1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE – FAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E CONTROLADORIA CLÁUDIA CAVALCANTE LIMA SABÓIA CONCILIAÇÃO CONTÁBIL NAS ATIVIDADES DE RETAGUARDA: APOIO E SUPORTE AO AUTOATENDIMENTO BANCÁRIO (BACK – OFFICE) Fortaleza – CE 2013 2 CLÁUDIA CAVALCANTE LIMA SABÓIA CONCILIAÇÃO CONTÁBIL NAS ATIVIDADES DE RETAGUARDA: APOIO E SUPORTE AO AUTOATENDIMENTO BANCÁRIO (BACK – OFFICE) Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Especialista em Auditoria e Controladoria da Faculdade Cearense, sob a orientação metodológica da Professora Dra. Márcia Maria Machado Freitas. Fortaleza – CE 2013 3 CLÁUDIA CAVALCANTE LIMA SABÓIA CONCILIAÇÃO CONTÁBIL NAS ATIVIDADES DE RETAGUARDA: APOIO E SUPORTE AO AUTOATENDIMENTO BANCÁRIO (BACK – OFFICE) Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Especialista em Auditoria e Controladoria da Faculdade Cearense, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data da aprovação: 12/09/2013 Banca Examinadora: ___________________________________________________ Prof. Dra. Márcia Maria Machado Freitas Orientadora ___________________________________________________ Prof.(a) Dra. Liliana Farias Lacerda ___________________________________________________ Prof.(a) Ms. Francisco Almeida Barroso 4 “Leve na sua memória, para o resto da sua vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo”. (Autor Desconhecido) 5 AGRADECIMENTO Agradeço a Deus em primeiro lugar pelo dom da vida. Meu agradecimento especial a minha mãe, Maria Cavalcante Vale de Lima, meu esposo Francisco Carlos Neto e aos meus filhos queridos Thays Cavalcante Lima e Matheus Cavalcante Lima pelo ânimo nos momentos difíceis e pela capacidade de gerarem em mim uma disposição nova a cada dia para permanecer firme até o fim. 6 Dedico este trabalho ao egrégio docente que passou por esta terra, Jesus Cristo, o qual através dos seus ensinamentos transformou e ainda transforma a vida de muitas pessoas com sua majestosa e poderosa pedagogia do caminho, da verdade e da vida, Ele que nos ensinou com maestria e simplicidade a conjugar o verbo amar. 7 RESUMO A crescente presença da tecnologia que permite uma vida mais fácil faz com que as pessoas utilizem cada vez mais os canais alternativos de autoatendimento bancário, os caixas eletrônicos. Portanto busca-se responder a seguinte questão: qual a importância da conciliação contábil nas atividades de retaguarda apoio e suporte ao autoatendimento bancário? Pois, sabe-se que são diversos serviços que podem ser utilizados, com a finalidade de não gerar prejuízos financeiros, quer seja para usuários ou clientes. Bem como para as Instituições Financeiras, fazendo parte da rotina de Controle Interno e procurando analisar as consultas e reclamações desses clientes conforme o Código do Consumidor Bancário. A presente pesquisa teve como objetivo geral compreender a conciliação contábil nas atividades de retaguarda- apoio e suporte ao autoatendimento bancário (back – office). Os objetivos específicos buscam contextualizar a história da entidade financeira em estudo e sua importância na vida dos brasileiros como instituição pública; Verificar como se caracteriza o funcionamento de terminais de autoatendimento bancário. Discutir o desafio da Instituição Financeira em gerenciar os seus riscos operacionais em decorrência de falhas em um sistema aplicativo que impossibilite a sua utilização por um determinado período de tempo, utilizando a conciliação contábil para efetivação dos resultados, atingindo assim ao que o mesmo se propôs. A metodologia proposta foi bibliográfico pautados em autores contemporâneos que tratam da temática em estudo. Os resultados apontam que a conciliação contábil nas atividades de retaguarda apoio e suporte ao autoatendimento bancário é com certeza o canal de efetivação entre o cliente e instituição financeira, e, que a qualidade deste serviço implica em clientes fidelizados. Palavras-Chave: Autoatendimento. Conciliação Bancária. 8 ABSTRACT The increasing presence of technology that allows an easier life makes people increasingly use alternative channels of self-service banking, ATMs. Therefore we seek to answer the following question: what is the importance of accounting reconciliation activities support and rear support self-service banking? Because it is known that there are several services that can be used in order not to generate financial losses to either users or customers. As well as for financial institutions as part of routine Internal Control and trying to analyze the queries and complaints of these clients as Consumer Banking Code. This research aimed to understand the accounting reconciliation activities rear-support and support self-service banking (back - office). Specific objectives seek to contextualize the history of financial entity under study and its importance in the lives of Brazilians as a public institution , as characterized Check the operation of self-service banking terminals. Discuss the challenge of the financial institution to manage its operational risks due to failures in an application system that prevents its use for a certain period of time, using the accounting reconciliation for effective results, thereby achieving what it has set itself. The proposed methodology was guided by literature on contemporary authors dealing with the subject under study. The results indicate that the accounting reconciliation activities support and rear support self-service banking is certainly the effective channel between the client and the financial institution and the quality of this service implies loyal customers. Keywords: ATM. Bank Reconciliation. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES QUADRO 1: Ciclo da Tecnologia nas Instituições Financeiras .................................49 FIGURA 1. Fluxograma da sequencia causa-efeito na Gestão do Risco Operacional ..................................................................................................................................51 10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................11 1.1 Problematização ........................................................................................14 1.2 Objetivos ....................................................................................................14 1.2.1 Objetivo geral.......................................................................................14 1.2.2 Objetivos específicos ...........................................................................15 1.3 Relevância do tema e justificativa ...............................................................15 1.4 Delimitação da pesquisa .............................................................................16 2. CONTABILIDADE: ASPECTOS HISTÓRICOS ...................................................17 2.1 Panorama histórico da contabilidade no brasil ...........................................19 2.2. Controladoria: aspectos conceituais .........................................................20 2.3 Controle Interno: ferramenta de gestão de qualidade ................................22 2.4 Conceituando controles internos ................................................................24 2.5 A importância da implantação do controle interno .....................................27 2.6 Órgãos que tratam dos controles internos voltados para os sistemas contábeis...........................................................................................................30 2.7 Conciliação bancária: Conceitos e objetivos ...............................................31 2.8 Aspectos gerais da conciliação contábil .....................................................32 2.9 Instituições financeiras / autoatendimento ..................................................34 2.10 Banco central ............................................................................................38 2.11 Conselho da Basileia ...............................................................................40 3. METODOLOGIA ..................................................................................................43 4.SERVIÇOS DE AUTOATENDIMENTO BANCÁRIO: EFICIÊNCIA E EXCELÊNCIA ..................................................................................................................................47 4.1 Operações eletrônicas e seus reflexos .......................................................48 4.2 Atividades das unidades de retaguarda ......................................................49 4.3 Qualidade no atendimento ..........................................................................52 5.CONCLUSÃO ........................................................................................................55 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................57 11 1. INTRODUÇÃO Diante do novo panorama e com o acelerado desenvolvimento das Tecnologias da Informação (TIC), consequentemente, com o avanço das redes de comunicação que acontecem atrelados e impostos pelo fenômeno da globalização, tal feito exige que as pessoas e as empresas tenham uma nova postura diante da vida e das organizações porque o mercado deixou de ser um ambiente restrito a um país, ou mesmo a um estado, para ser global tendo em vista os avanços tecnológicos que possibilitam a inter-relação entre organizações de maneira simultânea, em tempo real. Marshall (2002 apud Salzano 2004, p. 11) ressalta que a globalização trouxe uma maior abertura à entrada de novos concorrentes no mercado financeiro. Em função da maior competitividade instalada entre os bancos e até mesmo entre bancos e instituições financeiras não bancárias que estão paulatinamente adentrando-se ao negócio, houve uma tendência de buscar-se uma diversificação mais ampla a fim de gerar maior valor aos acionistas. Nesse contexto, com o advento da tecnologia as instituições financeiras buscam estratégias de redução de custos e, consequentemente, maior velocidade em suas operações. A instituição financeira, objeto do presente estudo, na década de 80, implantou em todo o país os terminais de autoatendimento, que permitia uma interação direta com o banco através da máquina, sem a efetiva presença física de um funcionário. Com esta nova situação, os clientes encontraram nos terminais de autoatendimento uma desburocratização e quando comparado ao atendimento nos caixas físicos, era um gerador de facilidades e diminuição de tempos em filas, tendo como diferencial que os mesmos tinham um banco disponível 24 horas, fato que elevou a demanda do uso desses terminais como facilitador da vida moderna e que, paradoxalmente, também trouxe algumas situações desconfortáveis para os usuários a exemplo de inconsistência nos dados, fato gerador de erros. Para tanto as instituições bancárias com a intenção de minimizar esses erros e tornar o serviço dentro dos padrões de qualidade da instituição, tem em seu 12 atendimento físico o sistema de serviços de retaguarda bancária, ou “Back Office1” que consiste na conciliação e resolução de possíveis problemas advindos de transações financeiras que ocorrem nos autoatendimentos. Um dos atributos que é definido pelo Back Office como produto da área de serviços de retaguarda bancária é o baixo, ou nenhum contato com o cliente enquanto processo produtivo. Corrêa e Caon (2002) nos esclarecem que: O tipo e o tempo de contato com o cliente durante o processo produtivo assumem um papel de referencial para se definir que tipo de serviço é prestado. Para atividades onde haja alto contato com o cliente no processo produtivo é adotado, mais comumente, o nome de “serviços de linha de frente” ou front office. Já para os serviços onde é baixo este contato, adotase a designação de “serviços de retaguarda” ou back office. Nesse contexto a temática da conciliação contábil e operacional executado por colaboradores da área da retaguarda, faz parte da rotina de controles internos e é de fundamental importância para a segurança das operações, mitigando riscos e contribuindo para os resultados, tendo como objetivo precípuo a qualidade na prestação dos serviços e, consequentemente, uma maior adesão de clientes. Isso, posto, com a abertura do mercado financeiro e a facilidade que hoje as instituições bancárias oferecem na abertura de novas contas, o perfil desse novo investidor está atrelado a uma visão moderna do conceito de produto e serviço. Não é mais uma prerrogativa das organizações apenas colocar no mercado seus produtos e vendê-lo, há agora toda uma preocupação para saber se o produto ou o serviço está atendendo as reais necessidades dos consumidores, principalmente quando se trata de serviços bancários. Ainda no que se refere à qualidade na prestação de serviços bancários, no que tange aos caixas eletrônicos Kotler (2001) esclarece que a satisfação das necessidades e interesses dos clientes se constitui como fator importante para a obtenção de um desempenho lucrativo para as empresas. No caso dos bancos, com 1 Backoffice é um termo para designar os serviços que são feitos "por trás" do serviço principal, ou seja, os serviços necessários para que o escritório possa oferecer seus serviços principais (MOREIRA, 1991). 13 tanta similaridade entre os serviços prestados, o diferencial para o cliente passa a ser a qualidade com que esses serviços são prestados. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN, 2007) o mesmo ressalta sobre a questão a qualidade na prestação dos serviços da seguinte forma: A importância dos bancos na vida do Brasil e dos brasileiros exige, da comunidade financeira, desafios constantes para a melhoria dos serviços oferecidos a seus clientes. Conscientes de suas responsabilidades, as instituições bancárias têm investido significativamente em ações destinadas a oferecer atendimento personalizado e de alta qualidade a todos os seus clientes e usuários. Somadas à oferta de produtos e serviços inovadores, essas medidas elevam o relacionamento dos bancos com seus públicos ao patamar de transparência e confiança exigido pelo ambiente econômico do país, cada vez mais moderno e vibrante. A presente pesquisa está estruturada em 5 (cinco) capítulos, onde se inicia com a introdução abordando os aspectos: problemática, objetivos gerais e específicos, relevância do tema, justificativa, delimitação da pesquisa, bem como a metodologia proposta para a mesma. O capítulo 2 (dois) trata dos aspetos teóricos da pesquisa, definindo temas relativos à Conciliação Contábil e Operacional como parte do Sistema de Controles Internos e dos pressupostos sobre o atendimento de retaguarda, especificando o tratamento dado ao autoatendimento e como é o desenvolvimento por trás dessas máquinas. O trabalho aborda ainda os conceitos relativos a normas e padrões de funcionamento das instituições bancárias, entre elas decretos do Banco Central do Brasil (BACEN) e Conselho de Basiléia, entre outras que normatizam as ações das instituições financeiras. O capítulo 3 (três) traz especificamente os conteúdos metodológicos para o desenvolvimento da pesquisa, sua classificação tipo (básica ou aplicada) (exploratório, experimental, descritivo) e sua abordagem (qualitativa, quantitativa) e delineamento (estudo de caso, documental, bibliográfico). O capítulo trata ainda da estratégia do trabalho, ou seja, método, passo a passo para a aplicação do estudo, onde serão abordados temas sobre a história da instituição em estudo, bem como a sua importância, na vida dos brasileiros como instituição pública, as variáveis dos resultados e discussões, bem como a conclusão do mesmo. 14 O quarto capítulo trata dos meios da pesquisa sendo um estudo bibliográfico, por pesquisar em material escrito e em meio virtual, a fundamentação teórico-metodológica do estudo. O quinto capítulo traz nas considerações finais, a impressão da autora sobre o tema estudado, bem como suas sugestões para estudos futuros. Conclui-se o trabalho com as referências bibliográficas que foram utilizadas para embasar as ideias centrais dos autores a respeito da temática. 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO Como já citado, com a chegada e consequente evolução das tecnologias da informação as instituições financeiras a exemplo dos bancos, foram impulsionadas a buscarem estratégias de facilitação do uso dos serviços de autoatendimento com a implantação de caixas eletrônicos em detrimento do uso de serviços físicos, ou seja, o uso dos caixas de autoatendimento como pressuposto na busca de oferecer produtos e serviços com mais qualidade e a preços competitivos. O uso dos sistemas de autoatendimento foi pensado, tanto para comodidade do cliente, na diminuição de esperas em longas filas, tanto quanto para a minimização de custos da instituição que são geradas no atendimento físico. Nesse sentido, a problemática proposta para esse trabalho está embasada nos prepostos de que, no caso de uma pane tecnológica ou até mesmo se ocorrer uma falha em um sistema aplicativo que impossibilite a sua utilização por um determinado período de tempo: Qual a implicação para as operações contábeis da instituição em detrimento de uma pane tecnológica e o papel da gerência de retaguarda para a resolução dos problemas efetivados? 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL Compreender a conciliação contábil nas atividades de retaguarda- apoio e suporte ao autoatendimento bancário (back – office). 15 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Contextualizar a história da entidade financeira e sua importância na vida dos brasileiros como instituição pública; Verificar como se caracteriza o funcionamento de terminais de autoatendimento bancário. Discutir o desafio da Instituição Financeira em gerenciar os seus riscos operacionais em decorrência de falhas em um sistema aplicativo que impossibilite a sua utilização por um determinado período de tempo, utilizando a conciliação contábil para efetivação dos resultados. 1.3 RELEVÂNCIA DO TEMA E JUSTIFICATIVA O panorama em que as Instituições Financeiras têm conduzido atualmente os seus investimentos em tecnologia, possui características bastante diferentes das apresentadas há algumas décadas. Segundo análise feita por Marshall (2002, pág. 3,7), esta mudança de ambiente acarretou profundas implicações para as suas operações, que foram alteradas drasticamente, tornandose muito mais complexas. Ainda segundo Marshall (2002), alguns fatores foram os direcionadores desta mudança, entre os quais: a desregulamentação, a globalização e a desintermediação. Outros fatores foram os facilitadores desta mudança, como por exemplo, pode-se destacar a Tecnologia da Informação (TI). Nesse contexto tanto a relevância como a justificativa para o estudo está no fato de haver, em alguns momentos da transação de autoatendimento inconsistência na liberação de cédulas, e este fato é que mais comumente acontece nesse modelo de transação bancária. A mesma acontece quando um cliente tenta efetivar um saque, a máquina registra a operação e não libera o dinheiro. Em alguns casos, quando se trata de saques de contas, a regularização é automática, ou seja, o próprio sistema desfaz a operação e no prazo máximo de 48 horas o valor retorna à conta do cliente. Porém, na maioria das vezes é necessária a identificação dessa ocorrência pelo profissional responsável pelo controle do autoatendimento, 16 verificação do valor e conta envolvidos e finalmente a contabilização e devolução do valor ao cliente. A pendência de valor debitado e não liberado ou liberado e não baixado dos sistemas operacionais, pode ocorrer não só com saque em conta, mas também com saque de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Programa Integração Social (PIS),Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), benefícios sociais, Seguro Desemprego. Tudo tem que ser analisado, identificado, conferido os dados minuciosamente para a realização da conciliação contábil e a regularização satisfatória da pendência contábil, evitando assim custos e despesas para o banco e procurando compreender até que ponto é exequível a mensuração destes riscos? O quanto se perde por uma operação bancária ficar “fora do ar” por alguns minutos é mensurável? Qual é a probabilidade que ocorra este tipo de falha no sistema? E finalmente, como evitar ou diminuir estes riscos? 1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA Para que os objetivos propostos na pesquisa sejam alcançados, ou seja, analisar qualitativamente a conciliação contábil através das atividades de retaguarda- apoio e suporte ao autoatendimento bancário (back – office) no que se refere aos eventos de inconsistência de dados no uso de caixas eletrônicos da instituição, a pesquisa pretende demonstrar, como esta reflete no resultado financeiro, e quais consequências esses eventos acarretam para a instituição. A metodologia proposta para o estudo está embasada em cunho bibliográfico, contemplando autores contemporâneos que tratam da temática, bem como artigos científicos, internet e revistas especializadas. O trabalho em si busca contribuir através de seus resultados a compreensão da realidade no que se refere aos serviços de autoatendimento bancários e, quais políticas de melhorias essas instituições podem alavancar para que o autoatendimento gere nos clientes e instituição os objetivos propostos pela mesma. Ou seja, confiança e credibilidade da marca. 17 2. CONTABILIDADE: ASPECTOS HISTÓRICOS A história da Contabilidade confunde-se com a história da evolução humana. Ao longo da sua existência, a Contabilidade passa por períodos importantes, que são identificados de marcos históricos que os caracteriza. Segundo informa Sá (2008, p, 13): A Contabilidade teve vários períodos importantes, tendo cada um dos fatos marcantes, como a publicação da obra de Frei Luca Paccioli, a definição do patrimônio como sendo objeto da contabilidade por Vicenzo Mazi, e outros fatos. (...) A Revolução Industrial foi outro marco que fez com que a Contabilidade florescesse, dando-lhe novo impulso. Na evolução histórica da Contabilidade acredita-se que ela tenha surgido quando o ser humano começou a manifestar as suas primeiras impressões e, para Iudícibus (2008, p. 30) as primeiras manifestações dos primeiros sinais referentes a contas, aparecem cerca de 4.000 00 anos a.C. Ainda informa Sá (2008, p. 14) que: A história da Contabilidade por um longo período se confundiu com a história da conta, pois inicialmente a preocupação do homem era voltada para a contagem das coisas, devido à necessidade de controlar os seus bens, que naquela época eram os rebanhos, os metais, as ferramentas de trabalho e tudo o que ia surgindo de sua necessidade. Porém, a Contabilidade tem seu objetivo próprio e, através dele, registra os fatos relacionados ao patrimônio a partir do surgimento do pensamento econômico. Nas palavras de Drummond (1995, p.74), a Civilização Inca, relembrava os acontecimentos por meio de nós em cordas, que eram utilizados em dois sistemas: as cordas pequenas representavam os bens, e as grandes as quantidades. As cordas eram coloridas, onde as amarelas significavam ouro, as brancas, prata, as vermelhas, os soldados, e as verdes, os cereais. A história da Contabilidade está marcada por períodos importantes. Um deles inicia-se no início da civilização e vai até 1202 da Era Cristã e conforme Drummond, a Contabilidade empírica praticada pelo homem primitivo, já tinha como objeto o Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens. Esse período foi o grande responsável pela evolução do Patrimônio. (DRUMMOND, 1995). 18 Entre os anos 1202 e 1494 da Era Cristã, surge o período Mediaval, que contribuiu de maneira importante para a Contabilidade e ficou conhecida como Era Técnica, uma vez que foi marcado por grandes invenções, que contribuíram para as navegações e para a abertura de novos caminhos para a humanidade. Nessa época segundo Salvador (2010, p. 15): Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros. (...) O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, conforme a necessidade daquela época o livro-caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamento em dinheiro. Já se utilizavam, de forma antiga, o débito e o crédito, que se originaram das relações entre direitos e obrigações. A evolução dos tempos trouxe para o período moderno da Contabilidade, período esse caracterizado como a fase da pré-ciência, e trouxeram à luz, publicações importantes como o Livro de Luca Paccioli e Segundo Iudícibus (2009, p.41): “1494 – Luca Pacioli publica, em Veneza, a Summa de Aritmética Geometria, Proportioni et Proporgionalitá, na qual se distingue, para a história da Contabilidade, o Tractatus de Computis et Scrituris, marco básico na evolução da Contabilidade”. Paccioli é considerado o pai de todos os autores da Contabilidade, a ponto de Marion (2009, p. 38) afirmar categórico: A contribuição mais notável nesse livro foi à apresentação da Contabilidade por partidas dobradas. A obra de Paccioli no final do século XV sistematizou o Método das Partidas Dobradas, tornando-o conhecido em toda a Europa. A história da Contabilidade desde o seu início nos primórdios do homem racional até a sua fase de concretização passa por um período de 300 anos. Entre o século XVI e XVIII. Schmidt (2002, p. 50) esclarece que: Muitos estudiosos defendem que a Contabilidade viveu um período de pouco desenvolvimento, período esse conhecido como Idade da Estagnação Contábil. O Século XVI ao Século XVIII foi considerado a era da estagnação da Contabilidade. 19 Entre os anos de 1494 e 1840, foi um período de dificuldades e não houve nenhuma publicação importante. E, assim, como todo o restante da sociedade apresentou apenas dois grandes autores, Francisco Vila, escritor e contabilista e Fábio Besta. Esses autores são os responsáveis pela fundação de três escolas do pensamento contábil. Essas escolas segundo Schimdt (2002, p. 51) Apud Salzano (2004): Esses autores fizeram com que nascessem três escolas do pensamento contábil. A Escola Lombarda, Escola Toscana e a Escola Veneziana, isso devido Francisco Villa ser escritor milanês e Fábio Besta ser escritor veneziano. Esse período que ficou conhecido como a Era Científica, ainda via na Contabilidade a Ciência da Administração. Salvador (2010, p. 17) esclarece que: Nesse período (1809) a Contabilidade chega às universidades com aulas de comércio na Corte. Francisco Villa apoia nesse período o pensamento patrimonialista e defendia Patrimônio como algo que precisava de normas para ser gerido. O século XVIII foi o grande responsável pela evolução da Contabilidade como a conhecemos hoje, Martins (2003, p. 20) informa: No final do século XVIII, eclodiu a Revolução Industrial na Inglaterra. O surgimento das grandes indústrias tornou a Contabilidade tradicional, que calculava o custo com base no gasto de aquisição das mercadorias que haviam sido vendidas, insuficiente. Surgiu a "Contabilidade de Custos", que passou a calcular o custo de cada produto vendido com base na estimativa do gasto de fabricação de cada produto vendido. O próximo periodo histórico da Contabilidade é desenvolvido na Idade Contemporanea, iniciada pela Revolução Francesa, fato que contribuiu para o surgimento de um grande número de escolas contábeis. 2.1 PANORAMA HISTÓRICO DA CONTABILIDADE NO BRASIL A Contabilidade no Brasil tem início no ano de 1902, que por sua vez adotou a linha norteadora das escolas Alemã e Italiana. Martins (2003, p. 19): esclarece que: 20 A contabilidade brasileira, que inicialmente havia adotado as escolas europeias, passou a adotar a escola estadunidense na segunda metade do século XX, devido ao poderio econômico incontestável dos Estados Unidos. Três marcos dessa mudança na contabilidade brasileira aconteceram durante a década de 70 desse século: o lançamento do livro "Contabilidade Introdutória" por parte de professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, o advento da Lei 6 404 de 1976 e a publicação da Circular 179 de 1972 do Banco Central. A história da Contabilidade no Brasil efetiva-se a partir de importantes acontecimentos que são descritos por Watanabe (1996, p. 23): Em 1915, em São Paulo, foi fundado o Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais, [...] em 1916, constituiu-se a Associação dos Contadores de São Paulo. No mesmo ano é fundado o Instituto Brasileiro de Contabilidade. Em 1919, em São Paulo, fundou-se o Instituto Paulista de Contabilidade incentivado pelo professor Francisco D’Auria. Em 1924, realizou-se, no Rio de janeiro, o 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, liderado, dentre outros, pelo senador João Lyra. Outro fato importante foi à implantação do Imposto de Renda no Brasil, Instituído pelo Artigo 31 da Lei nº 4625 de 31 de dezembro de 1922. No dia 27 de dezembro, o Professor Francisco D’Auria lançou a ideia da instituição do ‘Registro Geral dos Contabilistas no Brasil. Instituição que hoje é o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade. 2.2. CONTROLADORIA: ASPECTOS CONCEITUAIS Ao tentar definir o que seja Controladoria, deve-se levar em consideração a atuação da mesma nas organizações e para tanto nos valemos de autores que tratam dessa temática a exemplo de Araújo (2006, p. 27) quando o mesmo trata do desempenho a Controladoria como um importante papel no êxito empresarial, tendo como principal missão a geração de informações para a tomada de decisão no âmbito da organização. Nesse sentido, o autor explora a Controladoria administrativa e sua importância como órgão de apoio aos gestores. como unidade 21 Borinelli (2006 pg. 105) em sua obra Conceitual Básica de Controladoria: Sistematização à Luz da teoria e da Práxis define o termo controladoria como: Um conjunto de conhecimentos que se constituem em bases teóricas e conceituais de ordem operacional, econômica, financeira e patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional. (...) resultado de um conjunto de conhecimentos provenientes de outras ciências, aplicando tais atributos ao ambiente organizacional, reconhecendo, desta forma, a Controladoria como unidade administrativa e ramo do conhecimento ou ciência, mais especificamente ciência social factual. Os autores citados exploram esta vertente como unidade administrativa e afirmam que a Controladoria é um processo evolutivo natural da Contabilidade em resposta aos anseios da sociedade. É fato, ao corroborar com Borinelli (2006, pg. 164) quando o autor afirma que a função de controle (exercida pela Controladoria) não trata, apenas, de apoiar com informações, mas, através de um processo sistemático, fazer com que os gestores das demais funções e unidades organizacionais utilizem tais informações para que se assevere que seguem na direção aspirada. Portanto, considera-se que a Controladoria exerce um papel importante dentro da organização, pois serve como ferramenta para o gestor criar meios de gerenciar e avaliar a situação da empresa, por isso a importância do gestor conhecer o processo de Controladoria para que possa desempenhar o papel de gerenciador. Esse papel e sua relevância, quando se trata da Controladoria tem como missão, ser uma área com visão ampla e como característica, auxiliar na gestão empresarial. A implantação da área de Controladoria pelas empresas e o desenvolvimento de sua atuação de forma sistêmica, de maneira que estejam envolvidas com todos os membros da organização, oferece contribuições importantes ao progresso organizacional, possibilitando o equilíbrio da organização diante das dificuldades existentes no seu ambiente operacional. Nesse contexto, a Controladoria pode ser analisada sob dois aspectos: como ramo do conhecimento e como órgão administrativo. A primeira ocupa-se do 22 estabelecimento da base conceitual, os fundamentos, conceitos, princípios e métodos. Já a segunda, organizada como órgão administrativo com missão, funções e princípios delineados pelo modelo de gestão da organização. Para tanto, compreende-se que ambiente de controle influencia a forma como as atividades são estruturadas e executadas, como se estabelecem os objetivos e se medem os riscos e, principalmente, como se executam todas essas atividades. Assim, os controles são recursos empregados que objetivam a verificação das práticas da gestão, as atividades executadas frente às diretrizes estabelecidas, é o que se convencionou chamar controle. 2.3 CONTROLE : FERRAMENTA DE GESTÃO DE QUALIDADE A Contabilidade para exercer seu papel de gerenciar bem o patrimônio de uma pessoa, seja ela física ou de direito, conta com alguns recursos que são importantes para o resultado do trabalho a que a mesma se propõe. Um recurso utilizado com o objetivo de verificar as práticas da gestão, as atividades executadas frente às diretrizes estabelecidas, é o que se convencionou chamar controle. Controle é a função administrativa que consiste em medir e avaliar o desempenho dos subordinados para assegurar que os objetivos da empresa sejam atingidos. A tarefa do controle é verificar se tudo está sendo realizado em conformidade com o que foi planejado e organizado, de acordo com as ordens dadas, para identificar os possíveis erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar a sua repetição (CHIAVENATO, 2000b, p. 54). O controle é, portanto, a ferramenta que demonstrará o resultado lógico do teor administrativo vigente em uma instituição, assegurando a observância do planejamento e da execução das ordens dadas, bem como do diagnóstico dos erros e falhas, com o intuito de corrigi-los e assim evitar a sua repetição. Noutras palavras, esclarece Ronchi, (1978, p. 55): O controle é a conclusão lógica do ciclo administrativo. Ele segue a execução do programa, verificando a manutenção dos padrões prefixados e procurando assinalar e remover, tempestivamente, qualquer obstáculo ou anomalia prejudicial ao regular funcionamento de todo o sistema. 23 O controle é norteado por princípios e objetivos, uma vez que é um instrumento administrativo que tem por base o diagnóstico e a fiscalização e precisa, para tanto, ser regido por princípios cuidadosamente observados. Esses princípios segundo Chiavenato (2000) podem ser: Principio do Objetivo – O controle deve contribuir para o alcance dos objetivos da empresa por meio da indicação dos erros ou falhas em tempo adequado para permitir a ação corretiva oportuna. Principio da Definição dos Padrões – O controle deve basear-se em padrões bem definidos no planejamento, ou seja, antes da execução dos trabalhos e devem servir de critério para o futuro desempenho; Principio da Exceção – Este principio foi formulado por Taylor, Diz este principio que o controle deve concentrar-se sobre as situações excepcionais, isto é,sobre os desvios ou variações mais sérias e não sobre as situações normais que ocorrem dentro dos padrões estabelecidos; Principio da Ação – O controle somente se justifica quando proporciona ação corretiva adequada sobre as falhas ou desvios apontados. A definição dos objetivos do controle está descrita por (Chiavenato 2000, p. 61) da seguinte forma: A correção de falhas ou erros e prevenção de novas falhas ou erros seja no planejamento, na organização ou na direção, isso em tempo hábil para que ocorra uma melhora gradativa em todo o processo operacional. Nessa linha de raciocínio compreendem como importância do controle as ações que ocorrem a partir do momento que as principais funções administrativas (planejamento, organização, direção) alcançam seus objetivos, os resultados então virão sem tantos problemas existentes afligindo o processo administrativo e desencadeando crescimento estruturado. Quanto às características do controle (Silva 1980, p. 80), cita as seguintes: Maleabilidade – Possibilitar a introdução de mudanças decorrentes de alterações nos planos e nas ordens; Instantaneidade - Acusar o mais depressa possível as faltas e os erros verificados; Correção - Permitir a reparação das faltas e dos erros, evitando-se a sua repetição. Quanto à classificação do controle o mesmo se constitui de todo um processo que envolve algumas importantes etapas, cada uma com seu objetivo, visando obter excelência nos resultados. Quanto à fase de execução. Quando do planejamento. Quando da execução. Quando da apuração dos resultados. Controle quanto ao tempo. Controle Antecedente (antes...). Controle Concomitante (durante) 24 Controle Subsequente (depois...). Controle quanto á duração. Controle permanente (execução constante). Controle temporário. (execução variável). Controle quanto ao processo. Estabelecimento de padrões. (critérios ou normas de serviços). Avaliação e Comparação de desempenho. (comparar, medir ou verificar os resultados com o padrão). Correção dos desvios (corrigir os planos, modificar objetivos e mudar pessoal). (SILVA 1980, p. 81). O controle se compõe de etapas definidas que estão esclarecidas por Chiavenato (2000): estabelecimento de padrões, avaliação do desempenho, comparação do desempenho com o padrão estabelecido, ação corretiva. Com referência a aplicabilidade, as principais áreas de controle são ainda segundo Chiavenato (2000), a área institucional, a área de finanças, a área de produção e a área mercadológica de pessoal. O controle necessita ter, conforme os aspectos citados acima, atributos que permitam em momentos precisos a introdução de medidas que viabilizem a realização do que foi planejado, organizado e dirigido, sendo este papel atributo dos controles internos. 2.4 CONCEITUANDO CONTROLES INTERNOS Para entender o que vem a ser controle interno, é necessário esclarecer os motivos pelos quais eles são necessários e importantes. O patrimônio de uma organização ou de uma pessoa é algo que precisa ser cuidado, preservado e multiplicado com toda a segurança, pois não é rara a existência de problemas que podem comprometê-lo, independente do tamanho e do volume de dinheiro envolvido no mesmo. Essas preocupações geram nos acionistas ou nas pessoas físicas que não estão na gerência direta de seus bens, preocupações com a ocorrência de possíveis fraudes que venham a comprometer seus caixas e, consequentemente, a liquidez de seu patrimônio. Entende-se se por fraude, no caso dos bens, uma ação intencional e danosa ao patrimônio, capaz de comprometer suas contas a pagar ou a divisão dos 25 rendimentos com os acionistas ou sócios. Segundo o Código Penal Brasileiro (2009): Fraude é o crime ou ofensa de deliberadamente enganar outros com o propósito de prejudicá-los, usualmente para obter propriedade ou serviços dele ou dela injustamente. Fraude pode ser efetuada através de auxílio de objetos falsificados. No meio acadêmico, fraude pode se referir a fraude científica – a falsificação de descobertas científicas através de condutas inapropriadas – e, de uso comum, fraude intelectual significa a falsificação de uma posição assumida ou sugerida por um escritor ou interlocutor, dentro de um livro, controvérsia ou debate, ou uma idéia apresentada enganosamente para esconder conhecidas fraquezas lógicas. Fraude jornalística implica numa noção similar, a falsificação de furos jornalísticos. Fraudes podem ser cometidas através de muitos métodos, incluindo fraude de correspondência, por meios de Tecnologia de Informações, fraude por telefone e fraude por internet. A incidência da fraude sobre o patrimônio fez necessário haver o mecanismo chamado Controles Internos que em Contabilidade tem uma importante função, ou seja, independente do tamanho da empresa, ou do patrimônio, deve se efetivar como prevenção aos riscos, a complexibilidade e a natureza das operações realizadas no âmbito do patrimônio. Uma ressalva, porém é necessário fazer no que se refere à questão dos controles internos, ou seja, antes de lançar mão desse expediente há algumas formas de controles que podem proteger o patrimônio com certa margem de segurança que são os controles Preventivos e os Detectores e segundo Mariano (2007, p. 24): Os preventivos são aqueles que se antecipam a realização da operação, garantindo a segurança de sua execução dentro das especificações aprovadas ou comunicadas e previne a ocorrência de falhas. Os Detectores se destinam a posterior verificação do cumprimento das operações, permitindo a detecção de falhas. Outros controles preventivos que também são usados e são igualmente importantes estão nas chamadas seguranças operacionais das instituições e são compostas, conforme Mariano (2007), pelas senhas de acessos, requisições de autorização, formulário de aprovação, são importantes, mas devem ser usados com objetividade para não afetar a atividade da empresa, por exemplo. Nesse ponto, pode-se definir o que são exatamente essas ferramentas que permitem a Contabilidade ter um domínio sobre o uso e a aplicação dos 26 recursos patrimoniais, os controles internos. Para isso nos apropriaremos da definição de Migliavacca, (2004, p. 17) que afirma: Controle interno define-se como planejamento organizacional e todos os métodos e procedimentos adotados dentro de uma empresa, a fim de salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e o suporte dos dados contábeis, promover à eficiência operacional e encorajar a aderência as políticas definidas pela direção. O que essa definição nos oferece é a certeza da importância do acompanhamento dos controles e das operações internas nas empresas, bem como o valor que se deve dar aos mesmos na promoção do bom desempenho dos negócios. Na compreensão do que vem a ser controle Interno, precisamos ressaltar segundo Lima, (2007, p. 28): O controle interno é subdividido em duas áreas: os controles contábeis que são aqueles que estão relacionados com a proteção dos ativos e com a validade dos registros contábeis e controles administrativos que compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos relacionados com a eficiência operacional, bem como o respeito e a obediência as políticas administrativas. A proteção dos ativos, na questão dos controles internos, está no que podemos ainda chamar de sistemas de autorização e aprovação. A segregação das funções de registros daquelas efetuadas que geram as transações,objetos dos seus registros ou das relativas às custodias dos ativos. O comitê de procedimentos de Auditoria do Instituto Americano dos Contadores Públicos Certificados (AICPA), conceitua o controle interno como: O plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração (ATTIE, 1998, p. 110). Os teóricos das áreas da ciência contábil e da administração são respaldo para as definições mais precisas sobre controle interno, porém existem ainda outras fontes a exemplo de Franco e Marra (2001), que denotam a importância dos mesmos para salvaguardar o patrimônio e definem o controle interno como: 27 Todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitem prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzem reflexos em seu patrimônio. Portanto, o comportamento que tem sido uma prática vigente na realidade das empresas no mundo e ,consequentemente, no Brasil, que é a utilização do controle interno como ferramenta de prevenção a problemas administrativos que requerem tomadas de atitudes e decisões importantes, é uma realidade que não pode mais ser deixada de lado por qualquer empresa que tenha a pretensão de ser moderna e proteger seu patrimônio. 2.5 A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO CONTROLE INTERNO Ao decidir programar o sistema de controles internos, a organização opta por uma atividade de controles que possibilita a transparência nas suas atividades e no seu compromisso em zelar pelo patrimônio. A importância dessa atitude traz benefícios que tendo em vista, por exemplo, o tamanho do patrimônio, uma vez que para o administrador é impossível sozinho, ter o controle de toda a estrutura da mesma, fato que não acontece, por exemplo, nas empresas pequenas onde o administrador tem a possibilidade de manter pessoas responsáveis e de sua confiança, exercendo a função de controle de cada departamento podendo assim, estabelecer responsabilidade para cada funcionário. O controle interno torna possível um melhor conhecimento da organização, por exemplo, fato que traz maior confiabilidade nos dados fornecidos pelos relatórios contábeis, o que corrobora com a prevenção de fraudes ou erros que resultem em prejuízos patrimoniais. Pode-se então concluir de forma simples que a adesão ao sistema de controles internos esta diretamente ligada à complexibilidade do patrimônio, seja ele empresarial ou particular, como forma de administrar sem riscos ou com riscos mínimos o mesmo. O patrimônio segundo Chalhub (2008, p. 45): 28 É o conjunto de bens, direitos e obrigações com expressão econômica, de que seja titular uma pessoa. O patrimônio constitui uma universalidade e é indivisível, não podendo ser desmembrado. Não se admite pluralidade de patrimônios na mesma pessoa, e isso porque, fundamentalmente, se fosse facultado a cada sujeito, a seu exclusivo critério, separar bens do patrimônio e com eles formar massas patrimoniais separadas, que não possam ser visadas pelos seus credores em geral, seria possível desfalcar impunemente seu patrimônio, tornando-se incontrolável a fraude contra credores ou a fraude de execução. Em Direito, "bem" é por vezes um sinônimo de "patrimônio". O inventário seria o primeiro procedimento jurídico para se levantar o patrimônio de uma pessoa o segundo seria o Balanço Patrimonial. Assim definido, o patrimônio é passível de ser dilapidado e daí surgir a importância fundamenta do sistema de controles internos. Uma nova postura está sendo exigida das empresas na atualidade para um bom desempenho. As variações do mercado, a acirrada concorrência e as instabilidades econômicas como, por exemplo, as crises dos mercados, forçam a que haja uma preocupação com relação ao patrimônio. Os principais meios que podem ajudar a promover essa eficiência são, segundo nos informa Mariano (2007, p. 29); A contratação de pessoal qualificado para a execução eficiente de funções especificas, treinar os funcionários para que possam executar com mais segurança suas atividades, para mantê-los a par das mudanças do mercado, plano de carreira, que é a política da empresa voltada para as possibilidades de promoção e remuneração incentivando o entusiasmo e a satisfação pessoal,relatório de desempenho de cada funcionário indicando suas virtudes e deficiências e também sugestões para o aperfeiçoamento pessoal e profissional de cada um, manuais internos onde se encontram os procedimentos internos, que possibilitam a pratica uniforme dos atos e previnem a ocorrência de erros e desperdícios. Os controles internos funcionam nesse cenário como a combinação de procedimentos, sistemas operacionais de informação e demais procedimentos mantidos pela administração da empresa, incluindo as políticas existentes e desenvolvidas pela administração. Conforme as suas particularidades os controles internos podem ser classificados como do âmbito da Contabilidade ou da Administração. Um sistema de controle interno eficiente apresenta características específicas que são conforme D Ávila (2002, p. 25): 29 Um plano de organização satisfatório que deve ser simples e flexível, onde se deve indicar autoridade e responsabilidade dos membros da empresa. Um elemento importante de um plano de organização e a independência estrutural das funções operação, custódia, contabilidade e auditoria interna. Sistema de autorização e procedimento de escrituração, esse sistema proporciona para a empresa controle eficiente sobre seus ativos, passivos, receitas custos e despesas. Um plano de contas estruturado facilita a preparação das demonstrações financeiras, se esse plano de contas for complementado por um manual de funcionamento das contas, definindo-as com clareza pode-se conseguir maior uniformidade nos registros contábeis. As praticas salutares, devem prover os meios para assegurar a integridade das autorizações, registros e custodias. Ressalta-se que para o sucesso de um eficiente sistema de controle interno é preciso que haja a participação de pessoal qualificado, o que vincula a empresa a treinar funcionários e estabelecer as funções de cada um claramente, tendo em vista que há necessidade de eficiência na elaboração dos trabalhos. Os controles internos têm, conforme Almeida (1996), os seguintes princípios básicos: Responsabilidade, onde as atribuições dos funcionários devem ser claras, definidas e delimitadas para que não haja um possível erro nos procedimentos de segurança; Rotinas internas precisam estar definidas no manual da organização; Acesso aos ativos, à organização deve limitar o aceso aos seus ativos; Segregação de funções, fato que determina que uma só pessoa não deva ter acesso aos ativos e aos registros contábeis; Confrontos de ativos com os registros, fato que deve estabelecer confrontação periódica dos ativos com os registros do setor de contabilidade; Checagem do sistema, procedimento em que apenas as transações autorizadas sejam registradas, esse registro se dá pelos valores corretos dentro do período de competência; Auditoria interna, procedimento para que haja a checagem periódica dos controles internos. Portanto, ao elencar os princípios básicos dos controles internos é imperativo que se trate dos órgãos que tratam dos controles internos, principalmente quando estes estão voltados para os sistemas contábeis. 30 2.6 ÓRGÃOS QUE TRATAM DOS CONTROLES INTERNOS VOLTADOS PARA OS SISTEMAS CONTÁBEIS Segundo diversos autores a exemplo de Martins (2003), Migliavacca (2003) e Silva (2008) existem órgãos que de certa forma definem sem conflitos, o que vem a ser, e qual a importância do controle interno como, por exemplo, o American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) que através do Statement on Auditing Standards (SAS), citado por Migliavacca (2004, p. 17 – 18) afirma: Controles contábeis são compostos pelo plano organizacional procedimentos e registros para proteção dos ativos e são ainda reconhecido como promoventes de certeza dos mesmos as transações contábeis executadas de acordo com as autorizações da administração, registro de transferências para facilitar relatórios financeiros, acesso aos ativos permitidos somente com autorização da administração. Para Migliavacca (2004) o sistema contábil e de controle interno compreende o plano de organização e o conjunto integrado de procedimentos adotados pela entidade na proteção de seu patrimônio, e promoção de confiabilidade dos seus registros e aplicações contábeis. Outros órgãos que segundo Mariano (2007) define o que vem a ser controles internos, ressaltando sua importância para as empresas são o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), o Departamento do Tesouro Nacional através da Instrução Normativa n° 16 de 20 de dezembro de 1991 e o Conselho Federal de Contabilidade. A conciliação contábil enquanto processo de encerramento dos saldos de um ano, ou mesmo de um mês, é um instrumento necessário para que os saldos de todas as contas da contabilidade estejam com os seus valores corretos, ou seja, os saldos contábeis devem corresponder exatamente com os saldos reais existentes na data de encerramento. Nesse contexto, os controles internos voltados para os sistemas contábeis são uma ferramenta para a proteção dos ativos, principalmente quando se trata de conciliação bancária. 31 2.7 CONCILIAÇÃO BANCÁRIA: CONCEITOS E OBJETIVOS A concliação bancária é uma forma de controle administrativo e contábil em uso nas organizações bancárias, de seus saldos bancários em dinheiro mantidos em contas correntes de instituições financeiras ou bancos. O objetivo precipuo da conciliação bancaria é corresponder os saldos das contas contábeis de Bancos - Conta-Movimento ou similares, tanto no Razão quanto no Livro Diário, com o demonstrado no respectivo extrato bancário da conta corrente. Haverá divergências como a dos "Cheques a Compensar", que se darão em função do intervalo de tempo entre a data da emissão do cheque e a do efetivo saque do mesmo na conta corrente. Todas as divergëncias verificadas deverão constar de um relatório, de quais os erros e ocorrências anormais deverão ser corrigidas (análise contábil) ou investigadas (auditoria) com urgência. Condições para conciliação obrigatórias: ● Lançamento e movimentos feitos na mesma conta. ● Natureza do lançamento invertida com relação à natureza do movimento. ● Mesma Operação. Confirmações: ● Datas diferentes; ● Valores diferentes; ● Lançamento já relacionado a outro movimento. Para que a conciliação contábil bancária se efetive de acordo com as normas da organização a fim de evitar riscos, é importante que todos os elementos da mesma estejam em consonância com os extratos dos ativos da organização bancaria. Nesse sentido, os aspectos gerais da conciliação contábil devem ser rigorosamente controlados, pois a conciliação demonstra as pendências entre itens contabilizados pela empresa e não compensados pelo banco e/ou compensados pelo banco e não contabilizados pela empresa. 32 Entende-se, portanto, que a conciliação contábil bancária é realizada através da confrontação de saldos. E para que se atinjam os objetivos é imprescindível que os aspectos gerais da mesma estejam em consonância com os objetivos da Controladoria, que entre estes podemos citar: o conhecimento da estrutura e as contas contábeis do plano de contas; apurar as inconsistências; verificar o documento/contrato que originou o lançamento, quanto a sua finalidade; promover a regularização através de complementação de valor ou conta, transferência ou estorno. A seguir delineiam-se os aspectos gerais da conciliação contábil de forma conceitual para um melhor entendimento sobre a temática. 2.8 ASPECTOS GERAIS DA CONCILIAÇÃO CONTÁBIL A Contabilidade atua em diversos ramos da administração do patrimônio, seja ele de pessoa física ou jurídica. Essa afirmação é corroborada por Oliveira (2003, p. 19) ao afirmar que a Contabilidade é a Ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativos aos atos e fatos da administração econômica. Para Teixeira (2010) não basta que o contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar planilhas, relatórios e composição dos saldos das contas contábeis, isto é, planilhas auxiliares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade. Ainda segundo o autor em sua obra intitulada Manual Prático de Auditoria Gerencial (2010) o mesmo esclarece que: Em Contabilidade, conciliação corresponde à correlação dos saldos das contas patrimoniais com os saldos verificados em controles extracontábeis produzidos internamente ou em documentos externos, oficiais ou não oficiais. A conciliação se distingue da análise de contas, na qual um analista confere a consistência dos lançamentos registrados, decompondo-os e identificando suas naturezas (TEIXEIRA, 2010). 33 Segundo Petry (2009, p. 35) mensalmente cada conta contábil deve ser conciliada e ter a sua composição de saldo. Composição de saldo é na verdade um controle interno, em que o Contabilista ou qualquer outro usuário da Contabilidade acessa o que contém discriminadamente em cada conta contábil. Petry (2009) ainda esclarece que: A composição de saldo pode ser relatório emitido pela própria Contabilidade ou por outro setor, desde que o saldo seja o mesmo ou demonstradas as diferenças. A Contabilidade deve ter o controle absoluto dos valores nela registrados, sem nenhuma exceção. A Contabilidade necessariamente deve manter o controle dos registros, até mesmo para não duplicar lançamentos, receitas, despesas ou apurar impostos incorretamente. Caso contrário, a empresa pagará impostos a maior ou sofrerá autuações fiscais. Os Principais elementos de uma conciliação bancária envolvem: - Controle de cheques emitidos e não compensados; - Conferência de entradas referentes às vendas com cartão (crédito e débito); - Conferência de entradas referentes às vendas com boleto bancário; - Verificação dos débitos de tarifas bancárias; - Controle dos depósitos não identificados; - Controle das antecipações de recebíveis. Portanto, uma conciliação bancária constitui-se em uma prestação de contas, assim sendo, a origem ou destino dos recursos transitados pela conta corrente deve ser rigorosamente comprovado, principalmente no que se refere aos aspectos do autoatendimento bancário. Visto que esse tipo de transação com o advento das novas tecnologias se tornou uma prática comum nas instituições bancárias, as áreas responsáveis pelos controles no que se refere à conciliação contábil do autoatendimento bancário, devem estar atentas aos riscos nessas transações, especificamente, por estar imerso num ambiente fortemente regulado. O setor bancário também apresenta inovações que surgem determinadas por leis e regulações. 34 2.9 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS / AUTOATENDIMENTO As instituições financeiras bancárias durante os últimos anos passaram por diversas transformações em função do avanço da tecnologia, proporcionado pela sua alta lucratividade e pela necessidade de acelerar e aumentar o volume de tratamento de informações. Tradicionalmente, os serviços bancários dependiam de mão de obra intensiva para trabalhar na coleta e registro de informações de todas as movimentações contábeis. Todos os pagamentos, saques, depósitos, transferências eram processados nas agências e depois registrados novamente em centros de processamento. A partir da década de 70, inicia-se o processo de automação bancária, que teve como intuito obter ganhos de qualidade e produtividade. Segundo Gomes (2008) as instituições financeiras começaram a sentir a necessidade de reestruturar suas atividades e processos, de forma a garantir uma melhoria na produtividade e lucratividade, então começou o processo maciço de automação que tinha o propósito de substituir os funcionários por máquinas, maximizando a produção e reduzindo custos, o que provocou uma redução do número de bancários no Brasil. Com a automação, o primeiro ganho para os clientes foi a velocidade com que as informações eram atualizadas. Na década de 80, as agências passam a ser automatizadas, com sistemas de processamento on-line e com a introdução de máquinas de autoatendimento. Até o final dos anos 80, a qualidade nos serviços bancários sempre esteve muito relacionada à precisão contábil e à consequente credibilidade dos bancos perante seus clientes. A chamada “crise de confiança” sempre foi uma enorme preocupação dos executivos do setor bancário, pois a estabilidade é fundamental para garantir a sensação de segurança perante os clientes. No Brasil, esta característica é ainda mais profunda devido à grande quantidade de choques e crises econômicas ocorridas nos últimos 30 anos (OLIVEIRA, 2005). Segundo Troster (2005), a grande e expressiva transformação do setor bancário nacional, ocorreu no período compreendido entre 1994 e 2003 e foi promovida por fatores como a estabilização da moeda, o saneamento do sistema 35 financeiro, o processo de privatização dos bancos estaduais, o fluxo crescente de capitais internacionais e o impacto das crises externas ocorridas em vários países. Uma alternativa encontrada pelos bancos no Brasil que viabilizou parte das ações na busca por maior competitividade, foi a intensificação da terceirização de serviços de retaguarda bancária, a partir de meados de 1995. Segundo Zamberlan e Salermo (1983): A atividade bancária tem um processo diferente do que ocorre na indústria, onde a produtividade e a intensificação do trabalho se relacionam mais diretamente com a acumulação. A peculiaridade é devida ao fato dos bancos serem tão ou mais poderosos que as empresas fabris, que utilizam matérias-primas tangíveis na manufatura de seus produtos. Essa configuração toda particular exerce influência direta sobre a organização do trabalho bancário, observando-se de antemão, que os bancos não apresentam total similitude no que concerne ao esquema de organização do trabalho, mas que podem ser considerados em linhas gerais. Na compreensão de Luz e Diniz (2006), os serviços bancários possuem as seguintes características quanto ao atendimento ao cliente: Atendimento face a face: este tipo de atendimento caracteriza-se por um contexto onde o cliente tem uma grande interação, se envolvendo direta e ativamente no processo da prestação de serviços. Atendimento em serviços on-line: são serviços automatizados em que o cliente pode acessar uma agência bancária para realizar transações financeiras dentro ou fora do seu horário de atendimento, através de caixas automáticas, de quiosques eletrônicos, ou mesmo de sua residência ou escritório, através do telefone ou do computador. Banco por computador: é uma modalidade de serviço on line, onde o cliente tem a comodidade, distanciando-se das filas, e com economia de tempo, de acessar o banco diretamente de sua residência ou escritório, através de computadores. O Autoatendimento bancário, conhecido como caixa eletrônico, ATM, terminal bancário ou caixa automático proporciona aos clientes de uma Instituição Financeira o uso de diversos serviços como a retirada de dinheiro, depósitos em cheque e dinheiro, impressão de folhas de cheques, pagamentos diversos como boletos bancários, contratação de empréstimos, saques de benefícios do INSS. Mais precisamente na Caixa Econômica Federal os saques de FGTS, PIS, seguro desemprego, benefícios sociais frutos dos diversos programas sociais do Governo Federal, sem a necessidade da presença física de um funcionário do banco, ou seja, o cliente interage diretamente com esse dispositivo tecnológico. Inicialmente a finalidade do autoatendimento bancário era de efetuar saques e retiradas. Porém, devido à praticidade e a acessibilidade, ocorreu uma 36 progressiva utilização e disponibilização de outros serviços visando à redução dos custos das operações bancárias, pois segundo a Dieese (2006) a operação eletrônica custa cinco vezes menos que a operação manual. Segundo o Banco Central (BACEN) o canal de atendimento com maior utilização continua sendo as redes de Terminais de Autoatendimento (ATM), por meio das quais foram realizadas 32% das transações bancárias em 2008. Em relação a 2007, as transações utilizando correspondentes bancários aumentaram 6%. As principais conclusões do Adendo estatístico do BACEN apontam para a continuidade de aumento da utilização de papel-moeda e instrumentos eletrônicos de pagamento e redução na utilização do cheque, bem como aceleração na utilização de cartões de débito. As redes de ATM continuam sendo o canal de atendimento por meio do qual tem início a maior parte das transações bancárias e em 2008 foram realizadas 32% do total dessas transações. Para Svigals (1998) apud Luz e Diniz (2006), os equipamentos de autoatendimento são o catalisador básico da evolução das agências bancárias. O autoatendimento oferece as transações bancárias de varejo que são diretamente realizadas pelos clientes. Os locais onde estas transações ocorrem estão migrando de dentro para fora das agências. As transações estão crescendo em complexidade, de uma simples conferência de extrato para gerenciamentos financeiros sofisticados. Nesse contexto o autoatendimento como canal entre a instituição financeira e o cliente é oferecido aos clientes nas próprias agências, chamadas salas de autoatendimento (SAA), através de cash dispenser, máquinas para saques; terminais de extratos e saldos; máquinas dispensadoras de talão ou fora do ambiente da agência, através do Posto de Atendimento Eletrônico (PAE) localizados em aeroportos, estabelecimentos comerciais, postos de gasolina, shoppings, supermercados e terminais rodoviários. Além de atendimentos via telefones (homebanking) e pela internet (internetbanking). (GOMES, 2008). Os principais serviços são: Depósitos em dinheiro (limitado a 30 cédulas por envelope) e cheque, em contas correntes e poupanças, limitados a R$3.000,00; 37 Saques em contas com cartão magnético Consulta de saldos e extratos de contas , do FGTS e do PIS; Pagamento de tributos municipais, estaduais e federais até R$1.500,00; Pagamento de contas de concessionárias públicas (água e telefone) até R$1.500,00 Pagamento de bloquetos de cobrança bancária até R$ 3.000,00 (prestação de financiamento imobiliário sem valor mínimo e máximo) Solicitação e desbloqueio de talão de cheques; Impressão de folhas de cheques; Bloqueio de cartões; Agendamento de pagamento de contas; Consulta de saldo e extrato de aplicações e efetuar resgates; Cadastramento de contas no débito automático; Contratação de cestas de serviços; Contratação de cartão de crédito; Contratação de CDC (Crédito Direto Consumidor – Empréstimo para pessoa física) No que se referem aos benefícios do autoatendimento vistos pelos consumidores bancários incluem: Previsibilidade dos tempos de espera nas filas; Ausência da necessidade de identificar-se, como acontece com caixas humanos; Ausência da necessidade de preencher cheques ou assinar autorizações, o que é valorizado principalmente pelas pessoas mais velhas; Ausência da necessidade de carregar cheques; Horários estendidos de atendimento em diversas localidades; Facilidade de aprendizado quanto a sua utilização; 38 Menor necessidade de carregar dinheiro e menor exposição da segurança; Facilidade de solicitação e obtenção de extratos; Acesso direto a novos produtos e opções financeiros; Facilidade para o consumidor repetir consultas (sozinho), até se sentir confortável; Auxílio no planejamento financeiro através de novas opções e novos produtos de investimento. Desde o advento do autoatendimento, uma variedade de outros benefícios aos clientes foi se tornando evidente. O autoatendimento oferece conveniência 24 horas. O tempo de execução das transações é relativamente previsível. Portanto, estando este setor da economia, regulado por lei, modo geral, os processos de regulação bancária objetivam tanto garantir o nível de segurança financeira do sistema quanto possibilitar a sua supervisão. Portanto, é importante avaliar que as características reguladoras adotadas podem influenciar direta ou indiretamente na difusão de produtos e serviços inovadores neste mercado. Basta considerar que muitos produtos são desenvolvidos a partir de medidas regulatórias promovidas no domínio governamental, no caso das instituições o financeira, o Banco Central. 2.10 BANCO CENTRAL O Banco Central do Brasil que tem trabalhado sempre para estar alinhado às recomendações do Bank for International Settlements (BIS), é uma organização internacional que fomenta a cooperação entre os bancos centrais e outras agências, em busca da estabilidade monetária e financeira, procurando seguir as orientações e tendências internacionais, introduziu o conceito de controles internos através da Resolução 2554 de 24 de setembro de 1998, com implantação prevista para até 31 de Dezembro de 1999 com o objetivo de garantir uma efetiva gestão dos Riscos Operacionais nas Instituições Financeiras no Brasil, explica Moreira (2003, p.57). 39 Inclusive, nesta época estava iniciando-se no Setor Bancário, tanto internacional quanto nacional, uma fase de maior atenção ao Risco Operacional (RIBEIRO, 2003). Segundo dados do BACEN (2003) o 10º parágrafo do Artigo 1 da Resolução 2554 determina: "Os controles internos, independentemente do porte da Instituição, devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das operações por ela realizadas". Em resumo, o BACEN exige a partir da vigência desta Resolução, que Instituições Financeiras possuam sistemas de controles de seus procedimentos internos estabelecidos de maneira clara e objetiva, que sejam do conhecimento de todos os funcionários, com definição de responsabilidades e segregação das atividades atribuídas aos membros da instituição, a fim de evitar eventuais conflitos de interesses. Moreira (2003, p. 57) ressalta que o principal objetivo da supervisão bancária é a redução do risco de perda para os depositantes e outros credores, bem como a manutenção de confiança em um sistema financeiro saudável. Todavia, a supervisão não pode e nem deve oferecer garantia de que os bancos nunca quebrarão. Em uma economia de mercado, estas quebras são parte dos riscos inerentes a este tipo de negócio. Nesse sentido, as resoluções do BACEN em consonância com a significativa evolução das atividades destas instituições no país, ao crescimento do mercado financeiro nacional, às crises financeiras observadas em termos globais, ao elevado grau de risco envolvido em suas operações e aos reflexos que causam na economia como um todo, cresce a preocupação quanto às informações que estas instituições prestam ao mercado, o que tem resultado numa rápida e crescente evolução nos sistemas de controle interno e de operações, paralelamente a um crescente e rígido sistema de controle exercido pelas autoridades governamentais, através do Banco Central do Brasil. É importante que os gerenciadores da atividade bancária devam estar habilitados a entender estes riscos das atividades bancárias e a se garantirem de que as Instituições Financeiras os estejam medindo e gerenciando de maneira adequada, já que a transparência tornou-se fundamental para o alcance de credibilidade. 40 É fato que, além das normas do BACEN, o Conselho da Basileia, na condição de órgão responsável pela regulamentação e fiscalização das instituições financeiras, tem procurado assegurar que os bancos operem de maneira saudável e segura. 2.11 CONSELHO DA BASILEIA A atividade bancária e os mercados financeiros são dinâmicos, evoluindo constantemente em resposta a forças competitivas e a alterações nas condições políticas e econômicas. A consolidação das linhas de negócios, por exemplo, está derrubando as distinções tradicionais entre as instituições financeiras e os tipos de serviços que oferecem. Os avanços na tecnologia e nas comunicações resultaram em alterações na forma pela qual os bancos e outros participantes do mercado conduzem seus negócios (BACEN, 2003). O Acordo da Basiléia (Basel Committee on Banking Supervision – BCBS) foi publicado em 1988 e posto em prática em 1992. Regulamentado e implementado no Brasil em 17 de Agosto 1994 com a Resolução 2099, (estabelecendo Limites Mínimos de Capital Realizado e Patrimônio Líquido para as instituições Financeiras, com o objetivo de enquadrar o mercado financeiro brasileiro aos padrões de solvência e liquidez internacionais (FURTADO, 2005). Entende-se que os objetivos do acordo foram reforçar a solidez e a estabilidade do sistema bancário internacional e minimizar as desigualdades competitivas entre os bancos internacionalmente ativos. O Acordo de Basiléia de 1988 definiu três conceitos. Capital Regulatório - montante de capital próprio alocado para a cobertura de riscos, considerando os parâmetros definidos pelo regulador; Fatores de Ponderação de Risco dos Ativos - a exposição a Risco de Crédito dos ativos (dentro e fora do balanço) é ponderada por diferentes pesos estabelecidos, considerando, principalmente, o perfil do tomador; Índice Mínimo de Capital para Cobertura do Risco de Crédito (Índice de Basiléia ou Razão BIS) - quociente entre o capital regulatório e os ativos (dentro e fora do balanço) ponderados pelo risco. Se o valor apurado for igual ou superior a 8%, o nível de capital do banco está adequado para a cobertura de Risco de Crédito. 41 O Comitê da Basiléia para Supervisão Bancária adotou um papel de evidência no cenário mundial e a sua atuação tem sido fundamental para a existência de uma efetiva cooperação internacional com o· objetivo do aprimoramento dos métodos de supervisão. Garcia (2003, p.14) explica o contexto em que isto ocorreu: A evolução dos instrumentos de regulação e supervisão de instituições financeiras é resultado natural da evolução dos mercados, operações e atividades dessas instituições. Assim, ao mesmo tempo em que a intensificação da internacionalização das instituições financeiras implicou a necessidade da existência de padronização da supervisão bancária mundial, foi necessário também o estabelecimento de regras prudenciais compatíveis com a sofisticação das atividades bancárias. O autor explica ainda sobre o acordo de Capital de 1988, relatando que este documento estabelecia padrões internacionais para reservas de capital e risco de crédito inicialmente para as maiores Instituições Financeiro internacionalmente ativo. O principal resultado deste acordo para os Bancos foi a exigência da manutenção de um capital regulamentar mínimo para compensar perdas de crédito que variavam de acordo com a exposição a riscos de seu mix de ativos. Pandolfi (2003, p. 44) apud Garcia (2003), ressalta que desde 1988 o setor bancário tem sofrido expressivas alterações. Novos produtos financeiros têm sido desenvolvidos ao redor do mundo com tecnologias avançadas, e, inclusive, algumas calcadas na Internet. Esta mudança de cenário, juntamente com os terríveis eventos de perdas ocorridos em grandes Instituições Financeiras nos últimos anos, fez com que o Bank for International Settlements (BIS) repensasse o Acordo de Capital de 1988, adaptando-o ao atual contexto financeiro mundial, iniciando então em 1998 os trabalhos para a confecção de um Novo Acordo de Capital. Esse acordo prevê a proposta de cobrança por Risco Operacional que segue o entendimento que o Banco conduz seus negócios através de uma grande variedade de linhas de negócios e a falha de qualquer um dos sistemas de controle de risco pode ter efeitos significantes e drásticos em toda a Instituição. Nesse sentido, cada Banco carece identificar suas operações críticas, criar uma maneira de monitorar os riscos associados a cada operação e, de acordo 42 com o Basiléia II, alocar algum capital para absorver as perdas causadas por estas possíveis falhas operacionais. Portanto, considera-se que, na atualidade muitas organizações, principalmente do segmento financeiro, têm procurado investir em sistemas de controles internos para garantir práticas seguras em seus investimentos, visando gerenciar os riscos que o mercado oferece. O capítulo seguinte aborda os aspectos metodológicos empregados para o desenvolvimento da pesquisa, avaliando suas características quanto ao tipo, abordagem e delineamento da mesma. 43 3. METODOLOGIA De acordo com o objetivo geral e a finalidade deste trabalho que é avaliar através de seus resultados a compreensão da realidade no que se refere aos serviços de autoatendimento bancários, bem como em quais políticas de melhorias essas instituições podem alavancar para que o autoatendimento gere nos clientes e instituição os objetivos propostos pela mesma, ou seja, confiança e credibilidade da marca, é que esta pesquisa se caracteriza como descritiva, pois, pretende sugerir melhorias para o autoatendimento, utilizando a conciliação bancaria. A opção pelo estudo de campo deve-se ao fato deste trabalho estar sendo feito com base em uma experiência real em uma agência de um banco de varejo nacional, onde não é possível controlar todos os fatores internos e externos que poderiam ter impacto no resultado da pesquisa. Segundo Hartley (1994, apud Roesch, 1999), o ponto forte do método deste tipo de estudo é analisar processos enquanto eles estão acontecendo nas organizações. Esse trabalho também pode ser considerado uma pesquisa aplicada, devido à finalidade prática na definição dos requisitos da técnica e na proposta de uma técnica que atenda a esses requisitos. Quanto aos meios para atingir o objetivo geral, utiliza-se nesse trabalho a pesquisa bibliográfica e, que segundo Gil (2012) esse tipo de pesquisa é desenvolvido a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Com o objetivo de conhecer as características dos serviços, bem como analisar qualitativamente a conciliação contábil através das atividades de retaguarda- apoio e suporte ao autoatendimento bancário (back – office) no que se refere aos eventos de inconstância de dados no uso de caixas eletrônicos da instituição,o significado da qualidade em operações de serviços, os assuntos teóricos relacionados ao projeto e análise de processos de serviços, assim como as diferentes técnicas existentes, torna-se necessária uma pesquisa bibliográfica. Nesse sentido, nos valendo das palavras de Vergara (1997), no intuito de classificar os diferentes tipos de estudo, primeiramente o autor os divide em duas 44 categorias: uma quanto aos fins e outra quanto aos meios. Neste sentido, esta pesquisa, quanto aos fins, pode ser classificada em: a) Descritiva: por expor uma análise organizacional, na qual se conheceu a prática administrativa existente na empresa, relacionada às operações internas dos serviços de BackOffice de uma agência bancária; b) Exploratória: por ser realizada no ambiente da agência bancária, que há pouco conhecimento sistematizado e formalizado referente ao tema tratado neste texto. A pesquisa exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico, assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas. Já no que tange à pesquisa descritiva, a mesma visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento (LAKATOS, 2010). Já quanto aos meios, a pesquisa pode ser enquadrada nas seguintes classificações: a) Pesquisa de campo: pois as informações foram coletadas diretamente na empresa objeto do estudo. b) Investigação documental: pois foram usados documentos encontrados na empresa que serviram de suporte para embasar a pesquisa. O estudo de campo apresenta muitas semelhanças com o levantamento. Distingue-se, porém, em diversos aspectos. (...) pode-se dizer que o levantamento tem maior alcance e o estude campo, maior profundidade. (...) o levantamento procura ser representativo de universo definido e oferecer resultados caracterizados pela precisão estatística. Já o estudo de campo procura muito mais o aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da população segundo determinadas variáveis. (...) no levantamento procura-se identificar as características dos componentes do universo pesquisado, possibilitando a caracterização precisa de seus segmentos. No estudo de campo, estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação entre seus componentes (GIL, 2012). 45 A pesquisa documental segundo nos informa Gil (2012) assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda tratamento analítico, ou seja, ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Com relação à coleta dos dados, ou à aquisição das informações necessárias ao respectivo estudo, adotou-se como instrumentos de coleta de dados a análise documental, tanto em documentos físicos como os disponibilizados via computador no sistema de informações da respectiva instituição financeira. Outra justificativa para utilização do estudo reside no fato deste método não significar uma amostragem, como experimento (YIN, 2001). Desta forma, o objetivo deste trabalho é expandir o conhecimento sobre o assunto estudado e generalizar teorias, através do que Yin (2001) chama de generalização analítica. Este trabalho não será conduzido com dados amostrais de frequências, por este motivo, não será possível fazer generalizações estatísticas. No que se refere aos aspectos da caracterização da empresa a Instituição bancária em estudo é 100% pública e a principal agente das políticas públicas do Governo Federal, atendendo não só a serviços bancários, mas também programas sociais. Sua rede de atendimento abrange 5.561 municípios brasileiros e está composto por mais de 17 mil pontos de atendimento entre agências, lotérico e correspondentes bancários, além de terminais eletrônicos, Banco 24h, Caixa Rápido, débito automático, atendimento telefônico e o Internet Banking. A referida Instituição tem como missão promover a melhoria contínua da qualidade de vida da sociedade, intermediando recursos e negócios financeiros de qualquer natureza, atuando prioritariamente, no fomento ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de habitação, saneamento e infraestrutura, e na administração de fundos, programas e serviços de caráter social. A visão da mesma é ser referência mundial como banco público integrado, rentável, socialmente responsável, eficiente, ágil e com permanente capacidade de renovação. Tendo, pois, a mesma, valores que são: o direcionamento de ações para o atendimento das expectativas da sociedade e dos clientes; busca permanente de 46 excelência na qualidade de serviços; equilíbrio financeiro em todos os negócios; conduta ética pautada exclusivamente nos valores da sociedade; Respeito e valorização do ser humano. 47 4. SERVIÇOS EXCELÊNCIA DE AUTOATENDIMENTO BANCÁRIO: EFICIÊNCIA E O capítulo ora apresentado traz as contribuições através de seus resultados no que tange a compreensão da realidade no que se refere aos serviços de autoatendimento bancários, analisando quais políticas de melhorias as instituições bancarias podem desenvolver para que o autoatendimento gere nos clientes e instituição os objetivos propostos pela mesma. Ou seja, confiança e credibilidade da marca. Nesse sentido Abrão (2007) esclarece que: Fruto da realidade, surgida com as modificações no setor bancário, nasce um conceito próprio de banco virtual, operacionalizado pelo próprio cliente à distância, sem gastar tempo e nem se deslocar para o interior da agência bancária, disponibilizando plúrimas formas de operações que delimitam essa circunstância. Portanto, com o assombroso desenvolvimento tecnológico e com a magnetização de cartões disponibilizados para o acesso rápido e fácil de clientes, este tipo de atividade que é regida por satélites em redes interligadas, muitas vezes, traz para o cliente problemas, onde uma simples queda de energia, pode transformar uma simples transação bancária em um acontecimento árduo e penoso para o cliente. Lira (2010) ao tratar dos aspectos tecnológicos do autoatendimento bancário nos esclarece que o entendimento das necessidades e expectativas dos clientes tem sido um dos maiores desafios para os bancos. Todo processo de aprimoramento dos serviços e fidelização dos clientes dependem do sucesso do entrosamento do link entre os objetivos dos bancos e os desejos dos clientes. As Instituições Financeiras devem ter ciência dos fatores que os clientes acham primordiais para o sucesso na prestação dos serviços bancários on-line, e os padrões aceitáveis de qualidade, como também, perceber os níveis de reprovação e receios dos clientes no uso dos serviços bancários na era da modernidade dos serviços. As operações eletrônicas e seus reflexos nos serviços de autoatendimento bancário: eficiência e excelência são pontos que devem ser 48 avaliados dia a dia, visto que o cliente é quem faz suas transações, se configurando como autossuficiente. 4.1 OPERAÇÕES ELETRÔNICAS E SEUS REFLEXOS O autoatendimento oferece ao cliente a comodidade do serviço 24 (vinte e quatro) horas por dia, 7 (sete) dias por semana. O cliente participa ativamente do processo, assumindo a posição do funcionário na obtenção do serviço. Esse tipo de prestação de serviço inclui o cliente como mão de obra no processo de disponibilização de serviços. Para as Instituições Financeiras, esta mão de obra é gratuita e substituiria, parcialmente, o colaborador tradicional de atendimento. A economia de custos com o uso destes novos canais de distribuição é significativa na estrutura financeira do banco. É provável que, se dependesse apenas das instituições financeiras, todas as agências como as que existem hoje seriam fechadas e os clientes fariam as suas operações por meios eletrônicos. Várias campanhas de marketing e publicidade são lançadas para incentivar os mais conservadores a mudarem seus hábitos nas transações bancárias. Segundo Lovelock e Wirtz (2006, p.46), quanto maior for o trabalho que se espera que os clientes realizem na qualidade de coprodutores, maior a necessidade que eles têm de informações sobre como agir para conseguir os melhores resultados. Ainda segundo o autor, durante um encontro de serviço, é mais provável que os clientes utilizem o autosserviço quando as máquinas automáticas oferecerem instruções operacionais de autoatendimento. Importante destacar que o sistema funciona ininterruptamente, durante 24 horas, e nada descarta que o cliente realize suas operações num feriado, final de semana ou no dia em que a agencia está fechada. Segundo esclarece Abrão (2007, p. 419) conveniente destacar que essas agências de autoatendimento são plasmadas nos conceitos de modernidade e liberdade ao usuário na determinação de suas operações. São colocados terminais que permitem saques, empréstimos e multivariadas operações, quando o operador 49 passa o cartão e digita o número de sua senha, de tal maneira que o funcionário do banco cumpre neste tipo de atividade papel secundário. Portanto, em consonância os avanços na tecnologia bancária e no aprimoramento dos serviços bancários, passaram por um processo de inovações que, segundo Steiner e Teixeira (1990) apud Neto (2008). basearam-se na estruturação do Centro de processamento de Dados (CPD) em três estágios, conforme apresentado no Quadro 1. Quadro 1: Ciclo da Tecnologia nas Instituições Financeiras Década Fase Características Automação da retaguarda (back-office). 70 Informatização das operações de processamento de transações. 80 Automação de atendimento ao cliente Criação de terminais on-line, onde os (front-office). bancários puderam usar a automação em suas interações com os clientes. Automação da Interface com o cliente. 90 Os clientes iniciam e terminam as transações, sem a necessidade dos bancários Fonte: adaptado de Steiner e Teixeira (1990) apud Neto (2008). A revolução tecnológica veio desacompanhada do risco inerente à operação e, efeito disso, o campo jurídico ainda é bastante tímido na atribuição das responsabilidades e falhas, defeitos ou na constatação da utilização incorreta do sistema. Portanto, segundo nos esclarece Abrão (2007, p. 425): Os meios dispostos pelo sistema financeiro são irreversíveis, numa situação de crescente aprimoramento e prioritário suporte ao cliente e respectivo usuário, quanto ao acesso ao banco de dados e à realização das operações fora de horários normais de funcionamento das agências, com os indicadores de segurança e comprovação da técnica utilizada, máxime quando em jogo valores elevados que poderiam comprometer a integridade do aparato estruturado. Entende-se que com o advento dos avanços tecnológicos o mesmo traz em seu bojo o mecanismo da incorreção, a exemplo de falhas no sistema. Portanto a importância das atividades das unidades de retaguarda. 4.2 ATIVIDADES DAS UNIDADES DE RETAGUARDA As atividades de retaguarda ou Back-Office no apoio e suporte ao autoatendimento bancário possuem uma agenda extensa de atividades. A retaguarda está envolvida em atividades de apoio ao cliente que efetuam suas 50 transações bancárias através de terminais de autoatendimento e, em atividades de controle e conferência, a exemplo de: Acerto de agendamentos não efetivados em razão de feriados municipais. Acerto de operações entre PV’s (transações off-line que não são efetivadas por inconsistência de dados). Conferência da prestação de contas dos lotéricos e correspondentes bancários. Acerto de transações não finalizadas nos sistemas de transferência de benefícios, sistema de FGTS, sistema de empréstimos, sistema de cobrança bancária, sistema de pagamento de salários, sistema de depósito e contabilidade, sistema de transferência eletrônica de fundos. Acerto de transferência eletrônica de fundos (TED) (NETO, 2008). Ainda segundo o autor (2008) a Gestão do Risco Operacional é a regularização de Transferência eletrônica Disponível - TED, que é o serviço de transferência de valores superiores a R$ 4.999,99 entre diferentes bancos. Quando existe divergência nos dados das contas informadas na transferência, o sistema bancário estorna a operação. Quando o estorno não é feito por completo e automaticamente, é necessário que a Retaguarda de Ponto de Venda - RETPV faça o acerto manual. Para tanto, a RETPV precisa monitorar no sistema, durante o dia, as operações que são estornadas parcialmente e fazer a sua regularização até as 17h. Segundo Neto (2008) a Gestão do Fluxo de Numerário, no que se refere à conciliação contábil bancária, a unidade de retaguarda é responsável por controlar a quantidade de numerário disponível no Ponto de venda - PV, solicitando abastecimento ou recolhimento, junto à empresa transportadora de valores, conforme for a necessidade. O setor de tesouraria estabelece baseado, em critérios como volume de transações e quantidade de saques e depósitos diários, o limite máximo de dinheiro que o PV deve ter para trabalhar. Quando a unidade finaliza o dia com um valor superior a cinquenta por cento do estipulado, então o indicador de desempenho tem seu percentual reduzido. Além do limite diário, a unidade também tem um limitador mensal, ou seja, a média mensal também precisa ficar abaixo do patamar estabelecido para que a RETPV fique com cem por cento da meta atingida. Encerrando os Itens de acompanhamento aparece a regularização de pendências em contas com transação off-line. Existem algumas operações de débito 51 e crédito em conta, efetuadas pelo PV, que são finalizadas somente depois que é feito o processamento noturno (batimento entre os diversos sistemas da instituição bancaria). Algumas dessas operações não conseguem ser concluídas e precisam ser acertadas no dia seguinte à ocorrência. Esse acerto fica a cargo da RETPV e fica registrado caso não aconteça no dia seguinte à ocorrência. Na descrição de um programa, conforme Rossi, Freeman e Lipsey (2004) apud Neto (2008) devem estar presentes a sequencia causa-efeito das atividades executadas. Analisando o programa de avaliação das retaguardas sob esse ponto de vista, pode-se verificar que as atividades relacionadas à Gestão do Risco Operacional se refletem na satisfação do cliente, no caso da regularização de TED; e na diminuição do risco financeiro, no caso da verificação da conformidade, demonstrado na Figura 1. Regularização imediata de TED Serviço prestado com agilidade e confiabilidade Clientes satisfeitos Verificação da conformidade Correção tempestiva de irregularidades Diminuição de perdas financeiras Figura 1. Programa da sequencia causa-efeito na Gestão do Risco Operacional Fonte: Elaborado pela autora Na Gestão do Fluxo de Numerário ficam evidentes os efeitos decorrentes do efetivo controle da quantidade de dinheiro no PV. A manutenção do volume de dinheiro no patamar adequado ao atendimento dos clientes traz agilidade para o serviço prestado no PV. Além disso, quando a quantidade de valor disponível não ultrapassa os limites estabelecidos, os riscos de perdas são reduzidos, pois os PV’s se tornam menos atrativos para a ocorrência de assaltos, trazendo uma maior segurança para clientes e empregados (NETO, 2008). Na questão sobre o risco operacional, conforme definição do Banco Central explicitada na Resolução 3.380 de 29 de junho de 2006 são a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. 52 Já o relatório divulgado pelo comitê reunido na Basiléia (1988) conhecido como acordo da Basiléia II, acrescenta, na definição de risco operacional, o risco jurídico e deixa de fora o risco estratégico e de reputação. Com o intuito de reduzir esses riscos, a empresa os colocou como item de avaliação das unidades de retaguarda. O objetivo da instituição bancária, na conciliação contábil no que tange as atividades de retaguarda- apoio e suporte ao autoatendimento bancário (back – office) está a regularização de TED’s como item a ser avaliado, e garantir que o serviço seja realizado conforme o previsto, evitando que o Banco sofra sanções e perdas financeiras pela não regularização de pendências em tempo hábil. Segundo a Resolução 2.554 de 29/09/1998 do Banco Central, este define como responsabilidade da diretoria das instituições financeiras a implementação de controles internos. Dentre esses controles, exige-se a segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma a que seja evitada o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de potencial conflito da espécie. Essa questão é tão importante para o Banco Central ao ponto que, no caso de existir aplicação de controles insuficientes, a instituição pode sofrer limites operacionais mais restritos, bem como ser obrigada a adotar controles adicionais nas suas operações. Nesse contexto, a qualidade no atendimento é imprescindível no que se refere as atividades das unidades de retaguarda. 4.3 QUALIDADE NO ATENDIMENTO A qualidade no atendimento prestado permite que as empresas construam vínculos fortes e lucrativos com os seus clientes-alvo, que é essencial para garantir fidelização do cliente e vantagem competitiva à empresa. Cobra e Zwarg (1986, p.54), afirmam que: O cliente de um banco, por exemplo, não busca apenas uma conta corrente ou um cheque especial, ele busca segurança, conveniência, prestígio, amizade e diversas outras satisfações que devam estar agregadas aos serviços prestados pelo banco. 53 Na atualidade, o cliente é cada vez mais exigente e está constantemente recebendo informações sobre seus direitos e deveres, possui maior acesso a uma infinidade e variedade de produtos e serviços, tem forte poder de decisão e é consciente do que quer e do que não quer. Ele não quer somente o serviço, quer ser ouvido, bem tratado, perceber que a empresa o valoriza. Nesse sentido, o cliente necessita encontrar valor na sua relação com a empresa, perceber que os benefícios que ele recebe em um determinado serviço são superiores aos custos associados a sua obtenção. Para os bancos, essa relação é muito importante, pois a tecnologia permite, cada vez mais a similaridade entre produtos e serviços oferecidos por eles. Isso faz com que os clientes escolham pelo banco que oferece um melhor atendimento. Compreensão da realidade no que se refere aos serviços de autoatendimento bancários e, quais políticas de melhorias essas instituições podem alavancar para que o autoatendimento gere nos clientes e instituição os objetivos propostos pela mesma. Ou seja, confiança e credibilidade da marca (GARCIA, 1998). Pode-se entender que na atualidade a preocupação não é mais somente atrair clientes e, sim, retê-los, pois produtos e serviços são facilmente copiados e a expectativa dos clientes vai aumentando, influenciada pela inovação em serviços, “guerra de preços” e novas tecnologias. Steiner e Teixeira (1990) abordam a questão da contribuição dos serviços de Back – Office esclarecendo que consideram a existência de três passos lógicos envolvidos na execução de uma transação bancária. O primeiro ocorre quando um cliente solicita uma transação ao banco; o passo seguinte é a iniciação interna, em que uma transação é transmitida aos sistemas administrativos; e o terceiro corresponde ao processamento, que envolve o registro contábil dessa transação. A incorporação de inovações no setor bancário iniciou-se no terceiro passo das transações, para depois expandir-se à iniciação interna e, em seguida, à iniciação pelo cliente. Na conciliação contábil o trabalho executado por colaboradores na área da retaguarda bancária tem fundamental importância para a concretização dos negócios efetuados pela rede de agências bancárias, através da resolução de pendências contábeis e operacionais, geradas quando da interface entre os sistemas operacionais e o sistema contábil, bem como apoio ao público interno, que são os colaboradores das agências que necessitam de suporte para atendimento com respostas tempestivas às consultas, reclamações e aos pedidos de 54 informações formulados pelos clientes e usuários, como exemplo, sobre determinada operação efetuada nas salas de autoatendimento. Dessa forma, a minha contribuição é efetuar o controle contábil e operacional das operações/transações realizadas nos canais de autoatendimento das unidades pertencentes a esta Superintendência Regional (SR), realizando a conciliação contábil no menor espaço de tempo, para que as operações sejam finalizadas adequadamente, com a correta apropriação nos sistemas corporativos e contábeis. Esse processo de conciliação contábil é constituído de atividades reativas, cujas ocorrências são derivadas de falha na entrada de dados nos canais/sistemas, falhas humanas ou ainda de inadequação dos sistemas corporativos, o que gera pendências no dia seguinte, que devem receber o devido tratamento por parte do colaborador que trabalha na Retaguarda. Importante contribuição ao controle interno e que pode ser realizada é a sugestão de melhorias nos processos referentes ao desenvolvimento de programas/aplicativos que facilitem a identificação das pendências contábeis, já que os canais de autoatendimento, no que diz respeito à Instituição Financeira estudada, mexem com vários sistemas corporativos. Importante lembrar que cada pendência gerada exige tratamento manual e específico, através de consultas, pesquisas, análises, acesso aos documentos, demanda às agências e/ou encaminhamento a outras áreas (inclusive da Matriz), na tentativa de solucionar a ocorrência, com o fim de mitigar os riscos para a instituição financeira e para os clientes, bem como contribuir para melhorar a relação cliente/instituição. 55 5.CONCLUSÃO A qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas é primordial para a classificação dos clientes quanto ao atingimento, ou não, da excelência no atendimento. Como a maioria dos serviços bancários hoje estão disponíveis através dos meios de autoatendimento, a dedicação à qualidade destes serviços é primordial. A dinâmica do sistema financeiro exige que as empresas aperfeiçoem seu modelo de negócios para se adaptarem às constantes mudanças nos cenários do macroambiente e da indústria bancária. Nesse sentido, o presente estudo buscou compreender através de seus resultados a abrangência da realidade no que se refere aos serviços de autoatendimento bancários e, quais políticas de melhorias essas instituições podem alavancar para que o autoatendimento gere nos clientes e instituição os objetivos propostos pela mesma. Ou seja, confiança e credibilidade da marca. Pois, entende-se que a concorrência exige das instituições financeiras a melhoria constante da eficiência operacional, visto que esta representa um desafio para toda e qualquer organização que pretenda se manter e crescer no mercado, a partir da geração de resultados sustentáveis. Entendida como a relação entre custos e receitas, a eficiência operacional é um tema que ganha espaço cada vez maior nas discussões estratégicas das empresas, sobretudo diante do acirramento da concorrência, associado a um aumento do poder de barganha dos consumidores e às próprias funcionalidades resultantes da evolução das tecnologias de informação e comunicação. Os objetivos específicos foram alcançados na pesquisa quando estes fazem a verificação como se caracteriza o funcionamento de terminais de autoatendimento bancário e, ainda discute o desafio da Instituição Financeira em gerenciar os seus riscos operacionais em decorrência de falhas em um sistema aplicativo que impossibilite a sua utilização por um determinado período de tempo, utilizando a conciliação contábil para efetivação dos resultados. A identificação dos objetivos da pesquisa foi alcançada, pois com o estudo foi permitido entender a importância da conciliação contábil nas atividades de retaguarda- apoio e suporte ao autoatendimento bancário (back – office). Além 56 disso, depois da identificação dos objetivos da avaliação, foi possível verificar, também, que grande parte desses objetivos são alcançados pelas unidades. Dessa forma, ao mesmo tempo em que se deve dar atenção às linhas de frente de relacionamento direto com cliente, a Instituição financeira deverá entender ser fundamental aperfeiçoar os seus processos e serviços de suporte internos (dentro do ambiente da agência) e externos (centros operacionais). Também deverá encontrar soluções que resultem na melhoria de sua eficiência no apoio aos negócios, desenvolvendo modelos operacionais inovadores e sustentáveis, que atinjam o propósito de efetividade almejado pela instituição bancaria e transforme em satisfação para o cliente. 57 6. REFERÊNCIAS ABRÃO, Nélson. 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