Clipping RN – 02/01/2013 JORNAIS CLIPADOS: DN ONLINE, TRIBUNA DO NORTE E NOVO JORNAL. ÚLTIMAS Papa condena a desigualdade entre ricos e pobres na missa de Ano-Novo O Papa Bento XVI rezou nesta terça-feira (1º) pela paz no mundo e condenou as desigualdades entre ricos e pobres, assim como o capitalismo financeiro não regulado, durante a tradicional missa de Ano Novo na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O Papa citou os "focos de tensão e de confronto provocados pela crescente desigualdade entre ricos e pobres, e a predominância da mentalidade egoísta e individualista que é também uma das manifestações do capitalismo financeiro não regulado". Bento XVI, no entanto, afirmou que a humanidade tem "uma vocação inata para a paz" e este ano rezou pelo "dom da paz", citando um trecho da Bíblia: "Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus". No dia 1º de janeiro, a Igreja Católica celebra a jornada mundial da paz. NATAL Crianças agonizam por falta de UTI na rede pública Crianças em estado grave esperam atendimento. O mais novo capítulo da saúde do Rio Grande do Norte acontece no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, na zona Norte de Natal. Segundo o médico anestesista José Mádson Vidal, os 10 leitos existentes no local vivem lotados e as crianças que chegam são levadas para um corredor improvisado sem atendimento adequado devido a falta de estrutura. Para piorar a situação, os familiares chegam ao hospital trazendo crianças que deveriam ser atendidas em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nos hospitais regionais. "Muitas que chegam já deveriam ter sido tratadas nos seus municípios por se tratar, algumas vezes, de casos simples como uma medicação, o que não é o caso de crianças atendidas no Maria Alice Fernandes", disse o médico. A unidade atende situação mais graves e urgentes. Atualmente o hospital Maria Alice Fernandes está com dois leitos improvidos nos corredores. "Para se ter uma idéia, já chegou criança aqui de longe precisando de um medicamento que custa R$ 5, já que no posto de onde veio não tinha disponível. Com isso deixamos de atender os casos graves ao alocar outros em ambientes improvisados que podem piorar a situação supostamente simples devido a falta de higiene e risco de infecção", disse José Mádson. Outro caso semelhante é de uma criança de Macaíba com bronquite porque de onde veio não encontrou um lugar que fosse tratado adequadamente. No momento, o caso mais grave é de um criança de 9 anos, portadora de uma doença neurológica, que apresenta corriqueiras convulsões e respira com ajuda de aparelhos. Ela veio de São José do Mipibu e está no hospital desde o último sábado, precisando de uma Unidade de Terapia Intensiva. Quem também está necessitando de UTI é uma outra criança, esta com apenas nove meses de vida. Ela está com um grave quadro de meningite viral, doença que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC). "Se uma solução não for encontrada, infelizmente elas vão morrer", alertou o médico. Ele falou ainda que assistentes sociais tentam encontrar uma maneira de recolocar as crianças em outros hospitais públicos, mas que são respondidas sempre de forma negativa sob o argumento da não existência de vagas em UTI. O médico anestesista finalizou com um apelo ao governo estadual sobre a saúde do Rio Grande do Norte. "Hoje em todo estado há um déficit de mais de 100 leitos de UTI. Não sou eu que estou pedindo, são as mães de várias crianças que imploram uma gestão melhor para que seus filhos tenham um tratamento decente". A direção do Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes não foi encontrada para falar sobre o assunto. Problema é recorrente e parece não ter solução O problema da falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é antigo e parece não ter solução. Em março de 2011, a Tribuna do Norte relatava decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública, estabelecendo prazo de dez dias para que o Município de Natal e o governo do Estado apresentassem um plano de atuação articulado em resposta ao déficit, inclusive "com prováveis pagamentos aos hospitais da rede particular". Naquela época existiam apenas 93 leitos de UTI, nas diversas especialidades médicas, instaladas nos hospitais estaduais do Rio Grande do Norte, metade do número recomendado pelo Ministério da Saúde. A reportagem havia percorrido dois hospitais onde a demanda por leitos de UTIs neonatal e pediátrica atingiam estágio crítico. "Constantemente, os profissionais se valem da chamada "escolha de Sofia", para saber a quem socorrer em meio a urgência do quadro e precariedade do serviço", dia a repórter Sara Vasconcelos. E complementava: "No estado, existem hoje apenas 47 leitos de UTI Neonatal e outras 22 pediátricas. A falta de leitos põem em risco a vida de mães e bebês. Ou ainda promove um verdadeiro rodízio de pacientes entre instituições." De março de 2011 para cá, o problema da falta de UTI tornou-se recorrente. Vez por outra os médicos Mádson Vital e Sebastião Paulino ocupam as redes sociais para denunciar a situação e pedir ajuda.