12 Quarta-feira 21 de outubro de 2015 Jornal do Comércio - Porto Alegre Economia VAREJO Intenção de consumo das famílias registra nova mínima histórica JOÃO MATTOS/JC Indicador da CNC recuou 1,8% em outubro na comparação com setembro e acumula seis meses na zona negativa A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 1,8% em outubro na comparação com setembro, registrando 78,4 pontos. É o menor valor da série histórica, iniciada em 2010, informou ontem a confederação. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração foi de 35,5%. É o nono mês consecutivo da queda do índice, que está há seis meses na zona negativa abaixo de 100 pontos - o que indica uma percepção de insatisfação com a situação atual. “A queda do ICF em outubro decorre da continuidade da deterioração dos fatores determinantes da piora das expectativas ao longo dos últimos 12 meses: aceleração da inflação, enfraquecimento da atividade econômica, com reflexo crescente no mercado de trabalho, e aumento da incerteza política”, diz a CNC em nota. A entidade lembra o resultado recente da Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo IBGE apontando que a queda das vendas no mês de agosto na comparação com julho foi de 0,9% - a maior para o mês desde o ano 2000. O quesito que mede a intenção de compra de bens duráveis é o que registra o menor nível da ICF, em 51,3 pontos. O subitem apresentou retrações de 2,2% na comparação mensal e 51% ante o mesmo período do ano passado. A maior parte das famílias (70,7%) considera o momento atual desfavorável para aquisição de duráveis. Em seguida vem o componente que mede o nível de consumo atual, em 57,7 Consumidores avaliam o momento atual como desfavorável para comprar bens duráveis pontos, registrando recuos de 3,7% em relação a setembro e 43,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a CNC, a queda progressiva nas vagas está aumentando a insegurança das famílias em relação ao emprego. A satisfação com o emprego atual, apesar de ser o único componente da ICF a se manter acima da zona de indiferença, com 106,0 pontos, registrou quedas de 0,8% em relação ao mês anterior e 20,3% na comparação anual. O indicador de de- Cresce procura por serviço de proteção ao crédito A elevação da inadimplência fez com que aumentasse em aproximadamente 20% a procura de lojistas pelo banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Os dados são da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), base operadora do sistema no Estado. A entidade projeta que o número de associados no Estado tenha se elevado de aproximadamente 19 mil em janeiro para mais de 23 mil em setembro. Porto Alegre, Caxias do Sul e Bento Gonçalves foram cidades que se destacaram com maiores altas de associados. A razão para a expansão, segundo o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, ocorre devido ao aumento das vendas AVALIAÇÃO DE DEMANDA DE ENERGIA EMPRESA DE ENGENHARIA ELÉTRICA COM 15 ANOS DE MERCADO 4 4 AVALIAÇÃO TÉCNICA DE GASTO DE ENERGIA DE EMPRESAS ANÁLISE DE CONSUMO DE ENERGIA COM A CONCESSIONÁRIA PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE ECO-GERAÇÃO ENERGIA SOLAR REDUÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA PROJETO E EXECUÇÃO DE ELÉTRICAS INCLUINDO SUB-ESTAÇÃO, PAINEL DE MEDIÇÃO E PARA-RAIO PROJETO E INSTALAÇÃO DE REDE DE INFORMÁTICA UTILIZANDO TECNOLOGIA G -PON INSTALAÇÃO DE GRUPO GERADOR PARA REDUÇÃO DE CUSTO DE ENERGIA EM HORÁRIO DE PONTA ENTRE EM CONTATO PARA UMA AVALIAÇÃO Rua Beirute, 359 - Navegantes - Porto Alegre - RS Telefone: (51) 3362.8266 - (51) 9946.3939 Email para [email protected] - www.mztsistemas.com.br CREA nº 106880 4 4 4 4 4 a prazo pelo tradicional método crediário próprio dos lojistas, ou seja, em razão do grau de endividamento e das altas taxas de juros cobradas pelos cartões de crédito, os lojistas estão criando novas e mais atrativas condições de venda a prazo, permitindo assim criar um clima propício para as vendas. Associado a este movimento, outros lojistas têm buscado formas mais eficientes de cobrar seus clientes inadimplentes, e o serviço de proteção ao crédito tem mostrado um excelente desempenho para efetuar a recuperação de crédito de consumidores em dívidas em atraso. Seis em cada 10 consumidores registrados no SPC limpam o seu nome em até 60 dias. A base de dados do SPC Brasil reúne informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da federação e de praticamente todos os CPFs do Brasil. No País, já são mais de 600 mil empresas que fazem parte do sistema. Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos, maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção de negócios e gestão de carteira. semprego mensal nas seis maiores regiões metropolitanas do País atingiu 7,6% em agosto. O índice era de 4,3% em dezembro de 2014. A falta de perspectivas de reversão do cenário condicionante do consumo no curto prazo levou a entidade a revisar de -2,9% para -3,6% sua expectativa para o varejo restrito em 2015. No conceito ampliado, a projeção feita pela CNC passou de queda de 6,5% para queda de 6,8% ao fim deste ano. Inflação do aluguel sobe 1,86% na segunda prévia de outubro O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) subiu 1,86% na segunda prévia de outubro, ante avanço de 0,65% na segunda prévia de setembro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula aumentos de 8,32% no ano e de 10,06% em 12 meses. Na primeira prévia deste mês, o IGP-M havia subido 1,64%. O IGP-M é usado para reajuste no preço do aluguel. O período de coleta de preços foi de 21 de setembro ao dia 10 deste mês. O resultado final será anunciado no dia 29. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de outubro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 2,63% neste mês, em comparação com a alta de 0,89% na segunda prévia de setembro. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,57%, após subir 0,23% no mês passado. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve elevação de 0,14%, após registrar aumento de 0,11% na mesma base de comparação. A inflação no setor de agronegócios acelerou no atacado. Os preços do IPA agropecuário subiram 3,55% na segunda prévia do IGP-M de outubro, após aumento de 1,44% na segunda prévia de setembro, informou a FGV. A inflação industrial atacadista (IPA industrial) também ganhou força ao registrar alta de 2,27% na leitura divulgada ontem, contra avanço de 0,69% no mês passado. No Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), os preços dos bens finais subiram 1,65% na segunda prévia de outubro, em comparação com o avanço de 0,28% em igual prévia de setembro. Os preços dos bens intermediário tiveram alta de 2,18%, após subirem 1,04% no mês passado. Já os preços das matérias-primas brutas avançaram 4,37%, ante aumento de 1,47% na mesma base de comparação.