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Reg.62610
Perfil de degrada~ao tar
Me 3956
PERFIL DE DEGRADACAO TERMICA OXIDATIVA DE
PRESERVATIVOS MASCULINOS A BASE DE BORRACHA
NATURAL PROVENIENTES DE DIFERENTES PAisES
2
1 Instituto Nacional de Tecnologia (lNT), Av. Venezuela, 82, Prafa Maua, Centro. Rio de Janeiro. RJ
Departamento de Processos Quimicos do Instituto de Quimica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(DPQIIQIUERJ), PHLC. sala 424A. Rua Silo Francisco Xavier, 524, Maracanii, Rio de Janeiro, RJ
• [email protected]
OXIDATIVE DEGRADATION PROFILE OF NATURAL RUBBER-BASED PRESERVATIVES FROM
DIFFERENT COUNTRIES
Nowadays, the Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS) is considered an extremely dangerous world-wide
epidemic disease. In order to prevent or, even reduce, this dissemination, the Brasilian Ministry of Health and
organizations allover the world have been strongly acting to inform people about the necessity of the use of
preservatives, specially condoms, during sexual intercourse. Several studies have been extensively showing that the
condom probably represents the best and cheapest form of prevention of AIDS and some other sexual transmissible
diseases. Being a medical product, it is essential to guarantee the quality of the brands available for the population.
The condoms are commonly based on natural rubber latex formulations and, consequently, may have their properties
affected by environmental factors, as heat and oxygen, for example. In this work, natural rubber-based preservatives
produced in five different countries (Brazil, China, Germany, India and Tailand) were analyzed by thermogravimetry
(TG), in oxidative atmosphere. The samples presented different profiles of weight loss, particularly when the respective
derivative curves were concerned (DTG). Among all, the brasilian sample presented the highest thermal resistance.
Introdu~io
Os preservativos masculinos tem sido
utilizados, M secuIos, tanto para evitar a gravidez nAodesejada quanto para prevenir doen~ sexualmente
transmissiveis (DST). A partir de meados da decada de
80, quando a sindrome da imunodeficiencia adquirida
(AIDS ou SIDA) configurou-se como uma pandemia
mundial, 0 uso deste produto vem crescendo de forma
signifieativa
No Brasil, 0 preservativo masculino de latex
de borracha natural e 0 principal insumo inserido no
Programa Nacional de Preven~o das DST's e da Aids.
Tanto a venda, quanto as aquisi~s para distribui~
de preservativos masculinos pelo Ministerio da SaMe
vem aumentando consideravelmente.
A borracha natural e amplamente utilizada na
fabriea~o de preservativos masculinos, em virtude da
combina~o de suas excelentes propriedades como
resistencia Ii 1Ia~O, Ii abrasAoe ao rasgamento. No
entanto, 0 grande n-umerode insatura~
na eadeia,
mesmo ap6s a vulcaniza~o, e responsavel pela baixa
resistencia ao envelhecimento do material, eausada
principalmente pela a~o do calor, oxigenio, ozonio e
luz solar.
A importancia de estudar 0 processo de
envelhecimento e avaliar a durabilidade dos produtos
leva ao desenvolvimento de materiais que rnantenham
suas propriedades durante todo 0 tempo de sua vida
uti~ preservando assim as suas fun~s e utilidade.
Atualmente, nAo existe um teste Unico que
avalie a degrada~o real que ocorre nos preservativos.
Seria ideal desenvolver formas de preYer com maior
seguran93a estabilidade do produto e sua vida util.
A termogravimetria (TG) e um metodo muito
usado para caracterizar a decomposi~o e a estabilidade
termiea de materiais sob vllrias condi~.
As eurvas
de TG sAoregistradas como a ~o
de massa com a
temperatura, por exemplo. As derivadas das eurvas
(DTG) sAo muito uteis para mostrar estllgios de
degrada~o pouco acentuados e de dificil visualiza~o.
Dessa forma, diferen~ sutis, nAo observaveis na
curva de degrada~o, podem ser verifieadas nas eurvas
deDTG.
o objetivo deste trabalho foi 0 de comparar os
perfis de TG e DTG, obtidos em atmosfera oxidativa,
de preservativos masculinos de borracha natural
provenientes de cinco paises, da Ameriea do Sui, Asia
eEuropa.
Experimental
Para a realiza~o deste estudo foram
escolhidas amostras de preservativos masculinos de
diferentes origens: Alemanha, B~
China, india e
Tail3ndia (os materiais importados foram transportados
por navio). Os lotes escolhidos foram aprovados
segundo a norma brasileira ROC 03/02 - Preservativos
masculinos de latex de borracha natural. As amostras
analisadas neste tIabalho foram fabricadas em 2004,
sendo que as importadas apresentam 5 anos de
validade, enquanto que a nacional, somente 3 anos.
Foi utilizado um analisador termogravimetrico TGA2050 da TA Instruments, em atmosfera oxidante (com
vazao do ar sintetico de 20mL3/min), velocidade de
aquecimento de 10°Clmin, na faixa de 25° a 700°C, em
amostras com massa variando na faixa de 8 a 10 mg.
-__
Resultados e discussio
As Figums 1 e 2 mostram a sobreposi~o das
curvas de TG e de DTG, respectivamente, pam as
cinco amostras analisadas.
A Tabela 1 mostra os
resultados obtidos.
Pode-se verificar que a fonnula~o produzida
no Brasil apresentou maior resistencia termica, com
temperatura
inicial
de degrada~o
de 231OC.
Verificou-se tambem que, com exc~o da amostra da
China que apresentou 3 estagios de degrada~o, as
demais amostras apresentaram apenas 2 estagios
definidos, e que a maior perda de massa foi obtida no
primeiro estagio (Ml), com valor mediano de 85 %.
De urn modo geral, 0 perfil das curvas de TG foi
similar (Figura 1), 0 que 000 foi observado pam as
curvas das derivadas (DTG) (Figura 2), provavelmente
devido
presenca de diferentes aditivos em cada
fonnula~o,
cujos processos de degrada~o
em
presenca de oxigenio mostraram-se sensivelmente
diferentes. Comparando-se as curvas de DTG obtidas
pam as amostras analisadas, 0 primeiro estagio,
correspondente ao maior pico (PI), cujo valor mediano
da temperatura na qual a velocidade de degrada~o e
m3xirna foi de 36~ C, apresentou diferencas mais
significativas do que 0 estagio final (P3). Neste Ultimo
caso, 0 valor mediano foi de 508° C, e os perfis foram
praticamente identicos, ou seja, 0 processo final de
degrada~o de todas as fonnula~
independente dos
aditivos presentes, foi similar.
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Figura 2: Sobreposi~o das curvas de DTG das amostras de
preservativos masculinos a base de borracha natural
Conclusao
o
preservativo
brasileiro
apresentou
resistencia
termica
significativa
em
ambiente
oxidativo, quando compamdo com as amostras dos
outros paises, 0 que e desejavel para materiais
estocados em paises tropicais, muitas vezes em
condicoos extremas. Apesar de as amostras analisadas
terem apresentado perfis praticamente identicos nas
curvas
de TG,
foram
observadas
diferencas
significativas nas curvas de DTG, provavelmente
devido a variacoos nos componentes das fonnulacres.
a
Agradecimentos
Ao Laborat6rio de CatMise do Instituto
Nacional de Tecnologia (INT), e em especial ao
Engenheiro Quimica Rogerio Amadeu Pereira, pelas
analises realizadas.
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Referencias bibliognificas
1) F.M.B Coutinho; M.C. Delpech; T.L. Alves; S.A
Ferreira. Polymer Degradation and Stability.
2003,81.1,19-27.
2) Ministeno da Saooe. Secretaria de Assistencia
SaMe.
Programa
Nacional
de
Doencas
Sexualmente Transmissiveis AIDS, "Preservativo
a
Masculino: Hoje. mais necessario do que nunca!",
3)
T~"'rai'CI
IJIlInnIllVUtoTA.
Brasilia, 1997.
Center for Disease Control and Prevention. Barrier
Protection Against HIV. "Infection and other
sexually transmitted diseases", 1993,589-591.
Figura I: Sobreposi~o das curvas de TG das amostras de
preservativos masculinos a base de borracha natural
Iabela 1. Resultados obtidos a partir das curvas de IG e DIG de lRservativos Iibase de borracha natural em atmosfera oxidativ
Massa (010)
Pais
Temperatura ("C)
Picos da derivada ("C)
T1
T2
T3
P3
Ml
M2
M3
R
PI
P2
Alemanha
223
462
86,08
11,59
2,33
358
508
Brasil
231
448
84,89
12,95
2,158
367
494
China
214
404
446
13,66
72,28
11,29
2,77
362
414
498
India
204
454
87,43
11,68
0,89
369
508
TailAndia
229
446
13,40
85,02
1,58
373
508
-
-
-
Tl: temperatura inicial de degrada~o; T2 :temperatura do estagio intennediario; 1'3 : temperatura do Ultimo estagio
MI: massa inicial de degra~o;
M2: massa do estAgio intermediario; M3: massa do Ultimo estAgio; R: residuo
PI: pico inicial de degra~o;
P2: pico do estagio intermediario; P3: pico do Ultimo estAgio
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