Brasil; precisão de 1 mm). Com esses
dados, o índice de massa corporal (IMC) foi determinado através da razão: massa
corporal/(estatura)2.
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Tabela 1. Perfil antropométrico e resultados dos testes de desempenho físico das
avaliadas pré e pós-menarca.
PRÉ-MENARCA (n=30)
PÓS-MENARCA (n=40)
Massa Corporal (kg)
45,9 ± 10,9
54,3 ± 10,4 *
Estatura (cm)
155 ± 7
159 ± 5 *
IMC (kg/m²)
18,9 ± 3,7
21,3 ± 4,0 *
Corrida de 20 m (seg)
4,24 ± 0,4
4,28 ± 0,5
Força de MS (cm)
224 ± 44
222 ± 44
Força de MI (cm)
135 ± 27
135 ± 23
Flexibilidade (cm)
27,4 ± 7,6
26,7 ± 6,3
Dados expressos em média ± desvio padrão da média. n = número de avaliadas. * = diferente de prémenarca, p<0,05. IMC – Índice de Massa Corporal; Força de MS – Força de Membros Superiores; Força de
MI – Força de Membros Inferiores.
Através dos resultados apresentados na Tabela 1, observa-se diferenças entre as
avaliadas pré-menarca e pós-menarca em todas as variáveis antropométricas
mensuradas. Essas diferenças nos permitem inferir que o grupo pós-menarca apresenta
estatura, massa corporal, e consequentemente o IMC maiores em comparação às
pertencentes ao grupo pré-menarca, assim como confirmado em outros estudos com
brasileiras (BIASSIO et al., 2004; VITALLE et al., 2003). Tal fato justifica-se em função do
aumento da massa corporal magra e gorda com o processo de maturação sexual que
ocorre nessa fase (BEUNEN et al., 2006; ERLANDSON et al., 2008; GEORGOPOULOS
et al., 2004; GUYTON e HALL, 2002).
No estudo realizado por Glaner (2002), para a variável massa corporal, os valores médios
encontrados são superiores para as avaliadas pós-menarca, e inferiores para as prémenarca, em comparação ao presente estudo. Já no estudo de Guedes e Guedes (1997),
os valores médios de massa corporal encontrados, são superiores aos do presente
estudo para o grupo das avaliadas pós-menarca, e inferiores para o grupo das prémenarca. De acordo com Eckert (1997), alguns estudos relacionados à massa corporal e
idade de menarca, indicam que meninas que atingem a menarca precocemente tendem a
ser mais pesadas por toda idade de crescimento (6 aos 18 anos). Essa diferença pode ser
justificada pela menor duração e maior intensidade de crescimento e desenvolvimento de
vários segmentos corporais durante o período de crescimento. As meninas que atingem a
menarca tardiamente têm um período de crescimento mais longo. Constata-se deste
modo que, meninas do grupo pós-menarca apresentam valores médios de massa
corporal superiores aos do grupo pré-menarca, embora possam ocorrer variações entre
os estudos quanto à idade da ocorrência da menarca.
Quanto à estatura, foi demonstrado pela Tabela 1 que as avaliadas do grupo pósmenarca são mais altas que do pré-menarca. Esses resultados justificam-se em função
do processo de amadurecimento fisiológico em que ocorre o aumento da secreção de
hormônios como o estrogênio, progesterona e o hormônio do crescimento (GH), que
provocam o crescimento e o desenvolvimento dos tecidos corporais (BEUNEN et al.,
2006; ERLANDSON et al., 2008; GEORGOPOULOS et al., 2004).
Em função da diferença entre os grupos pré e pós-menarca quanto à massa corporal,
constatou-se valores de IMC maiores no grupo pós-menarca (Tabela 1). Entretanto, ao
utilizar a média do IMC e da idade cronológica do grupo pós-menarca e confrontá-la com
os pontos de corte sugeridos por Cole et al. (2000) para sobrepeso e obesidade, foi
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DISCUSSÃO
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verificado que a média de IMC das avaliadas pós-menarca encontra-se dentro da faixa
recomendável, e que a evolução ocorrida neste período não resultou em sobrepeso ou
obesidade. Quanto a importância deste, é válido ressaltar que a determinação do IMC
pode ajudar a prever se as crianças terão risco de desenvolvimento de obesidade quando
atingirem a idade adulta. Há ainda nesse sentido, evidências apontando escolares
insatisfeitas com a sua massa corporal, e que desejam perder peso, uma vez que
atingiram a menarca mais precocemente do que as satisfeitas com a massa corporal
(PETROSKI et al., 1999).
Com relação à comparação do desempenho físico dos grupos pré e pós-menarca, não
foram observadas diferenças entre os grupos para todas as qualidades físicas
mensuradas: velocidade, força de MS e MI e flexibilidade. Esse resultado nos leva a inferir
que, embora os grupos avaliados não estejam no mesmo estágio maturacional, os
mesmos apresentam níveis de desempenho físico semelhantes.
Embora a maioria dos estudos (MEDEIROS et al., 2005; BIASSIO et al., 2004) tenha
relatado diferenças quanto ao desempenho de meninas pré e pós-menarca para as
capacidades físicas velocidade e força de MS e MI, os resultados do presente trabalho
não corroboram esses achados. Nesse sentido, Silva e Petroski (2007) colocam que
meninas pós-menarca podem estabilizar ou declinar seu desempenho motor, isso
principalmente em função das alterações morfológicas e fisiológicas, relacionadas mais
especificamente ao aumento da adiposidade corporal após essa fase. Assim como no
presente estudo, Pozzobon e Trevisan (2003) também não observaram diferenças quanto
ao desempenho motor entre meninas pré e pós-menarca. Deve-se considerar também
que após a menarca, ocorrem alterações sensíveis no comportamento social das
meninas, uma vez que novos interesses surgem, e podem provocar uma diminuição do
tempo destinado à prática de atividades físicas, e consequentemente do desempenho
físico (MACHADO RODRIGUES et al., 2010; SHERAR et al., 2010).
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Informações a respeito da menarca podem trazer informações práticas relevantes haja
vista que a sua determinação é muito útil para os profissionais de Educação Física, pois
as necessidades da cultura corporal do movimento são diferentes nos períodos pré e pósmenarca. Esse fato exige do professor de Educação Física um profundo conhecimento
sobre a adolescência, uma vez que se trata de um período crítico do desenvolvimento do
ser humano.
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Com relação à capacidade física velocidade, diferentemente do presente estudo,
Medeiros et al. (2005) relatam que meninas pós-menarca tendem a ser mais velozes que
as pré-menarca. No trabalho de Biassio et al. (2004), compararam-se meninas pré e pósmenarca quanto ao desempenho físico, e constatou-se influência positiva da menarca em
todas as capacidades físicas avaliadas, inclusive na força de MI desde dois anos antes
até dois anos após a menarca. Por outro lado, de forma similar ao nosso estudo, Ulbrich
et al. (2007) observaram níveis similares de flexibilidade entre meninas pré-menarca em
comparação a meninas pós-menarca.
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