EXERCÍCIO RESOLVIDO EM SALA DE AULA Lojas de atacarejo e preço baixo. Alvos de negócios. Elas garantem baixo custo operacional e atendem as classes de baixa renda, público que mais cresce no País. Não é por acaso que os varejistas vão investir nesses formatos em 2010. 2009 foi o ano dos atacarejos (formato que mistura o atacado com o varejo) e das lojas de preço baixo. Só Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar abriram 134 unidades desses formatos, sem contar as inaugurações da bandeira Atacadão. Se as inaugurações feitas por redes menores forem acrescentadas, esse número pode até dobrar. E tudo indica que em 2010 os dois formatos vão continuar despertando o interesse dos varejistas. Segundo especialistas, um dos motivos é o fato de o número de consumidores das classes C, D e E, o principal público dessas lojas, estar crescendo no País. O baixo custo operacional também tem atraído os varejistas. Ambos operam com poucos funcionários e serviços. O Grupo Pereira, que opera sete atacarejos nas regiões Sul e Sudeste com a marca CompreFort, afirma que os gastos operacionais do formato podem ser de 10% a 15% inferiores aos de um supermercado tradicional. Lojas de preço baixo. Sem custos com estoque parado: atraída por esses diferenciais, a rede Bonanza, 16 lojas em Pernambuco e na Paraíba, decidiu investir no formato. Em fevereiro, a primeira unidade será inaugurada em Patos (PB). “Público é o que não falta para essas lojas”, destaca o diretor do Bonanza. A nova unidade terá 2 mil m2 de área de vendas. Foram investidos cerca de R$ 1,6 milhão e a estimativa é de que os custos operacionais sejam 7% a 10% inferiores aos de nossos supermercados com tamanho parecido. O número de funcionários também será reduzido. A empresa tem cerca de 70, contra 120 de uma loja tradicional. Já o formato de preço baixo não gera despesa de estoque parado, porque as lojas são pequenas e os produtos ficam na área de vendas. Com isso, os gastos com reposição são eliminados. Assim como no atacarejo, a operação exige poucos funcionários e serviços. O número de equipamentos (checkouts, gôndolas, expositores refrigerados) é menor do que o de um supermercado convencional. Além de menos gastos, os investimentos também são menores. Outro ponto é o mix de produtos mais enxuto, geralmente 2 a 3 mil itens por unidade. As despesas de uma loja de preço baixo correspondem a 14% das vendas. Já em uma loja tradicional ficam entre 21% e 23%. O desafio desse formato é a complexidade logística. Como não possuem estoque, precisam de recebimento diário para evitar ruptura. Viabilidade do Investimento: O varejista que pretende investir em atacarejos terá de ser cuidadoso. A operação é diferente, envolve altos volumes e reestruturação do mix. Além disso, a negociação com a indústria também muda. No atacado, só se negocia compra e venda, enquanto em super e hipermercados são incluídas verbas anuais. Já as lojas de preço baixo exigem um grande número de unidades para gerar bom volume de vendas e reduzir custos logísticos. Segundo especialistas, são necessárias cerca de 20 filiais para viabilizar o negócio. QUESTÕES: 1) Quais os diferenciais competitivos dos atacarejos em relação aos supermercados e hipermercados tradicionais? Explique. 2) Faça a análise do composto de praça do atacarejo. 3) Faça a análise do composto de praça dos supermercados tradicionais. 4) Quais são os elementos do composto de Praça? Descreva os itens apresentados no texto. 5) Quais são as variáveis que interferem no composto de Praça?