PERFIL DA ENFERMAGEM DA CENTRAL DE MATERIAL EM UM HOSPITAL MUNICIPAL Geiza Mara Cardoso Izabella Chrystina Rocha Luciana Mendonça de Arruda Nádia Falcão Álvares Ricardo Martins Barbosa Na Central de Material e Esterilização (CME) são desenvolvidas atividades essenciais ao funcionamento de um hospital utilizando-se recursos e equipamentos complexos requerendo, por isso, qualificação profissional e competência para sua execução. Assim, é necessário ao trabalhador da CME conhecimento mínimo para sua segurança e dos que direta ou indiretamente se beneficiam com seu trabalho. Objetivo: conhecer o perfil do trabalhador da CME nos aspectos sócio-demográfico, formação e atuação profissional voltados à unidade hospitalar em questão, bem como os critérios de elegibilidade do mesmo para atuação no setor em questão, além de suas capacitações e treinamentos. Metodologia: trata-se de um levantamento transversal, quantiqualitativo, descritivo-exploratório cuja coleta de dados se deu por questionário estruturado de elaboração própria, contendo questões abertas e fechadas subdivididas em três partes distintas: identificação e dados pessoais, dados profissionais e dados relativos à CME. A amostra, correspondendo a oito indivíduos, é caracterizada pelos profissionais que compõem a equipe de trabalho destinada à CME do Pronto Socorro de Barra do Garças – MT, que executam atividades diretamente relacionadas ao setor em questão, excluindo-se dela o profissional Enfermeiro uma vez que atua na supervisão das atividades desenvolvidas e não na execução das mesmas. Resultados: verificou-se que 100% da amostra é do sexo feminino, média de 51 anos de idade, 83% são técnicas de enfermagem, sendo que 13% não tem curso na área da enfermagem. Detectou-se que 25% possuem vínculo institucional como auxiliar de serviços gerais não condizente com as atividades que executam na CME. A remuneração da metade da amostra gira em torno de dois salários mínimos, sendo que 75% têm esta como única fonte de renda. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais e em média estão há 11 anos na instituição. Assim, 65% foi alocada para a CME por indicação da chefia devido a necessidades institucionais e todas, 100%, tiveram como instrução inicial o repasse informal de rotinas pelas colegas do setor, 63% referiu não ter recebido nenhum tipo de treinamento para atuar especificamente na CME no momento de sua admissão no setor e das que o referiram, esse treinamento foi dado por profissional de nível médio. Conclusão: considera-se urgente a necessidade de um Enfermeiro específico para este setor, melhor definição dos métodos de alocação dos funcionários para o mesmo, a sensibilização da equipe multiprofissional da instituição sobre a importância das atividades desenvolvidas na CME, bem como o melhoramento dos processos de trabalho que estão diretamente ligados à qualificação dos recursos humanos envolvidos. Referencias BARTOLOMEI, S. R. T.; LACERDA, R. A. Trabalho do enfermeiro no Centro de Material e seu lugar no processo de cuidar pela enfermagem. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 40, n. 3, 2006. COSTA, J. A. Atividades de Enfermagem no Centro de Material e Esterilização: subsídios para o dimensionamento de enfermagem. Dissertação (mestrado). Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009.