Daniel Corral
26/04/2012
AGROTÓXICOS:
RISCOS E PREVENÇÃO
Definições:
O QUE
É UMA PRAGA?
Qualquer
população de organismo que cause danos
econômicos, lesões ou destruição.
FORMAS DE
CONTROLE DE PRAGAS:
adoção
de boas práticas agrícolas;
controle biológico;
controle físico;
controle químico.
PROF: JORGE PÉREZ
AGROTÓXICOS:
Definições
O QUE
É UM AGROTÓXICO?
Agrotóxico
é um tipo de insumo agrícola.
Os agrotóxicos podem ser definidos como
quaisquer produtos de natureza biológica,
física ou química que têm a finalidade de
exterminar pragas ou doenças que
ataquem as culturas agrícolas.
Definição: a Lei Federal nº 7.802 de 11/07/89,
regulamentada através do Decreto 98.816, no seu
Artigo 2º, Inciso I, define o termo AGROTÓXICOS da
seguinte forma:
"Os produtos e os componentes de processos físicos,
químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores
de produção, armazenamento e beneficiamento de
produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de
florestas nativas ou implantadas e de outros
ecossistemas e também em ambientes urbanos,
hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a
composição da flora e da fauna, a fim de preservá-la da
ação danosa de seres vivos considerados nocivos,
AGROTÓXICOS:
bem como substâncias e produtos empregados
como desfolhantes, dessecantes, estimuladores
e inibidores do crescimento." Essa definição
exclui fertilizantes e químicos administrados a
animais para estimular crescimento ou modificar
comportamento reprodutivo.
AGROTÓXICOS
AGROTÓXICOS:
Toxidades
Classe 1
A: Extremamente tóxico. Algumas gotas podem matar
uma pessoa.
Classe 1 B: Altamente tóxico. De uma pitada a uma colher mata
uma pessoa.
Classe 2: Regularmente tóxico. Uma colher de chá a duas
colheres de sopa pode matar.
Classe 3: Pouco tóxico. Duas colheres de sopa a dois copos
pode matar uma pessoa.
Classe 4: Praticamente atóxicos. De dois copos a um litro podem
matar.
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AGROTÓXICOS:
Tempo de
desativação do agrotóxico
DDT: 4 a 30 anos
Aldrin: 1 a 6 anos
Heptacloro: 3 a 5 anos
Lindano: 3 a 10 anos
Clordano: 3 a 5 anos
AGROTÓXICOS:
Agrotóxicos de
inorgânicos
orgânicos
orgânicos sintéticos
AGROTÓXICOS:
AGROTÓXICOS:
Inseticidas
Anomalias que
Clorofosforados, fosforados, sistêmicos, carbamatos
(sistêmicos e não sistêmicos)
Fungicidas
Cúpricos, ditiocarbamatos, sulfurados, mercuriais,
antibióticos, carbamatos, nitrobenzênicos, derivados da
stalimidas (Captan, cancerígeno). Fumigantes: Brometo
de metila, óleos emulsionáveis
Herbicidas
Inorgânicos, orgânicos, uréias, compostos amônicos,
fenóis, fenoxiácidos.
Hidrocefalia -
AGROTÓXICOS:
Mielominingocele e
meningocele - É uma espécie de
bolsa, contendo líquido cefaloraquidiano e as meninges,
que pode aparecer na região lombar e do pescoço. A
cirurgia para retirada da meningocele resolve o
problema mas é comum o rompimento da bolsa e a
contração de meningite.
Anencefalia - Ausência dos ossos do crânio. O cérebro
não se desenvolve. Geralmente o bebê nasce morto ou
morre minutos após o parto.
AGROTÓXICOS
acordo com a origem química
podem ser causadas pelos agrotóxicos
Doença conhecida por cabeça d'água. Trata-se
de uma bolsa com grande quantidade de líquido
cefaloraquidiano na cabeça, deixando-a em tamanho
desproporcional. A vítima fica com olhos saltados e com
aspecto sonolento, efeito da pressão do líquido na cabeça do
bebê. Geralmente estas crianças morrem por meningite. O
tratamento é a colocação de uma válvula, ligando cérebro e
aparelho digestivo, na tentativa de eliminar o excesso de
líquido.
AGROTÓXICOS:
Microcefalia - Ocorre
quando os ossos do crânio
são menores que o normal, fazendo com que o
bebê tenha um cérebro pequeno, devido à
redução do espaço para o seu desenvolvimento.
Isso provoca o retardamento mental da criança.
Não há solução cirúrgica.
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AGROTÓXICOS:
AGROTÓXICOS:
Tipos de
intoxicação causadas pelos agrotóxicos
onde os sintomas surgem rapidamente,
algumas horas após a exposição excessiva, por curto
período, a produtos altamente tóxicos. Podem ocorrer
de forma branda, moderada ou grave, dependendo da
quantidade do veneno absorvido. Os sinais e sintomas
são nítidos e objetivos.
Espinha bífida -
Nestes casos a criança tem
poucos minutos de vida, pois as meninges ficam
expostas. Popularmente esta anomalia é
conhecida pelo fato da coluna não ter se
fechado.
Aguda -
AGROTÓXICOS:
AGROTÓXICOS:
Subaguda
- ocasionada por exposição moderada ou
pequena a produtos altamente tóxicos ou medianamente
tóxicos. Tem aparecimento mais lento e os principais
sintomas são subjetivos e vagos, tais como dor de
cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de estômago e
sonolência.
Crônica - caracteriza-se por ser de surgimento tardio,
após meses ou anos de exposição pequena ou
moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos,
acarretando danos irreversíveis como paralisias e
neoplasias.
AGROTÓXICOS:
CLASSE DE AGROTÓXICOS: Dada a grande diversidade de produtos, cerca
de 300 princípios ativos em 2 mil formulações comerciais diferentes no
Brasil, é importante conhecer a classificação dos agrotóxicos quanto à sua
ação e ao grupo químico a que pertencem. Essa classificação também é útil
para o diagnóstico das intoxicações e instituição de tratamento específico.
Inseticidas.
Fungicidas
Herbicidas
Acaricidas.
Nematicidas
Bactericidas
Mulosquicidas;
AGROTÓXICOS
A mesma lei
tem ainda como objetos os componentes
e afins, também de interesse à vigilância, assim
definidos:
Componentes: "Os princípios ativos, os produtos
técnicos, suas matérias primas, os ingredientes inertes e
aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins".
Afins: "Os produtos e os agentes de processos físicos e
biológicos que tenham a mesma finalidade dos
agrotóxicos, bem como outros produtos químicos, físicos
e biológicos, utilizados na defesa fitossanitária e
ambiental, não enquadrados
AGROTÓXICOS:
Inseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Os
inseticidas pertencem a quatro grupos químicos distintos:
Organofosforados: são compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico,
do ácido tiofosfórico ou do ácido ditiofosfórico. Ex.: Folidol, Azodrin,
Malation, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox.
Carbamatos: são derivados do ácido carbâmico. Ex.: Carbaril, Temik,
Zectram, Furadan.
Organoclorados: são compostos à base de carbono, com radicais de cloro.
São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno. Foram
muito utilizados na agricultura, como inseticidas, porém seu emprego tem
sido progressivamente restringido ou mesmo proibido. Ex.: Aldrin, Endrin,
BHC, DDT, Endossulfan, Heptacloro, Lindane, Mirex.
Piretróides: são compostos sintéticos que apresentam estruturas
semelhantes à piretrina, substância existente nas flores do Chrysanthemum
(Pyrethrun) cinenarialfolium. Alguns desses compostos são: aletrina,
resmetrina, decametrina, cipermetrina e fenpropanato. Ex.: Decis, Protector,
K-Otrine, SBP.
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AGROTÓXICOS:
Fungicidas: ação de combate a fungos. Existem
muitos fungicidas no mercado. Os principais grupos
químicos são:
Etileno-bis-ditiocarbamatos: Maneb, Mancozeb,
Dithane, Zineb, Tiram.
Trifenil estânico: Duter e Brestan.
Captan: Ortocide e Merpan.
Hexaclorobenzeno.
AGROTÓXICOS:
AGROTÓXICOS:
Raticidas (Dicumarínicos): utilizados
no combate a
roedores.
AGROTÓXICOS:
Na tentativa
Acaricidas: ação de
combate a ácaros diversos.
Nematicidas: ação de combate a nematóides.
Molusquicidas: ação de combate a moluscos,
basicamente contra o caramujo da esquistossomose.
Fumigantes: ação de combate a insetos, bactérias:
fosfetos metálicos (Fosfina) e brometo de metila.
AGROTÓXICOS:
Existem cerca de
15.000 formulações para 400 agrotóxicos
diferentes, sendo que cerca de 8.000 encontram-se
licenciadas no Brasil, que é um dos cinco maiores
consumidores de agrotóxicos no mundo, as intoxicações
por estas substâncias estão aumentando tanto entre os
trabalhadores rurais que ficam expostos, como entre
pessoas que se contaminam através dos alimentos. Alguns
estudos já relataram a presença de agrotóxicos no leite
materno, o que poderia causar defeitos genéticos nos bebês
nascidos de mães contaminadas.
Já foram registrados casos de transmissão de leucemia
para o feto, por mulheres que estiveram em contato com
agrotóxicos durante a gravidez.
AGROTÓXICOS
Herbicidas: combatem ervas daninhas. Nas últimas duas
décadas, esse grupo tem tido uma utilização crescente na
agricultura. Seus principais representantes são:
Paraquat: comercializado com o nome de Gramoxone.
Glifosato: Round-up.
Pentaclorofenol
Derivados do ácido fenoxiacético: 2,4 diclorofenoxiacético
(2,4 D) e 2,4,5 triclorofenoxiacético (2,4,5 T). A mistura de
2,4 D com 2,4,5 T representa o principal componente do
agente laranja, utilizado como desfolhante na Guerra do
Vietnan. O nome comercial dessa mistura é Tordon.
Dinitrofenóis: Dinoseb, DNOC.
de defender a agricultura contra
pragas que atacam as plantações, os agrotóxicos
foram criados. A utilização de agrotóxicos teve
inicio na década de 20 e, durante a segunda
guerra mundial, eles foram utilizados até como
arma química.
Eles causam muitos problemas tanto para o meio
ambiente, quanto para os seres humanos e
animais.
AGROTÓXICOS:
Segundo a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
(ANVISA), o uso intenso de agrotóxicos levou à
degradação dos recursos naturais - solo, água, flora e
fauna -, em alguns casos de forma irreversível, levando a
desequilíbrios biológicos e ecológicos.
Além de agredir o ambiente, a saúde também pode ser
afetada pelo excesso destas substâncias. Quando mal
utilizados, os agrotóxicos podem provocar três tipos de
intoxicação: aguda, subaguda e crônica. Na aguda, os
sintomas surgem rapidamente. Na intoxicação subaguda,
os sintomas aparecem aos poucos: dor de cabeça, dor de
estômago e sonolência. Já a intoxicação crônica, pode
surgir meses ou anos após a exposição e pode levar a
paralisias e doenças, como o câncer.
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Daniel Corral
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AGROTÓXICOS:
15%, antes mencionado, pode parecer baixo, mas a
Organização Mundial de Saúde - OMS afirma que apenas 1/6
(16,6%) dos acidentes são oficialmente registrados e que 70% dos
casos de intoxicação ocorrem em países do terceiro mundo,
sendo que os inseticidas organofosforados são os responsáveis
por 70% das intoxicações agudas.
O manuseio inadequado de agrotóxicos é, portanto, um dos
principais responsáveis por acidentes de trabalho no campo. A
ação das substâncias químicas no organismo humano pode ser
lenta e demorar anos para se manifestar.
O uso de agrotóxicos tem causado diversas vítimas fatais, além de
abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer, dermatoses e
outras doenças. Segundo a OMS, há 20.000 óbitos/ano em
conseqüência da manipulação, inalação e consumo indireto de
pesticidas nos países em desenvolvimento.
GRUPOS QUÍMICOS
O índice de
Agrotóxicos de
acordo com
a origem química
inorgânicos
orgânicos
orgânicos sintéticos
Organosfosforados;
Carbamatos;
Piretróides;
Fumigantes;
Dipiridilos;
Fenoxi-acéticos;
Difenóis e
clorofenóis;
Raticidas;
Mistura
EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A AGROTÓXICOS
Intoxicações
Agudas
Crônicas
Carcinogênicos
Câncer
Mutagênicos
Mutações genéticas
Teratogênicos
Anomalias
Malformações congênitas
Organoclorados;
de agrotóxicos;
AGROTÓXICOS:
ORAL
CONTAMINAÇÃO
RESPIRATÓRIA
DÉRMICA
DIRETA
EXPOSIÇÃO
INDIRETA
INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS
AGRICULTORES
EXPOSIÇÃO
DIRETA
ACIDENTES
POPULAÇÃO
CONTAMINAÇÃO
AMBIENTAL
AGROTÓXICOS
MALFORMAÇÃO
N°°
/%
OPERÁRIOS DA INDÚSTRIA DE
PRODUÇÃO
OPERADORES DE EMPRESAS DE
DESINSETIZAÇÃO
EXPOSIÇÃO
INDIRETA
TABELA - DISTRIBUIÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS QUE
APRESENTARAM MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS,
CUJAS MÃES TIVERAM CONTATO DIRETO COM
AGROTÓXICOS DURANTE A GESTAÇÃO
NEUROLÓGICAS
46 / 38%
GÁSTRICAS
41 / 34%
ÓSSEAS
33 / 28%
TOTAL
120 / 100%
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TABELA - DISTRIBUIÇÃO DOS RN COM MALFORMAÇÕES
NEUROLÓGICAS, CUJAS MÃES FORAM
EXPOSTAS A AGROTÓXICOS NA GESTAÇÃO
MALFORMAÇÃO
N°° / %
HIDROCEFALIA
21 / 46%
MIELOMENINGOCELE/
MENINGOCELE
20 / 44%
MICROCEFALIA
02 / 04%
ESPINHA BÍFIDA
02 / 04%
ANENCEFALIA
01 / 02%
TOTAL
46 / 100%
HIDROCEFALIA
MIELOMENINGOCELE
Profª. Doutora Mara Regina Calliari Martin - Universidade de Passo Fundo
ANENCEFALIA
ANENCEFALIA
ESPINHA BÍFIDA
TABELA 6 - DISTRIBUIÇÃO DOS RN COM MALFORMAÇÕES
GÁSTRICAS CUJAS MÃES FORAM EXPOSTAS
A AGROTÓXICOS NA GESTAÇÃO
MALFORMAÇÃO
N°° / %
ATRESIA CONGÊNITA
DO ESÔFAGO
21 / 51%
LÁBIO LEPORINO/
PALATOSQUESE
12 / 29%
LÁBIO LEPORINO
08 / 20%
TOTAL
41 / 100%
Profª. Doutora Mara Regina Calliari Martin - Universidade de Passo Fundo
AGROTÓXICOS
LÁBIO LEPORINO/PALATOSQUESE
LÁBIO LEPORINO
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AGROTÓXICOS:
Inseticidas Inibidores das colinesterases:
Organofosforados: esse
PÉ TORTO CONGÊNITO
grupo é o responsável pelo maior
número de intoxicações e mortes no país. Ex. Folidol, Azodrin,
Malation, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox.
Carbamatos: grupo muito utilizado no país. Ex. Carbaril, Temik,
Zectram, Furadam, Sevin.
Os inseticidas inibidores das colinesterases são absorvidos pela
pele, por ingestão ou por inalação. Sua ação se dá pela inibição
de enzimas colinesterases, especialmente a acetilcolinesterase,
levando a um acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas,
desencadeando uma série de efeitos parassimpaticomiméticos.
Diferentemente dos organofosforados, os carbamatos são
inibidores reversíveis das colinesterases, porém as intoxicações
podem ser igualmente graves.
AGROTÓXICOS:
carbamatos - Modo de ação
Inibidores da colinesterase:
no Sistema Nervoso Central
nos glóbulos vermelhos
no plasma
em outros órgãos.
Não se acumulam no organismo. É possível o
acúmulo de efeitos.
AGROTÓXICOS:
Organofosforados e
•
•
Modo de ação
Estimulantes do SNC (em altas doses são indutores das
enzimas microssômicas hepáticas)
São armazenados no tecido adiposo, em equilíbrio
dinâmico com a absorção.
Como manifestações crônicas salientam-se neuropatias
periféricas, inclusive com paralisias, discrasias
sangüíneas diversas, inclusive aplasia medular, lesões
hepáticas com alterações das transaminases e da
fosfatase alcalina, lesões renais, arritmias cardíacas e
dermatoses, como cloroacne.
AGROTÓXICOS
•
Depois:
Suor abundante
Pupilas contraídas - miose
Salivação intensa
Vômitos
Lacrimejamento
Dificuldade respiratória
Fraqueza
Colapso
Tontura
Tremores musculares
Dores e cólicas abdominais
Convulsões
Visão turva e embaçada
AGROTÓXICOS:
Organoclorados -
Sintomas de intoxicação aguda - organofosforados e carbamatos
Inicialmente:
AGROTÓXICOS:
•
Sintomas de intoxicação aguda - organoclorados
Primeiramente:
Depois:
Irritabilidade
Tonturas
Dor de cabeça
Náuseas
Sensação de cansaço
Vômitos
Mal-estar
Colapso
Contrações musculares involuntárias
Convulsões
Coma
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26/04/2012
AGROTÓXICOS:
AGROTÓXICOS:
Inseticidas Piretróides: são
compostos sintéticos que
apresentam estruturas semelhantes à piretrina, substância
existente nas flores do Chrysanthemum (Pyrethrum)
cinerariaefolium. Sendo pouco tóxicos do ponto de vista
agudo, são porém, irritantes para os olhos e mucosas, e
principalmente hipersensibilizantes, causando tanto alergias
de pele como asma brônquica. Seu uso abusivo nos
ambientes domésticos vem causando incremento dos casos
de alergia, tanto em crianças como em adultos. Em doses
muito altas podem determinar neuropatias, por agir na bainha
de mielina, desorganizando-a, além de promover ruptura de
axônios.
•
Piretrinas e Piretróides - Modo de ação
Estimulantes do SNC.
Em doses altas podem produzir lesões duradouras ou permanentes no Sistema
Nervoso Periférico.
Capacidade de produzir alergias.
•
•
Sintomas de Intoxicação - Piretrinas e Piretróides
Primeiramente:
Formigamento nas
pálpe bras e nos lábios
•
Depois:
Coceira intensa
Mancha na pele
Irritação das conjuntivas e
mucosas
Espirros
Secreção e obstrução
Reação aguda de
hipersensibilidade
Excitação
Convulsões
AGROTÓXICOS:
Fungicidas
Etileno-bis-ditiocarbamatos: Maneb,
Mancozeb, Dithane, Zineb,
Tiram.
Alguns desses
compostos contêm manganês na sua composição
(Maneb, Dithane), podendo determinar parkinsonismo pela ação do
manganês no sistema nervoso central. Outro aspecto importante referese à presença de etileno-etiluréia (ETU) como impureza de fabricação
na formulação desses produtos, já se tendo observado efeitos
carcinogênico (adenocarcinoma de tireóide), teratogênico e mutagênico
em animais de laboratório .
As intoxicações por esses compostos freqüentemente ocorrem através
das vias oral e respiratória, podendo também ser absorvidos por via
cutânea. Nos casos de exposição intensa provocam dermatite, faringite,
bronquite e conjuntivite.
AGROTÓXICOS:
Trifenil estânico: Duter e
Brestan.
experimentais, esses produtos têm promovido
uma redução dos anticorpos circulantes em várias espécies
de animais.
Captan: Ortocide e Merpan.
Este produto é considerado muito pouco tóxico, sendo
utilizado para tratamento de sementes antes do plantio. Foi
observado efeito teratogênico - má formação fetal - em
animais de laboratório.
Hexaclorobenzeno.
Pode causar lesões de pele tipo acne (cloroacne), além de
uma patologia grave, a porfiria cutânea tardia.
Em provas
AGROTÓXICOS:
AGROTÓXICOS:
Modo de ação - Dipiridilos
Herbicidas
Esse grupo de
agrotóxicos tem tido uma utilização crescente na agricultura
nas duas últimas décadas. Os herbicidas substituem a mão de obra na capina,
diminuindo, conseqüentemente, o nível de emprego na zona rural. Seus
principais representantes e produtos mais utilizados são os seguintes:
Dipiridilos: Paraquat, comercializado com o nome de Gramoxone.
É bem absorvido através da ingestão e da pele irritada ou lesionada, sendo a
via respiratória a de menor absorção.
Provoca lesões hepáticas, renais e fibrose pulmonar irreversível. Em casos
graves, a fibrose pulmonar pode levar à morte por insuficiência respiratória em
até duas semanas. Não há tratamento para a fibrose pulmonar.
As intoxicações ocupacionais mais importantes são aquelas relacionadas à
absorção por via dérmica.
Há que fazer referência ainda aos casos de intoxicações acidentais em
crianças, que ingerem o produto pensando ser refrigerante, uma vez que tem
cor de Coca-Cola. Além disso, tem sido relatados casos de suicídio em
adultos.
AGROTÓXICOS
Entre os herbicidas dipiridilos, o Paraquat é altamente tóxico se ingerido.
Lesão inicial: irritação grave das mucosas
Lesão tardia: após 7-14 dias começa a haver alterações proliferativas e irreversíveis no epitélio
pulmonar.
Seqüelas: insuficiência respiratória, insuficiência renal, lesões hepáticas.
Sintomas de Intoxicação - Dipiridilos/Paraquat
Causa lesões graves nas mucosas (via oral).
Causa lesões na pele (via dérmica).
Sangramento pelo nariz.
Mal-estar, fraqueza e ulcerações na boca.
Lesões hepáticas e renais.
Torna as unhas quebradiças.
Produz conjuntivite ou opacidade da córnea (contato com os olhos).
Fibrose pulmonar e morte.
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Daniel Corral
26/04/2012
AGROTÓXICOS:
AGROTÓXICOS:
Fenóxi-acéticos - Modo de ação
Pentaclorofenol e Dinitrofenóis - Modo de ação
Baixa ou moderada toxicidade aguda para mamíferos.
Estimulam fortemente o metabolismo, com hipertermia, que pode se tornar irreversível.
Lesões degenerativas, hepáticas e renais (em altas doses).
Lesões do Sistema Nervoso Central.
Não se acumulam no organismo, mas as exposições repetidas podem causar uma
acumulação de efeitos.
Neurite periférica retardada.
2,4,5-T apresenta dioxina (TCDD - composto teratogênico).
Fenóxi-acético - Sintomas de Intoxicação
•
Pentaclorofenol e Dinitrofenóis - Sintomas de Intoxicação
Primeiramente:
Depois:
Dificuldade respiratória
Convulsões
Temperatura muito alta (hipertermia)
Perda da consciência
Primeiramente:
Depois:
Perda de apetite
Esgotamento
Irritação da pele exposta
Vômitos
Enjôo
Dores torácicas e abdominais
Irritação do trato gastrintestinal
Fasciculação muscular
Fraqueza muscular
Confusão mental
Convulsões
Fraqueza
Coma
AGROTÓXICOS:
Sinais e sintomas de intoxicação por agrotóxico segundo tipo de exposição.
Exposição
Sinais e
Sintomas
Única ou por curto período
Continuada por longo período
Agudos
cefaléia, tontura, náusea,
vômito, fasciculação
muscular, parestesias,
desorientação, dificuldade
respiratória, coma, morte.
hemorragias, hipersensibilidade,
teratogênese, morte fetal.
Crônicos
paresia e paralisias
reversíveis, ação
neurotóxica retardada
irreversível, pancitopenia,
distúrbios neuropsicológicos.
lesão cerebral irreversível, tumores
malignos, atrofia testicular, esterilidade
masculina, alterações neurocomportamentais, neurites periféricas,
dermatites de contato, formação de
catarata, atrofia do nervo óptico, lesões
hepáticas, etc.
AGROTÓXICOS:
É importante realçar
a ocorrência dos distúrbios comportamentais como
efeito da exposição aos agrotóxicos, que aparecem na forma de
alterações diversas como ansiedade, irritabilidade, distúrbios da
atenção e do sono. Por último, vale a pena salientar que sintomas não
específicos presentes em diversas patologias, freqüentemente são as
únicas manifestações de intoxicação por agrotóxicos, razão pela qual
raramente se estabelece esta suspeita diagnóstica. Esses sintomas
compreendem principalmente os seguintes:
Dor de cabeça
Vertigens
Falta de apetite
Falta de forças
Nervosismo
Dificuldade para dormir
AGROTÓXICOS
AGROTÓXICOS:
Órgão/sistema
Efeito
Sistema
nervoso
Síndrome asteno-vegetativa, polineurite, radiculite, encefalopatia, distonia
vascular, esclerose cerebral, neurite retrobulbar, angiopatia da retina
Sistema
respiratório
Traqueíte crônica, pneumofibrose, enfisema pulmonar, asma brônquica
Sistema
cardiovascular
Miocardite tóxica crônica, insuficiência coronária crônica, hipertensão,
hipotensão
Fígado
Hepatite crônica, colecistite, insuficiência hepática
Rins
Albuminúria, nictúria, alteração do clearance da uréia, nitrogênio e
creatinina
Trato
gastrointestinal
Gastrite crônica, duodenite, úlcera, colite crônica (hemorrágica, espástica,
formações polipóides), hipersecreção e hiperacidez gástrica, prejuízo da
motricidade
Sistema
hematopoético
Leucopenia, eosinopenia, monocitose, alterações na hemoglobina
Pele
Dermatites, eczemas
Olhos
Conjuntivite, blefarite
AGROTÓXICOS:
Eles podem
ser encontrados em vegetais
(verduras, legumes, frutas e grãos), açúcar, café
e mel. Alimentos de origem animal (leite, ovos,
carnes e frangos) podem conter substâncias
nocivas que chegam a contaminar a
musculatura, o leite e os ovos originados do
animal, quando ele se alimenta de água ou ração
contaminadas.
Recentemente (maio de 2004), pesquisa da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA revelou que as frutas e saladas
consumidas pelos brasileiros têm alto índice
(81,2%) de contaminação por agrotóxicos,
especialmente a alface, batata, maçã, banana,
morango e mamão , sobretudo estes dois
últimos, comprometidos em boa parte das
amostras.
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Daniel Corral
26/04/2012
NECESSIDADE DE
CONTROLE DE RISCOS:
CARACTERÍSTICAS DO
SETOR PRIMÁRIO:
Transporte.
Grandes distâncias.
Armazenamento.
Diversificação
de atividades.
Mão-de-obra temporária.
Dispersão populacional.
Resistência a inovações.
Preparo.
Aplicação.
Descarte.
Portaria nº 3067
De 12 de Abril de 1988.
CAUSAS MAIS FREQÜENTES DE
ACIDENTES:
Aprova NRR previstas
Vazamento de máquinas
aplicadoras e bicos ejetores entupidos.
Mistura do agrotóxico com água,diretamente com as mãos.
Utilização da mesma roupa impregnada de agrotóxicos.
Trabalhadores que não tomam banho após a manipulação do
agrotóxico.
Não uso de E.P.I.
Aplicação nas horas mais quentes do dia.
Trabalhadores de pouca resistência física.
Operadores que trabalham sozinhos na lavoura.
Hábito de comer,beber ou fumar durante o trabalho.
Agrotóxicos são
produtos químicos
usados na lavoura, na pecuária e
mesmo no ambiente doméstico:
inseticidas, fungicidas, acaricidas,
nematicidas, herbicidas, bactericidas,
vermífugos; além de solventes, tintas,
lubrificantes, produtos para limpeza e
desinfecção de estábulos, etc
O manuseio inadequado de agrotóxicos
é assim, um dos principais responsáveis
por acidentes de trabalho no campo. A
ação das substâncias químicas no
organismo humano, pode ser lenta e
demorar anos para se manifestar.
AGROTÓXICOS
no Art.13 da Lei N.º 5.889 de 08 de junho de
1973,relativas a SEURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO RURAL.
NORMAS REGULAMENTADORAS RURAIS:
NRR
1- Disposições Gerais.
2- Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do
Trabalho Rural- SEPATR.
NRR 3- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
Rural- CIPATR.
NRR 4- Equipamento de Proteção Individual- EPI.
NRR 5- Produtos Químicos.
NRR
O Brasil supera
em 7 vezes a média mundial de 0,5
kg/hab de veneno. Nossa média, no início dos anos
80, era de 3,8 kg/hab, número esse que ficou maior
em 1986, com a injeção temporária de recursos do
Plano Cruzado. Então, o consumo saltou de 128.000
t para 166.000 t/ano.
O consumo cresceu, de 1964 para 1979, de 421%,
enquanto que a produção das 15 principais culturas
brasileiras, não ultrapassou o acréscimo de 5%.
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Daniel Corral
26/04/2012
Esperamos
que esse espaço sirva de orientação aos agricultores,
técnicos agrícolas, agrônomos e líderes rurais, responsáveis pela
difusão do conhecimento no meio rural. Aos fabricantes,
representantes e comerciantes, lançamos um apelo à sua
consciência, a fim de que atuem nos limites da ética.
Os agrotóxicos têm sido identificados como causa importante de
intoxicações e morte em todo o Brasil, principalmente nas regiões
Sudeste, Sul e Nordeste. O Sistema Nacional de Informações
Tóxico-Farmacológicas - SINITOX registra que, em 2001,
ocorreram 433 mortes por intoxicação com agrotóxicos e raticidas.
Os mais comuns são os organofosforados ou inseticidas e os
carbamatos. Em razão do seu alto poder letal, são usados até por
pessoas que desejam cometer suicídio.
A aplicação
indiscriminada de agrotóxicos afeta tanto a
saúde humana quanto os sistemas naturais. Estima-se
que esses venenos sejam os responsáveis por mais de
20.000 mortes não intencionais por ano, sendo que a
maioria ocorre no Terceiro Mundo, onde cerca de 25
milhões de trabalhadores agrícolas são intoxicados de
forma aguda.
Atualmente, o Brasil conta com 32 Centros de Controle
de Intoxicação - CCI localizados em 17 Estados, onde
são realizados atendimentos das intoxicações agudas
ou processo de agudização do fenômeno crônico nos
trabalhadores.
Pereira, em tese apresentada à ECA/USP
em 2003, listou 8 causas importantes
relacionadas com a intoxicação por
agrotóxicos:
1 - Falta de treinamento;
2 - Não uso de roupa protetora (EPI);
3 - Não uso do Receituário Agronômico;
4 - Uso excessivo do produto;
5 - Uso de produtos proibidos;
6 - Presença de crianças e adolescentes;
7 - Não fiscalização da aviação agrícola;
8 - Ausência de articulação institucional.
Sintomas de intoxicação podem não aparecer de imediato. Deve-se prestar atenção à
possível ocorrência desses sintomas, para que possam ser relatados com precisão. O
agricultor intoxicado pode apresentar as seguintes alterações:
irritação ou nervosismo;
ansiedade e angústia;
fala com frases desconexas;
tremores no corpo;
indisposição, fraqueza e mal estar, dor de cabeça, tonturas, vertigem, alterações visuais;
salivação e sudorese aumentadas;
náuseas, vômitos, cólicas abdominais;
respiração difícil, com dores no peito e falta de ar;
queimaduras e alterações da pele;
dores pelo corpo inteiro, em especial nos braços, nas pernas, no peito;
irritação de nariz, garganta e olhos, provocando tosse e lágrimas;
urina alterada, seja na quantidade ou cor;
convulsões ou ataques: a pessoa cai no chão, soltando saliva em grande quantidade, com
movimentos desencadeados de braços e pernas, sem entender o que está acontecendo;
desmaios, perda de consciência até o coma.
AGROTÓXICOS
A ação
dos agrotóxicos sobre a saúde
humana costuma ser deletéria, muitas
vezes fatal, provocando desde náuseas,
tonteiras, dores de cabeça ou alergias
até lesões renais e hepáticas, cânceres,
alterações genéticas, doença de
Parkinson etc. Essa ação pode ser
sentida logo após o contato com o
produto (os chamados efeitos agudos)
ou após semanas/anos (são os efeitos
crônicos) que, neste caso, muitas vezes
requerem exames sofisticados para a
sua identificação.
Teste de Colinesterase. Um valioso
indicador da relação entre exposição a
agrotóxicos e problemas de saúde é o nível
da enzima colinesterase no sangue. A
inibição da colinesterase por meio dos
compostos fosforados ou carbamatos
provoca o acúmulo de acetilcolina, e o
organismo passa a apresentar uma série de
manifestações (efeitos muscarínios,
nicotínicos e centrais).
É uma enzima cujo papel fundamental é a
regulação dos impulsos nervosos através da
degradação da acetilcolina na junção
neuromuscular e na sinapse nervosa.
Existem duas categorias de colinesterases: a
acetilcolinesterase (colinesterase
verdadeira), que é encontrada nos
eritrócitos, no pulmão e no tecido nervoso;
e a colinesterase sérica, sintetizada no
fígado, também chamada de
pseudocolinesterase.
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Daniel Corral
Teste
26/04/2012
de Colinesterase.
Sua
determinação é útil na avaliação e no
acompanhamento de pacientes com intoxicação por
organofosforados (inseticidas) que inibem a
colinesterase eritrocitária e diminuem os níveis da
colinesterase sérica. A colinesterase sérica está
diminuída nas doenças parenquimatosas hepáticas
(hepatites virais, cirrose), na insuficiência cardíaca
congestiva, nos abscessos e neoplasias.
Teste
de Colinesterase.
Os níveis baixos persistentes nos cirróticos
têm sido
apontados como marcador de mau prognóstico.
Valores diminuídos também são encontrados em
estados de desnutrição, infecções agudas, anemias,
infarto do miocárdio e dermatomiosite. Diversas
drogas como estrogênios, testosterona e
contraceptivos orais também podem interferir nos
níveis da colinesterase sérica.
Segundo as estatísticas
de Colinesterase.
O exame médico periódico dos trabalhadores
expostos à substâncias tóxicas é indispensável
para comprovar a presença de efeitos adversos,
conseqüência de medidas de controle
insuficientes, práticas de trabalho inapropriadas
ou exposição a níveis máximos toleráveis das
pessoas expostas. O ideal seria que fosse
estudado o tempo real de exposição dos
funcionários que aplicam o praguicida, fixando-se
os índices de segurança do tempo máximo e
mínimo de exposição.
O agricultor deverá procurar imediatamente
atendimento médico, na presença de quaisquer
sintomas que possam indicar um quadro de
intoxicação.
AGROTÓXICOS:
No Brasil, hoje, estima-se que morrem 5.000 trabalhadores/ano, vítimas de
agrotóxicos. Grande parte des as mortes poderiam se evitadas se houves e o uso efetivo de
equipamentos de proteção individual - E.P.I. (luvas, máscara, óculos de proteção, avental,
outras vestimentas de proteção, botas e chapéu) por parte dos agricultores que manuseiam
o produto.
AGROTÓXICOS
Teste
de
2.000, os acidentes com
agrotóxicos no uso agrícola
são mais comuns nas faixas
etárias de 20 a 29 anos
(1.209 registros) e de 30 a 39
anos (1.080 casos). Já nos
acidentes domésticos, os
mais atingidos são as
crianças entre 1 e 4 anos
(768 casos), seguidos de
adultos de 20 a 29 anos (567
registros).
AGROTÓXICOS:
Recentemente (maio
de 2004), pesquisa da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA revelou que as frutas e saladas
consumidas pelos brasileiros têm alto índice
(81,2%) de contaminação por agrotóxicos,
especialmente a alface, batata, maçã, banana,
morango e mamão , sobretudo estes dois
últimos, comprometidos em boa parte das
amostras.
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Daniel Corral
26/04/2012
AGROTÓXICOS:
"O
UNIVERSO E A ESTUPIDEZ HUMANA SÃO
INFINITOS. TENHO MINHAS DÚVIDAS
QUANTO AO PRIMEIRO." Albert Einstein
“DEUS
PERDOA SEMPRE, OS HOMES
ALGUMAS VEZES; POREM A NATUREZA
NUNCA PERDOA” Anônimo
AGROTÓXICOS
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