Nº 1784
18/ 05/ 2015
7424. Evangelho de 2ª feira (18-05-2015) - S. João I Papa - At 19, 1-8; Sl 67; Jo 16, 29-33 - Os discípulos disseram a
Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que
alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. Jesus respondeu: “Credes agora? Eis que vem a
hora, e já chegou, em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está
comigo. Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu
venci o mundo!”
Recadinho: - Há situações na vida em que abandono os caminhos de Deus? - Como é o caminho de volta para Deus?
- Como Deus nos acolhe? - Quando Ele nos acolhe? - Procuro me nutrir de coragem sempre?
7425. Testemunho de filha da católica condenada à morte no Paquistão - Notícia divulgada no dia 27 de abril de
2015 apresenta um drama muito divulgado no mundo sobre o caso de Ásia Bibi, cristã condenada à morte no
Paquistão, acusada de supostamente blasfemar contra o Islã. Eisham Ashiq, filha de 15 anos de Ásia Bibi, em
Madri, Espanha, falou de sua mãe e do drama pelo qual passa toda a família cristã.
Em 2009, Ásia Bibi trabalhava recolhendo frutas com outras mulheres muçulmanas em Sheikhupura, perto de
Lahore (Paquistão). Ao aproximar-se de um poço local para beber água, a acusaram de ter poluído a água inteira,
apenas pelo fato de ser cristã. A jovem Eisham Ashiq assinalou que sua mãe permanentemente a encoraja a
centrar-se nos seus estudos e na sua fé. “A minha fé sempre me dá a coragem para acreditar que, se Deus quiser,
minha mãe estará conosco. O primeiro que deverei fazer será agradecer a Deus o privilégio de ter a minha mãe
em casa novamente levando uma vida pacífica”, assinalou a jovem, que ainda não tinha completado 10 anos
quando sua mãe foi presa.
Sua mãe, no dia seguinte, foi atacada por um grupo e levada a uma delegacia de polícia como medida de
“segurança”. Lá ela foi acusada de blasfêmia contra o Islã. Em 2010 Ásia Bibi foi condenada à morte, mas houve
um pedido de apelação. Na primeira quinzena do mês de abril de 2015, o Papa Francisco recebeu Eisham Ashiq
e o seu pai (esposo de Ásia Bibi), Ashiq Masih, no Vaticano, ocasião em que o Papa lhes assegurou suas orações.
Segue a comovente entrevista completa da plataforma HazteOír com a jovem Eisham Ashiq:
Entrevistador: Que idade você tinha quando prenderam sua mãe? “Eu tinha quase 10 anos. No povoado não
havia comodidades, a vida era difícil de manhã até à noite, mas tínhamos uma vida feliz junto a ela. Eu amo a
minha mãe. É uma mulher temerosa de Deus e tem uma grande fé. Sempre nos fala de Deus e Sua bondade”.
Entrevistador: Você se lembra do dia em que estava no colégio e prenderam sua mãe? “Naquele dia eu estava
junto com ela e me lembro como os nossos vizinhos falavam mal da minha mãe. Minha mãe estava no seu lugar
de trabalho quando chegaram vários homens. Agarraram-na e a levaram ao centro do povoado, onde já havia
uma multidão reunida. Nossos vizinhos e os muçulmanos dos povoados próximos a golpearam inumanamente, a
desmoralizaram e a humilharam. Depois, a polícia prendeu minha mãe e a levou à delegacia. Enquanto a
golpeavam ela pediu água, mas ninguém lhe deu um copo de água, não lhe davam descanso. Eu mesma
necessitava de água porque estava ali e me pisoteavam da pior maneira. Alguém me agarrou e me empurrou
contra um muro. Estavam abusando da minha mãe, arrancaram a sua roupa”.
Entrevistador: Como foi sua vida familiar após este momento? “Sem minha mãe, nossa vida está totalmente
atormentada. Embora meu pai cuide de nós, sentimos muita saudades dela. Não é possível substituir a minha
mãe. Queríamos compartilhar com minha mãe muitas coisas que não podemos compartilhar com meu pai.
Éramos a única família cristã no povoado muçulmano. Deixamos o povoado porque nossos amigos nos
deixaram de lado. Eram mal-educados conosco e decidimos sair de lá”.
Entrevistador: O que a sua mãe fala quando você vai visita-la no presídio? “Recentemente fomos visitá-la.
Falamos sobre muitas coisas, mas me lembro que acariciou o meu rosto e me aconselhou a centrar-me nos meus
estudos e na minha fé.
Entrevistador: Você tem medo? “Sim, temos medo da acusação de blasfêmia sobre a minha mãe e enquanto
morarmos no Paquistão temos diversas razões para temer. Recentemente uns suicidas com explosivos nos
atacaram em duas igrejas de Youhanabad. Noventa por cento das pessoas abandonaram suas casas porque os
muçulmanos ameaçaram queimar a nossa colônia. Eu estou agradecida ao exército, pois controlaram a situação.
Entrevistador: Qual será a primeira coisa que farão quando, se Deus quiser, sua mãe sair da prisão? “A minha fé
sempre me dá a coragem para acreditar que, se Deus quiser, minha mãe estará conosco. O primeiro que deverei
fazer será agradecer a Deus o privilégio de ter a minha mãe em casa novamente levando uma vida pacífica. Na
minha humilde opinião e nas minhas atuais circunstâncias, acho que infelizmente não é possível a paz para os
cristãos no Paquistão!”
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