BRINQUEDOTECA HOSPITALAR: UM OLHAR SOBRE O HOSPITAL DO CÂNCER DE UBERLÂNDIA-MG Fernanda Gabriela Dantas Moura UEMG-Unidade Ituiutaba Email: fernanda.gabriela87@hotmailcom Lília Maria Mendes Bernardi UEMG-Unidade Ituiutaba Email: [email protected] GT8: Políticas Públicas Agência Financiadora: PAPq Resumo A criança quando hospitalizada e que passa pelo tratamento de câncer começa a viver em um ambiente muito diferente do habitual, a rotina muda, as pessoas ao seu redor estão todas em função do tratamento, as brincadeiras e a escola ficam de fora dessa nova etapa de vida podendo assim, surgir casos depressivos, talvez assustadores ou até mesmo um tratamento mais doloroso. A partir da Lei Federal 11.104, de 21 de março de 2005, passa a ser obrigatório a instalação de Brinquedotecas nas Unidades de Saúde, pois reconhecem a importância do brincar para as crianças em situação de internação. Esta pesquisa tem o questionamento de como está sendo implantado o espaço da brinquedoteca, bem como o ambiente para atendimento as crianças hospitalizadas no Hospital do Câncer de Uberlândia-MG? Traçamos como objetivos conhecer como está sendo implantado o espaço da brinquedoteca, bem como o funcionamento às crianças hospitalizadas no Hospital do Câncer de Uberlândia-MG; apresentar a legislação que viabiliza a implantação da brinquedoteca nos hospitais e apresentar a importância da brinquedoteca hospitalar para as crianças que passam pelo atendimento pediátrico. A abordagem metodológica desta pesquisa é de caráter qualitativa, documental e de observação. Embasamos teoricamente em Santos (2008), Cunha (2007), Friedmann (2006), Kishimoto (2010), Oliveira (2012), Gimenez (2007), Viegas (2007). Temos como resultados que o Hospital do Câncer de Uberlândia-MG apresenta o espaço da Brinquedoteca adequado para o atendimento às crianças e possui ainda um projeto (SARAE) com diversas práticas pedagógicas. Palavras-chave: Brinquedoteca Hospitalar. Hospital do Câncer. Legislação. Introdução / Justificativa Atualmente, as ludotecas exercem função terapêutica/clínica, dando apoio e orientação ao desenvolvimento das crianças que aprendem por meio de brinquedos atendendo assim, às necessidades de cada uma. Além das ludotecas com esse caráter, tem aquelas que atendem no resgate do brincar. Mas, ao estudarmos, de fato, sobre as origens das brinquedotecas, vemos que, em 1963, em Estocolmo, na Suécia, mães de duas crianças excepcionais, e também professoras fundaram a primeira Lekotek, que em sueco quer dizer ludoteca. Com o objetivo de empréstimo de brinquedos, bem como, orientação de como brincar com crianças excepcionais e ao mesmo tempo estimulá-las (CUNHA, 1992). Com o passar dos anos, as ludotecas foram se ampliando e passaram a receber o nome de “Biblioteca de Brinquedos”, e atendendo também outras finalidades, como: apoio às famílias em geral, orientação educacional e de saúde mental, incentivo à socialização e mais, o resgate do lúdico de forma prazerosa e agradável, que segundo Cunha (1992, p.39), “[...] a brinquedoteca é o espaço ideal para que seja cultivada uma forma de convivência espontânea e democrática, calcada no respeito mútuo e renovada pela postura criativa de seus participantes”. No Brasil não foi diferente do restante do mundo, as brinquedotecas começaram a surgir a partir da necessidade de ajudar as crianças deficientes, como também, as que apresentavam dificuldades de aprendizagem. Em 1971, em São Paulo, foi inaugurada a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), com o intuito de expor brinquedos pedagógicos dispostos a auxiliar pais, profissionais e estudantes a lidar com o desenvolvimento dessas crianças. Com o passar do tempo, essa instituição tornou-se um Setor de Recursos Pedagógicos da APAE, despertando o interesse de vários setores da educação, até mesmo da saúde. É o que diz Cunha (1992), por meio da centralização e utilização dos brinquedos existentes no Setor Educacional da APAE, a valorização e a utilização dos brinquedos em formato de uma brinquedoteca circulante, aguçando assim, a curiosidade e a busca de informações tanto de educadores quanto de médicos, pais e outros profissionais ou simplesmente pessoas que gostavam de brinquedos. Gimenes (2007) aponta que o brincar dá a liberdade da criança expandir a imaginação, explorar a mente para que assim o corpo possa responder espontaneamente. Nesta concepção, entendemos que o brincar, nada mais é do que fantasiar a realidade da qual estamos inseridos. Já que a fantasia é uma reprodução simbólica de uma produção mental que acontece da interação subjetiva com uma objetividade estruturada. O desenvolvimento cognitivo e psicológico das crianças está relacionado às contribuições do brincar e do brinquedo para as crianças. Por isso, devemos levar em conta a questão das crianças hospitalizadas, fora do convívio familiar em casa, entre amigos, a escola e, principalmente, na vida social, o brincar e as brincadeiras que antes eram realizadas livremente. Muitas vezes, o estresse emocional toma conta da criança/paciente, algumas em regime de internação, outras em procedimentos cirúrgicos, ou até mesmo em tratamento oncológico, que geralmente é longo e sofrido. Por isso, a necessidade de um espaço destinado a essas crianças, um ambiente que respeite às limitações e que esteja de acordo com as restrições médicas recomendadas a cada uma. Assim, surge a necessidade da implantação da brinquedoteca hospitalar, conforme a Lei 11.104, de 21 de março de 2005, art. 1º: “Obrigatoriedade da brinquedoteca nos hospitais que oferecem atendimento pediátrico em regime de internação”. Como descreve Gimenes (2007), se no âmbito hospitalar existir um espaço destinado para brincar, voltado à ludicidade, no caso, a brinquedoteca e que atenda às necessidades das crianças hospitalizadas, com cores vibrantes ou até mesmo cores serenas, mas que associadas aos brinquedos afastem a depressão, que traga segurança e mobilidade ao paciente infantil, poderá contribuir positivamente na recuperação e tratamento dessas crianças. Desta maneira, podemos entender a contribuição que o espaço da brinquedoteca hospitalar oferece na recuperação das crianças hospitalizadas, no sentido de amenizar a dor do tratamento. E o brincar no ambiente hospitalar mostra uma realidade diferente, já que percebemos que se a criança estiver em condições físicas estáveis, pode-se trabalhar pedagogicamente, resgatando o lúdico que ficou do lado de fora do hospital, o qual está inserido em uma sociedade em que acredita que o brincar não pode estar associado ao doente. Para Filho (2007), o espaço da brinquedoteca tem como principal função resgatar o brinquedo, consequentemente o brincar, já que para a criança esse objeto é um dos seus principais veículos de distração e diversão. Uma vez que, algumas brincadeiras, tais como: brincadeiras de roda, amarelinha, entre outras, não costumam fazer parte da rotina de crianças em regime de hospitalização. Por esse motivo, dentro do ambiente hospitalar destinado a momentos de lazer e descontração, há a necessidade de profissionais voltados aos trabalhos de desenvolvimento de brincar, mesmo que seja sem brinquedo. Cada vez mais, tem-se visto profissionais de outras áreas ocupando lugar de posição em que se exija capacitação, bem como, preparação para desenvolver determinadas atividades. No caso da brinquedoteca hospitalar, o papel do profissional deve estar voltado ao resgate do lúdico, trabalhos pedagógicos, do bem-estar, tanto das crianças quanto dos seus acompanhantes. Para que as crianças não se desliguem completamente do universo escolar e, muito menos do contexto social que lá fora as esperam após o término do tratamento. Sendo assim, surge para nós futuras/os pedagogas/os a oportunidade de atuação em espaço não escolar. Conforme os autores supracitados são muitos os lugares e as modalidades onde podem ocorrer os processos educativos, e estes são um dos propósitos desta pesquisa que tem como questionamento como está sendo implantado o espaço da brinquedoteca, bem como o ambiente para atendimento às crianças hospitalizadas no Hospital do Câncer de Uberlândia-MG? A escolha do tema “Brinquedoteca Hospitalar” despertou meu interesse muito antes de me ingressar no curso de graduação em pedagogia. No ano de 2005, cursava o 3º ano do ensino médio e, após uma complicação cirúrgica tive a necessidade de ficar internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e, após alguns dias, ainda hospitalizada, fui liberada pela psicóloga e pelo cirurgião a frequentar a brinquedoteca do hospital no qual estava internada. No ano de 2010, em Sertãozinho – SP, iniciei o curso de graduação em Pedagogia e ainda no 1º semestre, fui convidada por uma professora a ser voluntária na brinquedoteca da Santa Casa de Sertãozinho-SP, e lá desempenhava essa função três vezes por semana, apesar de ter sido por poucos meses, foi uma experiência de grande valia, pois tem contribuindo bastante na minha pesquisa. Em seguida fui indicada a trabalhar em uma ONG (Organização Não Governamental) mantida pela prefeitura municipal. Foi assim então, que tomei gosto e curiosidade em conhecer melhor o espaço da brinquedoteca bem como o seu funcionamento. Além disso, hoje tenho duas filhas as quais já ficaram hospitalizadas, e percebo a necessidade da brinquedoteca em um hospital para descontrair enquanto aguardamos tratamento. E mais, analisar outro campo de atuação do pedagogo, que é o espaço não escolar. Pois, o ambiente hospitalar por si só, já se caracteriza em um espaço traumatizante, até mesmo para os adultos, ainda mais para crianças que não conseguem assimilar a necessidade da hospitalização para o tratamento. Em conformidade com a Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006, que trata das Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia, em que cuja formação permite a atuação do pedagogo, na docência da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, além da atuação em espaços não escolares. Assim, percebo que mesmo me graduando em pedagogia há possibilidades de desempenhar a função de pedagoga em um espaço não escolar, por esse motivo e interesse juntamente com as concepções teóricas. Assim, os objetivos propostos para esta pesquisa são: conhecer como está sendo implantado o espaço da brinquedoteca, bem como o funcionamento às crianças hospitalizadas no Hospital do Câncer de Uberlândia-MG; apresentar a legislação que viabiliza a implantação da brinquedoteca nos hospitais e apresentar a importância da brinquedoteca hospitalar para as crianças que passam pelo atendimento pediátrico. Como referencial teórico a ser utilizado na pesquisa, destaca-se: Cunha (2007), Friedmann (2006), Gimenez (2007), Santos (2008), Viegas (2007), entre outros, que trazem reflexões sobre formação teórica, pedagógica e lúdica em brinquedotecas. O brincar, a brinquedoteca e suas contribuições O brincar dá a liberdade para a criança expandir a imaginação. E a brincadeira perpassa por todas as etapas da vida humana, tornando-se assim, um componente da personalidade de cada um. Por meio da brincadeira, do ato brincar a criança estabelece suas relações com o mundo e seus significados. Com o passar dos anos percebemos que as brincadeiras vêm se modificando. Antes não só as crianças brincavam, mas os adultos também se envolviam na diversão. O brincar podia ser livre nas ruas ou em casa com outras crianças, existiam até mesmo brincadeiras de “mamãe e filhinha”, de “esconde-esconde” entre vizinhos crianças e adultos, mas hoje os modos de brincar e as brincadeiras foram perdendo espaços. Pais cada vez mais sobrecarregados de tarefas com o trabalho remunerado, repassando o cuidar dos próprios filhos e, até o brincar por conta das tecnologias, sem deixar que os pequenos tenham contato domiciliar com os coleguinhas de escola, às vezes por medo de não conhecer a família de cada um, ou até mesmo, por falta de tempo em acompanhar as brincadeiras. O problema do crescimento das crianças na sociedade contemporânea, sobrevém do fato de que o desenvolvimento social, as interações sociais da criança com o adulto e entre as próprias crianças, estão seriamente ameaçados pelo avanço tecnológico.(...) A brincadeira tem um papel especial e significativo na interação criança-adulto e criança-criança. (FRIEDMANN, 1992, p.26-27). Sendo assim, percebemos que pelo simples fato de ser criança, os mesmos conseguem se divertir, seja na interação com outras crianças ou com os adultos, ou na brincadeira que pode ser desde as mais conhecidas de antigamente, como também algo modificado pela sociedade da qual estamos inseridos. Sendo assim, a brinquedoteca um dos locais mais apropriados para que as crianças possam brincar, resgatar brincadeiras e compartilhar momentos de alegria. E dessa forma, ter acesso a diferentes brinquedos como também à socialização em partilhar com outras crianças. Para Santos (2008) falar sobre a brinquedoteca é falar sobre um espaço voltado ao lúdico, que traz sensações de prazer, de emoção, de imaginação, das inúmeras contribuições benéficas à autoestima de cada um, independente da idade, seja no envolvimento das crianças, ou dos jovens e adultos, como também dos idosos, uma vez que é possível resgatar no fundo do baú lembranças de como brincar. Sabemos então, que nem todas as crianças conseguem desfrutar da emoção ou benefícios que a brincadeira proporciona, seja pela falta de brinquedos, local para brincar, desmotivação em brincar sozinhos ou, até mesmo a criança que por alguma necessidade física ou de saúde deixa de brincar e ainda, muitas crianças deixam de brincar seja por falta de hábito ou excesso de estímulos ou até mesmo pela imensidade de brinquedos adquiridos pelo consumismo. Cunha (1992, p.36) “Eis porque a brinquedoteca é tão importante. E foi por saber que toda criança precisa brincar que ela foi criada: para resgatar e garantir o direito à brincadeira e à infância, direito este que está sendo de tantas maneiras desrespeitado.” Assim, a brinquedoteca nada mais é do que o espaço em que a criança pode brincar, até mesmo pela grande variedade e diversidade em brinquedos existentes, é um espaço que a criança explora sua imaginação, que sinta o lúdico, que se perca em meio às cores. E que ao adentrar-se em uma brinquedoteca, a criança se deslumbre com a criatividade em um brincar no mundo do faz de contas, de brinquedos feitos a partir de materiais que seriam jogados ao lixo (sucatas). Com isso, Cunha (1992) destaca alguns objetivos da brinquedoteca, como: o acesso à variedade de brinquedos, o empréstimo de brinquedos, no âmbito hospitalar, o enriquecimento das relações familiares por meio do brincar, condições favoráveis para que as crianças brinquem espontaneamente sem se preocupar se o brinquedo é o último lançamento no mercado ou, se foi feito de material de sucata ou reciclável, um espaço de convivência que propicie interações espontâneas e desprovidas de preconceitos sem levar em conta os motivos da internação, a oportunidade das crianças em experimentar os jogos antes de comprá-los, como também a apreciação de trocas afetivas, brincadeiras e a convivência alegre e descontraída. Dentre esses objetivos podemos analisar a finalidade da brinquedoteca, como também os direitos da criança, que consistem na ludicidade da criança, o brincar presente de forma harmoniosa preservando assim a infância desses pequenos. Alguns tipos de brinquedotecas Assim como há diferenças de personalidades e situações enfrentadas por cada criança, sabemos da necessidade de diferentes tipos de brinquedotecas para atender cada um desses pequenos. Por isso, já vem sendo implementa das brinquedotecas em diferentes setores ou até mesmo localidades, como por exemplo, escolas, hospitais, etc. Cunha (2010) cita: A Lekotek (ludoteca), que atende crianças com alguma deficiência ou prejuízo no desenvolvimento e que se caracteriza a uma clínica, em que o atendimento é feito na presença dos pais. E assim, são passadas orientações à mãe de como brincar com essas crianças. Podendo essa brinquedoteca ter um espaço físico destinado ou móvel, atendendo também em casa para que não haja interrupção dos estímulos. Ainda de acordo com Cunha (2010) da Brinquedoteca Hospitalar, podemos dizer que, o espaço destinado no ambiente hospitalar tem a função de fazer com que a internação seja menos traumatizante e mais, de envolver as crianças nas brincadeiras e com os brinquedos, mesmo para os pequenos que não estiverem liberados a sair do leito receber os brinquedos no quarto, preparar a criança ao que terá que enfrentar durante o tratamento, preservar o estado emocional, tentar não interromper por completo as atividades que a criança fazia antes da internação, deixar o ambiente mais agradável, colorido e harmonioso, e preparar essa criança para a volta do convívio familiar. Da Brinquedoteca Circulante, Cunha (2010) destaca que é mais comum na Europa e no Canadá, mas o funcionamento e os objetivos se assemelham ao de qualquer outra brinquedoteca, porém o espaço se encontra dentro de ônibus, caminhões ou até mesmo trailer, se locomovendo até pessoas ou comunidades mais distantes ou isoladas, podendo ser um sistema de rodízio em escolas, igrejas em que não há espaço físico destinado a atender essas crianças. E por fim, Cunha (2010) fala da Brinquedoteca Terapêutica que aproveita da ludicidade do espaço para ajudar as crianças a superar dificuldades tanto em deficiências que podem ser: mentais, visuais, físicas ou auditivas, quanto às dificuldades escolares. O brincar com crianças hospitalizadas Inicialmente falamos a respeito do surgimento da brinquedoteca, com a função de empréstimo de brinquedos e a troca de informações. Agora, de acordo com Cunha (2007), percebemos a necessidade da brinquedoteca hospitalar, já que uma criança hospitalizada tem toda sua rotina interrompida, tanto do convívio pessoal quanto material, seja das brincadeiras ou até mesmo dos brinquedos, além do brincar a brinquedoteca tem a função de tornar a hospitalização das crianças menos traumatizante. Pois, percebemos que o brincar contribui terapeuticamente trazendo satisfação emocional e psicológica, dando lhe mais segurança para encarar o tratamento. O brincar pode parecer difícil quando é com criança hospitalizada, pois a preocupação com o tratamento ofusca a alegria, e para isso devemos resgatar essa ludicidade em meio às brincadeiras. Assim, da Brinquedoteca Hospitalar e as atividades que nela se desenvolvem sabemos da importante participação de Yvonny Lindquist que em 1956, na Suécia, no Departamento de Pediatria do Hospital de Umeo atividades com brinquedos para as crianças internadas. Mas os médicos e as enfermeiras rejeitavam essa iniciativa, com medo de que os brinquedos e as brincadeiras pudessem atrapalhar o tratamento. Porém, com o tempo foram percebendo que a recuperação era mais rápida das crianças que brincavam enquanto estavam hospitalizadas. Desse modo, o Hospital Karolinska, de Estocolmo, maior hospital pediátrico da Suécia, passou a aderir à terapia do brinquedo, sendo assim, no hospital foi aderida e divulgada essa terapia, comprovada com os resultados satisfatórios no tratamento e recuperação. Cunha (2007) destaca alguns objetivos da Brinquedoteca Hospitalar: Preservar a saúde emocional da criança, proporcionando brincadeiras, jogos e parceiros também em tratamento; Preparar a criança às situações advindas do tratamento; Dar continuidade aos estímulos de desenvolvimento, como também apoio pedagógico; Proporcionar condições de visitas aos amigos e familiares; Preparar a criança para a volta pra casa quando liberada pelos médicos. Dessa maneira, percebemos que a Brinquedoteca Hospitalar deve ser um espaço lúdico em que a imaginação, o mundo do faz-de-conta, o apoio psicopedagógico possa trazer tranquilidade e aliviar a ansiedade durante o tratamento. Por isso, a escolha dos brinquedos deve levar em conta a variedade dos mesmos para atender as necessidades das crianças, seja uma cozinha plástica em que a criança faça de conta que está em sua casa ou até mesmo o quarto de bonecas em que retrate o seu próprio quarto. A criança hospitalizada começa a viver em um ambiente muito diferente com o habitual que vivia anteriormente, a rotina muda, as pessoas ao seu redor estão todas em função do tratamento, as brincadeiras e a escola ficam de fora dessa nova etapa de vida podendo assim, surgir casos depressivos, talvez assustadores ou até mesmo ainda um tratamento mais doloroso. Santos (2008), fala da interrupção do brincar da criança devido à hospitalização. Acarretando o desenvolvimento que a criança adquire a partir das experiências vivenciadas no mundo aqui fora, pois o ambiente hospitalar ainda que modificado não dá condições essenciais às necessidades das quais as crianças precisam para o crescimento social e cognitivo. A hospitalização da criança interrompe esse processo, promovendo um corte em sua experiência; pois o ambiente do hospital, ainda que pese as incipientes modificações que começam a ocorrer em nossa realidade hospitalar, não representa as condições essenciais para contemplar tal necessidade infantil. (SANTOS, 2008, p.115). Podemos pensar quais as possibilidades que a criança hospitalizada tem de se distrair, de estar envolvida pedagogicamente, e é com este objetivo que Santos (2008), fala dos preconceitos, do sentimento de incompetência, baixa autoestima, distanciamento escolar, no caso de crianças que já estuda que a criança hospitalizada enfrenta e mais, a educação e o brincar não é um remédio milagroso, mas pode contribuir fundamentalmente e diminuir a angústia da criança durante o tratamento, reaproximando-a das atividades cotidianas. Cunha (2010, p.94) afirma que: “A Brinquedoteca Hospitalar tem a finalidade de tornar a estadia da criança no hospital menos traumatizante e mais alegre, possibilitando assim melhores condições para sua recuperação”. Já que assim, a criança passa a conviver em um ambiente totalmente diferente do seu dia a dia, e mais longe do convívio de toda sua realidade, círculos de amizades, familiares e mais, da vida escolar, que tem forte influência na vida das crianças, pois na escola também desenvolve além de brincadeiras, processo de ensino-aprendizagem, que serve de base para sua construção de cidadania, momentos de ser criança. Sendo assim, os profissionais atuantes na brinquedoteca hospitalar têm a liberdade de levar brinquedos, jogos, contação de histórias até o leito de internação para as crianças que não podem ir até o espaço da brinquedoteca. E para Cunha (2010), os objetivos enquanto brinquedoteca hospitalar serve para preparar a criança para o tratamento, preservar o estado emocional, deixar o ambiente mais agradável e ainda preparar à criança para o retorno para casa quando for liberada pelos médicos. METODOLOGIA Para efetivação deste artigo, em conformidade com o problema apresentado e os objetivos propostos, a metodologia utilizada foi uma pesquisa qualitativa, documental e de observação, a qual adotou os seguintes critérios: embasamento na bibliografia que aborda concepções teóricas sobre Brinquedoteca, em especial, Brinquedoteca Hospitalar, bem como a observação, já que analisamos um aspecto da realidade do espaço hospitalar destinado às crianças hospitalizadas, interpretando fatos e retratando a realidade do modo mais complexo e amplo. A pesquisa qualitativa para Chizzotti (2010) não tem um padrão único, pois compreende uma realidade fluente e contraditória, em que, os fundamentos do conhecimento dão sustentação à investigação dos problemas propostos e mais, usa-se pesquisa qualitativa com um termo genérico para interpretar o sentido da pesquisa, a partir do significado/entendimento que as pessoas atribuem ao que falam e fazem. Foi feita uma pesquisa documental que, para Chizzotti (2010, p.18), significa: “[...] parte integrante de qualquer pesquisa sistemática e precede ou acompanha os trabalhos de campo”, e, que para Severino (2007), a pesquisa documental é adequada para análise de documentos que ainda não passaram por nenhum tratamento analítico da qual o pesquisador irá desenvolver sua investigação. Assim, analisamos no Hospital do Câncer de Uberlândia-MG os seguintes documentos: regimento, para compreendermos como são as diretrizes de implantação e o dimensionamento da Brinquedoteca Hospitalar, bem como a forma que os profissionais realizam atendimento no local. Sobre a observação espontânea, Gil (2010) destaca que o pesquisador durante a observação permanece alheio à comunidade, instituição, mas que observa os fatos que ocorrem e que pretende analisar, favorecendo assim, a aproximação do pesquisador com o fenômeno pesquisado. E ao final, a observação do local para verificação do tamanho do espaço, os projetos que nele se desenvolvem, seus cantinhos e tipos de brinquedos que também foram fontes de análise. A Brinquedoteca “Brincar É Viver” do Hospital do Câncer de Uberlândia-MG A Brinquedoteca “Brincar é Viver1” em funcionamento desde o ano 2003, faz parte do Hospital do Câncer de Uberlândia-MG (HCa), esse mantém com recursos arrecadados exclusivamente pelo Grupo Luta Pela Vida, contam também com investidor solidário para a realização dos projetos em favor dos pacientes, como a construção, ampliação e manutenção do hospital. Desse modo, ao analisar as mudanças feitas desde o início do funcionamento da brinquedoteca, percebemos que a atuação dos voluntariados é de suma importância, já que essa ONG (Organização Não Governamental) depende de doações para continuar realizando esse trabalho que há anos vem mostrando bons resultados, em especial, a Brinquedoteca, que hoje além do brincar no hospital, em espaço físico destinado às crianças, tem entrelaçados projetos para favorecer o bem estar psíquico e social, tanto dos pacientes hospitalizados ambulatoriais e também de seus familiares e acompanhantes durante o tratamento. Sendo assim, a Brinquedoteca “Brincar é Viver” dispõe do coordenador pedagógico, que além do trabalho de atendimento pedagógico dos pacientes oncopediátricos, fica à frente também da responsabilidade de organização dos espaços destinados a esses pacientes. Conta também com uma secretária administrativa, que em conjunto com o coordenador são responsáveis em orientar a permanência de pacientes e 1 Disponível em http://www.hospitaldocancer.org.br/ . acompanhantes na brinquedoteca, a equipe de voluntariado e dar apoio psicopedagógico a essas crianças. (INFORMATIVO HCa). Essa forma de atendimento de lidar com os pacientes do Hospital do Câncer de Uberlândia-MG, que faz o atendimento oncológico, atende também toda a pediatria do Hospital de Clínicas da cidade referida anteriormente, por isso há uma subdivisão de permanência desses pacientes no espaço da brinquedoteca, definida assim: de segunda a sexta-feira, das 07h30min às 11h00min, recebe as crianças de tratamento ambulatorial, são as que se encontram em tratamento oncológico, mas que não há mais a necessidade de permanecer hospitalizada. Assim, as crianças do leito hospitalar contam com o espaço aberto nas dependências do hospital em que, além do parque livre há uma sala de aula com duas professoras mantidas pela Prefeitura Municipal de Uberlândia-MG para atender essas crianças. (INFORMATIVO HCa). A brinquedoteca em seu funcionamento das 13h30min às 16h00min recebe as crianças hospitalizadas que estão liberadas para sair do leito. E aquelas que por alguma restrição não pode ir até o espaço da brinquedoteca contam o auxílio da brinquedoteca ambulante fornecida pelo governo, composta de televisão, aparelho de DVD, livros, jogos, brinquedos, etc. (INFORMATIVO HCa). Além disso, a instituição conta com mais dois aparelhos de TV com DVD, outras duas TV´s com videogame, um computador com acesso à internet, bloqueado para redes sociais, dando prioridade às crianças de brincar eletronicamente com jogos educativos, varal de fantasias, pia para lavar alguns tipos de brinquedos antes da higienização que se faz com álcool – pois a higienização é de fundamental importância para que não haja contaminação com outras crianças – armário de produtos de limpeza necessários à higienização e outro com mais brinquedos, tudo isso fica dentro de uma sala que faz parte dos 120 metros quadrados dessa brinquedoteca no 3º andar do hospital. Há também a sala da secretária com computador, estante com alguns livros e brinquedos, armário de acervo administrativo, atividades, documentos de voluntariados, estagiários, etc. Há um banheiro unissex e duplo que serve de uso tanto para pacientes quanto acompanhante dos mesmos, voluntariados, e responsáveis pela brinquedoteca, disponibiliza-se de dois vasos sanitários, um de tamanho normal e outro de tamanho infantil, com um lavatório e espelho do lado de dentro e outro lavabo fora do banheiro, pode-se também contar com o trocador de fraldas e móvel com mais brinquedos. No salão em si da brinquedoteca há os cantinhos que denominam-se Cantinho do Bebê, com estante de brinquedos voltados a essa faixa etária, com colchonete e almofadas de proteção, além de um prateleira com brinquedos de encaixe, indicados já para desde o início o trabalho de coordenação motora. Logo ao lado, tem-se o Cantinho dos Jogos, que além de pedagógicos tem também de memória, quebra-cabeça, dominó, desafios, entre outros e uma mesa com assentos para realização da brincadeira, que pode acontecer entre os pacientes, acompanhantes e os voluntariados, com mais dois armários de brinquedos, como boliche, carrinhos, etc. Continuando no espaço da brinquedoteca ainda, têm-se os televisores com videogames de um lado e os puffs e, atrás uma mesa de computador com quadro cadeiras giratórias. Ao canto, mais prateleiras com pelúcias e brinquedos e uma mesa de vidro ao centro, com assento almofadado no chão. Ao lado, uma grande estante de 6 colunas por 5 prateleiras com diversos livros, variados clássicos de história, esse é o Cantinho da Leitura, que propicia a criança a viagem no mundo da leitura. Mais a frente, outra estante com grande quantidade de brinquedos, bonecas, super-heróis, animais, carrinhos, bicicletas de bonecas, casinha de boneca, e outra grande mesa que separa de outra grande casinha plástica de brincar e, até chegar ao Cantinho Palco da Maquiagem, nos deparamos com triciclos, caminhões basculante e dos bombeiros, carrinhos de compras de supermercados, maletas médicas, capacetes de seguranças, tudo infantil. Enfim, esse último Cantinho é composto de uma penteadeira amarela, com espelho e lâmpadas, gavetas com várias cores de esmalte, algodão, acetonas, palitos pra limpar o excesso de esmalte das unhas, e mais, tem até uma cortina que fecha esse espaço, para só abrir quando terminar a sessão de beleza. Muito importante é ressaltar que em como qualquer outra instituição ou repartição, há regras que devem ser cumpridas para o bom funcionamento. Seja para os pacientes, como também para acompanhantes e voluntários, respeitando sempre o horário de funcionamento, não causar alvoroço, não correr dentro da brinquedoteca, não realizar procedimento hospitalar dentro da mesma, não é permitido que a criança retire nenhum objeto da brinquedoteca sem prévia autorização dos brinquedistas, não se pode misturar brinquedos ou materiais pessoais do paciente com os do hospital, não se pode guardar nenhum objeto sem ter feito a higienização com álcool, não é permitido aos pacientes ou acompanhantes pedir algo aos voluntariados, e nem os voluntários podem fazer doação sem autorização, e mesmo com autorização a doação deve ser feita por igual para os que irão receber esse benefício, não é permitido que o paciente fique nas dependências da brinquedoteca sem acompanhante, salvo quando solicitado por algum médico, psicólogo ou responsável pelo tratamento. (INFORMATIVO HCa). A Brinquedoteca “Brincar é Viver” tem como objetivo o acolhimento das crianças em tratamento no Hospital do Câncer em Uberlândia-MG, respeitando e dando mais tranquilidade e segurança para enfrentar o tratamento, seja ele oncológico ou pediátrico; amenizar a angústia da espera pelo atendimento; dar oportunidade da criança se desenvolver; promover a valorização da ludicidade, mesmo sendo dentro do hospital; valorizar a afetividade e a sensibilidade entre pacientes que passam por semelhanças em tratamento; proporcionar a valorização da vida e não da doença; propiciar acesso aos jogos e brinquedos em função de gosto ou aptidão; promover brincadeiras ou jogos tanto em grupo quanto individual, respeitando a sociabilidade de cada um; melhorar a comunicação e a relação interpessoal das crianças; deixar o ambiente mais prazeroso, agradável durante a permanência no hospital, contribuindo-se com o tratamento. (INFORMATIVO HCa). A Brinquedoteca do Hospital do Câncer de Uberlândia-MG, além do espaço da brinquedoteca conta com uma sala no 2º andar em que recebe o nome de Atelier Cultural que abrange Oficina de Pintura, com técnicas de pintura em tela e história da arte, Oficina Criarte, trabalho artesanal com materiais recicláveis ou sucata, Projeto Uberabinha, realizado com pacientes ambulatoriais, fazendo visitas e conhecendo essas dimensões do meio ambiente, em que além de trabalho pedagógico associam outra oficina oferecida às essas crianças, que é um dos casos da Oficina de Fotografia realizada uma vez por semana, com o objetivo de desenvolver habilidades e conhecimentos da arte fotográfica com técnicas básicas de fotografia, aprendendo a manipular a câmera, registrar e editar imagens. Tudo isso associado aos projetos para contribuir com o bem estar desses pacientes, seja hospitalizado ou ambulatorial, destacando ainda, a Oficina Café com Arte, que é uma oficina Artística e Cultural dedicada em especial aos cuidadores dos pacientes em tratamento no hospital. (INFORMATIVO SARAE). O Apoio Pedagógico pode ser realizado pela equipe multidisciplinar contando com professoras voluntárias que desenvolvem o papel da Pedagogia Hospitalar em atendimento domiciliar, porém se coincidir com o dia da visita da ao hospital, esse atendimento pedagógico é realizado nas dependências do mesmo. O atendimento pedagógico-educacional no ambiente hospitalar deve ser entendido como uma escuta pedagógica às necessidades e interesses da criança, buscando atendê-las o mais adequadamente possível nestes aspectos, e não como mera suplência escolar ou “massacre” concentrado do intelecto da criança. O sucesso deste trabalho depende da cooperação contínua e próxima entre os professores, alunos, familiares e os profissionais de saúde do hospital, inclusive no que diz respeito aos ajustes necessários na rotina e / ou horários quando da sua interferência no desenvolvimento do planejamento para o diaa-dia de aulas na escolar hospitalar. FONSECA (2008, p.15). De grande importância também além de se trabalhar com essas crianças levando em conta a realidade de cada uma delas especificamente é que todo esse trabalho de oficinas e atendimento pedagógico é realizado por voluntários profissionais, uma das questões levadas em consideração para seja oferecido algo com comprometimento e seriedade, mas com amor e carinho, para que toda essa rotina do tratamento não interrompa o desenvolvimento psíquico, cognitivo e social dos pacientes em tratamento. Neste ano de 2015, foi criado o SARAE (Serviço de Atendimento Recreativo Artístico e Educacional) que engloba todas as modalidades de atendimento disponibilizadas na Brinquedoteca, no Atelier Cultural e Salas de Aulas. No segundo semestre, deste vigente ano, o atendimento vem expandindo aos demais pacientes oncológicos, não somente aos pediátricos, com sessões de cinema, computadores com acesso à internet, projetos de tricô e pintura. Considerações Finais A Brinquedoteca “Brincar é Viver” atende as expectativas dos objetivos propostos, pois sua implantação/inauguração aconteceu bem antes da obrigatoriedade da Lei Federal 11.104/05, mostrando assim a preocupação no atendimento em processo de internação/hospitalização de longa duração das crianças que passam pelo atendimento oncológico. O espaço físico consegue abranger as necessidades dessas crianças, que de acordo com Viegas (2007), compreende que para o atendimento à criança no espaço da brinquedoteca sugere no mínimo dois metros quadrados por criança, cores vivas alegres e vibrantes, bem como o atendimento pedagógico realizado com os mesmos, já que essa mudança de rotina em função do tratamento faz com que o paciente se afaste de suas atividades, entre elas as escolares. A brinquedoteca, oferece um amplo espaço com dedicação à projetos e oficinas que se realizam para as crianças, possui uma variedade de brinquedos, uma vez que após o seu uso o brinquedo deve ser higienizado antes de ser usado por outra criança e com isso Cunha (2007) e Viegas (2007) destacam a importância e o cuidado na escolha dos brinquedos, dando preferências aos que podem ser limpos, evitando até as pelúcias. Os Cantinhos da Brinquedoteca são bem distribuídos pelo amplo local e o Projeto SARAE (Serviço de Atendimento Recreativo Artístico e Educacional) que de forma criativa oferta variadas possibilidades de brincar e lazer as crianças que passam por esse ambiente, desenvolve além do brincar, apoio psíquico e pedagógico, com voluntariados e estagiários que desempenham também esse apoio. Assim, conforme os autores citados na literatura, observamos que o espaço da Brinquedoteca é uma importante alternativa para o desenvolvimento integral da criança, visto que através do brincar ela vai construindo habilidades e competências que serão necessárias a vivência social, cognitiva, afetiva e moral. E para as crianças que estão em tratamento oncológico é uma oportunidade menos traumática de passar pelo tratamento que muitas vezes é tão árduo. Concluímos que no Hospital do Câncer de Uberlândia-MG há como responsável o coordenador pós-graduado em psicopedagogia, e os pedagogos atuantes fazem parte do grupo de voluntariados que atendem aos projetos desenvolvidos pelo Projeto SARAE de atendimento pedagógico das crianças em tratamento oncológico. Referências CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 11ª ed. São Paulo: Cortez, 2010. _____. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2010. CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: Um mergulho no brincar. 4ª ed. São Paulo: Aquariana, 2010. _____. O significado da brinquedoteca hospitalar. In: Brinquedoteca Hospitalar: isto é humanização. Drauzio Viegas (org.). Associação Brasileira de Brinquedotecas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2007. P.71-74. _____. Brinquedoteca: definição, histórico no Brasil e no mundo. In: O direito de brincar: a brinquedoteca. Adriana Friedmann. São Paulo: Scritta: ABRINQ. 1992. p. 3348. FILHO, Jayme Marques. Casa de apoio oncológico – um espaço para brincar. In: Brinquedoteca Hospitalar: isto é humanização. Drauzio Viegas (org.). Associação Brasileira de Brinquedotecas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2007. p. 161-165. FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. 2ª ed. São Paulo: Memnon, 2008. FRIEDMANN, Adriana. (org.); O Direito de Brincar: A brinquedoteca. São Paulo: Página Aberta, 1992. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. GIMENES, Beatriz Piccolo. O brincar e a saúde mental. In: Brinquedoteca Hospitalar:isto é humanização. Drauzio Viegas (org.); Associação Brasileira de Brinquedotecas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2007. p.15-20. HCa. Hospital do Câncer de Uberlândia-MG. http://www.hospitaldocancer.org.br/>. Acesso em 15/07/2015. Disponível em:< Lei Federal 11.104 de 21de março de 2005. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm>. 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