UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇAO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM
HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
MASTITE: REVISÃO
Thiago Ramos Pinto
Rio de Janeiro, março de 2009.
Thiago Ramos Pinto
Aluno do Curso de Especialização Lato sensu em
Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal
MASTITE: REVISÃO
Trabalho monográfico do curso de pós-graduação
Lato sensu em Higiene e Inspeção de produtos de
Origem Animal apresentado à Universidade Castelo
Branco, como requisito parcial para a obtenção de
Título de Especialista em Higiene e Inspeção de
produtos de Origem Animal, sob a orientação da
Professora Marta Maria B. Baptista S. Xavier.
Rio de Janeiro, março de 2009.
2
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, que sempre me incentivaram e me amparam em todos os
momentos em que mais preciso.
À minha Orientadora e Coordenadora da Especialização Marta Maria B. Baptista
S. Xavier, que me auxiliou na realização deste trabalho, que sempre nos apoiou, e
compartilhou conosco suas experiências e nos foi companheira durante todo o curso,
sempre prestativa e presente.
Aos meus amigos da Rural Macuco e PLANTEC.
Aos professores por toda contribuição intelectual.
Aos meus amigos...............
A todos que de alguma forma possa tê-los esquecido mencionar.
A Deus, que nos momentos mais difíceis, fazia com que, ao invés de desistir, eu
conseguisse arranjar forças e perseverar.
3
Dedico este trabalho aos
meus pais, a minha avó
e aos meus amigos pelo
apoio recebido.
iv
4
RESUMO
Existe um aumento na demanda mundial para a produção de leite de alta qualidade,
devido à exigência do consumidor por maior segurança alimentar (MONARDES,
2004). Atributos como a composição química, as propriedades sensoriais (sabor, odor),
o conteúdo microbiano, o número de células somáticas, a presença ou ausência de
adulterantes e de contaminantes são, geralmente, referidos como parâmetros da
qualidade do leite (RIBEIRO et al., 2000). A mastite acarreta sérios prejuízos
econômicos decorrentes da diminuição da secreção láctea, ou da perda total desta
capacidade, além de representar importante problema de Saúde Pública (LEITE et al.
1976; RASOOL et al. 1985).
Palavras-chave: Mastite, qualidade, leite
5
ABSTRACT
There is an increase in global demand for milk production of high quality, due to the
demand of consumers for greater food security (MONARDES, 2004). Attributes such as
chemical composition, the sensory properties (taste, smell), the microbial content, the
number of egg cells, the presence or absence of modifiers and contaminants are usually
referred to as parameters of the quality of milk (RIBEIRO et al., 2000). The mastitis
carries serious economic losses arising from the reduction in milk secretion, or the total
loss of this capacity, and represent important problem of Public Health (LEITE et al.
1976; RASOOL et al. 1985).
Key-words: Mastitis, quality, milk.
6
SUMÁRIO
RESUMO.........................................................................................
Página
V
ABSTRACT.....................................................................................
VI
1 INTRODUÇÃO...........................................................................
9
2 MASTITE.....................................................................................
11
2.1 MASTITE CLINICA...............................................................
12
2.1.1 Mastite Contagiosa
13
2.1.2 Mastite Ambiental
13
2.1.3 Tratamento
15
2.2 MASTITE SUBCLINICA........................................................
17
2.2.1 Tratamento
17
3 ALTERAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS DO LEITE.................................................................
19
4 QUALIDADE DO LEITE..........................................................
20
5 ORDENHA HIGIÊNICA
23
6 INTERFERÊNCIA NA SAÚDE PÚBLICA.............................
26
7 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA...............................................
27
8 CONCLUSÃO.............................................................................
29
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
30
8
1 INTRODUÇÃO
Atualmente está cada vez mais importante a obtenção de um leite de boa
qualidade sendo uma exigência do mercado consumidor, uma necessidade da indústria
de laticínios e uma garantia de permanência no mercado para os produtores leiteiros.
Economicamente, a mastite é a mais importante enfermidade do gado leiteiro,
apresentando alta prevalência em todo o mundo, acometendo não só os bovinos, como
também os caprinos e bubalinos e podendo se manifestar clinicamente com evolução
super-aguda, aguda e crônica (SYAMASUNDAR E CHOUDHUR, 1988). Agravando o
problema, a enfermidade se apresenta também sob a forma subclínica, esta é a mais
prejudicial pela falta de sinais ou sintomas, determinando, porém, perdas econômicas
maiores devido à freqüência e persistência do processo (LANGENEGGER et al., 1981).
A melhoria da qualidade do leite é um desafio para o setor de lácteos, que deseja
oferecer produtos de alto padrão ao consumidor brasileiro, o que já tem melhorado nos
últimos anos com a granelização e maior conscientização por parte dos produtores.
A mastite bovina é considerada a enfermidade mais importante da pecuária
leiteira, sendo discutida desde o século passado devido aos prejuízos que acarreta.
(MATIOLI et al., 2000a).
9
Este trabalho tem por objetivo caracterizar a doença, as perdas econômicas,
métodos de controle e prevenção, sobretudo a influência da doença na qualidade do leite.
10
2 MASTITE
A mastite é um processo inflamatório da glândula mamária acompanhado da
redução de secreção de leite e mudança de permeabilidade da membrana que separa o
leite do sangue. Normalmente é causada pelo desenvolvimento de microrganismos,
principalmente bactérias, no interior da glândula mamária (MACHADO et al., 1998).
De caráter multifatorial, tem grande importância para a pecuária de leite, a
mastite acarreta sérios prejuízos econômicos decorrentes da diminuição da secreção de
leite, ou da perda total desta capacidade, além de representar importante problema de
Saúde Pública (LEITE et al. 1976, RASOOL et al. 1985).
A mastite pode ser clínica ou subclínica (PHILPOT E NICKERSON, 1991). A
forma clínica caracteriza-se por apresentar sinais visíveis; enquanto a forma subclínica
exige o emprego de outros métodos de diagnóstico, como a contagem de células
somáticas (CCS), que é afetada, principalmente, pela infecção intramamária (RENEAU,
1986; HARMON, 1994; MACHADO et al., 2000).
Ambas as formas, clínica e subclínica, afetam a produção e a composição do
leite e de seus derivados, sendo a mastite subclínica a forma mais importante, pois
11
ocorre com maior freqüência, não apresenta sintomas aparentes e normalmente antecede
a clínica, de acordo com Auldist e Hubble (1998) apud Matioli et al. (2000b).
A ordenha de fêmeas infectadas produz um leite que apresenta modificação em
sua composição, alterando conseqüentemente suas características sensoriais, físicas,
químicas e microbiológicas (VIANNI, 1986).
A cultura de amostras de leite de quartos mamários individuais é usada para
determinar a presença de infecção na glândula mamária de vacas leiteiras (BRAMLEY
et al. 1996; SEARS et al. 1993).
2.1.MASTITE CLÍNICA
A mastite, quando na forma clínica, é de fácil diagnóstico e apresenta sinais
clínicos como formação de edema no úbere, endurecimento das glândulas afetadas,
aquecimento do teto infectado, reação ao toque em razão da dor, além da presença de
grumos, filamentos, pus e sangue no leite, que se torna mais aquoso e sofre
descoloração (NASCIF JR., 2001).
A mastite clínica pode apresentar desde alguns coágulos, até soro com
aglomerados de fibrina na secreção (COSTA, 1998).
Pode ser dizer que a mastite clínica é um estágio mais avançado da mastite subclínica, mas agora podendo ser detectado visualmente, sendo então a forma de mastite
mais tratada pelo produtor.
O leite pode se apresentar aquoso, contendo grumos finos, graúdos ou cremosos,
além de outras substâncias, como fibrina, soro, sangue e pus. Pode ou não ter um cheiro
anormal (ROSEMBERG, 1993).
A mastite clínica pode ainda ser subdividida de acordo com o tipo de agente
patogênico causador: mastite contagiosa e mastite ambiental.
12
2.1.1 MASTITE CONTAGIOSA
A mastite contagiosa se caracteriza pela apresentação de baixa incidência de
casos clínicos e alta incidência de casos subclínicos, normalmente de longa duração ou
crônicos e apresentando alta contagem de células somáticas. A mastite contagiosa é
causada por patógenos cujo hábitat preferencial é o interior da glândula mamária e a
superfície da pele dos tetos. (LANGONI, 1997).
Assim, o principal momento de transmissão ocorre durante a ordenha, ela se
manifesta, principalmente, sob a forma subclínica. Para que haja a transmissão, é
necessário que exista um elemento de ligação entre um quarto infectado e um quarto
sadio. Este é um ponto importante, visto que o diagnóstico desse tipo de mastite exige a
realização de exames de CCS (contagem de células somáticas), que muitas vezes é
negligenciado ou desconhecido por parte dos produtores. (LANGONI, 1997; SILVA,
2003). Isso é possível no momento da retirada do leite, pelas mãos do ordenhador e de
teteiras na ordenha mecânica (SILVA, 2003).
Causada por microorganismos bacterianos que são parasitas obrigatórios da
glândula mamária. Estes incluem Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase
negativo, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae e Corynebacteurim
bovis (SILVA, 2003).
2.1.2.MASTITE AMBIENTAL
Causada por microrganismos que vivem no ambiente de ordenha ou de curral,
principalmente no esterco, e até mesmo na água de beber ou limpeza (FONSECA E
13
SANTOS, 2000; LARANJA E MACHADO, 2001; SILVA, 2003). São muitos os
microrganismos, entre eles estão a Escherichia coli, Klebsiella pneumonia, K. oxytoca,
Enterobacter aerogenes, espécies de Citrobacter, Serratia e Proteus, Streptococcus
uberis, S. faecalis, S. faecium e outros Streptococcus, Pseudomonas aruginosa,
Actinomicetales (Arcanobacterium pyogenes, Nocardia asteróides e N. brasiliensis),
leveduras, fungos micelianos e algas (Prototheca zopfi). Os agentes ambientais são
oportunistas (COSTA et al., 2000; REBHUN, 2000; SILVA, 2003).
A E. coli é considerado um dos principais agentes de mastite bovina de origem
ambiental. As infecções estão relacionadas ao comportamento oportunista do agente,
veiculado nas fezes dos animais, pela via ascendente, para o canal galactóforo
(RADOSTITS et al., 2000). O Streptococcus uberis é onipresente em todo o ambiente
de fazenda, devido à contaminação fecal das vacas que abrigam o organismo no rúmen.
Quando ele encontra-se em uma cama contaminada, ambientes sujos e colonizando a
pele ou lesões da teta representa um patógeno potencial (REBHUN, 2000).
O Actinomyces é um organismo cutâneo comum dos bovinos, ele é
rotineiramente isolado dos abscessos, dos ferimentos e de vários tecidos. Sua incidência
da infecção encontra-se aumentada em ambientes sujos, úmidos ou com lama. As
epidemias também são possíveis, atingindo até 25% das vacas secas (REBHUN, 2000).
Geralmente se manifesta em rebanhos bem manejados e com baixa CCS
(Contagem de Células Somáticas). Isso, porque a alta CCS dos rebanhos com problemas
de mastite contagiosa e a alta prevalência de mastite subclínica conferem, uma proteção
parcial contra os agentes ambientais. Convém ressaltar, que uma vez iniciado um
programa de controle, este deve ser integral, abrangendo medidas tanto para a
contagiosa quanto para a ambiental. Pois, quando é adotado um rígido manejo e higiene
na ordenha, sem adoção de medidas de controle do ambiente, pode-se obter queda
14
significativa na CCS, seguida de surtos de mastite clínica aguda causada por patógenos
ambientais (FONSECA E SANTOS, 2000).
Quando ocorre a disseminação das bactérias ambientais na fazenda, todas as
categorias animais estão sob risco: vacas em lactação, vacas secas e novilhas
(LARANJA E MACHADO, 2001).
A mastite ambiental, com freqüência, apresenta alta incidência de casos clínicos,
geralmente agudos podendo ocorrer antes, mas principalmente, após o parto (SILVA,
2003).
A alta quantidade de matéria orgânica e umidade na cama, podem provocar
grande número de bactérias. A feita de areia, geralmente tem menor população
bacteriana e é altamente recomendada, devido ao baixo índice de matéria orgânica.
Independentemente do tipo de material utilizado na cama, devem-se manter os estábulos
limpos e confortáveis (TYLER E CULLOR, 2006).
O método de controle baseia-se na diminuição da exposição das tetas aos
patógenos e o aumento da resistência da vaca às infecções intramamárias (REBHUN,
2000; TYLER E CULLOR, 2006; FONSECA E SANTOS, 2000).
2.1.3.TRATAMENTO
A administração de antimicrobianos pode ser feita pela via intramamária e pelas
vias sistêmicas. A primeira via é um método freqüente de tratar a mastite bovina.
Durante a lactação, o medicamento utilizado deve causar mínima irritação à glândula,
ter concentração inibitória mínima, baixo grau de ligação com o leite e tecidos
glandulares, quimicamente apresentar pouco ionizado, ser lipossolúvel, ser de liberação
rápida após aplicação e ter baixa persistência (FRASER, 2001; SILVA, 2003).
15
As vias sistêmicas devem ser usadas em casos de mastite clínica aguda,
associado ou não ao tratamento intramamário, para evitar bacteremia e septicemia, uma
vez que a intensidade do processo inflamatório determina o aumento da permeabilidade
vascular, facilitando a difusão dos antimicrobianos, e também dos microrganismos.
Além do aspecto antimicrobianos e potência, a boa distribuição do medicamento e sua
difusão para o tecido mamário influenciam no tratamento (ibid).
Em muitas situações é aconselhável o uso da terapia combinada, associando
antimicrobianos que apresentam sinergismos, onde um potencializa a ação do outro
(SILVA, 2003).
O correto é indicar antimicrobiano após o teste de sensibilidade dos
microrganismos ao antibiótico. Na maioria das situações não é possível esperar o
resultado, devendo-se indicar para uso parenteral, intramuscular ou venosa. Alguns
produtos são indicados como a amoxilina, gentamicina, oxitetraciclina de longa ação,
enrofloxacina e outros. Para infusão intramamária, após a ordenha, produtos à base de
gentamicina, lincomicina, penicilina associada à novobiocina, cefalotina ou
cefoperazona entre outros (SILVA, 2003; LANGONI et al., 1991).
A vacinação em alguns casos reduz a prevalência e a gravidade dos quadros
clínicos, como ocorre nas ambientais causadas por coliformes: Escherichia coli,
Klebsiella spp., Enterobacter spp. Podem ser usadas vacinas autóctones, produzidas a
partir de patógenos isolados de surtos na própria fazenda ou vacinas comerciais já
existentes no mercado (MÜLLER, 2002; SILVA, 2003).
As vacas e novilhas devem ser vacinadas no período seco, entre trinta e sessenta
dias antes da parição, e posteriormente, seis meses. Em relação ao controle da mastite
causada por S. aureus, sobre vacinação, tem notado resultados promissores (SILVA,
2003).
16
2.2.MASTITE SUBCLÍNICA
A mastite subclínica ocorre em todos os rebanhos leiteiros do Brasil. Vários
levantamentos realizados de 1970 até hoje apontam alta incidência desta doença, com
índices variando de 11,9% a 58,8% de vacas infectadas por rebanho (LANGENEGGER
et al., 1970; NADER FILHO et al., 1985; LARANJA E MACHADO, 1994). Além da
produção de leite, outras características produtivas como a produção de gordura e a
duração da lactação também são afetadas (MACHADO et al., 1993; GADINI et al.,
1997; NORMAN et al., 1999).
Caracterizada por alterações na composição do leite, tais como aumento na
contagem de células somáticas (CCS), aumento nos teores de Cl-, Na+ e proteínas
séricas, diminuição nos teores de caseína, lactose e gordura do leite (FONSECA E
SANTOS, 2000; LIBERA et al., 2001). Neste tipo de mastite não existem sinais
evidentes da doença, necessitando de exames auxiliares para poder diagnosticar
(ROSEMBERG, 1993; FONSECA E SANTOS, 2000), sendo estes a CCS, o California
Mastitis Test (CMT) e o Wisconsin Mastitis Test (WMT), segundo Fonseca e Santos
(2000).
2.2.1.TRATAMENTO
De acordo com Silva (2003), a terapia antimicrobiana de escolha deverá sofrer
influência do perfil microbiológico do rebanho, pelas propriedades farmacológicas
disponíveis e pela realidade financeira da propriedade. Durante a lactação apresenta
resultados variáveis quanto ao sucesso das terapias. Trabalhos realizados na fase inicial
17
de lactação, em vacas infectadas por S. aureus, E. coli e Proteus spp., apresentam índice
de recuperação entre 85% e 79%, após tratamento com cloranfenicol e gentamicina,
respectivamente.
Em alguns casos, devem ser feitos o mapeamento do rebanho e o tratamento de
todas as vacas em lactação, com mastite subclínica, demonstrando ser economicamente
viável. Só terão impactos econômicos se proporcionarem o rápido retorno desses
animais para produzir leite de qualidade (SILVA, 2003; FRASER, 2001).
18
3 ALTERAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE
Segundo o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal (BRASIL, 1997) o leite bovino é considerado normal quando apresenta
valores de acidez entre 15 e 20º D (graus Dornic); teor de gordura mínima de 3%;
extrato seco desengordurado mínimo de 8,5%; extrato seco total mínimo de 11,5%;
índice crioscópico mínimo de 0,550º C; pressão osmótica 700 Osm e densidade a 15º C
entre 1,028 e 1,033 g/ml. As particularidades físico-químicas podem ser alteradas
devido a alguns fatores como nutricionais, ambientais, fraudes do produto dentre outros
(GARRIDO et al., 2001).
Segundo Silva (1991), concluiu que durante o processo infeccioso, a acidez
titulável, sólidos não gordurosos e totais e densidade tiveram seus valores diminuídos,
enquanto que os teores de cloretos, gordura e proteínas totais elevaram seus valores,
quando comparados com seus controles.
Quando amostras do leite de vacas com mastite subclínica foram submetidas às
determinações de acidez, teor de gordura, densidade, extratos seco total e
desengordurado, proteínas totais e teor de cloretos, esse último possuía os maiores
valores médios e os demais apresentavam os menores quando comparados ao leite de
quartos normais (VIANNI E NADER FILHO, 1990).
19
4 QUALIDADE DO LEITE
O leite é uma emulsão de glóbulos graxos, estabilizados por substâncias
albuminóides num soro que contêm em solução um açúcar e lactose, matérias protéicas,
sais minerais e orgânicos e pequena quantidade de vários produtos, tais como: lecitina,
uréia, aminoácido, ácido láctico, ácido acético, álcool, lactocromo, vitaminas, enzimas,
etc. (BEHMER,1978).
Os critérios indicativos da alta qualidade higiênica do leite cru incluem baixo
número de microrganismos saprófitas e ausência ou número muito pequeno de
microrganismos patogênicos (HEESCHEN, 1996). Três fontes de contaminação
microbiana do leite cru são reconhecidas: o interior da glândula mamária, o exterior do
úbere e das tetas e os equipamentos de ordenha e de armazenamento do leite
(SLAGHUIS, 1996). Diferenças na contaminação das tetas podem ser encontradas em
vacas mantidas estabuladas ou a pasto, sendo consideradas importantes fontes de
contaminação materiais usados como cama e ração (nos sistemas estabulados) e as
fezes, nas duas situações (SLAGHUIS, 1996).
No Brasil, o controle de qualidade do leite tem se restringido, historicamente, a
uma atividade de vigilância contra tentativas de fraudes/adulterações do produto
entregue às usinas. Raros são os exemplos de iniciativa no sentido de se analisar o
produto qualitativo, avaliando-se os aspectos físico-químico e sensorial. Ultimamente,
usinas beneficiadoras começaram a adotar programas de pagamento diferenciados pelo
teor de gordura do leite. Nos programas de incentivo à produção de leite de alta
qualidade nos Estados Unidos, os parâmetros utilizados são CCS, a Contagem Padrão
em Placas (SPC, “Standard Plate Count”), o teor de proteína e o ponto crioscópico.
20
Estes parâmetros são considerados, em função de estarem fortemente ligados a
aspectos como o rendimento industrial dos produtos derivados e a qualidade do produto
final, que em última análise, são os principais fatores a serem considerados em uma
economia moderna e competitiva. Entre os parâmetros de qualidade do leite, a
determinação dos componentes principais que denotam a integridade, o potencial
industrial do produto e a Contagem de Células Somáticas (CCS), que monitora o nível
de mastite e danos correspondentes à qualidade do leite, são os critérios que mais vêm
sendo utilizados para pagamentos por qualidade na maioria dos países (FONSECA E
SANTOS, 2000).
Altas CCS ocasionam diversas mudanças na composição do leite, afetando sua
qualidade, pois alteram a permeabilidade dos vasos sangüíneos da glândula e reduzem a
secreção dos componentes do leite sintetizados na glândula mamária (proteína, gordura
e lactose) pela ação direta dos patógenos ou de enzimas sobre os componentes
secretados no interior da glândula (MACHADO et al., 2000; SANTOS, 2002).
Sabe-se que a alta CCS no leite não consiste em fator de risco para a saúde do
consumidor, uma vez que os patógenos são destruídos no processo de pasteurização.
Porém, as enzimas microbianas não são destruídas neste processo e permanecem nos
produtos lácteos, diminuindo o seu tempo de vida útil. Portanto, segundo Philpot
(1991).
O exame microbiológico do leite do tanque oferece vantagens, é importante
salientar que ele não substitui o exame de animais ou quartos mamários individuais no
diagnóstico das infecções intramamárias. Pode ser considerado um instrumento útil para
a monitorização de programas de controle de mastite, mas os resultados obtidos não
podem ser usados para predizer o número de quartos mamários infectados no rebanho
(GONZALEZ et al. 1986; BARTLETT et al. 1991).
21
A higienização das tetas antes da ordenha contribui para melhorar a qualidade do
leite e para prevenir e controlar as infecções da glândula mamária (PANKEY, 1989). Os
cuidados higiênicos atualmente recomendados para o período da ordenha baseiam-se em
estudos e procedimentos que contemplam o manejo e os equipamentos da ordenha
mecanizada (HILLERTON, 1996). A maioria das vacas leiteiras do mundo são ainda
ordenhadas manualmente (HOMAN E WATTIAUX, 1995).
22
5 ORDENHA HIGIÊNICA
A ordenha é a fase mais importante da produção de leite, pois podemos controlar a
mastite e possibilitar a melhoria da qualidade do leite (MÜLLER, 2002).
Deve ser realizada por pessoas treinadas, destacando os princípios de higiene, fisiologia
da lactação, funcionamento e manutenção do equipamento (MÜLLER,2002).
Existem algumas maneiras corretas no manejo, como os procedimentos de desinfecção
dos tetos antes da ordenha, estimulação da ejeção, extração eficiente e rápida do leite e
desinfecção dos tetos após a ordenha (FONSECA E SANTOS 2000). Os tetos e a parte inferior
do úbere devem ser lavados com água corrente de boa qualidade ou água clorada e secar com
papel-toalha descartável (SILVA, 2003). Esses procedimentos constituem a melhor estratégia na
prevenção da transmissão de agentes contagiosos e ambientais durante todo o processo.
É importante saber que o manejo de ordenha não possue um padrão. Assim deve ser
adaptado à realidade de cada propriedade.
A rotina pode ser estabelecida da seguinte maneira:

Estabelecer uma linha de ordenha: novilha de primeira cria; vacas que nunca
tiveram mastite; vacas que tiveram mastite clínica há mais de 6 meses; vacas que
tiveram mastite clínica nos últimos 6 meses; separar do rebanho vacas com mastite
clínica (SILVA, 2003);

Realizar diariamente o teste da caneca de fundo escuro, retirado nos primeiros jatos.
Este teste permite o diagnóstico da mastite clínica e diminui o índice de
contaminação do leite (MÜLLER, 2002);

Fazer a imersão dos tetos em solução desinfetante;

Utilizar o papel toalha descartável para fazer a secagem dos tetos;

Colocar as teteiras e ajusta-las;

Retirar as teteira após terminar o fluxo de leite;

Fazer a imersão dos tetos em solução desinfetante;

Recomenda-se fazer a desinfecção das teteiras entre as ordenhas.
23
Alguns critérios são essenciais para diminuir os casos de mastite clínica. São eles:

Pré-dipping;

Pós-dipping;

Terapia da Vaca Seca;

Tratamento da mastite durante a lactação e estratégias de descarte;

Manutenção adequada dos sistemas de ordenha e

Estratégias de aumento da resistência da vaca.
No pré-dipping, deve-se fazer a imersão dos tetos em solução desinfetante antes da
ordenha, usando uma solução eficaz, na diluição certa e que não seja irritante para a pele. Deve
acabar com todas as bactérias de pele e atuar preferencialmente até a próxima ordenha (SILVA,
2003).
Um dos produtos utilizados para a desinfecção das tetas é o cloro na concentração de
0,85 a 1,25 (KRUZE, 1998). Ocorre uma redução em até 50% na taxa de novas infecções
(MÜLLER, 2002).
No Pós-dipping, a imersão dos tetos deve ser feita em solução anti-séptica depois da
ordenha (FAGUNDES E OLIVEIRA, 2004). Essa é considerada uma medida prática,
econômica e eficaz para o controle da mastite, reduzindo mais de 50% das novas infecções
intramamárias durante a lactação. No entanto, sua eficácia contra alguns tipos de mastite não
tem sido comprovada, principalmente aquelas causadas por Streptococcus uberis e coliformes
(SILVA, 2003).
Um dos produtos utilizados para este procedimento é a soluçào à base de iodo entre
0,5% e 1% associados com glicerina. As soluções à base de clorexidine a 0,5% também são
usadas (SILVA, 2003).
Os emolientes, tais como glicerina, lanolina, propilenoglicol e outros são acrescentados
a muitos banhos de imersão da teta, para evitar um ressecamento excessivo da pele (REBHUN,
2000; SILVA, 2003). As altas concentrações de alguns emolientes podem reduzir a atividade
germicida dos banhos de imersão (REBHUN, 2000).
24
As vacas devem ter acesso ao alimento depois da retirada do leite, para mantê-las em pé
até que a extremidade da teta se seque e o canal estriado se feche completamente. Essa técnica
ajuda a impedir uma contaminação ambiental imediatamente após a ordenha (REBHUN, 2000).
25
6 INTERFERÊNCIA NA SAÚDE PÚBLICA
É crescente a preocupação com a qualidade dos produtos de origem animal em
outros países (MONARDES, 2004), embora relativamente incipiente no Brasil. A
qualidade do leite pode ser definida em termos de sua integridade, ou seja, sem sofrer
adição de substâncias e/ou remoção de componentes; de sua composição química,
características físicas e livre de deterioração microbiológica e presença de patógenos
(DÜRR, 2004).
O leite é considerado como o produto mais nobre dos alimentos por ser rico em,
proteína, gordura, carboidratos, sais minerais e vitaminas (OLIVEIRA et al., 1999).
Do ponto de vista da saúde pública, o leite possui um lugar importante em
nutrição humana. Sendo assim, deve estar em condições adequadas para tal, com muitos
fatores podendo interferir nas suas características microbiológicas, dentre os quais se
destaca a mastite (RIBEIRO et al., 2002).
26
7 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Dentre as diferentes doenças microbianas, a mastite bovina é a de maior impacto
econômico na pecuária leiteira pelos prejuízos que causa ao produtor e à indústria de
produtos lácteos. Produtores e técnicos, normalmente, adotam medidas preventivas para
as vacas em lactação (HALLBERG et al., 1995).
A mastite acarreta sérios prejuízos econômicos decorrentes da diminuição da
secreção láctea, ou da perda total desta capacidade, além de representar importante
problema de Saúde Pública (LEITE et al. 1976; RASOOL et al. 1985).
Alguns estudos mostram um prejuízo de aproximadamente US$ 200/vaca/ano
somente em função da ocorrência de mastite (NATIONAL MASTITIS COUNCIL,
1996). A doença requer gastos representados principalmente por 70% de perda devido à
redução na produção dos quartos com mastite subclínica; 8% pela perda do leite
descartado por alterações e/ou pela presença de resíduos após tratamento; 8% pelos
gastos com tratamentos, honorários de veterinários, mais despesas com medicamentos;
14% por morte ou descarte animal ou ainda pela desvalorização comercial do animal,
por quartos afuncionais ou atrofiados (COSTA, 1998).
Nos EUA, segundo Bramley et al. (1996) estimaram prejuízo anual de 2 bilhões
de dólares. No Brasil, essas informações são muito inconsistentes, entretanto, Costa et
al. (1999), trabalhando com rebanhos leiteiros dos estados de São Paulo e Minas Gerais,
estimaram perdas pela doença de US$ 317,93/vaca/ano e prejuízos de US$
20.611,32/propriedade/ano.
Para o produtor, altas CCS significam menor retorno econômico, em decorrência
da redução na produção, dos gastos com medicamentos e também das penalidades
aplicadas pelos laticínios. Para a indústria, significam problemas no processamento do
27
leite e redução no rendimento, em razão dos teores inferiores de caseína, gordura e
lactose, que resultam em produtos de baixa qualidade e estabilidade (BRITO, 1999).
Por esses motivos, alguns laticínios têm utilizado sistemas de bônus ou
penalidades para estimular a produção de leite com baixa CCS (EDMONDSON, 2002),
nos quais o produtor recebe bonificação de até 6% no preço pago pelo leite com CCS
abaixo de 200.000 cel/mL e penalização de até -6% pelo leite com CCS acima de
750.000 cel/mL (NOTICIÁRIO TORTUGA, 2003).
28
8 CONCLUSÃO
A demanda de leite aumenta assustadoramente, para atender esta questão é
preciso aumentar muito a produção, se necessita de altos investimentos, assim existe a
relevância de diminuir as perdas antes de aumentar a produção, dando condição aos
produtores de investir em suas propriedades.
A mastite é uma enfermidade que provoca muitas perdas para o produtor de leite
e seus derivados. Assim é importante aprender como diminuir sua incidência para evitar
perdas de quantidade e qualidade do leite.
O controle não é difícil, porém requer muitas medidas e responsabilidade para
que este controle seja satisfatório.
O uso de antimicrobianos é importante no controle da doença. Porém devem ser
usados de forma adequada, e com recomendação de Médicos Veterinários.
O manejo na fazenda influi fortemente na ocorrência da mastite, assim a ordenha
deve ser bem feita, de forma higiênica e controlada, independente do tipo de
equipamento utilizado e do tamanho do rebanho.
Para que as perdas sejam reduzidas e a mastite seja bem controlada é preciso que
o produtor tenha consciência de que a qualidade é muito importante, e que trará
benefícios para seu rebanho, aumentando sua renda e expandindo a comercialização do
País.
29
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MASTITE: REVISÃO Thiago Ramos Pinto