ANÁLISE LITERÁRIA O CORTIÇO BILLY ELLIOT O FILME TÍTULO: Billy Elliot DIRETOR:Stephen Daldry PRODUÇÃO: Reino Unido ANO: 2000 GÊNERO: Drama/Musical CONTEXTO HISTÓRICO DÉCADA DE 80: Crise Mundial do petróleo; Fortalecimento dos sindicatos; Greves trabalhistas em todos os setores; Declínio das ditaduras na América latina; Fim da ditadura militar no Brasil. PERSONAGENS PRINCIPAIS: Billy Elliot Georgia Wilkinson (professora) Jackie Elliot (pai) Tony Elliot (irmão) Michael Caffrey (amigo) ENREDO Billy Elliot, um garoto de 11 anos que vive numa pequena cidade da Inglaterra, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade. Obrigado pelo pai a treinar boxe, Billy fica fascinado com a magia do balé, ao qual tem contato através de aulas de dança clássica que são realizadas na mesma academia onde pratica boxe. Incentivado pela professora de balé, que vê em Billy um talento nato para a dança, ele resolve então pendurar as luvas de boxe e se dedicar de corpo e alma dança, mesmo tendo que enfrentar a contrariedade de seu irmão e seu pai sua nova atividade. TEMÁTICA Intolerância; Preconceito; Desigualdade social; Determinismo; Perseverança (acreditar nos sonhos). A OBRA TÍTULO: O CORTIÇO AUTOR: ALUISIO DE AZEVEDO PUBLICAÇÃO: 1890 ESCOLA LITERÁRIA: NATURALISMO O AUTOR Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (1857-1913) Foi Novelista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro. Era filho do português David Gonçalves de Azevedo e de Emília Amália Pinto de Magalhães. Foi irmão do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo. Desde cedo dedicou-se ao desenho através de caricaturas e à pintura. Em 1876 viaja ao Rio de Janeiro, a fim de estudar Belas Artes, obtendo desde então sustento com seus desenhos para jornais. Foi o responsável por inaugurar a estética naturalista no Brasil com o romance "O mulato" (1881). É também autor dos romances "Casa de pensão" (1884) e "O cortiço", entre vários outros. A influência de Aluísio Azevedo são os escritores naturalistas europeus, entre eles, o mais importante foi Émile Zola. Através dessa ótica naturalista, capta a mediocridade da rotina, os sestros (vícios) e mesmo as taras do indivíduo, uma opção contrária dos românticos que o precederam. O NATURALISMO O Naturalismo é uma escola literária conhecida por ser a radicalização do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. A escola esboçou o que pode-se declarar como os primeiros passos do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin. Os romances naturalistas se destacam pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita. Os naturalistas acreditavam que o indivíduo é mero produto da hereditariedade e seu comportamento é fruto do meio em que vive. A perspectiva evolucionista de Charles Darwin inspirava os naturalistas, que acreditavam ser a Seleção Natural impulsionadora da transformação das espécies. CONTEXTO HISTÓRICO Revolução Industrial; Aumento da desigualdade social; Declínio das monarquias e impérios; Valorização do cientificismo, do positivismo e do determinismo; Ascensão da burguesia. PERSONAGENS PRINCIPAIS: João Romão; Bertoleza; Jerônimo; Rita Baiana; Firmo; Pombinha; Miranda. ENREDO O romance não se concentra em um personagem apenas, mas no início, a ação está mais ou menos centrada no português João Romão, ganancioso e avarento comerciante que consegue enganar uma escrava trabalhadeira chamada Bertoleza (Aluísio várias vezes menciona o conceito racista de que Bertoleza era submissiva e trabalhadeira por ser negra), conseguindo assim, uma empregada que trabalhava de graça. João Romão privava-se de todo o luxo, e só gastava dinheiro em coisas que faziam-no ganhar mais dinheiro. Foi assim que ele começou a comprar terreno e construiu o Cortiço. TEMÁTICA Desigualdade social; Intolerância; Preconceito; Determinismo; Ambição e vaidade. INTERTEXTUALIDADE PONTOS EM COMUM: Desigualdade social; Determinismo; Intolerância e preconceito; Quebra de padrões; Vaidade e poder.