1. A cidade na Idade Média (Die Stadt im Mittelalter) A cidade do Luxemburgo no séc. XVI. A cidade de Echternach representada numa tela em 1600 A grande maioria da população vivia nas aldeias. Eram agricultores. Eram poucas as pessoas que viviam nas raras cidades que havia. As cidades mais importantes das nossas regiões eram o Luxemburgo e Echternach. 119 Die Zeitmaschine Lëtzebuerger Geschichtsbuch (Ciclo 4.2) Adaptado e traduzido por Irene Lemos Quais as caraterísticas da cidade medieval? (Welche Merkmale kennzeichnen die mittelalterliche Stadt) A primeira planta da cidade do Luxemburgo data do ano de 1560. A cidade medieval estava rodeada por uma muralha alta. Assim, os cidadãos podiam defender-se dos cavaleiros inimigos, dos ladrões e da guerra. Havia várias portas de entrada na cidade. Todos os que entravam ou saíam da cidade eram controlados pelos guardas das portas. De noite, as portas ficavam fechadas. Uma das portas de entrada na cidade 120 Die Zeitmaschine Lëtzebuerger Geschichtsbuch (Ciclo 4.2) Adaptado e traduzido por Irene Lemos odos os dias correm tais correntes de água pelas ruas que parece ser um dilúvio sem fim. O chão fica mole e transforma-se num enorme lamaçal. Não se pode andar a cavalo nas ruas porque os cavalos podem escorregar e fazer cair o cavaleiro na lama ou na porcaria deitada para as ruas, Assim foram descritas as ou, mesmo que não caia, sujeita-se a ser regado com um balde ruas da cidade alemã de de excrementos que alguém pode lançar pela janela. Nuremberg numa carta In: Wolfgang Hug: Quellenlesebuch, Band I escrita em 1368. Moritz Diesterweg Verlag, Frankfurt/main 1981 As ruas, principalmente nas partes mais antigas da cidade, eram muito sinuosas. As carroças que as atravessavam cavavam profundos sulcos com as rodas. Em tempo de chuva, ficavam transformadas em lamaçais. Os lixos das casas eram pura e simplesmente lançados para a rua. Porcos e galinhas chafurdavam nesta mistura de lixo e lama. Mais tarde, já na alta Idade Média, é que as ruas foram pavimentadas. Casa de tabique Dos dois lados das ruas havia casas com paredes feitas em madeira e barro (tabique) cobertas de palha e ripas de madeira. Estas casas eram geralmente habitadas por artesãos. No rés-dochão encontrava-se a oficina e a família vivia no 1º andar. 121 Die Zeitmaschine Lëtzebuerger Geschichtsbuch (Ciclo 4.2) Adaptado e traduzido por Irene Lemos As casas dos comerciantes foram construídas à volta da praça do mercado. Foi nesta praça da cidade que foram construídas as primeiras casas de pedra. Na cidade do Luxemburgo havia dois mercados, o antigo mercado e o novo mercado. A igreja de São Miguel, no mercado velho, é a mais antiga da cidade do Luxemburgo (reconstituição) As igrejas foram construídas junto dos mercados: a de São Miguel no mercado antigo e a de São Nicolau no mercado novo. A igreja de São Miguel nos dias de hoje: podemos ver, nesta imagem, os restos de 3 janelas e uma porta da Idade Média. 122 Die Zeitmaschine Lëtzebuerger Geschichtsbuch (Ciclo 4.2) Adaptado e traduzido por Irene Lemos O convento Altmünster Na cidade do Luxemburgo instalaram-se várias ordens religiosas que aqui fundaram os seus conventos. O mais antigo foi o convento dos Beneditinos (Altmünster). Neste convento, funcionou durante vários séculos a única escola da cidade do Luxemburgo. Castelo dos condes do Luxemburgo em 1300 (reconstituição) O conde era o senhor da cidade. O seu castelo foi construído no rochedo do Bock. Foi nesta fortaleza que nasceu a cidade do Luxemburgo. A sua construção efectuou-se no séc. X, dando origem à cidade do Luxemburgo. 123 Die Zeitmaschine Lëtzebuerger Geschichtsbuch (Ciclo 4.2) Adaptado e traduzido por Irene Lemos Criação e desenvolvimento da cidade. (Gründung und Entwicklung der Stadt) Há mais de mil anos, Sigfrid tinha construído um castelo no Bock Um documento do ano 963 pertencente ao departamento do Bock Sigfrid.. m nome do Filho unigénito de Deus. Para conhecimento de todos … o conde Sigfrid filho de uma família nobre no desejo de adquirir o “Lucilinburhuc” referido como forte de uma propriedade … ao Abade Wiker e aos monges de São Maximin, na posse do qual se encontra, pedem para ser autorizados a trocar este por bens para o mosteiro de São Maximin … Ele o recebeu do dito Abade, com o consentimento da Comunidade de Monges mencionando o forte com os acordos e terra no leito do rio Alzette aos troncos das árvores velhas de pé em frente do muro da fortaleza. In: Paul Margue: Luxemburg in Mittelalter und Neuzeit Handbuch der Luxemburger Geschichte, BandII Editions Bourg-Bourger, Luxemburg 1988. 124 Die Zeitmaschine Lëtzebuerger Geschichtsbuch (Ciclo 4.2) Adaptado e traduzido por Irene Lemos