Desigualdade Econômica 1. 2. 3. 4. Observações conceituais Medidas de desigualdade econômica A Curva de Lorenz Medidas completas de desigualdade 1. Observações Conceituais Desigualdade: renda (fluxos) vs renda (estoques) mobilidade no curto e longo prazo Distribuição funcional e pessoal de renda Distribuição Funcional Distribuição Pessoal Domicílio 1 Salários Domicílio 2 Produção Aluguéis Lucros Domicílio 3 Domicílio 4 Domicílio 5 2. Medidas de desigualdade econômica Como comparar divisões que não são triviais? (100, 0) versus (50, 50) (20, 30, 50) versus (22, 22, 56) trade-off entre critérios: foco e extensão •Quatro Critérios para Mensuração de Desigualdade Suponha que uma sociedade é composta por n indivíduos. Nós usamos o índice i para representar um indivíduo qualquer; assim i = 1, 2, ..., n. Uma distribuição de renda é uma descrição da renda yi que é recebida por cada indivíduo i : (y1 y2 ...yn) Critérios aplicáveis 1. Princípio da Anonimidade De um ponto de vista ético, não interessa quem está recebendo a renda. Assim, permutações de renda entre pessoas não devem importar para julgamentos de desigualdade. Formalmente, podemos sempre arrumar uma distribuição na qual y1 y2 ... yn 2. Princípio da População Se compararmos uma distribuição de renda para n pessoas com outra para uma população de 2n pessoas, com o mesmo padrão de renda repetido, não deve haver diferença na desigualdade entre as duas distribuições de renda. O princípio da população é uma maneira de dizer que o tamanho da população não importa: tudo que importa são as proporções da população que ganham diferentes níveis de renda. 3. Princípio da Renda Relativa Somente rendas relativas devem ser consideradas. Níveis absolutos de renda não devem ser considerados. Distribuições: (1000, 2000) versus (2000, 4000) níveis de renda não têm significado para a mensuração de desigualdade 4. Princípio de Dalton Deixe que (y1, y2, ...,yn) seja uma distribuição de renda e considere duas rendas yi e yj com yi yj . Uma transferência de renda de um indivíduo não rico para um indivíduo não pobre será chamada de uma transferência regressiva. O princípio de Dalton afirma que se uma distribuição de renda pode ser conseguida a partir de outra pela construção de uma sequência de transferências regressivas, ela será considerada mais desigual do que a outra. Formalmente: Podemos atribuir a cada distribuição de renda um valor que pode ser pensado como uma medida de desigualdade. Assim, um índice de desigualdade pode ser interpretado como uma função do tipo I = I (y1, y2, ...,yn) Princípio da anonimidade: a função I é completamente insensível a todas permutações da distribuição de renda (y1, y2, ...,yn) entre os indivíduos {1, 2, ..., n} Princípio da população para cada distribuição (y1, y2, ...,yn) temos que I (y1, y2, ...,yn) = I (y1, y2, ...,yn; y1, y2, ...,yn) Princípio da renda relativa requer que para qualquer número positivo I (y1, y2, ...,yn) = I (y1, y2, ..., yn) Princípio de Dalton I satisfaz esse princípio se, para cada distribuição de renda (y1, y2, ...,yn) e para cada transferência > 0, I (y1, ..., yi ,..., yj ,..., yn) < I (y1, yi - , ...,yj + , ...,yn) 3. A Curva de Lorenz A população é ordenada de acordo com sua renda A curva de Lorenz começa e termina na linha de 45 graus (linha de perfeita igualdade) A distância total entre a linha de 45 graus e a curva de Lorenz é indicativa da quantidade de desigualdade presente na sociedade O critério de Lorenz: L1 < L2 Renda Cumulativa Curvas de Lorenz População Cumulativa Consistência entre critérios: 1. 2. 3. A curva de Lorenz incorpora automaticamente os princípios de anonimidade, população e renda relativa porque a curva não usa informação sobre magnitudes mas usa somente informação sobre parcelas de renda e população A curva de Lorenz “ganha uma barriga” com transferências regressivas do princípio de Dalton Problema das comparações ambíguas: quando as curvas se cruzam 4. Medidas completas de desigualdade Notação: Há m rendas distintas, e em cada classe de renda j, o número de indivíduos ganhando aquela renda é definido por nj . Assim o número total de pessoas n é simplesmente igual a nj . A média de qualquer distribuição de renda é simplesmente a renda média, ou a renda total dividida pelo número total de pessoas: = 1/n nj yj 1. A extensão Este valor é dado pela diferença entre as rendas dos indivíduos mais ricos e mais pobres, dividido pela média R = 1/ (ym – y1) 2. As razões de Kuznets Estas razões se referem à parcela de renda dos 20% ou 40% mais pobres da população, ou mais usualmente à razão dos x% mais pobres com os y% mais ricos, onde x e y são números tais como 10, 20 ou 40 3. O desvio absoluto médio Esta medida usa a informação de toda a distribuição de renda. A desigualdade é proporcional a distância da renda média M = 1/ n nj y j – 4. O coeficiente de variação Esta medida dá mais peso à desvios maiores da média C = 1/ n [raiz: nj (yj – )2] 5. O coeficiente de Gini É a razão da área entre a curva de Lorenz e a linha de 45 graus de perfeita igualdade, e a área do triângulo abaixo da linha de 45 graus