CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
LÍNGUA PORTUGUESA – NADIM
MÓDULO 1: Interpretação de texto, sinonímia, pronomes e verbos.
Texto para resolver as questões de 1 a 10.
O princípio, o meio e o fim
1
“De quanta terra precisa o homem?” A pergunta é o título de um conto de Leon Tolstoi. Nele, um
sujeito faz pacto com o diabo. Receberá toda a terra que conseguir percorrer a pé, durante um dia, do
nascer ao pôr do sol. O homem atravessa as horas sem descanso. Quando o sol já se aproxima do
horizonte, não se dá por satisfeito. Corre. Falta-lhe fôlego, mas ele não para. Quer ainda possuir aquele
vale, aquele bosque. Quando cai morto de fadiga, o conto explica de quanta terra precisa um homem: se
ele não tem consciência de limites, apenas um par de metros lhe basta. Uma cova não requer mais do que
isso.
A trágica moral contida no conto sintetiza um mito-chave para a compreensão da crise que nossa
civilização enfrenta. O mito do único pecado que os gregos consideravam capital: a arrogância, entendida
sobretudo como falta de consciência de limites, como ambição desmedida, como desejo incontrolável de
posse e de poder. Para os gregos antigos, a arrogância era o maior de todos os pecados. Era a falha que
não tinha perdão. Eles a chamavam hýbris, e acreditavam que incorrer nessa falha acarretava a danação
eterna.
Não é assim, desse modo arrogante – feito de destruição, poluição e exploração insustentável dos
recursos naturais – que tratamos nosso planeta-mãe, a Terra? Convencidos de que todas as coisas foram
criadas para satisfazer nossos desejos e necessidades, inventamos uma cultura inteiramente destituída
de bom senso: a cultura da produtividade e do consumismo insustentáveis. Como no conto de Tolstoi,
não conseguimos parar. Derrubamos e queimamos florestas, matamos lagos e rios, poluímos os mares e
a atmosfera, extinguimos espécies de plantas e de animais. Sem falar nas mazelas que produzimos para
nós mesmos, como perturbações da saúde física, psíquica e mental, ao nos impormos um ritmo e uma
carga insustentáveis de trabalho, de produção e de consumismo.
Embriagados pelo desejo de posse e de poder, cada vez mais distantes da sabedoria ancestral da qual
somos herdeiros, esquecemos que a arrogância constitui um desequilíbrio maior. Não lembramos que,
por uma lei natural, toda ação que leva à perda do equilíbrio gera uma força igual e contrária que procura
restabelecê-lo. Essa força, que os gregos chamavam Nêmesis, era simbolizada por uma deusa implacável,
avessa a qualquer compromisso, a qualquer oferenda, a qualquer intervenção apaziguadora. Para os
gregos, o aquecimento global nada mais seria do que uma das tantas manifestações de Nêmesis: a
consequência nefasta de uma ação errônea.
Gaia vive esse tipo de raciocínio, por sinal, há muito deixou de ser formulado no âmbito estrito da
filosofia e da religião. Hoje, ele invade o território pragmático da ciência. Cita-se como exemplo a Hipótese
Gaia, do cientista inglês James Lovelock. Para ele, a Terra não é uma simples bola mineral a rodopiar pelo
espaço afora. Lovelock e seus seguidores entendem nosso planeta como um ser vivo, pulsante, dotado
não apenas de um corpo físico, mas também de psique. Um macrosser, em tudo análogo a seu filho, o
homem.
“Até quando a Terra suportará sem reagir todos os arranhões que estamos produzindo em sua
superfície?” A célebre questão de Lovelock, formulada há cerca de três décadas, não precisou esperar
muito pela resposta. Ela está aí: o planeta reage às agressões de múltiplas formas e, no momento, a mais
ameaçadora delas chama-se aquecimento global.
Isto é, 18 de dezembro de 2009
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01) Assinale a alternativa em que a palavra em destaque NÃO está corretamente interpretada de acordo
com seu sentido no texto.
A) “Sem falar nas mazelas que produzimos para nós mesmos, como perturbações da saúde física, psíquica
e mental, ao nos impormos um ritmo e uma carga insustentáveis de trabalho, de produção e de
consumismo.” (linhas 17 e 18) = doenças
B) “Para os gregos, o aquecimento global nada mais seria do que uma das tantas manifestações de
Nêmesis: a consequência nefasta de uma ação errônea.” (linhas 23 e 24) = prejudicial.
C) “[...] inventamos uma cultura inteiramente destituída de bom senso: a cultura da produtividade e do
consumismo insustentáveis.” (linhas 14 e 15) = privada
D) “Embriagados pelo desejo de posse e de poder, cada vez mais distantes da sabedoria ancestral da qual
somos herdeiros, esquecemos que a arrogância constitui um desequilíbrio maior.” (linhas 19 e 20) =
anterior
02) De acordo com as ideias desenvolvidas no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O tempo verbal básico do texto é o presente do indicativo, característico de texto argumentativo.
B) O autor destaca a importância da Hipótese Gaia para o desenvolvimento de estudos sobre a ecologia.
C) No texto, há a manifestação de aprovação explícita à Hipótese Gaia.
D) Pelo fato de ser igual ao homem, o planeta reage sempre que é agredido.
03) Assinale a alternativa que NÃO expressa a temática do texto.
A) A terra não resistirá ao aquecimento global.
B) A falta de limites e a ambição desmedida da humanidade conduziram o planeta à beira do abismo.
C) A Terra suportará sem reagir a todos os arranhões que estamos produzindo em sua superfície?
D) A mais recente criação humana: a cultura da produtividade e do consumismo insustentáveis.
04) A pergunta “Até quando a Terra suportará sem reagir todos os arranhões que estamos produzindo
em sua superfície?”
(linha 30) tem, no texto, a função de
A) permitir ao autor apresentar sua tese.
B) arguir o leitor.
C) fazer com que o leitor se posicione a respeito do que foi discutido.
D) concluir
05) No texto, o conto de Tolstoi é utilizado, EXCETO:
A) Para apresentar a moral do texto: a ganância do homem.
B) Como um recurso de argumentação.
C) Para dar credibilidade aos argumentos do autor do texto.
D) Para mostrar apenas como a Terra se vinga.
06) “Eles a chamavam hýbris, e acreditavam que incorrer nessa falha acarretava a danação eterna.” Nesse
trecho predomina
a) um fato passado durativo, mas que deixou de acontecer.
b) um fato incerto no passado, mas que deixou de acontecer.
c) um fato incerto no futuro.
d) um fato presente certo.
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07) “Ela está aí...” O verbo destacado é
a) regular.
b) irregular.
c) anômalo.
d) abundante.
e) defectivo.
08) “Sem falar nas mazelas que produzimos para nós mesmos,...” A palavra destacada é sinônima de
a) conquistas.
b) riquezas.
c) males.
d) zelos.
e) autoestima.
09) “Até quando a Terra suportará, sem reagir, todos os arranhões que estamos produzindo em sua
superfície?” A palavra destacada é
a) um pronome relativo e retoma Terra.
b) uma conjunção.
c) um pronome relativo e retoma superfície.
d) um pronome relativo e retoma “arranhões”
e) uma conjunção e retoma “arranhões”
10) “Um macrosser, em tudo análogo a seu filho, o homem.” A palavra destacada é sinônima de
a) diferente
b) importante
c) redundante
d) ínfimo
e) similar
MÓDULO 2: Interpretação de texto, sinonímia, conectores e verbo.
Texto para resolver as questões de 11 a 15.
Instrução: As questões de números 01 a 05 tomam por base o seguinte fragmento do livro Reflexões sobre
a linguagem, de Noam Chomsky (1928):
Por que estudar a linguagem? Há muitas respostas possíveis e, ao focalizar algumas delas, não pretendo,
é claro, depreciar outras ou questionar sua legitimidade. Algumas pessoas, por exemplo, podem
simplesmente achar os elementos da linguagem fascinantes em si mesmos e querer descobrir sua ordem
e combinação, sua origem na história ou no indivíduo, ou os modos de sua utilização no pensamento, na
ciência ou na arte, ou no intercurso social normal. Uma das razões para estudar a linguagem – e para mim,
pessoalmente, a mais premente delas – é a possibilidade instigante de ver a linguagem como “um espelho
do espírito”, como diz a expressão tradicional. Com isto não quero apenas dizer que os conceitos
expressados e as distinções desenvolvidas no uso normal da linguagem nos revelam os modelos do
pensamento e o universo do “senso comum” construídos pela mente humana. Mais intrigante ainda, pelo
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menos para mim, é a possibilidade de descobrir, através do estudo da linguagem, princípios abstratos que
governam sua estrutura e uso, princípios que são universais por necessidade biológica e não por simples
acidente histórico, e que decorrem de características mentais da espécie. Uma língua humana é um
sistema de notável complexidade. Chegar a conhecer uma língua humana seria um feito intelectual
extraordinário para uma criatura não especificamente dotada para realizar esta tarefa. Uma criança
normal adquire esse conhecimento expondo-se relativamente pouco e sem treinamento específico. Ela
consegue, então, quase sem esforço, fazer uso de uma estrutura intrincada de regras específicas e
princípios reguladores para transmitir seus pensamentos e sentimentos aos outros, provocando nestes
ideias novas, percepções e juízos sutis.
(Noam Chomsky. Reflexões sobre a linguagem. Trad. Carlos Vogt. São Paulo: Editora Cultrix, 1980.)
11) No início do fragmento, Chomsky afirma que há muitos motivos para estudar a linguagem e aponta
alguns deles. Releia o fragmento e, a seguir, assinale a única alternativa que contém um objetivo de
estudo da linguagem não mencionado pelo autor:
(A) verificar os modos de utilização dos elementos da linguagem no pensamento.
(B) descobrir os efeitos da utilização dos elementos da linguagem humana sobre os animais próximos ao
homem.
(C) descobrir a ordem e combinação dos elementos da linguagem.
(D) identificar a origem dos elementos da linguagem na história.
(E) verificar os modos de utilização dos elementos da linguagem na ciência e na arte.
12) Lendo atentamente o fragmento apresentado, percebemos que Chomsky considera que os princípios
abstratos e universais que regem a linguagem decorrem de características mentais da espécie. Isso
significa que considera a linguagem ligada
(A) ao plano da divindade.
(B) a acidentes históricos.
(C) a fenômenos aleatórios da natureza.
(D) ao plano biológico.
(E) à necessidade de sobrevivência.
13) No terceiro período do texto, o autor emprega três vezes o possessivo “sua”. Considerando que os
possessivos apresentam nos textos uma função anafórica, ou seja, fazem referência a um termo oracional
anterior, aponte a alternativa que indica o núcleo desse termo:
(A) elementos.
(B) linguagem.
(C) pessoas.
(D) ordem.
(E) ciência
14) Chomsky usa para explicar seu ponto de vista uma expressão tradicional:
a linguagem como “espelho do espírito”. O autor quer dizer, ao utilizar tal imagem,
(A) que a linguagem é o melhor meio de comunicação entre os homens.
(B) que o estudo da linguagem tem de se basear em fundamentos rigorosamente científicos.
(C) que descobrir como a linguagem funciona pode conduzir ao conhecimento de como o pensamento
funciona.
(D) que a linguagem, como um espelho, pode revelar o espírito, mas não em sua totalidade.
(E) que o homem tem um modo de ser peculiaríssimo que não se revela pela linguagem
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15) Aponte a alternativa que apresenta, respectivamente, a as acepções utilizadas pelo autor no emprego
das palavras “depreciar” e “questionar” em: “Há muitas respostas possíveis e, ao focalizar algumas delas,
não pretendo, é claro, depreciar outras ou questionar sua legitimidade.”
(A) desprezar – garantir.
(B) valorizar – desvalorizar.
(C) menosprezar – refutar.
(D) marginalizar – negar.
(E) desvalorizar – discutir.
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16) “Chegar a conhecer uma língua humana seria um feito intelectual extraordinário para uma criatura
não especificamente dotada para realizar esta tarefa.” O verbo destacado expressa no contexto
a) um fato certo no futuro.
b) um fato incerto no presente.
c) uma possibilidade.
d) uma verdade universal.
e) um fato em curso real.
Instrução: As questões de números 17 a 21 tomam por base o soneto Acrobata da dor, do poeta simbolista
brasileiro Cruz e Sousa (1861-1898)
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa,
nessas macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
(João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)
17- O soneto Acrobata da dor revela, entre outras, uma das características notáveis do estilo poético de
Cruz e Sousa, que é a grande presença de adjetivos, colocados antes ou após os substantivos a que se
referem. Observe estes cinco exemplos retirados do texto:
I. Riso absurdo.
II. Gargalhada atroz.
III. Agonia lenta.
IV. Macabras piruetas.
V. Tristíssimo palhaço.
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Aponte os dois exemplos em que o adjetivo precede o substantivo:
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I e III.
(D) II e IV.
(E) IV e V
18) No poema, os conceitos relacionados com a alegria e o riso, característicos da imagem dos palhaços,
são aproximados de conceitos como dor, tristeza, agonia, sangue. Aponte a alternativa que melhor
justifica essa aproximação de conceitos contraditórios:
(A) As imagens de “palhaço” e “coração” apontam a um mesmo significado, o próprio homem,
apresentado como um ser cuja imagem de alegria apenas disfarça tristezas, dores, sofrimentos.
(B) O “palhaço” é comparado com o “acrobata” que caiu, donde a ocorrência de imagens relacionadas
com sangue e dor.
(C) O poema de Cruz e Sousa constitui uma alegoria da vida circense em todos os seus aspectos.
(D) É tradicional na literatura explorar o tema do palhaço sob os vieses da superação e da frustração.
(E) Os poetas simbolistas tinham uma tendência doentia a utilizar temas relacionados com dor, sangue e
sofrimento.
19) Como se verifica na leitura atenta do soneto, o eu-lírico dirige-se ao coração servindo-se do
tratamento de segunda pessoa do singular (tu, te, ti, contigo). Se utilizasse o tratamento de segunda
pessoa do plural, o último terceto assumiria a seguinte forma:
(A) E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, / rides! coração,
tristíssimo palhaço.
(B) E embora caisteis sobre o chão, fremente, / afogado e vosso sangue estuoso e quente, / riais! coração,
tristíssimo palhaço.
(C) E embora caís sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, / riais! coração,
tristíssimo palhaço.
(D) E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em seu sangue estuoso e quente, / riai! coração,
tristíssimo palhaço.
(E) E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, / ride! coração,
tristíssimo palhaço
20) “Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.”
Sobre a palavra destacada é correto afirmar que
a) é um pronome relativo e retoma “tormenta”
b) é uma conjunção e retoma “tormenta”
c) é um pronome relativo e retoma “gargalhada”
d) é um pronome pessoal.
e) é uma conjunção e tem valor semântico de “comparação”
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21) “Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.”
A palavra que melhor expressa o significado da palavra destacada é
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a) ironia.
b) confusão.
c) desleixo.
d) incerteza.
e) possibilidade.
MÓDULO 3: Interpretação de texto, sinonímia, pronomes e verbos e norma culta.
Texto para resolver as questões de 22 a 26.
- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no
sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes
virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros
homens, é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto
como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais
enérgicas, não há espetáculo sem espectador. Um dia, estando a cuidar nestas coisas, considerei que,
para o fim de alumiar um pouco o entendimento, tinha consumido os meus longos anos, e, aliás, nada
chegaria a valer sem a existência de outros homens que me vissem e honrassem; então cogitei se não
haveria um modo de obter o mesmo efeito, poupando tais trabalhos, e esse dia posso agora dizer que foi
o da regeneração dos homens, pois me deu a doutrina salvadora.
(Machado de Assis, O segredo do bonzo)
22) O verbo destacado (gostar) pode ser trocado, sem alterar o sentido do texto, por:
a) apreciar
b) ter gosto por
c) experimentar
d) refutar
e) detestar
23) No texto, o pronome destacado as destacado refere-se a:
a) a virtude
b) a virtude e o saber
c) as duas existências paralelas
d) espírito
e) ao leitor
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24) “e esse dia posso agora...” O pronome destacado tem como referente:
a) ao dia em estava cuidando nestas coisas.
b) ao dia em provou o fruto da laranjeira.
c) ao dia em que estava apreciando um espetáculo.
d) ao dia que virá após a leitura do texto.
e) ao dia de hoje.
25) “se ninguém os vir ...” Assinale a alternativa correta sobre a oração.
a) o verbo destacado é o vir e expressa uma certeza.
b) o verbo destacado é o ver e expressa uma certeza.
c) o verbo destacado é o ver e expressa um fato que pode acontecer após o momento da enunciação.
d) o verbo destacado é o vir e expressa um fato que pode acontecer após o momento da enunciação.
e) o verbo destacado é o ver e expressa um fato que vai acontecer após o momento da enunciação
26) “Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário,”
Se usarmos a 2ª pessoa do singular teremos
a) Se puser as mais ...
b) Se pôr as mais ...
c) Se pores as mais ...
d) Se puseres as mais ...
e) Se pusermos as mais ...
27) Assinale a alternativa que não contém marcas de língua oral coloquial.
a) Se você me convidasse, eu ia à sua festa de casamento.
b) Se eu ganhasse na loteria, eu tiraria o pé da lama.
c) Paula é uma garota de ouro.
d) O ouro foi cotado a cem reais o grama.
e) Vem pra Caixa, você também.
28) “Eu tinha pagado a conta de energia no sábado” O verbo destacado aceita também a forma irregular
do particípio “pago” na voz ativa. Esse verbo é denominado então
a) verbo irregular.
b) verbo abundante.
c) verbo defectivo.
d) verbo anômalo.
e) verbo impessoal.
29) Assinale a alternativa que contraria a norma culta.
a) Caro aluno, seja cidadão e jogue o seu lixo no lixo.
b) Caro aluno, sê cidadão e joga o teu lixo no lixo.
c) Caros alunos, sede cidadãos e jogai os vossos lixos no lixo.
d) Caros alunos, sejam cidadãos e joguem os seus lixos no lixo.
e) Caro aluno, sê cidadão e joga o seu lixo no lixo.
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30) “O rapaz chegou ao aeroporto e o avião em que ele embarcaria já partira” De acordo com o contexto
apresentado, o rapaz
a) chegou atrasado ao aeroporto.
b) chegou adiantado ao aeroporto.
c) chegou no horário ao aeroporto.
d) chegou muito adiantado ao aeroporto.
e) não chegou ao aeroporto.
MÓDULO 4: Interpretação de texto, elementos coesivos, análise sintática (sujeito)
Texto para resolver as questões de 31 a 41.
A MENTE É COMPORTAMENTO
Ao contrário de algo imaterial ou de algum tipo de evento interno, os processos mentais seriam, para o
Behaviorismo Radical, relações comportamentais
Existem duas ideias comumente associadas ao Behaviorismo. A primeira delas é a de que o Behaviorismo
seria uma psicologia da caixa-preta, de acordo com a qual não seria possível estudar o que ocorre no
mundo mental, já que este mundo seria inacessível à Ciência empírica. A única alternativa que restaria,
na tentativa de explicar 5 o comportamento, seria analisar as relações entre estímulos e respostas, estas
sim observáveis. Neste caso, o “Behaviorismo caixa-preta” consistiria numa Psicologia dualista e
incompleta, pois assumiria que, além de existir um mundo mental inalcançável (daí o dualismo), este
mundo não seria passível de tratamento científico e, portanto, a Psicologia deveria resignar-se ao estudo
de estímulo-resposta (daí a incompletude). 10
A segunda ideia usualmente agregada ao Behaviorismo é a de que este seria uma Psicologia sem mente;
uma abordagem cujo propósito seria, de certo modo, justamente eliminar da Psicologia o seu próprio
prefixo. Há aqui a tese do “Behaviorismo eliminativista”: a mente seria um engodo, uma anomalia
linguística. O que de fato existe e que, por isso, é o que deve ser estudado na Psicologia são relações
estímulo-resposta.
15 É importante notar que, aliada tanto ao Behaviorismo caixa-preta quanto ao Behaviorismo
eliminativista, há a crítica da simplificação: qualquer que seja o seu posicionamento acerca da mente, o
Behaviorismo peca por tentar reduzir a complexidade do comportamento humano a meras relações
estímulo-resposta.
Ora, se não há mente ou se ela é algo inalcançável pela Ciência, e se estas são as 20 duas teses associadas
ao Behaviorismo, como, então, seria possível propor uma análise behaviorista da mente?
Há, porém, uma terceira alternativa, e é sobre esta que discorreremos neste ensaio.
O Behaviorismo Radical assume como uma de suas tarefas fundamentais o desenvolvimento de uma
explicação alternativa da vida mental. Ou seja, o 25Behaviorismo Radical não elimina os fenômenos
classificados como “mentais”, mas os analisa a partir da perspectiva comportamental. Em síntese, a
análise behaviorista radical pretende mostrar que a mente é comportamento. Essa tese nos coloca a
primeira questão: se a mente é comportamento, então o que seria comportamento?
Em linhas gerais, o comportamento é definido, na perspectiva behaviorista radical, 30 como a relação
entre as ações do sujeito e o ambiente. Mas essa definição nos leva a mais perguntas. O que é ambiente?
Ambiente é qualquer evento no universo capaz de afetar o sujeito. Essa afetação, por sua vez, consiste
em modificar de alguma forma as suas ações.
Algo como um choque, pode gerar resposta de retração da mão que acidentalmente tocou um fio
desencapado.
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35 Afetar o sujeito significa modificar o seu comportamento de alguma forma. É importante ressaltar que
o ambiente não é necessariamente o que circunda o sujeito, não é o que está fora de sua pele. O próprio
sujeito pode ser ambiente para suas ações. A existência de um dente inflamado pode aumentar a
probabilidade de que o sujeito vá ao dentista. Isto é, a dor de dente pode mudar o comportamento do
sujeito 40e, por conta desse fato, também é, por definição, ambiente.
A outra questão referente à definição de comportamento diz respeito à ação. O que é ação? A ação é o
que o sujeito faz e “fazer” indica uma atividade que está sendo realizada num dado intervalo de tempo.
Mas não é uma atividade qualquer. É a atividade do sujeito cuja principal característica é o agir sobre e
interagir com o ambiente. A ação não é mero movimento. Aliás, pode implicar justamente o contrário.
Numa situação em que duas crianças estão disputando para ver quem pisca primeiro, a ausência do piscar
– ou seja, de movimento das pálpebras – também é ação.
O que define a ação é a sua função e não a sua forma. E mais: a função só é encontrada quando se analisa
a relação entre a ação do sujeito e o contexto em que 50ela ocorre. No exemplo da brincadeira, o contexto
era constituído, em parte, pela regra do jogo: quem piscar primeiro, perde. A ação de não piscar das
crianças só faz sentido à luz dessa regra. Em outros termos, nós só entenderíamos o que as duas crianças
estão fazendo – o que significa conhecer a função de suas ações – se soubéssemos a regra da brincadeira
que está controlando o comportamento de ambas naquele momento.
55 Um ponto central da definição behaviorista radical do comportamento é que os dois eventos que o
compõem só são definíveis quando postos em relação. O ambiente é qualquer evento no universo que
modifica a ação, e as ações são atividades do sujeito definidas em função do contexto ambiental. É por
isso que o comportamento é essencialmente um fenômeno relacional.
60 Outro ponto importante da definição de comportamento está em seu caráter dinâmico. O
comportamento é um processo contínuo, um fluxo de atividade que nunca cessa: o nosso comportamento
só cessará quando deixarmos de interagir com o mundo.
Somente a morte é capaz de providenciar a ocorrência plena dessa condição. Sendo assim, o
comportamento é definido pelo Behaviorismo Radical como o processo contínuo de relação entre o
ambiente e as ações do sujeito.
É imprescindível ressaltar que essa definição de comportamento em nada equivale à simplificação
pejorativa do fenômeno a uma mera relação estímulo-resposta sobre a qual falamos no início deste
ensaio. As relações comportamentais não se reduzem necessariamente a unidades estímulo-resposta
cujas características seriam ditadas pelas propriedades físicas dos eventos e não pelas relações funcionais
entre eles.
ZILIO, Carlos. A mente é comportamento. Filosofia. Ano VI, ed. 63, set. 2012. p. 47-49. (Adaptado)
31) [...] o “Behaviorismo caixa-preta” consistiria numa Psicologia dualista e incompleta, pois assumiria
que, além de existir um mundo mental inalcançável (daí o dualismo), este mundo não seria passível de
tratamento científico e, portanto, a Psicologia deveria resignar-se ao estudo de estímulo-resposta (daí a
incompletude). (linhas 5-9)
No trecho acima, a palavra em destaque, que aparece duas vezes no interior de parênteses, cumpre a
função de estabelecer relação
A) de proximidade entre dois argumentos.
B) de temporalidade entre segmentos do texto.
C) entre um termo e sua explicação.
D) entre um termo e sua objeção.
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32) Ora, se não há mente ou se ela é algo inalcançável pela Ciência, e se estas são as duas teses associadas
ao behaviorismo, como, então, seria possível propor uma análise behaviorista da mente? (linhas 19-21)
O enunciado acima explicita a existência de uma
A) dificuldade.
B) incompatibilidade.
C) indecisão.
D) descrédito.
33) [...] o Behaviorismo Radical não elimina nem condena ao ostracismo científico os fenômenos
classificados como “mentais”, mas os analisa a partir da perspectiva comportamental. (linhas 24-26)
No trecho acima, o termo em destaque estabelece, com a ideia anterior, relação de
A) explicação.
B) correlação.
C) oposição.
D) descrição.
34) [...] se a mente é comportamento, então o que seria comportamento? (linhas 27-28) O que é
ambiente? (linha 31)
No texto, as perguntas acima cumprem a função de
A) introduzir uma opinião a respeito do tópico (assunto) que já vinha sendo tratado.
B) introduzir um novo tópico (assunto) a ser tratado no texto.
C) retomar, para concluir, o tema central do texto.
D) retomar, para problematizar, o tema central do texto.
35) [...] o comportamento é definido, na perspectiva behaviorista radical, como a relação entre as ações
do sujeito e o ambiente. (linhas 29-30)
Ambiente é qualquer evento no universo capaz de afetar o sujeito. Essa afetação, por sua vez, consiste
em modificar de alguma forma as suas ações. (linhas 31-32)
A ação é o que o sujeito faz e “fazer” indica uma atividade que está sendo realizada num dado intervalo
de tempo. (linhas 42-43)
No texto de Zilio, que visa à divulgação científica, os trechos acima cumprem a função de
A) apresentar a definição de conceitos teóricos imprescindíveis para a compreensão do que vem a ser o
Behaviorismo Radical.
B) descrever conceitos teóricos fundamentais do Behaviorismo Radical.
C) apresentar a posição do autor acerca dos conceitos importantes do Behaviorismo Radical.
D) apresentar a definição de elementos que estruturam as ações humanas, tema central do Behaviorismo
Radical.
36) A ação não é mero movimento. Aliás, pode implicar justamente o contrário.
Numa situação em que duas crianças estão disputando para ver quem pisca primeiro, a ausência do piscar
– ou seja, de movimento das pálpebras – também é ação. (linhas 44-47)
O termo em destaque pode estabelecer diferentes relações entre enunciados, a depender do contexto
em que é empregado.
No trecho acima, para manter as mesmas relações entre os enunciados “A ação não é mero movimento”
e “pode indicar justamente o contrário”, o termo “Aliás” pode ser substituído por:
11
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2º ANO – E.M.
2015
A) Além disso.
B) De outro modo.
C) No entanto.
D) Ou melhor.
37) Com base no texto, uma paráfrase possível para o enunciado “O que define a ação é a sua função e
não a sua forma” (linha 48) é:
A) O que define a ação não é o modo como ela é realizada, mas se o sujeito se movimenta em relação ao
ambiente.
B) O que define a ação não é se ela é realizada adequadamente, mas se ela afeta positivamente algum
objeto.
C) O que define a ação não é se ela afeta o ambiente, mas o modo como ela é realizada.
D) O que define a ação não é o movimento, mas se a atividade do sujeito interage com o ambiente.
38) No texto, o enunciado “o comportamento é essencialmente um fenômeno relacional” (linhas 58-59)
sintetiza a seguinte ideia:
A) Ação e ambiente só são definíveis quando postos em relação.
B) A definição de comportamento depende da teoria behaviorista assumida.
C) O comportamento se organiza em função das possibilidades do ambiente.
D) A essência do sujeito é um fenômeno que se define pelo seu comportamento.
39) Com base na leitura do texto, a posição do autor em relação tanto ao “Behaviorismo caixa-preta”
quanto ao “Behaviorismo eliminativista” é a de que
A) ambos deveriam deixar de existir.
B) ambos trazem algumas contribuições.
C) ambos são reducionistas.
D) ambos têm aceitação no meio científico.
40) “Existem duas ideias comumente associadas ao Behaviorismo” O sujeito do verbo existir é
a) simples e tem como núcleo “ideias”
b) simples e tem como núcleo “Behaviorismo”
c) inexistente.
d) indeterminado.
e) composto e tem como núcleos “ideias” e “Behaviorismo”
41) Se trocarmos o verbo existir pelo haver
a) a forma verbal continuaria no plural, concordando com “ideias”
b) a forma verbal ficaria no singular, concordando com “Behaviorismo”
c) a forma verbal ficaria no singular, pois é impessoal.
d) a forma verbal ficaria no singular, concordando com “Behaviorismo” ou no plural, concordando com
“ideias”
12
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
MODULO 5: Interpretação de texto, sinonímia, análise sintática (transitividade dos verbos, pronomeobjeto, aposto, vocativo e termos associados ao nome)
Texto para resolver as questões de 42 a 47.
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
13
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento
da silhueta dos jovens. ”Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito“, observa Vivian
Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro.
Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco
leite e comer menos frutas e feijão.
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como marca
da nova geração: a preguiça. ”Cem por cento das meninas que participam do Programa não praticavam
nenhum esporte“, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das
voluntárias.
Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura. ”E
não é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor“, acredita Claudia Cozer, endocrinologista da
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os
estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que viriam na velhice
já são parte da rotina deles. ”Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete“, exemplifica
Claudia.
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).
42) Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as
informações apresentadas no texto indicam que
a) a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem
fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes.
b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos combinada com um maior consumo de
alimentos ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes.
c) a maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população adolescente
tem tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio metabólico.
d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições de
alimentação, enquanto que na população adulta os fatores hereditários são preponderantes.
43) “a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens”
Substituindo o termo destacado por um pronome teremos
a) têm-o
b) têm-lo
c) têm-lhe
d) tê-lo
e) têm-no
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44) “A oferta de produtos industrializados....” O termo destacado é, sintaticamente
a) adjunto adnominal
b) adjunto adverbial
c) complemento nominal
d) aposto
e) vocativo
45) “observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas...” O termo destacado e o verbo são, sintaticamente
a) adjunto adnominal / verbo transitivo direto
b) adjunto adverbial / verbo intransitivo
c) complemento nominal / verbo de ligação
d) aposto / verbo transitivo direto
e) vocativo / verbo intransitivo
46) “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete“, A palavra destacada é sinônima de
a) pressão normal
b) pressão baixa
c) pressão alta
d) alta taxa de açúcar
e) baixa taxa de açúcar
47) “Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula,...” O termo
destacado é, sintaticamente
a) adjunto adnominal
b) adjunto adverbial
c) complemento nominal
d) aposto
e) vocativo
48)
Considere o que se afirma sobre o papel da linguagem verbal e não verbal na organização da história.
14
CADERNO DE ATIVIDADES
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2015
I. O desenho é autossuficiente. Mesmo sem os diálogos, entende-se que um homem foi punido por ter
chamado o outro de gordo.
II. As falas das personagens são autossuficientes. Mesmo sem os desenhos, entende-se que um homem
foi punido por acusar o outro de medroso.
III. O desenho e as falas são interdependentes. É pela fala do segundo quadrinho que se entende que o
homem foi punido principalmente por chamar o outro de "gordão".
15
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas I e III.
49) Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre uso de termos estrangeiros no Brasil] para que
palavras como "shopping center", "delivery" e "drive-through" sejam proibidas em nomes de
estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de
livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de
extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber:
......
- Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer "Tu vai" em espaços públicos do território nacional;
- Nenhum cidadão paulista poderá dizer "Eu lhe amo" e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como
"Me vê um chopps e dois pastel";
......
- Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra "borraxaria" e nenhum dono de
banca de jornal anunciará "Vende-se cigarros";
......
- Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como "casar-me-ei" ou
"ver-se-ão".
(PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 8/04/2001.)
No texto acima, o autor
a) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve ser protegida
contra deturpações de uso.
b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da
língua.
c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e nominal pelo falante
brasileiro.
d) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor medidas que os
controlem.
e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar corretamente os
pronomes.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
50)
16
De acordo com a história em quadrinhos protagonizada por Hagar e seu filho Hamlet, pode-se afirmar
que a postura de Hagar
a) valoriza a existência da diversidade social e de culturas, e as várias representações e explicações desse
universo.
b) desvaloriza a existência da diversidade social e as várias culturas, e determina uma única explicação
para esse universo.
c) valoriza a possibilidade de explicar as sociedades e as culturas a partir de várias visões de mundo.
d) valoriza a pluralidade cultural e social ao aproximar a visão de mundo de navegantes e não-navegantes.
e) desvaloriza a pluralidade cultural e social, ao considerar o mundo habitado apenas pelos navegantes.
51) A garotinha ficava debaixo da árvore O termo destacado é, sintaticamente
a) adjunto adnominal
b) adjunto adverbial
c) complemento verbal
d) aposto
e) complemento nominal
52) A garotinha ficava debaixo da árvore. O verbo destacado é
a) de ligação
b) intransitivo
c) transitivo direto
d) transitivo indireto
e) transitivo direto e indireto
MÓDULO 6: Interpretação de texto e análise sintática (transitividade dos verbos e termos associados ao
nome)
Texto para resolver as questões de 53 a 60.
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2º ANO – E.M.
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Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
17
MÁRIO QUINTANA
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.
53) Eles não têm pouso nem porto (v. 6-7)
Os versos acima podem ser lidos como uma pressuposição do autor sobre o texto literário.
Essa pressuposição está ligada ao fato de que a obra literária, como texto público, apresenta o seguinte
traço:
a) é aberta a várias leituras
b) provoca desejo de transformação
c) integra experiências de contestação
d) expressa sentimentos contraditórios
e) é proibitiva
54) E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti... (v. 10-12)
De acordo com esses versos, um dos efeitos da compreensão da leitura é :
a) alimentar o leitor com novas perspectivas e opções
b) revelar ao leitor suas próprias sensações e pensamentos
c) transformar o leitor em uma pessoa melhor e mais consciente
d) deixar o leitor maravilhado com a beleza e o encantamento do poema
e) proporcionar esporte e lazer.
55) “E olhas, então, essas tuas mãos vazias,...” O verbo da oração é
a) intransitivo
b) de ligação
c) transitivo indireto
d) transitivo direto
e) transitivo direto e indireto
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56) Os pronomes “tuas” e “essas” são sintaticamente
a) adjuntos adverbiais
b) complementos nominais
c) núcleos do objeto
d) vocativos
e) adjuntos adnominais
57) o adjetivo “vazias” sintaticamente funciona como
a) sujeito
b) adjunto adnominal
c) adjunto adverbial
d) complemento nominal
e) objeto direto
58) “Os poemas são pássaros que chegam” (verso1) Sobre o período é errado afirmar que
a) O verbo “chegam” é intransitivo
b) o sujeito de “são” é simples (os pássaros)
c) o sujeito de “chegam” é o que (os pássaros)
d) o que não tem referente
e) o verbo “são” é de ligação
59) “que o alimento deles já estava em ti...” O termo destacado é, sintaticamente
a) adjunto adnominal
b) adjunto adverbial
c) complemento verbal
d) aposto
e) complemento nominal
60) “que o alimento deles já estava em ti...” O verbo da oração é
a) intransitivo
b) de ligação
c) transitivo indireto
d) transitivo direto
e) transitivo direto e indireto
MÓDULO 7: Questões discursivas
61) Caro aluno , recicle o seu lixo. Passe a oração para a:
a) 2ª pessoa do singular.
b) 2ª pessoa do plural.
62) “As pessoas hoje estão cada vez mais individualistas” o verbo “estar” é regular ou irregular? Justifique
sua resposta.
18
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63) Explique o uso do presente do indicativo nas orações abaixo:
a) Amanhã eu lhe pago o aluguel.
b) Em 2002, o Brasil ganha seu quinto título mundial.
c) Toda semana, eu leciono em Uberaba.
d) O lixo residencial é diferente do lixo hospitalar.
19
64) Complete com a forma verbal correta.
a) Se você ............ meu irmão, entregue-lhe o livro. (ver/vir)
b) Se você ............. ao colégio, ............... - me o livro. (vir/vier) / (traze/traga)
c) Se você .............. o dinheiro no Banco do Brasil, ............. - o na poupança.( pôr/ puser) / (põe/ponha)
65) Substitua os objetos destacados pelos pronomes correspondentes.
a) a garota disse ao rapaz grandes verdades.
b) a garota disse ao rapaz grandes verdades
c) disseram ao rapaz grandes verdades
d) a garota fez as tarefas
66)
Uma Reforma Dramática
Nem eu, nem tu, nem qualquer outra pessoa desta história poderia responder mais, tão certo é
que o destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho. Eles chegam a seu
tempo, até que o pano cai, apagam-se as luzes, e os espectadores vão dormir. Nesse gênero há porventura
alguma coisa que reformar, e eu proporia, como ensaio, que as peças começassem pelo fim.
(Machado de Assis, "Dom Casmurro" / excerto)
Este é o segundo período do capítulo LXXII: "Eles chegam a seu tempo, até que o pano cai, apagam-se as
luzes, e os espectadores vão dormir. "
a) O pronome pessoal do caso reto da terceira pessoa do plural que inicia a frase retoma que termos da
frase anterior?
b) Explique por que esse pronome está no masculino plural.
67) “Nesse gênero há porventura alguma coisa” Classifique o sujeito da oração e justifique sua resposta.
68) “Nesse gênero há porventura alguma coisa” Se trocássemos “alguma coisa” por “algumas coisas”
mudaria a concordância do verbo haver ? Justifique sua resposta.
69) A garotinha ficava sempre debaixo da frondosa árvore. Dê a função sintática do termo destacado e
justifique sua resposta.
70) “A matança de marginais amedrontou a população
(Diário do Barão: Barão Geraldo / Campinas)
a) Explique a ambiguidade presente na frase acima.
b) Desfaça essa ambiguidade.
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GABARITO DAS QUESTÕES FECHADAS:
1. D
2. B
3. A
4. A
5. D
6. A
7. B
8. C
9. D
10. E
11. B
12.D
13. A
14. C
15. E
16. C
17. E
18. A
19. E
20. E
21. B
22. C
23. C
24. A
25. C
26. D
27. D
28. B
29. E
30. A
31. C
32. B
33. C
34. B
35. A
36. B
37. D
38. A
39. C
40. A
41. C
42. A
43. E
44. C
45. D
46. C
47. A
48. C
49. B
50. B
51. C
52. B
53. A
54. A
55. D
56. E
57. B
58. D
59. A
60. A
GABARITO DAS QUESTÕES DISCURSIVAS:
61) a) Caro aluno, recicla o teu lixo.
b) Caros alunos, reciclai o vosso lixo.
66) a) o destino como os dramaturgos
b) o autor quis se referir aos dois em uma
comparação
do
destino
com
os
62) Irregular, pois, apesar de seu radical não se
dramaturgos.
alterar, a desinência da 1ª pessoa do singular
do presente do indicativo (ou) é diferente da 67) o sujeito é inexistente, pois o verbo haver é
padrão (o).
sinônimo de existir, portanto, é impessoal.
63) a) usou-se o presente do indicativo para 68) Não, pois o verbo haver é impessoal e,
expressar um fato futuro
portanto, por convenção, fica sempre na 3ª
pessoa do singular.
b) usou-se o presente do indicativo para
expressar um fato passado (presente
histórico)
69) complemento nominal, pois é um termo
preposicionado (da frondosa árvore) ligado a
c) usou-se o presente do indicativo para
expressar um fato habitual / rotineiro.
um advérbio (debaixo).
d) usou-se o presente do indicativo para
70) a) os marginais matam / os marginais são
expressar uma verdade universal
mortos.
64) a) vir
b) vier / traga
c) puser / ponha
b) a matança aos marginais / a matança de
marginais / a matança pelos marginais.
65) a) disse-lhe
b) disse-as
c) disseram-nas
d) fê-las
20
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – MARCELO
TEXTO: 1 - Comuns às questões: 1, 2, 3, 4
Fotojornalismo
1
Vem perto o dia em que soará para os escritores a hora do irreparável desastre e da derradeira 2
desgraça. Nós, os rabiscadores de artigos e notícias, já sentimos que nos falta o solo debaixo 3 dos
pés… Um exército rival vem solapando os alicerces em que até agora assentava a nossa 4 supremacia:
é o exército dos desenhistas, dos caricaturistas e dos ilustradores. O lápis destronará 5 a pena: ceci
tuera cela1.
6
O público tem pressa. A vida de hoje, vertiginosa e febril, não admite leituras demoradas, nem 7
reflexões profundas. A onda humana galopa, numa espumarada bravia, sem descanso. Quem 8 não
se apressar com ela será arrebatado, esmagado, exterminado. O século não tem tempo a 9 perder. A
eletricidade já suprimiu as distâncias: daqui a pouco, quando um europeu espirrar, 10 ouvirá
incontinenti2 o “Deus te ajude” de um americano. E ainda a ciência humana há de achar o 11 meio de
simplificar e apressar a vida por forma tal que os homens já nascerão com dezoito anos, 12 aptos e
armados para todas as batalhas da existência.
13
Já ninguém mais lê artigos. Todos os jornais abrem espaço às ilustrações copiosas, que entram 14
pelos olhos da gente com uma insistência assombrosa. As legendas são curtas e incisivas: toda 15 a
explicação vem da gravura, que conta conflitos e mortes, casos alegres e casos tristes.
16
É provável que o jornal-modelo do século 20 seja um imenso animatógrafo3, por cuja tela vasta 17
passem reproduzidos, instantaneamente, todos os incidentes da vida cotidiana. Direis que as 18
ilustrações, sem palavras que as expliquem, não poderão doutrinar as massas nem fazer uma 19
propaganda eficaz desta ou daquela ideia política. Puro engano. Haverá ilustradores para a sátira, 20
ilustradores para a piedade.
21
(...) Demais, nada impede que seja anexado ao animatógrafo um gramofone de voz tonitruosa4, 22
encarregado de berrar ao céu e à terra o comentário, grave ou picante, das fotografias.
23
E convenhamos que, no dia em que nós, cronistas e noticiaristas, houvermos desaparecido da 24
cena – nem por isso se subverterá a ordem social. As palavras são traidoras, e a fotografia é fiel. 25 A
pena nem sempre é ajudada pela inteligência; ao passo que a máquina fotográfica funciona 26 sempre
sob a égide5 da soberana Verdade, a coberto das inumeráveis ciladas da Mentira, do 27 Equívoco e
da Miopia intelectual. Vereis que não hão de ser tão frequentes as controvérsias…
(...)
28
Não insistamos sobre os benefícios da grande revolução que a fotogravura vem fazer no 29
jornalismo. Frisemos apenas este ponto: o jornal-animatógrafo terá a utilidade de evitar que 30 nossas
opiniões fiquem, como atualmente ficam, fixadas e conservadas eternamente, para 31 gáudio6 dos
inimigos… Qual de vós, irmãos, não escreve todos os dias quatro ou cinco tolices 32 que desejariam
ver apagadas ou extintas? Mas, ai! de todos nós! Não há morte para as nossas 33 tolices! Nas
bibliotecas e nos escritórios dos jornais, elas ficam (...) catalogadas.
(...)
21
CADERNO DE ATIVIDADES
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2015
34 No jornalismo do Rio de Janeiro, já se iniciou a revolução, que vai ser a nossa morte e a 35 opulência7
dos que sabem desenhar. Preparemo-nos para morrer, irmãos, sem lamentações 36 ridículas,
aceitando resignadamente a fatalidade das coisas, e consolando-nos uns aos outros 37 com a cortesia
de que, ao menos, não mais seremos obrigados a escrever barbaridades…
38
Saudemos a nova era da imprensa! A revolução tira-nos o pão da boca, mas deixa-nos aliviada 39 a
consciência.
Olavo Bilac - Gazeta de Notícias , 3/0 / 90 .
1 ceci tuera cela − isto vai matar aquilo
2 incontinenti − sem demora
3 animatógrafo − aparelho que passa imagens sequenciais
4 tonitruosa − com o volume alto
5 égide − proteção
6 gáudio − alegria extremada
7 opulência − riqueza, grandeza
Questão 01 - (UERJ) Já em 1901, o escritor Olavo Bilac temia que a imagem substituísse a escrita. No
entanto, ele reconhecia aspectos positivos dessa possível substituição.
Um desses aspectos é observado no seguinte trecho:
a)
b)
c)
d)
O século não tem tempo a perder. (Refs. 8-9)
Já ninguém mais lê artigos. (Ref. 13)
aceitando resignadamente a fatalidade das coisas, (Ref. 36)
não mais seremos obrigados a escrever barbaridades... (Ref.. 37)
Questão 02 - (UERJ) O texto, apesar de escrito no início do século XX, demonstra surpreendente
atualidade, conferida sobretudo por uma semelhança entre a vida moderna da época e a experiência
contemporânea.
Essa semelhança está exemplificada na passagem apresentada em:
a)
b)
c)
d)
O público tem pressa. (Ref. 6)
As palavras são traidoras, e a fotografia é fiel. (Ref. 24)
Não há morte para as nossas tolices! (Refs. 32-33)
Nas bibliotecas e nos escritórios dos jornais, elas ficam (...) catalogadas. (Ref. 33)
Questão 03 - (UERJ) O cinema se popularizou no Brasil depois de esta crônica ter sido escrita. Nela, porém,
o autor já antecipa o advento do novo meio de comunicação.
Um trecho que comprova tal afirmativa é:
a)
b)
c)
d)
E ainda a ciência humana há de achar o meio de simplificar e apressar a vida (Refs. 10-11)
toda a explicação vem da gravura, que conta conflitos e mortes, (Refs. 14-15)
nada impede que seja anexado ao animatógrafo um gramofone de voz tonitruosa, (Ref. 21)
a máquina fotográfica funciona sempre sob a égide da soberana Verdade, (Refs. 25-26)
22
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Questão 04 - (UERJ)
Vereis que não hão de ser tão frequentes as controvérsias… (Ref. 27)
A previsão de Bilac sobre a diminuição das controvérsias ou polêmicas, por causa da vitória da imagem
sobre a palavra, baseia-se em uma pressuposição acerca da maneira de representar a realidade.
Essa pressuposição está enunciada em:
a)
b)
c)
d)
o desenho critica o real e as palavras expressam consciência
a fotografia reproduz o real e as palavras provocam distorções
a imagem interpreta o real e as palavras precisam de inteligência
a fotogravura subverte o real e as palavras tendem ao conservadorismo
23
TEXTO: 2 - Comum à questão: 5
Porque a realidade é inverossímil
1
Escusando-me1 por repetir truísmo2 tão martelado, mas movido pelo conhecimento de que os 2
truísmos são parte inseparável da boa retórica narrativa, até porque a maior parte das pessoas 3 não sabe
ler e é no fundo muito ignorante, rol no qual incluo arbitrariamente você, repito o que 4 tantos já dizem
e vivem repetindo, como quem usa chupetas: a realidade é, sim, muitíssimo 5 mais inacreditável do que
qualquer ficção, pois esta requer uma certa arrumação falaciosa3, a 6 que a maioria dá o nome de
verossimilhança. Mas ocorre precisamente o oposto. Lê-se ficção 7 para fortalecer a noção estúpida de
que há sentido, lógica, causa e efeito lineares e outros 8 adereços que integrariam a vida. Lê-se ficção, ou
mesmo livros de historiadores ou jornalistas, 9 por insegurança, porque o absurdo da vida é insuportável
para a vastidão dos desvalidos que 10 povoa a Terra.
João Ubaldo Ribeiro - Diário do Farol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
1 escusando-me − desculpando-me
2 truísmo − verdade trivial, lugar comum
3 falaciosa − enganosa, ilusória
Questão 05 - (UERJ) O título do texto soa contraditório, se a verossimilhança for tomada como uma
semelhança com o mundo real, com aquilo que se conhece e se compreende.
Essa contradição se desfaz porque, na interpretação do autor, a ficção organiza elementos da vida,
enquanto a realidade é considerada como:
a) linear
b) absurda
c) estúpida
d) falaciosa
TEXTO: 3 - Comum à questão: 6
O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos
agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre
o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A
indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais
entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições
descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a
ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado
e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as
leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material do
abstrato sobre o corpóreo e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais
e rudimentares. A ordem familiar, em sua forma pura, é abolida por uma transcendência.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 2010. Adaptado.)
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2º ANO – E.M.
2015
Questão 06 - (Fac. Santa Marcelina SP) No que diz respeito à comparação entre família e Estado, o texto
apresenta
a) a caracterização do Estado como geral, intelectual e abstrato, e da família como particular, material
e corpórea.
b) a explicação do princípio segundo o qual a família fornece as leis que governam o Estado.
c) a tese de que existe uma hierarquia entre Estado, Cidade e Família, com o Estado no topo e a Família
na base.
d) a possibilidade de, se for para o bem da família, os cidadãos transgredirem as leis do Estado.
e) a defesa de que o Estado é uma versão ampliada e refinada das estruturas e das relações familiares.
TEXTO: 4 - Comum à questão: 7
Considere o trecho do conto A causa secreta, de Machado de Assis.
Garcia lembrou-se que na véspera ouvira ao Fortunato queixar-se de um rato, que lhe levara um papel
importante; mas estava longe de esperar o que viu. Viu Fortunato sentado à mesa, que havia no centro
do gabinete, e sobre a qual pusera um prato com espírito de vinho. O líquido flamejava. Entre o
polegar e o índice da mão esquerda segurava um barbante, de cuja ponta pendia o rato atado pela
cauda. Na direita tinha uma tesoura. No momento em que o Garcia entrou, Fortunato cortava ao rato
uma das patas; em seguida desceu o infeliz até a chama, rápido, para não matá-lo, e dispôs-se a fazer
o mesmo à terceira, pois já lhe havia cortado a primeira. Garcia estacou horrorizado.
– Mate-o logo! disse-lhe.
– Já vai.
E com um sorriso único, reflexo de alma satisfeita, alguma coisa que traduzia a delícia íntima das
sensações supremas, Fortunato cortou a terceira pata ao rato, e fez pela terceira vez o mesmo
movimento até a chama. O miserável estorcia-se, guinchando, ensanguentado, chamuscado, e não
acabava de morrer. Garcia desviou os olhos, depois os voltou novamente, e estendeu a mão para
impedir que o suplício continuasse, mas não chegou a fazê-lo, porque o diabo do homem impunha
medo, com toda aquela serenidade radiosa da fisionomia. Faltava cortar a última pata; Fortunato
cortou-a muito devagar, acompanhando a tesoura com os olhos; a pata caiu, e ele ficou olhando para
o rato meio cadáver. Ao descê-lo pela quarta vez, até a chama, deu ainda mais rapidez ao gesto, para
salvar, se pudesse, alguns farrapos de vida.
Garcia, defronte, conseguia dominar a repugnância do espetáculo para fixar a cara do homem. Nem
raiva, nem ódio; tão-somente um vasto prazer, quieto e profundo, como daria a outro a audição de
uma bela sonata ou a vista de uma estátua divina, alguma coisa parecida com a pura sensação
estética.
(Machado de Assis. Obra completa, 1994.)
Questão 07 - (Fac. Santa Marcelina SP) O narrador descreve assim o estado de espírito de Fortunato:
sorriso único, reflexo de alma satisfeita, alguma coisa que traduzia a delícia íntima das sensações
supremas. Segundo o texto, tal estado era comparável ao prazer que se sente
a)
b)
c)
d)
e)
durante a embriaguez.
na fruição artística.
após uma descoberta científica.
no êxtase religioso.
em uma prática sadomasoquista.
24
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
TEXTO: 5 - Comuns às questões: 8, 9, 10
Crianças brincando
Uma psicóloga da PM-SP defende que crianças de oito anos podem
manusear armas de fogo, “desde que acompanhadas pelos pais”. É
normal, diz ela, que o filho de um policial tenha curiosidade sobre o
instrumento de trabalho de seu pai, “assim como o filho do médico
tem sobre o estetoscópio”. A recente tragédia em São Paulo,
envolvendo o menino Marcelo Pesseghini, 13, suspeito de matar seus pais (ambos, policiais militares),
a avó e a tia-avó, e que se matou em seguida, tudo a tiros, não abalou sua convicção.
Vejamos. É normal que o filho de oito anos de um piloto de aviação tenha curiosidade sobre o
instrumento de trabalho do pai - o avião. Isso autoriza o piloto a pôr o filho na cadeira do copiloto e
“acompanhá-lo” enquanto ele pousa o aparelho levando 300 passageiros? O filho de um madeireiro,
apenas por ser quem é, estará autorizado a brincar com uma motosserra? E o filho de um
proctologista estará apto a manipular o instrumento de trabalho de seu pai? (...)
A professora Maria de Lourdes Trassi, da Faculdade de Psicologia da PUC-SP, rebate o argumento da
psicóloga da PM, dizendo: “O cirurgião pode até dar o estetoscópio ou a luva [para o filho brincar].
Mas não vai lhe apresentar o bisturi”.
Também acho. E há muitas coisas com que o filho de um PM pode brincar - gás de mostarda, bombas
de gás lacrimogêneo, balas de borracha -, sem ter de apelar para armas de fogo.
(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 19.08.2013)
Questão 08 - (ESPM SP) Segundo o texto, o autor:
a) aceita o fato de uma criança ter curiosidade sobre o instrumento de trabalho do pai, inclusive se for
arma de fogo.
b) sugere que o filho de um PM pode brincar com instrumentos de trabalho perigosos, exceto com
armas de fogo.
c) acha normal o filho de um PM ter interesse sobre o instrumento de trabalho do pai, sobretudo
quando se trata de arma de fogo.
d) sustenta a ideia de que um menor de idade pode usar armas de fogo, desde que sob a supervisão dos
pais.
e) concorda com o fato de uma criança ser atraída pelo instrumento de trabalho do pai, mas pondera
sobre os limites que ele, pai, deva estabelecer.
Questão 09 - (ESPM SP) No 2º parágrafo, as perguntas feitas pelo autor são:
a)
b)
c)
d)
e)
declarativas, que comparam a periculosidade das mais variadas atividades profissionais.
retóricas, que contradizem a declaração da professora da PUC.
retóricas, que questionam o posicionamento da psicóloga da PM.
ideológicas, que polemizam a postura tanto da psicóloga quanto da professora.
exclamativas, que expressam os sentimentos de ironia sobre o tema em questão.
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CADERNO DE ATIVIDADES
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Questão 10 - (ESPM SP) Dos objetos citados no texto, assinale aquele que possui grau diferente de
importância se comparado aos demais:
a)
b)
c)
d)
e)
armas de fogo
estetoscópio
motosserra
bisturi
instrumento do proctologista
26
TEXTO: 6 - Comum à questão: 11
Texto I
Barreira da língua
Cenário: um posto de saúde no interior do Maranhão.
– Buenos dias, señor, o que siente? – pergunta o médico.
– Tô com dor no bucho, comi uma tapioca reimosa, me deu um empachamento danado. Minha cabeça
ficou pinicando, deu até um farnizim no juízo.
– Butcho? Tapiôka? Empatchamiento? Pinicón? Far new zeen???
O trecho acima é de uma piada que circula no Hospital das Clínicas de São Paulo sobre as dificuldades
de comunicação que os médicos estrangeiros deverão enfrentar nos rincões do Brasil. (...)
(Claúdia Colucci, Folha de S. Paulo, 03/07/2013.)
Texto II
No texto "Barreira da língua", a jornalista Cláudia Collucci reproduz uma piada ouvida no Hospital das
Clínicas, em São Paulo, para criticar a iniciativa do governo de abrir a possibilidade de que médicos
estrangeiros venham a trabalhar no Brasil. Faltou dizer duas obviedades ululantes para qualquer
brasileiro:
1) A maioria dos ilustres médicos que trabalham no Hospital das Clínicas teria tantas dificuldades
quanto um estrangeiro para entender uma frase recheada de regionalismos completamente
desconhecidos nas rodas das classes média e alta por onde circulam;
2) A quase totalidade deles não tem o menor interesse em mudar para uma comunidade carente,
seja no interior do Maranhão, seja num vilarejo amazônico, e lá exercer sua profissão. (...)
(José Cláuver de Aguiar Júnior, “Painel do leitor”, Folha de S. Paulo, 04/07/2013)
Questão 11 - (IBMEC SP) A frase inicial da piada apresentada no Texto I, atribuída a um fictício médico
estrangeiro que teria vindo trabalhar no Brasil, permite inferir que esse profissional
a)
b)
c)
d)
e)
só pode ter vindo ou de Cuba ou de outro país da América Latina.
é falante nativo da língua portuguesa, embora não brasileiro.
certamente é brasileiro, mas formou-se fora do Brasil.
só pode ter vindo de um país de origem germânica.
é falante ou tem conhecimentos da língua espanhola.
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Questão 12 - (IBMEC SP)
27
(Folha de S. Paulo, 28/06/2013)
O último quadrinho permite pressupor que
a)
b)
c)
d)
e)
Garfield não gosta de nenhuma verdura que Jon lhe oferece.
Liz não é uma companhia agradável para Garfield.
todo animal de estimação gosta da companhia do dono.
a companhia de Jon é tão desagradável quanto brócolis.
Garfield não entende os motivos que uniram Jon e Liz.
Questão 13 - (IBMEC SP) Observe a charge a seguir.
(Folha de S. Paulo, 05/07/2013)
Assinale a alternativa que contenha um fragmento poético que apresente o mesmo tipo de preocupação
do cartunista.
a)
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza
E imprime em toda flor sua pisada.
Oh, não aguardes que a madura idade
Te converta essa flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
(Gregório de Matos)
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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b)
Gastei uma hora pensando num verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(Carlos Drummond de Andrade)
c)
Oh, eu quero viver, beber perfumes,
Na flor silvestre que embalsama os ares,
Ver minha alma adejar pelo infinito
Qual branca vela na amplidão dos mares.
(Castro Alves)
d)
Entre estas Índias de Leste
E as Índias ocidentais
Meu Deus que distância enorme
Quantos Oceanos Pacíficos
Quantos bancos de corais
Quantas frias latitudes!
Ilhas que a tormenta arrasa
Que os terremotos subvertem
Desoladas Marambaias
Sirtes sereias Medeias
Púbis a não poder mais
Altos como a estrela d’alva
Longínquos como Oceanias
(Manuel Bandeira)
e)
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
(Vinicius de Moraes)
TEXTO: 7 - Comuns às questões: 14, 15
Texto 01
SALGADO, S. Retrato de menina sem-terra à margem da
rodovia estadual PR-158, que liga Laranjeiras do Sul a
Chopinzinho, no Paraná. Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p.99.
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CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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Texto 02
Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham
caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como
haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas
que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados
da caatinga rala.
Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú
de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa
ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam
atrás.
Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar,
sentou-se no chão.
− Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.
Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou
acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos. Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e
esperou que ele se levantasse. Como isso não acontecesse, espiou os quatro cantos, zangado,
praguejando baixo.
A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas.
O vôo negro dos urubus fazia círculos em redor dos bichos moribundos.
− Anda, excomungado.
O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo.
Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém por sua desgraça. A seca aparecia-lhe como
um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era
culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.
RAMOS, G. Vidas secas. São Paulo: Record, 1997, p. 9.
Questão 14 - (IFGO) Sobre os textos 01 e 02, analise os enunciados a seguir:
I. A foto Retrato de menina sem-terra e o romance Vidas secas estabelecem um diálogo temático.
II. O fotógrafo interpreta o mundo e o recorta com seu olhar. O narrador procede de forma semelhante
ao recriar o real.
III. A ênfase da 2ª fase do Modernismo desloca-se para a linguagem, que deve ser seca, econômica,
concisa, como em G. Ramos.
IV. As crianças “sem nome” do livro Vidas secas e Retrato de menina sem-terra, podem representar
milhares de crianças sem posses.
V. Não podemos associar os textos, pois a fotografia refere-se a coisas do mundo real e a literatura, a
fatos que existem exclusivamente no texto.
Pode-se afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
Apenas as afirmações III e IV estão corretas.
Apenas as afirmações III, IV e V estão corretas.
Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
Apenas as afirmações III e V estão corretas.
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CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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Questão 15 - (IFGO) Observe o trecho:
Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a
espingarda de pederneira no ombro.
Quanto às escolhas linguísticas, percebe-se que Graciliano Ramos utiliza-se de palavras ligadas ao sertão
nordestino. Tais escolhas, no trecho, têm como propósito principal:
a)
b)
c)
d)
e)
revelar a riqueza da linguagem advinda do sertão pelos vocábulos utilizados.
contrapor a língua padrão, de maior prestígio social, com outras variedades linguísticas.
privilegiar a norma popular da língua portuguesa.
mostrar a incapacidade de Fabiano de se comunicar de forma inteligível.
conferir verossimilhança ao texto, em consonância com a caracterização da personagem e do
ambiente em que vive.
Questão 16 - (IFGO) Em uma carta à irmã, Marília Ramos, cujo desejo era também ser escritora, Graciliano
Ramos diz:
“Só conseguimos deitar no papel os nossos sentimentos, a nossa vida. Arte é sangue, é carne. Além disso
não há nada. As nossas personagens são pedaços de nós mesmos, só podemos expor o que somos”.
Disponível em: <http://www.vidaslusofonas.pt/graciliano_ramos.htm> Acesso em: 25 out. 2013.
Uma marca na obra Vidas secas é o discurso indireto livre. Tendo em vista o trecho em destaque, o uso
desse discurso seria um recurso estilístico utilizado pelo autor para:
a) aproximar-se da personagem, confundindo-se com ela no momento da narração.
b) enganar propositalmente o leitor, exigindo dele postura mais ativa no ato da leitura.
c) emprestar espontaneidade à narrativa, reproduzindo estados de espírito da personagem, pelo
emprego de sinais gráficos.
d) dar à fala da personagem um tom mais informativo, intelectivo.
e) distanciar-se da personagem, demarcando muito bem a fala desta e do narrador.
Questão 17 - (IFGO) Infere-se do trecho da carta de Graciliano Ramos à sua irmã uma visão de arte cuja
função seria:
a)
b)
c)
d)
e)
purificar o sujeito, já que o leitor alivia suas tensões e angústias por meio da arte.
desvincular arte e vida, pois uma obra artística existe em si, por si e para si.
refletir sobre a experiência que a realidade traz ao sujeito, já que arte e vida se aproximam.
fugir da realidade, uma vez que a arte é sempre produto da imaginação.
adquirir cultura, porque a arte literária permite ao homem o conhecimento de outras realidades.
Questão 18 - (IFGO) Observe o trecho:
Em que estariam pensando?, zumbiu sinhá Vitória.
Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma objeção. Com relação às escolhas lexicais, pode-se dizer que
o uso dos verbos “zumbir” e “rosnar”, tiveram determinado propósito. Nessa passagem, tais verbos
serviram para demonstrar:
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CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
a)
b)
c)
d)
e)
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a pobreza de vocabulário das personagens.
a animalização das personagens.
a ignorância das personagens.
a comunicação fluente das personagens.
a subjetividade da linguagem das personagens.
TEXTO: 8 - Comuns às questões: 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25
TEXTO 1
Escher, o gênio da arte matemática
Com a ajuda da geometria, nada é o que aparenta ser no trabalho surpreendente do artista holandês.
1
Você já deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista gráfico holandês M. C. 2 Escher.
Elas já foram reproduzidas não só em dezenas de livros de arte, mas também na 3 forma de pôsteres,
postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e até gravatas. Caso não se 4 lembre, então você não viu
nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por 5 Escher é uma experiência inesquecível.
Tudo o que nelas está representado nunca é 6 exatamente o que parece ser. Há, em todas elas,
sempre uma surpresa visual espera 7 do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura ilusão.
A realidade pouco 8 interessava. Antes, preferia o contrário: criar mundos impossíveis que apenas
parecessem 9 reais. Eis porque acabou se tornando uma espécie de mágico das artes gráficas.
10
Seus desenhos, porém, não nasciam de passes de mágica, nem somente de sua 11 apurada
técnica de gravador. Sua obra está apoiada em conceitos matemáticos, extraídos 12 especialmente do
campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. 13 Foi com base nesses
princípios que Escher subverteu a noção da perspectiva clássica 14 para obter suas figuras impossíveis
de existir no espaço "real". Aliás, desde o começo, 15 fascinou-o essa condição essencial do desenho,
que é a representação tridimensional dos 16 objetos na inevitável bidimensionalidade do papel.
Brincou com isso o mais que pôde. 17 Também ___ matemática na divisão regular da superfície usada
por Escher para criar, de 18 maneira perfeita, suas famosas séries de metamorfoses, onde formas
geométricas 19 abstratas ganham vida e vão, aos poucos, se transformando em aves, peixes, répteis
e até 20 seres humanos.
21
Foi essa proximidade com a ciência que deixou os críticos de arte da época de cabelo 22 em pé.
Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era "artístico" o que ele fazia ou 23 puramente
"racional"? Na dúvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vários anos 24 Enquanto isso, o
artista foi ganhando a admiração de matemáticos, físicos, cristalógrafos e 25 eruditos em geral. Mas
essa é outra faceta surpreendente de Escher
26
Embora seus trabalhos tivessem forte conteúdo matemático, ele era leigo no assunto. 27 ____
bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde 28 que jamais
ganhou, ao menos, um "regular" em matemática. Conta-se até que H.M.S. 29 Coxeter, um dos papas
da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do 30 artista, convidou-o a participar de uma
de suas aulas. Vexame total. Para decepção do 31 catedrático, Escher não sabia do que ele estava
falando, mesmo quando discorria 32 sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas
gravuras.
GALILEU. Escher, o gênio da matemática. Disponível em:
<http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm> Acesso em 05/05/2013.
31
CADERNO DE ATIVIDADES
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32
Xilogravura: 'Céu e Água I', de 1938.
Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands.
VEJASP. Xilogravura ‘Céu e Água’. Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/mauritscornelis-escher. Acesso em 09/05/2013.
TEXTO 2
Arte estimula o aprendizado de matemática
1
Resolver operações matemáticas foi difícil para muitos dos gênios da ciência, e 2 continua pouco
atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em 3 vincular matemática com a
arte para tornar o aprendizado mais estimulante.
4
O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São 5 Paulo (USP)
é um deles. "Há mais matemática nos livros de Machado de Assis, nos 6 poemas de Cecília Meireles e
Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didáticos de 7 matemática". Para ele, a matemática
captura __ lógica do raciocínio, assim como 8 acontece com o imaginário na literatura, com a
harmonia na música, na escultura, na 9 pintura, nas artes em geral.
10
Para o pesquisador Antônio Conde, do Instituto de Matemática e Computação da 11 USP/São
Carlos, a convivência entre arte e matemática aumentaria a capacidade de 12 absorção dos
estudantes. "O lado estético da matemática é muito forte, a 13 demonstração de um teorema é uma
obra de arte", conclui.
14
O holandês Maurits Cornelis Escher é, provavelmente, um dos maiores 15 representantes dessa
ligação, produzindo obras de arte geometricamente 16 estruturadas. Ele provou, na prática, que é
possível olhar __ formas espaciais do 17 ponto de vista matemático, ou sob o seu aspecto estético,
utilizando-as para se 18 expressar plasticamente.
19
"Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas 20 observações,
entro em contato com o mundo da matemática", dizia Escher, que 21 morreu em 1972.
CIÊNCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemática. Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017&script=sci_arttext>. Acesso em 05/05/2013.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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TEXTO 3
Poesia Matemática
Millôr Fernandes
1 Às folhas tantas
2 do livro matemático
3 um Quociente apaixonou-se
4 um dia
5 doidamente
6 por uma Incógnita.
7 Olhou-a com seu olhar inumerável
8 e viu-a do ápice __ base
9 uma figura ímpar;
10 olhos romboides, boca trapezoide,
11 corpo retangular, seios esferoides.
12 Fez de sua uma vida
13 paralela à dela
14 até que se encontraram
15 no infinito.
16 "Quem és tu?", indagou ele
17 em ânsia radical.
18 "Sou a soma do quadrado dos catetos.
19 Mas pode me chamar de Hipotenusa."
20 E de falarem descobriram que eram
21 (o que em aritmética corresponde
22 a almas irmãs)
23 primos entre si.
24 E assim se amaram
25 ao quadrado da velocidade da luz
26 numa sexta potenciação
27 traçando
28 ao sabor do momento
29 e da paixão
30 retas, curvas, círculos e linhas senoidais
31 nos jardins da quarta dimensão.
32 Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
33 e os exegetas do Universo Finito.
34 Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
35 E enfim resolveram se casar
36 constituir um lar,
37 mais que um lar,
38 um perpendicular.
39 Convidaram para padrinhos
40 o Poliedro e a Bissetriz.
41 E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
42 sonhando com uma felicidade
43 integral e diferencial.
44 E se casaram e tiveram uma secante e três cones
33
CADERNO DE ATIVIDADES
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45 muito engraçadinhos.
46 E foram felizes
47 até aquele dia
48 em que tudo vira afinal
49 monotonia.
50 Foi então que surgiu
51 O Máximo Divisor Comum
52 frequentador de círculos concêntricos,
53 viciosos.
54 Ofereceu-lhe, a ela,
55 uma grandeza absoluta
56 e reduziu-a a um denominador comum.
57 Ele, Quociente, percebeu
58 que com ela não formava mais um todo,
59 uma unidade.
60 Era o triângulo,
61 tanto chamado amoroso.
62 Desse problema ela era uma fração,
63 a mais ordinária.
64 Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
65 e tudo que era espúrio passou a ser
66 moralidade
67 como aliás em qualquer
68 sociedade
RELEITURAS. Poesia matemática. Disponível em: <
http://www.releituras.com/millor_poesia.asp>. Acesso em 09/05/2013.
Questão 19 - (IME RJ) Assinale a alternativa que traz uma síntese das ideias apresentadas nos textos 1 e 2.
a) A expressão da matemática está restrita à maneira tradicional de se apresentar essa disciplina nas
escolas.
b) Os livros didáticos de matemática não ajudam a construir conhecimento matemático.
c) Os artistas dificilmente são capazes de entender e de desenvolver uma equação, embora possam
expressar raciocínios de ordem lógica.
d) Todas as escolas deveriam aliar o prazer concedido pelas artes ao ensino de matemática.
e) A escola que desvincula as artes da matemática nega aos alunos uma excelente ferramenta para a
construção de conceitos lógicos.
Questão 20 - (IME RJ) Assinale a alternativa cuja afirmação é incoerente quanto às mensagens dos textos
e da xilogravura apresentados.
a) A xilogravura “Céu e Água” ilustra muito do que está dito no texto 1.
b) A xilogravura “Céu e Água” e a Poesia Matemática fazem abstrações relacionadas à geometria.
c) O fato de M. C. Escher e Millôr Fernandes produzirem arte relacionada a conceitos matemáticos
permite inferências como as dos professores Luiz Barco e Antônio Conde apresentadas no texto 2
d) A Poesia Matemática de Millôr Fernandes revela sua habilidade para operar números e símbolos
matemáticos usados na demonstração de um teorema, por exemplo.
e) O raciocínio lógico pode ser revelado tanto na capacidade de fazer inferências harmoniosas nas artes
em geral quanto na habilidade demonstrada na abstração do cálculo.
34
CADERNO DE ATIVIDADES
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Questão 21 - (IME RJ) Leia atentamente as assertivas a seguir, todas relacionadas aos textos 1,2 e 3.
I.
O fato de Escher não ter sido um bom aluno mostra que ele não tinha aptidão para desenvolver
raciocínios abstratos.
II. A ligação entre os conceitos matemáticos desenvolvidos na obra de M. C. Escher é de ordem
puramente do acaso, haja vista sua comprovada dificuldade para entender a matemática ensinada
na escola.
III. A habilidade de calcular usando números e símbolos expressa uma das maneiras de demonstrar a
aquisição de conceitos matemáticos, mas não a única maneira.
IV. A obra de Escher surpreende inclusive os mais renomados catedráticos da matemática por sua
inovadora maneira de transformar em arte abstrações matemáticas pensadas habitualmente apenas
nos tradicionais ambientes de ensino.
Dentre as afirmativas acima, quais estão corretas?
a)
b)
c)
d)
e)
As afirmativas II, III e IV.
As afirmativas III e IV somente.
As afirmativas I, II e III.
A afirmativa III somente.
A afirmativa IV somente.
Questão 22 - (IME RJ) Quanto ao texto 1, é possível afirmar que
a) busca desvincular a obra de M. C. Escher da matemática, pois esclarece a ignorância do artista quando
era aluno em escolas tradicionais.
b) possui um movimento argumentativo que vai de encontro ao desejo de quem pretende valorizar a
matemática.
c) coloca em evidência a ligação entre a matemática e a obra de M. C. Escher.
d) subordina a experiência sublime da arte àquela vivenciada pelo aluno que é competente na
matemática, tal como é vivenciada nas escolas, em geral.
e) desvincula a matemática do fazer artístico por serem campos distintos do conhecimento.
Questão 23 - (IME RJ) Assinale a alternativa que contém uma inferência alheia ao movimento
argumentativo do texto 2.
a) A dificuldade que alguns gênios da ciência apresentam para resolver operações matemáticas pode
ser um sinal de que o ensino de matemática deveria ser feito também mostrando a lógica em outras
áreas do saber.
b) Em geral, o ensino de matemática nas escolas costuma ser pouco atraente.
c) As formas espaciais podem ser consideradas uma expressão plástica da matemática que, desse modo,
deixaria de ser percebida como uma linguagem somente traduzível em números.
d) A literatura, a música e as artes plásticas não abdicam da lógica como comumente se acredita.
e) Se não fosse possível perceber a matemática que atravessa o trabalho de M. C. Escher, todo o valor
de sua obra se perderia.
35
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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Questão 24 - (IME RJ) A repetição da conjunção “e” nos versos 41, 44 e 46 do texto 3 revela um traço
estilístico que
a)
b)
c)
d)
e)
dá uma ideia de ênfase à sequência de ações do casal.
dá uma ideia de monotonia aos acontecimentos.
dá uma ideia de confusão à sequência de ações do casal.
ajuda a prever o desfecho da separação anunciada ao final.
deixa perceber a que movimento literário se filia o autor do texto.
Questão 25 - (IME RJ) Leia atentamente as assertivas a seguir, todas referentes ao texto 3 desta prova.
I.
A partir de conceitos matemáticos construiu-se uma narrativa poética em terceira pessoa cujo tema
é a traição numa relação amorosa.
II. O adjetivo ordinária (V. 63) está carregado de um tom moralizante e deixa entrever um juízo de valor
relativo ao comportamento feminino no relacionamento entre a Hipotenusa e o Quociente.
III. É coerente com o tom moralizante da Poesia Matemática associar o nome dado ao elemento
masculino da relação amorosa narrada, Quociente, ao adjetivo consciente, isto é, aquele que faz uso
da razão.
IV. A quebra de paradigmas científicos requerida pela Teoria da Relatividade einsteiniana é associada, à
quebra de paradigmas morais nas sociedades modernas.
Dentre as afirmativas acima
a)
b)
c)
d)
e)
apenas a I e a II estão corretas.
apenas a II e a III estão corretas.
apenas a III está correta.
apenas a III e a IV estão corretas.
todas estão corretas.
TEXTO: 9 - Comum à questão: 26
João Grilo O senhor não repare não, mas de besta eu só tenho a cara. Meu trunfo é maior do que
qualquer santo.
Manuel Quem é?
João Gril A mãe da justiça.
Encourado
rindo Ah, a mãe da justiça! Quem é essa?
Manuel Não ria, porque ela existe.
Bispo
E quem é?
Manuel A misericórdia.
Severino Foi coisa que nunca conheci.
Onde mora? E como chamá-la?
João Grilo Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em verso. Garanto que ela vem, querem
ver? (Recitando.)
Valha-me Nossa Senhora,
Mãe de Deus de Nazaré!
A vaca mansa dá leite,
A braba dá quando quer.
A mansa dá sossegada,
A braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio,
Mas hoje sou escaler.
Já fui menino, fui homem,
Só me falta ser mulher.
(SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Agir. 34. ed. 1999. p. 169-170.)
36
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Questão 26 - (PUC GO) A coesão textual é um mecanismo linguístico utilizado para criar um
encadeamento semântico capaz de garantir ao texto o sentido e a precisão. Por meio da coe- são, é
possível recuperar, numa sentença B, um termo presente numa sentença A. Na estrofe recitada por João
Grilo, a alternativa que indica corretamente o referente de mãe da justiça, a misericórdia, ela, -la é:
a)
b)
c)
d)
Nossa Senhora
Vaca mansa
Escaler
Mulher
37
TEXTO: 10 - Comuns às questões: 27, 28
— Não, realmente não. A personalidade, no meu conceito, compara-se ao jequitibá que acolhe, de
igual modo, a brisa e o vendaval, o sol e a chuva: conformista é o caniço, dobrando-se ao temporal e
todo colunar quando há canícula... Minha comédia no bar me adestrou para enfrentar, sem
assombros, uma situação em que calhe o poeta ou um pobre reacionário... A um primo qualquer, em
quem reconhecemos personalidade, cabe, perfeitamente, exprobar o erro, ou o que julga errado,
sem – eis o “quid” de importância – externar rancor, nem se escandalizar. A sua atitude exterior
harmonizando-se com o meio é melhor, porém. Qualquer situação topa intimamente incólume,
dentro de sua concepção de vida, o homem de personalidade. E o único caminho de aquisição desta
é a experiência, a santa experiência. Tomaz Becket, por exemplo, foi um homem admirável. De
personalidade vária. Unus et multiplex, como o Estado...
Quando chanceler de Henrique II, um dos melhores Plantageneta, era o braço direito do soberano.
Mais guerreiro do que padre, muito mais realista do que católico. Depois, eis a reviravolta que as
circunstâncias lhe impuseram: feito Arcebispo de Canterbury, pelo próprio Rei, nosso homem trocou
a fanfarronice pela santidade e a igreja da Inglaterra começou a invectivar os desmandos reais.
Coitado, bajuladores repelentes o mataram. Que tal?
— Tenho água pelas barbas... afinal, ressalta de suas bonitas explicações, a identidade entre o
jequitibá e o caniço.
Hermano olhou-me surpreso, quando terminei a frase. E começou assoviar, emudecendo a questão.
Percebi que não voltaria mais ao assunto. E que o assovio era uma loa de protesto pela minha
obtusidade.
Hermano, orgulhoso por índole e porque pode, não conseguindo a compreensão aspirada, toma habitualmente essa atitude sonora de desprezo.
O orgulho é uma das melhores virtudes de Hermano. Vem de sua auto-suficiência. Talvez orgulho seja
mesmo o pseudônimo de auto-suficiência, reconhecida e supervalorizada.
Ele me disse, certa vez, que “eliminaram de sua vida as preocupações de ordem financeira”.
Inteligente, simpático, e com rara capacidade de agradar, não lhe escasseiam os amigos, nem as admiradoras. Sabe sempre o que quer e o melhor meio de abocanhá-lo. Elaborou um código moral para
seu uso, fazendo-se, nesse sentido, o legislador de si mesmo. Relega, portanto, as normas estranhas
e não difunde as suas.
Dotado assim, o nosso Hermano é naturalmente orgulhoso.
(LEÃO, Ursulino. Maya. 2. ed. Goiânia: Oriente, 1975. p. 40-42.)
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Questão 27 - (PUC GO) Nas primeiras linhas do texto, comparou-se a personalidade a um jequitibá e o
conformismo a um caniço. Assinale a alternativa que mostra corretamente a base conceitual que
possibilitou essa comparação:
a)
b)
c)
d)
a possibilidade de produção de sombra do jequitibá e a limitada opacidade do caniço.
a variedade de usos da madeira do jequitibá e a restrita utilidade da madeira do caniço.
a rigidez do jequitibá em contraposição à flexibilidade do caniço.
a multiplicidade de cores do jequitibá em oposição à monocromia do caniço.
Questão 28 - (PUC GO) Considerando-se as ponderações do narrador no fragmento do romance Maya
acerca da personalidade, metaforizada no jequitibá, em oposição ao conformismo, metaforizado no
caniço, assinale a alternativa correta:
a) Ele ressalta a flexibilidade do caniço, elogiando a sua capacidade de se adaptar a qualquer situação,
ao contrário do jequitibá que é intransigente, tal qual a personalidade humana que não muda com o
tempo.
b) Ele se refere, metaforicamente, ao fato de o jequitibá ser uma árvore frondosa e acolher a todos
enquanto que o caniço (cana fina) não possuir a capacidade de acolher ninguém em sua sombra
insignificante.
c) O narrador trata, figurativamente, a personalidade como um traço inerente a cada ser humano, servindo-se do jequitibá para simbolizar constância e coerência, e do caniço, como símbolo da personalidade volúvel e inconstante.
d) O narrador apenas se refere a jequitibá e caniço como elementos da natureza que simbolizam personalidades diferentes que se complementam, sem qualquer oposição entre elas.
TEXTO: 11 - Comum à questão: 29
E agora, diante de outro espelho, o do banheiro dos professores, ele respirava fundo, na esperança de
que o ar purificasse suas veias, eliminando a sensação de vertigem e o resto todo. Mas a preocupação
com a queda tornava-a ainda mais iminente e ele pensou em sair dali de fininho, pegar o carro e ir enfiarse na cama.
Mas lhe faltava a audácia para fugir. Porque, de um lado, havia os alunos já aguardando na sala e, do
outro, um chefe de departamento que o encarava com a desconfiança dos acadêmicos diante dos empíricos, para se aplicar um rótulo bonitinho àqueles que fazem da imaginação e da fantasia uma realidade
palpável, sua forma de ganhar o pão, o vinho e coisinhas mais, seja transmutando essas realidades da
imaginação em peças escritas, seja ministrando-as a discípulos indefesos. Aqueles, enfim, os empíricos,
que são capazes de tirar ovos de uma cartola, e trevas, para atravessá-las com raios de luz.
(SANT’ANNA, Sérgio. Breve história do espírito. São Paulo: Companhia das Letras. 1991. p. 63.)
Questão 29 - (PUC GO) No trecho “ele respirava fundo, na esperança de que o ar purificasse suas veias”
realiza-se uma referência à qualidade do ar que respiramos no dia a dia. Nas grandes cidades brasileiras,
a qualidade desse ar tem apresentado níveis nocivos à saúde e prejudicado a qualidade de vida da
população. Marque, entre as alternativas abaixo, a que representa corretamente uma das fontes de
poluição atmosférica e os principais problemas dela decorrentes:
a) A indústria e os veículos automotores, que emitem grande quantidade de poluentes e causam uma
série de doenças ao sistema respiratório, afetando todos os habitantes de maneira idêntica independentemente de sua faixa etária e sexo.
b) As queimadas, que lançam na atmosfera grande quantidade de material particulado e gases nocivos
e provocam desde simples tonturas, desmaios até a morte por asfixia.
38
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c) A mineração, que libera material particulado e gera uma série de doenças, tanto nos profissionais
que ali trabalham como nos habitantes de cidades distantes da fonte poluidora.
d) Os vulcões, que liberam uma grande proporção de gases e material particulado que, apesar de não
serem prejudiciais à saúde humana, ocasionam a formação de nevoeiros que prejudicam a
visibilidade nos centros urbanos.
TEXTO: 12 - Comum à questão: 30
39
Clave de sol
1
Nos últimos meses, tenho recebido visitas rigorosamente insólitas. Ocorrem, 2 sempre, entre uma e
duas horas da manhã e, também sempre, quando ao som de 3 Bach, Scarlatti ou Chopin, Brahms,
Beethoven ou Falla, mantenho a sala na penumbra 4 e vagueio entre a vigília e o sono. Há, então, uma
atmosfera densamente favorável à 5 presença de personagens raríssimos, desusados, vivos ou mortos, e
até mesmo 6 daqueles que muitos julgam simplesmente imaginários. Tento dizer que a sala ganha 7 forma
e cores mágicas, onde tudo é possível, eis que se transforma em um palco 8 surrealista, no qual se
mesclam realidade e fantasia.
9 Dia 2 de janeiro, duas horas da manhã, a última pessoa de quem poderia eu 10 esperar a visita, sobretudo
por impropriedade de calendário, foi precisamente a que
a porta.
11
chegou. A campainha soou duas vezes. Abri
HAMMS, Jair Francisco.
O detetive de Florianópolis. Fpolis: Ed. da UFSC, 2013, p. 97.
Questão 30 - (UDESC SC) Assinale a alternativa incorreta em relação ao conto Clave de sol, Jair Francisco
Hamms, e ao texto.
a) Em relação à concordância nominal em “que a sala ganha forma e cores mágicas” (refs. 6 e 7) se o
adjetivo mágicas estiver anteposto ao substantivo forma e no singular, ainda assim está de acordo
com os padrões exigidos pela gramática.
b) Nas orações “eis que se transforma em um palco surrealista” (refs. 7 e 8) e “no qual se mesclam
realidade e fantasia” (ref. 8) em ambos os exemplos, em relação à colocação pronominal, o pronome
oblíquo se está proclítico.
c) As palavras “desusados” (ref. 5) e “impropriedade” (ref. 10) quanto à formação de palavras sofreram
um processo por derivação de afixos, ou seja, derivação prefixal e sufixal.
d) A leitura da oração “tenho recebido visitas rigorosamente insólitas” (ref. 1), em relação ao conto, leva
o leitor a inferir que as visitas às quais o narrador se refere são visitas reais, que o visitam todos os
finais de ano.
e) Em “Nos últimos meses, tenho recebido visitas rigorosamente insólitas (ref. 1), a oração encontra-se
na voz passiva analítica.
TEXTO: 13 - Comum à questão: 31
Porta de colégio
1 Passando pela porta de um colégio, me veio 2 a sensação nítida de que aquilo era a porta da 3 própria
vida. Banal, direis. Mas a sensação era 4 tocante. Por isso, parei, como se precisasse ver 5 melhor o
que via e previa.
6 Primeiro há uma diferença de clima entre 7 aquele bando de adolescentes espalhados pela 8 calçada,
sentados sobre carros, em torno de 9 carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles 10 que transitam
pela rua. Não é só o uniforme. 11 Não é só a idade. É toda uma atmosfera, como 12 se estivessem ainda
dentro de uma redoma ou 13 aquário, numa bolha, resguardados do mundo.
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14 Talvez
não estejam. Vários já sofreram a 15 pancada da separação dos pais. Aprenderam 16 que a
vida é também um exercício de 17 separação. Um ou outro já transou droga, e 18 com isso deve ter se
sentido 19 (equivocadamente) muito adulto. Mas há uma 20 sensação de pureza angelical misturada
com 21 palpitação sexual, que se exibe nos gestos 22 sedutores dos adolescentes.
23 Onde
estarão esses meninos e meninas 24 dentro de dez ou vinte anos?
25
Aquele ali, moreno, de cabelos longos 26 corridos, que parece gostar de esporte, vai se 27 interessar
pela informática ou economia; 28 aquela de cabelos louros e crespos vai ser dona 29 de boutique;
aquela morena de cabelos lisos 30 quer ser médica; a gorduchinha vai acabar 31 casando com um
gerente de multinacional; 32 aquela esguia, meio bailarina, achará um 33 diplomata. Algumas
estudarão Letras, se 34 casarão, largarão tudo e passarão parte do dia 35 levando filhos à praia e à
praça e pegando-os 36 de novo à tardinha no colégio. [...]
37
Estou olhando aquele bando de adolescentes 38 com evidente ternura. Pudesse passava a mão 39
nos seus cabelos e contava-lhes as últimas 40 histórias da carochinha antes que o lobo feroz 41 as
assaltasse na esquina. Pudesse lhes diria 42 daqui: aproveitem enquanto estão no aquário e 43 na
redoma, enquanto estão na porta da vida e 44 do colégio. O destino também passa por aí. E a 45 gente
pode às vezes modificá-lo.
SANT’ANNA, Affonso Romano de. Affonso Romano de Sant’Anna:
seleção e prefácio de Letícia Malard. Coleção Melhores Crônicas. p. 64-66.
Questão 31 - (UECE) Observe a concordância verbal que se dá no trecho seguinte: “um ou outro já transou
droga” (Ref. 17). Nesse trecho,
I. o “ou” indica exclusão.
II. a concordância poderia ser feita no plural: um ou outro já transaram droga.
III. a ação do verbo transar refere-se tanto a um quanto a outro.
Estão corretas as complementações contidas em
a) I e III apenas.
b) II e III apenas.
c) I e II apenas.
d) I, II e III.
TEXTO: 14 - Comum à questão: 32
PORTÃO
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
O portão fica bocejando, aberto
para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
quanto mais para estudar a insípida cartilha.
Mas se o pai do menino é da oposição,
à ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da sacratíssima
autoridade nacional,
ah, isso não: o vagabundo
ficará mofando lá fora
e leva no boletim uma galáxia de zeros.
A gente aprende muito no portão
fechado.
ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Carlos Drummond de Andrade: Poesia e Prosa.
Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.
40
CADERNO DE ATIVIDADES
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Questão 32 - (UECE) Os dois superlativos (Ref. 52-53) emprestam ao poema um tom de
a)
b)
c)
d)
ironia.
seriedade.
respeito.
espiritualidade.
41
TEXTO: 15 - Comum à questão: 33
Clara Gomes bichinhosdejardim.com
Questão 33 - (UERJ) Ao descrever sua criação, Joana expressa uma opinião crítica acerca das redes sociais
existentes.
Essa crítica é reforçada, nas falas da personagem, principalmente pelo uso de:
a)
b)
c)
d)
frases de tom exclamativo
palavras de sentido negativo
elementos de caracterização sucinta
reticências de função complementar
TEXTO: 16 - Comuns às questões: 34, 35
Superman: 75 anos
1
Não era um pássaro nem um avião. O verdadeiro Superman era um pacato contador passando
férias num resort* ao norte de Nova York.
2
3
Joe Shuster, um dos criadores do personagem, junto com Jerry Siegel, descansava na colônia 4 de
férias quando encontrou Stanley Weiss, jovem de rosto quadrado e porte atlético, que ele 5 julgou
ser a encarnação do herói. Lá mesmo, pediu para desenhar o moço que serviria de modelo 6 para os
quadrinhos dali em diante. Só neste ano, esses desenhos estão vindo à tona nos E.U.A., 7 como parte
das atividades comemorativas dos 75 anos do personagem.
8
Embora tenha mantido a aparência de rapagão musculoso, Superman não foi o mesmo ao longo 9
dos anos. Nos gibis, oscilou entre mais e menos sarado. Na TV, já foi mais rechonchudo, até 10
reencarnar como o púbere*Tom Welling, da série de TV “Smallville”.
11
“Desde pequeno eu sabia que Superman não existia. Mas também sabia que meu pai era o 12
verdadeiro Superman”, brincou David Weiss, filho do modelo do herói, em entrevista à Folha 13 de
São Paulo. Weiss cresceu comparando o rosto do pai ao desenho pendurado na sala de casa. 14 Mas
logo Joe Shuster, que foi seu principal desenhista, acabaria cedendo espaço para novos 15 cartunistas,
que adaptaram a figura aos fatos correntes.
CADERNO DE ATIVIDADES
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16
“Essa mudança é o segredo do Superman. Cada época precisa de um herói só seu, e ele sempre 17
pareceu ser o cara certo”, diz Larry Tye, considerado o maior estudioso do personagem. “Nos 18 anos
1930, ele tiraria a América da Grande Depressão. Nos anos 1940, era duro com os nazistas. 19 Nos
anos 1950, lutou contra a onda vermelha do comunismo.”E foi mudando de cara de acordo 20 com a
função.
21
Invenção dos judeus Jerry Siegel e Joe Shuster, Superman também é visto como um paralelo 22 da
história de Moisés, a criança exilada que cresce numa terra estrangeira e depois se apresenta 23 como
um salvador. A aparência é um misto do também personagem bíblico Sansão, do 24 deus grego
Hércules e de acrobatas de circo. Mas há quem atribua, até hoje, a dualidade do 25 personagem, que
se alterna entre o nerd* indefeso, tímido e de vista fraca (como Joe Shuster) e 26 um super-herói
possante, à origem judaica dos seus criadores.
27
“É o estereótipo judeu do homem fraco, tímido e intelectual que depois se revela um grande 28
herói”, diz Harry Brod, autor do e-book Superman Is Jewish? (Superman é judeu?), lançado 29 nos
E.U.A. em novembro passado. “Ele é a versão moderna de Moisés: um bebê de Krypton 30 enviado à
Terra, que desenvolve superpoderes para salvar o seu povo.”
31
Segundo Brod, a analogia é tão nítida que os nazistas chegaram a discutir a suposta relação 32 em
revistas de circulação interna do regime. Mas, para ele, Hollywood e o tempo suavizaram o 33 paralelo,
transformando Superman numa releitura de Jesus Cristo. “Sua figura foi se tornando 34 mais cristã
com o tempo”, diz Brod. ”Não importa a religião. A ideia de um fracote que se torna 35 um herói não
deixa de ser uma fantasia universal.”
Silas Martí Adaptado de folha.uol.com.br, 03/03/20 3.
* resort − hotel com área de recreação
* púbere − adolescente
* nerd − pessoa muito estudiosa
Questão 34 - (UERJ) Não era um pássaro nem um avião. (Ref. 1)
A primeira frase do texto remete às perguntas feitas por personagens que observavam intrigados o voo
do Super-homem em suas muitas histórias: É um pássaro? É um avião? Não! É o Superhomem!
Essa primeira frase configura um recurso da linguagem conhecido como:
a)
b)
c)
d)
ironia
designação
verossimilhança
intertextualidade
Questão 35 - (UERJ) O autor do texto recorre a depoimentos e falas de entrevistados, o que confere
credibilidade à reportagem.
Essa credibilidade se deve à seguinte característica dos entrevistados:
a)
b)
c)
d)
têm autoridade para tratar do assunto
revelam verdades para impactar o público
propõem maneiras para imortalizar o herói
apresentam opiniões para expor contradições
42
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TEXTO: 17 - Comuns às questões: 36, 37
Os usos da casimira inglesa
1
Estou lhe escrevendo, Matilda, para lhe transmitir aquilo que a contrariedade (para não falar 2
indignação) me impediu de dizer de viva voz. Note, é a primeira vez que isso acontece nos 3 nossos
35 anos de casados, mas é primeira vez que pode também ser a última. Não é ameaça. 4 É
constatação. Estou profundamente magoado com sua atitude e não sei se me recuperarei.
5
Tudo por causa de sua teimosia. Você insiste, contra todas as minhas ponderações, em dar a 6 seu
pai um corte de casimira inglesa como presente de aniversário. Eu já sei o que você vai me 7 dizer: é
seu pai, você gosta dele, quer homenageá-lo. Mas, com casimira, Matilda. Com casimira 8 inglesa,
Matilda. Que horror, Matilda.
9
Raciocinemos, Matilda. Casimira inglesa, você sabe o que é isso? A lã dos melhores ovinos, 10
Matilda. A tecnologia de um país que, afinal, deu ao mundo a Revolução Industrial. O trabalho 11 de
competentes funcionários. E sobretudo tradição, a qualidade. Esse é o tecido que está em 12 questão,
Matilda. A casimira inglesa.
(...)
13 Isso, a casimira inglesa. Agora, seu pai.
14 Ele está fazendo noventa anos. É uma idade respeitável, e não são muitos que chegam lá, 15 mas −
quanto tempo ele pode ainda viver? (...) mesmo que ele viva dez anos, mesmo que ele 16 viva vinte
anos, a casimira sem dúvida durará mais. Aí, depois que o sepultarmos, depois que 17 voltarmos do
cemitério, depois que recebermos os pêsames dos parentes, e dos amigos, e dos 18 conhecidos,
teremos de decidir o que fazer com as coisas dele, que são poucas e sem valor 19 − à exceção de um
casaco confeccionado com o corte de casimira que você pretende lhe dar.
20
Você, em lágrimas, dirá que não quer discutir o assunto, mas eu terei que insistir, até para o seu 21
bem, Matilda; os mortos estão mortos, os vivos precisam continuar a viver, eu direi. Algumas 22
hipóteses serão levantadas. Vender? Você dirá que não; seu pai, o velho fazendeiro, verdade 23 que
arruinado, despreza coisas como comprar e vender, ele acha que ser lojista, como eu, é 24 a suprema
degradação. Dar? A quem? A um pobre? Mas não, ele sempre detestou pobres, 25 Matilda, você
lembra a frase característica de seu pai: tem que matar esses vagabundos. O 26 casaco ficaria
pendurado em nosso roupeiro, Matilda. Ficaria pendurado muito tempo lá. A não 27 ser, Matilda, que
seu pai dure mais tempo que o casaco. Não apenas isso é impossível, como 28 remete a uma outra
interrogação: e o seguro de vida dele, Matilda? E as joias de sua mãe, que 29 ele guarda debaixo do
colchão? Quanto tempo ainda terei de esperar?
30
Estou partindo Matilda. Deixo o meu endereço. Como você vê, estou indo para longe, para uma 31
pequena praia da Bahia. Trópico, Matilda. Lá ninguém usa casimira.
Moacyr Scliar Contos reunidos . São Paulo: Cia. das Letras, 995.
Questão 36 - (UERJ) Apesar de enunciado em primeira pessoa, o texto inclui, implícita ou explicitamente,
outras vozes.
Um exemplo da presença explícita da fala de outro personagem no texto é:
a)
b)
c)
d)
Que horror, Matilda. (Ref. 8)
A tecnologia de um país que, afinal, deu ao mundo a Revolução Industrial. (Ref.10)
tem que matar esses vagabundos. (Ref. 25)
Lá ninguém usa casimira. (Ref. 31)
43
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Questão 37 - (UERJ) Ele está fazendo noventa anos. É uma idade respeitável, e não são muitos que
chegam lá, mas − quanto tempo ele pode ainda viver? (Refs. 14-15)
No contexto, a pergunta feita pelo narrador está diretamente ligada à informação acerca da idade do pai
de Matilda.
No entanto, entre a informação e a pergunta, o narrador enuncia duas ponderações que possuem a
função de:
a)
b)
c)
d)
desfazer a certeza de que a fala é impensada
amenizar o choque que a indagação pode trazer
reiterar a ideia de que o presente é equivocado
enfatizar o realismo que o remetente quer mostrar
TEXTO: 18 - Comuns às questões: 38, 39
A invasão dos blablablás
1
O planeta é dividido entre as pessoas que falam no cinema − e as que não falam. É uma divisão 2
recente. Por décadas, os falantes foram minoria. E uma minoria reprimida. Quando alguém abria 3 a
boca na sala escura, recebia logo um shhhhhhhhhhhhh. E voltava ao estado silencioso de onde 4
nunca deveria ter saído. Todo pai ou mãe que honrava seu lugar de educador ensinava a seus 5 filhos
que o cinema era um lugar de reverência. Sentados na poltrona, as luzes se apagavam, 6 uma música
solene saía das caixas de som, as cortinas se abriam e um novo mundo começava. 7 Sem sair do lugar,
vivíamos outras vidas, viajávamos por lugares desconhecidos, chorávamos, 8 ríamos, nos
apaixonávamos. Sentados ao lado de desconhecidos, passávamos por todos os 9 estados de alma de
uma vida inteira sem trocar uma palavra. Comungávamos em silêncio do 10 mesmo encantamento.
(...)
11
Percebi na sexta-feira que não ia ao cinema havia três meses. Não por falta de tempo, porque 12
trabalhar muito não é uma novidade para mim. Mas porque fui expulsa do cinema. Devagar, 13 aos
poucos, mas expulsa. Pertenço, desde sempre, às fileiras dos silenciosos. Anos atrás, nem 14
imaginava que pudesse haver outro comportamento além do silêncio absoluto no cinema. Assim 15
como não imagino alguém cochichando em qualquer lugar onde entramos com o compromisso 16 de
escutar.
17
Não é uma questão de estilo, de gosto. Pertence ao campo do respeito, da ética. Cinema é a 18
experiência da escuta de uma vida outra, que fala à nossa, mas nós não falamos uns com os 19 outros.
No cinema, só quem fala são os atores do filme. Nós calamos para que eles possam falar. 20 Nossa
vida cala para que outra fale.
21
Isso era cinema. Agora mudou. É estarrecedor, mas os blablablás venceram. Tomaram conta 22 das
salas de cinema. E, sem nenhuma repressão, vão expulsando a todos que entram no cinema 23 para
assistir ao filme sem importunar ninguém.
(...)
Eliane Brum revistaepoca.globo.com, 0/08/2009
44
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Questão 38 - (UERJ) O texto é centrado na expressão onomatopaica blablablá, que normalmente se
escreve no lugar de uma longa fala irrelevante. A autora, no entanto, lhe empresta outro sentido e outra
função.
No texto, a expressão os blablablás se refere àqueles que:
a)
b)
c)
d)
tratam de assuntos banais
reprimem pessoas desatentas
discutem ética de espectadores
falam em momento inapropriado
Questão 39 - (UERJ) Isso era cinema. (Ref. 21)
O verbo assume, nesta frase, o sentido específico de indicar um estado de coisas que durava.
No entanto, ele assume o sentido específico de indicar uma mudança sem retorno na seguinte reescritura:
a)
b)
c)
d)
Isso foi o cinema.
Isso será o cinema.
Isso tem sido o cinema.
Isso teria sido o cinema.
TEXTO: 19 - Comum à questão: 40
Por que ler?
1 Certas coisas não basta anunciar, como uma verdade que deve ser aceita por si só. Precisamos 2
dizer o porquê. Se queremos fazer os brasileiros lerem mais de um livro por ano, essa trágica 3 média
nacional, precisamos de fato conquistar o seu interesse.
4 Listo os três benefícios fundamentais que a leitura pode trazer.
5 O primeiro: ler nos faz mais felizes. É um caminho para o autoconhecimento, e o exercício 6
constante de autoconhecimento é um caminho para a felicidade. A vida, também no plano 7
individual, é mais intensa na busca. Os personagens de um livro de ficção, os fatos de um 8 livroreportagem, as ideias de um livro científico, interagem com os nossos sentimentos, ora 9 refletindoos, ora agredindo-os, e portanto servindo de parâmetro para sabermos quem somos, 10 seja por
identidade ou oposição.
11 O segundo benefício: ler nos torna amantes melhores. Treina nossa sensibilidade para o contato 12
com o outro. Amores românticos, amores carnais, amores perigosos, amores casuais, amores 13
culpados, todos estão nos livros. A sensibilidade do leitor encontra seu caminho. E quanto mais 14 o
nosso imaginário estiver arejado pelas infinitas opções que as histórias escritas nos oferecem, 15
sejam elas factuais ou ficcionais, com mais delícia aproveitamos os bons momentos do amor, e 16 com
mais calma enfrentamos os maus.
17 Por fim: ler nos torna cidadãos melhores. Os livros propiciam ao leitor um ponto de vista 18
privilegiado, de onde observa conflitos de interesses. No processo, sua consciência é estimulada 19 a
se posicionar com equilíbrio. Tendem a ganhar forma, então, princípios de “honestidade”, 20 “honra”,
“justiça” e “generosidade”. Guiado por estes valores, o leitor pode enfim ultrapassar 21 as fronteiras
sociais, e ver a humanidade presente em todos os tipos, em todas as classes.
22 Teríamos menos escândalos de corrupção, se lêssemos mais; construiríamos uma sociedade 23
menos injusta, se educássemos melhor os nossos espíritos; eu acredito nisso.
Rodrigo Lacerda Adaptado de rodrigolacerda.com.br.
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Questão 40 - (UERJ) ler nos faz mais felizes. É um caminho para o autoconhecimento, e o exercício
constante de autoconhecimento é um caminho para a felicidade. (Refs. 5-6)
Neste argumento, Rodrigo Lacerda formula uma premissa geral e uma premissa particular, para relacionálas na conclusão.
Essa estrutura caracteriza o argumento como:
a)
b)
c)
d)
indutivo
dialético
dedutivo
comparativo
46
TEXTO: 20 - Comuns às questões: 41, 42, 43, 44
DIÁLOGO DA RELATIVA GRANDEZA
Sentado no monte de lenha, as pernas abertas, os cotovelos nos joelhos, Doril examinava um louvadeus pousado nas costas da mão. Ele queria que o bichinho voasse, ou pulasse, mas o bichinho estava
muito à vontade, vai ver que dormindo – ou pensando? Doril tocava-o com a unha do dedo menor e
ele nem nada, não dava confiança, parece que nem sentia; se Doril não visse o leve pulsar de fole do
pescoço – e só olhando bem é que se via – era capaz de dizer que o pobrezinho estava morto, ou
então que era um grilo de brinquedo, desses que as moças pregam no vestido para enfeitar.
Entretido com o louva-deus Doril não viu Diana chegar comendo um marmelo, fruta azeda e enjoada
que só serve para ranger os dentes. Ela parou perto do monte de lenha e ficou descascando o
marmelo com os dentes mas sem jogar a casca fora, não queria perder nada. Quando ela já tinha
comido um bom pedaço da parte de cima e nada de Doril ligar, ela cuspiu fora um pedaço de miolo
com semente e falou:
– Está direitinho um macaco em galho de pau.
Doril olhou só com os olhos e revidou:
– Macaco é quem fala. Está até comendo banana.
– Marmelo é banana, besta?
– Não é mais serve.
Ficaram calados, cada um pensando por seu lado. Diana cuspiu mais um caroço.
– Sabe aquele livro de história que o Mirto ganhou?
– Que Mirto, seu. É Milllton. Mania!
– Mas sabe? Eu vou ganhar um igual. Tia Jura vai mindar.
– Não é mindar. É me-dar. Mas não é vantagem.
– Não é vantagem? É muita vantagem.
– Você já não leu o de Milton?
– Li mas quero ter. Pra guardar e ler de novo.
– Vantagem é ganhar outro. Diferente.
– Deferente eu não quero. Pode não ser bom.
– Como foi que você disse? Diz de novo?
– Já disse uma vez, chega.
– Você disse deferente.
– Foi não.
– Foi. Eu ouvi.
– Foi não.
– Foi.
– Foi não.
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– Foooi.
Continuariam até um se cansar e tapar os ouvidos para ficar com a última palavra se Diana não tivesse
a habilidade de se retirar logo que percebeu a dízima. Com pedacinho final do marmelo entre os
dedos, ela chegou-se mais perto do irmão e disse:
– Gi! Matando louva-deus! Olhe o castigo!
– Eu estou matando, estou?
– Está judiando. Ele morre.
– Eu estou judiando?
– Amolar um bicho tão pequenininho é o mesmo que judiar.
Doril não disse mais nada, qualquer coisa que ele dissesse ela aproveitaria para outra acusação. Era
difícil tapar a boca de Diana, ô menina renitente. Ele preferiu continuar olhando o louva-deus. Soprouo de leve, ele encolheu-se e vergou o corpo para o lado do sopro, corno faz uma pessoa na ventania.
O louva-deus estava no meio de uma tempestade de vento, dessas que derrubam árvores e arrancam
telhados e podem até levantar urna pessoa do chão. Doril era a força que mandava a tempestade e
que podia pará-la quando quisesse. Então ele era Deus? Será que as nossas tempestades também são
brincadeira? Será que quem manda elas olha para nós como Doril estava olhando para o louva-deus?
Será que somos pequenos para ele como um gafanhoto é pequeno para nós, ou menores ainda? De
que tamanho, comparando – do de formiga? De piolho de galinha? Qual será o nosso tamanho
mesmo, verdadeiro?
Doril pensou, comparando as coisas em volta. Seria engraçado se as pessoas fossem criaturinhas
miudinhas, vivendo num mundo miudinho, alumiado por um sol do tamanho de uma rodela de
confete.
Diana lambendo os dedos e enxugando no vestido. Qual seria o tamanho certo dela? Um palmo de
cabeça, um palmo de peito, palmo e meio de barriga, palmo e meio até o joelho, palmo e meio até o
pé... uns seis palmos e meio. Palmo de quem? Gafanhoto pode ter seis palmos e meio também – mas
de gafanhoto. Formiga pode ter seis palmos e meio – de formiga. E os bichinhos que existem mas a
gente não vê, de tão pequenos? Se tem bichos que a gente não vê, não pode ter bichos que esses
que a gente não vê não veem? Onde é que o tamanho dos bichos começa, e onde acaba? Qual é o
maior, e qual o menor? Bonito se nós também somos invisíveis para outros bichos muito grandes, tão
grandes que os nossos olhos não abarcam? E se a Terra é um bicho grandegrandegrandegrande e nós
somos pulgas dele? Mas não pode! Como é que vamos ser invisíveis, se qualquer pessoa tem mais de
um metro de tamanho?
Doril olhou o muro, os cafezeiros, as bananeiras, tudo bem maior do que ele, uma bananeira deve ter
mais de dois metros...
Aí ele notou que o louva-deus não estava mais na mão. Procurou por perto e achou-o pousado num
pau de lenha, numa ponta coberta de musgo. Doril levantou o pau devagarinho, olhou-o de perto e
achou que a camada de musgo lembrava um matinho fechado, com certeza cheio de
– Quando é que você vai deixar esse bichinho sossegado? Tamanho homem!
Doril largou o pau devagarinho no monte, limpou as mãos na roupa
– Você não sabe qual é o meu tamanho.
Ela olhou-o desconfiada, com medo de dizer uma coisa e cair em alguma armadilha. Doril estava
sempre arranjando novidades para atrapalhá-la.
– Você nem sabe qual é o seu tamanho – insistiu ele.
– Então não sei? Já medi e marquei com um carvão atrás da porta da sala. Pode olhar lá, se quiser.
Ele sorriu da esperada ingenuidade.
– Isso não quer dizer nada. Você não sabe o tamanho da marca.
– Sei. Mamãe mediu com a fita de costura. Diz que tem um metro e vinte e tantos.
– Em metro de anão. Ou metro invisível.
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Ela olhou-o assustada, desconfiada; e não achando o que responder, desconversou:
– Ih, Doril! Você está bobo hoje!
– Boba é você, que não sabe de nada.
Ela esperou, ele explicou:
– Você não sabe que nós somos invisíveis, de tão pequenos?
– Sei disso não. Invisível é micuim, que a gente sente mas não vê.
– Pois é. Nós somos como micuins.
Diana olhou depressa para ela mesma, depois para Doril.
– Como é que eu vejo eu, vejo você, vejo minha mãe?
– E você pensa que micuim não vê micuim?
Diana franziu a testa, pensando. Doril tinha cada ideia.
[...]
– Não pode, Doril. A gente é grande. Olha aí, você é quase da altura desse monte de lenha.
– Está vendo como você não sabe nada? Isso não é um monte de lenha. É um monte de pauzinhos
menores do que pau de fósforo.
– Ora sebo, Doril. Pau de fósforo é deste tamanho – ela mostrou dois dedinhos separados, dando
tamanho que ela imaginava.
– Isso que você está mostrando não é tamanho de pau de fósforo. Pau de fósforo é quase do seu
tamanho.
Diana ficou pensativa, triste por ter diminuído de tamanho de repente. Doril aproveitou para ensinar
mais.
– Como você é tapada, Diana. Tudo no mundo é muito pequeno. O mundo é muito pequeno. – Olhou
em volta procurando uma ilustração. – Está vendo aquela jaca? Sabe o tamanho dela?
– Sei sim. Regula com uma melancia.
– Pronto. Não sabe. É do tamanho de cajá.
Diana olhou a jaca já madura em ponto de cair, qualquer dia caía.
– Ah, não pode, Doril. Comparar jaca com cajá?
– Mas é porque você não sabe que cajá não é cajá.
– O que é então?
– É bago de arroz.
Diana olhou em volta aflita, procurando uma prova de que Doril estava errado.
– E coqueiro o que é?
– Coqueiro é pé de salsa.
– E eu?
– Você é formiga de dois pés.
– Se eu sou formiga como é que eu pulo rego d´água?
– Que rego d´água?
– Esse nosso aí.
Doril sacudiu a cabeça, sorrindo.
– Aquilo não é rego d´água. É risquinho no chão, da grossura de um fio de linha.
– E... E aquele morro lá longe?
– Não é morro. Você pensa que é morro porque você é formiga. Aquilo é um montinho de terra que
cabe num carrinho de mão.
Diana olhou-se de alto a baixo, achou-se grande para ser formiga.
– Onde você aprendeu isso?
Ela precisava da garantia de uma autoridade para aceitar a nova ideia.
– Em parte nenhuma. Eu descobri.
Diana deu um riso de zombaria, como quem começa a entender. Tudo aquilo era invenção dele, coisa
sem pé nem cabeça. Como a história de recado por pensamento.
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A mãe chamou da janela. Doril desceu do monte de lenha, um pau resvalou e feriu-o no tornozelo.
Ele ia xingar mas lembrou que pau de fósforo não machuca. A mãe chamou de novo, ele saiu correndo
e gritou para trás:
– Quem chegar por último é filho de lesma.
Diana correu também, mais para não ficar sozinha do que para competir. Pularam uma bacia velha,
simples tampa de cerveja emborcada no chão. Pularam o fio de linha que Diana tinha pensado que
era um rego d´água. Doril tropeçou num balde furado (isto é, um dedal com alça), subiu de um fôlego
os dentes do pente que servia de escada para a varanda, e entrou no caixotinho de giz onde eles
moravam. A mãe uma formiguinha severa de pano amarrado na cabeça estava esperando na porta
com uma colher e um vidro de xarope nas mãos, a colher uma simples casquinha de arroz. Doril abriu
a boca, fechou os olhos e engoliu, o borrifo de xarope desceu queimando a garganta de formiga.
VEIGA, J. J. Melhores contos J. J. Veiga. Seleção de J. Aderaldo Castello. 4. ed. São Paulo: Global, 2000. p. 97-102.
Questão 41 - (UFG GO) A trama do conto “Diálogo da relativa grandeza”, de J. J.Veiga, é construída com
base em
a)
b)
c)
d)
e)
mudanças do comportamento das crianças frente às coisas do mundo.
imitações das brincadeiras de crianças campesinas, mas que predominam nos meios urbanos.
críticas à supremacia da imaginação das narrativas fantásticas.
comparações entre coisas de diferentes dimensões, mas que apresentam alguma semelhança.
desqualificações da utilidade atribuída aos objetos da natureza.
Questão 42 - (UFG GO) No último parágrafo, segundo a visão de mundo de Doril, o deslocamento das
crianças ocorre ficcionalmente em
a)
b)
c)
d)
e)
uma zona livre de barreiras.
um ambiente hostil.
um espaço físico desconhecido.
um plano bidimensional.
uma área de extensões definidas.
Questão 43 - (UFG GO) Leia o texto abaixo e o relacione ao texto (Diálogo da relativa grandeza).
Disponível em: <http://gulliveresuasviagens.blogspot.com.br>. Acesso em: 16 out. 2013.
O texto acima é uma cena do romance Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, com o qual o conto de J. J.
Veiga faz um intertexto ao discutir questões sobre o conhecimento humano e sua racionalidade.
Considerando a cena retratada e os episódios narrados no conto (texto Diálogo da relativa grandeza),
quais trechos evocam respectivamente o paradoxo humano entre a arrogância e a fragilidade?
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a) “Soprou-o de leve, ele encolheu-se e vergou o corpo para o lado do sopro, como faz uma pessoa na
ventania.” / “Você é formiga de dois pés.”
b) “Ela cuspiu fora um pedaço de miolo com semente...” / “Doril largou o pau devagarinho no monte,
limpou as mãos na roupa.”
c) “Doril desceu do monte de lenha, um pau resvalou e feriu-o no tornozelo.” / “Diana deu um riso de
zombaria, como quem começa a entender.”
d) “Já medi e marquei com um carvão atrás da porta da sala.” / “Você não sabe o tamanho da marca.”
e) “Ele queria que o bichinho voasse, ou pulasse, mas o bichinho estava muito à vontade...” / “Está
direitinho um macaco em galho de pau.”
Questão 44 - (UFG GO) Leia o texto abaixo e o relacione ao texto (Diálogo da relativa grandeza).
Disponível em: <http://educacaoepraxis.blogspot.com>. Acesso em: 24 set. 2013.
As reflexões de Mafalda (texto acima) e de Doril (texto Diálogo da relativa grandeza) têm o mesmo
fundamento, pois ambos sugerem que a
a)
b)
c)
d)
e)
realidade é construída com base em ideias originais.
beleza das coisas é definida por seus traços característicos.
perspectiva estabelece o modo de representação do mundo.
amizade entre crianças é mediada por fantasias comuns.
ciência afasta o homem da realidade retratada.
TEXTO: 21 - Comuns às questões: 45, 46, 47, 48
Cérebro controla o envelhecimento do corpo
1
Você vai morrer quando seus órgãos falharem. Essa falha 2 pode ser causada por acidentes, doenças
ou pelo desgaste 3 natural dos tecidos ao longo da vida. Mas pode existir também 4 um quarto
elemento: a ação do seu próprio cérebro. Um 5 grupo de cientistas da Faculdade de Medicina Albert
Einsten, 6 em Nova York, descobriu que o cérebro humano possui uma 7 espécie de relógio interno –
que determina quanto tempo o 8 organismo irá viver. Isso acontece no hipotálamo, uma região 9 no
meio do cérebro que controla diversas reações do corpo, 10 como fome, sede e sono. Em estudos com
ratos, os pesquisadores 11 notaram algo interessante: conforme o animal envelhece, 12 o hipotálamo
vai elevando o nível de um conjunto de 13 proteínas chamado NF-kB. Os cientistas resolveram fazer
50
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14
um teste. Usando manipulação genética, criaram ratos imunes 15 a essas proteínas.
Surpreendentemente, os bichos viveram 16 23% a mais que a média. E não só isso: eles se saíram 17
melhor que os demais em testes físicos e cognitivos. “Além 18 de viver mais, os ratos viveram com
qualidade”, diz o cientista 19 molecular Dongsheng Cai, líder do estudo.
20
Ainda não se sabe por que a proteína está ligada ao processo 21 de envelhecimento. Uma possível
explicação é que ela 22 gere processos inflamatórios crônicos no corpo – que, no longo 23 prazo,
desgastariam os órgãos e poderiam predispor a 24 doenças. “Não temos como acabar com o
envelhecimento. 25 Mas talvez possamos estender o tempo de vida das pessoas”, 26 acredita Cai.
SUPERINTESSANTE. São Paulo: Abril, jun. 2013, ed. 319, p. 20.
Questão 45 - (UFG GO) Um efeito de sentido produzido pelo texto, na frase inicial, é o seguinte:
a)
b)
c)
d)
e)
dúvida
revolta
impacto
arrogância
alívio
Questão 46 - (UFG GO) Na frase “Mas pode existir também um quarto elemento” (Refs. 3 e 4), a palavra
também
a)
b)
c)
d)
e)
acrescenta uma informação e instaura a temática do texto.
explica as razões para o controle biológico da fome e do sono.
nega pesquisas anteriores sobre o envelhecimento do corpo.
compara resultados de pesquisas envolvendo a ciência molecular.
opõem reações cerebrais animais a reações cerebrais humanas.
Questão 47 - (UFG GO) A expressão relógio interno (Ref. 7) está relacionada ao tempo
a)
b)
c)
d)
e)
histórico.
meteorológico.
geológico.
biológico.
cronológico.
Questão 48 - (UFG GO) A sigla NF-kB (Ref. 13) diz respeito a um conjunto de
a)
b)
c)
d)
e)
células.
proteínas.
reações.
testes cognitivos.
processos inflamatórios.
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TEXTO: 22 - Comum à questão: 49
Encontro de gerações
Há alguns meses, eu me toquei de que meu filho de 4 anos ainda não conhecia a bisavó, que vai fazer
90 anos e mora no interior do Rio Grande do Sul. Não é uma viagem fácil para se fazer com crianças,
mas nenhuma desculpa é suficiente para adiar esse encontro. Seguir a viagem até a casa da avó, a
cerca de duas horas e meia de carro a partir de Porto Alegre, foi como voltar no tempo. As curvas, a
sinalização, os campos e plantações a perder de vista eram algo tão familiar para mim que senti o
conforto de estar pisando em um lugar de onde parecia nunca ter saído. E provavelmente não, afinal,
nossas raízes estão sempre conosco.
Já no centro da cidade, o apartamento do prédio frio e pouco iluminado da minha avó reluziu quando
os bisnetos entraram. Toda a família estava por lá, numa intensa celebração do encontro. Primos e
seus filhos, tios, avós, pais, esposa, uma profusão de gente da família e que imediatamente nos
conecta com o que é importante. Nenhuma realização do trabalho é tão importante quanto isso.
Pensei naquilo ao olhar para o espelho do banheiro daquele apartamento onde vivi por um tempo há
quase 30 anos.
Enquanto fitava meu rosto já com alguns sinais do tempo, lembrava-me de mim levantando os pés
para poder alcançar o olhar no espelho. E percebi que, como diz Heráclito, um homem nunca poderá
entrar duas vezes no mesmo rio, porque, quando ele passar de novo por ali, o rio já não será o mesmo,
assim como o homem também não será. A estrada até a casa da minha avó continua com 190
quilômetros, mas está tão mudada quanto eu. A busca da felicidade era uma naqueles anos e hoje é
outra.
(Rodrigo Vieira da Cunha. http://vidasimples.abril.com.br. Adaptado.)
Questão 49 - (UFSCar SP) O termo isso, em destaque no segundo parágrafo, faz referência
a) ao sentimento de gratidão do narrador pelos anos em que viveu naquele mesmo apartamento ao
lado da avó.
b) à alegria do narrador em descobrir que, mesmo após trinta anos, o apartamento da avó preserva uma
atmosfera calorosa e aconchegante.
c) à satisfação experimentada pelo narrador a partir da realização do trabalho, do qual depende o
conforto da família.
d) ao contentamento do narrador em ver que a família prosperou financeiramente e melhorou seu
status social.
e) à sensação de estar conectado com algo importante, decorrente da celebração do encontro do
narrador com os familiares.
Questão 50 - (UFSCar SP) Leia o poema de Fernando Pessoa.
Faróis distantes,
De luz subitamente tão acesa,
De noite e ausência tão rapidamente volvida,
Na noite, no convés, que consequências aflitas!
Mágoa última dos despedidos,
Ficção de pensar…
Faróis distantes…
Incerteza da vida…
Voltou crescendo a luz acesa avançadamente,
No acaso do olhar perdido…
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Faróis distantes…
A vida de nada serve…
Pensar na vida de nada serve…
Pensar de pensar na vida de nada serve…
Vamos para longe e a luz que vem grande
[vem menos grande.
53
Faróis distantes…
(Ficções do interlúdio. Poesias de Álvaro de Campos, 1995.)
É correto afirmar que o poema apresenta um tom de
a) indignação, e o eu lírico mostra-se inconformado diante da ambição dos navegadores portugueses,
simbolizados pelos faróis distantes.
b) desdém, e o eu lírico expressa seu desprezo pelas pessoas que nunca vacilam, têm sempre certeza, a
qual é simbolizada pelos faróis distantes.
c) melancolia, e o eu lírico parece encontrar-se desiludido diante do caráter incerto da vida, simbolizado
pelos faróis distantes.
d) confiança, e o eu lírico sente-se tranquilo diante da natureza, simbolizada pelos faróis distantes.
e) esperança, e o eu lírico emprega um discurso afinado com a crença ingênua em um futuro melhor, o
qual é simbolizado pelos faróis distantes.
TEXTO: 23 - Comuns às questões: 51, 52, 53
Considere a passagem do romance Água-Mãe, de José Lins do Rego (1901-1957).
Água-Mãe
Jogava com toda a alma, não podia compreender como um jogador se encostava, não se
entusiasmava com a bola nos pés. Atirava-se, não temia a violência e com a sua agilidade espantosa,
fugia das entradas, dos pontapés. Quando aquele back1, num jogo de subúrbio, atirou-se contra ele,
recuou para derrubá-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no chão, como um fardo. E foi
assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos
do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada. Onde quer que estivesse, era
reconhecido e aplaudido. Os garçons não queriam cobrar as despesas que ele fazia e até mesmo nos
ônibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre:
— Joca, você aqui não paga.
Quando entrava no cinema era reconhecido. Vinham logo meninos para perto dele. Sabia que
agradava muito. No clube tinha amigos. Havia porém o antigo center-forward2 que se sentiu roubado
com a sua chegada. Não tinha razão. Ele fora chamado. Não se oferecera. E o homem se enfureceu
com Joca. Era um jogador de fama, que fora grande nos campos da Europa e por isso pouco ligava
aos que não tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, o sucesso rápido, a maravilha de agilidade e de
oportunismo, que caracterizava o jogo do novato, irritava-o até ao ódio. No dia em que tivera que
ceder a posição, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas.
Viram-no chorando, e por isso concentrou em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre o
procurava. Tinha sido a sua admiração, o seu herói.
1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje.
2 Centroavante.
(Água-Mãe, 1974.)
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Questão 51 - (UNESP SP) Com a expressão fugia das entradas, no primeiro parágrafo, o narrador sugere
que o jogador Joca manifestava em campo:
a)
b)
c)
d)
e)
preguiça.
covardia.
despreparo.
esperteza.
ingenuidade.
Questão 52 - (UNESP SP) Atitude que, no último parágrafo, melhor sintetiza a reação do antigo centerforward ao sucesso de Joca:
a)
b)
c)
d)
e)
rancor.
cavalheirismo.
colaboração.
admiração.
indiferença.
Questão 53 - (UNESP SP) No dia em que tivera que ceder a posição, a um menino do Cabo Frio, fora para
ele como se tivesse perdido as duas pernas.
Segundo o contexto, a imagem como se tivesse perdido as duas pernas revela, com grande expressividade
e força emocional,
a)
b)
c)
d)
e)
sensação de estar sendo injustiçado pela torcida.
certeza de que ainda era melhor jogador que o novato.
sentimento de impotência ante a situação.
vontade de trocar o futebol por outra profissão.
receio de sofrer novas contusões e ficar incapacitado.
TEXTO: 24 - Comuns às questões: 54, 55, 56
Considere a passagem do artigo Os operários da música livre, de Ronaldo Evangelista.
Desde o final do século 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas
transformações, como o surgimento e disseminação de novas tecnologias, em grande parte gratuitas,
como os arquivos MP3s, as redes de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites
de armazenamento de conteúdo, ferramentas de publicação on-line — tudo à disposição de quem
quisesse dividir com os outros suas canções e discos favoritos. A era pósindustrial atingiu toda a
indústria do entretenimento, mas o braço da música foi quem mais sofreu, especialmente as grandes
gravadoras multinacionais, as chamadas majors, que sofreram um declínio em todas as etapas de seu
antigo negócio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeiçoavam ferramentas baratas e
caseiras de produção que diminuíam a distância entre amadores e profissionais.
A era digital é também chamada de pós-industrial porque confronta o modelo de produção que
dominava até o final do século 20. Esse modelo industrial é baseado na repetição, em formatar e
embalar. Por trás disso, a ideia é obter a máxima produção — o que, para produtos em geral, funciona
muito bem. Quando esses parâmetros são aplicados à arte, a venda do produto (por exemplo, o disco)
depende do conteúdo (a canção). A canção que vai resultar nessa “produção máxima” é buscada por
meio de um equilíbrio entre criatividade e uma fórmula de sucesso que desperte o interesse do público.
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Como estudos ainda não conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que
certamente despertará esse interesse (e maximizará a produção), a opção normalmente costuma ser
pela solução mais simples.
“Cada um tem descoberto suas fórmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos
homogêneo”, opina o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recentes às próprias
custas.“Claro que ainda existe uma distância em relação aos artistas chamados mainstream”,
continua. “Mas você muda o tamanho da escala e já está tudo igual em termos de business. A
pergunta é se essa geração faz uma música para esse grande mercado ou se ela está formando um
novo público. Outra pergunta é se o grande mercado na verdade não passa de uma imposição de uma
máfia que dita o que vai ser popular.”
(Galileu, março de 2013. Adaptado.)
Questão 54 - (UNESP SP) Segundo o autor, desde o final do século 20, as novas tecnologias e softwares
voltados para a música beneficiaram
a)
b)
c)
d)
e)
as lojas especializadas na venda de discos de vinil e digitais.
os distribuidores de discos de vinil no mercado internacional.
as grandes gravadoras e produtoras nacionais de discos.
as grandes redes de supermercados e shoppings.
os usuários interessados em compartilhar músicas.
Questão 55 - (UNESP SP) Numerosas palavras da língua inglesa são adotadas no mundo todo em jornais,
revistas e livros especializados, por terem sido incorporadas aos vocabulários da indústria, do comércio,
da tecnologia e de muitas outras atividades. Levando em consideração o contexto do artigo, assinale a
alternativa em que a palavra da língua inglesa é empregada para designar algo ou alguém que caiu no
gosto do público, com vasta disseminação pela mídia:
a)
b)
c)
d)
e)
majors.
mainstream.
torrents.
sites.
business.
Questão 56 - (UNESP SP) No primeiro parágrafo, o termo tudo, por sua relação sintática e semântica com
a sequência que o precede, representa
a)
b)
c)
d)
e)
uma forte redundância devida a um lapso do escritor.
a negação do que foi dito pelos termos antes enumerados.
uma circunstância de tempo acrescentada à enumeração.
o elemento que encerra uma enumeração, resumindo-a.
toda a engrenagem tradicional do mercado musical.
55
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
TEXTO: 25 - Comum à questão: 57
Leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no semanário Cabrião.
São Paulo, 10 de março de 1867.
Estamos em plena quaresma.
A população paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das consciências nas águas
lustrais do confessionário e do jejum.
A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado.
A carne, mísera condenada pelos santos concílios, fica reduzida aos pouquíssimos dentes acatólicos
da população, e desce quase a zero na pauta dos preços.
O que não sobe nem desce na escala dos fatos normais é a vilania, a usura, o egoísmo, a estatística
dos crimes e o montão de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contrições
oficiais do confessionário, e que depois delas continuam com imperturbável regularidade.
É o caso de desejar-se mais obras e menos palavras.
E se não, de que é que serve o jejum, as macerações, o arrependimento, a contrição e quejandas
religiosidades?
O que é a religião sem o aperfeiçoamento moral da consciência?
O que vale a perturbação das funções gastronômicas do estômago sem consciência livre, ilustrada,
honesta e virtuosa?
Seja como for, o fato é que a quaresma toma as rédeas do governo social, e tudo entristece, e tudo
esfria com o exercício de seus místicos preceitos de silêncio e meditação.
De que é que vale a meditação por ofício, a meditação hipócrita e obrigada, que consiste unicamente
na aparência?
Pois o que é que constitui a virtude? É a forma ou é o fundo? É a intenção do ato, ou sua feição
ostensiva?
Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrúpulo os jejuns, as
confissões e rezas em boas e santas ações, em esmolas aos pobres.
(Ângelo Agostini, Américo de Campos e Antônio Manoel dos Reis.
Cabrião, 10.03.1867. Adaptado.)
* Iguaria constituída de brotos de abóbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de
assados.
Questão 57 - (UNESP SP) Pelo seu tema e desenvolvimento argumentativo, o texto pode ser classificado
como
a)
b)
c)
d)
e)
crítico.
lírico.
narrativo.
histórico.
épico.
TEXTO: 26 - Comum à questão: 58
Considere o poema de Raul de Leoni (1895-1926).
A alma das cousas somos nós...
Dentro do eterno giro universal
56
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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Das cousas, tudo vai e volta à alma da gente,
Mas, se nesse vaivém tudo parece igual
Nada mais, na verdade,
05 Nunca mais se repete exatamente...
Sim, as cousas são sempre as mesmas na corrente
Que no-las leva e traz, num círculo fatal;
O que varia é o espírito que as sente
Que é imperceptivelmente desigual,
10 Que sempre as vive diferentemente,
E, assim, a vida é sempre inédita, afinal...
57
Estado de alma em fuga pelas horas,
Tons esquivos e trêmulos, nuanças
Suscetíveis, sutis, que fogem no Íris
15 Da sensibilidade furta-cor...
E a nossa alma é a expressão fugitiva das cousas
E a vida somos nós, que sempre somos outros!...
Homem inquieto e vão que não repousas!
Para e escuta:
20 Se as cousas têm espírito, nós somos
Esse espírito efêmero das cousas,
Volúvel e diverso,
Variando, instante a instante, intimamente,
E eternamente,
25 Dentro da indiferença do Universo!...
(Luz mediterrânea, 1965.)
Questão 58 - (UNESP SP) Considerando o eixo temático do poema e o modo como é desenvolvido,
verifica-se que nele se faz uma reflexão de fundo
a)
b)
c)
d)
e)
estético.
político.
religioso.
filosófico.
científico.
TEXTO: 27 - Comum à questão: 59
Fiz plástica!
Durante anos meu rosto foi redondo como o de um porquinho. Quando emagreci, a pele da papada
caiu. Fiquei semelhante a um pelicano.
– A única solução é plástica – sugeriu um amigo.
Reagi. Sempre fui contra. Muita gente exagera nas intervenções e fica com cara de pequinês. E mais:
plástica exige anestesia, cuidados médicos, repouso. Fazê-la não pode ser uma decisão frívola. Mas,
cada vez que eu via minha pele dependurada, me irritava. Procurei um amigo de vinte anos, Rogério,
cuja biografia conheço bem. Não é um cirurgião da moda – possui um trabalho sério na reconstituição
de queimados. Fiz a consulta.
– Quero dar uma melhorada – confessei. – Mas sem repuxar a ponto de me transformar em chinês.
Ele me acalmou.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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– Tiro o papo e dou uma leve esticada na parte de baixo do rosto. Com anestesia local.
Dez dias depois retirei os pontos. Faz pouco mais de um mês e ninguém diz que fiz plástica! Só as
orelhas continuam meio adormecidas por causa da anestesia. Garante o médico que daqui a semanas
voltam ao normal.
Não me tornei um jovenzinho, mas estou me sentindo melhor! Mais... apresentável! Uma amiga
aconselhou:
– Não conte que fez plástica.
Por que não? Sou de um tempo em que homem não podia ter vaidade. Procurar o cirurgião, nem
pensar! Mas o mundo mudou. Ainda bem. Envelhecer com dignidade não é necessariamente
despencar! Afinal de contas, cuidar da própria aparência é um dos poucos gestos de liberdade que
ainda restam a cada ser humano.
(Walcyr Carrasco. Veja SP, 28.01.2009. Adaptado.)
Questão 59 - (Unicastelo SP) Considere o trecho adaptado do terceiro parágrafo do texto.
Procurei um amigo de vinte anos, Rogério, ________________ conheço bem. Não é um cirurgião da moda
– ________________ um trabalho ______________ na reconstituição de queimados.
De acordo com a norma-padrão e preservando-se o sentido do texto, assinale a alternativa que preenche,
correta e respectivamente, as lacunas.
a)
b)
c)
d)
e)
de quem o histórico – realiza – consistente
a quem o futuro – executa – controverso
com quem o perfil – compactua – respeitado
para quem a intimidade – viabiliza – volumoso
por quem a trajetória – pratica – inovador
TEXTO: 28 - Comum à questão: 60
Overbook
Vivo com alguns amigos e com uns poucos inimigos.
Todos necessários ou, pelo menos, inevitáveis.
São pessoas diferentes, com diferentes idades, nomes e apelidos próprios.
Diferem também no jeito de encarar e sentir a coisas.
Uns eu conheço bem, outros nem tanto.
Acordamos e dormimos juntos e, enquanto escrevo esta coluna, estamos todos ocupando o assento
4D de um avião.
Um em cima do outro, sobrepostos. Felizmente pelo custo de uma única passagem.
Somos eu, o Filho de meu pai, o Pai da minha filha, o Marido de minha mulher, do Dono da minha
empresa, o Religioso, o
Gozador, o Boêmio, o Rebelde, o Civilizado... contei uns 17.
Estamos todos a caminho de Londrina, a trabalho.
Nem todos querem viajar. Duas horas antes, alguns não queriam fazer a barba.
Tudo é resolvido numa espécie de reunião de condomínio. O prédio não tem síndico.
O avião se prepara para decolar: o Religioso reza uma “avemaria”, enquanto o gozador pega o gancho
da “ave” e vai trocando a letra “ave, Maria, cheia de garças, sabiá é convosco, bem-te-vi entre nós...”
enche a prece de passarinhos – mesmo assim é uma prece. Ele acha que Deus é humor.
58
CADERNO DE ATIVIDADES
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O avião ainda nem saiu do chão e o passageiro da frente deita a poltrona com violência. O Rebelde
tenta se livrar das cordas, sem sucesso – o Dono da empresa e o Civilizado acham prudente amarrálo quanto viajamos a negócios.
Nós de marinheiro.
Não conheço Londrina, mas ouvi muito sobre a cidade na minha infância.
O Sobrinho do meu tio é o mais animado com a viagem, começa a planejar programas, atrapalhando
a concentração do
Dono da minha empresa, que queria repassar os tópicos da apresentação.
Os dois começam a discutir, para desespero do Boêmio, que queria dormir.
A aeromoça passa oferecendo balas. O Neto do meu avô enche a mão.
O colunista vai parando por aqui, porque o piloto acaba de avisar que vamos entrar numa zona de
turbulência.
O comentário do Gozador é impublicável.
Questão 60 - (UNIRG TO) Considerando-se a temática desenvolvida no texto, o significado contextual de
“Vivo” diz respeito a
a)
b)
c)
d)
estar alerta.
conviver.
ter vida.
despertar.
Questão 61 - (UNIRG TO) As crônicas de Rubem Braga resgatam aspectos do cotidiano que singularizam
os episódios narrados. Na crônica “O padeiro”, a singularização da personagem-título ocorre por meio da
a)
b)
c)
d)
especificação de sua função de trabalhador braçal.
valorização do seu emprego como padeiro.
descrição da sua rotina sofrida na padaria.
evidenciação de seu comportamento humilde.
Questão 62 - (UNIRG TO) Leia os trechos a seguir.
[...]
2 Ai de ti, Copacabana, porque a ti chamaram Princesa do Mar, e cingiram tua fronte com uma coroa
de mentiras; e deste risadas ébrias e vãs no seio da noite.
3 Já movi o mar de uma parte e de outra parte, e suas ondas tomaram o Leme e o Arpoador, e tu
não viste este sinal; estás perdida e cega no meio de tuas iniquidades e de tua malícia.
4 Sem Leme, quem te governará? Foste iníqua perante o oceano, e o oceano mandará sobre ti a
multidão de suas ondas.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 29. ed. Record: Rio de Janeiro, 2013. p. 91.
A vidinha pacata daquele lugarejo era quebrada nos finais de semana, quando a garimpeirada baixava
no comércio e na comemoração do bambúrrio de alguns deles, na casa da Dina, o bamburrado. No
curral das éguas, o lupanar dos pobres, os de menor sorte ou sem bambúrrio. Até entre as damas da
vida livre havia distinção de classe e muita discriminação.
ROCHA, Odir. Ipobajá. Goiânia: Kelps, 2011. p. 118.
59
CADERNO DE ATIVIDADES
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A exemplo dos trechos transcritos, as crônicas de Ai de ti, Copacabana, de Rubem Braga, diferenciam-se
das narrativas de Ipobajá, de Odir Rocha, por seu
a)
b)
c)
d)
lirismo.
idealismo.
descritivismo.
pessimismo.
60
Questão 63 - (UNISA SP) Leia a tira do cartunista Angeli.
(Folha de S.Paulo, 02.10.2012.)
No contexto da fala da personagem, o termo gordura está empregado em sentido
a)
b)
c)
d)
e)
denonativo, sinalizando objetivamente as dificuldades de comunicação entre as pessoas.
denotativo, sinalizando criticamente a dificuldade de comunicação entre homens e mulheres.
conotativo, sinalizando que a mulher raramente consegue organizar a comunicação familiar.
conotativo, sinalizando ironicamente os problemas advindos das relações interpessoais.
conotativo, sinalizando sarcasticamente que as mulheres são mais vaidosas que os homens.
TEXTO: 29 - Comum à questão: 64
Condições de saúde e inovações nas políticas de saúde no Brasil: o caminho a percorrer
Participação social
1 Intensa participação social foi a “pedra 2 fundamental” do SUS desde a sua origem, com a 3 articulação
de movimentos sociais, nos anos 1970 e 1980, 4 que resultou na reforma do setor de saúde. A participação
5 social na saúde foi institucionalizada pela Constituição de 6 1988 e, posteriormente, regulamentada pela
Legislação dos 7 anos 1990, que estabeleceu conselhos e conferências de 8 saúde nos três níveis de governo:
o Brasil possui atualmente 9 um conselho nacional, 27 conselhos estaduais e mais de 10 5.500 conselhos
municipais de saúde. Essas organizações 11 são instâncias permanentes, responsáveis pela formulação 12
de estratégias de saúde, pelo controle da prática de 13 políticas e pela análise de planos, programas e
relatórios de 14 gestão submetidos à sua apreciação pelos respectivos níveis 15 de governo. Há forte
interação entre conselhos, gestores e 16 formuladores de políticas, estabelecendo um processo 17 decisório
complexo e inovador. Todos os conselhos são 18 compostos por representantes de usuários (50%), de 19
trabalhadores do setor de saúde (25%), dos gestores e 20 provedores de serviços de saúde (25%). As
conferências têm 21 lugar a cada quatro anos, nos três níveis de governo, cada 22 uma delas com um
número expressivo de representantes, 23 com a mesma distribuição proporcional dos conselhos. O 24
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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objetivo das conferências é avaliar a situação de saúde e 25 propor diretrizes para as políticas, contribuindo
assim para 26 a inclusão de temas importantes na agenda pública. Entre 27 outros mecanismos
democráticos, o orçamento 28 participativo, adotado por vários estados e municípios, é 29 também uma
inovação.
Cesar G. Victora et al. Veja Online, 09/05/2011. Adaptado.
Questão 64 - (USP Faculdade de Saúde Pública SP) No contexto, a frase “com a mesma distribuição
proporcional dos conselhos” (Ref. 23) significa que
a)
b)
c)
d)
e)
as conferências obedecem à mesma regra de composição que os conselhos.
o número de conferências corresponde ao dos conselhos.
as conferências distribuem-se equitativamente nos três níveis de governo.
conselhos e conferências são distribuídos complementarmente no País.
os representantes das conferências possuem direitos proporcionais aos dos membros dos conselhos.
TEXTO: 30 - Comuns às questões: 65, 66
Ensino superior e os serviços de saúde no Brasil
1
Até meados do século XX, não existia sistema de 2 saúde no Brasil. Pacientes ricos eram tratados em
3 instituições privadas, pagando diretamente suas despesas; 4 e os trabalhadores tinham acesso a
clínicas e hospitais dos 5 sindicatos. Nas áreas urbanas, os pobres precisavam 6 procurar ajuda nas
superlotadas instituições filantrópicas 7 ou públicas que aceitavam indivíduos em estado de 8
indigência. Nas áreas rurais, camponeses e meeiros tinham 9 de confiar em curandeiros ou cuidadores
leigos não 10 treinados para suas necessidades de saúde. No auge da 11 redemocratização do país, a
Constituição de 1988 declarou 12 que a saúde era um direito do cidadão e um dever do 13 Estado.
Posteriormente, foi organizado o Sistema Único de 14 Saúde, ou SUS, com os princípios da
universalidade, 15 integralidade assistencial, promoção da saúde e 16 participação da comunidade,
com fundos públicos para 17 prestação de cuidados de saúde gratuitos para os cidadãos 18 brasileiros.
19
O SUS tem duas linhas principais de atuação: o 20 Programa Saúde da Família, que presta cuidados
primários 21 de saúde em 5.295 municípios; e uma rede de clínicas e 22 hospitais públicos ou
contratados pelo SUS, que presta 23 atendimento secundário e terciário em todo o país. Junto 24 com
intervenções de saúde pública, que começaram na 25 década de 1970 e que, mais recentemente,
implementaram 26 políticas sociais relacionadas ao emprego e à transferência 27 condicional de renda,
considera-se que foi positivo o 28 impacto do SUS depois de vinte anos.
29 Nas últimas três décadas, a mortalidade infantil 30 diminuiu em cerca de 6,3% ao ano e a expectativa
de vida 31 aumentou em 10,6 anos. A mortalidade por doenças 32 infecciosas diminuiu de 23% do total
de óbitos em 1970 33 para menos de 4% em 2007. Apesar de tais conquistas, é 34 preciso que sejam
reconhecidos os sérios problemas que 35 envolvem a igualdade de oportunidades, qualidade e 36
eficiência. Insuficiência de investimentos, corrupção e a má 37 gestão decorrente da burocracia
governamental estão 38 entre esses problemas. O principal determinante da baixa 39 qualidade dos
cuidados prestados pela rede SUS é a 40 limitação dos recursos humanos, a qual, no entanto, é de 41
ordem qualitativa, não quantitativa. (...)
Naomar Almeida-Filho. www.abc.org.br. 09/05/2011. Adaptado.
61
CADERNO DE ATIVIDADES
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Questão 65 - (USP Faculdade de Saúde Pública SP) A ênfase positiva em expressões como “participação
da comunidade” (Ref. 16), “cidadãos brasileiros” (Refs. 17-18), “igualdade de oportunidades” (Ref. 35)
indica que o artigo trata de situar seu ponto de vista em um horizonte ideológico
a)
b)
c)
d)
e)
democrático.
meritocrático.
populista.
comunista.
burocrático.
Questão 66 - (USP Faculdade de Saúde Pública SP) Deduz-se do texto que a noção de “sistema” com
que ele opera pressupõe que uma estrutura assim denominada seja também dotada, entre outros
atributos importantes, de
a)
b)
c)
d)
e)
rotina e generalização.
estatização e autarquia.
cientificidade e autofinanciamento.
urbanismo e ruralidade.
legalização e filantropia.
Questão 67 - (ACAFE SC) Conforme o texto, é correto o que se afirma em:
a) Ildo Sauer manifesta-se claramente contra o leilão do Campo de Libra porque é a maior reserva de
petróleo do Brasil.
b) De acordo com o entrevistado, o Brasil terá em breve a maior reserva de petróleo do mundo.
c) As estimativas atuais ainda não permitem afirmar, com certeza, que o Brasil está entre os países que
detêm grandes reservas de petróleo.
d) A Agência Nacional do Petróleo estima que a Petrobrás poderá extrair da reserva do Campo de Libra
cerca de 15 bilhões de barris.
TEXTO: 31 - Comum à questão: 68
IDH 2013: Brasil mantém posição
O Brasil está no grupo dos países com índice de desenvolvimento humano (IDH) elevado, indicou a
edição de 2013 do Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) - há, ainda, os índices muito elevado, médio e baixo. De acordo com o
levantamento, divulgado em 14/3, o país ocupa o 85º lugar no ranking de 187 nações avaliadas,
mesma posição registrada em 2011. Numa escala de 0 a 1, quanto mais o IDH se aproxima de 1, maior
é o desenvolvimento humano - avaliado a partir dos níveis de expectativa de vida, acesso à educação
e renda da população. Os dados são referentes a 2012. O índice brasileiro foi de 0,730 (em 2011 foi
de 0,728). A média da América Latina foi de 0,741, informou a Folha de S. Paulo (14/3). O país com
melhor classificação no continente foi o Chile (0,819), na 40ª posição, informou o site da revista Carta
Capital (14/3).
O Brasil está entre os 15 países que mais reduziram o déficit do IDH entre 1990 e 2012, melhorando o
índice em 24% - o maior avanço entre os países da América do Sul. O destaque deveu-se ao foco na
redução das desigualdades e da pobreza e à política estrutural de longo prazo adotada no país,
segundo o Pnud. O relatório aponta, ainda, que o grupo das três principais nações em
desenvolvimento (Brasil, China e Índia) está remodelando a dinâmica mundial no contexto amplo do
desenvolvimento humano.
62
CADERNO DE ATIVIDADES
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O Pnud calculou também um ranking com base nas desigualdades internas em saúde, educação e
renda. Nesse caso, mesmo Noruega e Austrália, 1º e 2º colocados, perdem pontos, embora mantendo,
ainda, suas posições. Já os Estados Unidos despencam do 3º lugar para o 16º. O Brasil fica 12 posições
abaixo, passando ao 97º lugar.
Como ocorrera após a divulgação do IDH de 2011 (Radis 112), o governo brasileiro criticou os
resultados do relatório do Pnud. Segundo os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o documento é elogioso aos avanços
brasileiros; no entanto, são necessários ajustes, informou o Portal do MEC (14/3).
Os ministros apontaram que, em Educação, os dados utilizados são de 2005 e oriundos de fontes não
reconhecidas pelas agências estatísticas nacionais. De acordo com os ministros, o relatório do Pnud
não incluiu nos cálculos 4,6 milhões de crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola, bem como nas
classes de alfabetização, nem considerou a jornada escolar atual de nove anos. “Se fizéssemos só esta
correção, subiríamos 20 posições”, ressaltou Mercadante.
Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/conteudo/idh2013-brasil-mantem-posicao. Acesso em: 22/10/2013. Adaptado.
Questão 68 - (ACAFE SC) Considerando o que consta no Relatório de Desenvolvimento Humano do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) de 2013, todas as alternativas listam
aspectos que contribuíram para o Brasil reduzir o deficit do IDH, exceto:
a)
b)
c)
d)
redução das desigualdades
inovação tecnológica
redução da pobreza
política estrutural de longo prazo adotada no país
TEXTO: 32 - Comum à questão: 69
(www.tirinhasdoze.com)
63
CADERNO DE ATIVIDADES
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Questão 69 - (Anhembi Morumbi SP) O efeito de humor produzido pela tira decorre do fato de
a)
b)
c)
d)
e)
o médico não acreditar que possa curar o paciente.
o paciente não acreditar no relato do médico.
o médico duvidar da recuperação do paciente.
o paciente duvidar da competência do médico.
o paciente não acreditar que tenha alguma doença.
64
TEXTO: 33 - Comum à questão: 70 - Leia a tira abaixo.
(www.tiras-snoopy.blogspot.com.br)
Questão 70 - (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP) A interpretação da tira leva a compreender
que a atitude da menina, ao agredir o irmão, foi
a)
b)
c)
d)
e)
motivada pela impaciência do garoto.
desprovida de qualquer motivação.
causada por um insulto do garoto.
resposta a uma provocação do menino.
incitada pelo conselho de um colega.
GABARITO:
1) Gab: D
2) Gab: A
3) Gab: C
4) Gab: B
5) Gab: B
6) Gab: A
7) Gab: B
8) Gab: E
9) Gab: C
10) Gab: B
11) Gab: E
12) Gab: D
13) Gab: B
14) Gab: D
15) Gab: E
16) Gab: A
17) Gab: C
18) Gab: B
19) Gab: E
20) Gab: D
21) Gab: B
22) Gab: C
23) Gab: E
24) Gab: A
25) Gab: E
26) Gab: A
27) Gab: C
28) Gab: C
29) Gab: B
30) Gab: D
31) Gab: B
32) Gab: A
33) Gab: B
34) Gab: D
35) Gab: A
36) Gab: C
37) Gab: B
38) Gab: D
39) Gab: A
40) Gab: C
41) Gab: D
42) Gab: D
43) Gab: A
44) Gab: C
45) Gab: C
46) Gab: A
47) Gab: D
48) Gab: B
49) Gab: E
50) Gab: C
51) Gab: D
52) Gab: A
53) Gab: C
54) Gab: E
55) Gab: B
56) Gab: D
57) Gab: A
58) Gab: D
59) Gab: A
60) Gab: B
61) Gab: D
62) Gab: A
63) Gab: D
64) Gab: A
65) Gab: A
66) Gab: A
67) Gab: C
68) Gab: B
69) Gab: D
70) Gab: B
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LITERATURA – GUSTAVO
01 - (FGV) Leia a seguinte indagação, formulada por um crítico e historiador da literatura brasileira:
Não será esse livro uma alegoria do Brasil ou um Brasil em miniatura, com sua mistura de raças, o
choque entre brancos, negros e mulatos, a natureza fascinadora e difícil, o capitalismo estrangeiro
postado na entrada, vigiando, extorquindo, mandando, desprezando e participando?
Antonio Candido. Adaptado.
O livro a que se aplica a indagação do crítico é
a)
b)
c)
d)
e)
Iracema.
Memórias de um sargento de milícias.
O Ateneu.
O cortiço.
Vidas Secas.
02 - (FGV) O próprio Machado de Assis reconhecia que sua obra literária possui duas fases distintas.
Observando-se as características principais das obras que integram essas fases, verifica-se que, para a
passagem de uma fase à outra, foi decisivo o fato de que o escritor tivesse
a)
b)
c)
d)
e)
abandonado a leitura de obras estrangeiras, voltando-se para a realidade nacional.
rompido com a filiação católica de sua juventude.
perdido a ilusão de que fosse possível reformar a mentalidade das elites brasileiras.
aceito a influência do Positivismo de Augusto Comte e Benjamin Constant.
aderido ao movimento abolicionista e ao Partido Republicano recém-fundado.
03 - (IBMEC SP)
I
Talvez sonhasse, quando a vi. Mas via
Que, aos raios do luar iluminada,
Entre as estrelas trêmulas subia
Uma infinita e cintilante escada.
E eu olhava-a de baixo, olhava-a... Em cada
Degrau, que o ouro mais límpido vestia,
Mudo e sereno, um anjo a harpa doirada,
Ressoante de súplicas, feria...
Tu, mãe sagrada! vós também, formosas
Ilusões! sonhos meus! Íeis por ela
Como um bando de sombras vaporosas.
E, ó meu amor! eu te buscava, quando
Vi que no alto surgias, calma e bela,
O olhar celeste para o meu baixando...
(Olavo Bilac,Via-Láctea)
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CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Embora seja identificado como o principal poeta parnasiano brasileiro, Olavo Bilac, nesse soneto, explora
um aspecto do Romantismo, o qual está explicitado na seguinte alternativa:
a)
b)
c)
d)
e)
objetividade e racionalismo do eu lírico.
subjetividade numa atmosfera onírica.
forte presença de elementos descritivos.
liberdade de criação e de expressão.
valorização da simplicidade, bucolismo.
04 - (IBMEC SP) Acho que nunca falei do meu amigo parnasiano. Era poeta e jovem, hoje é mais poeta
do que jovem. Fazia umas brincadeiras com a linguagem dos poetas parnasianos, transplantando-a para
banalidades de hoje. (...)
Não sei dizer quando esse amigo começou com a brincadeira. Talvez na faculdade de direito, e além do
talvez não avanço. Uma noite, farreado, acabado e sem pouso, ele chegou a um daqueles hotéis de má
fama que havia na Avenida Ipiranga, de escadaria longa, íngreme, estreita e desanimadora, e chamou lá
de baixo:
— Estalajadeiro! Estalajadeiro!
Era já o parnasiano divertindo-se dentro dele. Um homem surgiu lá em cima, com má vontade. E o poeta,
já possuído pela molecagem parnasiana, exclamou, teatral:
— Bom estalajadeiro! Tendes um catre para o meu repouso?
Recebeu de troco palavrões bocagianos.
(Ivan Angelo, Veja SP, 02/05/2012)
Considere estas afirmações:
I.
O adjetivo “parnasiano”, atribuído ao amigo do narrador do texto, se deve à utilização de palavras
pomposas, rebuscadas.
II. No último período, o termo “bocagianos” faz referência aos versos satíricos de Manuel Du Bocage, o
mais importante autor do Parnasianismo lusitano.
III. Depreende-se, da leitura do texto, que os poetas parnasianos valorizavam o plano da expressão, em
detrimento do plano do conteúdo.
Está correto o que se afirma em
a)
b)
c)
d)
e)
I, apenas.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
I e III, apenas.
I, II e III.
05 - (UFPA) Estilo de época corresponde a um conjunto de características de um grupo de escritores
pertencentes à mesma circunstância histórica e sociocultural, mantendo-se o respeito às características
individuais de cada autor. Assim sendo, o artista, mesmo sob a orientação de um sistema de normas,
padrões literários, vistos de maneira genérica, produz a sua criação literária de modo a conferir-lhe
características próprias, tendo em vista sua visão de mundo. Dessa forma, o artista torna perceptível sua
capacidade de trabalhar a linguagem de forma particularizada e de manifestar-se, segundo escolhas que
melhor atendam a sua perspectiva e capacidade de apreensão do mundo.
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CADERNO DE ATIVIDADES
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Considerando-se os comentários feitos sobre cada texto literário transcrito abaixo, identifique a
alternativa em que as afirmações sobre os autores citados não estão em consonância com o estilo de
época que eles representam.
a) “Quem a primeira vez chegou a ver-vos,
Nise, e logo se pôs a contemplar-vos,
Bem merece morrer por conversar-vos
E não poder viver sem merecer-vos.”
· Gregório de Matos Guerra é poeta do Barroco brasileiro, cuja obra se caracteriza por temas variados:
poesia religiosa, lírico-amorosa e satírica.
b) “No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
‘Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...’"
· Castro Alves, pertencente à terceira geração romântica, emprestou o seu gênio criador à causa dos
escravos; daí a sua relação com a poesia de tema social.
c) “Sabei, amigos Zéfiros, que cedo,
Entre os braços de Nise, entre estas flores,
Furtivas glórias, tácitos favores,
Hei-de enfim possuir: porém segredo!”
· Os árcades produziram poesia de concepção clássica; daí a notória presença de referências à
mitologia. Os versos de Bocage são a confirmação desta prática poética.
d) “Cabelos brancos! dai-me, enfim, a calma
A esta tortura de homem e de artista:
Desdém pelo que encerra a minha palma,
E ambição pelo mais que não exista;”
· No texto parnasiano, é comum a identificação de elementos de conformação subjetiva, como se
observa nos versos de Bilac transcritos acima.
e) “Assim eu te amo, assim; mais do que podem
Dizer-te os lábio meus, – mais do que vale
Cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em tí. – Por tudo quanto sofro,
Por quando já sofri, por quanto ainda
Me resta sofrer, por tudo eu te amo!”
· Gonçalves Dias, ainda que reconhecido como o autor de textos assinalados por motivos de grande
nacionalismo, produziu poemas de expressão lírico-amorosa indiscutível.
06 - (IFGO) Leia o seguinte poema de Cruz e Sousa.
Vida obscura
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.
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Atravessaste num silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.
Ninguém Te viu o sentimento inquieto,
Magoado, oculto e aterrador, secreto,
Que o coração te apunhalou no mundo.
Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!
SOUSA, João da Cruz e. Vida obscura. In: MOISÉS, Massaud.
A literatura brasileira através dos textos. 21 ed. São Paulo: Cultrix, 2000. p. 314.
No final do século XIX, a arte simbolista surgiu, como uma proposta voltada para a hegemonia do sujeito
e contrária à supremacia do materialismo. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta elementos
simbolistas presentes no texto.
a) Linguagem precisa / descrição objetiva / utilização de assonâncias e aliterações.
b) Cruzamento de sensações (sinestesia) / conflito entre matéria e espírito / racionalismo.
c) Subjetivismo / emprego de iniciais maiúsculas para atribuir um valor absoluto a determinados termos
/ materialismo.
d) Angústia / linguagem figurada (“silêncio escuro”; “cruz”) / integração cósmica: tema da redenção pelo
sofrimento.
e) Transcendência espiritual / Linguagem vaga, que busca sugerir em vez de nomear / impessoalidade.
07 - (UDESC SC) No Brasil, a segunda metade do século XIX foi assinalada por uma confluência de vários
estilos de época, em alguns momentos até conflitantes entre si. Assim têm-se, por exemplo,
manifestações do:
a)
b)
c)
d)
e)
Romantismo e Arcadismo.
Parnasianismo e Barroco.
Naturalismo e Modernismo.
Romantismo e Barroco.
Realismo e Simbolismo.
08 - (UNIRG TO) Leia o soneto “O lázaro da pátria” de Augusto dos Anjos.
O lázaro da pátria
Filho podre de antigos Goitacases,
Em qualquer parte onde a cabeça ponha,
Deixa circunferências de peçonha,
Marcas oriundas de úlceras e antrazes.
Todos os cinocéfalos vorazes
Cheiram seu corpo. Á noite, quando sonha,
Sente no tórax a pressão medonha
Do bruto embate férreo das tenazes.
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Mostra aos montes e aos rígidos rochedos
A hedionda elefantíase dos dedos...
Há um cansaço no Cosmos.... Anoitece.
Riem as meretrizes no Casino,
E o Lázaro caminha em seu destino
Para um fim que ele mesmo desconhece!
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Anjos, Augusto dos. Eu e outras poesias.
Leia as assertivas abaixo e responda.
I. o soneto infere pessimismo diante da vida, uma das características da poética de Augusto dos Anjos.
II. os termos e as expressões empregadas no soneto justificam a alcunha de Augusto dos Anjos de poeta
da matéria.
III. o vocabulário do soneto contém palavras estranhas ao período realista, incorporando termos
científicos e métrica parnasiana.
Assinale a alternativa CORRETA:
a)
b)
c)
d)
apenas I está correta.
apenas II está correta.
apenas I e II estão corretas.
apenas I e III estão corretas.
09 - (UNIRG TO) Leia o poema “Triste regresso” de Augusto dos Anjos.
Triste regresso
Uma vez um poeta, um tresloucado,
Apaixonou-se d’uma virgem bela;
Vivia alegre o vate apaixonado,
Louco vivia, enamorado dela.
Mas a Pátria chamou-o. Era soldado,
E tinha que deixar pra sempre aquela
Meiga visão, olímpica e singela?!
E partiu, coração amargurado.
Dos canhões ao ribombo, e das metralhas,
Altivo lutador, venceu batalhas,
Juncou-lhe a fronte aurifulgente estrela.
E voltou, mas a fronte aureolada,
Ao chegar, pendeu triste e desmaiada,
No sepulcro da loura virgem bela.
Anjos, Augusto dos. Eu e outras poesias.
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Considerando a leitura do soneto é CORRETO afirmar que:
a) o eu - lírico expressa sentimentos de dor e de angústia causados pela separação física e pela morte.
b) aborda um tema nacionalista em que eu - lírico luta pela pátria e por seus ideais, típico do período
romântico.
c) expressa um tom de saudade, em que o eu - lírico descreve com ironia e humor os valores cívicos.
d) apresenta grandes inovações formais e preocupação com o social, descrevendo de forma realista o
poeta soldado.
10 - (UEM PR) Leia o poema “Supremo Desejo”, de Cruz e Sousa, e assinale o que for correto.
Eternas, imortais origens vivas
Da Luz, do Aroma, segredantes vozes
Do mar e luares de contemplativas,
Vagas visões volúpicas, velozes...
Aladas alegrias sugestivas
De asa radiante e branca de albornozes,
Tribos gloriosas, fúlgidas, altivas,
De condores e de águias e albatrozes...
Espiritualizai nos Astros louros,
Do sol entre os clarões imorredouros
Toda esta dor que na minh’alma clama...
Quero vê-la subir, ficar cantando
Na chama das Estrelas, dardejando
Nas luminosas sensações da chama.
(CRUZ e SOUSA, J. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997, p. 59)
Glossário:
Albornoz: manto ou casaco com capuz
01. O apreço pelo vago e pelo impreciso, exemplificado no verso “Aladas alegrias sugestivas”, comprova
a busca, por parte dos poetas simbolistas, de uma arte que não expusesse diretamente a ideia, mas
que a sugerisse.
02. A busca de uma representação fluida, capaz de ilustrar o abstrato, é traduzida no poema pela
flexibilidade formal no tocante à métrica utilizada, que oscila de nove a doze sílabas poéticas nos
catorze versos do soneto.
04. O primeiro terceto do poema ilustra uma das características marcantes do simbolismo, a saber: a
concepção mística do mundo, com tendências esotéricas, em contraposição à base cientificista de
escolas literárias como o Naturalismo.
08. O uso acentuado de aliterações no verso “Vagas visões volúpicas, velozes...” é uma exceção na
produção poética de Cruz e Sousa, uma vez que torna artificial o caráter melódico da linguagem,
afastando-se das propostas do Simbolismo.
16. A utilização de sinestesias, conduta recorrente na escola simbolista, é ilustrada no poema “Supremo
Desejo” por meio de expressões como “Astros louros” e “clarões imorredouros”, em consonância
com o significado de “sinestesia”: representações sugestivas do espectro luminoso.
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11 - (UFPR) “A duzentos anos de distância, embora ainda velados muitos pormenores desse fantástico
enredo, sente-se a imprescindibilidade daqueles encontros, de raças e homens; do nascimento do ouro;
da grandeza e decadência das Minas; desses gráficos tão bem traçados de ambição que cresce e da
humanidade que declina; a imprescindibilidade das lágrimas e exílios, da humilhação do abandono
amargo, da morte afrontosa – a imprescindibilidade das vítimas, para a definitiva execração dos tiranos.”
(Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência)
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O fragmento transcrito faz parte da conferência “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, proferida
por Cecília Meireles em 1955. Com base na leitura do Romanceiro e nos conhecimentos sobre a literatura
do período, assinale a alternativa correta.
a) O Romanceiro da Inconfidência exemplifica a principal tendência da literatura produzida em meados
do século XX no Brasil: longos poemas épicos inspirados na História do país.
b) Para apresentar a variedade humana envolvida nos episódios, o poema aproveita elementos do
gênero dramático, de que são exemplo as falas de personagens espalhadas ao longo do texto.
c) O engajamento político explicitado no texto da conferência é constante na obra de Cecília Meireles,
pois para ela a poesia lírica deveria ser instrumento para mudanças sociais.
d) Não se pode considerar o Romanceiro um poema narrativo, pois, ao contrário do que acontece no
trecho da conferência, o poema embaralha a ordem de apresentação dos acontecimentos históricos.
e) Enquanto a conferência propõe que os tiranos sejam execrados, o Romanceiro da Inconfidência, por
ser um texto lírico, revela sentimentos sem julgar ou estabelecer responsabilidades.
12 - (UESC BA)
Ah! lilásis de Ângelus harmoniosos,
Neblinas vesperais, crepusculares,
Guslas gementes, bandolins saudosos,
Plangências magoadíssimas dos ares...
Serenidades etereais d‘incensos,
De salmos evangélicos, sagrados,
Saltérios, harpas dos Azuis imensos,
Névoas de céus espiritualizados.
[...]
É nas horas dos Ângelus, nas horas
Do claro-escuro emocional aéreo,
Que surges, Flor do Sol, entre as sonoras
Ondulações e brumas do Mistério.
[...]
Apareces por sonhos neblinantes
Com requintes de graça e nervosismos,
fulgores flavos de festins flamantes,
como a Estrela Polar dos Simbolismos.
CRUZ e SOUSA, João da. Broquéis. Obra completa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1995. p. 90.
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Marque V ou F, conforme sejam as afirmativas verdadeiras ou falsas.
Os versos de Cruz e Sousa traduzem a estética simbolista, pois apresentam
(
(
(
(
(
)
)
)
)
)
descrição sintética do mundo imediato.
uso de recursos estilísticos criando imagens sensoriais.
enfoque de uma realidade transfigurada pelo transcendente.
apreensão de um dado da realidade sugestivamente ambígua.
imagens poéticas que tematizam o amor em sua dimensão física.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
01.
02.
03.
04.
05.
FVVVF
VFFVF
VFVVF
VFVFF
VFVFV
13 - (EsPCEX) Assinale a alternativa correta, quanto à Literatura Brasileira.
a) No final do séc. XIX e início do séc. XX, três tendências literárias caminhavam paralelas: o
Romantismo, o Simbolismo e o Pré-Modernismo.
b) Em Os Lusíadas, o herói Bartolomeu Dias canta as glórias daqueles que conquistaram as Índias e
edificaram o Império Português no Oriente.
c) No romance naturalista, o narrador não interfere na ação nem faz um julgamento das personagens:
ele se limita a uma descrição objetiva da realidade.
d) O Simbolismo, por ser um movimento antilógico e antirracional, valoriza os aspectos interiores e
pouco conhecidos da alma e da mente humana.
e) Os escritores brasileiros do Arcadismo se rebelaram contra as rígidas normas da tradição clássica e
apresentaram em suas obras aspectos totalmente diferentes daqueles preconizados pelas academias
literárias.
14 - (UFRN) Para responder a questão, considere o seguinte trecho do conto “O fisco (conto de Natal)”,
publicado em 1921 e integrante do livro Negrinha, de Monteiro Lobato:
Súbito, viu um homem de boné caminhando para o seu lado. Olhou-lhe para as botinas. Sujas. Viria
engraxar, com certeza – e o coração bateu-lhe apressado, no tumulto delicioso da estreia. Encarou o
homem já a cinco passos e sorriu com infinita ternura nos olhos, num agradecimento antecipado em que
havia tesouros de gratidão.
Mas em vez de espichar o pé, o homem rosnou aquela terrível interpelação inicial:
– Então, cachorrinho, que é da licença?
(LOBATO, Monteiro. Negrinha. São Paulo: Globo, 2008, p. 71)
O trecho em destaque apresenta um episódio ocorrido em um parque. No contexto da narrativa, a cena
ilustra:
a)
b)
c)
d)
um confronto entre a autoridade constituída e o menino que insiste na desobediência à lei.
um encontro amigável entre o menino engraxate e um cliente.
uma conversa amistosa entre as personagens, de posições sociais distintas.
uma relação de desigualdade entre as personagens, determinada pela força repressiva.
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15 - (UFPE) A loucura é um tema frequente na literatura, como atestam as obras abaixo mencionadas.
Leia os textos e responda às questões.
TEXTO 1
Ele me parece desses médicos brasileiros imbuídos de um ar de certeza de sua arte, desdenhando
inteiramente toda a outra atividade intelectual que não a sua e pouco capaz de examinar o fato por
si. Acho-o muito livresco e pouco interessado em levantar o véu do mistério que há na especialidade
que professa. Lê os livros da Europa, dos Estados Unidos, mas não lê a natureza.
(Lima Barreto, Diário do Hospício)
TEXTO 2
Mas o ilustre médico, com os olhos acesos da convicção
científica, trancou os
ouvidos à saudade da mulher, e brandamente a repeliu.
Fechada a porta da Casa
Verde, entregou-se ao estudo e à cura de si mesmo.
Dizem os cronistas que ele
morreu dali a dezessete meses no mesmo estado em que
entrou, sem ter podido
alcançar nada. Alguns chegam ao ponto de conjeturar que
nunca houve outro louco
além dele em Itaguaí, mas esta opinião fundada em um
boato que correu desde que o alienista expirou, não tem
outra prova senão o boato. Seja como for, efetuou-se o
enterro com muita pompa e rara solenidade.
(Machado de Assis, O alienista)
TEXTO 3
A locução de Maria de França deixa-se impregnar de variados campos semânticos, de acordo com as
áreas temáticas invadidas pela personagem. Quando em contato com médicos, sua “transmissão” é
afetada por um jargão entre árido e grotesco, extraído de livros científicos, de rótulos de remédios:
“Abre-se a porta e avanço pelo centro, cara terapêutica esse alguém de quem falo, olhos sedativos,
voz de beladona, manda sentar-se a paciente, tudo bem com você?, que acha a ouvinte?, se estivesse
tudo bem eu aqui? Aqui?
- Respire. Abra a boca. Cristais ausentes. Agora, gemer. Abra os olhos. Esclerótica e retina.
- Doutor! A passiflora responde pelo epitélio mucoso?
- Completamente. Do reto à árvore pulmonar. Respire. Abra a bunda. Parasitas presentes e cromatina
uniforme. Volte outro dia.”
(Osman Lins, A rainha dos cárceres da Grécia)
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00. Internado como portador de doença mental, o autor de Triste fim de Policarpo Quaresma escreveu o
Diário do Hospício, no qual refletiu lúcida e criticamente sobre a medicina e os profissionais de saúde
de seu tempo.
01. Em O alienista, Machado de Assis leva sua personagem, o psiquiatra Simão Bacamarte, a concluir que
o único insano de Itaguaí é ela mesma.
02. No diálogo de Maria de França com o seu psiquiatra, Osman Lins representa com ironia o abismo de
incompreensão que se estabelece na relação médico-paciente durante uma consulta.
03. O alienista, Triste fim de Policarpo Quaresma e A rainha dos cárceres da Grécia são obras que se valem
do tema da loucura para refletir sobre os disparates das instituições sociais no Brasil.
04. O alienista, Triste fim de Policarpo Quaresma e A rainha dos cárceres da Grécia são obras que
enaltecem a ciência, o discurso científico e a postura do cientista na sociedade brasileira.
16 - (UFPE) O Brasil, colonizado por portugueses e habitado por índios, teve que importar mão de obra
africana para a agricultura. Com isso, aumentou a miscigenação, ficando os africanos como escravos e sua
cor sob o signo do preconceito. A escravidão tornou-se uma mácula em nossa sociedade e a realidade foi
transposta para a literatura de formas variadas.
00. A descrição da natureza brasileira até o século XIX era um hino de louvor a sua beleza. Passou a ser,
com a campanha da abolição, um pano de fundo de cenas que a mancham. Ao Romper d’alva,
América e a abertura de A Cachoeira de Paulo Afonso, de Castro Alves, registram a contradição da
natureza pujante e paradisíaca, com o horror da escravidão ali instaurado.
01. Em Vozes d’África, também de Castro Alves, o poeta dá voz à população africana, usando a primeira
pessoa do discurso. O tom passional exacerbado da Segunda Geração Romântica enfatiza a rejeição
que, na época, se tinha à gente de origem africana, para, assim, combater a violenta discriminação.
02. Cruz e Souza, diferentemente de Castro Alves, era afrodescendente e não se engajou na campanha
em favor do sofrimento dos que estavam em sua mesma condição. O maior de nossos poetas
simbolistas foi filho de escravos e nos seus poemas privilegiou apenas a originalidade e a melodia dos
versos. A tragédia do intelectual e do homem afro-brasileiro foi silenciada pelo poeta.
03. Considerado o maior escritor brasileiro, Machado de Assis não escreveu poesia, apenas prosa, como
contos e romances. Sendo de origem humilde e mulato, nunca tratou dessa realidade na sua obra.
No conto Pai contra Mãe, o tema da escravidão, com sua lista de crueldades, é abordado de forma
impessoal e distanciada, embora narre um episódio brutal e doloroso.
04. Lima Barreto era filho de escravos. Em sua obra, faz críticas severas às mazelas sociais de um Brasil
recém-republicano, denunciando o preconceito contra os que se encontravam à margem da
sociedade; mas, curiosamente, não menciona a discriminação contra os afrobrasileiros.
17 - (UFPE) Lima Barreto foi uma das figuras mais contraditórias e controvertidas da literatura brasileira
do início do século XX. Sobre sua obra, podemos dizer o que segue.
00. Seu conto, o Homem que sabia Javanês, é um relato mordaz sobre um trapaceiro que se passa por
tradutor de um idioma exótico.
01. O autor foi um dos pioneiros no uso do estilo jornalístico na literatura. Com linguagem objetiva e
informal, descreve com clareza e simplicidade o cotidiano das classes desfavorecidas, às quais
pertencia.
02. Nos seus escritos, denuncia os problemas políticos e os preconceitos sociais de seu tempo, que ele,
como mulato pobre, vivenciou.
03. Em seu livro mais famoso, Triste Fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto foca a vida de uma
personagem cujo nacionalismo beira a xenofobia. Por trás disso, faz uma grande crítica à política da
República Velha.
04. O romancista transforma o Marechal Floriano Peixoto num grande herói nacional em Triste Fim de
Policarpo Quaresma, atribuindo-lhe um caráter magnânimo e superior.
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18 - (PUC SP) A respeito de Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos, é correto afirmar que
a) elaborada em 13 capítulos, é uma novela caracterizada por uma estrutura romanesca circular, em
que o primeiro e o último capítulo se tocam pelo tema da eterna retirada.
b) narrada em primeira pessoa, volta-se para a análise subjetiva do mundo das personagens, marcandose pela presença dominante do monólogo interior.
c) organizada a partir de uma sintaxe rigorosa, em que predominam períodos subordinativos e longos,
caracteriza-se por um estilo intrincado e difícil.
d) marcada por uma temática regional, constitui-se de quadros que se reduzem a si mesmos, impedindo,
assim, a análise psicológica e social das personagens.
e) construída a partir do mundo do sertanejo, revela personagens fortes, imunes ao autoritarismo das
estruturas de poder e à violência nas relações humanas.
TEXTO: 1 - Comum à questão: 19
Vila Rica
O ouro fulvo* do ocaso as velhas casas cobre;
Sangram, em laivos* de ouro, as minas, que ambição
Na torturada entranha abriu da terra nobre:
E cada cicatriz brilha como um brasão.
O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,
O último ouro de sol morre na cerração.
E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
O crepúsculo cai como uma extrema-unção.
Agora, para além do cerro, o céu parece
Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu...
A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,
Como uma procissão espectral que se move...
Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...
Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.
Olavo Bilac
*Glossário:
“fulvo”: de cor alaranjada.
“laivos”: marcas; manchas; desenhos estreitos e coloridos nas pedras; restos ou vestígios.
19 - (FGV) Tendo em vista as imagens usadas pelo poeta na descrição de Vila Rica, pode-se afirmar
corretamente que, nela, é dominante a ideia de
a)
b)
c)
d)
e)
decadência.
opulência.
indiferença.
aversão.
euforia.
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TEXTO: 2 - Comum às questões: 20, 21
Considere o poema do parnasiano brasileiro Julio César da Silva (1872-1936):
Arte suprema
Tal como Pigmalião, a minha ideia
Visto na pedra: talho-a, domo-a, bato-a;
E ante os meus olhos e a vaidade fátua
Surge, formosa e nua, Galateia.
Mais um retoque, uns golpes... e remato-a;
Digo-lhe: “Fala!”, ao ver em cada veia
Sangue rubro, que a cora e aformoseia...
E a estátua não falou, porque era estátua.
Bem haja o verso, em cuja enorme escala
Falam todas as vozes do universo,
E ao qual também arte nenhuma iguala:
Quer mesquinho e sem cor, quer amplo e terso,
Em vão não é que eu digo ao verso: “Fala!”
E ele fala-me sempre, porque é verso.
(Júlio César da Silva. Arte de amar. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1961.)
20 - (UNESP SP) O soneto Arte suprema apresenta as características comuns da poesia parnasiana.
Assinale a alternativa em que as características descritas se referem ao parnasianismo.
a) Busca da objetividade, preocupação acentuada com o apuro formal, com a rima, o ritmo, a escolha dos
vocábulos, a composição e a técnica do poema.
b) Tendência para a humanização do sobrenatural, com a oposição entre o homem voltado para Deus e
o homem voltado para a terra.
c) Poesia caracterizada pelo escapismo, ou seja, pela fuga do mundo real para um mundo ideal
caracterizado pelo sonho, pela solidão, pelas emoções pessoais.
d) Predomínio dos sentimentos sobre a razão, gosto pelas ruínas e pela atmosfera de mistério.
e) Poesia impregnada de religiosidade e que faz uso recorrente de sinestesias.
21 - (UNESP SP) O poema de Júlio César da Silva faz referência ao mito grego de Pigmalião, um escultor
da ilha de Chipre que obteve da deusa Vênus a graça de transformar em uma mulher de verdade a
belíssima estátua que havia esculpido. Esse aproveitamento do mito, todavia, tem um encaminhamento
diferente no soneto. Aponte a alternativa que melhor descreve como o mito foi aproveitado no poema.
a) O poema se serve do mito para apresentar uma defesa da poesia como arte superior em capacidade
de comunicação e expressão à escultura e às demais artes.
b) O eu-poemático aproveita o mito para demonstrar que a escultura, como arte visual, apresenta
possibilidades expressivas que a poesia jamais poderá atingir.
c) O desenvolvimento do poema conduz a uma exaltação da correspondência entre as artes,
demonstrando que todas apresentam grande força expressiva.
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d) O mito de Pigmalião é usado para realçar o grande poder da arte da escultura, como também da poesia,
que pode imitar a escultura.
e) A lenda de Pigmalião e Galateia é utilizada para dividir o poema em duas partes, com a primeira
associando Pigmalião à escultura e a segunda associando Galateia à poesia.
TEXTO: 3 - Comum à questão: 22
77
Considere o soneto Acrobata da dor, do poeta simbolista brasileiro Cruz e Sousa (1861-1898):
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa,
nessas macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
(João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)
22 - (UNESP SP) No poema, os conceitos relacionados com a alegria e o riso, característicos da imagem
dos palhaços, são aproximados de conceitos como dor, tristeza, agonia, sangue. Aponte a alternativa que
melhor justifica essa aproximação de conceitos contraditórios:
a) As imagens de “palhaço” e “coração” apontam a um mesmo significado, o próprio homem,
apresentado como um ser cuja imagem de alegria apenas disfarça tristezas, dores, sofrimentos.
b) O “palhaço” é comparado com o “acrobata” que caiu, donde a ocorrência de imagens relacionadas
com sangue e dor.
c) O poema de Cruz e Sousa constitui uma alegoria da vida circense em todos os seus aspectos.
d) É tradicional na literatura explorar o tema do palhaço sob os vieses da superação e da frustração.
e) Os poetas simbolistas tinham uma tendência doentia a utilizar temas relacionados com dor, sangue
e sofrimento.
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TEXTO: 4 - Comum à questão: 23
Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
78
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus de Guimaraens)
23 - (IBMEC SP) Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações que seguem.
( ) Os temas centrais desse poema, bem marcados nas duas primeiras estrofes, são o amor e a saudade.
( ) Um dos mais significativos poemas simbolistas, Ismália aborda a dualidade entre corpo e alma.
( ) A partir de um jogo intertextual, o poema de Alphonsus de Guimaraens parodia o drama de Narciso
diante do espelho.
A sequência correta é:
a)
b)
c)
d)
e)
F, V, F.
V, V, F.
V, F, F.
F, F, V.
V, F, V.
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TEXTO: 5 - Comum à questão: 24
01Antes
de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do 02trabalho.
a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa 04vontade em contribuir para o
desenvolvimento das letras nacionais.
05[...]
06O resultado foi um desastre. Quinze dias depois do nosso 07primeiro encontro, o redator do
Cruzeiro apresentou-me dois capítulos 08datilografados, tão cheios de besteiras que me zanguei:
09— Vá para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está 10pernóstico, está safado, está idiota.
Há lá ninguém que fale dessa 11forma!
12Azevedo Gondim apagou o sorriso, engoliu em seco, apanhou os 13cacos da sua pequenina
vaidade e replicou amuado que um artista 14não pode escrever como fala.
15— Não pode? Perguntei com assombro. E por quê?
16Azevedo Gondim respondeu que não pode porque não pode.
17— Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, seu 18Paulo. A gente discute, briga,
trata de negócios naturalmente, mas 19arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever
como 20falo, ninguém me lia.
Graciliano Ramos, S.Bernardo
03Dirigi-me
24 - (MACK SP) Considerando que a fala de Gondim baseia-se no pressuposto de que, por tradição, a
literatura brasileira esteve associada a uma linguagem acadêmica, rebuscada, de preciosismo vocabular
e sintático, assinale a alternativa que, apresentando verso parnasiano, exemplifica essa tradição.
a) Quando Ismália enlouqueceu,/ Pôs-se na torre a sonhar.../ Viu uma lua no céu. / Viu outra lua no mar.
b) Eu canto porque o instante existe / e a minha vida está completa. / Não sou alegre nem sou triste: / sou
poeta.
c) Que alegre, que suave, que sonora, / Aquela fontezinha aqui murmura!/E nestes campos cheios de
verdura /Que avultado o prazer tanto melhora?
d) Olho-te fixamente para que permaneças em mim./ Toda esta ternura é feita de elementos opostos /
Que eu concilio na síntese da poesia.
e) Esta de áureos relevos trabalhada / De divas mãos, brilhante copa, um dia, / Já de aos deuses servir
como cansada, / Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
TEXTO: 6 - Comum à questão: 25
O chá, os fantasmas, os ventos encanados...
1Nasci no tempo dos
ventos encanados, quando, para evitar compromissos, a “gente bem” dizia estar
com enxaqueca, palavra horrível mas desculpa distinta. Ter enxaqueca não era para todos, mas só
para essas senhoras que tomavam chá com o dedo mindinho espichado. Quando eu via aquilo, ficava
a pensar sozinho comigo (menino, naqueles tempos, não dava opinião) por que é 5que elas não
usavam, para cúmulo da elegância, um laçarote azul no dedo...
Também se falava misteriosamente em “moléstias de senhoras” nos anúncios farmacêuticos que eu
lia. Era decerto uma coisa privativa das senhoras, como as enxaquecas, pois as criadas, essas, não
tinham tempo para isso. Mas, em compensação, me assustavam deliciosamente com histórias de
assombrações. Nunca me apareceu nenhuma.
10Pelo visto, era isso: nunca consegui comunicar-me com este nem com o outro mundo. A não ser
através d’ O tico-tico e da poesia de Camões, do qual até hoje me assombra este verso único: “Que o
menor mal de tudo seja a morte!” Pois a verdadeira poesia sempre foi um meio de comunicação com
este e com o outro mundo.
MÁRIO QUINTANA
Mario Quintana: poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
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CADERNO DE ATIVIDADES
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25 - (UERJ)
A não ser através d’ O tico-tico e da poesia de Camões, (ref. 10)
A expressão em destaque torna a frase que ela introduz uma ressalva em relação ao que está enunciado
anteriormente.
Essa ressalva evidencia que as leituras do poeta lhe davam a seguinte possibilidade:
a)
b)
c)
d)
rever suas crenças arraigadas
interagir com universos diferentes
superar uma alienação do presente
compreender a idealização da morte
TEXTO: 7 - Comum à questão: 26
TEXTO I
1Eu
estava deitado num velho sofá amplo. Lá fora, a chuva caía com redobrado rigor e ventava
fortemente. 2A nossa casa frágil parecia que, de um momento para outro, ia ser arrasada. Minha mãe
ia e vinha de um quarto 3próximo; removia baús, arcas; cosia, futicava. Eu devaneava e ia-lhe vendo
o perfil esquálido, o corpo magro, 4premido de trabalhos, as faces cavadas com os malares salientes,
tendo pela pele parda manchas escuras, 5como se fossem de fumaça entranhada. De quando em
quando, ela lançava-me os seus olhos aveludados, 6redondos, passivamente bons, onde havia raias
de temor ao encarar-me. Supus que adivinhava os perigos que 7eu tinha de passar; sofrimentos e
dores que a educação e inteligência, qualidades a mais na minha frágil 8consistência social, haviam
de atrair fatalmente. Não sei que de raro, excepcional e delicado, e ao mesmo 9tempo perigoso, ela
via em mim, para me deitar aqueles olhares de amor e espanto, de piedade e orgulho.
LIMA BARRETO. Recordações do escrivão Isaías Caminha.
Rio de Janeiro; Belo Horizonte: Livraria Garnier, 1989. p.26-27.
TEXTO II
TEIA de aranha, galho seco da roseira,
quem sou?
Luz calçada em alpargatas de prata
rapta as flores da fronha,
quem sou?
Pássaro que mora na neblina
destila seu canto de água limpa
– longe, sozinho –
me diga quem sou.
ROQUETTE-PINTO, Claudia. Corola. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000. p. 67.
26 - (UFF RJ) Identifique, no discurso confessional do narrador do texto I, aspectos que apontam para a
contundente crítica social que se tornou marca da ficção pré-modernista de Lima Barreto.
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CADERNO DE ATIVIDADES
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TEXTO: 8 - Comum à questão: 27
Referindo-se ao livro A rosa do povo, anos depois de sua primeira publicação em 1945, Drummond
comenta que a obra, “de certa maneira, reflete um ‘tempo’, não só individual mas coletivo no país e no
mundo. Escrito durante os anos cruciais da Segunda Guerra Mundial, as preocupações então reinantes
são identificadas em muitos de seus poemas, através da consciência e do modo pessoal de ser de quem
os escreveu.” (ANDRADE, Carlos Drummond. A rosa do povo. 25. ed. Rio de Janeiro: Record, 2002. p. 19.)
O poema “Anoitecer” foi escrito nesse contexto.
Anoitecer
A Dolores
É a hora em que o sino toca,
mas aqui não há sinos;
há somente buzinas,
sirenes roucas, apitos
aflitos, pungentes, trágicos,
uivando escuro segredo;
desta hora tenho medo.
É a hora em que o pássaro volta,
mas de há muito não há pássaros;
só multidões compactas
escorrendo exaustas
como espesso óleo
que impregna o lajedo;
desta hora tenho medo.
É a hora do descanso,
mas o descanso vem tarde,
o corpo não pede sono,
depois de tanto rodar;
pede paz – morte – mergulho
no poço mais ermo e quedo;
desta hora tenho medo.
Hora de delicadeza,
gasalho, sombra, silêncio.
Haverá disso no mundo?
É antes a hora dos corvos,
bicando em mim, meu passado,
meu futuro, meu degredo;
desta hora, sim, tenho medo.
27 - (UFRN) Da leitura do poema, considerado em seu momento de elaboração, depreende-se
a)
b)
c)
d)
um temor de que o mundo perca a delicadeza que o constitui.
uma aflição diante da impossibilidade de um mundo moderno.
um sentimento de desconforto perante um mundo sem esperança.
uma sensação de que o mundo sempre foi hostil aos homens.
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TEXTO: 9 - Comum às questões: 28, 29, 30
Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava
de “operário” e sim de “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque também
tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram
alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe. A tarefa de Olímpico tinha
o gosto que se sente quando se fuma um cigarro acendendo-o do lado errado, na ponta da cortiça. O
trabalho consistia em pegar barras de metal que vinham deslizando de cima da máquina para colocá-las
embaixo, sobre uma placa deslizante. Nunca se perguntara por que colocava a barra embaixo. A vida não
lhe era má e ele até economizava um pouco de dinheiro: dormia de graça numa guarita em obras de
demolição por camaradagem do vigia.
28 - (UFTM MG) A partir da leitura do texto, pode-se concluir que Olímpico, ao apresentar-se como
metalúrgico em vez de operário,
a)
b)
c)
d)
e)
revela ser um homem culto e com bom nível de instrução.
pretende conferir melhor status ao trabalho que exerce.
mostra ser um homem humilde e despretensioso.
atribui destaque ao fato de realizar um serviço braçal.
demonstra ter vergonha de trabalhar no ramo dos metais.
29 - (UFTM MG) De acordo com as informações textuais, Macabéa e Olímpico têm em comum o fato de
que ambos
a)
b)
c)
d)
e)
aparentam estar despreocupados com seu futuro financeiro.
desejam ardentemente mudar de condição social.
demonstram ter grande ambição e espírito aventureiro.
são um tanto alienados com relação às condições em que vivem.
realizam um trabalho altamente qualificado, mas são mal pagos.
30 - (UFTM MG) Uma característica que A hora da estrela compartilha com outros textos produzidos pelo
Neomodernismo brasileiro (ou Geração Modernista pós 1945) é
a)
b)
c)
d)
e)
o enfoque histórico, retratando o passado brasileiro.
o propósito nacionalista, com heróis idealizados.
o uso de uma linguagem distante do cotidiano.
a criação de personagens burlescos e pouco complexos.
o tom intimista, de investigação psicológica.
TEXTO: 10 - Comum às questões: 32, 31, 33
Torce, aprimora, alteia1, lima
A frase: e, enfim
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim2.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives3, saia da oficina
Sem um defeito
(Olavo Bilac)
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CADERNO DE ATIVIDADES
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Vocabulário:
1alteia: torna mais alto, mais sublime
2rubim: o mesmo que rubi, pedra preciosa de cor vermelha
3ourives: que trabalha com ouro
31 - (ESPM RS) Ainda sobre o poema acima, pode-se deduzir que o ideal da forma literária é:
83
a)
b)
c)
d)
e)
a aliteração.
a perfeição formal.
o verso livre
o refrão (ou estribilho).
o verso branco.
32 - (ESPM RS) Dentre as passagens abaixo, assinale aquela que coincide com a ideia do poema de Olavo
Bilac:
a) “Assim eu quereria o meu último poema / Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos
intencionais” (Manuel Bandeira).
b) “Mundo mundo vasto mundo, / se eu me chamasse Raimundo / seria uma rima, não seria uma
solução.” (C.Drummond de Andrade).
c) “Musa!...dá-me o hemistíquio (metade de um verso) de ouro, a imagem atrativa. / A rima / a estrofe
limpa e viva.”
d) “Oh, se me creste, gente ímpia, / Rasga meus versos, crê na eternidade!” (Bocage).
e) “...eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor...” (Machado de Assis).
33 - (ESPM RS) No Parnasianismo, a atividade poética é comparada ao trabalho do ourives, porque, para
o autor:
a)
b)
c)
d)
e)
a poesia é preciosa como um rubim.
na poesia não pode faltar a rima.
o poeta não se assemelha ao trabalhador artesanal.
o poeta é como um lapidador.
o poeta se identifica com a natureza.
TEXTO: 11 - Comum à questão: 34
Leia a última estrofe do poema “Rondó dos cavalinhos”, que é composto de 5 estrofes, de Manuel
Bandeira.
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo!
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34 - (FGV ) Das diversas vertentes da produção poética de Manuel Bandeira, indicadas nos comentários
abaixo, a que pode ser exemplificada por esse poema é:
a)
b)
c)
d)
e)
Cultivou, nos sonetos, o metro clássico por meio dos versos decassílabos.
Foi um dos melhores poetas do verso livre na literatura brasileira.
Produziu textos da mais autêntica prosa poética.
Incluiu, em seus livros maduros, versos com métrica de origem popular, como os redondilhos.
Chegou mesmo a compor engenhosos objetos de poesia concreta.
TEXTO: 12 - Comum às questões: 35, 36
Poema do Jornal
O fato ainda não acabou de acontecer
E já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
Carlos Drummond de Andrade. Alguma poesia.
35 - (FGV) Dentre os traços próprios do Modernismo indicados abaixo, o único que o poema de
Drummond NÃO apresenta é:
a)
b)
c)
d)
e)
registro enfático da velocidade.
expressão da simultaneidade dos acontecimentos.
apego aos aspectos do cotidiano.
ruptura dos limites entre prosa e poesia.
paródia da poesia parnasiana antecedente.
36 - (FGV) Um leitor da poesia brasileira reconhecerá no poema de Drummond as marcas da influência de
dois predecessores ilustres, a saber,
a)
b)
c)
d)
e)
Manuel Bandeira e Mário de Andrade.
Mário de Andrade e Murilo Mendes.
Manuel Bandeira e Murilo Mendes.
Oswald de Andrade e João Cabral de Melo Neto.
Oswald de Andrade e Vinicius de Moraes.
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TEXTO: 13 - Comum à questão: 37
Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa:
Entrevistador: – O protagonismo do STF dos últimos tempos tem usurpado as funções do
Congresso?
Entrevistado: – Temos uma Constituição muito boa, mas excessivamente detalhista, com um
número imenso de dispositivos e, por isso, suscetível a fomentar interpretações e toda sorte de litígios.
Também temos um sistema de jurisdição constitucional, talvez único no mundo, com um rol enorme
de agentes e instituições dotadas da prerrogativa ou de competência para trazer questões ao
Supremo. É um leque considerável de interesses, de visões, que acaba causando a intervenção do STF
nas mais diversas questões, nas mais diferentes áreas, inclusive dando margem a esse tipo de
acusação. Nossas decisões não deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, são analisados
cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma insanidade.
Veja, 15/06/2011.
37 - (FUVEST SP) Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos,
isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida
interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de
limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra
a) Auto da barca do inferno, são representados os judeus, marginalizados na sociedade portuguesa
medieval.
b) Memórias de um sargento de milícias, são figuradas Luisinha e as crias da casa de D. Maria.
c) Dom Casmurro, são figurados os escravos da casa de D. Glória.
d) A cidade e as serras, são representados os camponeses de Tormes.
e) Vidas secas, são figurados Fabiano, sinha Vitória e os meninos.
TEXTO: 14 - Comum às questões: 39, 38, 40, 41
1Passaram-se semanas. Jerônimo tomava agora, todas as manhãs, uma xícara de café bem grosso,
à moda da Ritinha, e tragava dois dedos de parati “pra cortar a friagem”.
5Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe
o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia
afrouxava lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a 10natureza do Brasil
patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus
primitivos sonhos de ambição, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se
liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que 15de guardar; adquiria desejos, tomava
gosto aos prazeres, e volvia-se preguiçoso, resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor,
muralha de fogo com que o espírito eternamente revoltado do último tamoio entrincheirou a pátria
contra os conquistadores 20aventureiros.
E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hábitos singelos de aldeão português:
e Jerônimo abrasileirou-se. (...)
E o curioso é que, quanto mais ia ele caindo nos 25usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus
sentidos se apuravam, posto que em detrimento das suas forças físicas. Tinha agora o ouvido menos
grosseiro para a música, compreendia até as intenções poéticas dos sertanejos, quando cantam à
viola os seus 30amores infelizes; seus olhos, dantes só voltados para a esperança de tornar à terra,
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agora, como os olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de céu e mar, já se não
revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente 35defronte
dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espaço a espaço,
surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam
de alvos turbantes de cambraia, num luxo oriental de arábicos 40príncipes voluptuosos.
Aluísio Azevedo, O cortiço.
38 - (FUVEST SP) Os costumes a que adere Jerônimo em sua transformação, relatada no excerto, têm
como referência, na época em que se passa a história, o modo de vida
a)
b)
c)
d)
e)
dos degredados portugueses enviados ao Brasil sem a companhia da família.
dos escravos domésticos, na região urbana da Corte, durante o Segundo Reinado.
das elites produtoras de café, nas fazendas opulentas do Vale do Paraíba fluminense.
dos homens livres pobres, particularmente em região urbana.
dos negros quilombolas, homiziados em refúgios isolados e anárquicos.
39 - (FUVEST SP) No trecho “dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim,
donde, de espaço a espaço, surge um monarca gigante” (ref. 35), o narrador tem como referência
a)
b)
c)
d)
e)
a Chapada dos Guimarães, anteriormente coberta por vegetação de cerrado.
os desfiladeiros de Itaimbezinho, outrora revestidos por exuberante floresta tropical.
a Chapada Diamantina, então coberta por florestas de araucárias.
a Serra do Mar, que abrigava originalmente a densa Mata Atlântica.
a Serra da Borborema, caracterizada, no passado, pela vegetação da caatinga.
40 - (FUVEST SP) Considere as seguintes afirmações, relacionadas ao excerto de O cortiço:
I.
O sol, que, no texto, se associa fortemente ao Brasil e à “pátria”, é um símbolo que percorre o livro
como manifestação da natureza tropical e, em certas passagens, representa o princípio masculino da
fertilidade.
II. A visão do Brasil expressa no texto manifesta a ambiguidade do intelectual brasileiro da época em
que a obra foi escrita, o qual acatava e rejeitava a sua terra, dela se orgulhava e envergonhava, nela
confiava e dela desesperava.
III. O narrador aceita a visão exótico-romântica de uma natureza (brasileira) poderosa e transformadora,
reinterpretando-a em chave naturalista.
Aplica-se ao texto o que se afirma em
a)
b)
c)
d)
e)
I, somente.
II, somente.
II e III, somente.
I e III, somente.
I, II e III.
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41 - (FUVEST SP) O papel desempenhado pela personagem Ritinha (Rita Baiana), no processo sintetizado
no excerto, assemelha-se ao da personagem
a) Iracema, do romance homônimo, na medida em que ambas simbolizam o poder de sedução da terra
brasileira sobre o português que aqui chegava.
b) Vidinha, de Memórias de um sargento de milícias, tendo em vista que uma e outra constituem
fatores decisivos para o desencaminhamento de personagens masculinas anteriormente bem
orientadas.
c) Capitu, de Dom Casmurro, a qual, como a baiana, também lança mão de seus encantos femininos
para obter ascensão social.
d) Joaninha, de A cidade e as serras, pois ambas representam a simplicidade natural das mulheres do
campo, em oposição à beleza artificiosa das mulheres das cidades.
e) Dora, de Capitães da areia, na medida em que ambas são responsáveis diretas pela regeneração física
e moral de seus respectivos pares amorosos.
TEXTO: 15 - Comum às questões: 42, 43, 44
A TERCEIRA MARGEM DO RIO
Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que
testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me
alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só
quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente - minha irmã, meu irmão e
eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa.
Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da
popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada
em rijo, própria para dever durar na água por uns 20 ou 30 anos. Nossa mãe jurou muito contra a
ideia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso
pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de
légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a
forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta.
Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou
outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente
achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: – “Cê
vai, ocê fique, você nunca volte!” Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me
acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O
rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: – “Pai, o senhor me leva junto, nessa
sua canoa?” Ele só retornou a olhar em mim e me botou a bênção, com gesto me mandando para
trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e
desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo – a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida
longa.
Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se
permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar,
nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia,
acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos se reuniram, tomaram juntamente conselho.
[...]
A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se
acostumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso
pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se
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entender, de maneira nenhuma, como ele aguentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor,
sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por
todas as semanas, e meses, e os anos – sem fazer conta do se-ir do viver. Não pojava em nenhuma
das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem capim.
[...]
Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre
fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio – pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice – esta vida
era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de
reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia,
fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio,
para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e
morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei,
de dor em aberto, no meu foro. Soubesse – se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia.
Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se
falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz,
que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais.
Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali,
sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e
declarado, tive que reforçar a voz: – “Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor
vem, não carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu
tomo o seu lugar, do senhor, na canoa! . . .” E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do
mais certo.
Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordado. E eu tremi,
profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto – o
primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos,
corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte
de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão.
Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse
falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a
vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me
depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não para, de longas beiras: e, eu, rio
abaixo, rio a fora, rio a dentro - o rio.
(ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro:
José Olympio, Civilização Brasileira, Três, 1974, p. 51-56).
42 - (IBMEC SP) A respeito da reação da mãe, diante da decisão do marido, é correto afirmar que ela
a)
b)
c)
d)
e)
revela indignação, uma vez que não compreende o motivo da atitude do marido.
demonstra apatia, visto que tal atitude não mudou radicalmente a rotina familiar.
manifesta desespero, pois a canoa construída parecia muito frágil para um rio tão perigoso.
demonstra desgosto, pois aquilo comprovava a suspeita de que ele enlouquecera.
mostra-se revoltada, porque o marido usou dos recursos financeiros da família para construir o barco.
43 - (IBMEC SP) Considere as afirmações sobre o narrador no conto “A Terceira Margem do Rio”
I.
Como é personagem e narrador ao mesmo tempo, o filho exerce uma dupla função na narrativa, cujo
objetivo é envolver afetivamente o leitor no fato narrado.
II. O caráter contraditório do narrador é ilustrado em “Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a
nenhuma parte.”
III. Em “Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas?”, o
narrador registra pensamentos íntimos dos personagens.
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Está(ão) correta(s) apenas
a)
b)
c)
d)
e)
I.
II.
III.
I e II.
I e III.
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44 - (IBMEC SP) O sentimento de fracasso do narrador revelado no último parágrafo pela expressão "Sou
homem, depois desse falimento?" tem como causa o acontecimento relatado em
a)
b)
c)
d)
"Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito."
"Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?"
"Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber."
"Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que
jogava para trás meus pensamentos."
e) "Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado"
TEXTO: 16 - Comum às questões: 45, 46, 47
Texto I
1Uma
transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a 2dia, hora a hora, reviscerandolhe o corpo e alando-lhe os sentidos 3[...]. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe
agora 4aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam [...].
5E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus 6hábitos singelos de aldeão
português: e Jerônimo abrasileirou-se.
Aluísio Azevedo, O cortiço
Texto II
1Atravessa
a vida entre ciladas, surpresas repentinas de uma 2natureza incompreensível, e não
perde um minuto de tréguas. É o 3batalhador perenemente combalido e exausto, perenemente
audacioso 4e forte [...]. Reflete, nestas aparências que se contrabatem, a própria 5natureza que o
rodeia.
Euclides da Cunha, Os sertões
Texto III
1Vivia
longe dos homens, só se dava bem com os animais. Os 2seus pés duros quebravam
espinhos e não sentiam a quentura da 3terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele.
E falava 4uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro 5entendia.
Graciliano Ramos, Vidas secas
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45 - (MACK SP) Considerado o fragmento transcrito no contexto do romance, a expressão abrasileirouse (ref. 06) do texto I revela que Jerônimo
a)
b)
c)
d)
e)
adquiriu comportamento solto e criativo, voltando-se para a fruição artística.
transformou-se num homem amoroso e mais inteligente.
ficou motivado a ascender social e economicamente.
recuperou a saúde física, graças aos estímulos da natureza tropical.
tornou-se mais inclinado aos prazeres sensuais.
46 - (MACK SP) No texto III, a descrição do personagem Fabiano aponta para as seguintes características,
EXCETO:
a)
b)
c)
d)
e)
adaptação do personagem ao meio natural.
identificação com o animal.
caráter antissocial.
comportamento primitivo e espontâneo.
revolta devido a sua condição familiar.
47 - (MACK SP) Considere as seguintes afirmações acerca dos textos I, II e III:
I.
Nos três fragmentos o narrador descreve aspectos físicos e comportamentais de personagens do
sertão brasileiro, marcados pela vida agreste e miserável.
II. Embora publicadas em contextos diferentes, as respectivas obras se enquadram no mesmo estilo de
época: o Realismo.
III. Nos três fragmentos revela-se uma concepção determinista do homem.
Assinale:
a)
b)
c)
d)
e)
se apenas a afirmação I estiver correta.
se apenas a afirmação II estiver correta.
se apenas a afirmação III estiver correta.
se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.
se nenhuma afirmação estiver correta.
TEXTO: 17 - Comum à questão: 48
1Na
cabeceira da mesa, a toalha manchada de coca-cola, o bolo 2desabado, ela era a mãe. A
aniversariante piscou.
3Eles se mexiam agitados, rindo, a sua família. E ela era a mãe 4de todos. E se de repente não se
ergueu, como um morto se levanta 5devagar e obriga mudez e terror aos vivos, a aniversariante ficou
6mais dura na cadeira, e mais alta. Ela era a mãe de todos. E como a 7presilha a sufocasse, ela era a
mãe de todos e, impotente à cadeira, 8desprezava-os. Todos aqueles seus filhos e netos e bisnetos que
9não passavam de carne de seu joelho, pensou de repente como se 10cuspisse. Rodrigo, o neto de sete
anos, era o único a ser a carne de 11seu coração, Rodrigo, com aquela carinha dura, viril e
despenteada. 12Cadê Rodrigo? Rodrigo com olhar sonolento e intumescido naquela 13cabecinha
ardente, confusa. Aquele seria um homem. Mas, piscando, 14ela olhava os outros, a aniversariante.
Oh o desprezo pela vida que 15falhava.
Clarice Lispector, “Feliz aniversário”. In: Laços de família
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48 - (MACK SP) No excerto, está presente um
a) narrador onisciente que descreve cena familiar construída a partir da perspectiva da mãe
aniversariante, valendo-se, para isso, do discurso indireto livre.
b) narrador observador que procura caracterizar uma comemoração entre familiares – a festa de
aniversário da mãe –, posicionando-se de forma neutra e objetiva.
c) narrador protagonista que, confundindo-se com a personagem mãe, rememora uma festa de
aniversário conflituosa.
d) narrador de terceira pessoa que, ao retratar a festa, utiliza também a voz em primeira pessoa da
protagonista, formalizada em discurso indireto.
e) narrador onipresente que, valendo-se apenas da observação direta, descreve as reações negativas da
família, na ocasião em que se comemora a festa de aniversário da mãe.
TEXTO: 18 - Comum às questões: 49, 50
Momento num café
Manuel Bandeira
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente.
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade,
Que a vida é traição,
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
ESTRELA DA VIDA INTEIRA. 20. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 155.
49 - (UEG GO) Em termos estruturais, verifica-se, no poema, a presença de versos
a)
b)
c)
d)
livres.
brancos.
regulares.
polimétricos.
50 - (UEG GO) Destaca-se no texto a ideia de que
a)
b)
c)
d)
a vida deve ser aproveitada, pois um dia irá se acabar.
a vida do corpo pode findar, mas a alma é imortal.
a morte deve ser saudada e respeitada pelos vivos.
a morte pode acabar com a alma, mas liberta o corpo.
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TEXTO: 19 - Comum à questão: 51
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A perspicácia, de RENÉ MAGRITTE (1936). http://rene-magritte-paintings.blogspot.com
51 - (UERJ) O quadro produz um estranhamento em relação ao que se poderia esperar de um pintor que
observa um modelo para sua obra.
Esse estranhamento contribui para a reflexão principalmente sobre o seguinte aspecto da criação
artística:
a)
b)
c)
d)
perfeição da obra
precisão da forma
representação do real
importância da técnica
TEXTO: 20 - Comum às questões: 52, 53
A cartomante
HAMLET observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era
a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869,
quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por
outras palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o
motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar as cartas,
disse-me: "A senhora gosta de uma pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou a botar as
cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que
não era verdade...
— Errou! interrompeu Camilo, rindo.
— Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho andado, por sua causa. Você sabe; já lhe
disse. Não ria de mim, não ria...
Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe queria muito, que os seus
sustos pareciam de criança; em todo o caso, quando tivesse algum receio, a melhor cartomante era
ele mesmo. Depois, repreendeu-a; disse-lhe que era imprudente andar por essas casas. Vilela podia
sabêlo, e depois...
— Qual saber! tive muita cautela, ao entrar na casa.
— Onde é a casa?
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— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava ninguém nessa ocasião. Descansa; eu não sou
maluca.
Camilo riu outra vez:
— Tu crês deveras nessas cousas? perguntou-lhe.
Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa
misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não acreditava, paciência; mas o certo é que a
cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é que ela agora estava tranquila e satisfeita.
Cuido que ele ia falar, mas reprimiu-se. Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também ele, em criança,
e ainda depois, foi supersticioso, teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe lhe incutiu e que aos
vinte anos desapareceram. No dia em que deixou cair toda essa vegetação parasita, e ficou só o tronco
da religião, ele, como tivesse recebido da mãe ambos os ensinos, envolveu-os na mesma dúvida, e
logo depois em uma só negação total. Camilo não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-lo,
não possuía um só argumento: limitava-se a negar tudo. E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e
ele não formulava a incredulidade; diante do mistério, contentou-se em levantar os ombros, e foi
andando.
Separaram-se contentes, ele ainda mais que ela. Rita estava certa de ser amada; Camilo, não só o
estava, mas via-a estremecer e arriscar-se por ele, correr às cartomantes, e, por mais que a
repreendesse, não podia deixar de sentir-se lisonjeado. A casa do encontro era na antiga Rua dos
Barbonos, onde morava uma comprovinciana de Rita. Esta desceu pela Rua das Mangueiras, na
direção de Botafogo, onde residia; Camilo desceu pela da Guarda Velha, olhando de passagem para
a casa da cartomante.
Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens. Vamos a ela.
(Machado de Assis, Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. v. II)
52 - (IBMEC SP) Todas as seguintes afirmativas podem ser confirmadas pela leitura do texto, EXCETO
a) Rita, uma mulher supersticiosa e dotada de espírito ingênuo, consultou uma cartomante porque
acreditava que Camilo deixaria de amá-la.
b) O penúltimo período do excerto é o mote usado pelo narrador para empregar a técnica narrativa do
“flashback” e assim explicar como se montou a relação entre as personagens.
c) O comportamento cético da personagem Camilo, descrente em relação às premonições da
cartomante, decorre de conflitos vividos na infância.
d) A citação da frase de Shakespeare, na abertura do conto, é um recurso intertextual que contribui para
criar expectativas em relação ao conflito.
e) Passagens como “... era imprudente andar por essas casas. Vilela podia sabê-lo, e depois...” e “A casa
do encontro era na antiga Rua dos Barbonos” levam o leitor a inferir que Rita e Camilo eram amantes.
53 - (IBMEC SP) Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I.
Em “Jurou que lhe queria muito, que os seus sustos pareciam de criança” e “Cuido que ele ia falar,
mas reprimiu-se”, o narrador fornece pistas para que o leitor perceba que Camilo não era sincero em
relação ao amor por Rita.
II. A visita à cartomante, além de compor o aspecto central do conflito que nomeia esse conto, também
é um importante recurso caracterizador da personagem Rita.
III. Nota-se, por meio dos comentários feitos pelo narrador onisciente, que o misticismo e a busca pelo
sobrenatural são vistos com certa simpatia pelo autor realista, que percebe as crendices como um
reflexo do questionamento da realidade.
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É correto o que se afirma apenas em
a)
b)
c)
d)
e)
I.
I e II.
II e III.
II.
III.
TEXTO: 21 - Comum à questão: 54
01
Guiomar não tinha a experiência nem a idade da inglesa, que podia 02 ser sua mãe; mas a experiência e
a idade eram substituídas, como 03 sabe o leitor, por um grande tino e sagacidade naturais. Há criaturas
04 que chegam aos cinquenta anos sem nunca passar dos quinze, tão 05 símplices, tão cegas, tão verdes as
compõe a natureza; para essas 06 o crepúsculo é o prolongamento da aurora. Outras não; amadurecem 07
na sazão das flores; vêm ao mundo com a ruga da reflexão no 08 espírito, - embora, sem prejuízo do
sentimento, que nelas vive e 09 influi, mas não domina. Nestas o coração nasce enfreado; trota largo, 10
vai a passo ou galopa, como coração que é, mas não dispara nunca, 11 não se perde nem perde o cavaleiro.
Machado de Assis, A mão e a luva
54 - (MACK SP) Assinale a alternativa correta.
a) O narrador onisciente apresenta-nos a personagem Guiomar como uma jovem de acentuada
tendência às paixões, traço alusivo ao estilo romântico da primeira fase do escritor.
b) Na referência 03, a referência a um grande tino e sagacidade naturais, característica da figura
feminina descrita, lembra outras personagens machadianas, como, por exemplo, Capitu, do romance
D.Casmurro.
c) A linguagem presente às referências. 09, 10 e 11 revela que a personagem mais madura, referida
como inglesa, jamais perde o controle das situações passionais.
d) Com a frase o crepúsculo é o prolongamento da aurora (Ref. 06), o narrador de primeira pessoa,
tipicamente machadiano, revela sua visão de mundo marcada pelo humor e crença na harmonia
existencial, em que vida e morte se fundem.
e) Na expressão ruga da reflexão no espírito (Refs. 07 e 08), Machado de Assis faz, indiretamente, um
juízo de valor negativo acerca do estilo realista.
TEXTO: 22 - Comum às questões: 55, 56
Considere o excerto a seguir, no contexto da obra Macunaíma.
“Os manos bem sonsos gritaram:
– Uai! está doendo, mano! Pois quando bola bate na gente nem não dói!
Macunaíma teve raiva e atirando a bola com o pé bem pra longe falou:
– Sai, peste!
Veio onde estavam os manos:
– Não faço mais papiri, pronto!
E virou tijolos pedras telhas ferragens numa nuvem de içás que tomou São Paulo por três dias. O
bichinho caiu em Campinas. A tatorana caiu por aí. A bola caiu no campo. E foi assim que Maanape
inventou o bicho-do-café, Jiguê a largarta-rosada e Macunaíma o futebol, três pragas.”
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55 - (PUC RS) Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter” presente no fragmento, foi criado por
a)
b)
c)
d)
e)
Oswald de Andrade.
José Lins do Rego.
Mario de Andrade.
Monteiro Lobato.
Raul Bopp.
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56 - (PUC RS) Considere as afirmativas abaixo.
I. Macunaíma é uma obra que pertence à escola modernista.
II. No excerto, o narrador refere-se ao futebol de forma positiva.
III. Na linguagem presente no fragmento, percebe-se a valorização da oralidade e do coloquialismo.
Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)
a)
b)
c)
d)
e)
I, apenas.
II, apenas.
I e III, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III.
TEXTO: 23 - Comum às questões: 57, 58
Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a
mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869, quando
este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras
palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o
motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar as cartas, disseme: "A senhora gosta de uma pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou a botar as cartas,
combinou-as, e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era
verdade...
A Cartomante (Machado de Assis)
57 - (UNIFOR CE) Ainda sobre o conto Machadiano é correto afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
O fragmento de “Hamlet”, de Shakespeare, é uma paráfrase de “A cartomante”, de Machado de Assis.
A fala de Rita traz uma paródia da obra de William de Shakespeare.
A fala de Rita apresenta simultaneamente uma paráfrase e uma paródia da obra Shakespereana.
A fala de Rita é uma paráfrase do pensamento de Shakespeare no fragmento de Hamlet.
O fragmento de “Hamlet”, de Shakespeare, é uma paródia de “A cartomante”, de Machado de Assis.
58 - (UNIFOR CE) A intertextualidade é um recurso criativo utilizado na produção do texto. No conto,
Machado de Assis dialoga com o clássico “Hamlet” de Shakespeare com o fito de:
a)
b)
c)
d)
e)
Ironizar o culto ao cientificismo da sociedade burguesa.
Reafirmar a crença no conhecimento científico para explicar as situações da vida humana.
Discutir o conhecimento científico e o conhecimento místico na sociedade burguesa do século XX.
Reconhecer a importância da espiritualidade na formação da sociedade burguesa do século XIX.
Revelar a ambiguidade própria da obra machadiana em Hamlet de William Shakespeare.
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TEXTO: 24 - Comum à questão: 59
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que ainda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu [...]
BUARQUE, Chico; JOBIM, Tom. Eu te amo. In: Vida. São Paulo: Universal Music, 1980, 1DISCO.
59 - (UNIFOR CE) Observamos em Machado de Assis a crítica à hipocrisia da moral burquesa, daí a análise
das motivações que impulsionam os personagens, o olhar detido sobre as classes médias urbanas e a
observação dos mecanismos de ascensão social. Desta forma, NÃO faz parte do estilo machadiano:
a)
b)
c)
d)
e)
A Conversa com o leitor
O ceticismo e o niilismo
A amargura e a ironia na observação do ser humano
O sentimentalismo romântico
A digressão na narrativa
TEXTO: 25 - Comum à questão: 60
Considere os trechos que ilustram as figuras abaixo.
ROUSSEAU X HOBBES
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O homem nasce bom, e a sociedade o estraga? Ou a espécie humana não tem jeito?
—Na floresta, o homem era bom e vivia da natureza, sem guerras. Até que alguém criou a propriedade
privada e a sociedade. Daí para a frente ficamos competitivos e egoístas. Pelo menos é o que dizia JeanJacques Rousseau.
—Thomas Hobbes acaba de vez com a luta: para ele, a competição e a noção de que o mais forte vence
são inerentes à natureza humana. Desse modo, não poderíamos ter criado um mundo sem brigas.
(Superinteresssante, julho de 2011. Adaptado)
TEXTO: 26 - Comum à questão: 60
Leia o trecho, extraído de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Para entender bem o meu sistema, concluiu ele, importa não esquecer nunca o princípio universal,
repartido e resumido em cada homem. Olha: a guerra, que parece uma calamidade, é uma operação
conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos de Humanitas; a fome (... ele chupava
filosoficamente a asa do frango) eu não quero outro documento da sublimidade do meu sistema, senão
este mesmo frango. Nutriu-se do milho, que foi plantado por um africano, suponhamos, importado de
Angola. Nasceu esse africano, cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, um navio construído de madeira
cortada no mato por dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou dez homens teceram (...) Assim,
este frango, que eu almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas, executadas
com o único fim de dar mate ao meu apetite.
60 - (FAMECA SP) Pode-se concluir que, em relação ao pensamento de Thomas Hobbes, filósofo inglês, o
trecho de Machado
a)
b)
c)
d)
e)
rebate as ideias hobbesianas, já que assume um tom romântico e otimista.
reafirma inicialmente a ideologia de Hobbes, para contestá-la em seguida.
reescreve ficcionalmente o que Hobbes defendeu como princípio filosófico.
recupera as ideias do filósofo, mas projeta um destino promissor para os homens.
concorda com Hobbes, quanto à possibilidade de reverter a hierarquia da sociedade.
TEXTO: 27 - Comum às questões: 61, 62
Considere o texto apresentado abaixo.
(...) não havia família de dinheiro, enriquecida pela setentrional borracha ou pela charqueada do
sul, que não reputasse um compromisso de honra com a posteridade doméstica mandar dentre seus
jovens um, dois, três representantes abeberar-se à fonte espiritual do Ateneu.
(Raul Pompéia. O Ateneu. Apud DACANAL, José Hildebrando. Romances brasileiros I.
Alegre: Novo Século, 2000. p. 158)
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61 - (PUCCamp SP) Ao analisar o romance O Ateneu, Mário de Andrade fez a seguinte observação acerca
de Raul Pompéia: Deu-lhe a ideia do seu romance a incompetência de viver adquirida ou pelo menos
arraigada nele pelo drama do internato; vazou no livro o seu ódio por um passado que culpou (...). Com
esta observação, Mário de Andrade considera que O Ateneu é um romance bastante marcado
a) pelos ressentimentos pessoais de seu autor, advindos de sua experiência de aluno interno.
b) pelo estilo exaltado de um narrador que simula ter vivido as experiências do protagonista do
romance.
c) pelo desejo de mostrar a vida de um aluno incompetente, atormentado por intenso sentimento de
culpa.
d) pela pesquisa que fez seu autor junto a colégios da época, quando se deparou com o conservadorismo
das técnicas pedagógicas.
e) pela denúncia dos dramas que vivem os alunos de um internato religioso, em oposição à rotina amena
das escolas públicas.
62 - (PUCCamp SP) Sugere-se, nesse trecho, que o colégio Ateneu
a) servia diligentemente à comunidade local e cultivava nos alunos valores de alta espiritualidade.
b) era bastante prestigiado e correspondia aos planos que uma elite econômica traçava para seus filhos.
c) tinha fama de disciplinador, e a ele recorriam as famílias abastadas para que se punisse a rebeldia
dos jovens.
d) primava pela firme orientação religiosa, razão pela qual pais modestos se sacrificavam para a ele
enviar os filhos.
e) adotava uma revolucionária pedagogia moderna, afastando- se dos princípios de uma educação mais
tradicional.
TEXTO: 28 - Comum às questões: 63, 64
A incorporação das inovações formais e temáticas do modernismo ocorreu em dois níveis: um nível
específico, no qual elas foram adotadas, alterando essencialmente a fisionomia da obra; e um nível
genérico, no qual elas estimulavam a rejeição dos velhos padrões. Graças a isto, no decênio de 1930 o
inconformismo e o anticonvencionalismo se tornaram um direito, não uma transgressão, fato notório
mesmo nos que ignoravam, repeliam ou passavam longe do modernismo. Na verdade, quase todos os
escritores de qualidade acabaram escrevendo como beneficiários da libertação operada pelos
modernistas, que acarretava a depuração antioratória da linguagem, com a busca de uma simplificação
crescente e dos torneios coloquiais que rompem o tipo anterior de artificialismo. Assim, a escrita de um
Graciliano Ramos ou de um Dionélio Machado ("clássicas" de algum modo), embora não sofrendo a
influência modernista, pode ser aceita como "normal” porque a sua despojada secura tinha sido também
assegurada pela libertação que o modernismo efetuou. Na poesia a libertação foi mais geral e atuante,
na medida em que os modos tradicionais ficaram inviáveis e praticamente todos os poetas que tinham
alguma coisa a dizer entraram pelo verso livre ou a livre utilização dos metros, ajustando-os ao
antissentimentalismo e à antiênfase. Os decênios de 1930 e 1940 assistiram à consolidação e difusão da
poética modernista, e também à produção madura de alguns dos seus próceres, como por exemplo
Manuel Bandeira e Mário de Andrade.
(Antonio Candido. A revolução de 30 e a cultura.
Novos Estudos CEBRAP, v. 2, n. 4, abril de 1994. p. 29 e 30)
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63 - (PUCCamp SP) Atente para as seguintes afirmações:
I.
Ao dizer que o inconformismo e o anticonvencionalismo se tornaram um direito, Antonio Candido
está se referindo ao estado da cultura imediatamente anterior ao movimento de 22.
II. Mesmo os escritores que não participaram do movimento de 22, ou que não eram entusiastas,
beneficiaram- se em alguma medida das práticas libertárias modernistas.
III. A sabedoria dos modernistas de 22 esteve em saber conciliar o encanto retórico das fórmulas
poéticas tradicionais com a oralidade trazida pelo emprego do verso livre.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma SOMENTE em
a)
b)
c)
d)
e)
I.
II.
III.
I e II.
II e III.
64 - (PUCCamp SP) Os poetas Manuel Bandeira e Mário de Andrade são citados como exemplos de
escritores que,
a) havendo negado os ideais modernistas em seu nascedouro, acabaram aderindo a eles nas décadas
seguintes.
b) tendo participado do movimento modernista, acabaram admitindo que as propostas estéticas eram
muito radicais para a época.
c) tendo difundido as propostas poéticas modernistas de 22, souberam amadurecê-las nas décadas
seguintes.
d) havendo resistido à prática do verso livre, em 22, acabaram por acolhê-lo e difundi-lo no decênio de
1930.
e) tendo abolido a metrificação poética antes de 22, passaram a se valer dela tanto quanto dos versos
livres.
TEXTO: 29 - Comum às questões: 65, 66
01 Há uma outra face do Marechal Floriano que muito 02 explica os seus movimentos, atos
03
Era o seu amor à família, um amor entranhado, alguma coisa de
vai esvaindo com a marcha 05 da civilização. [...].
04
e gestos.
patriarcal, de antigo que já se
06
A sua preguiça, a sua tibieza de ânimo e o seu 07 amor fervoroso pelo lar deram em resultado
esse 08 “homem-talvez” que, refratado nas necessidades mentais 09 e sociais dos homens do tempo,
foi transformado em 10 estadista, em Richelieu e pôde resistir a uma séria revolta 11 com mais teimosia
que vigor, obtendo vidas, dinheiro e 12 despertando até entusiasmo e fanatismo. [...]
13
A sua concepção de governo não era o despotismo, 14 nem a democracia, nem a aristocracia;
era a de uma 15 tirania doméstica. O bebê portou-se mal, castiga-se. 16 Levada a coisa ao grande, o
portar-se mal era fazer-lhe 17 oposição, ter opiniões contrárias às suas e o castigo 18 não eram mais
palmadas, sim, porém, prisão e morte. 19 Não há dinheiro no Tesouro; ponham-se as notas 20
recolhidas em circulação, assim como se faz em casa 21 quando chegam visitas e a sopa é pouca: põese mais 22 água. [...]
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23
Quaresma estava longe de pensar nisso tudo; ele, 24 como muitos homens honestos e sinceros
do tempo, 25 foram tomados pelo entusiasmo contagioso que Floriano 26 conseguira despertar.
Pensava na grande obra que o 27 Destino reservava àquela figura plácida e triste; na 28 reforma radical
que ele ia levar ao organismo aniquilado 29 da pátria, que o major se habituara a crer a mais rica do
30 mundo, embora, de uns tempos para cá, já tivesse 31 dúvidas a certos respeitos. [...]
32
33
— Então, Quaresma? fez Floriano.
— Venho oferecer a Vossa Excelência os meus 34 fracos préstimos.
40
O presidente considerou um instante aquela 41 pequenez de homem, sorriu com dificuldade,
mas,
com um pouco de satisfação. Sentiu por aí 43 a força de sua popularidade e senão
a razão boa de sua 44 causa.
42 levemente,
45
— Agradeço-te muito... Onde tens andado? Sei 46 que deixaste o arsenal.
47
Floriano tinha essa capacidade de guardar 48 fisionomias, nomes, empregos, situações dos 49
subalternos com quem lidava. Tinha alguma coisa de 50 asiático; era cruel e paternal ao mesmo
tempo.
51
Quaresma explicou-lhe a sua vida e aproveitou a 52 ocasião para lhe falar em leis agrárias,
medidas 53 tendentes a desafogar e dar novas bases à nossa vida 54 agrícola. O marechal ouviu-o
distraído, com uma dobra 55 de aborrecimento no canto dos lábios. 56 — Trazia a Vossa Excelência
até este memorial... 57 O presidente teve um gesto de mau humor, um 58 quase “não me amole” e
disse com preguiça a Quaresma: 59 — Deixa aí...
BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.
São Paulo: Ática, 1994. p. 131-133.
65 - (UEFS BA) Quanto aos elementos que estruturam a narrativa, marque V ou F, conforme sejam
verdadeiras ou falsas as afirmativas.
( ) As personagens presentes no fragmento representam tipos brasileiros que compunham a sociedade
do início do século, sugerindo o discurso ufanista que se impregnava no contexto sociopolítico.
( ) O discurso indireto livre que se estabelece entre o sujeito narrador, Policarpo Quaresma e Floriano
Peixoto traz inferências dos interesses políticos e escusos de cada personagem.
( ) O sujeito narrador, no fragmento, à medida que apresenta e descreve o presidente, deixa entrever
sua crítica à idealização que Policarpo Quaresma faz de sua pátria e suas intenções de se tornar um
político como Floriano Peixoto.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
a)
b)
c)
d)
e)
VVV
FVF
VFV
FFV
VFF
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66 - (UEFS BA) O texto evidencia características da produção literária pré-modernista do Brasil, que se
estenderam à estética modernista.
A característica que tem relevância no fragmento em estudo está indicada na alternativa
a)
b)
c)
d)
e)
Nacionalismo crítico.
Denúncia das mazelas sociais.
Rejeição das estéticas tradicionais.
Valorização dos elementos primitivos brasileiros.
Projeto ufanista de construção da identidade brasileira.
TEXTO: 30 - Comum às questões: 67, 68
I.
Lira IV
Já, já me vai, Marília, branquejando
loiro cabelo, que circula a testa;
este mesmo, que alveja, vai caindo,
e pouco já me resta.
As faces vão perdendo as vivas cores,
e vão-se sobre os ossos enrugando,
vai fugindo a viveza dos meus olhos;
tudo se vai mudando.
Se quero levantar-me, as costas vergam;
as forças dos meus membros já se gastam,
vou a dar pela casa uns curtos passos,
pesam-me os pés e arrastam. [...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Lira IV. Segunda parte.
Marília de Dirceu. Salvador: Livraria Progresso, 1956. p. 113-114.
II.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
–– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
MEIRELES, Cecília. Retrato. Flor de poemas.
6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 63.
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67 - (Unifacs BA) A única informação sem suporte, no texto II, é a que declara que, diante da imagem
refletida no espelho, a voz poética
01.
02.
03.
04.
05.
aparece marcada por um tom melancólico.
se vale de gradações para sugerir a passagem da vida.
revela um sentimento de perplexidade diante das mudanças ocorridas.
relembra, com certo amargor, os momentos felizes vividos anteriormente.
se indaga, através de metáforas, sobre o lugar em que perdera sua juventude.
68 - (Unifacs BA) Os dois textos, embora de estilos de época e de autores diferentes, têm em comum
01.
02.
03.
04.
05.
a defesa do carpe diem.
a consciência da inexorabilidade do fluir do tempo.
o inconformismo diante de mudanças imprevisíveis.
o choque resultante da constatação entre o real e o idealizado.
o medo de enfrentamento dos problemas decorrentes da velhice.
TEXTO: 31 - Comum às questões: 69, 70, 71
Flor Anônima
Manhã clara. A alma de Martinha é que acordou escura. Tinha ido na véspera a um casamento; e,
ao tornar para casa, com a tia que mora com ela, não podia encobrir a tristeza que lhe dera a alegria
dos outros e particularmente dos noivos.
Martinha ia nos seus... Nascera há muitos anos. Toda a gente que estava em casa, quando ela
nasceu, anunciou que seria a felicidade da família. O pai não cabia em si de contente.
– Há de ser linda!
– Há de ser boa!
– Há de ser condessa!
– Há de ser rainha!
Essas e outras profecias iam ocorrendo aos parentes e amigos da casa.
Lá vão... Aqui pega a alma escura de Martinha. Lá vão quarenta e três anos — ou quarenta e cinco,
segundo a tia; Martinha, porém, afirma que são quarenta e três. Adotemos este número. Para ti, moça
de vinte anos, a diferença é nada; mas deixa-te ir aos quarenta, nas mesmas circunstâncias que ela,
e verás se não te cerceias uns dois anos. E depois nada obsta que marches um pouco para trás.
Quarenta e três, quarenta e dois, fazem tão pouca diferença...
Naturalmente a leitora espera que o marido de Martinha apareça, depois de ter lido os jornais ou
enxugado do banho. Mas é que não há marido, nem nada. Martinha é solteira, e daí vem a alma
escura desta bela manhã clara e fresca, posterior à noite de bodas.
Só, tão só, provavelmente só até a morte; e Martinha morrerá tarde, porque é robusta como um
trabalhador e sã como um pero. Não teve mais que a tia velha. Pai e mãe morreram, e cedo.
A culpa dessa solidão a quem pertence? Ao destino ou a ela? Martinha crê, às vezes, que ao destino;
às vezes, acusa-se a si própria. Nós podemos descobrir a verdade, indo com ela abrir a gaveta, a caixa,
e na caixa a bolsa de veludo verde e velha, em que estão guardadas todas as suas lembranças
amorosas. Agora que assistira ao casamento da outra, teve ideia de inventariar o passado. Contudo
hesitou:
– Não, para que ver isto? É pior: deixemos recordações aborrecidas.
(www.dominiopublico.gov.br. Adaptado.)
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69 - (UNIFESP SP) Na construção da narrativa, o narrador apresenta uma realidade não idealizada, o que
é comum à estética literária realista. Isso se configura no texto com
a) a expectativa de Martinha que, ainda velha, nutria esperanças de poder casar-se e ser feliz com seu
marido.
b) a busca que Martinha faz de suas lembranças amorosas, guardadas na gaveta, na caixa, na bolsa verde
e velha.
c) a quebra da expectativa da leitora, que esperaria na sequência do conto um companheiro para
Martinha.
d) a investigação de tempos passados, que Martinha pensa fazer para abandonar a tristeza em que vive.
e) as profecias dos parentes e amigos da família que traçaram um mundo de encantos para Martinha.
70 - (UNIFESP SP) De acordo com o texto, o que levou Martinha a acordar com a alma escura foi
a)
b)
c)
d)
e)
a lembrança de estar quase só, pois seu marido se fora, restando apenas sua tia velha.
a consciência de sua solidão, reforçada pelo evento de que participara no dia anterior.
a percepção de que já estava com idade avançada e ainda demoraria para morrer.
a certeza de que não foi e nem seria tão bem-aventurada como previu sua família.
a possibilidade de que sua vitalidade, ainda que tivesse saúde, fosse abalada.
71 - (UNIFESP SP) Quando dialoga com sua possível leitora, o narrador enfatiza que
a) a juventude deve ser aproveitada intensamente, para que as mulheres, na velhice, não sofram com
os danos do tempo.
b) a idade, ainda que passe para todas as mulheres incondicionalmente, preocupa-as mais na sua
juventude.
c) as moças dão pouca atenção à idade, já que sabem da impossibilidade de fazer com que o tempo
pare e as mantenha jovens.
d) alguns anos passam despercebidos na juventude, mas são muito representativos mais tarde, na vida,
se não houve casamento.
e) umas pessoas sofrem mais que outras quando passa a juventude, notadamente se têm mais
lembranças amorosas.
TEXTO: 32 - Comum à questão: 72
O Romualdo tinha nascido, talvez, para os mais altos destinos; mas como os pais se esqueceram
de mandar educá-lo, e ele mal sabia ler e escrever, o mais que arranjou foi ser soldado do exército, e,
depois de obtida a sua baixa, contínuo de secretaria.
Releva dizer que o Romualdo só deixou crescer as barbas depois de contínuo; se as usasse quando
era soldado e guerreava no Paraguai, chegaria a capitão pelo menos.
Mas que contínuo! Alto, gordo, ereto, com aquelas opulentas suíças brancas a emoldurar-lhe a
cara, sem bigodes, mais parecia um magistrado, cuja figura estava ao pintar para presidir a um júri
sensacional, e essa ilusão só se desfazia quando ele falava, porque o Romualdo, benza-o Deus! por
mais que compusesse a sua fisionomia austera e veneranda, tinha o estilo e a prosápia do “povo da
lira”. Calado era um juiz; falando, um capadócio.
(Arthur Azevedo. As Barbas do Romualdo, em:
www.releituras.com.br/aazevedo_barbas.asp)
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72 - (UNIFESP SP) A construção de sentido no texto assenta-se, sobretudo, na evidente contradição do
personagem Romualdo, que
a)
b)
c)
d)
e)
fora mal cuidado pelos pais, mas ainda assim subiu na vida.
era gordo, o que era incompatível com um magistrado.
tinha aparência física respeitável, mas era ignorante.
assumiu um cargo importante em que usava a língua do povo.
fazia serviços simples, opostos a sua elegância verbal.
TEXTO: 33 - Comum às questões: 73, 74, 75, 76
Considere o texto a seguir, de Carlos Drummond de Andrade.
Elegia 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. 47 ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Vocabulário: Elegia – Poema lírico, cujo tom é quase sempre terno e triste.
73 - (IFGO) Na oração “[...] dinamitar a ilha de Manhattan” (último verso) tem-se
a) a duplicidade de sentido, pois o eu lírico defende, por meio da linguagem denotativa, a aniquilação
do capitalismo e a destruição da cidade de Nova Iorque.
b) o sentido conotativo, figurado, que remete à ruptura com o sistema capitalista.
c) o sentido denotativo, limitado à realidade física da cidade de Nova Iorque.
d) uma referência à cidade de Nova Iorque, centro financeiro do mundo, que, segundo o texto, precisa
ser preservado dos ataques terroristas.
e) o uso denotativo da linguagem para condenar uma ação destruidora.
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74 - (IFGO) A alternativa que expressa a mensagem central desse texto é:
a) As desigualdades sociais vivenciadas pelo Ocidente a partir da Primeira Guerra Mundial são frutos do
comodismo das camadas menos favorecidas da sociedade.
b) O avanço tecnológico é o caminho mais seguro para a transformação da sociedade e para a
eliminação das injustiças.
c) O capitalismo mecanizou as ações humanas de tal modo que o homem moderno, desumanizado, se
vê impotente diante das injustiças sociais e transfere a iniciativa de transformação para as gerações
futuras.
d) O capitalismo traz desigualdades, mas também contribui para a felicidade coletiva.
e) Por meio do capitalismo, as nações subdesenvolvidas= poderão romper com o atraso, que lhes
ocasiona fome, frustração e desespero.
75 - (IFGO) “Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.”
Ao relacionarmos o sentido figurado dos termos “heróis” e “arrastas” nos versos de Drummond
transcritos acima, constatamos que:
a)
b)
c)
d)
a forma verbal “arrastas” não tem um sujeito passível de ser identificado na oração.
o sujeito da forma verbal “arrastas” é: os heróis.
a forma verbal “arrastas” exprime o comodismo dos marginalizados, que não valorizam a virtude.
o substantivo “heróis” denota a qualidade real dos intelectuais e religiosos, que defendem a
mansidão e o direito à vida.
e) o substantivo “heróis” refere-se ironicamente àqueles que defendem com hipocrisia a resignação dos
oprimidos diante dos sofrimentos.
76 - (IFGO)
“Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.”
Nesses versos destacados do texto de Drummond, o emprego figurado dos termos “Grande Máquina” e
“pequenino” realiza uma oposição entre:
a)
b)
c)
d)
e)
O capitalismo desumanizador e o trabalhador explorado.
A tecnologia redentora e o homem libertado.
A industrialização e o operário motivado.
O progresso e o homem livre.
A exploração do trabalho e a soberba do revolucionário.
TEXTO: 34 - Comum à questão: 77
Você lerá no texto abaixo um trecho do poema “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto,
importante poeta pernambucano da Geração de 45 do Modernismo brasileiro. No excerto, um retirante
chamado Severino, protagonista da obra, encontra dois homens que estão carregando um defunto numa
rede.
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Texto
“— A quem estais carregando, irmãos das almas, embrulhado nessa rede? Dizei que eu saiba.
— A um defunto de nada, irmão das almas, que há muitas horas viaja à sua morada.
— E sabeis quem era ele, irmãos das almas, sabeis como ele se chama ou se chamava?
— Severino Lavrador, irmão das almas, Severino Lavrador, mas já não lavra.
— E de onde que o estais trazendo, irmãos das almas, onde foi que começou vossa jornada?
— Onde a Caatinga é mais seca, irmão das almas, onde uma terra que não dá nem planta brava.
— E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi morte morrida ou foi matada?
(...)
— E quem foi que o emboscou, irmãos das almas, quem contra ele soltou essa ave-bala?
— Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma bala voando desocupada.
— E o que havia ele feito irmãos das almas, e o que havia ele feito contra a tal pássara?
— Ter um hectare de terra, irmão das almas, de pedra e areia lavada que cultivava.
— Mas que roças que ele tinha, irmãos das almas que podia ele plantar na pedra avara?
— Nos magros lábios de areia, irmão das almas, os intervalos das pedras, plantava palha.”
77 - (IFPE) A única alternativa verdadeira a respeito dos elementos retirados do texto é:
a) A expressão “irmãos das almas”, no primeiro verso, aparece entre vírgulas e desempenha a função
de sujeito da forma verbal “estais”, que aparece no mesmo verso.
b) Em “Dizei que eu saiba”, ainda no primeiro verso, há uma forma verbal no imperativo que poderia
ter como sujeito o pronome pessoal “tu”.
c) No quarto verso, com a expressão “mas já não lavra”, o autor quis estabelecer uma relação de
oposição entre a profissão e a situação em que “Severino Lavrador” se encontrava.
d) O adjunto adverbial “Ali”, em “Ali é difícil dizer...”, foi utilizado referindo-se ao tipo de morte que teve
o defunto.
e) Com “sabeis como ele se chama ou se chamava?”, no terceiro verso, o retirante demonstra não ter
certeza de que o homem na rede estava morto.
TEXTO: 35 - Comum à questão: 78
I.
Acabado o congresso, fiz publicar extratos do artigo do Mensageiro de Bale em Berlim, em Turim e
Paris, onde os leitores de minhas obras me ofereceram um banquete, presidido pelo Senador Gorot.
Custou-me toda essa brincadeira, inclusive o banquete que me foi oferecido, cerca de dez mil francos,
quase toda a herança do crédulo e bom Barão de Jacuecanga.
Não perdi meu tempo nem meu dinheiro. Passei a ser uma glória nacional e, ao saltar no cais Pharoux,
recebi uma ovação de todas as classes sociais e o presidente daRepública, dias depois, convidava-me para
almoçar em sua companhia.
BARRETO, Lima. O homem que sabia javanês. Os melhores contos.
São Paulo: Martim Claret, 2002, p. 31.
II.
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dous amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizerte cousas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes
entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou
nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba
do nosso destino. Os mesmos Pitt e Napoleão, apesar de precoces, não foram tudo aos vinte e um anos.
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Mas, qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre ou pelo
menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. A vida, Janjão, é uma enorme loteria; os
prêmios são poucos, os malogrados, inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as
esperanças de outra. Isto é a vida [...]
ASSIS, Machado de. A teoria do medalhão. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1962. v. II, p. 288.
78 - (UNEB BA) Inserindo-se os fragmentos no contexto das duas narrativas, está correto o que se afirma
em
01. Os narradores dos dois contos veem como algo positivo o aprimoramento intelectual e o exercício da
crítica.
02. Uma realidade sociocultural marcada pela mediania e pelo jogo da dissimulação é o que se deprende
da leitura dos dois textos.
03. Ambos os narradores, nos contos em análise, defendem a posse de uma sólida cultura como
necessária ao indivíduo que busca ascensão social.
04. O professor de Javanês e o medalhão têm algo em comum: o uso de um discurso persuasivo que se
destaca pela originalidade do estilo e pelas ideias próprias.
05. A personagem Castelo, no texto de Lima Barreto, evidencia o seu comportamento ético ao lidar com
as diferenças sociais; já o pai de Janjão, no de Machado de Assis, aconselha-o a, nas relações sociais,
ludibriar os outros.
TEXTO: 36 - Comum à questão: 79
NEGRINHA
(Fragmento)
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não. Fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços
e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos de vida, vivera-os pelos cantos escuros
da cozinha, sobre farrapos de esteira e panos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava
de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada pelos padres, com lugar certo
na igreja e camarote de luxo no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala
de jantar), ali bordava, recebendo as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma
virtuosa senhora, em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”,
dizia o padre.
Ótima, a D. Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a
calejara o choro da sua carne, e por isso não suportava o choro da carne escrava. Assim, mal vagia,
longe na cozinha, a triste criança, gritava logo, nervosa:
— Quem é a peste que está chorando aí?
Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? A mãe da criminosa abafava a boquinha da
filha e corria com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões desesperados:
— Cale a boca, peste do diabo!
No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que
entanguem pés e mãos e fazem-nos doer...
Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro
anos, ficou por ali, feito gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a ideia dos grandes.
Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava
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ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas não andava, quase. Com pretexto de que, às soltas,
reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão de
porta.
— Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas. — Braços cruzados, já, diabo!
Cruzava os bracinhos, a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o tempo corria. O relógio batia
uma, duas, três, quatro, cinco horas — um cuco tão engraçadinho! Era seu divertimento vê-lo abrir a
janela e cantar as horas com a bocarra vermelha, arrufando as asas. Sorria-se, então, feliz um
momento.
LOBATO, Monteiro. Disponível em: <http://www.bancodeescola.com/negrinha.htm>. Acesso em: 24 mai. 2012.
79 - (IFGO) Sobre o conto Negrinha, de Monteiro Lobato, é incorreto afirmar que o mesmo:
a)
b)
c)
d)
e)
Denuncia a violência contra a criança, notadamente a negra.
Apresenta, com ironia, o retrato da “excelente senhora”, da “ótima Dona Inácia”.
Expõe a mentalidade escravocrata que ainda persistiu tempos depois da abolição.
Apresenta uma apologia ao comportamento escravocrata.
Reflete a indignação do autor diante da crueldade da perversa Dona Inácia.
TEXTO: 37 - Comum à questão: 80
O texto poético traz em si várias possibilidades interpretativas, geradas principalmente pelo emprego
estilístico de determinadas palavras, trabalhadas a fim de provocar o estranhamento e/ou a reflexão
crítica do leitor. Leia com atenção o poema do pernambucano Manuel Bandeira, para responder às duas
questões que seguem.
Poema do beco
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
- O que vejo é o beco.
BANDEIRA, Manuel. Meus poemas preferidos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1985.
80 - (UEMA) A respeito do modo de composição desenvolvido por Manuel Bandeira nessa poesia, podese dizer que o poeta
a) usou versos brancos e livres, revelando um tom coloquialista que aproxima o texto poético da prosa
cotidiana.
b) lançou mão de elementos tirados de outras esferas do conhecimento, a fim de conferir ao texto
poético maior apuro estético.
c) empregou palavras consideradas não poéticas, denunciando uma preocupação em romper com o
academicismo literário.
d) desrespeitou a métrica e as normas gramaticais, marcando uma posição transgressora, típica da
primeira fase modernista.
e) misturou o verso livre com as formas tradicionais de composição, revelando um desejo permanente
de inovação estilística.
108
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
GABARITO:
1) Gab: D
24) Gab: E
41) Gab: A
61) Gab: A
2) Gab: C
25) Gab: B
42) Gab: A
62) Gab: B
3) Gab: B
26) Gab:
43) Gab: E
63) Gab: B
44) Gab: E
64) Gab: C
45) Gab: E
65) Gab: E
46) Gab: E
66) Gab: A
47) Gab: C
67) Gab: 04
48) Gab: A
68) Gab: 02
8) Gab: C
A crítica social se faz
presente na descrição da
casa frágil, no aspecto
físico da mãe, magra e
esquálida, por conta do
pesado trabalho, e na
referência
ao
descompasso entre a
educação e inteligência
do narrador e sua
condição social.
9) Gab: A
27) Gab: C
49) Gab: A
69) Gab: C
10) Gab: 05
28) Gab: B
50) Gab: D
70) Gab: B
11) Gab: B
29) Gab: D
51) Gab: C
71) Gab: D
12) Gab: 01
30) Gab: E
52) Gab: C
72) Gab: C
13) Gab: D
31) Gab: B
53) Gab: D
73) Gab: B
14) Gab: D
32) Gab: C
54) Gab: B
74) Gab: C
15) Gab: VVVVF
33) Gab: D
55) Gab: C
75) Gab: E
16) Gab: VVFFF
34) Gab: D
56) Gab: C
76) Gab: A
17) Gab: VVVVF
35) Gab: E
57) Gab: D
77) Gab: C
18) Gab: A
36) Gab: A
58) Gab: A
78) Gab: 02
19) Gab: A
37) Gab: E
59) Gab: D
79) Gab: D
20) Gab: A
38) Gab: D
60) Gab: C
80) Gab: A
21) Gab: A
39) Gab: D
22) Gab: A
40) Gab: E
4) Gab: D
5) Gab: D
6) Gab: D
7) Gab: E
23) Gab: A
109
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
MATEMÁTICA – MALUF
01 - (IBMEC SP/2014) Na figura ao lado, em que o quadrado PQRS
está inscrito na circunferência trigonométrica, os arcos
e
têm
medidas iguais a a e b, respectivamente, com 0 < a < b < p.
Sabendo que cos a = 0, 8, pode-se concluir que o valor de cos b é:
a) –0, 8.
b) 0, 8.
c) –0, 6.
d) 0, 6.
e) –0, 2.
Gab: C
02 - (MACK SP/2014) Seja g(x) = x2 + x cosb + senb. Se g(x) = 0 e
b=
3p
,
2
110
então x vale:
a) somente 1
b) somente –1
c) –1 ou 0
d) –1 ou 1
e) 1 ou 0
Gab: D
03 - (UEFS BA/2014) O valor de
a)
-
b)
-
c)
d)
e)
sen15º× cos165º
é:
sen 2 20º +sen 2 70º
3
2
3
4
1
4
1
4
2
4
Gab: C
04 - (UECE/2014) Se f: R ® R é a função definida por f(x) = 2senx +1, então o produto do maior valor pelo
menor valor que f assume é igual a:
a) 4,5.
b) 3,0.
c) 1,5.
d) 0.
Gab: A
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
05 - (FUVEST SP/2012) O número real x, com 0 < x < p, satisfaz a equação:
log3(1 – cosx) + log3(1 + cosx) = –2.
Então, cos2x + senx vale:
a)
b)
c)
d)
e)
1
3
2
3
7
9
8
9
10
9
111
Gab: E
06 - (FGV /2012) No intervalo [0, 4p], a equação sen3 x – 2sen2 x – 5senx + 6 = 0 tem raízes cuja soma é:
a) 2
b) –2
c) 6
d) p/2
e) 3p
Gab: E
07 - (UFAL/2011) Quantas soluções a equação trigonométrica sen4x – cos4x = 1/2 admite no intervalo
fechado com extremos 0 e 35p?
a) 66
b) 68
c) 70
d) 72
e) 74
Gab: C
08 - (IBMEC SP/2014) A figura mostra o gráfico da função f, dada pela lei
f(x) = (sen x + cos x)4 – (sen x – cos x)4
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
O valor de a, indicado no eixo das abscissas, é igual a:
a)
b)
c)
d)
e)
5p
12
4p
9
3p
8
5p
6
2p
3
Gab: A
09 - (UNIFOR CE/2014) Uma cama de hospital, equipada com um ajustador
hidráulico, move-se de acordo com um controle manual de subir e descer. A altura
y que a cama varia em função de q é de:
a) y = 2 sen q
b) y = 2 sen q + 2
c) y = tg q + 2
d) y = 2 cos q
e) y = 2 cos q + 2
Gab: D
10 - (FGV /2014) No gráfico, observam-se uma senoide de equação y = –4 sen x e uma reta de coeficiente
angular igual a –1, que intersecta a senoide e o eixo x no mesmo ponto do plano cartesiano.
Uma representação algébrica correta da região colorida na figura é:
a) y £ x – p £ 4 sen x
b) y £ –x + p £ –4 sen x
c) 4 sen x £ y £ x – p
d) –4 sen x £ y £ – x + p
e) –4 sen x £ y £ –x – p
Gab: D
112
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
11 - (UECE/2014) Em relação à periodicidade e à paridade da função f: R ® R definida por f(x) = senx +
cosx, pode-se afirmar corretamente que:
a) f é periódica e par.
b) f é periódica e impar.
c) f é periódica, mas não é par nem ímpar.
d) f não é periódica, não é par nem impar.
Gab: C
12 - (UNISA SP/2014) Analise o gráfico da função periódica y = f(x).
Sobre essa função, é correto afirmar que:
a) assume valor máximo para x = ph/4, em que h Î Z.
b) 3p é raiz da função.
c) f(x) = 2sen x – 1.
d) possui período p.
e) f(x) = 2cos x – 1.
Gab: D
13 - (FUVEST SP/2014) O triângulo AOB é isósceles, com OA = OB, e ABCD é um quadrado. Sendo q a
medida do ângulo AÔB, pode-se garantir que a área do quadrado é maior do que a área do triângulo se:
a) 14º < q < 28º
b) 15º < q < 60º
c) 20º < q < 90º
d) 28º < q < 120º
e) 30º < q < 150º
Gab: E
14 - (UFG GO/2014) Em uma escola de mergulho, situada em uma região ao nível do mar, existe um
tanque para treinamento, preenchido completamente com água, cuja descida é feita por meio de uma
rampa, como mostra a figura a seguir.
113
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Sabendo-se que a pressão na região mais profunda é de 2,2 atm, o valor da tangente do ângulo q é:
Dados:
rágua = 1 g/cm3
1 atm = 1 ´ 105 N/m2 e
g = 10 m/s2
a) 3/5
b) 3/4
c) 10/11
d) 4/3
e) 5/3
Gab: B
15 - (UFG GO/2014) Um navio, que possui 20 m de altura sobre a água, passa por um canal e, em certo
momento, o capitão da embarcação avista uma ponte plana sobre o canal, a qual ele desconhece as
dimensões e tem de decidir se o navio pode passar sob a ponte. Para isso, ele inicia uma série de cálculos
e medições. A primeira constatação que ele faz é a de que, a uma certa distância, d, da projeção da base
da ponte, a inclinação do segmento que une a parte retilínea inferior da ponte e o ponto mais avançado
do navio, que está a 4 m de altura sobre a água, é de 7º. Percorridos 102 m em linha reta em direção à
ponte, ele volta a medir a inclinação, obtendo um ângulo de 10º, e verifica que a distância entre a parte
retilínea inferior da ponte e o ponto mais avançado do navio é de 100 m, como ilustra a figura a seguir.
Diante do exposto, admitindo que a superfície do rio é plana, determine a altura da ponte e conclua se
esta é suficiente para que o navio passe sob ela.
Dados: tg(7º)=0,12 e cos(10º)=0,98
Gab:
A altura da ponte é de 28 m. Portanto, como o navio tem 20 m de altura, conclui-se que este pode passar
sob a ponte.
16 - (ESPM SP/2014) Um avião voava a uma altitude e velocidade constantes. Num certo instante,
quando estava a 8 km de distância de um ponto P, no solo, ele podia ser visto sob um ângulo de elevação
de 60º e, dois minutos mais tarde, esse ângulo passou a valer 30º, conforme mostra a figura abaixo. A
velocidade desse avião era de:
a) 180 km/h
b) 240 km/h
c) 120 km/h
d) 150 km/h
e) 200 km/h
Gab: B
114
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
17 - (UNIFOR CE/2014) Os pneus de uma bicicleta tem raio R e seus
centros distam 3R. Além disso, a reta t passa por P e é tangente à
circunferência do pneu, formando um ângulo a com a reta s que
liga os dois centros. Pode-se concluir que cos a
a)
2 3
3
b)
3 2
2
c)
3 3
2
d)
2 2
3
e)
3
3
115
Gab: E
18 - (IFGO/2014) O valor da seguinte expressão
a)
3
+1
2
b)
3
-1
2
y = sen
p
7p
p
7p
- cos
+ sec + tg
3
6
3
4
é:
3 +3
c)
3 -1
d)
3 +1
e)
Gab: E
19 - (UNEMAT MT/2010) Quanto ao arco 4.555º, é correto afirmar.
a) Pertence ao segundo quadrante e tem como côngruo o ângulo de 55º
b) Pertence ao primeiro quadrante e tem como côngruo o ângulo de 75º
c) Pertence ao terceiro quadrante e tem como côngruo o ângulo de 195º
d) Pertence ao quarto quadrante e tem como côngruo o ângulo de 3115º
e) Pertence ao terceiro quadrante e tem como côngruo o ângulo de 4195º
Gab: E
ù x
é æ
11 ö
2 êsenç x + p ÷ + cot g 2 x ú tg
2 ø
û 2
ë è
20 - (ITA SP/2009) A expressão
x
1 + tg 2
2
a) [cos x - sen 2 x ]cot g x
b) [sen x + cos x ]tg x
c) [cos 2 x - senx]cot g 2 x
d) [1 - cot g 2 x ]sen x
e) [1 + cot g 2 x ][sen x + cos x ]
Gab: A
é equivalente a:
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
21 - (IBMEC SP/2008)
2015
A sequência
æ æpö
æ p öö
æpö
æpö
æ pö
æpö
çç cosç ÷, cosç ÷, cosç ÷, cosç ÷,..., cosç ÷,..., cosç
÷ ÷÷
è 2008ø ø
ènø
è4ø
è3ø
è2ø
è è1ø
possui x termos
maiores do que 0,6. Portanto,
a) x = 2008.
b) x = 2005.
c) x = 2003.
d) x = 6.
e) x = 3.
Gab: B
116
22 - (UNESP SP/2013) A caçamba de um caminhão basculante tem 3 m
de comprimento das direções de seu ponto mais frontal P até a de seu
eixo de rotação e 1 m de altura entre os pontos P e Q. Quando na
posição horizontal, isto é, quando os segmentos de retas r e s se
coincidirem, a base do fundo da caçamba distará 1,2 m do solo. Ela pode
girar, no máximo, α graus em torno de seu eixo de rotação, localizado
em sua parte traseira inferior, conforme indicado na figura ao lado.
(www.autobrutus.com. Adaptado.)
Dado cos a = 0,8 a altura, em metros, atingida pelo ponto P, em relação ao solo, quando o ângulo de giro
α for máximo, é:
a) 4,8.
b) 5,0.
c) 3,8.
d) 4,4.
e) 4,0.
Gab: C
23 - (FUVEST SP/2013) Um caminhão sobe uma ladeira com inclinação de 15º. A diferença entre a altura
final e a altura inicial de um ponto determinado do caminhão, depois de percorridos 100m da ladeira, será
de, aproximadamente,
3 @ 1,73
Dados:
e
æ q ö 1 - cos q
sen2 ç ÷ =
2
è2ø
a) 7m
b) 26m
c) 40m
d) 52m
e) 67m
Gab: B
24 - (UECE/2011) Se x é um arco do primeiro quadrante e sen4x - cos4x =
a) 1.
b)
3
2
.
c)
3
3
.
3
d)
Gab: D
1
2
, então tgx é igual a:
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
25 - (UECE/2014) Uma matriz quadrada P = (aij) é simétrica quando aij = aji. Por exemplo, a matriz
é 2 - 3 5ù
ú
ê
ê - 3 7 4ú
êë 5
4 1 úû
Se a matriz
é simétrica.
é x + y x - y xy ù
ê
ú
M=ê 1
y - x 2yú
x + 1 1 úû
ëê 6
é simétrica, pode-se afirmar corretamente que o determinante de M é
117
igual a:
a) –1.
b) –2.
c) 1.
d) 2.
Gab: B
26 - (ESPM SP/2013) Duas matrizes quadradas de mesma ordem são inversas se o seu produto é igual à
matriz identidade daquela ordem. Sendo
é2 1 ù
A=ê
ú
ë0 - 1û
e
éx
B=ê
ëz
yù
ú
wû
matrizes inversas, o valor de x + y + z +
w é:
a) 0
b) 1
c) –2
d) 3
e) –4
Gab: A
27 - (IFSC/2013) A condição para que uma matriz seja inversível é que seu determinante não seja nulo.
Portanto, relativamente aos valores de x que possibilitam que a matriz
écos x -senxù
A=ê
ú
ë senx cos x û
CORRETO afirmar:
a) Nenhum valor real de x satisfaz.
b) x deve pertencer ao primeiro quadrante.
c) x não pode pertencer ao terceiro quadrante.
d) Qualquer valor real de x satisfaz.
e) x deve ser, obrigatoriamente, um número real positivo.
Gab: D
28 - (UEG GO/2013) Dada a matriz
Gab:
é 5 -7ù
A -1 = ê
ú
ë- 2 3 û
é 20 -28ù
4.A -1 = ê
ú
ë- 8 12 û
é3 7 ù
A=ê
ú,
ë2 5û
determine sua inversa e calcule 4.A–1.
tenha inversa, é
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
2a + 1ù
é a
A=ê
ú , em que a é um número real. Sabendo que A
ëa - 1 a + 1 û
é2a - 1ù
–1
ú , a soma dos elementos da diagonal principal de A é
ê
ë -1 û
29 - (FUVEST SP/2012) Considere a matriz
admite inversa A–1 cuja primeira coluna é
igual a:
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9
Gab: A
118
30 - (UEG GO/2014) Dadas as matrizes
æ0ö
æ - 1ö
ç ÷
ç ÷
B = ç 0 ÷ , C = ç 4÷
ç1÷
ç 2÷
è ø
è ø
e
A = (a ij ) 3x 3 ,
tal que
ìi + 2 j, se i ¹ j
,
a ij í
îx, se i = j
onde x é um
número real. O valor de x tal que AB – C seja nulo é:
a) 7
b) 0
c) 1
d) 3
Gab: A
31 - (USP Escola Politécnica/2014) Dada a matriz
é a 1 - aù
A=ê
ú
0 û
ë2a
de números reais, a soma dos elementos
da primeira coluna da matriz A2 – A é igual a:
a) 1
b) a2 + a
c) a2 – a
d) –a2 – a
e) 0
Gab: C
32 - (MACK SP/2014) Se a matriz
1
x + y + z 3y - z + 2 ù
é
ê
ú
4
5
-5 ú
ê
êë y - 2z + 3
úû
z
0
é simétrica, o valor de x é:
a) 0
b) 1
c) 6
d) 3
e) –5
Gab: C
33 - (Unifacs BA/2011) As imagens vistas em uma página na Internet, assim como fotos tiradas com
máquinas digitais, podem ser representadas usando-se matrizes. Uma imagem, em preto e branco, pode
ser representada por uma matriz cujos termos são os números 0 e 1, especificando a cor do pixel: 0 indica
a cor preta e 1, a cor branca.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Considerando-se a figura e sua representação matricial, é correto afirmar que a matriz B = (bij), em que
(bij) = (a(6 – j)i) representa a figura:
01.
02.
119
03.
04.
05.
Gab: 03
34 - (FGV /2011) Sendo M uma matriz, M–1 sua inversa, MT sua transposta, D o determinante de M, e P
o determinante de MT, é correto afirmar que, necessariamente,
a) D = P.
b) M pode não ser uma matriz quadrada.
c) M–1 e MT podem não ser de mesma ordem.
d) M possui ao menos duas filas paralelas linearmente dependentes.
e) o determinante de M×M–1 é igual ao produto de P por D.
Gab: A
35 - (ESPM SP/2014) Se a matriz
x ù
é3
ê
ú
4
x
+ 1û
ë
for multiplicada pelo valor do seu determinante, este ficará
multiplicado por 49. Um dos possíveis valores de x é:
a) 5
b) –3
c) 1
d) –4
e) 2
Gab: D
1
36 - (IFGO/2014) O valor real de x da equação
1
a) 4
b) 16
c) 2
d) 32
e) 8
Gab: B
0
0
logx 16 logx 8 logx 4 = 1
1
2
é:
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
37 - (UDESC SC/2014) Se AT e A–1 representam, respectivamente, a transposta e a inversa da matriz
é2 3ù
A=ê
ú,
ë4 8û
a) -111
2
-83
b)
2
então o determinante da matriz B = AT – 2 A–1 é igual a:
c) –166
d) 97
120
2
e) 62
Gab: B
38 - (FGV /2014) Sejam M3x3 e N4x4 as matrizes quadradas indicadas a seguir, com a, b, c, d, e, f, g, h, i, j
sendo números reais.
é 2a 2b 2i 2c ù
éa b c ù
ú
ê
0 0 2j 0 ú
ê
ú
M = êd e f ú N = ê
ê2d 2e 2a 2f ú
êëg h i úû
ú
ê
ëê2g 2h 2c 2i úû
Se o determinante de M é o número real representado por k, então o determinante de N será igual a:
a) –16jk.
b) 16jk.
c) –2jk.
d) 2jk.
e) 0.
Gab: A
39 - (USP Escola Politécnica/2014) Considere a matriz
raízes da equação det A = 0 e a > b, então
b
a
0 ù
éx 5
ê
ú
A = ê-1 4
1 ú
êë- 2 1 1 + x úû
de números reais. Se a e b são as
vale:
a) –1
b) –2
c) –3
d) –4
e) –5
Gab: E
40 - (ESPM SP/2012) Dadas as matrizes
a) 26
b) –18
c) –32
d) 28
e) 12
Gab: C
é2 1 -3ù
A=ê
ú
ë0 - 1 2 û
e
é4 1 ù
ê
ú
B = ê2 2 ú ,
êë3 - 1úû
o valor do det(A × B) é:
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
41 - (FATEC SP/2012) Considere a matriz A, quadrada de ordem 2, cujo termo geral é dado por a ij = log2
(i×j), então o determinante da matriz A é igual a:
a) –2.
b) –1.
c) 0.
d) 1.
e) 2.
Gab: B
42 - (ESPM RJ/2012) O valor do determinante
log 25
1
log1
log1
1
log 2
2
é igual a:
log1 log10
a) 0
b) 4
c) 1
d) –1
e) 2
Gab: E
43 - (UFTM/2011) Dadas as matrizes A = (aij)2 x 2, tal que aij = i + 2j, e B = (bij)2 x 2, tal que bij = 2i – j, é correto
afirmar que o determinante da matriz C, sendo C = A + B, vale:
a) 5.
b) 4.
c) 3.
d) –2.
e) –3.
Gab: E
x+y 0 x-y
44 - (ESPM SP/2011) O determinante
y
2y
1
x
0 x-y
pode ser expresso por:
a) (x – y)2
b) x2 – y2
c) (x + y)2
d) x + y
e) x – y
Gab: A
45 - (UFBA/2012) Dadas as matrizes A =
æ
ç sen3x cos3x
ç - cos3x sen3x
ç
çç 0
0
è
ö
0 ÷
0 ÷
x ÷÷
÷
3- x ø
eB=
æ0
ç
ç 3x
ç
ç9
è
2
0
0
0 ö÷
4÷
÷
2x ÷
ø
encontre o conjunto
solução da inequação det(AB) £ 0, sendo det(AB) o determinante da matriz produto AB.
Gab:
O conjunto solução da inequação é ] –¥, 0] È [2,3[ ou {x Î R; x £ 0 ou 2 £ x < 3}.
121
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
46 - (UEPB/2010) Sendo
2015
n ö
æm
÷÷
A = çç
è 2 - 10ø
uma matriz inversível com inversa A–1, suponha que
det A -1 = -
1
,
6
podemos afirmar que:
a) 5m + n = –3
b) 5m – n = 3
c) 5m + n = 3
d) m + n = 1
e) n – 5m = 3
Gab: C
122
47 - (UEL PR/2010) Se A é uma matriz quadrada 2 × 2 de determinante 10. Se B = -2 · A e C = 3 · B-1, onde
B-1 é a matriz inversa de B, então o determinante de C é:
a) −60
b) -3
20
-20
3
9
40
40
9
c)
d)
e)
Gab: D
48 - (FMJ SP/2010) Seja A (aij) a matriz quadrada de ordem 3, onde
a ij =
O valor de x, inteiro, para que o determinante da matriz A seja nulo é:
a) 6.
b) 5.
c) 3.
d) 2.
e) 1.
Gab: C
49 - (UFPel RS/2009) Dada a equação
cos x
1
1
sen x
1
cos x
Se 0 £ x < p , é correto afirmar que sec x é igual a:
a) 2.
b) - 2 .
c)
-
2 3
3
d) –1.
e)
-
2
2
f) I.R.
Gab: B
.
.
sen x
1 = -2
1
ì3, se i = j
ï
íx, se i + j = 5
ï- 1, se i + j ¹ 5 e i ¹ j
î
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
50 - (FGV /2013) Dado o sistema linear de equações, nas incógnitas x , y e z :
ì x + 3y - z = 9
ï
í2x - y + z = -4
ï- x + 11y - 5z = m
î
podemos afirmar que o sistema é:
a) impossível para m = 10 .
b) possível, qualquer que seja m.
c) indeterminado para m ¹ 35 .
d) determinado para m = 35.
e) impossível, qualquer que seja m.
Gab: A
51 - (ESPM SP/2013) O sistema
2
ì
ïax + 4 y = a
í
ï
îx + ay = -2
123
, em x e y, é possível e indeterminado se, e somente se:
a) a ¹ –2
b) a ¹ 2
c) a = ±2
d) a = –2
e) a = 2
Gab: D
52 - (UEM PR/2013) Considere o seguinte sistema linear:
ìx - 2 y + az = 3
ï
íbx + 2 y - 2z = 0 ,
ï4 x - 2 y + 2 z = 6
î
em que a e b são coeficientes
reais.
A respeito desse sistema e de seus conhecimentos sobre o assunto, assinale o que for correto.
01. Se a tripla (1,2,3) é uma solução do sistema linear, então o sistema é possível e indeterminado.
02. Se a = b = 0, o sistema linear é impossível.
04. Existem a, b reais, tais que a tripla (1,0,1) é uma solução do sistema linear.
08. Se a = 2 e b = –1, o sistema linear é impossível.
16. Se y = z e b = 0 , o sistema linear é possível para qualquer valor de a.
Gab: 13
53 - (UFT TO/2013) Determine a soma de todos os valores reais que pode assumir m da seguinte
igualdade.
é1
ê
ë2
2ù
ú
1û
é x1 ù
é x1 ù
ê ú = mê ú
x
ë x 2û
ë 2û
a) –1
b) 0
c) 1
d) 2
e) 3
Gab: D
54 - (UFPE/2013) Sobre o sistema de equações lineares apresentado abaixo, analise as proposições a
seguir, sendo a um parâmetro real.
ìx + y + z = 2
ï
íx + ay + 2z = 1
ï2 x + y + z = 3
î
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
00. Se a = 2, então o sistema admite infinitas soluções.
01. O sistema sempre admite solução.
02. Quando o sistema admite solução, temos que x = 1.
03. Se a ¹ 2, então o sistema admite uma única solução.
04. Se a = 1, então o sistema admite a solução (1, 2, –1).
Gab: FFVVV
124
55 - (Anhembi Morumbi SP/2014) A diferença das idades de dois irmãos é 12 anos. Quando a soma de
suas idades for 50 anos, a idade do mais novo, em anos, será:
a) 20.
b) 19.
c) 18.
d) 21.
e) 22.
Gab: B
56 - (FAMECA SP/2014) Um laboratório clínico deveria fazer a compra de 5 caixas de luvas e 10 caixas
de seringas, o que custaria R$ 735,00. Por engano, o pedido foi feito com as quantidades trocadas entre
as caixas de luvas e as de seringas, o que custou R$ 225,00 a menos do que custaria a compra correta.
Considerando as condições dadas, a soma dos preços de uma caixa de luvas e uma caixa de seringas, em
reais, é igual a:
a) 95,00.
b) 113,00.
c) 83,00.
d) 75,00.
e) 92,00.
Gab: C
57 - (UNICAMP SP/2013) Na formulação de fertilizantes, os teores percentuais dos macronutrientes N, P
e K, associados respectivamente a nitrogênio, fósforo e potássio, são representados por x , y e z .
a) Os teores de certo fertilizante satisfazem o seguinte sistema de equações lineares:
ì3x + y - z = 0,20
ï
2 y + z = 0,55
í
ï
z = 0,25
î
Calcule x e y nesse caso.
b) Suponha que para outro fertilizante valem as relações 24% £ x + y + z £ 54%, x ³ 10%, y ³ 20% e z =
10%. Indique no plano cartesiano abaixo a região de teores (x, y) admissíveis para tal fertilizante.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Gab:
a) x = 0,10 = 10% , y = 0,15 = 15% e z = 0,25 = 25%
b)
125
58 - (UNIMONTES MG/2013) Considere k Î IR e (x0, y0, z0) a solução do sistema de equações lineares
ì x + 2 y - z = -1
ï
í- x - 3y + 2z = -3
ï x + 3y - z = k
î
Então, o valor de k, de modo que x0 + y0 + z0 = 6, é:
a) –8
b) –2
c) 16
d) 14
Gab: D
59 - (FGV /2013) O par ordenado (x, y) que satisfaz o sistema de equações
ì1 3
ïx - y = 9
ï
í
ï 2 + 5 = -4
ïî x y
a) - 1
7
1
b) 6
1
c) 5
d) - 1
4
1
e) 3
é tal que sua soma x + y vale:
Gab: B
60 - (UECE/2014) Se X e Y são conjuntos que possuem 6 e 12 elementos respectivamente, então o número
de funções injetivas f: X ® Y que podem ser construídas é:
a) 665.280.
b) 685.820.
c) 656.820.
d) 658.280.
Gab: A
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
61 - (MACK SP/2014) Cinco casais resolvem ir ao teatro e compram os ingressos para ocuparem todas as
10 poltronas de uma determinada fileira. O número de maneiras que essas 10 pessoas podem se
acomodar nas 10 poltronas, se um dos casais brigou, e eles não podem se sentar lado a lado é:
a) 9.(9!)
b) 8.(9!)
c) 8.(8!)
d)
e)
10!
2
10!
4
Gab: B
62 - (FATEC SP/2014) Em um jogo de tabuleiro, para cada jogada são lançados dois dados, um branco e
outro vermelho. Os dados são honestos, têm a forma de tetraedro regular e com um único número em
cada face.
O dado branco tem as faces numeradas por: –1, 0, 1 e 2.
O dado vermelho tem as faces numeradas por: –2, –1, 0 e 1.
O jogador lança os dados e observa a face em que cada um deles se apoia, isto é, a que está voltada para
baixo.
Pelas regras do jogo, o jogador avança ou retrocede, no tabuleiro, quando o produto dos números obtidos
nos dados for positivo ou negativo, respectivamente.
Em uma jogada, o número de modos distintos em que os resultados dos dados levam a um retrocesso é:
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.
Gab: B
63 - (FGV /2014) Em uma urna, temos 32 objetos, que são: 8 dados brancos, 8 dados pretos, 8 esferas
brancas e 8 esferas pretas. Extraindo-se ao acaso e sem reposição um objeto por vez dessa urna, o menor
número de extrações necessárias para que se possa ter certeza de que tenham sido extraídos um par de
dados de mesma cor e um par de esferas de mesma cor, não necessariamente os dados da mesma cor
que as esferas, é:
a) 17.
b) 19.
c) 25.
d) 32.
e) 33.
Gab: B
126
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
64 - (FGV /2014) Uma senha de internet é constituída de seis letras e quatro algarismos em que a ordem
é levada em consideração. Eis uma senha possível: (a,a,b,7,7,b,a,7,a,7)
Quantas senhas diferentes podem ser formadas com quatro letras “a”, duas letras “b” e quatro algarismos
iguais a 7?
a)
b)
c)
d)
e)
10!
2 520
3 150
6 300
10!
4!6!
Gab: C
65 - (UECE/2014) Paulo possui 709 livros e identificou cada um destes livros com um código formado por
três letras do nosso alfabeto, seguindo a “ordem alfabética” assim definida: AAA, AAB,..., AAZ, ABA,
ABB,..., ABZ, ACA,... Então, o primeiro livro foi identificado com AAA, o segundo com AAB,... Nestas
condições, considerando o alfabeto com 26 letras, o código associado ao último livro foi:
a) BAG.
b) BAU.
c) BBC.
d) BBG.
Gab: D
66 - (UEFS BA/2014)
Se P é o conjunto formado pelos vértices de um triângulo mais dois outros pontos
distintos em cada lado, como na figura apresentada, o número de triângulos
distintos que podem ser formados, tendo seus vértices em P, é:
a) 48
b) 54
c) 66
d) 72
e) 84
Gab: D
67 - (USP Escola Politécnica/2014) Um grupo de seis rapazes pretende comprar entradas para uma sessão
de cinema. As entradas são numeradas e correspondem a seis cadeiras, uma ao lado da outra. Aldo,
Afonso e Alceu querem se sentar em três lugares consecutivos. Alex e Abel exigem não se sentar um ao
lado do outro. Quantas são as maneiras de se vender as entradas numeradas aos seis rapazes de forma a
respeitar suas condições?
a) 80
b) 72
c) 68
d) 60
e) 52
Gab: B
127
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
68 - (IBMEC SP/2014) Um dirigente sugeriu a criação de um torneio de futebol chamado Copa dos
Campeões, disputado apenas pelos oito países que já foram campeões mundiais: os três sul-americanos
(Uruguai, Brasil e Argentina) e os cinco europeus (Itália, Alemanha, Inglaterra, França e Espanha). As oito
seleções seriam divididas em dois grupos de quatro, sendo os jogos do grupo A disputados no Rio de
Janeiro e os do grupo B em São Paulo. Considerando os integrantes de cada grupo e as cidades onde serão
realizados os jogos, o número de maneiras diferentes de dividir as oito seleções de modo que as três sulamericanas não fiquem no mesmo grupo é:
a) 140.
b) 120.
c) 70.
d) 60.
e) 40.
Gab: D
69 - (UEG GO/2014) Os valores de n e k que satisfazem as combinações Cn,k = 35a, Cn,1 = a e Ck,2 = 3, onde
a é um número inteiro positivo são, respectivamente,
a) 7 e 3
b) 13 e 2
c) 35 e 6
d) 16 e 3
Gab: D
70 - (Unicastelo SP/2014) Em cada lado de um hexágono regular, contido inteiramente em um mesmo
plano, toma-se apenas um ponto, não coincidente com quaisquer vértices do polígono. O número de
triângulos distintos que podem ser formados com vértices nesses seis pontos tomados é:
a) 12.
b) 18.
c) 6.
d) 24.
e) 20.
Gab: E
71 - (FGV /2013) Antônio tem no bolso três balas de limão, três de tangerina e quatro de menta, todas
com o mesmo tamanho e aspecto. Retirando do bolso duas balas ao acaso, qual é a probabilidade de que
pelo menos uma seja de menta?
Gab: 2
3
72 - (FUVEST SP/2013) Vinte times de futebol disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, sendo seis
deles paulistas. Cada time joga duas vezes contra cada um dos seus adversários. A porcentagem de jogos
nos quais os dois oponentes são paulistas é:
a) menor que 7%.
b) maior que 7%, mas menor que 10%.
c) maior que 10%, mas menor que 13%.
d) maior que 13%, mas menor que 16%.
e) maior que 16%.
Gab: B
128
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
73 - (UFG GO/2013) A delegação esportiva de um certo país participou de uma festa e, involuntariamente,
quatro jogadores do time de basquetebol, cinco do time de voleibol e nove do time de futebol ingeriram
uma substância proibida pelo comitê antidoping. Um jogador de cada time será sorteado para passar por
um exame desse comitê. Considerando-se que o time de basquetebol tem 10 jogadores, o de voleibol, 12
e o de futebol, 22 e ordenando-se os times pela ordem crescente da probabilidade de ser "pego" um
jogador que tenha ingerido a substância proibida, tem-se:
129
a) basquetebol, futebol, voleibol.
b) basquetebol, voleibol, futebol.
c) futebol, voleibol, basquetebol.
d) futebol, basquetebol, voleibol.
e) voleibol, futebol, basquetebol.
Gab: A
74 - (Fac. Santa Marcelina SP/2013) O plantão de atendimento médico de um hospital envolve 10
plantonistas, sendo 5 clínicos, 3 cardiologistas e 2 pediatras. Se a lista com possíveis plantonistas desse
hospital é formada por 8 clínicos, 5 cardiologistas e 5 pediatras, o número de maneiras distintas que a
escalação de médicos para o plantão pode ser feita é:
a) entre 5 300 e 5 500.
b) menor do que 5 100.
c) entre 5 100 e 5 300.
d) entre 5 500 e 5 700.
e) maior do que 5 700.
Gab: D
75 - (Anhembi Morumbi SP/2014) Em uma mesa circular irão sentar-se oito pessoas, dentre elas João e
Maria, que querem ficar lado a lado. O número de modos diferentes em que essas pessoas podem ocupar
a mesa é:
a) 20 160.
b) 2 520.
c) 10 080.
d) 5 040.
e) 40 320.
Gab: C
76 - (Unifev SP/2013) A figura seguinte, composta pela justaposição de 6 hexágonos não convexos, deve
ser colorida com as cores azul, vermelha, verde e amarela.
O número de maneiras distintas de executar essa pintura, de modo que dois hexágonos consecutivos não
sejam coloridos com a mesma cor, é:
a) 756.
b) 972.
c) 1 024.
d) 630.
e) 888.
Gab: B
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
77 - (FGV /2013) O total de números naturais de 7 algarismos tal que o produto dos seus algarismos seja
14 é:
a) 14.
b) 28.
c) 35.
d) 42.
e) 49.
Gab: D
78 - (FPS PE/2014) Pesquisas médicas asseguram que: a probabilidade de se desenvolver câncer de
pulmão se a pessoa fuma é de 40% e a probabilidade de um não fumante desenvolver câncer de pulmão
é de 3%. Suponha que 30% da população é formada por fumantes. Se uma pessoa escolhida ao acaso tem
câncer de pulmão, qual a probabilidade percentual de ela ter sido fumante? Indique o valor inteiro mais
próximo.
a) 83%
b) 84%
c) 85%
d) 86%
e) 87%
Gab: C
79 - (MACK SP/2014) Em uma secretaria, dois digitadores atendem 3 departamentos. Se em cada dia útil
um serviço de digitação é solicitado por departamento a um digitador escolhido ao acaso, a probabilidade
de que, em um dia útil, nenhum digitador fique ocioso, é:
a)
b)
c)
d)
e)
1
2
3
4
7
8
2
3
5
8
Gab: B
80 - (FATEC SP/2014) Em toda produção industrial é comum que alguns itens fabricados estejam fora dos
padrões estabelecidos e tenham que ser descartados.
Uma fábrica de pregos e parafusos calcula que 5% dos pregos produzidos são menores que o tamanho
padronizado e que 3% dos parafusos produzidos são mais finos que a espessura padronizada. O restante
da produção atende aos padrões estabelecidos. Do total da produção, 60% são pregos e 40% são
parafusos.
130
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Escolhe-se aleatoriamente um item produzido por essa fábrica. A probabilidade de ser um item de
tamanho e espessura padronizados é de:
a) 95,4%.
b) 95,6%.
c) 95,8%.
d) 96,0%.
e) 96,2%.
Gab: C
81 - (UNEB BA/2014)
De acordo com o texto, se Cebolinha lançar a sua moeda dez vezes, a probabilidade de a face voltada para
cima sair cara, em pelo menos oito dos lançamentos, é igual a:
a)
b)
c)
d)
e)
5
128
7
128
15
256
17
256
25
512
Gab: 02
82 - (ESCS DF/2014)
Um hospital pediátrico atendeu 120 crianças doentes, cada uma delas estava apenas com sarampo,
pneumonia ou dengue. A tabela acima apresenta a distribuição do número de prontuários desse
atendimento, por sexo e por doença. Nessa situação hipotética, se um prontuário de atendimento for
selecionado ao acaso, as chances de esse prontuário ser de uma criança do sexo masculino ou de uma
que tenha sido atendida por causa de sarampo serão:
a) superiores a 55% e inferiores a 65%.
b) superiores a 65%.
c) inferiores a 45%.
d) superiores a 45% e inferiores a 55%.
Gab: D
131
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
83 - (UEPA/2014) Com as cidades imobilizadas por congestionamentos, os governos locais tomam
medidas para evitar o colapso do sistema viário. Por exemplo, em Pequim, na China, serão sorteadas
mensalmente 20 mil novas licenças de emplacamento para os 900 mil interessados. Para o sorteio, os 900
mil interessados foram divididos em 20 mil grupos com o mesmo número de integrantes.
Texto adaptado da revista National Geographic Brasil, edição 159-A.
Se num desses grupos estão presentes 3 membros de uma mesma família, a probabilidade de essa família
adquirir uma licença para emplacamento:
a) é inferior a 3%
b) está compreendida entre 3% e 4%
c) está compreendida entre 4% e 5%
d) está compreendida entre 5% e 6%
e) é superior a 6%
Gab: E
84 - (UFG GO/2014) Para discutir com seus alunos a ideia de sinônimo, um professor adota a seguinte
estratégia de ensino: inicialmente, recita parte de um poema, transcrita a seguir.
Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/frase/MTUyODAy>. Acesso em:10 set. 2013.
Posteriormente, escreve no quadro um conjunto com cinco palavras A = {cervo, cativo, veado, prisioneiro,
corço}. Por fim, solicita a um aluno que escolha aleatoriamente uma palavra do conjunto A que tenha o
mesmo significado da palavra em negrito apresentada no poema.
Diante do exposto, a probabilidade de que o aluno escolha uma palavra que não mude o significado da
palavra servo é:
a)
b)
c)
d)
1
5
2
5
3
5
4
5
e) 1
Gab: B
85 - (UNICAMP SP/2014) Um caixa eletrônico de certo banco dispõe apenas de cédulas de 20 e 50 reais.
No caso de um saque de 400 reais, a probabilidade do número de cédulas entregues ser ímpar é igual a:
a) 1/4
b) 2/5
c) 2/3
d) 3/5
Gab: B
132
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
86 - (UNICAMP SP/2014) Uma loteria sorteia três números distintos entre doze números possíveis.
a) Para uma aposta em três números, qual é a probabilidade de acerto?
b) Se a aposta em três números custa R$ 2,00, quanto deveria custar uma aposta em cinco números?
Gab:
a) » 0,0045
b) 20 reais
133
87 - (ESPM SP/2014) A distribuição dos alunos nas 3 turmas de um curso é mostrada na tabela abaixo.
Escolhendo-se uma aluna desse curso, a probabilidade de ela ser da turma A é:
a)
b)
c)
d)
e)
1
2
1
3
1
4
2
5
2
7
Gab: B
88 - (FUVEST SP/2014) O gamão é um jogo de tabuleiro muito antigo, para dois oponentes, que combina
a sorte, em lances de dados, com estratégia, no movimento das peças. Pelas regras adotadas, atualmente,
no Brasil, o número total de casas que as peças de um jogador podem avançar, numa dada jogada, é
determinado pelo resultado do lançamento de dois dados. Esse número é igual à soma dos valores obtidos
nos dois dados, se esses valores forem diferentes entre si; e é igual ao dobro da soma, se os valores
obtidos nos dois dados forem iguais. Supondo que os dados não sejam viciados, a probabilidade de um
jogador poder fazer suas peças andarem pelo menos oito casas em uma jogada é:
a)
b)
c)
d)
e)
1
3
5
12
17
36
1
2
19
36
Gab: C
89 - (FUVEST SP/2014) Deseja-se formar uma comissão composta por sete membros do Senado Federal
brasileiro, atendendo às seguintes condições: (i) nenhuma unidade da Federação terá dois membros na
comissão, (ii) cada uma das duas regiões administrativas mais populosas terá dois membros e (iii) cada
uma das outras três regiões terá um membro.
a) Quantas unidades da Federação tem cada região?
b) Chame de N o número de comissões diferentes que podem ser formadas (duas comissões são
consideradas iguais quando têm os mesmos membros). Encontre uma expressão para N e simplifiquea de modo a obter sua decomposição em fatores primos.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
c)
2015
Chame de P a probabilidade de se obter uma comissão que satisfaça as condições exigidas, ao se
escolher sete senadores ao acaso. Verifique que P < 1/50.
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil – 1988, cada unidade da Federação é
representada por três senadores.
Gab:
a) Norte = 7, Nordeste = 9, centro-oeste = 4, Sudeste = 4 e Sul = 3
b) N = C4;2 × C9;2 × C7;1 × C4;1 × C3;1 × 37
Simplificada: N = 25 × 311 × 71
c)
8748
13585
90 - (UNESP SP/2014) Em um condomínio residencial, há 120 casas e 230 terrenos sem edificações. Em
um determinado mês, entre as casas, 20% dos proprietários associados a cada casa estão com as taxas de
condomínio atrasadas, enquanto que, entre os proprietários associados a cada terreno, esse percentual
é de 10%. De posse de todos os boletos individuais de cobrança das taxas em atraso do mês, o
administrador do empreendimento escolhe um boleto ao acaso. A probabilidade de que o boleto
escolhido seja de um proprietário de terreno sem edificação é de:
a)
b)
c)
d)
e)
24
350
24
47
47
350
23
350
23
47
Gab: E
91 - (IFGO/2014) Uma criança ganhou dois saquinhos, um azul e outro vermelho, com 10 bombons de
mesmo tamanho em cada um. A tabela a seguir indica as quantidades de bombons recheados de cada
sabor em cada saquinho:
A probabilidade de a criança tirar, aleatoriamente, do saquinho azul, um bombom recheado com coco e,
do saquinho vermelho, um bombom recheado com leite condensado, é de:
a) 70%
b) 50%
c) 10%
d) 25%
e) 30%
Gab: C
134
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
92 - (FGV /2014) Admita que (A, B, C, D, E, F) seja uma sêxtupla ordenada de números inteiros maiores
ou iguais a 1 tais que A£B£C£D£E£F. A respeito dos números que compõem essa sêxtupla, sabe-se que:
¨ a mediana e a moda da sequência A, B, C, D, E, F são, ambas, iguais a 2;
¨ a diferença entre F e A é 19.
O total de possibilidades distintas para a sêxtupla ordenada (A, B, C, D, E, F) é igual a:
a) 36.
b) 37.
c) 38.
d) 39.
e) 40.
Gab: E
93 - (FGV /2014) Existem três possibilidades de rota (A, B e C) para a construção de uma nova linha do
metrô. De acordo com estudos iniciais de viabilidade, a probabilidade de que a rota B seja escolhida é
10% maior do que a probabilidade de que a rota C seja escolhida. Os mesmos estudos revelam que a
probabilidade de que a rota C seja escolhida é 20% maior do que a probabilidade de que rota A seja
escolhida. Nesse momento dos estudos, e levando-se em consideração apenas os dados fornecidos no
problema, a probabilidade de que a rota A seja a escolhida para a construção da nova linha do metrô é
igual a:
a)
b)
c)
d)
e)
9
44
5
22
1
4
3
11
25
88
Gab: E
94 - (UERJ/2014) Em uma sala, encontram-se dez halteres, distribuídos em cinco pares de cores
diferentes. Os halteres de mesma massa são da mesma cor. Seu armazenamento é denominado “perfeito”
quando os halteres de mesma cor são colocados juntos.
Nas figuras abaixo, podem-se observar dois exemplos de armazenamento perfeito.
135
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Arrumando-se ao acaso os dez halteres, a probabilidade de que eles formem um armazenamento perfeito
equivale a:
a)
b)
c)
d)
1
5040
1
945
1
252
1
120
Gab: B
95 - (UERJ/2014) Em um escritório, há dois porta-lápis: o porta-lápis A com 10 lápis, dentre os quais 3
estão apontados, e o porta-lápis B com 9 lápis, dentre os quais 4 estão apontados.
Um funcionário retira um lápis qualquer ao acaso do porta-lápis A e o coloca no porta-lápis B.
Novamente ao acaso, ele retira um lápis qualquer do porta-lápis B.
A probabilidade de que este último lápis retirado não tenha ponta é igual a:
a) 0,64
b) 0,57
c) 0,52
d) 0,42
Gab: B
96 - (FAMECA SP/2014) A figura representa o tabuleiro de um jogo.
Nesse jogo, uma pessoa deve marcar exatamente um quadrado em cada fila, indo da primeira para a
terceira. As regras para marcação de quadrados nas filas são:
· primeira fila: deve ser marcado um quadrado qualquer;
· segunda fila: deve ser marcado um quadrado que toque o quadrado marcado na fila anterior em um
lado ou em um vértice;
· terceira fila: deve ser marcado um quadrado que toque o quadrado marcado na fila anterior em um lado
ou em um vértice.
Veja dois exemplos de jogadas possíveis e um exemplo de jogada impossível nesse jogo.
136
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Em uma jogada aleatória, dentre todas as jogadas possíveis do jogo, a probabilidade de que ela tenha sido
feita apenas com a escolha de quadrados marcados com números pares é igual a:
a) 2
b)
c)
d)
e)
31
13
20
3
62
1
8
1
24
Gab: A
97 - (FUVEST SP/2014) Cada uma das cinco listas dadas é a relação de notas obtidas por seis alunos de
uma turma em uma certa prova. Assinale a única lista na qual a média das notas é maior do que a mediana.
a) 5, 5, 7, 8, 9, 10
b) 4, 5, 6, 7, 8, 8
c) 4, 5, 6, 7, 8, 9
d) 5, 5, 5, 7, 7, 9
e) 5, 5, 10, 10, 10, 10
Gab: D
98 - (FGV /2014) A média mínima para um aluno ser aprovado em certa disciplina de uma escola é 6.
A distribuição de frequências das médias dos alunos de uma classe, nessa disciplina, é dada abaixo:
A porcentagem de alunos aprovados foi:
a) 62%
b) 63%
c) 64%
d) 65%
e) 66%
Gab: E
137
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
99 - (UFG GO/2014) No quadro a seguir, estão listadas algumas revoltas que aconteceram no Brasil e o
período em que elas ocorreram.
138
De acordo com esses dados, considerando-se o tempo de duração dessas revoltas, a mediana desses
valores expressa uma temporalidade em que se destaca:
a) o interesse emancipacionista do movimento.
b) a ajuda estrangeira recebida pelo movimento.
c) o aspecto religioso do movimento.
d) a ênfase xenófoba do movimento.
e) o caráter republicano do movimento.
Gab: D
100 - (UFG GO/2014) No último campeonato mundial de atletismo, disputado na Rússia, os três primeiros
colocados na competição de salto em distância conseguiram as seguintes marcas em suas tentativas de
salto, em metros:
Disponível em: <http:/www.iaaf.org>. Acesso em: 17 set. 2013.
Considerando somente os saltos válidos, calcule a média aritmética dos saltos dos três atletas e
identifique qual deles obteve a maior média aritmética.
Gab: Calculando-se as médias aritméticas dos saltos válidos dos três atletas, obtém-se aproximadamente:
Atleta 1: 8,11 m
Atleta 2: 8,32 m
Atleta 3: 8,17 m
O atleta com maior média aritmética em seus saltos é o atleta 2.
101 - (UFG GO/2014) As tabelas a seguir apresentam os casos de dengue no Brasil e na região CentroOeste, no período de 1º de janeiro a 16 de fevereiro de 2013.
Disponível em: <www.ibge.gov.br> e <g1.globo.com/bemestar/noticia/
2013/02/casos-de-dengue-no-pais-190-nocomecode-2013-dizgoverno.html>. Acesso em: 20 out. 2013. (Adaptado).
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
De acordo com essas informações,
a) calcule a diferença entre a média dos casos de dengue por unidade federativa da região Centro-Oeste
e a média dos casos de dengue por unidade federativa do Brasil no período considerado.
b) Sabendo que é considerado estado de epidemia quando há incidência maior do que 300 casos para
cada 100 mil habitantes, determine em quais unidades federativas da região Centro-Oeste ocorreu
estado de epidemia de casos de dengue no período considerado.
Gab:
a) A diferença foi 12.664,37
b) De acordo com as informações fornecidas, é considerado epidemia quando a incidência é maior
do que 300 casos a cada 100 mil habitantes, o que corresponde a 0,003% da população.
Calculando-se a porcentagem da população que foram acometidas pela dengue em cada unidade
federativa do Centro-Oeste, obtém-se:
Assim, as unidades federativas em que ocorreu estado de epidemia foram Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Goiás.
102 - (UFG GO/2014) Os gráficos a seguir apresentam os dados referentes ao comércio eletrônico no
Brasil em 2013.
* Projeção
FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 21 set. 2013, p. 1. (Adaptado).
De acordo com os dados apresentados nesses gráficos, considerando que os produtos mais vendidos no
segundo semestre mantenham o mesmo porcentual de vendas do primeiro semestre de 2013, calcule o
valor correspondente às vendas de produtos eletrônicos no segundo semestre de 2013.
Gab: 1,37 bilhão de reais
103 - (USP Escola Politécnica/2014) Depois de serem avaliados os
salários de estagiários de uma empresa, foram obtidos os dados que
estão dispostos na tabela ao lado, em que f(x) é a probabilidade de
um estagiário receber um salário mensal igual a x reais.
Sobre o salário esperado m e o desvio padrão s, em reais, tem-se que:
a) m = 400 e 110 < s < 120
b) m = 400 e 100 < s < 110
c) m = 410 e 90 < s < 100
d) m = 410 e 80 < s < 90
e) m = 420 e 70 < s < 80
Gab: C
139
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
104 - (USP Escola Politécnica/2014) Uma amostra de 8 jardineiros, que
trabalhavam num bairro nobre da cidade, respondeu à pergunta sobre o
preço cobrado por dia de trabalho. Os jardineiros foram designados por A,
B, C, D, E, F, G, H, para não serem identificados. Suas respostas aparecem
na seguinte tabela:
O salário diário médio, a mediana e a moda dessa amostra valem,
respectivamente, em reais,
a) 90,00;
b) 90,10;
c) 90,30;
d) 91,25;
e) 91,25;
Gab: D
91,15; 95,00
91,20; 100,00
91,20; 100,00
92,50; 100,00
100,00; 98,00
105 - (Unicastelo SP/2014) Um professor de Matemática resolveu calcular a média da turma na primeira
prova bimestral. Ele contou 28 provas corrigidas e o resultado da média aritmética foi 7,0. Após lançar
esse resultado em sua planilha, o professor encontrou outras duas provas com notas 10,0 e 4,0.
Recalculando a média aritmética, observa-se que ela:
a) permaneceu a mesma.
b) ficou 10% maior.
c) ficou 20% maior.
d) ficou 10% menor.
e) ficou 20% menor.
Gab: A
106 - (USP Escola Politécnica/2014) Um hospital comprou frascos de medicamentos A, B, C, D e E, a
serem usados em certo procedimento. Todos os frascos, independentemente do medicamento,
continham o mesmo volume de produto. O número de unidades adquiridas e o preço por unidade de cada
frasco de medicamento aparecem na seguinte tabela:
O valor em reais do custo médio por frasco de medicamento a ser usado no referido procedimento é de:
a) 3,20
b) 3,30
c) 3,50
d) 4,00
e) 4,50
Gab: E
140
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
107 - (FGV /2014) No desenvolvimento do binômio
expoentes, o quinto termo é igual a
70x B
81
æ x2
-1 ö
÷
ç
ç 2 + Ax ÷
ø
è
7
segundo a ordem decrescente de seus
, com A e B constantes racionais.
Nessas condições, A+B é igual a:
a)
b)
c)
d)
e)
4
3
3
4
ou 2
141
5
3
5
1 ou
3
4
ou 8
3
3
2
ou 2
3
ou
Gab: D
108 - (ESPM SP/2014) Os binomiais
æ 11 ö
çç ÷÷
è 4x ø
e
æ x + 3y ö
çç
÷÷
è y ø
são complementares e, por isso, são iguais. Seu valor
é:
a) 165
b) 330
c) 55
d) 462
e) 11
Gab: A
109 - (UECE/2012) Para n e k inteiros positivos com n > k, defina
satisfazem a relação
æ n ö ænö
÷÷ = 3çç ÷÷ ,
çç
è k + 1ø è k ø
ænö
n!
çç ÷÷ =
, onde n! = 1.2.3...n. Se n
k
k
!(
n
- k)!
è ø
então tem-se:
a) n = 4k + 1.
b) n = 4k + 2.
c) n = 4k + 3.
d) n = 4k + 4.
Gab: C
110 - (FGV /2011) O padrão numérico apresentado chama-se triângulo de Pascal.
Linha 1
Linha 2
Linha 3
Linha 4
Linha 5
Linha 6
1
1
1
1
1
1
M
1
2
3
4
5
1
3 1
6 4 1
10 10 5 1
M
ek
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Seja P o total de números nas primeiras n linhas do triângulo de Pascal que não são iguais a 1 (mas que
possam se repetir), e Q o total de números 1 nas n primeiras linhas. Nessas condições,
a)
n 2 - 3n + 2
.
2(n - 2)
b)
n 2 - 3n + 2
.
2n - 1
c)
n 2 - 3n + 2
2(2n - 1)
d)
n 2 - 2n + 2
4n - 2
.
e)
n 2 - 2n + 2
2n - 1
.
P
Q
é igual a:
142
Gab: C
111 - (UFAC/2011) Seja n um número inteiro tal que satisfaz a igualdade 7! = 8(n – 1)! – 720. Então, vale
que:
a) n é um número par.
b) n é um número ímpar.
c) n é um inteiro quadrado perfeito.
d) n é um número natural menor que 6.
e) n é um número natural maior que 10.
Gab: B
112 - (PUC SP/2010) Considerando que todo número natural n, n ³ 1, tem-se
soma
1
1
1
1
+
+
+ ... +
1 999× 2 000
1× 2 2 × 3 3 × 4
1
1
1
= ,
n × (n + 1) n n + 1
então a
é equivalente a:
a) 9,995 ´ 10–3
b) 9,95 ´ 10–2
c) 9,995 ´ 10–2
d) 9,95 ´ 10–1
e) 9,995 ´ 10–1
Gab: E
113 - (UEPG PR/2013) O décimo termo do desenvolvimento do binômio
1 ö
æ m
çx + m ÷
x
è
ø
k
é independente de x
(k e m números naturais, diferentes de zero). Sobre o valor de k, assinale o que for correto.
01. k é um número par.
02. k é um múltiplo de 9.
04. k Î [10, 20].
08. k < 15.
16. k é divisível por 5.
Gab: 07
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
114 - (UECE/2012) Se o desenvolvimento de
2015
æ 2 1ö
ç 2x + ÷
xø
è
n
possui 9 termos e um deles é 112.c.x7, o valor de
c será:
a) 8.
b) 16.
c) 24.
d) 32.
Gab: B
143
12
115 - (FGV /2012) O termo independente de x do desenvolvimento de
1 ö
æ
çx + 3 ÷
x ø
è
é:
a) 26.
b) 169.
c) 220.
d) 280.
e) 310.
Gab: C
116 - (ESPM RJ/2012) No desenvolvimento do binômio
æ 3 1 ö
÷
çx +
ç
y 2 ÷ø
è
é igual a:
a) –12
b) –24
c) –6
d) –18
e) –4
Gab: B
TEXTO: 1 - Comum à questão: 117
Um geógrafo deseja determinar a localização do pico de
uma montanha. Na região, há duas estradas retas, ambas no
nível do mar, sem subidas ou descidas ao longo de seus
percursos, que se cruzam formando um ângulo reto. Ele
conta com um instrumento que lhe permite observar o pico
por meio de uma luneta e registrar:
• o ângulo de observação, formado pela reta que liga o
ponto em que está o aparelho e o pico com o plano
formado pelas duas estradas;
• a distância aproximada entre o ponto de observação e
o pico.
Os eixos da figura ao lado representam as duas estradas e
os pontos A, B, C, D e E correspondem a locais onde ele fez
as suas primeiras observações.
Cada unidade nos eixos corresponde a um quilômetro.
24
, quando o expoente de x é 36, o de y
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
117 - (IBMEC SP/2013) Como estava com dificuldades para determinar a altura do pico em relação ao
nível do mar, o geógrafo fez diversas outras medições em pontos da estrada representada pelo eixo x.
Nesse processo, ele encontrou um ponto F em que o ângulo entre o plano das estradas e a reta que o
ligava ao pico era exatamente 30º. Seu aparelho mostrou que a distância entre o ponto F e o pico era
igual a 6 km.
A altura do pico em relação ao nível do mar é igual a:
144
a) 6 km.
b) 5 km.
c) 4 km.
d) 3 km.
e) 2 km.
Gab: D
TEXTO: 2 - Comum à questão: 118
Em um curso de computação, uma das atividades consiste em criar um jogo da memória com as seis cartas
mostradas a seguir.
Inicialmente, o programa embaralha as cartas e apresenta-as viradas para baixo. Em seguida, o primeiro
jogador vira duas cartas e tenta formar um par.
118 - (IBMEC SP/2014) Suponha que o primeiro jogador tenha virado as duas cartas mostradas abaixo.
Como não foi feito par, o programa desvira as duas cartas e é a vez do segundo jogador, que utiliza a
seguinte estratégia: ele vira uma das quatro cartas que não foi virada pelo primeiro jogador. Se a carta
virada for um quadrado ou um triângulo, ele certamente forma um par, pois sabe onde está a carta
correspondente. Caso contrário, ele vira uma das outras três cartas que ainda não foram viradas. A
probabilidade de que o segundo jogador forme um par usando a estratégia descrita é:
a)
1
2
b)
5
8
c)
2
3
d)
3
4
e)
5
6
Gab: C
TEXTO: 3 - Comum à questão: 119
Potencialmente, os portos da região Norte podem ser os canais de escoamento para toda a produção de
grãos que ocorre acima do paralelo 16 Sul, onde estão situados gigantes do agronegócio. Investimentos
em logística e a construção de novos terminais portuários privados irão aumentar consideravelmente o
número de toneladas de grãos embarcados anualmente.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
119 - (UEA AM/2014) Para embarques durante a safra de grãos, seis navios diferentes devem ser
distribuídos entre dois portos, de modo que cada porto receba três navios. O número de formas diferentes
de se fazer isso é:
a) 6.
b) 20.
c) 9.
d) 12.
e) 18.
Gab: B
TEXTO: 4 - Comum à questão: 120
DANOS DE ALIMENTOS ÁCIDOS
O esmalte dos dentes dissolve-se prontamente em contato com substâncias cujo pH (medida da acidez)
seja menor do que 5,5. Uma vez dissolvido, o esmalte não é reposto, e as partes mais moles e internas do
dente logo apodrecem. A acidez de vários alimentos e bebidas comuns é surpreendentemente alta; as
substâncias listadas a seguir, por exemplo, podem causar danos aos seus dentes com contato prolongado.
(BREWER. 2013, p. 64).
120 - (UNEB BA/2014) Considere que em um laboratório foram verificadas, por um técnico, duas
amostras de alimentos que constam na tabela e verificado, por ele, que o pH dessas substâncias era,
respectivamente, 3,2 e 4,2.
Nessas condições, de posse dessa tabela, pode-se afirmar que o número de maneiras distintas que esse
técnico tem para tentar identificar, de maneira correta, quais foram os dois alimentos examinados é igual
a:
01. 9
02. 10
03. 12
04. 14
05. 15
Gab: 03
145
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
FÍSICA – ANTONIO ALBERTO
GRAVITAÇÃO
01 - (UERJ)
146
DAOU, Luisa; CARUSO, Francisco. Tirinhas de Física. Rio de Janeiro: CBPF, 2000.
Na tirinha acima, o diálogo entre a maçã, a bola e a Lua, que estão sob a ação da Terra, faz alusão a uma
lei da Física.
Aponte a constante física introduzida por essa lei.
Indique a razão entre os valores dessa constante física para a interação gravitacional Lua-Terra e para a
interação maçã-Terra.
02 - (UFMG) Nesta figura, está representada, de forma esquemática, a órbita de um cometa em torno do
Sol:
Nesse esquema, estão assinalados quatro pontos- P,Q,R e S– da órbita do cometa.
1. Assinalando com um X a quadrícula apropriada,- Indique em qual dos pontos –P ,Q ,R ou S– o
módulo da aceleração do cometa é maior.
¨P
¨Q
¨R
¨S
Justifique sua resposta.
2. Assinalando com um X a quadrícula apropriada, Responda: Na trajetória descrita pelo cometa, a
quantidade de movimento do cometa se conserva?
¨Sim
¨Não
Justifique sua resposta.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
03 - (UDESC) A aceleração centrípeta de um satélite que gira em uma órbita circular em torno da Terra
é aproximadamente 10 vezes menor do que a aceleração gravitacional na superfície da Terra. A distância
aproximada do satélite a superfície da Terra é:
a)
b)
c)
d)
e)
6,4 x 106 m
3,2 x 108 m
1,4 x 107 m
4,5 x 107 m
4,5 x 108 m
04 - (IME RJ) Um corpo estava em órbita circular em torno da Terra a uma distância do solo igual à 2 RT,
sendo RT o raio da Terra. Esse corpo é colocado em órbita de outro planeta que tem 1/20 da massa e 1/3
do raio da Terra. A distância ao solo deste novo planeta, de modo que sua energia cinética seja 1/10 da
energia cinética de quando está em torno da Terra é:
a)
b)
c)
d)
e)
5/6 RT
RT
7/6 RT
4/3 RT
3/2 RT
05 - (FGV) Curiosamente, no sistema solar, os planetas mais afastados do Sol são os que têm maior
quantidade de satélites naturais, principalmente os de maior massa, como Júpiter e Saturno, cada um
com mais de 60 satélites naturais.
Considere 2 satélites A e B de Júpiter. O satélite A dista R do centro de Júpiter e o satélite B dista 4R do
mesmo centro. Se A demora n dias terrestres para completar uma volta em torno de Júpiter, o número
de dias terrestres em que B completa uma volta em torno do mesmo planeta é
a)
b)
c)
d)
e)
2 ×n .
2 × n.
4 × n.
8 × n.
8 × 2 × n.
06 - (FAMECA SP) A figura ao lado representa, fora de escala, a
trajetória da Terra em torno do Sol.
Considerando-se que as áreas A1 e A2 sejam iguais, que o período de
translação da Terra seja de 12 meses, e que o intervalo de tempo
necessário para ela se mover de P para Q seja de 2,5 meses, o intervalo
de tempo, em meses, para que a Terra percorra o arco QR é igual a
a)
b)
c)
d)
e)
3.
4.
5.
6.
7.
147
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
TEXTO: 1 - Comum às questões: 7, 8
Em setembro de 2010, Júpiter atingiu a menor distância da Terra em muitos anos. As figuras abaixo
ilustram a situação de maior afastamento e a de maior aproximação dos planetas, considerando que suas
órbitas são circulares, que o raio da órbita terrestre (RT) mede 1,5´1011 m e que o raio da órbita de Júpiter
(RJ) equivale a 7,5´1011 m.
148
07 - (UNICAMP SP) A força gravitacional entre dois corpos de massas m1 e m2 tem módulo
em que r é a distância entre eles e
G = 6,7 ´ 10-11
Nm2
kg 2
F=G
m1m 2
r2
,
. Sabendo que a massa de Júpiter é mJ = 2,0´1027 kg e
que a massa da Terra é mT = 6,0´1024 kg, o módulo da força gravitacional entre Júpiter e a Terra no
momento de maior proximidade é
a)
b)
c)
d)
1,4´1018 N .
2,2´1018 N .
3,5´1019 N .
1,3´1030 N .
08 - (UNICAMP SP) De acordo com a terceira lei de Kepler, o período de revolução e o raio da órbita
desses planetas em torno do Sol obedecem à relação
æ TJ
ç
çT
è T
2
æR ö
ö
÷ =ç J ÷
çR ÷
÷
è Tø
ø
3
, em que TJ e TT são os períodos de
Júpiter e da Terra, respectivamente. Considerando as órbitas circulares representadas na figura, o valor
de TJ em anos terrestres é mais próximo de
a)
b)
c)
d)
0,1.
5.
12.
125.
TEXTO: 2 - Comum às questões: 9, 10
A ideia de lançar satélites de telecomunicações surgiu pouco depois da Segunda Guerra Mundial. Em
1945, no número de outubro da revista “Wireless World”, foi publicado um artigo intitulado “Can Rocket
Stations Give Worldwide Radio Coverage?” o autor era um oficial de radar da RAF (força aérea inglesa),
chamado ARTHUR C. CLARKE. Mais tarde, ele seria conhecido por seus livros de divulgação cientifica
(dentre eles, 2001 Uma Odisseia no Espaço); propunha em seu artigo a colocação em órbita de três
satélites separados entre si de 120º a 36000 km acima da superfície da Terra situados num plano
coincidente com o equador terrestre.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
09 - (PUC MG) Considerando-se o raio equatorial da Terra como 6000 km e aproximando-se o valor de p
como 3, a velocidade linear desses satélites estacionários em relação a um ponto fixo no espaço é
aproximadamente de:
a)
b)
c)
d)
v = 48000 Km/h
v = 36000 Km/h
v = 15000 Km/h
v=0
149
10 - (PUC MG) Considerando-se que a única força que age no satélite é a força centrípeta, exercida pela
atração gravitacional da Terra, pode-se afirmar que, na posição em que se encontram os satélites
propostos por Arthur Clarke, a aceleração da gravidade terrestre vale aproximadamente:
a)
b)
c)
d)
g = 10m/s2
g = 9,8m/s2
g = 3,4m/s2
g = 0,4m/s2
GABARITO:
6) Gab: E
1) Gab:
A razão é igual a 1.
7) Gab: B
8) Gab: C
2) Gab:
1. P
9) Gab: C
A aceleração é máxima quando a força
r
r
resultante é máxima: FR = m × a
10) Gab: D
A força resultante é a força gravitacional que o
Sol exerce sobre o cometa:
FR =
G × M Sol × m cometa
r2
Portanto, onde a distância r entre o cometa e
o Sol for menor, a força resultante e a
aceleração serão maiores.
2. Não
A quantidade de movimento depende da
velocidade.
r
r
Q = m×v
Como a velocidade do cometa muda
continuamente de direção e intensidade, a
quantidade de movimento não se conserva.
3) Gab: C
4) Gab: C
5) Gab: D
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
HIDROSTÁTICA
01 - (UFRN) Do ponto de vista da Física, o sistema de freios dos carros atuais é
formado por uma alavanca e por uma prensa hidráulica.
Enquanto a alavanca tem a capacidade de ampliação da força aplicada por um
fator igual à razão direta de seus braços, a prensa hidráulica amplia a força da
alavanca na razão direta de suas áreas. Finalmente, a força resultante aciona
os freios, conforme mostrado na Figura, fazendo o veículo parar.
Considere que a alavanca tem braço maior, L, igual a 40cm e braço menor, l, igual a 10cm, e a prensa
hidráulica apresenta êmbolos com área maior, A, oito vezes maior que a área menor, a.
Levando em consideração as características descritas acima, tal sistema de freios é capaz de fazer a força
exercida no pedal dos freios, pelo motorista, aumentar
a)
b)
c)
d)
32 vezes.
12 vezes.
24 vezes.
16 vezes.
02 - (UNESP) Clarice colocou em uma xícara 50 mL de café a 80 °C, 100 mL de leite a
50 °C e, para cuidar de sua forma física, adoçou com 2 mL de adoçante líquido a 20
°C. Sabe-se que o calor específico do café vale 1 cal/(g.°C), do leite vale 0,9 cal/(g.°C),
do adoçante vale 2 cal/(g.°C) e que a capacidade térmica da xícara é desprezível.
Considerando que as densidades do leite, do café e do adoçante sejam iguais e que a
perda de calor para a atmosfera é desprezível, depois de atingido o equilíbrio
térmico, a temperatura final da bebida de Clarice, em °C, estava entre
a)
b)
c)
d)
e)
75,0 e 85,0.
65,0 e 74,9.
55,0 e 64,9.
45,0 e 54,9.
35,0 e 44,9.
03 - (UEFS BA) No freio hidráulico de um automóvel, a pressão exercida pelo motorista no pedal de freio
é transmitida até as rodas do veículo através de um fluído. A transmissão do acréscimo da pressão
exercida em um ponto de um fluido a todos os pontos do fluido e das paredes internas do recipiente que
o contém é explicada pelo
a)
b)
c)
d)
e)
Princípio da inércia.
Teorema de Stevin.
Princípio de Pascal.
Teorema de Arquimedes.
Princípio dos vasos comunicantes.
150
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
04 - (UFT TO) Para um aumento de temperatura observa-se que a maioria
das substâncias dilata-se, isto é, aumenta de volume. Porém, o mesmo não
ocorre com a água em estado líquido, que apresenta comportamento
anômalo entre 0 °C e 4 °C, ou seja, neste intervalo de temperatura o
volume da água diminui. Por outro lado, quando a água é aquecida acima
de 4 °C seu volume aumenta à medida que a temperatura aumenta. O
gráfico ao lado ilustra a variação do volume com o aumento da
temperatura para 1g (um grama) de água.
Considerando o gráfico ao lado, assinale a alternativa que apresenta a CORRETA variação da densidade
em função da temperatura, para 1 grama de água.
d)
a)
e)
b)
c)
05 - (IFGO) No dia 1º de junho de 2009, o voo 447 da companhia aérea Air France caiu no Oceano
Atlântico, entre o Rio de Janeiro e Paris, vitimando 228 pessoas. Segundo o BEA (sigla em francês para
Escritório de Investigação e Análise), uma das causas da queda foi a obstrução das Sondas de Pitot por
cristais de gelo.
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI253072- 15228,00.html>.
Acesso em: 05 dez. 2011. [Adaptado].
Um Tubo de Pitot consiste em um corpo afilado acoplado a um manômetro diferencial para medir a
diferença de pressão entre os pontos O e A (figura 2).
Se r é a densidade no ponto A, r0 é a densidade do fluido no tubo em forma de U e h a diferença de nível
entre os dois ramos, a velocidade v do escoamento do fluido é descrita como:
V= 2
r0
gh
r
NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 2. São Paulo: Edgard Blucher, 1981.
151
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Desta forma, considere um avião em voo de cruzeiro, com velocidade constante e igual a 720 km/h e a
10.000 m de altitude. Na altitude em questão, g = 9,776 m/s2 e a densidade do ar (externa ao tubo) é
0,4135 kg/m3.
Se a diferença de nível do tubo em U é 2,0 mm, marque a alternativa que representa a densidade do fluido
dentro do tubo.
152
Instruções: Escreva o resultado em notação científica, desconsidere a parte fracionária do resultado e
divida o resultado final por 105.
a)
b)
c)
d)
e)
4 kg/m3
4 g/cm3
1 kg/m3
422 kg/m3
1000 kg/m3
06 - (UFG GO) Na indústria sucroalcooleira, o controle de qualidade de líquidos é
feito utilizando-se sensores que permitem quantificar suas propriedades
características. Uma propriedade em particular é medida de acordo com o
esquema.
A propriedade física do líquido obtida por esse sensor, baseada apenas na
diferença de altura, é
a)
b)
c)
d)
e)
a temperatura.
a massa.
o volume.
a densidade.
a viscosidade.
07 - (UERJ) Considere uma balança de dois pratos, na qual são pesados dois recipientes idênticos, A e B.
PERELMAN, Y. Física recreativa. Moscou: Ed. Mir, 1975.
Os dois recipientes contêm água até a borda. Em B, no entanto, há um pedaço de madeira flutuando na
água.
Nessa situação, indique se a balança permanece ou não em equilíbrio, justificando sua resposta.
08 - (UEL PR) A areia monazítica, abundante no litoral do Espírito Santo até o final do século XIX, é rica em
tório e foi contrabandeada para outros países durante muitos anos sob a falsa alegação de lastrear navios.
O lastro tem por objetivo afundá-los na água, até certo nível, conferindo estabilidade para a navegação.
Se uma embarcação tem massa de 50.000 kg, qual deverá ser a massa de lastro de areia monazítica, em
toneladas, para que esse navio lastreado desloque um volume total de 1.000 m 3 de água do mar?
CADERNO DE ATIVIDADES
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2015
Considere a densidade da água do mar igual a 1 g/cm3.
a)
b)
c)
d)
e)
180
500
630
820
950
09 - (UERJ) Um cilindro sólido e homogêneo encontra-se, inicialmente, apoiado sobre sua base no interior
de um recipiente.
Após a entrada de água nesse recipiente até um nível máximo de altura H, que faz o cilindro ficar
totalmente submerso, verifica-se que a base do cilindro está presa a um fio inextensível de comprimento
L. Esse fio está fixado no fundo do recipiente e totalmente esticado.
Observe a figura:
Em função da altura do nível da água, o gráfico que melhor representa a intensidade da força F que o fio
exerce sobre o cilindro é:
a)
b)
c)
d)
10 - (UFG GO) Quando uma garrafa de espumante é balançada vigorosamente a rolha pode ser expelida
com alta velocidade, sem qualquer outro auxílio. Suponha que a pressão do interior da garrafa atinja 33
atm e que o diâmetro do gargalo seja de 1,5 cm. Nessas condições, a rolha é expelida porque
Dados:
p » 3 e 1 atm » 105 N/m2
153
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
a) o gás anidrido sulfuroso dissolvido na bebida é liberado, aumenta a pressão e causa uma força de 540
N, que supera o atrito estático entre a rolha e o vidro.
b) o gás carbônico dissolvido na bebida é liberado, aumenta a pressão e causa uma força de 540 N, que
supera o atrito estático entre a rolha e o vidro.
c) o gás carbônico dissolvido na bebida é liberado, aumenta a pressão e causa uma força de 540 N, que
supera o atrito cinético entre a rolha e o vidro.
d) o gás anidrido sulfuroso dissolvido na bebida é expandido, aumenta a pressão e causa uma força de
1080 N, que supera o atrito cinético entre a rolha e o vidro.
e) o gás anidrido carbônico dissolvido na bebida é liberado, aumenta a pressão e causa uma força de
1080 N, que supera o atrito estático entre a rolha e o vidro.
11 - (UFG GO) No sistema auditivo humano, as ondas sonoras são coletadas pela membrana timpânica e
transferidas para a janela oval, por meio dos ossículos (martelo, bigorna e estribo), conforme modelo
simplificado apresentado na figura a seguir. Nesse modelo, as forças médias provocadas pela membrana
timpânica e janela oval sobre os ossículos são, respectivamente, FT e Fj. As áreas da membrana timpânica
e da janela oval são, respectivamente, 56 mm2 e 3,2 mm2 e D = 1,3d.
Considerando-se o exposto, calcule:
a) o aumento porcentual da força transmitida para a janela oval;
b) a razão entre a pressão na parede oval e a pressão na parede timpânica.
12 - (UDESC) A pressão absoluta em um fluido pode ser medida utilizandose o dispositivo mostrado na Figura 3. O dispositivo consiste basicamente de
uma câmara cilíndrica sob vácuo e um êmbolo que pode se mover sem
atrito. No êmbolo é conectada uma mola de constante elástica 1000 N/m.
Quando o dispositivo é submerso em um fluido, as forças exercidas pela
mola e pelo fluido, sobre o êmbolo, são equilibradas. O êmbolo possui uma
área de 3,0 cm2. Considere a situação em que o dispositivo é submerso em
um poço de água. Como consequência, a mola sofre uma compressão de 5,0
cm.
Assinale a alternativa que apresenta a profundidade em que o dispositivo se encontra.
a)
b)
c)
d)
e)
6,7 x 100 m
1,7 x 100 m
7,0 x 10–1 m
9,8 x 100 m
1,7 x 101 m
154
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
13 - (ACAFE SC) O sistema circulatório é constituído de artérias, veias e capilares que levam o sangue do
coração aos órgãos e o retorno do mesmo ao coração. Este sistema trabalha de maneira que se minimize
a energia consumida pelo coração para bombear o sangue. Em particular, esta energia se reduz quando
se baixa a resistência ao fluxo de sangue. O célebre físico francês Poiseuille estabeleceu que a resistência
do fluxo de sangue (r) é dada por
r=k
L
r4
onde L é o comprimento da artéria, r é seu raio e k é uma
constante positiva determinada pela viscosidade do sangue.
A figura abaixo mostra duas artérias A e B de mesmo comprimento L, sendo que a artéria B tem 1/3 do
diâmetro da artéria A.
A relação de resistência ao fluxo sanguíneo entre as duas artérias é:
a)
b)
c)
d)
A resistência na artéria B é 81 vezes menor que a resistência na artéria A.
A resistência na artéria B é 9 vezes maior que a resistência na artéria A.
A resistência na artéria B é 81 vezes maior que a resistência na artéria A.
A resistência na artéria B é 9 vezes menor que a resistência na artéria A.
14 - (UFG GO) No sistema circulatório humano, o sangue é levado do coração aos demais órgãos do corpo
por vasos sanguíneos de diferentes características. Na tabela a seguir estão relacionados dois vasos, I e II,
com valores médios de algumas de suas características.
Características
I
II
Número totalde vasos
1
2 x 109
Área total
240 mm 2
2400cm 2
O sangue, que pode ser tratado como um fluido ideal e incompressível, possui velocidade média de 30
cm/s no vaso I. O nome do vaso I e a velocidade média do sangue em cm/s no vaso II são, respectivamente,
a)
b)
c)
d)
e)
cava e 3,0.
aorta e 3,0.
aorta e 0,03.
arteríola e 0,03.
arteríola e 300,0.
TEXTO: 1 - Comum à questão: 15
Na solução da prova, use quando necessário:
· Aceleração da gravidade g = 10 m / s2 ; Densidade da água ra = 1,0 g / cm3 = 1000 kg/m3
· Velocidade da luz no vácuo c = 3,0´108 m/s
· Constante de Planck h = 6,63´10–34 J´s = 4,14´10–15 eV´s ;
· Constante p = 3,14
155
CADERNO DE ATIVIDADES
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15 - (UFJF MG) Um estudante de Física faz um experimento no qual ele prende duas
esferas de densidades r1 e r2 e raios r1 e r2 relacionados por r1 = r2/2 e r1 = 2r2 = 10,0 cm.
O estudante amarra as esferas com um barbante de massa desprezível e coloca o
conjunto dentro de um grande tanque contendo água. Como mostra a Figura abaixo, o
r
conjunto de esferas flutua totalmente submerso na água, mantendo uma tração T no
barbante.
156
a)
b)
c)
d)
Faça diagramas de forças que atuam nas esferas e identifique cada uma das forças.
Calcule os módulos das forças de empuxo que atuam em cada esfera.
Calcule as densidades das esferas.
r
Calcule o módulo da tração T que atua no barbante.
GABARITO:
1) Gab: A
12) Gab: A
2) Gab: C
13) Gab: C
3) Gab: C
14) Gab: C
4) Gab: B
15) Gab:
a)
5) Gab: A
6) Gab: D
7) Gab:
A balança permanece em equilíbrio.
B tem menos água, devido ao líquido
deslocado pela madeira. No entanto, o peso
do pedaço de madeira é igual ao peso do
líquido deslocado, de acordo com o princípio
de Arquimedes.
8) Gab: E
b) E1 » 41,9 N
E2 » 5,2 N
c) r2 = 2r1 = 1,8 g/cm3
d) T = 4,19 N
9) Gab: D
10) Gab: B
11) Gab:
a) O aumento porcentual na janela oval foi
de 30%.
b)
pj
pT
= 22,75
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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TERMOLOGIA
01 - (MACK SP) A diferença entre as temperaturas de ebulição do álcool etílico e do éter etílico, sob
pressão de 1,0 atm, é 78,0ºF. Sabendo-se que a temperatura de ebulição desse éter é 35,0ºC, conclui-se
que a temperatura de ebulição desse álcool é
a)
b)
c)
d)
e)
8,3ºC
35,3ºC
43,3ºC
78,3ºC
105,4ºC
02 - (Unifacs BA) A humanidade já criou diversas formas de se desfazer dos seus restos mortais.
Atualmente, uma dessas formas é a biocremação que consiste em dissolver o corpo em 1000L de solução
a 5% (m/v) de hidróxido de potássio, substância similar à soda cáustica, no interior de uma cápsula.
Tecnicamente, o método chama-se hidrólise alcalina. No processo da biocremação, como na cremação
convencional, restam apenas ossos, que são lavados, secados e triturados, e o líquido é filtrado, tratado
e reaproveitado na irrigação de jardins. Na cremação convencional, o corpo é queimado à temperatura
de 1000 graus em um forno a gás. A biocremação completa, em três horas, o processo que as bactérias,
no caso dos corpos sepultados, podem levar anos para concluir. (SIMON, 2012, p. 122).
Com base nas informações do texto e nos conhecimentos sobre a termologia, é correto afirmar:
01.
02.
03.
04.
05.
Na escala Fahrenheit, 1000ºC corresponde a 1832ºF.
O fluido, de 1000,0L, restante do processo, é igual a 1000,0m3.
A temperatura atingida no processo de cremação é equivalente a 727,0K.
A unidade de temperatura termodinâmica no Sistema Internacional de medidas é grau Celsius.
O processo de biocremação minimiza o impacto ambiental porque não produz o dióxido de carbono.
03 - (UEMA) O astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744), para calibrar sua escala termométrica,
adotou os dois pontos fixos como sendo os pontos de fusão e ebulição da água à pressão atmosférica de
1atm. Para as mesmas condições, o alemão Daniel Fahrenheit (1686-1736) adotou os seguintes valores:
a)
b)
c)
d)
e)
32 e 212
0 e 32
0 e 100
100 e 212
32 e 100
04 - (UNICAMP SP) Em uma determinada região do planeta, a temperatura média anual subiu de 13,35
ºC em 1995 para 13,8 ºC em 2010. Seguindo a tendência de aumento linear observada entre 1995 e 2010,
a temperatura média em 2012 deverá ser de
a)
b)
c)
d)
13,83 ºC.
13,86 ºC.
13,92 ºC.
13,89 ºC.
157
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
05 - (FUVEST SP)
Para ilustrar a dilatação dos corpos, um grupo de estudantes apresenta, em uma feira de ciências, o
instrumento esquematizado na figura acima. Nessa montagem, uma barra de alumínio com 30 cm de
comprimento está apoiada sobre dois suportes, tendo uma extremidade presa ao ponto inferior do
ponteiro indicador e a outra encostada num anteparo fixo. O ponteiro pode girar livremente em torno do
ponto O, sendo que o comprimento de sua parte superior é 10 cm e, o da inferior, 2 cm. Se a barra de
alumínio, inicialmente à temperatura de 25 ºC, for aquecida a 225 ºC, o deslocamento da extremidade
superior do ponteiro será, aproximadamente, de
NOTE E ADOTE
Coeficiente de dilatação linear do alumínio: 2 x 10–5 ºC–1.
a)
b)
c)
d)
e)
1 mm.
3 mm.
6 mm.
12 mm.
30 mm.
06 - (UECE) Uma haste metálica é composta de dois segmentos de mesmo tamanho e materiais
diferentes, com coeficientes de dilatação lineares a1 e a2. Uma segunda haste, feita de um único material,
tem o mesmo comprimento da primeira e coeficiente de dilatação a. Considere que ambas sofram o
mesmo aumento de temperatura e tenham a mesma dilatação. Assim, é correto afirmar-se que
a)
b)
c)
d)
a = (a1 + a2) / 2.
a = (a1 × a2) / (a1 + a2).
a = (a1 + a2) / (a1 × a2).
a = a1 + a2.
07 - (UDESC) Em um dia típico de verão utiliza-se uma régua metálica para medir o comprimento de um
lápis. Após medir esse comprimento, coloca-se a régua metálica no congelador a uma temperatura de 10ºC e esperam-se cerca de 15 min para, novamente, medir o comprimento do mesmo lápis. O
comprimento medido nesta situação, com relação ao medido anteriormente, será:
a)
b)
c)
d)
e)
maior, porque a régua sofreu uma contração.
menor, porque a régua sofreu uma dilatação.
maior, porque a régua se expandiu.
menor, porque a régua se contraiu.
o mesmo, porque o comprimento do lápis não se alterou.
158
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
08 - (UERJ) Considere X e Y dois corpos homogêneos, constituídos por
substâncias distintas, cujas massas correspondem, respectivamente, a 20 g
e 10 g.
O gráfico ao lado mostra as variações da temperatura desses corpos em
função do calor absorvido por eles durante um processo de aquecimento.
159
Determine as capacidades térmicas de X e Y e, também, os calores específicos das substâncias que os
constituem.
09 - (FCM MG) A figura abaixo mostra dois objetos metálicos, homogêneos, de mesmo material, cujas
dimensões estão destacadas.
Colocando-se os objetos em um ambiente isolado termicamente e recebendo a mesma quantidade de
calor, verifica-se que o objeto 2 apresenta, como característica térmica, em relação ao objeto 1:
a)
b)
c)
d)
uma temperatura 10 vezes menor.
um calor específico 10 vezes menor.
uma capacidade térmica 100 vezes maior.
um aumento do volume 1000 vezes maior.
10 - (UEL PR) O homem utiliza o fogo para moldar os mais diversos utensílios. Por exemplo, um forno é
essencial para o trabalho do ferreiro na confecção de ferraduras. Para isso, o ferro é aquecido até que se
torne moldável.
Considerando que a massa de ferro empregada na confecção de uma ferradura é de 0,5 kg, que a
temperatura em que o ferro se torna moldável é de 520 ºC e que o calor específico do ferro vale 0,1 cal/g
ºC, assinale a alternativa que fornece a quantidade de calor, em calorias, a ser cedida a essa massa de
ferro para que possa ser trabalhada pelo ferreiro.
Dado: temperatura inicial da ferradura: 20 ºC.
a)
b)
c)
d)
e)
25
250
2500
25000
250000
11 - (FUVEST SP) Em uma sala fechada e isolada termicamente, uma geladeira, em funcionamento, tem,
num dado instante, sua porta completamente aberta. Antes da abertura dessa porta, a temperatura da
sala é maior que a do interior da geladeira. Após a abertura da porta, a temperatura da sala,
a)
b)
c)
d)
e)
diminui até que o equilíbrio térmico seja estabelecido.
diminui continuamente enquanto a porta permanecer aberta.
diminui inicialmente, mas, posteriormente, será maior do que quando a porta foi aberta.
aumenta inicialmente, mas, posteriormente, será menor do que quando a porta foi aberta.
não se altera, pois se trata de um sistema fechado e termicamente isolado.
CADERNO DE ATIVIDADES
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12 - (UFRN) A potência de um condicionador de ar é medida em BTU (British Thermal Unit, ou Unidade
Termal Britânica). 1 BTU é definido como a quantidade necessária de energia para se elevar a temperatura
de uma massa de uma libra de água em um grau Fahrenheit.
O cálculo de quantos BTUs serão necessários para cada ambiente leva em consideração a seguinte regra:
600 BTUs por metro quadrado para até duas pessoas, e mais 600 BTUs por pessoa ou equipamento que
emita calor no ambiente.
160
De acordo com essa regra, em um escritório de 12 metros quadrados em que trabalhem duas pessoas e
que haja um notebook e um frigobar, a potência do condicionador de ar deve ser
a)
b)
c)
d)
15.600 BTUs.
8.400 BTUs.
7.200 BTUs.
2.400 BTUs.
13 - (UERJ) Em um reator nuclear, a energia liberada na fissão de 1 g de urânio é utilizada para evaporar
a quantidade de 3,6 x 104 kg de água a 227 oC e sob 30 atm, necessária para movimentar uma turbina
geradora de energia elétrica.
Admita que o vapor d’água apresenta comportamento de gás ideal.
O volume de vapor d’água, em litros, gerado a partir da fissão de 1 g de urânio, corresponde a:
a)
b)
c)
d)
1,32 x 105
2,67 x 106
3,24 x 107
7,42 x 108
14 - (UECE)
O gráfico abaixo ilustra a temperatura de certa quantidade de água em função da energia fornecida.
Considerando o calor específico do gelo 2090 J/(kg׺C) e 3,33´105 J/kg seu calor latente de fusão, a massa
de água gerada após fundir todo o gelo é, aproximadamente,
a)
b)
c)
d)
159 kg.
1 kg.
159 g.
1 g.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
15 - (FUVEST SP) O rótulo de um frasco contendo determinada substância X traz as seguintes informações:
Propriedade
Cor
Descrição ou valor
Incolor
Inflamabilidade
Odor
Não inf lamável
Adocicado
P onto de fusão
-23ºC
P onto de ebulição a1 atm
77ºC
Densidadea 25ºC
1,59 g / cm3
161
So lubilidade emágua a 25ºC 0,1 g / 100 g de H 2 O
a) Considerando as informações apresentadas no rótulo, qual é o estado físico da substância contida no
frasco, a 1 atm e 25 ºC? Justifique.
b) Em um recipiente, foram adicionados, a 25 ºC, 56,0 g da substância X e 200,0 g de água. Determine a
massa da substância X que não se dissolveu em água. Mostre os cálculos.
c) Complete o esquema abaixo, representando a aparência visual da mistura formada pela substância X
e água quando, decorrido certo tempo, não for mais observada mudança visual. Justifique.
Dado: densidade da água a 25ºC = 1,00 g / cm3
16 - (UFG GO) Em um dia ensolarado, uma criança brinca com uma lupa de diâmetro de 10 cm e resolve
derreter uma pequena pedra de gelo de massa 1g, focalizando a luz solar. Considere que a pedra de gelo
está inicialmente a uma temperatura de -14 ºC, que o valor da irradiação solar incidente é de 420 W/m2
e que o gelo absorve 80% dessa energia.
Dados:
1 cal » 4,2 J
Calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g
Calor específico do gelo: 0,50 cal/g × ºC
p»3
Considerando os dados apresentados, calcule:
a) a quantidade de energia em calorias para derreter completamente a pedra de gelo;
b) o tempo, em segundos, que a criança irá esperar até a pedra de gelo derreter-se completamente,
sendo, nesse caso, desprezado o calor do meio ambiente.
17 - (UFMG) Um copo com 200 g de água está inicialmente a 25°C. Carolina coloca 50 g de gelo, a 0°C,
nesse copo. Após algum tempo, todo o gelo derrete e toda água no copo está à mesma temperatura.
1. Considerando o sistema água e gelo isolado, Calcule a temperatura no instante em que esse
sistema chega ao equilíbrio térmico.
2. Assinalando com um X a quadrícula apropriada, Responda: Considerando-se, agora, o sistema
isolado como água, gelo e copo, o valor obtido para a temperatura do sistema será menor, igual
ou maior ao valor obtido no item 1, desta questão?
¨Menor.
¨Igual.
Justifique sua resposta.
¨Maior.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
18 - (MACK SP) Um estudante, no laboratório de Física de sua escola, forneceu
calor a um corpo de massa 50 g, utilizando uma fonte térmica de potência
constante. Com as medidas obtidas, construiu o gráfico ao lado, que representa
a quantidade de calor DQ recebida pelo corpo em função de sua temperatura
t. Analisando o gráfico, pode-se afirmar que o calor específico, no estado sólido
e o calor latente de vaporização da substância que constitui o corpo, valem,
respectivamente,
a)
b)
c)
d)
e)
0,6 cal/(g.ºC) e 12 cal/g
0,4 cal/(g.ºC) e 12 cal/g
0,4 cal/(g.ºC) e 6 cal/g
0,3 cal/(g.ºC) e 12 cal/g
0,3 cal/(g.ºC) e 6 cal/g
19 - (UEL PR) As moléculas que compõem o ar estão em constante movimento, independentemente do
volume no qual estejam contidas. Ludwig Boltzmann (1844-1906) colaborou para demonstrar
matematicamente que, em um determinado volume de ar, as moléculas possuem diferentes velocidades
de deslocamento, havendo maior probabilidade de encontrá-las em velocidades intermediárias. Assinale
a alternativa que contém o gráfico que melhor representa a distribuição de velocidades moleculares de
um gás dentro de certo volume, sob uma temperatura T.
a)
d)
b)
e)
c)
20 - (UFRN) O uso de tecnologias associadas às energias renováveis tem feito
ressurgir, em Zonas Rurais, técnicas mais eficientes e adequadas ao manejo de
biomassa para produção de energia. Entre essas tecnologias, está o uso do
fogão a lenha, de forma sustentável, para o aquecimento de água residencial.
Tal processo é feito por meio de uma serpentina instalada no fogão e
conectada, através de tubulação, à caixa d’água, conforme o esquema
mostrado na Figura ao lado.
162
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Na serpentina, a água aquecida pelo fogão sobe para a caixa d’água ao mesmo tempo em que a água fria
desce através da tubulação em direção à serpentina, onde novamente é realizada a troca de calor.
Considerando o processo de aquecimento da água contida na caixa d’água, é correto afirmar que este se
dá, principalmente, devido ao processo de
a)
b)
c)
d)
condução causada pela diminuição da densidade da água na serpentina.
convecção causada pelo aumento da densidade da água na serpentina.
convecção causada pela diminuição da densidade da água na serpentina.
condução causada pelo aumento da densidade da água na serpentina.
21 - (UEFS BA) Um balão estratosférico foi preenchido parcialmente com 300,0m3 de gás hélio, a 27°C,
no nível do mar.
Quando o balão atingiu uma determinada altura, onde a pressão é 1,0% da pressão no nível do mar e a
temperatura é de –53,0ºC, o volume ocupado pelo gás, em 104m3, era, aproximadamente, igual a
a)
b)
c)
d)
e)
1,5
1,8
2,0
2,2
2,5
22 - (UFT TO) Uma pessoa produz, em um ano, 1.562,5 kg de gás carbônico (CO2). Suponha que esta
massa de gás seja armazenada no interior de caixas cúbicas de arestas iguais a 1m, à temperatura de 79ºC
e sob pressão de 1atm.
Dados:
Massa atômica do Carbono: 12u
Massa atômica do Oxigênio: 16u
Constante universal dos gases:
8
J
mol × K
O número CORRETO de caixas necessário para armazenar a massa de gás carbônico produzida por esta
pessoa durante um ano é:
a)
b)
c)
d)
e)
10
103
106
1011
1022
23 - (UEM PR) Um balão metereológico que contém gás hélio, que se comporta como um gás ideal, é
lançado na atmosfera terrestre a partir do nível do mar. A 10 km de altitude, o volume do gás contido no
balão alcança 400 m3, enquanto sua pressão e sua temperatura são as mesmas do ambiente externo, ou
seja, 4,15 ´103 N/m2 e –23 °C.
Com base nessas informações e nos dados abaixo, assinale o que for correto.
Dados: R = 8,31 J/mol.k e M hélio = 4,0 ´ 10–3 Kg/ mol.
163
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
01. O comportamento físico desse gás pode ser analisado empregando-se a equação de Clapeyron e as
leis de Boyle-Mariotte e de Charles e Gay-Lussac.
02. O número de mols de átomos de gás contido no balão é de aproximadamente 800.
04. A velocidade média dos átomos do gás no interior do balão, a 10 km de altitude, é de
aproximadamente 1.250 m/s.
08. A energia interna do gás independe da temperatura em que ele se encontra.
16. A massa de gás hélio contida no balão é de aproximadamente 3,2 kg.
24 - (UFRN) O mergulho autônomo é uma atividade esportiva praticada nas cidades
litorâneas do Brasil. Na sua prática, mergulhadores, que levam cilindros de ar,
conseguem atingir profundidades da ordem de dezenas de metros.
A maior parte do corpo do mergulhador suporta bem as pressões em tais
profundidades, mas os pulmões são muito comprimidos e, portanto, ficam sujeitos
a fortes estresses. Assim, existe um limite máximo de profundidade a partir do qual
é possível ao mergulhador voltar rapidamente à superfície sem que o processo
compressão-descompressão do seu pulmão leve ao colapso dos alvéolos
pulmonares e até a hemorragias fatais.
DADOS:
Lei fundamental da hidrostática P = Po + mgh.
Lei de Boyle, PoVo = P1V1.
Aceleração da gravidade, g = 10,0m/s2
Considere a densidade da água do mar, mágua = 1,0 x 103kg/m3.
Pressão atmosférica ao nível do mar, Po = 1,0 atm = 1,0 x 105N/m2
Considerando Vo o volume do pulmão ao nível do mar, onde a pressão atmosférica é P o, e supondo que
os pulmões do mergulhador obedecem à lei geral dos gases a temperatura constante,
a) determine o valor da pressão sobre o mergulhador, quando ele se encontra a uma profundidade de
30m.
b) verifique se o mergulhador poderá ultrapassar a profundidade de 30 m, sabendo que o limite máximo
de contração do pulmão, sem que este sofra danos, é 25% do volume do pulmão na superfície.
Justifique sua resposta.
25 - (UDESC) Em um dia muito frio, quando os termômetros marcam –10ºC, um motorista enche os pneus
de seu carro até uma pressão manométrica de 200 kPa. Quando o carro chega ao destino, a pressão
manométrica dos pneus aumenta para 260 kPa.
Supondo que os pneus se expandiram de modo que o volume do ar contido neles tenha aumentado 10%,
e que o ar possa ser tratado como um gás ideal, a alternativa que apresenta o valor da temperatura final
dos pneus é:
a)
b)
c)
d)
e)
103 ºC
74 ºC
45 ºC
16 ºC
112 ºC
164
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
26 - (UFTM) Considere os processos termodinâmicos isobárico, isotérmico, isocórico e adiabático em um
gás ideal. É correto afirmar que, nos processos
a)
b)
c)
d)
e)
isotérmicos, a densidade do gás permanece constante.
isocóricos, a pressão diminui e a temperatura aumenta.
adiabáticos, ocorrem trocas de calor com o meio exterior.
isobáricos, a razão entre volume e temperatura é constante.
isobáricos, a pressão é proporcional ao volume.
27 - (UNESP) Os desodorantes do tipo aerossol contêm em sua formulação solventes e propelentes
inflamáveis. Por essa razão, as embalagens utilizadas para a comercialização do produto fornecem no
rótulo algumas instruções, tais como:
-
Não expor a embalagem ao sol.
Não usar próximo a chamas.
Não descartar em incinerador.
(www.gettyimagens.pt)
Uma lata desse tipo de desodorante foi lançada em um incinerador a 25 °C e 1 atm. Quando a temperatura
do sistema atingiu 621 °C, a lata explodiu. Considere que não houve deformação durante o aquecimento.
No momento da explosão a pressão no interior da lata era
a)
b)
c)
d)
e)
1,0 atm.
2,5 atm.
3,0 atm.
24,8 atm.
30,0 atm.
28 - (UEFS BA) Tomar chá preto, a 80°C, com uma quantidade de leite é hábito bastante comum entre
os londrinos. O valor dessa temperatura em ºF (Fahrenheit), que é o sistema utilizado na Inglaterra, é,
aproximadamente,
a)
b)
c)
d)
e)
165
169
172
176
180
165
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
29 - (UEM PR) Sobre as transformações termodinâmicas que podem ocorrer com um gás ideal confinado
em um cilindro com pistão, assinale o que for correto.
01. Um gás ideal realiza trabalho ao se expandir, empurrando o pistão contra uma pressão externa.
02. Em uma transformação adiabática ocorre troca de calor com a vizinhança.
04. A energia interna de uma amostra de gás ideal não varia, quando este sofre uma transformação
isovolumétrica.
08. Quando o gás ideal sofre uma compressão, o trabalho é realizado por um agente externo sobre o gás
ideal.
16. O gás ideal não realiza trabalho em uma transformação isovolumétrica.
30 - (UEFS BA) De acordo com seus conhecimentos de termodinâmica, marque com V as verdadeiras e
com F, as falsas.
( ) A energia interna de uma dada massa de gás é função exclusiva da temperatura termodinâmica.
( ) A área do diagrama pressão x volume representa, numericamente, o trabalho realizado por um gás.
( ) O fenômeno de expansão adiabática, que exibe a variação da energia interna DU < zero, pode ser
percebido em uma bomba de ar manual quando enche uma bola de ar.
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
a)
b)
c)
d)
e)
FFV
VVF
FVV
FVF
VVV
31 - (UEL PR) Um bloco de alumínio de massa 1 kg desce uma rampa sem atrito, de A até B, a partir do
repouso, e entra numa camada de asfalto (de B até C) cujo coeficiente de atrito cinético é mc = 1,3, como
apresentado na figura a seguir.
O bloco atinge o repouso em C. Ao longo do percurso BC, a temperatura do bloco de alumínio se eleva
até 33ºC. Sabendo-se que a temperatura ambiente é de 32ºC e que o processo de aumento de
temperatura do bloco de alumínio ocorreu tão rápido que pode ser considerado como adiabático, qual é
a variação da energia interna do bloco de alumínio quando este alcança o ponto C? Apresente os cálculos.
Dado: cal = 0,22 cal/gºC
166
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
32 - (UFF RJ) O ciclo de Stirling é um ciclo termodinâmico reversível utilizado em algumas máquinas
térmicas.
Considere o ciclo de Stirling para 1 mol de um gás ideal monoatônico ilustrado no diagrama PV.
167
Os processos AB e CD são isotérmicos e os processos BC e DA são isocóricos.
a) Preencha a tabela para a pressão, volume e temperatura nos pontos A, B, C, D. Escreva as suas
respostas em função de PA, VA, PC, VC e de R (constante universal dos gases). Justifique o
preenchimento das colunas P & T.
b) Complete a tabela com os valores do calor absorvido pelo gás (Q), da variação da sua energia interna
(DU) e do trabalho realizado pelo gás (W), medidos em Joule, em cada um dos trechos AB, BC, CD e
DA, representados no diagrama PV. Justifique o preenchimento das colunas para Q e DU.
33 - (PUC RS) Os histogramas a seguir mostram o calor Q e o trabalho W trocados por um gás com o meio
externo, bem como a variação da sua energia interna ΔU. O gás segue a equação geral dos gases (pV =
nRT) nos processos termodinâmicos apresentados.
De acordo com os respectivos histogramas, em ordem de apresentação, de cima para
baixo, os processos podem ser:
a)
b)
c)
d)
e)
adiabático – isotérmico – isovolumétrico – isobárico
adiabático – isovolumétrico – isotérmico – isobárico
isotérmico – isobárico – isovolumétrico – adiabático
isotérmico – adiabático – isovolumétrico – isobárico
isobárico – isotérmico – adiabático – isovolumétrico.
CADERNO DE ATIVIDADES
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34 - (UFG GO) A figura ao lado representa o ciclo de Otto para motores a
combustão interna. Nesse tipo de motor, a vela de ignição gera uma faísca que
causa a combustão de uma mistura gasosa. Considere que a faísca seja
suficientemente rápida, de modo que o movimento do pistão possa ser
desprezado.
168
A faísca e a liberação dos gases pelo escapamento ocorrem, respectivamente, nos pontos
a)
b)
c)
d)
e)
A e C.
B e A.
D e A.
D e B.
O e C.
35 - (UFG GO) Uma sala fechada de área 28 m2 (4 m ´ 7 m) e 3 m de altura possui paredes com 15 cm de
espessura, feitas de um material de condutividade térmica 0,8 WK-1 m-1. Para reduzir a temperatura da
sala de 10 ºC utiliza-se um aparelho de ar-condicionado, cuja potência de refrigeração é 12000 BTU/h com
consumo de energia elétrica de 90 W. Sua eficiência corresponde à razão de sua capacidade de
refrigeração pela energia elétrica consumida.
Dado:
1 BTU/h = 0,3 W
Com base nos dados, calcule:
a) a eficiência em porcentagem do aparelho de ar-condicionado;
b) a redução da potência de refrigeração do aparelho de ar-condicionado, em BTU/h, se o material das
paredes for de condutividade térmica 0,5 WK-1 m-1, sem qualquer alteração no piso e no teto.
36 - (PUCCAMP SP) A Revolução Industrial nos trouxe o desenvolvimento das máquinas térmicas, como,
por exemplo, uma locomotiva a vapor.
Determinada máquina térmica que funciona em ciclos, com frequência de 20 ciclos/s, recebe 800 J de
calor de uma fonte quente enquanto rejeita 600 J de calor para uma fonte fria em cada ciclo.
Está correto afirmar que
a) o período de funcionamento da máquina é de 0,5 s.
b) o trabalho realizado pela máquina vale 200 J, independentemente do tempo de funcionamento da
máquina.
c) a principal característica de uma máquina térmica é seu alto rendimento.
d) o rendimento dessa máquina é 75%.
e) a potência útil da máquina é de 4,0 kW.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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37 - (IFGO) Uma máquina de Carnot opera entre uma fonte quente a 1.770 ºC e uma fonte fria a 23 ºC .
Marque a alternativa que fornece o rendimento dessa máquina térmica.
a)
b)
c)
d)
e)
85,5%
14,5%
30,4%
42,2%
4,5%
38 - (UEPG PR) Considerando o diagrama P x V, no qual estão representadas
quatro transformações sucessivas (ab, bc, cd, da), sofridas por um sistema
constituído por uma determinada massa de gás, analise o diagrama ao lado e
assinale o que for correto.
01.
02.
04.
08.
16.
Na transformação "ab", o sistema recebeu calor do meio exterior.
Na transformação "da", o sistema recebeu calor do meio exterior.
Na transformação "cd" a energia interna do sistema foi reduzida e foi nulo o trabalho realizado.
Na transformação "bc", a energia interna do sistema permaneceu constante.
Considerando o ciclo total, isto é, as quatro transformações, a energia interna do sistema diminuiu.
TEXTO: 1 - Comum à questão: 39
Dados:
Aceleração da gravidade: 10 m/s2
Densidade do mercúrio: 13,6 g/cm3
Pressão atmosférica: 1,0x105 N/m2
Constante eletrostática: k0 = 1/4pe0 = 9,0x109 N.m2/C2
39 - (UFPE) O balão de vidro da figura contém um gás ideal à temperatura de 27 ºC. O balão está
conectado a um tubo em U contendo mercúrio, através de um capilar fino. A outra extremidade do tubo
em U está aberta para a atmosfera. Se a região onde está localizado o balão é aquecida para uma
temperatura de 129 ºC, determine o desnível alcançado pelas colunas de mercúrio dado pela altura h.
Despreze o volume do gás que penetra no braço esquerdo do tubo em comparação com o volume do
balão. Dê a sua resposta em centímetros.
TEXTO: 2 - Comum às questões: 40, 41
A ideia da geoengenharia é minimizar o aquecimento global por meio de mecanismos artificiais de
controle da incidência de radiação solar sobre a superfície terrestre e de sequestro do CO 2 atmosférico,
retido por plantas, terrestres e aquáticas, e em formações geológicas profundas.
Dentre esses mecanismos, destacam-se:
169
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Fertilização Oceânica
Semear compostos de ferro na superfície do mar para alimentar algas que, ao fazerem fotossíntese,
retiram dióxido de carbono do ar, que será posteriormente utilizado na impregnação de suas membranas
para formar “carapaças”, que se depositam no fundo do mar, quando elas morrem.
Clareamento Terrestre
Pintar de branco casas e estradas ou plantar vegetais mais claros, seria possível refletir parte da radiação
solar que hoje aquece a Terra, ao incidir sobre superfícies mais escuras.
Fábricas de Nuvens
Borrifar no céu, usando navios, um “spray” de água do mar ou outras partículas que favorecem a
agregação de gotículas d’água e a formação de nuvens refletoras. No mar tropical, isso reduziria a
temperatura da água e evitaria furacões.
(NETZEL, 2012, p. 12).
40 - (Unifacs BA) Considere a intensidade da radiação solar que atinge o limite superior da atmosfera
igual a 1367W/m2. A “nuvem espacial” desvia 10% dessa radiação e o restante, apenas 70%, se refrata
para a atmosfera, atingindo a superfície terrestre.
Partindo-se dessas considerações e admitindo-se que os raios solares incidam perpendicularmente,
durante 5h, sobre um recipiente de área igual a 100,0m2 e que toda energia seja absorvida por 1,0´105kg
água, de calor específico igual a 4J/g.ºC, é correto afirmar que a variação da temperatura da água será
igual, em ºC, a
01.
02.
03.
04.
05.
2,7
3,9
4,8
5,1
7,5
41 - (Unifacs BA) Sobre o processo da irradiação térmica e dos fenômenos ondulatórios, é correto afirmar:
01. O processo da irradiação térmica envolve exclusivamente os raios infravermelhos.
02. O poder emissor do corpo negro é diretamente proporcional à temperatura absoluta.
03. A radiação que incide perpendicularmente sobre a superfície polida de cor branca não obedece às
leis da reflexão.
04. Uma garrafa de vidro pintada com tinta branca mantém um líquido aquecido por mais tempo do que
a garrafa de vidro pintada com tinta preta, contendo o líquido nas mesmas condições.
05. Uma garrafa de vidro pintada com tinta preta mantém um líquido aquecido por mais tempo do que
uma garrafa de vidro pintada com tinta metálica, contendo o líquido nas mesmas condições.
TEXTO: 3 - Comum à questão: 42
Criada em 2008, como laboratório de projetos e ponto de conscientização para funcionários da
entidade, a Casa Eficiente da Fiocruz abriu as portas ao público no Dia Mundial da Saúde. A ideia é
mostrar que é possível uma casa mais ecológica a partir de pequenas iniciativas.
170
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
A casa é toda feita de madeira escura e certificada, com um jardim que aproveita garrafas PET para
acomodar mudas de planta. Já do lado de fora, avistam-se as três caixas d’água que a abastecem:
uma convencional, outra que coleta água da chuva e uma terceira que se liga ao aquecedor feito de
garrafas plásticas e embalagens tetrapack pintadas de preto.
O espaço concentra outras iniciativas sustentáveis, uma central de compostagem que transforma
80% dos galhos e das folhas recolhidas no campus em adubo. (GUIMARÂES, 2011).
GUIMARÃES, Saulo Pereira. Casa Verde. Ciência Hoje.
Disponível em:< http://www.cienciahoje.uol.com.br/
blo gues/ bussola/2011/05/casaverde>. Acesso em: 27 jul. 2011.
42 - (UNEB) Uma análise das informações do texto associadas aos conhecimentos de Física permite
afirmar:
01. A madeira, resistente à dilatação térmica, possui um coeficiente de dilatação volumétrica de valor
numérico elevado.
02. O espectro da radiação luminosa refletida pelas folhas verdes da vegetação que cobre o telhado da
casa é igual ao da radiação luminosa incidente.
03. O coeficiente de condutividade térmica da madeira escura, utilizada na construção da casa verde,
varia em proporção inversa com a espessura da parede de madeira.
04. A água quente contida em uma garrafa plástica pintada de tinta preta esfria mais rápido do que a
água quente, com a mesma temperatura, contida em uma garrafa plástica pintada de tinta branca.
05. A quantidade de calor absorvida pela massa de água contida em um aquecedor ecológico é igual a IA,
em que I é a intensidade da radiação solar e A é a área do aquecedor na qual ocorre a incidência
perpendicular da radiação.
GABARITO:
1) Gab: D
2) Gab: 01
3) Gab: A
4) Gab: B
5) Gab: C
6) Gab: A
7) Gab: A
8) Gab:
Capacidades térmicas
CX = 10 cal/K
CY = 4 cal/K
Calores específicos
cX = 0,5 cal×g–1×K–1
cY = 0,4 cal×g–1×K–1
9) Gab: A
10) Gab: D
11) Gab: C
12) Gab: B
13) Gab: B
14) Gab: D
15) Gab:
a) A 25ºC, a substância está no estado
líquido
171
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
b) Para cada 100g de água a 25ºC, a
quantidade de X que forma solução
saturada é igual a 0,1g. Logo:
100g H2O ¾ 0,1g X
200g H2O ¾ m
m = 0,2g (dissolvido)
c)
2015
2. Para se determinar a temperatura de
equilíbrio do novo sistema, pode-se fazer o
equilíbrio entre o copo inicialmente a 25ºC
com toda a água (250g) à 4,0ºC. A temperatura
de equilíbrio estará entre 4,0ºC e 25ºC. Logo, o
valor obtido para a temperatura do sistema
será maior do que 4,0ºC.
massa não dissolvida = 56,0g – 0,2g = 18) Gab: B
55,8g
19) Gab: A
Como a substância X é mais densa que
água, a massa de X não dissolvida ficará 20) Gab: C
no fundo do recipiente.
21) Gab: D
22) Gab: B
23) Gab: 23
24) Gab:
a) 4 atm.
b) Uma vez que a Lei de Boyle relaciona as
pressões e os volumes iniciais e finais de
16) Gab:
um gás à temperatura constante,
a) Q = 87 cal
conhecendo-se o valor da pressão inicial
b) Dt = 145 s
Po e a relação entre os volumes inicial Vo
(volume do pulmão na superfície) e final
17) Gab:
V1 (volume do pulmão a uma
1. Em um sistema isolado, a soma algébrica das
profundidade de 30 m), e considerandoquantidades de calor trocadas no interior do
se que V1 poderá atingir uma contração
sistema é nula.
máxima correspondente a 25% de Vo,
pode-se escrever
Q1 + Q2' + Q2" = 0
V1 = (25/100)x Vo = 0,25xV0.
Q1: calor cedido pelos 200 g de água
Q2': o calor absorvido pelos 50g de gelo
Substituindo os valores na expressão da
Q2": calor absorvido pelos 50g de água
Lei de Boyle (PoVo = P1V1), calcula-se a
pressão capaz de comprimir em 25% o
No equilíbrio térmico, a temperatura do
volume (Vo) do pulmão. E, a partir daí,
sistema é a mesma em todos os pontos.
verifica-se se o mergulhador pode
m1 × c × (T – T1) + m2Lfusão + m2 × c × (T – T2) = 0
ultrapassar o limite de 30m.
200 × 1,0 × (T – 25) + 50 × 80 + 50 × 1,0 × (T – 0) =
0
2,5 × 102T = 10 × 10 × 102
T = 4,0 ºC
172
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
P1V1 = P0V0 ® P1 = PoVo/V1 ® P1 =
1x105xVo/V1 ®
P1 = 1x105xVo/0,25Vo ® P1 = 1x105/0,25
= (1/0,25)x105
P1 = 4x105 N/m2
Uma vez que 4x105 N/m2 é exatamente
igual à pressão sobre o mergulhador a
30m de profundidade, então ele não
poderá ultrapassar essa profundidade
sem que o seu pulmão possa vir a sofrer
danos.
31) Gab:
De A até B: bloco desliza sem atrito, sistema é
conservativo, então a energia mecânica se
conserva: DE = 0.
Energia potencial do bloco é: Ubloco = mgh
Energia cinética do bloco é: Tbloco =
1
2
mv2
Desse modo:
Mgh = 1 v2, onde M = 1 kg
2
v2
= 2gh
v = 2 gh
substituindo os valores g = 10 m/s2, h = 5 m,
tem-se:
v = 10 m/s.
f = mcN = mc×m×g = 1,3 ´ (1Kg) ´ (10,0
como vf = 0, tem-se:
1
1
mv2f - mvi2 = - f × x ,
2
2
onde x é a distância
percorrida de B até C.
) = 13N
13x, substituindo
os valores de m = 1kg e vi = 10 m/s, tem-se x =
3,85 m
173
Como o processo é adiabático, não há troca de
calor com a vizinhança. O sistema
termodinâmico nesse caso é o bloco e pela 1ª
Lei da termodinâmica, DU = Q – W
Tem-se que Q = mcalDT, onde DT = 33ºC – 32ºC
= 1ºC
Desse modo, Q = (1kg)x(0,22 cal/gºC)x1ºC =
(1000g)x(0,22cal/gºC)x1ºC = 220 cal
Q = 220 cal que em termos de Joule é Q =
921,8 J.
O trabalho externo realizado sobre o corpo é
o trabalho da força de atrito cinético, portanto
é negativo.
Wf = fx = 50 J
Pela 1ª Lei DU = Q - (-W) = 921,8 J + 50 J = 971,8
J.
DU = 971,8 J.
De B até C existe atrito, portanto o sistema é
não conservativo e a energia mecânica não se 32) Gab:
a)
conserva, sendo DE = Wf, onde Wf é o trabalho
realizado pela força de atrito sobre o bloco.
Nesse caso, a variação da energia mecânica do
bloco é somente variação de energia cinética,
tal que:
DE = DT = Wf
1
mvi2 =
2
m
s2
CADERNO DE ATIVIDADES
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2015
b)
174
33) Gab: D
34) Gab: D
35) Gab:
a) e = 400%.
b) DP = 4400 BTU/h.
36) Gab: E
37) Gab: A
38) Gab: 13
39) Gab: 25 cm
40) Gab: 02
41) Gab: 04
42) Gab: 04
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2015
ÓPTICA
01 - (UFRN) Numa projeção de filme, o projetor foi colocado a 12m de distância da tela. Isto fez com que
aparecesse a imagem de um homem com 3m de altura. Numa sala menor, a projeção resultou na imagem
de um homem com apenas 2m de altura. Nessa nova sala, a distância do projetor em relação à tela era
de
175
a)
b)
c)
d)
18m.
8m.
36m.
9m.
02 - (UNIFOR CE) Fisicamente a luz é uma forma de energia radiante que se propaga por meio de ondas
eletromagnéticas. A luz é o agente físico responsável pela sensação visual. Quando a luz incide em uma
superfície pode ocorrer vários fenômenos: REFLEXÃO REGULAR, REFLEXÃO DIFUSA, REFRAÇÃO OU
ABSORÇÃO DOS RAIOS LUMINOSOS.
Um feixe de raios de luz paralelos entre si, incide sobre quatro superfícies como mostram as figuras abaixo
e grande parte destes raios sofrem os seguintes fenômenos ópticos:
(Fig. 1) Na superfície S , os raios da luz incidente volta ao meio com raios que continuam paralelos.
(Fig. 2) Na superfície S os raios da luz incidentes não são mais refletidos paralelos entre si.
(Fig. 3) Na superfície S os raios da luz incidentes atravessam a superfície e ainda seguem paralelos.
(Fig. 4) Na superfície S4 os raios de luz incidentes são absorvidos.
1
2
3
Com base nos fenômenos ocorridos pode–se concluir que as superfícies são:
a) A superfície S é rugosa, S separa dois meios transparentes S é metálica e muito bem polida, e S é um
corpo de superfície preta.
b) A superfície S é metálica e muito bem polida, S é um corpo de superfície preta, S separa dois meios
transparentes, e S é rugosa.
c) A superfície S é metálica e muito bem polida, S é rugosa, S separa dois meios transparentes, e S é um
corpo de superfície preta.
d) A superfície S separa dois meios transparentes, S é rugosa, S é metálica e muito bem polida, e S é um
corpo de superfície preta.
e) A superfície S1 é metálica e muito bem polida, S2 separa dois meios transparentes, S3 é rugosa, e S4 é
um corpo de superfície preta.
1
2
3
1
4
2
3
4
1
1
2
3
2
4
3
4
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03 - (FUVEST SP) Um jovem, em uma praia do Nordeste, vê a Lua a Leste, próxima ao mar. Ele observa
que a Lua apresenta sua metade superior iluminada, enquanto a metade inferior permanece escura. Essa
mesma situação, vista do espaço, a partir de um satélite artificial da Terra, que se encontra no
prolongamento do eixo que passa pelos pólos, está esquematizada (parcialmente) na figura, onde J é a
posição do jovem.
Pode-se concluir que, nesse momento, a direção dos raios solares que se dirigem para a Terra é melhor
representada por:
A seta curva indica o sentido de rotação da Terra:
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
04 - (FMTM MG) O princípio da reversibilidade da luz fica bem exemplificado quando:
a)
b)
c)
d)
e)
holofotes iluminam os atores em um teatro.
se observa um eclipse lunar.
um feixe de luz passa pela janela entreaberta.
a luz polarizada atinge o filme fotográfico.
duas pessoas se entreolham por meio de um espelho.
05 - (UFG GO) Alguns veículos possuem espelhos retrovisores convexos no lado direito e, em alguns
desses espelhos, lê-se a seguinte frase:
“Objetos no espelho estão mais próximos do que parece.”
Isso ocorre porque o cérebro associa o tamanho da imagem com o inverso da distância. Essa associação
deve-se ao fato de que quanto maior for a distância do objeto ao observador menor será a imagem
formada na retina.
Um automóvel possui um retrovisor direito convexo com raio de curvatura R. Seu motorista observa por
esse espelho, localizado a uma distância R do seu olho, um automóvel de 2,0 metros de altura que se
encontra a 20R de distância do espelho.
Considerando o exposto, calcule:
a) o tamanho da imagem no espelho retrovisor;
b) a distância, como estimada pelo cérebro, do objeto ao espelho retrovisor.
176
CADERNO DE ATIVIDADES
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06 - (ACAFE SC) Acoplados nos espelhos de alguns carros são colocados espelhos esféricos convexos para
o motorista observar os carros detrás.
A alternativa correta que mostra a vantagem de se usar um espelho desse tipo em relação a um espelho
plano está no fato de que:
a)
b)
c)
d)
o campo visual é maior.
as imagens dos carros ficam maiores.
as imagens dos carros são reais.
as distâncias das imagens ao espelho são maiores do que as distâncias dos carros ao espelho.
07 - (MACK SP) Um pequeno objeto foi colocado sobre o eixo principal de um espelho esférico côncavo,
que obedece às condições de Gauss, conforme ilustra a figura ao lado. O raio da esfera, da qual foi retirada
a calota que constitui o espelho, mede 1,00 m. Nessas condições, a distância entre esse objeto e sua
respectiva imagem conjugada é de
a)
b)
c)
d)
e)
240 cm
150 cm
75 cm
60 cm
50 cm
08 - (UDESC) Consultando o manual de um automóvel, na seção de retrovisores laterais, você se depara
com a seguinte afirmação: “os espelhos dos retrovisores laterais são convexos a fim de ampliar o ângulo
de visão. Assim, os objetos observados nos espelhos retrovisores estão, na realidade, mais próximos do
que parecem”.
Suponha que você esteja dirigindo e observa dois carros alinhados atrás do seu; o primeiro (carro 1) a
uma distância de 5,0 m do espelho retrovisor lateral do motorista, e o segundo (carro 2) a uma distância
de 10,0 m do mesmo espelho retrovisor.
Considerando o retrovisor lateral como um espelho esférico convexo de raio de curvatura igual a 5,0 m,
e que os carros 1 e 2 possuem a mesma altura real, a razão entre as alturas das imagens do carro 1 (y’1) e
do carro 2 (y’2), formadas no espelho retrovisor lateral do carro, é:
a)
b)
c)
d)
e)
y’1 / y’2 = 1
y’1 / y’2 = 2/3
y’1 / y’2 = 3/2
y’1 / y’2 = 3
y’1 / y’2 = 5/3
177
CADERNO DE ATIVIDADES
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09 - (FUVEST SP) Um rapaz com chapéu observa sua imagem em um espelho plano e vertical. O espelho
tem o tamanho mínimo necessário, y = 1,0 m, para que o rapaz, a uma distância d = 0,5 m, veja a sua
imagem do topo do chapéu à ponta dos pés. A distância de seus olhos ao piso horizontal é h = 1,60 m. A
figura da questão “a” ilustra essa situação e, em linha tracejada, mostra o percurso do raio de luz relativo
à formação da imagem do ponto mais alto do chapéu.
a) Desenhe, na figura abaixo, o percurso do raio de luz relativo à formação da imagem da ponta dos pés
do rapaz.
b) Determine a altura H do topo do chapéu ao chão.
c) Determine a distância Y da base do espelho ao chão.
d) Quais os novos valores do tamanho mínimo do espelho ( y’ ) e da distância da base do espelho ao
chão ( Y’ ) para que o rapaz veja sua imagem do topo do chapéu à ponta dos pés, quando se afasta
para uma distância d’ igual a 1 m do espelho?
NOTE E ADOTE
O topo do chapéu, os olhos e a ponta dos pés do rapaz estão em uma mesma linha vertical.
10 - (PUC SP) Um aluno colocou um objeto “O” entre as superfícies refletoras de
dois espelhos planos associados e que formavam entre si um ângulo q, obtendo n
imagens. Quando reduziu o ângulo entre os espelhos para q/4, passou a obter m
imagens. A relação entre m e n é:
a)
b)
c)
d)
e)
m = 4n + 3
m = 4n – 3
m = 4(n + 1)
m = 4(n – 1)
m = 4n
11 - (UNESP) Sejam dois espelhos planos (E1 e E2), posicionados verticalmente,
com suas faces espelhadas voltadas uma para outra, e separados por uma
distância d, em centímetros. Suspensos por finas linhas, dois pequenos anéis (A
e B) são posicionados entre esses espelhos, de modo que as distâncias de A e B
ao espelho E1 sejam, respectivamente, a e b, em centímetros, e a distância
vertical entre os centros dos anéis seja h, em centímetros, conforme mostra a
figura ao lado.
Determine o ângulo de incidência a, em relação à horizontal, em função de a,
b, d e h, para que um feixe de luz atravesse o anel A, se reflita nos espelhos E 1,
E2 e E1 e atravesse o anel B, como indica o percurso na figura. Admita que os
ângulos de incidência e de reflexão do feixe de luz sobre um espelho sejam
iguais.
178
CADERNO DE ATIVIDADES
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12 - (UEM PR) Um homem, de 1,80 m de altura, está parado sobre uma superfície plana a 2,0 m de um
espelho plano que está à sua frente. Ele observa no espelho toda a extensão de seu próprio corpo, dos
pés à cabeça, e um poste, de 2 m de altura, disposto 3 m atrás de si. Com base nessas informações, assinale
o que for correto.
01. A imagem observada pelo homem no espelho plano é direita, virtual, igual e enantiomorfa.
02. O espelho possui uma altura mínima de 90 cm.
04. Se o homem der um passo para frente, diminuindo sua distância em relação ao espelho em 40 cm,
ele não observará mais sua imagem, dos pés à cabeça, no espelho plano.
08. À distância do poste até a imagem do homem, formada no espelho plano, é de 5,0 m.
16. A distância do homem à sua imagem, formada no espelho plano, é o dobro da distância do homem
até o espelho.
13 - (UCB DF) A respeito da refração da luz, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros
e (F) para os falsos.
00.
01.
02.
03.
04.
O arco-íris é uma decorrência do fenômeno da refração.
Quando um raio de luz passa do ar para a água, o ângulo-limite forma-se na água.
Não pode ocorrer refração sem reflexão simultânea.
É impossível impedir que a luz proveniente de uma fonte luminosa na água propague-se no ar.
Considerando que o índice de refração do vidro é da ordem de 1,5 e o da água de, aproximadamente,
1,3, conclui-se que a velocidade da luz no vidro é maior que na água.
14 - (UFG GO) Em um recipiente com um líquido de índice de refração
aproximadamente igual a 2 , incide-se um feixe de luz, variando-se o
ângulo de incidência com o intuito de medir a inclinação do fundo do
recipiente. Verificou-se que o ângulo de incidência q = 45º é o ângulo limite
para que a luz refletida no fundo do recipiente não retorne para o meio
externo, conforme ilustra a figura ao lado.
Com base no exposto, calcule:
a) o ângulo limite de reflexão interna total desse líquido;
b) o ângulo d de inclinação do fundo.
15 - (UEM PR) Assinale o que for correto.
01. Um conjunto constituído de dois meios homogêneos e transparentes à passagem da luz visível,
separados por uma superfície plana, é chamado de dioptro plano.
02. Se o índice de refração da água contida em uma piscina é maior que o do ar, a profundidade de uma
piscina contendo água, quando observada do ar e da lateral da piscina, é sempre menor que sua
profundidade real.
04. A luz visível que atravessa uma lâmina de faces paralelas, fazendo um ângulo de 30º com relação a
normal a essa superfície, é desviada lateralmente em relação à sua direção de incidência.
08. A luz visível polarizada não sofre refração ao atravessar um dioptro plano.
16. A luz visível polarizada não obedece à lei de Snell ao atravessar uma lâmina de faces paralelas.
179
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
16 - (UFF RJ) O fenômeno da miragem, comum em desertos, ocorre em locais onde a temperatura do
solo é alta. Raios luminosos chegam aos olhos de um observador por dois caminhos distintos, um dos
quais parece proveniente de uma imagem especular do objeto observado, como se esse estivesse ao lado
de um espelho d’água (semelhante ao da superfície de um lago).
Um modelo simplificado para a explicação desse fenômeno é mostrado na figura abaixo.
180
O raio que parece provir da imagem especular sofre refrações sucessivas em diferentes camadas de ar
próximas ao solo.
Esse modelo reflete um raciocínio que envolve a temperatura, densidade e índice de refração de cada
uma das camadas.
O texto abaixo, preenchidas suas lacunas, expõe esse raciocínio.
“A temperatura do ar ___________________ com a altura da camada, provocando _________________
da densidade e _________________ do índice de refração; por isso, as refrações sucessivas do raio
descendente fazem o ângulo de refração ______________ até que o raio sofra reflexão total,
acontecendo o inverso em sua trajetória ascendente até o olho do observador”.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.
a)
b)
c)
d)
e)
aumenta – diminuição – aumento – diminuir
aumenta – diminuição – diminuição – diminuir
diminui – aumento – aumento – aumentar
diminui – aumento – diminuição – aumentar
não varia – diminuição – diminuição – aumentar
17 - (UFPR) Ao incidir sobre um prisma de vidro, um feixe de luz branca é
decomposto em várias cores. Esse fenômeno acontece porque as ondas
eletromagnéticas de diferentes comprimentos de onda se propagam no
vidro com diferentes velocidades, de modo que o índice de refração n tem
valor diferente para cada comprimento de onda. O estudo das
propriedades óticas de um pedaço de vidro forneceu o gráfico ao lado para
o índice de refração em função do comprimento de onda l da luz. Suponha
a velocidade da luz no vácuo igual a 3,0 ´ 108 m/s. Com base nos conceitos
de ótica e nas informações do gráfico, assinale a alternativa correta.
a) Luz com comprimento de onda entre 450 nm e 550 nm se propaga no vidro com velocidades de
mesmo módulo.
b) A frequência da luz com comprimento de onda 600 nm é de 3,6 ´ 108 Hz.
c) O maior índice de refração corresponde à luz com menor frequência.
d) No vidro, a luz com comprimento de onda 700 nm tem uma velocidade, em módulo, de 2,5 ´ 108 m/s.
e) O menor índice de refração corresponde à luz com menor velocidade de propagação no vidro.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
18 - (UNICAMP SP) A radiação Cerenkov ocorre quando uma partícula carregada atravessa um meio
isolante com uma velocidade maior do que a velocidade da luz nesse meio. O estudo desse efeito rendeu
a Pavel A. Cerenkov e colaboradores o prêmio Nobel de Física de 1958. Um exemplo desse fenômeno
pode ser observado na água usada para refrigerar reatores nucleares, em que ocorre a emissão de luz
azul devido às partículas de alta energia que atravessam a água.
a) Sabendo-se que o índice de refração da água é n = 1,3, calcule a velocidade máxima das partículas na
água para que não ocorra a radiação Cerenkov. A velocidade da luz no vácuo é c = 3,0 × 108m/s.
b) A radiação Cerenkov emitida por uma partícula tem a forma de um cone, como ilustrado na figura
abaixo, pois a sua velocidade, vp , é maior do que a velocidade da luz no meio, vl . Sabendo que o cone
formado tem um ângulo θ = 50º e que a radiação emitida percorreu uma distância d = 1,6m em t =
12ns, calcule vp.
Dados: cos50º = 0,64 e sen50º = 0,76.
19 - (FUVEST SP)
Uma fibra ótica é um guia de luz, flexível e transparente, cilíndrico, feito de sílica ou polímero, de diâmetro
não muito maior que o de um fio de cabelo, usado para transmitir sinais luminosos a grandes distâncias,
com baixas perdas de intensidade. A fibra ótica é constituída de um núcleo, por onde a luz se propaga e
de um revestimento, como esquematizado na figura acima (corte longitudinal). Sendo o índice de refração
do núcleo 1,60 e o do revestimento, 1,45, o menor valor do ângulo de incidência q do feixe luminoso, para
que toda a luz incidente permaneça no núcleo, é, aproximadamente,
a)
b)
c)
d)
e)
45º.
50º.
55º.
60º.
65º.
181
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
20 - (UFBA) As fibras ópticas são longos fios finos, fabricados com vidro ou materiais poliméricos, com
diâmetros da ordem de micrômetros até vários milímetros, que têm a capacidade de transmitir
informações digitais, na forma de pulsos de luz, ao longo de grandes distâncias, até mesmo ligando os
continentes através dos oceanos.
Um modo de transmissão da luz através da fibra ocorre pela incidência de um feixe de luz,
em uma das extremidades da fibra, que a percorre por meio de sucessivas reflexões. As
aplicações das fibras ópticas são bastante amplas nas telecomunicações e em outras áreas,
como a medicina, por exemplo. Uma vantagem importante da fibra óptica, em relação aos
fios de cobre, é que nela não ocorre interferência eletromagnética.
Supondo que uma fibra óptica encontra-se imersa no ar e que o índice de refração da fibra óptica é igual
a
3
2
, calcule o maior ângulo de incidência de um raio de luz em relação ao eixo da fibra, para que ele
seja totalmente refletido pela parede cilíndrica.
21 - (UDESC) Um sistema de lâminas é constituído por duas lâminas de faces paralelas, uma de espessura
L1 e outra de espessura L2, separadas por uma camada de ar de espessura LAr, que é igual à soma das
espessuras das duas lâminas de vidro. Um raio luminoso propaga-se no ar, incide perpendicularmente à
face da primeira lâmina, atravessa o sistema de lâminas e volta a propagar-se no ar.
Sendo n1 e n2, respectivamente, os índices de refração do vidro da primeira lâmina e do vidro da segunda
lâmina, e nAr = 1 o índice de refração do ar, então a razão entre o tempo gasto pela luz para atravessar o
sistema de lâminas e o tempo gasto pela luz para percorrer esse mesmo percurso no ar e representada
por:
a)
L1 (1 + n1 ) + L 2 (1 + n 2 )
2(L1 + L 2 )
b)
L1 / n 2 + L 2 / n 1
n 2 L1 + n 1L 2
c)
n1 + n2
d)
n1L1 + L Ar + n 2 L 2
L1 + L Ar / 2 + L 2
e)
n 1L1 + n 2 L 2
L1 + L 2
22 - (UEPG PR) Uma lâmina de faces paralelas de índice de refração n é completamente imersa em um
meio líquido com índice de refração n. Com relação a esse evento físico, assinale o que for correto.
01.
02.
04.
08.
16.
Ao passar do líquido para a lâmina, a luz não sofre refração.
Ao passar da lâmina para o líquido, a luz não sofre refração.
A velocidade de propagação da luz nos dois meios é a mesma.
A luz incidente do meio líquido não sofre reflexão, ao incidir sobre a lâmina.
Por terem o líquido e a lâmina o mesmo índice de refração, a luz não sofre nenhuma alteração, ao
passar através deles.
182
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
23 - (UNIOESTE PR) Um raio luminoso incide sobre um cubo de plástico transparente
formando um ângulo q com uma das faces e emerge na face seguinte também
formando um ângulo q, como mostra a figura. O desvio sofrido pelo raio, entre entrar
e sair do cubo, é, também, q. Considerando estes dados e que o meio circundante
seja o ar, o valor do índice de refração do plástico de que é feito o cubo vale
a)
b)
c)
d)
e)
1,5.
(3/2)1/2.
(4/3)1/2.
(5/2)1/2.
(5/3)1/2.
183
24 - (UFG GO) O arco-íris é um fenômeno ótico em que a luz solar incide nas gotículas de água suspensas
na atmosfera, gerando as cores do espectro eletromagnético. Nesse fenômeno, em que ordem ocorrem
os processos físicos envolvidos?
a)
b)
c)
d)
e)
Refração, dispersão, reflexão e refração.
Dispersão, refração, reflexão e refração.
Dispersão, reflexão, refração e transmissão.
Refração, dispersão, transmissão e refração.
Refração, reflexão, refração e dispersão.
25 - (UFF RJ) Uma das principais diferenças entre câmeras fotográficas digitais e analógicas é o tamanho
do sistema que armazena a luz do objeto fotografado. Em uma câmera analógica, o sistema utilizado é
um filme de 24 mm de altura e 36 mm de largura. Nas câmeras digitais, o sensor possui 16 mm de altura
por 24 mm de largura, aproximadamente. Tanto o filme quanto o sensor são colocados no plano onde se
forma a imagem.
Possuímos duas câmeras, uma analógica e uma digital. A distância focal da lente da câmera analógica é
fa = 50 mm. Queremos fotografar um objeto de altura h = 480 mm.
a) Utilizando a câmera analógica, calcule a distância D entre a lente e o filme, e a distância L entre a
lente e o objeto a ser fotografado, de forma que a imagem ocupe a altura máxima do filme e esteja
em foco.
b) Utilizando agora a câmera digital, calcule a distância D’ entre a lente e o sensor e a distância focal da
lente fd, de forma que o mesmo objeto, situado à mesma distância L do caso analógico, esteja em
foco e ocupe a altura máxima do sensor.
26 - (UNESP) Em um experimento didático de óptica geométrica, o professor
apresenta aos seus alunos o diagrama da posição da imagem conjugada por
uma lente esférica delgada, determinada por sua coordenada p’, em função da
posição do objeto, determinada por sua coordenada p, ambas medidas em
relação ao centro óptico da lente.
Analise as afirmações.
I. A convergência da lente utilizada é 5 di.
II. A lente utilizada produz imagens reais de objetos colocados entre 0 e 10 cm de seu centro óptico.
III. A imagem conjugada pela lente a um objeto linear colocado a 50 cm de seu centro óptico será
invertida e terá
1
4
da altura do objeto.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Está correto apenas o contido em
a)
b)
c)
d)
e)
II.
III.
I e II.
I e III.
II e III.
27 - (PUCCAMP SP) Os projetores são aparelhos que ampliam e projetam em anteparos as imagens de
objetos gravados (filmes, slides).
Em uma sala de projeção, a distância do projetor ao anteparo é de 5,1 m e o filme, fortemente iluminado,
é colocado a 102 mm da lente do projetor. Sabendo que a imagem do filme projetada no anteparo é
nítida, pode-se afirmar corretamente que a distância focal da lente, em cm, e o aumento linear transversal
valem, respectivamente,
a)
b)
c)
d)
e)
10 e 100
10 e –50
–10 e –100
–10 e 50
–20 e 25
28 - (IFPE) Analisando os três raios notáveis de lentes esféricas convergentes, dispostas pela figura abaixo,
podemos afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
Apenas um raio está correto.
Apenas dois raios são corretos.
Os três raios são corretos.
Os raios notáveis dependem da posição do objeto, em relação ao eixo principal.
Os raios notáveis dependem da posição da lente, em relação ao eixo principal.
29 - (Emescam ES) Considere duas lentes de vidro, biconvexas, imersas em dois recipientes, contendo
respectivamente dois líquidos diferentes com índices de refração n A e nB , como é mostrado na figura
abaixo. Observando os trajetos dos raios luminosos, podemos concluir corretamente que:
184
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
a)
b)
c)
d)
e)
2015
nA < nvidro < nB
nA < nvidro > nB
nA > nvidro < nB
nA = nvidro < nB
nA > nvidro > nB
30 - (UEM PR) Um estudante de Física tenta construir instrumentos ópticos por meio da associação de
lentes delgadas. Para tanto, ele adquire duas lupas, de distâncias focais 10 cm e 40 cm, respectivamente.
De posse dessas informações, assinale o que for correto.
01. Lupas podem ser consideradas microscópios simples, formados por lentes convergentes.
02. Quando justapostas, essas lupas funcionam como uma única lente convergente de distância focal 8
cm e convergência de 12,5 di.
04. Essas lupas podem ser usadas como objetiva e ocular de um microscópio composto, cujo aumento
fica dado por Am =
d0L
,
400
sendo d0 a distância mínima de visão distinta do microscópio e L o
comprimento do tubo desse microscópio, ambos dados em centímetros.
08. Essas lupas podem ser usadas para construir um telescópio refrator, cujas imagens dos objetos
distantes (no infinito), que são reais e direitas, são formadas no foco da objetiva.
16. Essas lupas podem ser utilizadas para construir um telescópio refrator com aumento de 400x, desde
que tenham focos coincidentes.
31 - (Unifra RS) O poder de resolução de um microscópio é
a)
b)
c)
d)
e)
o máximo aumento que pode fornecer.
a espessura máxima da amostra.
a distância mínima entre dois pontos que podem ser observados como pontos separados.
a diferença máxima entre as cores da imagem que é observada.
o nível de precisão de posicionamento do foco.
32 - (IME RJ)
A figura apresenta o esquema de um telescópio refletor composto de:
·
·
·
um espelho esférico de Gauss com distância focal fE;
um espelho plano inclinado 45o em relação ao eixo principal do espelho esférico e disposto a uma
distância a do vértice do espelho esférico, sendo a < fE;
uma lente ocular delgada convergente com distância focal fL, disposta a uma distância b do eixo do
espelho esférico.
Para que um objeto no infinito, cujos raios luminosos são oblíquos ao eixo óptico do espelho esférico,
apresente uma imagem final focada nas condições usuais de observação (imagem da ocular no seu plano
focal) o valor de b deve ser:
185
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
a) fL + fE – a
b) fE – fL – a
c)
f Lf E
a
d)
af E
fL
e)
af
fL + E
fL
186
33 - (UFPR) Um datiloscopista munido de uma lupa analisa uma impressão digital. Sua lupa é constituída
por uma lente convergente com distância focal de 10 cm. Ao utilizá-la, ele vê a imagem virtual da
impressão digital aumentada de 10 vezes em relação ao tamanho real. Com base nesses dados, assinale
a alternativa correta para a distância que separa a lupa da impressão digital.
a)
b)
c)
d)
e)
9,0 cm.
20,0 cm.
10,0 cm.
15,0 cm.
5,0 cm.
34 - (UFMG) Quando uma pessoa olha para um objeto, a imagem deste deve se formar sobre a retina.
Algumas pessoas, por terem um defeito de visão, veem objetos próximos fora de foco, enquanto os
distantes ficam mais bem focados. Outras pessoas têm o defeito contrário – ou seja, os objetos distantes
são vistos fora de foco e os próximos, mais nitidamente.
Elmo é um professor de Física portador de um desses dois defeitos e, para corrigi-lo, ele precisa usar
óculos. Nestas figuras, Elmo está sem óculos, à esquerda, e com seus óculos à direita
Como se pode notar na figura da direita, os óculos fazem com que os olhos de Elmo pareçam maiores.
1. Assinalando com um X a quadrícula apropriada, Responda: A lente dos óculos de Elmo é
convergente ou divergente ?
¨ Convergente.
¨ Divergente.
Justifique sua resposta.
2. Nesta figura está representando um dos olhos de Elmo, sem óculos, e dois raios de luz que vem de
um objeto muito distante:
Desenhe, nessa figura, a continuação dos dois raios, para indicar em que ponto se forma a
imagem do objeto. Explique seu raciocínio.
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
35 - (ACAFE SC) A figura ao lado mostra esquematicamente o olho humano,
enfatizando nos casos I e II os dois defeitos de visão mais comuns.
Nessa situação, assinale a alternativa correta que completa, em sequência,
as lacunas da frase a seguir.
No caso I trata-se da ___________, que pode ser corrigida com uma lente
__________ ; já no caso II trata-se de ____________, que pode ser corrigida
com uma lente ___________.
a)
b)
c)
d)
hipermetropia - convergente - miopia - divergente
hipermetropia - divergente - miopia - convergente
miopia - divergente - hipermetropia - convergente
miopia - convergente - hipermetropia - divergente
36 - (PUC SP) O globo ocular humano, com cerca de 25 milímetros de
diâmetro, é o responsável pela captação da luz refletida pelos objetos à
nossa volta. O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem
óptica do mundo externo é produzida, transformada em impulsos nervosos
e conduzida ao cérebro pelo nervo óptico. O olho humano basicamente se
restringe a duas lentes convergentes de alto poder refrativo: a córnea, com
aproximadamente 2,3cm de distância focal, e o cristalino, com
aproximadamente 7,1cm de distância focal. Considerando esses valores
como médios, uma vez que podem variar de pessoa para pessoa, podemos
calcular que a córnea e o cristalino, respectivamente, possuem
aproximadamente
a)
b)
c)
d)
e)
+0,43 dioptrias e +0,14 dioptrias.
+4,3 dioptrias e 1,4 dioptrias.
+43 dioptrias e +14 dioptrias.
–4,3 dioptrias e –1,4 dioptrias.
–43 dioptrias e –14 dioptrias.
37 - (Fac. Santa Marcelina SP) O Sr. João C. Gueira sempre teve miopia. Agora, com idade avançada,
começou a apresentar também presbiopia. Em sua última consulta com o oftalmologista, o Sr. C. Gueira
verificou que só conseguia enxergar com nitidez de 50 cm a 80 cm de seus olhos. Para corrigir suas
ametropias, o oftalmologista prescreveu uma receita de óculos para serem confeccionados a partir de
lentes esféricas com distâncias focais adequadas ao seu problema. Considerando que a distância mínima
que um olho emetrope pode enxergar com nitidez é de 25 cm, das prescrições abaixo, que trazem valores
de vergência, a mais adequada ao Sr. C. Gueira é
a)
d)
b)
e)
c)
187
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
38 - (UEM PR) Assinale o que for correto.
01. Das frequências da luz visível que incide em um corpo iluminado, a parte refletida é que promove a
sensação na retina do olho humano. Essa parte corresponde à cor desse corpo.
02. A cor dos olhos humanos é o resultado da dispersão da luz visível pela íris, local onde se encontra a
melanina.
04. A miopia é causada pelo alongamento do globo ocular, que leva a uma excessiva curvatura da córnea.
08. A hipermetropia é corrigida com o uso de lentes divergentes, as quais direcionam os raios de luz
formadores da imagem para que sejam focalizados no cristalino.
16. Os bastonetes da retina do olho humano são células fotorreceptoras capazes de distinguir cores.
TEXTO: 1 - Comum à questão: 39
Os Dez Mais Belos Experimentos da Física
A edição de setembro de 2002 da revista Physics World apresentou o resultado de uma enquete realizada
entre seus leitores sobre o mais belo experimento da Física. Na tabela abaixo são listados os dez
experimentos mais votados.
1) Experimento da dupla
fenda de Young,
realizadocom elétrons.
6) Experimento com a
balançade torsão,
realizada
por Cavendish.
7) Medida da circunferência
2) Experimento da queda
da Terra, realizadapor
dos corpos,realizadapor Galileu.
Erastóstenes.
8) Experimento sobreo
3) Experimento da gota
movimento de corposnum
de óleo,realizadapor
planoinclinado,realizado
Millikan.
por Galileu.
4) Decomposição da luz
9) Experimento de
solarcom um prisma,
Rutherford.
realizadapor Newton.
5) Experimento da
10) Experiência do
interferência da luz,
pêndulode Foucault.
realizadapor Young.
39 - (UEG GO) O experimento de decomposição (dispersão) da luz solar, realizado por Newton, é
extraordinariamente simples, sendo necessário somente um prisma. Como ilustra a figura abaixo, ao
passar por um prisma, a luz solar, que é branca, se decompõe nas cores do arco-íris.
Com relação aos fenômenos da luz ao atravessar o prisma, é CORRETO afirmar:
a) Na dispersão da luz, a luz monocromática de maior frequência sofrerá o menor desvio.
b) Num prisma, a dispersão da luz branca é menos acentuada que numa única superfície dióptrica.
c) A separação da luz branca nas cores do arco-íris é possível porque cada cor tem um índice de refração
diferente.
d) Neste experimento, Newton demonstrou que, combinando dois ou mais prismas, é possível
decompor a luz branca, porém a sua recomposição não é possível.
188
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
TEXTO: 2 - Comum às questões: 40, 41
Dados:
Aceleração da gravidade: 10 m/s2
Densidade do mercúrio: 13,6 g/cm3
Pressão atmosférica: 1,0x105 N/m2
Constante eletrostática: k0 = 1/4pe0 = 9,0x109 N.m2/C2
40 - (UFPE) Um raio de luz incide na parte curva de um cilindro de plástico de seção semicircular formando
um ângulo qi com o eixo de simetria. O raio emerge na face plana formando um ângulo qr com o mesmo
eixo. Um estudante fez medidas do ângulo qr em função do ângulo qi e o resultado está mostrado no
gráfico qr versus qi. Determine o índice de refração deste plástico.
41 - (UFPE) Um objeto de altura 1,0 cm é colocado perpendicularmente ao eixo principal de uma lente
delgada, convergente. A imagem formada pelo objeto tem altura de 0,40 cm e é invertida. A distância
entre o objeto e a imagem é de 56 cm. Determine a distância d entre a lente e o objeto. Dê sua resposta
em centímetros.
TEXTO: 3 - Comum à questão: 42
Na solução da prova, use quando necessário:
· Aceleração da gravidade g = 10 m / s2 ; Densidade da água ra = 1,0 g / cm3 = 1000 kg/m3
· Velocidade da luz no vácuo c = 3,0´108 m/s
· Constante de Planck h = 6,63´10–34 J´s = 4,14´10–15 eV´s ;
· Constante p = 3,14
189
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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42 - (UFJF MG) A Figura (a) mostra uma interface de separação entre dois meios
ópticos de índices de refração n1 e n2. Quando um raio de luz de intensidade I0
incide sobre a interface com um ângulo q em relação à normal, observa-se a
presença de um raio de luz refletido de intensidade I1 e um raio de luz refratado
de intensidade I2. Um estudante de Física mede a razão R = I1/I0 para diferentes
ângulos de incidência q e obtém o gráfico mostrado na Figura (b).
190
a) Qual é a razão entre n1 e n2?
b) À medida que o ângulo q é aumentado, o raio refratado deve se afastar ou
se aproximar da normal? Justifique sua resposta.
c) Qual é a razão entre as intensidades da luz refletida I1 e refratada I2 quando
q = 35º?
TEXTO: 4 - Comum às questões: 43, 44
Foi René Descartes, em 1637, o primeiro a discutir claramente a formação do arco-íris. Ele escreveu:
“Considerando que esse arco-íris aparece não apenas no céu, mas também no ar perto de nós, sempre
que haja gotas de água iluminadas pelo Sol, como podemos ver em certas fontes, eu imediatamente
entendi que isso acontece devido apenas ao caminho que os raios de luz traçam nessas gotas e atingem
nossos olhos. Ainda mais, sabendo que as gotas são redondas, como fora anteriormente provado e,
mesmo que sejam grandes ou pequenas, a aparência do arco-íris não muda de forma nenhuma, tive a
ideia de considerar uma bem grande, para que pudesse examinar melhor...”
43 - (PUC MG) Quanto ao fenômeno da dispersão das cores do arco-íris, é CORRETO afirmar:
a) A dispersão da luz consiste em um fenômeno em que a luz branca é decomposta em cores
fundamentais.
b) A refração da luz é maior para o vermelho que para o violeta.
c) Quando a luz está se propagando no ar e atinge uma gota de água, por exemplo, a velocidade da luz
muda para outro valor, maior do que quando estava se propagando no ar.
d) Outro fenômeno que pode ser explicado a partir da dispersão é que, durante o dia, o céu se apresenta
na cor azul, mas no entardecer passa a ter coloração avermelhada.
44 - (PUC MG) Assinale os fenômenos ópticos responsáveis pela formação do arco-íris:
a)
b)
c)
d)
refração e reflexão
difração e refração
reflexão e interferência
interferência e refração
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
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GABARITO:
15) Gab: 07
1) Gab: B
16) Gab: C
2) Gab: C
17) Gab: D
3) Gab: A
18) Gab:
a) Vágua » 2,3 × 108m/s
b) vp » 2,08 × 108m/s
4) Gab: E
5) Gab:
a) i » 0,05 cm.
b) 61 × R
19) Gab: E
20) Gab:
q = 45º
6) Gab: A
21) Gab: A
7) Gab: A
22) Gab: 31
8) Gab: E
23) Gab: B
34) Gab:
1. Convergente.
Para a formação da imagem
sobre a retina de objetos
observados pelo professor Elmo,
devemos considerar que os
olhos do professor estarão
posicionados entre as lentes e
os planos focais dessas lentes.
Assim, para alguém que observa
o rosto do professor Elmo, os
olhos do professor serão objetos
reais cujas imagens formadas
pelas lentes dos óculos serão
maiores que os objetos reais.
Nesse caso, as lentes dos óculos
de Elmo serão convergentes,
pois, caso as lentes fossem
divergentes, as imagens seriam
menores que os objetos.
9) Gab:
24) Gab: A
a)
b) H = 2m
c) Y = 0,8m
d) y’ = y = 1m
Y’ = Y = 0,8m
10) Gab: A
11) Gab:
h
ö
÷
a
+
b
+
2
d
è
ø
arctg æç
12) Gab: 19
13) Gab: VVVFF
14) Gab:
a) q2 = 45º
b) d = 7,5º
2.
25) Gab:
a) D = 52,5 mm e L =
1050 mm
b) D' = 35 mm e fd » 33,9 Conforme o item I, Elmo utiliza
lentes
convergentes
para
mm » 34 mm
corrigir seu defeito de visão. Os
defeitos
de
visão
que
26) Gab: B
necessitam
de
lentes
convergentes
são
aqueles
27) Gab: B
decorrentes do afastamento do
ponto próximo.
28) Gab: C
Assim, trata-se de pessoas que
veem objetos próximos fora de
29) Gab: A
foco, enquanto os distantes
ficam mais bem focados.
30) Gab: 07
É importante ressaltar que Elmo
deverá realizar esforço de
31) Gab: C
acomodação para ver um objeto
muito distante e, assim, a
32) Gab: A
imagem ficar exatamente sob a
retina.
33) Gab: A
191
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
35) Gab: A
36) Gab: C
37) Gab: A
38) Gab: 07
2015
42) Gab:
a)
n2
2
=
n1
2
b) O raio refratado deve se afastar da
normal porque n2 < n1.
c)
I2
=9
I1
39) Gab: C
43) Gab: A
40) Gab: n = 2
44) Gab: A
41) Gab: d = 40 cm
ONDAS
01 - (UFRN) Os Gráficos ao lado, vistos por um consumidor em uma revista
especializada em Mecânica, correspondem às distribuições de frequência de
substituição de uma peça de automóvel fornecida por dois fabricantes, em função
do tempo. A curva contínua refere-se à peça feita pelo fabricante A, enquanto a
curva tracejada corresponde ao produto do fabricante B.
A partir da leitura dos Gráficos, o consumidor deve concluir que
a) as peças do fabricante A duram menos.
b) as peças dos dois fabricantes duram, em média, o mesmo tempo, mas a duração do produto do
fabricante A varia menos.
c) as peças dos dois fabricantes duram, em média, o mesmo tempo, mas a duração do produto do
fabricante B varia menos.
d) as peças do fabricante B duram menos.
02 - (UFG GO) Ondas ultrassônicas são ondas mecânicas geradas por um dispositivo chamado transdutor
que podem ser empregadas em diversos procedimentos clínicos. Devido à sua absorção pelos tecidos e
músculos, sua intensidade diminui com a profundidade de penetração x de acordo com a equação I=I 0e2ax, em que a é o coeficiente de absorção.
Em um determinado procedimento, empregou-se uma onda ultrassônica de intensidade 10 mW/cm2
gerada por um transdutor com área da secção transversal de 5 cm2.
Com base nos dados apresentados, calcule:
a) a potência da onda ultrassônica;
b) a energia transmitida para o corpo, se essa onda for aplicada durante 10 minutos;
c) o coeficiente de absorção, em cm-1, sabendo-se que a intensidade dessa onda é reduzida pela metade
quando penetra 0,6 cm. (Considere ln (2)=0,69.)
192
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
03 - (FATEC SP) Quando pensamos em comunicação, lembramo-nos da fala e da escrita, que são modos
humanos de trocar informações. Os animais podem não ser capazes de falar ou dominar técnicas de
linguagens avançadas, mas eles certamente possuem outros meios de se comunicar. O som da baleia, o
uivo dos lobos, o coaxar dos sapos, o piar dos pássaros e até mesmo a dança agitada das abelhas ou o
abanar de rabo de cachorros estão entre as diversas formas pelas quais os animais comunicam-se.
As questões de números 1 a 9 apresentam-se integradas pelo tema "Comunicação", que nos faz refletir
sobre as várias formas de comunicação entre os seres de uma mesma espécie e também sobre a evolução
das formas de comunicação humana desde os primórdios. Segundo Steven Mithen*, milhões de anos
foram necessários para que a mente humana evoluísse. Os indícios desse longo processo de evolução
estão hoje presentes em nosso comportamento, nas formas usadas para a comunicação, tais como a
pedra, as pinturas, a escrita e até mesmo a forma como convivemos e como conversamos no cotidiano.
*texto referido: Mithen, Steven. A pré-história da mente. São Paulo: Editora da Unesp, 2002.
Esse fato pode ser observado na tirinha seguinte, em que Helga dialoga com sua filha na presença de seu
marido, Hagar.
(Hagar, o Horrível. Disponível no site http://molrelaxo.blog.com Acesso em: 18.09.2012.)
Estabelecer uma ligação no celular, sintonizar músicas no rádio ou
assistir a um jogo da Copa do Mundo com transmissão ao vivo são
fenômenos decorrentes da utilização de ondas eletromagnéticas
que podem ser representadas pelo espectro eletromagnético ao
lado:
As ondas de frequências destinadas às telecomunicações recebem o nome de radiofrequência e estão
inseridas numa parte desse espectro eletromagnético. A tabela seguinte mostra alguns intervalos dessas
ondas.
De acordo com as informações da tabela e com o espectro eletromagnético, pode-se afirmar que as ondas
de radiofrequência
a)
b)
c)
d)
e)
de transmissões por fibras ópticas estão na faixa dos raios X.
de rádio AM e FM estão na faixa do infravermelho.
de TV (via satélites) estão na faixa das ondas de rádio.
de telefonia celular estão na faixa das micro-ondas.
de rádio AM estão na faixa das micro-ondas.
193
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
04 - (UDESC) Considere uma mangueira de jardim, esticada, com uma das extremidades presa à torneira
e a outra extremidade livre. Um estudante de física segura a extremidade livre da mangueira e a
movimenta em um movimento harmônico simples.
Assinale a alternativa correta.
a) Não são produzidas ondas refletidas.
b) Não são observadas ondas porque uma das extremidades está presa.
c) São geradas ondas estacionárias pela superposição entre a onda criada pelo estudante e a onda
refletida.
d) São produzidas ondas longitudinais.
e) Não são observadas ondas porque a onda criada pelo estudante se anula com a onda refletida em
todos os pontos.
05 - (FM Petrópolis RJ) Em uma das extremidades de um canal longo, fechado e estreito, são produzidas
ondas de frequência 2,5 Hz e amplitude 0,25 m. Essas ondas se refletem na outra extremidade do canal e
interferem com as ondas emitidas formando um padrão de ondas estacionárias. São observados ventres
de deslocamento (máximos de amplitude) a cada 1,0 m ao longo do canal. Além disso, duas pequenas
boias estão situadas sobre dois ventres consecutivos e oscilam verticalmente para cima e para baixo.
A velocidade das ondas, em m/s, e a diferença máxima de altura entre as boias, em metros, valem,
respectivamente,
a)
b)
c)
d)
e)
2,5 e 0
2,5 e 1,0
5,0 e 0,5
5,0 e 1,0
5,0 e 2,0
06 - (UEPG PR) Onda pode ser definida como uma perturbação em um meio que tem como efeito o
transporte de energia sem o arraste de matéria. Com relação a ondas, assinale o que for correto.
01. Tanto as ondas mecânicas quanto as ondas eletromagnéticas atingem suas maiores velocidades nos
meios sólidos.
02. As frequências de ondas de infrasom e do raio X estão abaixo dos órgãos sensitivos, por isso não
atingem a audição e nem a visão do ser humano.
04. Não há necessidade de um meio material para que a energia liberada pela vibração de cargas elétricas
se propague.
08. Reflexão, refração, difração e interferência são propriedades das ondas e podem ser observadas
tanto nas ondas mecânicas quanto nas ondas eletromagnéticas.
07 - (UECE) Numa mesma região do espaço, duas ondas planas, uma sonora e outra eletromagnética,
propagam-se na mesma direção e em sentidos opostos. Caso os comprimentos de onda sejam iguais,
pode-se afirmar corretamente que, entre as duas ondas,
a)
b)
c)
d)
haverá interferência destrutiva.
a onda mecânica perderá energia para a eletromagnética.
não haverá interferência.
haverá interferência construtiva.
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CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
08 - (UFMG) Dois auto-falantes idênticos, bem pequenos, estão ligados ao
mesmo amplificador e emitem ondas sonoras em fase, em uma só frequência,
com a mesma intensidade, como mostrado a figura ao lado:
Igor está posicionado no ponto O, equidistante dos dois alto-falantes, e escuta
o som com grande intensidade. Ele começa a andar ao longo da linha paralela
aos alto-falantes e percebe que o som vai diminuindo de intensidade, passa
por um mínimo e, depois, aumenta novamente. Quando Igor chega ao ponto
M, a 1,0 m do ponto O, a intensidade do som alcança, de novo, o valor
máximo. Em seguida, Igor mede a distância entre o ponto M e cada um dos
alto-falantes e encontra 8,0 m e 10,0 m, como indicado na figura.
1. Explique por que, ao longo da linha OM, a intensidade do som varia da forma descrita e Calcule o
comprimento de onda do som emitido pelos alto-falantes.
2. Assinalando com um X a quadrícula apropriada, Responda: Se a frequência emitida pelos alto-falantes
aumentar, o ponto M estará mais distante ou mais próximo do ponto O?
¨ Mais distante.
¨ Mais próximo.
Justifique sua resposta.
09 - (UDESC) De acordo com o princípio da superposição, duas ondas luminosas podem se somar
(interferência construtiva) ou se subtrair (interferência destrutiva) quando atingem simultaneamente o
mesmo ponto do espaço.
Analise as proposições em relação ao exposto.
I.
II.
III.
IV.
Luz mais luz pode resultar em escuridão.
Luz mais escuridão pode resultar em escuridão.
Luz mais escuridão pode resultar em luz.
Escuridão mais escuridão pode resultar em luz.
Assinale a alternativa correta.
a)
b)
c)
d)
e)
Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
Todas as afirmativas são verdadeiras.
10 - (IME RJ)
195
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
Uma luz com comprimento de onda l incide obliquamente sobre duas fendas paralelas, separadas pela
distância a. Após serem difratados, os feixes de luz que emergem das fendas sofrem interferência e seus
máximos podem ser observados num anteparo, situado a uma distância d (d>>a) das fendas. Os valores
de q associados aos máximos de intensidades no anteparo são dados por:
a)
b)
c)
d)
e)
cosq = nl/a – cosa ; n = ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...
senq = (2n+1)l/a – sena ; n = ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...
senq = nl/a – sena ; n = ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...
cosq = nl/a – sena ; n = ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...
senq = 2nl/a – cosa ; n = ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...
11 - (UFBA)
Ilustração esquemática (fora de escala) da formação da grande onda
Em 11 de março de 2011, após um abalo de magnitude 8,9 na escala Richter, ondas com amplitudes
gigantes foram geradas no Japão. Tsunamis podem ser causados por deslocamento de uma falha no
assoalho oceânico, por uma erupção vulcânica ou pela queda de um meteoro. O tsunami, em alto mar,
tem amplitude pequena, mas, mesmo assim, transporta muita energia.
Sabe-se que a velocidade de propagação da onda, na superfície da água, é dada por v = gh , em que g
é o módulo da gravidade local e h, a profundidade da onda, que o comprimento de onda diminui com a
redução da profundidade e que a sua energia que se propaga na superfície da água é simplificadamente
dada por E = kvA2, em que k é uma constante, v é a velocidade de propagação da onda na superfície da
água, e A é a amplitude da onda.
Da análise da figura e supondo que a onda se propaga sem nenhuma perda de energia, calcule
·
·
a velocidade da onda em hi = 4 000,0m de profundidade e em hf = 10,0m de profundidade, onde o
módulo da aceleração da gravidade é igual a 10m/s2;
a amplitude da onda, Af, em 10,0m de profundidade, sabendo que a amplitude da onda, A i, em
4000,0m de profundidade é 1,0m.
12 - (UFTM) Com o intuito de preservar o meio ambiente e, também, fazer economia, em edificações de
algumas regiões do país, têm sido utilizadas caixas de leite longa vida ou de sucos, que são aluminizadas
em seu interior, para fazer a forração de telhados e, com isso, conseguir temperaturas mais agradáveis.
Essa utilização se justifica por causa
a)
b)
c)
d)
e)
das correntes de convecção.
da refração dos raios solares.
da difusão do calor por toda a superfície.
da troca de calor do interior com o meio exterior.
do fenômeno da reflexão da radiação solar.
196
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
13 - (UCS RS) Sem dúvida, a lua cheia é um dos mais belos fenômenos naturais, inspirando poetas,
romancistas e escritores de histórias de terror. Mas essa imagem só é visível para nós porque a superfície
lunar apresenta o princípio físico de
a)
b)
c)
d)
e)
absorção e reflexão de ondas eletromagnéticas.
indução magnética.
conversão de energia mecânica em energia luminosa.
fissão nuclear.
sublimação.
14 - (UNIRG TO) A figura ao lado ilustra um raio de luz incidente em
um túnel com paredes refletoras. A parte superior do tubo é
preenchida por um material A enquanto a parte inferior e o exterior
do tubo estão no vácuo. No ponto P o raio sofre refração, ao passar do
vácuo para a parte preenchida com material A, e reflexão. Nos demais
pontos os raios refratado e refletido sofrem apenas reflexões.
A razão CORRETA entre as velocidades da luz no meio preenchido com material A e no vácuo é:
a)
2
5
b)
3
5
c)
4
5
d)
5
5
15 - (ESCS DF) Suponha que uma onda harmônica puramente transversal se propague no oceano e que
a velocidade de propagação da onda seja vpr, como ilustra a figura a seguir. No instante considerado, o
ponto A corresponde a um ponto da superfície da água de altura mínima; o ponto C, a um ponto de altura
máxima, e o ponto B, a um ponto intermediário.
Sendo vA, vB e vC os respectivos módulos das velocidades dos pontos A, B e C no instante considerado,
podemos afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
vA < vB < vC;
vA > vB > vC;
vA = vC > vB;
vA = vC < vB;
vA = vB = vC.
197
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16 - (UECE) Um corpo oscila com movimento harmônico simples. Sua posição, com o tempo, varia
conforme a equação x (t) = 0,30 cos (2pt + p) onde x está em metros, t em segundos e a fase está em
radianos. Assim, a frequência, o período e a frequência angular são, respectivamente,
a) 1 Hz, 1s e 2p rad/s.
b) p Hz,
c)
1
p
s e p rad/s.
0,30 Hz, 2ps e (2pt + p) rad/s.
d) 2p Hz,
1
2π
s e 0,60 p rad/s.
17 - (UECE) Considere a aceleração da gravidade em função da distância d à superfície da terra de acordo
com a lei da gravitação universal. A esta distância d da superfície existem dois osciladores: um massamola e o outro, um pêndulo simples. A respeito de suas frequências de oscilação, pode-se afirmar
corretamente que
a) a frequência do sistema massa-mola não depende de d; a frequência do pêndulo é função
decrescente de d.
b) a frequência dos dois sistemas é função decrescente de d.
c) a frequência dos dois sistemas é função crescente de d.
d) a frequência do sistema massa-mola é função decrescente de d; a frequência do pêndulo não
depende de d.
18 - (UFBA) Em função da regularidade do movimento do pêndulo simples, com pequenas oscilações, foi
possível construir os chamados relógios de pêndulo, que foram desenvolvidos para funcionar, com
precisão razoável, nas regiões localizadas ao nível do mar, a uma certa temperatura.
Sabe-se que um homem que morava no topo de uma montanha muito alta e muito fria, comprou um
relógio de pêndulo e notou, ao longo do tempo, que ele não funcionava adequadamente.
Com base nessa informação e nos conhecimentos de Física,
·
·
identifique os fatores responsáveis pelo mau funcionamento desse relógio e indique a condição
necessária para que ele funcione bem tanto ao nível do mar quanto em grandes alturas;
calcule o coeficiente de dilatação térmica da haste do pêndulo para que a condição necessária seja
restabelecida.
19 - (UFG GO) A figura a seguir ilustra um sistema constituído por dois pêndulos de comprimentos L1 e L2,
que podem oscilar livremente. O gráfico ao lado representa a componente x da posição de cada pêndulo
durante seu movimento de oscilação.
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CADERNO DE ATIVIDADES
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Considerando o exposto, determine:
a) o período do sistema constituído pelos dois pêndulos;
b) a razão L2/L1 entre os comprimentos dos pêndulos.
20 - (FUVEST SP) A figura abaixo representa imagens instantâneas de
duas cordas flexíveis idênticas, C1 e C2, tracionadas por forças
diferentes, nas quais se propagam ondas.
199
Durante uma aula, estudantes afirmaram que as ondas nas cordas C1 e C2 têm:
I. A mesma velocidade de propagação.
II. O mesmo comprimento de onda.
III. A mesma frequência.
NOTE E ADOTE
A velocidade de propagação de uma onda transversal em uma corda é igual a
T
m
, sendo T a tração na
corda e m, a densidade linear da corda.
Está correto apenas o que se afirma em
a)
b)
c)
d)
e)
I.
II.
III.
I e II.
II e III.
21 - (UECE) Uma corda de violão de comprimento L, presa em suportes fixos nas suas extremidades,
realiza oscilações harmônicas de comprimentos de onda l. Assim, as possíveis formas de oscilação dessa
corda, com n = 1, 2, 3, …, são tais que
a)
b)
c)
d)
(2n+1) l = L.
2nl = L.
nl/2 = L.
nl = L.
22 - (PUC SP) Um homem mantém em equilíbrio estático um bloco preso a uma corda
de densidade linear igual a 0,01kg/m, conforme a figura. Determine a massa M do bloco,
sabendo que as frequências de duas harmônicas consecutivas de uma onda estacionária
no trecho vertical de 2m da corda correspondem a 150Hz e 175Hz.
a)
b)
c)
d)
e)
102g
103g
104g
105g
106g
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23 - (UEFS BA) Uma corda com 50,0cm de comprimento, fixa nas extremidades e submetida a uma tração
de intensidade 10,0N, vibra formando ondas estacionárias. Sabendo-se que a corda tem densidade linear
de massa de 1,0´10–4 g/cm, a frequência fundamental da vibração, em hertz, é igual a
a)
b)
c)
d)
e)
1,0
10,0
100,0
1000,0
10000,0
24 - (UFRN) Duas pessoas, que estão em um ponto de ônibus, observam uma ambulância que delas se
aproxima com a sirene de advertência ligada. Percebem que, ao passar por elas, o som emitido pela sirene
se torna diferente daquele percebido durante a aproximação.
Por outro lado, comentando esse fato, elas concordam que o som mudou de uma tonalidade aguda para
uma mais grave à medida que a ambulância se distanciava. Tal mudança é explicada pelo efeito Doppler,
segundo o qual, para essa situação, a
a)
b)
c)
d)
amplitude do som diminuiu.
frequência do som diminuiu.
frequência do som aumentou.
amplitude do som aumentou.
25 - (UEG GO) Nos filmes de ficção científica, tal como Guerra nas estrelas, pode-se ouvir, nas disputas
espaciais dos rebeldes contra o Império, zunidos de naves, roncos de motores e explosões estrondosas
no espaço interestelar. Esse fenômeno constitui apenas efeitos da ficção e, na realidade, não seria possível
ouvir o som no espaço interestelar devido ao fato de que as ondas sonoras
a)
b)
c)
d)
possuem índice de refração dependentes do meio.
se propagam apenas no éter, invisível a olho nu.
necessitam de um meio para se propagarem.
têm amplitude de frequência modulada.
26 - (UNEMAT MT) Na natureza existem diversas formas de radiação, ionizantes e não ionizantes. As
ionizantes possuem energia capaz de ionizar células; dentre elas destacam-se os raios gama, raios-x,
partículas alfa e partículas beta. As radiações não ionizantes não possuem energia suficiente para ionizar
células. Dentre elas, podemos citar infravermelho, radiação ultravioleta, micro-ondas.
Das aplicações tecnológicas abaixo, assinale aquela que corresponde ao uso de ondas mecânicas em sua
finalidade.
a)
b)
c)
d)
e)
Radioterapia, usada para tratamento de câncer.
Ultrassonografia, bastante usada para observar o feto no útero materno.
Tomografia computadorizada, usada para ver os detalhes do corpo em múltiplas imagens, “fatias”.
Pantomografia, requisitada pelos ortodontistas antes de se colocar o “aparelho” nos dentes.
Bronzeamento artificial, usado nas clínicas de estética.
200
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27 - (UFT TO) Dois amigos estão dirigindo em uma cidade. De repente, ambos ouvem a sirene de uma
ambulância. O amigo 1 ouve o som mais agudo e o amigo 2 ouve o som mais grave.
Assinale a alternativa CORRETA:
a)
b)
c)
d)
e)
Ambos os amigos estão se afastando da ambulância.
O amigo 1 está se afastando e o amigo 2 se aproximando da ambulância.
Ambos os amigos estão se aproximando da ambulância.
O amigo 1 está se aproximando e o amigo 2 se afastando da ambulância.
Nenhuma das alternativas está correta.
TEXTO: 1 - Comum à questão: 28
Se necessário considerar os dados abaixo:
Aceleração da gravidade: 10 m/s2
Densidade da água: 1 g/cm3 = 103 kg/m3
Calor específico da água: 1 cal/g.°C
Carga do elétron = 1,6 x 10–19 C
Massa do elétron = 9 x 10–31 kg
Velocidade da luz no vácuo = 3 x 108 m/s
Constante de Planck = 6,6 x 10–34 J.s
sen 37° = 0,6
cos 37° = 0,8
28 - (UFPE) Na praia, a luz do Sol fica, em geral, parcialmente polarizada devido às reflexões na areia e na
água. Certo dia, no fim da tarde, a componente horizontal do vetor campo elétrico é 2 vezes maior que a
componente vertical. Um banhista fica de pé e usa óculos com lentes polarizadoras que eliminam a
componente horizontal. Determine a porcentagem da intensidade luminosa total que chega aos olhos do
banhista.
TEXTO: 2 - Comum às questões: 29, 30
Dados:
Aceleração da gravidade: 10 m/s2
Densidade do mercúrio: 13,6 g/cm3
Pressão atmosférica: 1,0x105 N/m2
Constante eletrostática: k0 = 1/4pe0 = 9,0x109 N.m2/C2
29 - (UFPE) Uma onda estacionária se forma em um fio fixado por seus extremos entre duas paredes,
como mostrado na figura. Calcule o comprimento de onda desta onda estacionária, em metros.
201
CADERNO DE ATIVIDADES
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30 - (UFPE) Na figura abaixo, mostra-se uma onda mecânica se propagando em um elástico submetido a
um certa tensão, na horizontal. A freqüência da onda é f = 740 Hz. Calcule a velocidade de propagação da
onda, em m/s.
202
GABARITO:
1) Gab: B
2) Gab:
a) P = 50 mW .
b) E = 30 J .
c) a = 0,575 cm−1 .
2. Mais próximo
Para o ponto M, temos:
d2 – d1 = l
Como a velocidade do som é constante, pois
depende apenas do meio em que se propaga,
o aumento de frequência acarreta diminuição
do comprimento de onda, uma vez que v = lf.
Portanto, d2 – d1 diminui, ou seja, o ponto M
está mais próximo de O.
3) Gab: D
9) Gab: B
4) Gab: C
10) Gab: C
5) Gab: D
11) Gab:
6) Gab: 12
· vi = 200m/s
vf = 10m/s
7) Gab: C
· A onda que tinha amplitude de 1m, em
4km de profundidade, tem, em 10m de
8) Gab:
profundidade, aproximadamente 20 m
1. No ponto O, a diferença entre as distâncias
de amplitude. Assim quanto mais perto
percorridas pelas ondas é nula. As ondas
da costa a onda vai atingindo maiores
chegam em fase e a interferência é
amplitudes.
construtiva. À medida que se move do ponto
O para a esquerda, a diferença entre as 12) Gab: E
distâncias percorridas aumenta. Quando essa
diferença atinge l (sendo l o comprimento 13) Gab: A
2
de onda do som emitido pelos auto-falantes),
as ondas estão em oposição de fase e temos
um ponto de mínimo. Quando se chega no
ponto M, essa diferença é l. Por isso,
novamente, as ondas estão em fase e temos
um ponto de máximo.
Para o ponto M, temos:
d2 – d1 = l
10,0 – 8,0 = l
l = 2,0 m
14) Gab: A
15) Gab: D
16) Gab: A
17) Gab: A
CADERNO DE ATIVIDADES
2º ANO – E.M.
2015
18) Gab:
· O período de um pêndulo é dado por T =
2p
l
g
, sendo a variação da gravidade
com a altura e a variação do comprimento
com a temperatura fatores que alteram o
período T do pêndulo em locais
diferentes.
A condição necessária é que os períodos
nos dois locais sejam iguais, isto é, T0 = T1.
·
a=
1 Dg
×
g 0 Dt
19) Gab:
a) O período é de 6,0 s.
b)
L2
= 2,25
L1
20) Gab: B
21) Gab: C
22) Gab: C
23) Gab: D
24) Gab: B
25) Gab: C
26) Gab: B
27) Gab: D
28) Gab: 20%
29) Gab: l = 12 m
30) Gab: 74 m/s
203
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Apostila – 2º E.M – Parte I - Marista Centro