- Gramática Aluno(a): Data: ___ /____/ _____ Turma: Professor: Wilson Assunto: Idade Média e Moderna Questões 1 e 2 (UEFS 2012.1) O período pós-medieval foi um período de vastas demarcações e de consolidações em grande escala. Dentro dos limites definidos do novo domínio territorial, estabeleceram-se áreas unificadas de administração. [...] Na Idade Média, o mosaico histórico constituído pelos privilégios, deveres e direitos feudais e municipais, fundados em dedicatórias, preempções, conquistas, cartas, casamentos, quase dispensaria referência; fora da Igreja não havia campo contínuo de governo. Mas o novo domínio territorial, ao contrário, podia ser visto ou pelo menos imaginado; era um todo visível, e cada país que fosse politicamente unificado tornava-se, por assim dizer, um quadro completo em si mesmo. Essa imagem mental do poder só se tornou possível quando a continuidade territorial passou a ser um atributo do Estado soberano. Ali onde as fronteiras geográficas vieram reforçar essa imagem, como na Inglaterra, o Estado nacional se desenvolveu mais cedo e continuou por mais tempo o seu desenvolvimento. (MUMFORD, 1958, p. 192-193). A partir do texto e dos conhecimentos sobre a formação geopolítica europeia do início da Idade Média até a contemporaneidade, responda às questões a seguir. 01. (UEFS 2012.1) Do ponto de vista da geopolítica, a queda do Império Romano do Ocidente, no século V (476 aD), representou: A) a queda das bases culturais greco-romanas, frente à força política e militar dos povos germânicos. B) o desaparecimento de uma estrutura administrativa, política e territorial fundamentada na centralização do poder monárquico. C) uma ameaça à estabilidade do Império Romano do Oriente, atacado e destruído pelos hunos, nessa mesma época. D) a substituição do modelo administrativo romano pela fixação do modelo dos povos bárbaros, baseado na organização clânica e tribal. E) a valorização das terras ao redor da bacia do Mediterrâneo, cujo controle passou para as mãos dos mongóis e dos turcos, nesse período. 02. (UEFS 2012.1) Ao afirmar que, na Idade Média, “fora da Igreja não havia campo contínuo de governo”, o texto evidencia que: C) o despotismo e a intolerância do catolicismo medieval asseguravam a unidade geopolítica europeia. D) os laços que garantiam as unidades políticas medievais obedeciam a tradições e a critérios estabelecidos no antigo Império Romano. E) a geopolítica da Europa Medieval caracterizava-se, com exceção da Igreja, pela formação de unidades políticas fundamentadas na fragmentação. 03. (UNEB 28 - 2006) Os homens, com o trabalho, transformam a natureza, da qual extraem bens necessários à sobrevivência. Ao mesmo tempo estabelecem relações entre si, originando vínculos econômicos, sociais, políticos e ideológicos. Na Idade Média, o processo de produção predominante - o feudal - teve relações sociais e uma ordem política e cultural específicas. A essa estrutura econômico-social com os adequados componentes político-culturais chamamos modo de produção feudal, um conceito que abrange uma totalidade social. (VICENTINO, 2002, p. 111). A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o feudalismo, pode-se afirmar que o sistema feudal caracterizava-se pela: 1. utilização de mão de obra compulsória e pelo poder político centralizado. 2. religiosidade da população, pelo espírito crítico e pela economia agroexportadora. 3. existência de uma economia monetarista e pelo poder político concentrado nas mãos do rei, “Suserano dos suseranos”. 4. exploração do trabalho assalariado, pela existência de uma sociedade classista e de mobilidade social expressiva. 5. valorização das relações de dependência e de fidelidade, pela economia praticamente auto-suficiente e por uma sociedade hierarquizada. 04. (UEFS 03 - 2003.2) A análise do quadro e os conhecimentos sobre a circulação cultural na Idade Média permitem afirmar: A) a ameaça dos bárbaros nórdicos (vikings) fortalecia o caráter fracionado da geopolítica medieval. B) a Igreja era a única instituição a dominar política e economicamente o território da Europa Medieval. Lista de Exercícios Página 1 1. I constituiu-se ponto de partida para a divulgação da cultura desenvolvida em II. 2. I e II partilharam das mesmas tradições literárias e artísticas representadas pelas histórias das “Mil e uma noites” e pelo Zend Avesta. 3. A conquista de II por III resultou na substituição dos / templos cristãos por mesquitas islâmicas e na implantação da cultura muçulmana na região. 4. A centralização política, em I, determinou a implantação do feudalismo em II e III. 5. I, II e III conviveram, durante a Idade Média, isolados nos seus próprios limites, temerosos de perder sua identidade política e cultural. Questão 05 (UEFS 2014.1) Quanta Quanta do latim Plural de quantum Quando quase não há Quantidade que se medir Qualidade que se expressar Fragmento infinitésimo Quase que apenas mental Quantum granulado no mel Quantum ondulado no sal Mel de urânio, sal de rádio Qualquer coisa quase ideal Cântico dos cânticos Quântico dos quânticos De pensamento em chamas Inspiração Arte de criar o saber Arte, descoberta, invenção Teoria em grego quer dizer O ser em contemplação Sei que a arte é irmã da ciência Ambas filhas de um Deus fugaz Que faz num momento E no mesmo momento desfaz Esse vago Deus por trás do mundo Por detrás do detrás A)as manifestações teatrais imitavam a estética e as temáticas do teatro grego como mecanismo de atrair adeptos ao catolicismo. B) a nobreza se utilizou do pensamento dos filósofos gregos para contestar o poderio da Igreja Católica e o fortalecimento do poder real. C) a cultura muçulmana se apropriou de muitas das concepções filosóficas gregas, contribuindo para a preservação desse legado cultural. D) a Igreja Católica negou por completo qualquer contribuição da cultura grega clássica, porque essa se contrapôs aos valores cristãos medievais. E) os monges copistas destruíram a grande totalidade das obras dos filósofos e autores teatrais gregos, lançando o período medieval em um retrocesso cultural. (BRAICK; MOTA, 2010, p. 187). A expansão marítima e comercial do século XV, que representou uma das respostas encontradas para o enfrentamento da crise europeia do século XIV, relaciona-se, também, com (GIL, 2013). A) O desenvolvimento científico e filosófico menosprezou o papel da Igreja Católica, que, assim, tornou esse período conhecido como Idade das Trevas, conceito que pode ser associado aos versos “Quando quase não há /Quantidade que se medir”. B) A religião muçulmana impediu o desenvolvimento do pensamento racional entre os árabes, em decorrência do aspecto fundamentalista inerente ao islamismo, o que pode ser associado ao verso “Quase que apenas mental / Quantum granulado no mel”. C) O controle do império muçulmano sobre o Oriente resultou no bloqueio das rotas comerciais entre o Ocidente e Oriente, durante a Baixa Idade Média, o que pode ser associado aos versos “Mel de urânio, sal de rádio / Qualquer coisa quase ideal”. D) A religião influenciou a maioria dos aspectos da vida cotidiana e da produção intelectual medieval, aspecto que pode ser identificado no verso “Sei que a arte é irmã da ciência / Ambas filhas de um Deus fugaz”. Página 06. (UEFS 2009) Durante a Idade Média, 07. (UEFS 2013.2) A crise generalizada, no século XIV, obrigou as várias categorias sociais a buscar uma resposta. A dos oprimidos do campo e da cidade foram as jacqueries e os levantes urbanos. A da nobreza foram os conflitos dinásticos, que ofereciam a oportunidade de obter novos feudos. Outra resposta, apoiada pela burguesia comercial, baseava-se no fortalecimento do poder dos reis para restabelecer a ordem e abrir novos mercados. Para algumas nações, isso implicava uma política de expansão marítima. Tomando-se como referência a composição musical, associada aos conhecimentos sobre o período medieval, é correto afirmar: 2 E) As heresias medievais anularam o poder secular da Igreja Católica, com a ascendência de outras religiões dualistas, o judaísmo e o islamismo, aspecto que pode ser associado aos versos “Esse vago Deus por trás do mundo / Por detrás do detrás”. A) a necessidade de superar o controle do Império Bizantino sobre a navegação do mar Mediterrâneo, especialmente nos portos do norte da África. B) a vitória dos reinos cristãos contra os reinos muçulmanos, durante a Guerra dos Cem Anos. C) as incessantes revoltas de escravos, servos e trabalhadores urbanos, denominadas sob o nome geral de “jaqueries”. D) a expansão dos árabes em direção do Extremo Oriente e a proibição, por eles estabelecida, ao tráfico de africanos escravizados para o mercado europeu. E) o descompasso entre os limites da produção de alimentos e de utensílios, gerados pela economia feudal, e as crescentes demandas do aumento populacional do período. 08. (UEFS 2013.2) [...] o Estado absolutista precisava dispor de um grande volume de recursos financeiros necessários à manutenção de um exército permanente e de uma marinha poderosa, ao pagamento dos funcionários reais e à manutenção do aparelho administrativo e ainda ao custeio dos gastos suntuosos da corte e das despesas das guerras no exterior. (MELLO; COSTA, 1993, p. 63). Lista de Exercícios A conquista dos objetivos descritos no texto levou o Estado absolutista a adotar como prática econômica o Mercantilismo, que, na versão espanhola, denominava-se: A) Protecionismo Alfandegário, baseado no controle dos impostos de exportação e no seu papel na reserva do mercado para os produtos nacionais. B) Intervencionismo Estatal, sobre a produção de mercadorias e a proteção do mercado nacional contra a concorrência externa. C) Metalismo, fundamentado na crença de que a riqueza do país dependeria de sua capacidade de acumular metais preciosos em seu território. D) Revolução Comercial, que alterou as rotas tradicionais que ligavam o comércio europeu ao Extremo Oriente, pelo caminho do Atlântico Norte. E) Balança Comercial Favorável, que garantia a distribuição equitativa das riquezas nacionais entre a área metropolitana e as áreas coloniais. 09. (UEFS 2013.2) Em 1609, o astrônomo italiano Galileu Galilei apontou pela primeira vez uma luneta para o céu e iniciou a comprovação da teoria de Nicolau Copérnico: a de que não era a Terra que estava no centro do sistema solar, mas o Sol. Iniciava-se uma revolução no pensamento ocidental, então dominado pelos dogmas da Igreja cristã, que adotou a teoria geocêntrica de Aristóteles e de Ptolomeu. Durante o final do Império Romano e a Idade Média, era proibido sustentar qualquer outra ideia que não aquelas apresentadas pela instituição religiosa. Ninguém poderia ousar questionar as bulas papais, e todos que se envolviam na descrição da natureza da Terra ou do firmamento deveriam obedecer às ideias equivocadas de que a vida aqui em baixo era desvinculada do que ocorria nas esferas celestes, movidas eternamente em círculos e sem qualquer mutação na sua história. Mas Galileu fez a revolução nos céus procedendo de uma maneira muito simples: ele simplesmente fez observações. A) representa o apoio da realeza espanhola ao projeto reformista de João Calvino. B) é uma obra renascentista e uma crítica aos valores da cavalaria medieval. C) critica o apoio dado pela nobreza ao processo de unificação política dos Estados Modernos. D) faz uma apologia ao espírito guerreiro dos camponeses, valorizado pelas monarquias feudais. E) exalta os ideais dos sans-culottes no apoio aos giro ndinos, durante o golpe que levou Napoleão ao poder. (SILVA FILHO, 2012, p. A2). Nicolau Copérnico (1473-1548) e Galileu Galilei (15711630) destacam-se entre os participantes do Renascimento Científico e da Revolução Científica dos séculos XVI e XVII, respectivamente, por pregarem: A) a popularização do conhecimento científico, fazendo-o acessível a todas as classes sociais de sua época. B) os princípios da observação e da experimentação, superando a preeminência da fé sobre a ciência. C) a obrigatoriedade de aplicação de princípios científicos à produção das obras de arte, na Itália e na península Ibérica. D) a prática da livre expressão das ideias e das descobertas, sendo respeitados pelas instituições políticas e religiosas do seu tempo. E) a concepção da igualdade de direitos de todos perante as leis que orientavam o acesso à educação pública e gratuita. 10. (UEFS 2009) A ilustração mostra D. Quixote e Sancho Pancha, personagens da obra de Miguel de Cervantes, que Lista de Exercícios Página 3