REDAÇÃO
LEI DA PALMADA
Prof. Fernando Santos
Profº Fernando Santos
TEMA DE REDAÇÃO –
Projeto de lei livra crianças de palmadas e beliscões
O projeto de lei do governo Federal que proíbe palmadas,
beliscões e outros castigos físicos aplicados a crianças
continua gerando polêmica. Nas últimas semanas, uma série
de pessoas em todo País se manifestou sobre o assunto, que
também virou tema de bate-papos informais em rodas de
amigos e familiares.
O projeto, que ainda vai passar pela Câmara dos Deputados e
pelo Senado, para somente depois ser sancionado pelo
presidente Lula, visa incluir no artigo 18 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA) a definição de castigos corporais, e
também proibi-los.
As opiniões são bastante divergentes. Algumas pessoas com
ou sem filhos acreditam que a chamada “palmada pedagógica”
pode ser positiva na educação das crianças, não gerando mal
algum. Outras, a consideram inadmissível, definindo-a como
castigo cruel e degradante, e defendem que há outras
maneiras de se educar uma criança.
O que você acha do novo projeto de lei que proíbe a
palmada e qualquer agressão física em crianças e
adolescentes? Sua tarefa é redigir um texto dissertativo
defendendo um ponto de vista acerca do tema. Siga as
recomendações abaixo, leia os textos com atenção, e bom
trabalho!
Seu texto deve ser escrito de acordo com a Norma Culta
da Língua Portuguesa;
Deve estar redigido em forma de prosa;
Mínimo 20, máximo 30 linhas;
As origens do projeto de lei: deputada Maria do Rosário.
A deputada Federal Maria do Rosário (PT-RS), autora do projeto
de lei, é pedagoga e tem formação na área dos direitos da
criança e do adolescente. Ela conta que decidiu elaborar o
projeto depois de constatar que, no Brasil, muitas crianças são
vítimas de maus tratos, inclusive indo a óbito em função dos
mesmos. “A intenção do projeto não é intervir dentro das
famílias, mas orientar para que as pessoas sejam mais
pacientes e eduquem sem utilizar violência. Os pais devem
substituir os castigos físicos por outras formas educativas.
Infelizmente, no Brasil, existe uma cultura histórica de maus
tratos a crianças. Muita gente ainda acredita que bater é a
melhor forma de ensinar, o que não é verdade”, diz.
Folha.com
A Justiça se manifesta: promotor discute o projeto de lei.
O promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP-PR)
Murillo José Digiácomo não se diz contra nem a favor da lei.
Porém, se manifesta totalmente contrário a palmadas ou
qualquer outro tipo de castigo físico aplicado a crianças. “As
pessoas geralmente ficam indignadas e chocadas quando
veem um filho batendo em um pai idoso. Por isso, acredito que
elas devem ter a mesma reação ao verem um pai batendo em
uma criança indefesa”, afirma. Segundo Murillo, o projeto de lei
encontra respaldo no ECA, que está completando 20 anos de
criação e prevê proibição a maus-tratos. “O projeto de lei não
proíbe que os pais corrijam ou exerçam autoridade sobre os
filhos. Quer apenas que os pais eduquem seus filhos sem
utilizar métodos violentos. Educar não pode ser sinônimo de
adestrar ou domesticar”, afirma.
conversaafiada.com.br
Cris Poli (Supernanny): Acho que esse novo projeto de lei está
se ocupando de um tipo de agressão, a física, e esquece de
outros tipos de agressões, verbal, emocional ou mental que
trazem consequências na formação da personalidade do ser
humano mas que não deixam marcas físicas, somente interiores
e que nunca se esquecem. Acho que seria muito importante
educar os pais para eles assumirem a responsabilidade da
educação dos filhos com autoridade legitima (não
autoritarismo),
demonstrações
de
amor,
respeito
e
estabelecimento de limites, que é fundamental para trazer uma
grande mudança nas famílias. Esse projeto de lei vai tentar
ponderar um lado só, vai ser muito difícil de fiscalizar e pode dar
lugar a muitas atitudes erradas no meio das famílias.
follha.com.br
Lembro-me de uma vez, quando bem criança, ter visto na TV
uma matéria num jornal, na qual um filho denunciou a mãe por
maus tratos. Virei pra minha mãe e disse: "Se você me bater de
novo, eu ligo pra polícia!". Ela me deu a maior surra da minha
vida e disse: "Ligue para a polícia agora. Quero ver quem vai te
sustentar, e cuidar de você enquanto eu estiver presa." Pedi
perdão de joelhos na hora.
Eu, sinceramente, não penso em bater nos meus filhos (quando
tiver), mas não vou hesitar quando passarem dos limites. Antes
dar umas palmadas do que deixá-lo virar um marginalzinho.
Ed Carlos _
http://www.cademeudorflex.com/2010/07/lei-da-palmada-umtapa-na-bunda-da.html
Eu apanhei quando criança, e não foram apenas palmadas.
Apanhei de cinturão. Apanhei de chinelo. Algumas doeram,
outras nem tanto. Meus pais apanharam de palmatória, cipó de
goiabeira, fio de arame, outros pais apanharam da Ditadura,
outros apanharam na Guerra, todos apanham diariamente para
sobreviver. É lamentável que não se perceba que leis como
essa, para "proteger" as crianças na verdade farão com que
elas respeitem ainda menos os pais e educadores, pois estão
cada vez mais acobertadas para fazer o que bem entenderem.
Pais violentos existem em qualquer classe social, religião, cor
ou raça.
E se você, como filho, comemora esse tipo de lei porque
apanhou dos seus pais, um conselho: se você acha as
palmadas que os seus pais lhe dão fortes, se prepare pras
palmadas que a vida vai lhe dar. Essas sim vão doer.
Marcel - http://www.cademeudorflex.com/2010/07/lei-dapalmada-um-tapa-na-bunda-da.html
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Oficina de Redação LEI DA PALMADA – versão 2003