LISTA DE HISTÓRIA Feudalismo e Império Árabe 1. (UEFS 2010.1) O papel ideológico e político da religião islâmica, nos primeiros séculos da história dos povos árabes, pode ser identificado, dentre outros, nos fatos históricos relativos A) à unificação das tribos da península Arábica, após a Hégira, e na expansão para o exterior, após a morte de Maomé. B) à proibição das relações comerciais entre o Oriente e o Ocidente, pelo Mediterrâneo, na Baixa Idade Média. C) ao desinteresse pela arte, fator que contribuiu para o atraso significativo das expressões artísticas arquitetônicas no mundo árabe. D) à fraca influência da cultura árabe nas regiões da Palestina, da antiga Pérsia e do oeste da Índia. E) à manutenção, na península Arábica, dos cultos voltados para a adoração de ídolos e de outras expressões de religiosidade pré-islâmica. 2. (UEFS 2010.1) O modo de produção é um todo complexo dominante, em que uma das estruturas que o compõem domina as outras, exercendo, sobre elas, uma influência, em última instância. Em um modo de produção, a estrutura determinante é sempre a econômica, o que não significa que tenha sempre o papel dominante. (MENDONÇA, 1983, p. 65). De acordo com o texto e com base nos conhecimentos sobre a Idade Média, é possível identificar como características específicas do modo de produção feudal, dentre outras, A) as relações servis de produção e a produção autossuficiente de bens de consumo e de alimentos. B) a produção voltada para a manutenção dos bens, das terras e do conhecimento científico produzido pelos homens da Igreja. C) a estrutura da sociedade em castas, impedindo a mobilidade social, mesmo de pessoas que atingissem um nível econômico elevado, mas se originassem de castas inferiores. D) a liberdade para que habitantes das vilas e das cidades aplicassem preços e qualidade diferenciadas nos seus produtos e serviços. E) o fato de ter ocorrido, especificamente, na Europa Oriental, diferenciando essa região de outras, europeias e asiáticas. 3. (UEFS 2010.1) Considerando-se o longo processo de transição do feudalismo para o capitalismo, é possível se identificar, entre os fatores do agravamento da crise do feudalismo europeu, A) a queda do Império Romano do Ocidente e a expansão das práticas de colonato e clientelismo na bacia do Mediterrâneo. B) a invasão dos turcos otomanos em Constantinopla, cortando o fornecimento de alimentos para a Europa feudal. C) o despovoamento dos feudos com o movimento das Cruzadas, dando espaço para a ocupação das terras pelos burgueses. D) a crise na produção agrícola, as revoltas camponesas, a carestia dos alimentos e as fomes. E) a divisão das terras entre senhores e servos e a expansão árabe no Mediterrâneo. 4. (UEFS 2010.2) A nova rota oceânica para as especiarias orientais, por todo o restante do século XVI e também em parte do século XVII, foi menos utilizada que o prolongamento do velho comércio de especiarias por outros meios; por isso, até então, ela não havia ainda substituído a rota terrestre, nem os árabes e italianos que dela dependiam. Mas essa rota naval, bem como as outras no Atlântico e por toda parte, formavam a base daquilo que viria a ser determinante nos vários séculos seguintes: a supremacia naval, tanto do ponto de vista militar quanto comercial. (FRANK, 1977, p. 69-70). A análise do texto permite afirmar que a existência de rotas marítimas, terrestres e a utilização das rotas comerciais pelos muçulmanos indicam que A) os árabes buscavam imitar os padrões culturais e comercias do Mundo Ocidental, em função da inexistência de vida urbana em sua civilização e por concentrar as atividades na exploração de minérios. B) a cultura agropastoril, característica básica do mundo arábico, impedia que esse povo desenvolvesse transações comerciais com outras civilizações. C) o renascimento cultural, ao defender e consolidar o ateísmo, contribuiu para a decadência da religião islâmica e para a perda de sua influência no Oriente. D) o controle de pontos comerciais estratégicos, entre o Ocidente e o Oriente pelos muçulmanos, favoreceu a busca de rotas alternativas que substituíssem essa hegemonia. E) o comércio das especiarias colocou o Ocidente na dependência do mundo árabe, tornando-se responsável pelo movimento cruzadístico, que polarizou o mercado internacional entre muçulmanos e cristãos. 5. (UEFS2011.1) Um escritor saxão, Aelferic, o Gramático, no seu Colloquium, deixa-nos entrever um pouco da vida do servo: — Que dizes tu, lavrador, como fazes o teu trabalho? — pergunta o professor. — Eu, senhor, trabalho arduamente. De madrugada vou levar os bois para o campo e os atrelo ao arado; por mais rigoroso que seja o inverno, não me atrevo a ficar em casa, com receio do meu senhor; e depois de amarrar a relha e a sega ao arado, tenho de lavrar um acre de terra ou mais diariamente. — E que fazes mais durante o dia? — Muita coisa mais: encher os cochos, dar água aos bois e levar o esterco fora. — É trabalho pesado? — É, sim, é pesado porque não sou livre. (MORTON. In: AQUINO et al., 1980, p. 390). O papel do servo, na sociedade medieval, descrito no texto, diferia do papel do homem livre, o vilão, porque este tinha direito A) a ingressar nas categorias mais baixas da cavalaria. B) à propriedade da terra dentro do feudo, pagando a corveia ao senhor. C) a ascender aos altos escalões da Igreja, assumindo papéis de mando. D) à posse do produto da terra para comercializá-lo fora do território feudal. E) à liberdade de trabalhar na terra para seu próprio benefício, pagando apenas algumas obrigações. 6. (UEFS 2011.1) A proximidade temporal entre a instauração da Inquisição no reino e o processo efetivo de colonização da América portuguesa, a partir da década de 1530, contribuiu para que muitos cristãos-novos que se sentiam ameaçados em Portugal decidissem atravessar o Atlântico em direção ao Brasil, onde participavam da organização política e social existente. (ASSIS, 2010, p. 19). A ameaça sistemática da Inquisição, contra judeus e cristãos-novos, em Portugal e na Colônia, decorria, no aspecto religioso, A) do apoio prestado pelos muçulmanos aos refugiados judeus no norte da África. B) da interpretação do judaísmo como ameaça à unidade doutrinária da Igreja Católica. C) da divulgação do Velho Testamento judeu entre os habitantes católicos do Brasil colonial. D) da utilização de modelos da arquitetura das igrejas católicas na construção de sinagogas judaicas. E) da expansão de colônias judaicas no litoral afro-atlântico, fazendo concorrência ao comércio português. 7. (UEFS 2012.1) As relações de servidão, que se constituíram como bases do trabalho, no modo de produção feudal, apresentavam como característica principal A) a indissolubilidade dos laços existentes entre o trabalhador e a terra. B) o direito de vida e de morte do senhor sobre a pessoa do servo. C) o direito de livre circulação e de livre associação entre o trabalhador e a cidade. D) o livre exercício de qualquer prática religiosa por parte do trabalhador e de sua família. E) o controle do número de filhos, como condição de permanência da família servil nas terras do senhor. 8. (UEFS 2012.1) Ao afirmar que, na Idade Média, “fora da Igreja não havia campo contínuo de governo”, o texto evidencia que A) a ameaça dos bárbaros nórdicos (vikings) fortalecia o caráter fracionado da geopolítica medieval. B) a Igreja era a única instituição a dominar política e economicamente o território da Europa Medieval. C) o despotismo e a intolerância do catolicismo medieval asseguravam a unidade geopolítica europeia. D) os laços que garantiam as unidades políticas medievais obedeciam a tradições e a critérios estabelecidos no antigo Império Romano. E) a geopolítica da Europa Medieval caracterizava-se, com exceção da Igreja, pela formação de unidades políticas fundamentadas na fragmentação. 9. (UEFS 2012.2) Entrevistador: Em vários países muçulmanos, a mulher que tirar o véu em público pode ser presa ou espancada pela polícias religiosa. Isso é moderno? Abdouni: Essas ações não são preceitos islâmicos, já que se segue o Islã por meio da convicção, e não da imposição. Porém, sabemos o que acontece quando a mulher tira a roupa e se expõe, principalmente no mundo ocidental: ela é desrespeitada de forma inaceitável. (BARELLA, 2005, p. 14-15) O trecho da entrevista com o líder muçulmano Ali Mohamed Abdouni, quanto à situação da mulher na sociedade ocidental contemporânea, exemplifica A) a submissão da mulher na família como uma prática já ultrapassada em todo o mundo islâmico. B) a dificuldade de compreensão, convivência e respeito às diferenças culturais, observadas no mundo atual. C) a visão liberal quanto ao vestuário feminino, que vigora no mundo atual, mesmo quando há diversidade religiosa. D) o processo de modernização que vem ocorrendo na religião islâmica, neste século XXI, no que diz respeito às relações de gênero. E) o distanciamento entre o que estabelecem as religiões e o que acontece na prática da vida cotidiana, em todos os lugares, quanto ao comportamento exigido das mulheres. 10. (UEFS 2013.1) Na economia feudal da Baixa Idade Média, um papel importante foi desempenhado por relações internacionais que ligavam o Oriente ao Ocidente, dentre elas A) as rotas da seda e das especiarias, que convergiam, respectivamente, para os portos de Constantinopla e de Alexandria, que, por sua vez, eram alcançados por mercadores árabes e venezianos. B) as grandes feiras, monopolizadas pelos mosteiros, que se mantiveram concentradas entre os países ibéricos e a região de Champagne, na península Itálica. C) o surgimento das letras de câmbio, utilizadas para evitar o transporte de grandes somas de dinheiro, nas perigosas estradas medievais. D) a navegação comercial, que ligava os portos do mar do Norte e do mar Báltico ao mar Cáspio, na Turquia. E) a organização das ligas de mercadores, que articulavam o comércio de embarcações entre a Inglaterra, a Rússia e as cidades gregas. 11. (UEFS 2013.1) A complexa relação existente entre a Igreja e o poder político, na Idade Média europeia, pode ser exemplificada pela A) defesa da Igreja em prol da libertação dos servos, categoria longamente explorada pelos senhores feudais. B) cobrança de impostos, estabelecidos pelos senhores feudais, sobre as propriedades pertencentes à Igreja. C) luta dos soberanos e cardeais contra a prática da simonia, desenvolvida pelo baixo clero, nas paróquias europeias. D) interferência dos senhores feudais na escolha de autoridades eclesiásticas cujos templos, mosteiros e propriedades ficavam localizados nos seus feudos. E) necessidade da aprovação da Igreja, para garantir e confirmar a coroação dos soberanos pelos seus súditos e clientes.