HISTÓRIA DAS
MULHERES E
TOLERÂNCIA SOCIAL À
VIOLÊNCIA CONTRA AS
MULHERES NO BRASIL
Prof. Victor Creti Bruzadelli
A pesquisa

Organizada pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA);

Sistema de Indicadores de
Percepção Social (SIPS):
Tolerância social à violência
contra as mulheres;

Publicada em 27 de março de
2014;

3809 domicílios;

212 cidades em todas as
unidades federativas;

25 questões a respeito do
universo feminino.
Pré-história

Paleolítico





Ciclo menstrual iniciado aos 18 anos:
subnutrição e vida nômade;
Expectativa de vida feminina: 28 anos;
Iniciação sexual a partir da menarca:
atratividade das fêmeas e agressividade
dos machos;
Triplo de machos em relação às fêmeas:
sofrimento da concepção;
Idade dos Metais:

Transformações anatômicas: genitálias
expostas entre as pernas → afeto;

Vênus de Willendorf
Escultura Paleolítica datada de
cerca de 22000 a 24000 anos
atrás. Suas características físicas
remetem ao mesmo tempo à


Desenvolvimento da civilização: organização
social da vida em família:
Divisão do trabalho de acordo com gênero e
idade;
Fim da liberdade sexual e desenvolvimento da
monogamia.
Grécia

Atenas:
 Mulheres:
 Reservadas
ao
Oikos (casa –
mundo privado)
onde ocupavam um
cômodo especial, o
gineceu;
 Mantinham-se
sempre sob domínio
masculino;
Algumas exceções na condição
social feminina aparecem na história
“O silêncio é o adorno das mulheres”grega, como é o caso de Temistocleia,
considerada uma das primeiras filósofas
da humanidade e preceptora de
(SÓFOCLES. Ájax)
Pitágoras.
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
Grécia
”Eis os conselhos que um bom
marido dá à sua mulher: É mais honesto 
para a mulher ficar em casa do que estar
sempre saindo; e é mais vergonhoso
 Mulheres:
para o homem ficar em casa do que fora,
tratando de negócios. Portanto, deverás
(tu mulher) permanecer em casa,
 As meninas ficavam
mandar
acompanhar
teus
servos
sob a proteção
encarregados dos trabalhos externos e
materna até
fiscalizar pessoalmente aqueles que
casarem entre os 11
trabalham dentro de casa. Deverás
receber o que for trazido e distribuir as
e 14 anos;
provisões que devem ser usadas; com
relação ao supérfluo, tu deves zelar para
 Eram submissas e
que não se gaste num mês o que estiver
raramente saíam de
destinado ao ano inteiro. Entretanto, uma
casa;
das tuas funções que, talvez, te agradará
menos: se algum de teus escravos ficar
 Eram preparadas
doente, deverás cuidar dele até sua cura
completa”
para o casamento.
Atenas:
Grécia
Mulheres de Atenas
Carícias plenas, obscenas
Morenas
(Chico Buarque, 1976)
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres
de Atenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres
de Atenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres
de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros Temem por seus maridos, heróis e amantes
de Atenas
de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de
Atenas
Quando eles se entopem de vinho
As jovens viúvas marcadas
Quando amadas se perfumam
Costumam buscar o carinho
E as gestantes abandonadas
Se banham com leite, se arrumam
De outras falenas
Não fazem cenas
Suas melenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Vestem-se de negro, se encolhem
Quando fustigadas não choram,
Quase sempre voltam pros braços
Se conformam e se recolhem
Se ajoelham, pedem, imploram
De suas pequenas
Às suas novenas
Mais duras penas
Helenas
Serenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres
de Atenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres
de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos
de Atenas
Secam por seus maridos,
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres
de Atenas
Guardam-se pros maridos, poder e força de
Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Quando eles embarcam soldados
Nem defeito nem qualidade
Elas tecem longos bordados
Têm medo apenas
Mil quarentenas
Não têm sonhos, só têm presságios
E quando eles voltam, sedentos
O seu homem, mares, naufrágios
Querem arrancar, violentos
Lindas sirenas
Orgulho e raça de Atenas.
Grécia

Esparta: Mulheres:

Maior independência que a
mulher ateniense;

Educação similar a dos
homens: corpo são, filhos sãos
;

Aulas de educação sexual com
hilotas especializados;

Cuidavam do lar, enquanto os
homens estavam nos quartéis;

Gozavam de grande liberdade
sexual.
“Lisístrata: Se fosse para uma bacanal
ou coisa parecida nem teria sido
necessário convidá-las. Como é para coisa
séria,até agora nenhuma mulher
apareceu. (percebendo Cleonice que se
aproximava). Até que enfim vejo uma
vizinha saindo de casa! Bom dia, Cleonice!
Cleonice: Bom dia, Lisístrata. Por que
você está de cara amarrada? Deixe esse
ar trágico, meu bem, Você assim vai ficar
com rugas.
Lisístrata: É, Cleonice; estou com o
coração pulando de raiva de nós mesmas,
mulheres. Dizem que com os homens
somos espertíssimas...
Cleonice: E somos mesmo!
Lisístrata: ... mas quando se combina um
encontro aqui para tratar de assunto tão
sério, elas ficam dormindo; não
aparecem!“
Idade Média

Funções familiares:
esposas, mães e filhas;

Funções profissionais,
tanto no campo quanto
nos burgos;

Maior igualdade nas
ordens subalternas;

A mulher era submissa
aos homens: uso do
véu.
“Por natureza, na maior
parte dos casos, há o que
comanda e o que é comandado.
O homem livre comanda o
escravo da mesma forma que o
macho à fêmea [...]. E, todavia,
as partes da alma existem de
maneira diferente: o escravo
está totalmente privado da parte
deliberativa; o sexo feminino a
possui, mas sem a possibilidade
de decisão [...]. Estabelecemos
que o escravo é útil para as
necessidades da vida. Fica,
portanto, claro que ele não tem a
necessidade senão de pequena
parcela de virtude. O suficiente
apenas para não ficar inferior à
sua tarefa, por desregramento
ou negligência.”
(ARISTÓTELES. Política)
Idade Média Idade Média
Iluminura representando Adão e Eva
“Disse
também
à
mulher:
Multiplicarei
os
sofrimentos de teu parto;
darás à luz com dores, teus
desejos te impelirão para o
teu marido e tu estarás sob o
seu domínio. E disse em
seguida ao homem: Porque
ouviste a voz de tua mulher e
comeste do fruto da árvore
que eu te havia proibido
comer, maldita seja a terra
por tua causa. Tirarás dela
com trabalhos penosos o teu
sustento todos os dias de tua
vida”
(Gn. 3, 16-17)
Idade Média
“Tu deverias usar sempre
o luto, estar coberta de
andrajos e mergulhada na
penitência, a fim de
compensar a culpa de ter
trazido a perdição ao
gênero
humano
(...)
Mulher, tu és a porta do
diabo. Foste tu que
tocaste a árvore de Satã
e que, em primeiro lugar,
violaste a lei divina.”
(TERTULIANO – teólogo
medieval)

A mulher como a
responsável pelos
pecados da
humanidade;

Dualismo entre corpo e
alma:
“H. Bloch que, a partir dos escritos dos
primeiros padres da Igreja afirma ter
ocorrido uma feminização da carne “ou
seja, de acordo com a metáfora da
mente e do corpo, a associação do
homem com mens ou ratioe da mulher
com o corporal”
(1995, p. 17)
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
Idade Média

Misoginia: Aversão
à mulher e ao sexo
feminino.

Arquétipos
femininos:
 Virgem
Maria;
 Eva;
 Maria
QueimaMadalena.
de uma bruxa na
fogueira na localidade de Willisau,
Suíça (em 1447).
Idade Média

As visões cristãs sobre o
matrimônio:
“Se
o
homem
separa-se de sua mulher
por causa qualquer que não
seja fornicação, mutilado de
uma costela, já não é
completo. Para a mulher é
bem pior: se abandona seu
homem, ela não existirá
mais para Deus, pois não é,
de
início,
um
corpo
completo nem uma carne
completa, mas apenas uma
parte oriunda do homem”
“Penso que seria bom ao homem não
tocar mulher alguma. Todavia, considerando o
perigo da incontinência, cada um tenha sua
mulher, e cada mulher tenha seu marido. O
marido cumpra o seu dever para com a sua
esposa e da mesma forma também a esposa o
cumpra para com o marido. A mulher não pode
dispor de seu corpo: ele pertence ao seu
marido. [...] Não vos recuseis um ao outro, a
não ser de comum acordo, por algum tempo,
para vos aplicardes à oração; e depois retornai
novamente um para o outro, para que não vos
tente Satanás por vossa incontinência. Isto digo
como concessão, não como ordem. [...] Aos
solteiros e às viúvas, digo que lhes é bom se
permanecerem assim, como eu. Mas, se não
podem guardar a continência, casem-se. É
melhor casar do que abrasar-se. Aos casados
mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher
não se separe do marido. E, se ela estiver
separada, que fique sem se casar, ou que se
reconcilie com seu marido.”
Idade Moderna

Início da educação feminina:


Fim da associação entre feminilidade e
irracionalidade;
Com a Reforma religiosa cada um
responsável por sua salvação:



Mulher educada para se salvar;
Nascida para ser esposa;
Deveria ser submissa ao marido, bem
como a Deus;

Reforço das famílias patriarcais;

Descoberta do clitóris por Renaldo
Colombo:


Negação do prazer sexual feminino.
Valorização da virgindade e da pureza
sexual.
Joana D’Arc, a virgem de Orleáns
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
Idade Moderna

Século XVIII:

Valorização da maternidade e
da superioridade moral das
mulheres (mais bondosas e
altruístas);

Mulheres aristocratas podiam
administrar o lar na ausência
de figuras masculinas
enquanto as dos grupos
subalternos trabalhavam ao
lado dos maridos;

Família burguesa: mulher
enquanto educadora dos
filhos.
“Uma Mulher é uma filha, uma Irmã, uma
Esposa, e uma Mãe, um mero apêndice da
Raça Humana”.
Richard Steel (século XVIII)
“Ser
mulher
é
ser
quase
integralmente mãe dedicada e atenciosa, um
ideal que só pode ser plenamente atingido
dentro da esfera da família ‘burguesa e
higienizada’. Os cuidados e a supervisão da
mãe passam a ser valorizados nessa época,
ganha força a ideia de que é muito
importante que as próprias mães cuidem da
primeira educação dos filhos e não os
deixem simplesmente soltos sob a influência
de amas, negras ou ‘estranhos’, ‘moleques’
de rua.”
(D’INCAO, Maria Ângela. Mulher e família burguesa)
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
Idade Contemporânea

Revolução francesa:
 Primeira
onda de
participação
feminina na política;
 Marcha
a Versalhes:
 Exigência
"Vamos buscar o padeiro (o rei), a padeira (a
rainha) e o padeirinho (o príncipe delfim)."
de
diminuição do valor
do pão e o retorno
imediato do rei a
Paris.
Idade Contemporânea
“ou
nenhum indivíduo da
espécie
humana
tem
verdadeiros direitos, ou todos
têm os mesmos; e aquele que
vota contra o direito de outro,
quaisquer que sejam a sua
religião, a sua cor ou o sexo,
abjurou,
a
partir
desse
momento, dos seus próprios
direitos.”
(Condorcet, Journal de la Société de 1789)
“As
mulheres
estiveram na vanguarda da
nossa Revolução. Não é de
admirar: elas sofriam mais.”
(MICHELET, Jules. Histoire de La Révolution
Française.)

Revolução francesa:

Sem direito a voto e
participação da Guarda
Nacional;

Inicialmente tiveram a
participação política vetada,
utilizando-se das tribunas
abertas ao público;
Participaram das lutas
armadas, apesar da proibição
legal e algumas com certo
destaque
militar:
“Não
fiz a guerra
como mulher, fiz a

guerra como um bravo!”
(Marie-Henriette Xaintrailles, ajudante de campo do
general Menou)
Idade Contemporânea

Século XVIII e XIX:

Mulher vista como
biologicamente pouco
afeita à sexualidade;

Nascida para ser mãe
e esposa;

Mãe desnaturada: não
cuida dos filhos vai
contra a sua natureza
de ser mãe.
Maternidade, Eliseu Visconti (1905)
“No fim do século XVIII, o amor materno parece um conceito
novo. Não se ignora que esse sentimento existiu em todos os tempos,
se não todo o tempo e em toda parte (...) Mas o que é novo, em
relação aos dois séculos precedentes, é a exaltação do amor materno
como um valor ao mesmo tempo natural e social, favorável à espécie
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
Idade Contemporânea

Século XIX:

Início dos movimentos
feministas (Primeira onda
feminista):

Busca de direitos de igualdade
de trabalho e propriedade;

Oposição aos casamentos
arranjados;

Fim da propriedade dos
maridos sobre as mulheres e
filhos;

Conquista de direitos sobre
seu próprio corpo;
Passeata pelo sufrágio feminino em
Nova York (1912)
Idade Contemporânea
“No século XIX, para as
mulheres que pensaram ser
algo mais do que ‘bonecas’ ou
personagens literárias,
os
textos dos escritores colocaram
problemas
tanto literários
quanto filosóficos, metafísicos e
psicológicos. Como a cultura e
os
textos
subordinam
e
aprisionam, as mulheres, antes
de
tentarem
a
pena
cuidadosamente mantida fora do
seu
alcance,
precisaram
escapar dos textos masculinos Esposa: John! Onde está o resto de nosso
salário?
que a definiam como ninharia,
Como eu vou pagar o aluguel e comprar comida
nulidade ou vacuidade.”
(TELLES, Norma. Encantações: escritoras
e imaginação literária no Brasil no século
XIX)
para as crianças?
Marido: Cale a boca! O que eu faço com meu
dinheiro não é problema seu.
Charge publicada no jornal "The Vote", da Womens Freedom
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
Idade Contemporânea
Senhorita dentista: Segure-se eu vou chamar mais ajuda.
Charge que procura ridicularizar a atuação profissional das mulheres no século XX, na Inglaterra.
Publicada pelo Punch Magazine em 1907.
Idade Contemporânea

Século XX:
A grande revolução deste
século não foi o marxismo, foi o
feminismo.
(Perry Anderson)

O trabalho feminino
nas fábricas;

As grandes guerras:
mulheres assumem
os postos de trabalho
e controle do lar;

Conquistas de
algumas pequenas
liberdades.
Mulheres
trabalham
na
fuselagem da cauda de uma aeronave
da companhia Douglas Aircraft na
Califórnia (1942).
Idade Contemporânea
Cartaz da Primeira Guerra
Cartaz da Segunda Guerra
Idade Contemporânea
“É necessário demonstrar
que não são propriamente as
características sexuais, mas é a
forma como essas características
são representadas ou valorizadas,
aquilo que se diz ou se pensa
sobre elas que vai constituir,
efetivamente, o que é feminino
ou masculino em uma dada
sociedade e em um momento
histórico.
Para
que
se
compreenda o lugar e as
relações de homens e mulheres
numa
sociedade
importa
observar não exatamente seus
sexos, mas sim tudo o que
socialmente se construiu sobre
os sexos”

Século XX:

Segunda onda
feminista:

Fruto da inserção da
mulher no mercado de
trabalho;

Iniciada na década de
1960;

Libertação da mulher:
Busca de igualdade total
de direitos e fim da
discriminação;
Idade Contemporânea

Século XX:

Segunda onda
feminista:

Libertação sexual:
homossexualidade e
bissexualidade;

Ascensão de
intelectuais feminista;

Conquistas:

Divórcio, aborto,
anticoncepcionais...
Manifestação feminista na Itália (1970)
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
Maioria Oprimida, de Eléonore Pourriat
(2010)
Marcha das vadias
Marcha das vadias em Goiânia

Movimento feminista
contemporâneo:

Iniciado em Toronto em
Janeiro de 2011;

Motivações:

Onda de estupros na
Universidade de Toronto;

Orientação do policial
Michael Sanguinetti que
orientava "as mulheres
evitassem se vestir como
vadias, para não serem
vítimas“.
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
SIPS Tolerância social à violência
contra as mulheres
As chinesas
POLÍTICA DO FILHO ÚNICO
- Preferência pelo gênero
masculino.
- 13 milhões de abortos são
feitos a cada ano: 1.458 abortos
por hora
- 37 milhões de homens a mais
que as mulheres.
- China é o país com a
porcentagem de suicídios
femininos mais alta do mundo,
com aproximadamente 500
mulheres por dia acabando com a

As indianas


Índia é a pior nação
entre os G20 para se
ser mulher.
Mulheres e meninas
ainda são vendidas, se
casam com apenas 10
anos de idade, são
queimadas vivas em
disputas de dotes entre
famílias, exploradas e
abusadas em trabalhos
domésticos escravos,
de acordo com o relato
de ativistas.
As africanas


Pelo menos 130 milhões de
mulheres já foram submetidas
a mutilação genital e dois
milhões de mulheres a cada
ano correm o risco de serem
forçadas a se submeterem a
esta prática;
Estupros e outras formas de
violência sexual estão
aumentando. Muitos estupros
não são denunciados: as
estimativas variam, mas
acredita-se que menos de 3%
dos estupros na África do Sul
são denunciados.
Mutilação feminina
No Oriente Médio



Meninas proibidas de ir à escola
e condenadas ao analfabetismo.
Mulheres impedidas de trabalhar e de
andar pelas ruas sozinhas. Milhares
de viúvas que, sem poder ganhar seu
sustento, dependem de esmolas ou
simplesmente passam fome.
Mulheres com os dedos
decepados por pintar as unhas.
Casadas, solteiras, velhas ou moças
que sejam suspeitas de transgressões
- e tudo o que compõe a vida normal é
visto como transgressão - são
espancadas ou executadas.
"Um 'infiel' pode se converter e
se livrar da inferioridade que o separa
dos 'fiéis'. Já a inferioridade da mulher
é imutável“. (Leila Ahmed, especialista
em estudos da mulher e do Oriente
Próximo).
MALALA YOUSAFZAI


Em outubro de
2012, a paquistanesa
Malala Yousafzai foi
baleada na cabeça
dentro de um ônibus
escolar.
A garota se tornou
um alvo do Talibã
quando passou a lutar
pelo direito à educação
das mulheres.
Recuperada, ela rumou
para as salas das
Nações Unidas
MACHISMO E CULTURA
DITADURA DA BELEZA

A busca pela beleza e padrões
perfeitos e de
permanecerem jovens e ter que
manter um corpo sempre escultural
vem difundido pela sociedade
moderna e esquecendo-se do mais
importante a própria saúde física e
mental.
Milhares de pessoas que se
sentem na obrigação de estar
sempre perfeitos e para conseguir
esse corpo tão sonhado são
necessário viver na escravidão da
ditadura da beleza, como recorrer
às cirurgias plásticas e academias
em excesso.
DITADURA DA BELEZA
FEMEN

O Femen (de fêmur em
latim, palavra que alude a
feminismo e à força) foi
fundado por jovens
universitárias ucranianas
com idades entre 18 e 20
anos. O coletivo possui hoje
300 filiados e cerca de 40
ativistas que, mais
atraentes, fazem topless. A
fonte de renda provém de
doações individuais e da
venda de produtos como
camisetas, bolsas, canetas e
até pinturas feitas com os
Sara Winter, a primeira brasileira integrante do
grupo feminista Femen
LEI MARIA DA PENHA


Em 1994, o Brasil assinou o
documento da Convenção
Interamericana para Prevenir,
Punir e Erradicar a Violência
contra a Mulher, também
conhecida como Convenção de
Belém do Pará.
Este documento define o
que é violência contra a mulher,
além de e explicar as formas que
essa violência pode assumir e os
lugares onde pode se manifestar.
Foi com base nesta Convenção
que a definição de violência
contra a mulher constante na Lei
Maria da Penha foi escrita.
Não silencie-se!
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História das mulheres