1 UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA A importância da Dança Escolar a partir da perspectiva de Henri Wallon Chrystiani Ellen Monteiro Viana Fabio Henrique Vilas Boas Paula Felipe Vilas Boas Paula São José dos Campos/SP 2013 2 UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO A IMPORTÂNCIA DA DANÇA ESCOLAR A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA DE HENRI WALLON CHRYSTIANI ELLEN MONTEIRO VIANA FABIO HENRIQUE VILAS BOAS PAULA FELIPE VILAS BOAS PAULA Relatório Final apresentado como parte das exigências da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso à Coordenação de TCC do Curso de Educação Física da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba. Orientadora: Prof. Msc. Katia Batista de Medeiros Co-Orientador: Prof. Dr. Fabiano de Barros de Souza São José dos Campos, SP 2013 3 Universidade do Vale do Paraíba Faculdade de Educação e Artes Curso de Educação Física TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2013 Título: A importância da Dança Escolar a partir de uma perspectiva de Henri Wallon Alunos(s): Chrystiani Ellen Monteiro Viana Fábio Henrique Vilas Boas Paula Felipe Vilas Boas Paula Orientadora: Prof. Msc. Katia Batista de Medeiros Co-Orientador: Prof. Dr. Fabiano de Barros Souza Banca Examinadora: .................................................................................................. .................................................................................................. .................................................................................................. Nota do Trabalho: .............................. (......................................) São José dos Campos – SP 2013 4 DEDICATÓRIA Às nossas mães Lucilia Maria Monteiro e Isildinha Maria de Vilas Boas, aos nossos pais Luis Claudio Soares Viana e Maurílio Afonso de Paula, e ao padrasto Claudionor Ramos Januário por sempre confiarem em nosso potencial para a realização dessa etapa da nossa vida. Sem o incentivo dos nossos pais nada seria possível. A Luigi Porto e Cristiane Azevedo que nos deram força nos momentos de preocupação e de angústia para que nossa determinação não esvaísse. Dedicamos essa conquista a vocês com muito amor e gratidão. 5 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, pois nossa fé n’Ele nos deu força para cumprir esta jornada. Ao corpo docente do curso de Educação Física da Universidade do Vale do Paraíba, que nos transferiu o que há de mais importante na vida: o conhecimento. E principalmente ao nosso co-orientador Fabiano de Barros Souza e à nossa orientadora Kátia Batista de Medeiros, pela paciência, dedicação e confiança em nosso trabalho. 6 RESUMO O ambiente escolar tem um importante papel na construção do aluno, devendo proporcionar-lhe uma diversidade de experiências através de situações que desenvolvam integralmente a criança. As escolas, contudo muitas vezes priorizam o ensino tradicional valorizando os aspectos intelectuais e menosprezando os aspectos corporais. A partir dessa premissa, se estabelece uma conexão com a teoria de Henri Wallon, que propõe perceber o indivíduo como ser integral, considerando a totalidade da pessoa. A dança foi a atividade física abordada pois acredita-se que esta auxilia nesse desenvolvimento integral (motor, cognitivo e afetivo) do indivíduo. Com base nisso, essa pesquisa teve como objetivo contextualizar o cenário da Educação Física Escolar no Brasil, demonstrando que a dança é uma ferramenta pedagógica importante para a contribuição da formação integral do aluno principalmente quando correlacionada com a teoria de Henri Wallon. Palavras-chave: Dança. Educação Física Escolar. Henri Wallon. 7 ABSTRACT The school environment has an important role in the construction of the student and should provide you with a variety of experiences through situations that develop fully the child. Schools, yet often prioritize traditional teaching valuing intellectual aspects and disregarding the bodily aspects. From this premise, it establishes a connection with the theory of Henri Wallon, which proposes to realize the individual as a whole, considering the whole person. The dance was addressed physical activity because it is believed that this helps in overall development (motor, cognitive and affective) of the individual. Based on this, this research aims to contextualize the scene of Physical Education in Brazil, demonstrating that dance is an important pedagogical tool for the contribution of the education of the student especially when correlated with the theory of Henri Wallon. Keywords: Dance. Physical Education. Henri Wallon. 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................09 2. OBJETIVO.......................................................................................................11 2.1 Objetivo Geral............................................................................................11 2.2 Objetivos Específicos.................................................................................11 3. METODOLOGIA..............................................................................................12 4. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................13 4.1 A importância da Educação Física Escolar para o desenvolvimento integral dos alunos.....................................................................................13 4.1.1 A Dança como conteúdo das aulas de Educação Física Escolar..14 4.2 Henri Wallon..............................................................................................16 4.2.1 A Teoria de Desenvolvimento de Henri Wallon e a Educação......16 4.2.2 A Emoção e a Afetividade sob a perspectiva de Henri Wallon......19 4.2.3 O Movimento e a Expressividade sob a perspectiva de Henri Wallon..............................................................................................20 4.2.4 A Fase do Personalismo de Henri Wallon.......................................21 4.2.4.1 A Oposição na Fase do Personalismo..................................21 4.2.4.2 O Narcisismo e a Imitação na Fase Personalismo...............22 5. DISCUSSÃO....................................................................................................23 6. CONCLUSÃO..................................................................................................26 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................27 9 1. INTRODUÇÃO O trabalho apresentado aborda a teoria de Henri Wallon, psicólogo da educação, e como ela pode contribuir para a prática da dança nas escolas de Ensino Infantil, enfatizando a importância do professor de Educação Física nesse tipo de instituição. O público alvo desse estudo são crianças na faixa etária de 3 a 6 anos - que de acordo com estudo walloniano corresponde à fase de desenvolvimento do personalismo. Esse estágio é caracterizado pela formação da personalidade e da exploração de si mesmo como um ser diferente dos outros (MAHONEY, 2006). A escola exerce uma notável influência na formação do caráter, por isso o processo-ensino aprendizagem não deve se limitar a conhecimentos acadêmicos, mas também ao desenvolvimento da interação entre professor/aluno e entre aluno/aluno. As escolas privilegiam os valores intelectuais e menosprezam os valores corporais (VARGAS, 2007). Porém, esse método tradicionalista não é eficaz no desenvolvimento integral dessas crianças, seguindo o que preconiza a teoria de Wallon. A criança não leva apenas seu cérebro para a sala de aula e absorve informações, ela também leva seu corpo e suas emoções (ALMEIDA e MAHONEY, 2007). Essa negação do movimento na sala a aula pode ser considerada também a negação da infância, além disso, os momentos de Educação Física tornam-se um tempo para o aluno extravasar suas emoções e necessidade de movimentar-se, o que acaba banalizando o papel do profissional dessa área. Desde 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, buscam discutir a concepção mecanicista nas aulas de Educação Física Escolar, cujo foco era apenas o desenvolvimento físico. A partir dessa premissa o professor deixaria de focar sua aula somente na aprendizagem e correções de gestos esportivos, mas reconheceria e exploraria as capacidades de cada aluno, nos âmbitos físico e mental. No entanto, tal ação não ocorre em boa parte das escolas no cenário da Educação Física Escolar no Brasil. (ALMEIDA e MAHONEY, 2007). Estabelecendo uma conexão entre o pensamento de Wallon, a dança foi a atividade física abordada, pois acredita-se que essa auxilia no desenvolvimento integral (motor, cognitivo e afetivo) do indivíduo - foco desse trabalho. 10 A dança envolve capacidades físicas, ritmo, sociabilização, arte e cultura, além de outras características que podem ser trabalhadas pelo professor, no entanto, sua adesão é pequena na forma de conteúdo programático, aparecendo apenas em apresentações de datas comemorativas (MARQUES, 2007). A dança auxilia no processo de desenvolvimento do aluno e reconhece o motor, afetivo e social como um todo inseparável para que se forme um ser equilibrado. Bem como, o trabalho dessa atividade na escola é plausível pelo fato da instituição de ensino ser um espaço de formação comum que têm um grande público de crianças em desenvolvimento a serem atingidas. (VARGAS, 2007) Analisando as teorias de Henri Wallon percebeu-se que suas ideias são compatíveis para serem inseridas nas aulas de dança escolar. Todavia, são escassos os estudos que correlacionem essas duas vertentes. Por isso, esse trabalho investiga a importância da dança na escola com base nos pensamentos desse teórico da educação. Acredita-se que esse estudo pode contribuir para professores interessados em aplicar a dança nas aulas de Educação Física Escolar com o intuito de auxiliar na formação global do aluno. 11 2. OBJETIVO 2.1 Objetivo Geral Demonstrar a importância da dança como ferramenta para a contribuição da formação integral do aluno a partir da teoria do desenvolvimento de Henri Wallon. 2.2 Objetivos Específicos - Contextualizar o cenário da Educação Física Escolar no Brasil; - Destacar a ferramenta Dança nas aulas de Educação Física Escolar como contribuição para a formação integral dos alunos; - Apontar os pilares fundamentais no processo do desenvolvimento integral do indivíduo na perspectiva de Henri Wallon; -Correlacionar a teoria Walloniana e a dança. 12 3. METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, sendo uma pesquisa analítica com traços históricos e pedagógicos. Esse trabalho foi realizado a partir de referências bibliográficas de pesquisas em livros, artigos científicos, nos banco de dados: Scielo, Gooogle Acadêmico e Portal Capes, utilizando as palavras chaves: Dança, Escola, Ensino Infantil, Henri Wallon. 13 4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1 A importância da Educação Física Escolar para o desenvolvimento integral dos alunos Sabe-se que somente o método tradicional e somente teórico não é eficaz no desenvolvimento da criança, que deve ser pensada como um todo, e não apenas o intelecto (PINHEIRO, s.d). Bèrge (1988, p.24) metaforiza que: “O cérebro se empanturra, enquanto o corpo permanece esfomeado.” Vargas (2007), concorda, acreditando que deve se tratar o corpo como um todo inseparável para que se forme um ser equilibrado. Portanto, a linguagem sinestésica, relacionada aos sentidos corporais, é demasiadamente importante. No ambiente escolar ela deve ser trabalhada principalmente na disciplina Educação Física. O desenvolvimento necessita do movimento. Na escola, deve-se valorizar que a criança não permaneça somente quieta, pelo contrário, deve-se encontrar espaços para que ela possa explorar seu corpo e se movimentar. Dessa forma, não ocorreria a desvalorização dos aspectos físicos (VARGAS, 2007). Ainda ressalta que, observando o cenário da Educação Física Escolar no Brasil, ela ainda é pouco priorizada na escola, principalmente por aqueles que ainda aderem o ensino tradicional e privilegiam somente os valores intelectuais, excluindo os valores corporais. Essa contenção do movimento atrapalha o papel da disciplina que deveria ser uma atividade direcionada para o aluno tomar consciência de si mesmo e do seu corpo. Vale ressaltar que o movimento tem importancia notável no desenvolvimento do aluno da educação infantil, de acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI (2008), desde o nascimento o ser humano se move e aos poucos vai aprimorando essa dimensão que tem grande importância no desenvolvimento e na cultura humana. O movimento não se trata apenas de simples deslocamento do corpo no espaço. É uma forma de linguagem das pessoas, constituindo uma cultura corporal de movimento. No entanto, é comum que os professores busquem essa contenção do movimento para que haja disciplina no ambiente de aprendizagem, “impondo às crianças de diferentes idades rígidas restrições posturais.” (RCNEI, 2008, p.18). 14 No entanto, o movimento auxilia no desenvolvimento do pensamento e da atenção, contradizendo a ideia da criança quieta. Além disso, a contenção do movimento pode trazer a criança uma dificuldade no controle motor. Logo, não se pode entender essa necessidade da criança como dispersão/desordem e sim como uma manifestação natural. Pode-se assim enfatizar a importância do professor de Educação Física no Ensino Infantil, visto, que nessas instituições a habilitação exigida, de acordo com o MEC (2006) é a Pedagogia. No entanto, o profissional da área do movimento continua sendo o educador físico, que teve formação para atuar especificamente nesse campo. “O especialista da educação física deverá ser um estudioso da ação corporal” (FREIRE, 1997, p.30). Então, ele deveria assumir esse cargo. 4.1.1 A Dança como conteúdo das aulas de Educação Física Escolar Em 1997, a dança foi incluída nos PCNs e ganhou reconhecimento nacional como conteúdo a ser trabalhado na escola, abolindo a ideia esportivista das aulas de Educação Física. Assim, o professor deve buscar em suas aulas além do desenvolvimento motor, o desenvolvimento afetivo e cognitivo para que se forme um cidadão integrado. Embora no Brasil a dança não esteja associada ao corpo delicado e feminino apontado pelo ballet clássico, e sim pela virilidade, força e identidade cultural do homem brasileiro, ainda há preconceito a sua prática pelos alunos do gênero masculino (RANGEL, 2002). Contudo, o foco da aula não deveria ser as danças acadêmicas e técnicas, e sim as danças voltadas para a consciência corporal de movimento, logo, não deveria ocorrer essa resistência. A dança vem se mascarando na escola como “expressão corporal”, “educação pelo movimento” entre outras denominações. Trazendo a tona à dança como arte, que ainda é vista como forma de excentricidade, e em muitos educadores ainda prevalece à ideia de que a expressão corporal é trabalhar de forma inconsciente (MARQUES, 1999). Porém, ao contrário do pensamento do senso comum, a dança não é apenas uma forma de auto expressão sem direcionamento, a partir dela é possível serem trabalhados aspectos cognitivos como atenção, percepção, memória, decisão, solução de problemas, pensamento metafórico e criatividade (HERCULANO- 15 HOUZEL, s.d; WACHOWICZ, 2008). Steinhiber (2000) ainda ressalta que ela auxilia na alfabetização. Voltando ao mesmo ponto de que a contenção do movimento prejudicaria o aluno. A habilidade motora influenciaria até mesmo na hora que segurar um lápis, o que é significativo num processo de alfabetização. Além disso, sabe-se que o desenvolvimento cognitivo é um processo gradativo que depende das condições do meio como tempo e espaço. Contudo, um trabalho que estimule essas funções mentais, como praticar o alfabeto corporalmente, inibiriam essas dificuldades (ROSSINI, 2008). Além dos benefícios cognitivos, pode a dança ainda pode auxiliar nas capacidades psicológicas como a auto-estima, combate ao estresse e depressão, e melhora nas relações interpessoais (GARIBA, 2005). Seguindo ainda a linha da percepção corporal, Almeida e Mahoney (2007) afirmam que consciência corporal se dá a partir de que o indivíduo conheça seu corpo, para que possa relacionar seu eu com o mundo exterior. A prática da dança, com sua expressão e relação do mundo físico com o fantasioso auxilia no equilíbrio pessoal. Vargas (2007), contribui apontando que dançar é manifestar nossa interioridade, expressar nossos sentimentos, conhecer sensações e ver o mundo de outra perspectiva. É uma experiência motora e psíquica que auxilia na formação de indivíduo auto confiante e equilibrado que relaciona-se melhor consigo mesmo e com o mundo. É necessário sentir a si mesmo para que haja compreensão e conhecimento do eu, a partir daí se dá a construção da personalidade. Oliveira (2001), afirma que se as pessoas não se conscientizarem da forma que se movimentam, estaremos diante da “deseducação física”. Com isso, pode-se afirmar que a expressão corporal na dança escolar é uma ferramenta que possibilita o aluno criar e trabalhar seu lado criativo se tornando independente, já que a dança é uma atividade transformadora e não reprodutora. Vargas (2007), ainda aponta que a dança auxilia na formação de um cidadão crítico e consciente, e sendo a escola um espaço de formação comum onde pode atingir um grande público de crianças em desenvolvimento a dança seria uma alternativa para introduzir o senso crítico e também democratizar essa atividade que vem sendo privilégio de classes sociais mais altas. 16 A escola pode, sim, fornecer parâmetros para sistematização e apropriação crítica, consciente e transformadora dos conteúdos específicos da dança e, portanto, da sociedade. A escola teria, assim, o papel não de “soltar” ou de reproduzir, mas sim de instrumentalizar e de construir conhecimento em / por meio da dança com seus alunos, pois ela é forma de conhecimento, elemento essencial para a educação do ser social. (MARQUES, 2007, p.23). Mesmo com os aspectos apontados, a adesão à dança é pequena na forma de conteúdo programático, aparecendo apenas em apresentações de datas comemorativas (MARQUES, 2007). Vargas (2003) ainda completa que isso pode se dar pelo fato do despreparo profissional. De toda forma, a dança não se trata apenas uma forma de atividade física ou entretenimento e sim de uma forma de educação. "A Dança na escola não é a arte do espetáculo, é educação através da arte" (FERRARI, 2003, p.1). 4.2 Henri Wallon 4.2.1 A Teoria de Desenvolvimento de Henri Wallon e a Educação A teoria Walloniana propõe perceber o indivíduo como um ser integral. Para isso, não deve-se isolar os campos funcionais: afetivos, motores e cognitivos, levando em consideração a totalidade da pessoa e que ela seja vista de uma perspectiva global, elaborando-se assim a psicogênese da pessoa completa (GALVÃO, 1999). O estudo de Wallon é um instrumento que auxilia a compreender o processo de formação do indivíduo desde bebê até a vida adulta e que se utilizada para uma reflexão pedagógica poderia atender as necessidades das crianças em todos os campos funcionais (GALVÃO, 1999). Sua Teoria de Desenvolvimento é divida em estágios. Todavia, não se deve visualizar estes estágios isoladamente, pois o desenvolvimento se dá de forma contínua e plástica, não sendo um objetivo final a ser alcançado, mas sim uma questão de inibir e estimular novas dimensões. Ou seja, em qualquer momento do seu desenvolvimento a pessoa é completa. Sobre essa questão, aponta-se 17 que “desenvolver-se é ser capaz de responder com reações cada vez mais específicas a situações cada vez mais variadas” (DOURADO, s.d, p.14). De acordo com Mahoney (2006) os estágios são divididos em Impulsivoemocional (0-1 ano) – É uma fase de exploração do próprio corpo. O bebe se movimenta para que o outro atenda sua necessidade. Sua forma de comunicação é o corpo. Sensório-motor e projetivo (1-3 anos) – Fase em que a criança começa desenvolver a linguagem verbal e a andar. Há a manipulação de objetos, apontar, sentar, agarrar etc. Personalismo (3-6 anos) – Exploração do eu. A criança se percebe como um ser diferente do outro. Fase de imitação. Categorial (6-11 anos) – Compreensão mais nítida de si mesmo e do outro. Consegue perceber o mundo físico e mental de forma mais clara. Puberdade e Adolescência (11 anos em diante) – Época de autoafirmação e percepção de valores. Caracterizado pela autonomia, questionamentos etc. Cada estágio baseia-se no desenvolvimento do estágio anterior e preparação para o próximo, trata-se de uma transição em que alguns comportamentos são predominantes. Logo, pensar a criança de forma fragmentária seria ir contra a sua natureza. Embora em metamorfose, ela sempre vai ser um ser único, constituindo um conjunto original, independente da sua idade (WALLON, 1981, apud, MAHONEY, 2006). Para Wallon o desenvolvimento se dá a partir do nascimento. O ser humano precisaria do encontro com o meio social para que possa se desenvolver psiquicamente, sendo esse o principal elemento para o desenvolvimento: a integração (DOURADO, s.d). De acordo com Mahoney e Almeida (2005) Wallon afirma que o desenvolvimento se dá através da integração entre o organismo e o meio e que existem dois tipos de integração: Integração organismo-meio: O meio seria indispensável para a formação do indivíduo. O ambiente deveria satisfazer as necessidades sensório-motoras e posteriormente psicomotoras. Interagir com novos meios auxilia no processo de evolução e adaptação da pessoa. Ainda acredita que embora uma criança possa ter uma aptidão genética ela só vai se manifestar se os fatores orgânicos e socioculturais estimularem esse desenvolvimento. Integração cognitiva-afetiva-motora: O conjunto afetivo seria responsável pelas emoções, sentimentos e paixão. O conjunto ato motor refere-se à possibilidade de deslocamento do corpo no tempo e no espaço, as reações posturais e 18 equilíbrio corporal. O conjunto cognitivo relaciona-se com as funções voltadas para a conquista e manutenção do conhecimento, por meio de imagens, noções, ideias e representações. É o que permite registrar e rever o passado, avaliar e situar o presente e projetar o futuro. Percebe-se que o conjunto pessoa representa a integração de todas as funções e possibilidades e que o desenvolvimento funcional da criança é reflexo das condições do meio. A ideia de uma personalidade que se forma isolada da sociedade é inconcebível para a perspectiva walloniana, segundo a qual é na interação e no confronto com o outro que se forma o indivíduo. Wallon considera, portando, que a educação deve, obrigatoriamente, integrar à sua prática e aos seus objetivos, essas duas dimensões, a social e a individual: deve, portanto, atender simultaneamente à formação do indivíduo e à da sociedade. (Galvão 1999, p.64). A autora ainda afirma que a escola tem um papel importante na disciplina mental. No entanto, deve compreender que esse é um processo gradual e não depende apenas das condições neurológicas, como também depende da origem social. Assim, só poderíamos compreender a criança se entendêssemos o ambiente em que ela está inserida. Cada traço desse ambiente, como a cultura, a linguagem, os conhecimentos vão formar o contexto de desenvolvimento dessa criança. Além disso, o adulto não pode comparar o comportamento da criança com o dele mesmo. Deve-se compreender a criança como um ser completo e não como o diminutivo de um adulto, sendo assim, deveria entender suas manifestações e peculiaridades. Ao lhe dar com crianças, deve-se reconhecer sua idade e as possiilidades funcionais referentes a essa faixa etária, o confronto de suas manifestações e peculiaridades seria importante para atribuir uma significação (WALLON, 1949). Nesse confronto das crianças, a escola desempenha um importante papel na formação da personalidade da criança pois possibilita uma vivência social diferente do grupo familiar, quanto mais grupos a criança participar, mais ela terá noção de si própria (GALVÃO, 1999). 19 4.2.2 A Emoção e a Afetividade sob a perspectiva de Henri Wallon A sensibilidade emocional é a primeira forma de consciência. (DANTAS, 1990). A emoção é considerada a porta de entrada para que a integração ocorra. Ela é expressão orgânica que se dá por forma de movimento com o objetivo de atingir o outro. Para os bebês, trata-se de uma forma de linguagem, na qual será interpretada a fim de provocar no adulto a resposta desejada para atender suas necessidades (SILVA, 2007). Dourado (s.d) afirma que é através da função postural que eles se expressam e a emoção ganha vida. Logo, a partir do desenvolvimento motor se processa o desenvolvimento cognitivo. Para Silva (2007), a consciência de si, a princípio surge por meio da emoção aproximadamente no final do primeiro ano de vida, porém, essa consciência tem forma sincrética, ou seja, quando a criança não consegue distinguir de forma precisa a si própria e os elementos a sua volta. Um exemplo é quando uma bebe morde a si mesmo e depois chora. A construção da imagem corporal se dá em um longo processo de desenvolvimento. Aos poucos uma função inibidora passa a manter um patamar estável entre o gesto concreto e o pensamento abstrato dando espaço a função simbólica que começa a surgir quando o sistema nervoso amadurece. Dessa forma o indivíduo consegue distinguir um objeto representado e um objeto físico (GALVÃO, 1999). Silva (2007) acredita que quando a emoção torna-se consciente, perdendo essa característica orgânica ela passa a ser considerada afetividade, caracterizada pela formação do eu, percepção do mundo externo e interno. Dourado (s.d) completa que a afetividade está ligada a significados que a pessoa adquire ao longo da vida de acordo com o meio em que vive, sua cultura e experiências, e sempre está em constante mudança. Além disso, com o amadurecimento da razão, a emoção vai perdendo espaço. No entanto, a emoção pode se manifestar por uma descarga de energia, fazendo a pessoa não agir com o raciocínio e o conhecimento. Por isso, para trabalhar as funções cognitivas o ser humano deve controlar as emoções, para que elas não se sobreponham a razão. Afinal, segundo Wallon a razão é o destino final do homem (SILVA, 2007). 20 4.2.3 O Movimento e a Expressividade sob a perspectiva de Henri Wallon Além do movimento ter um papel importante no mundo físico (motricidade), ele é fundamental para a cognição e afetividade.As variações tônicas contribuem para a mente. Um exemplo é durante a leitura de um texto, nos deparamos com a dificuldade de permanecer em uma só posição, assim, alguns recursos como mudar de posição, levantar-se e andar um pouco ajudariam. Conclui-se que os se adultos tem essa necessidade de movimentação, nas crianças essa necessidade seria maior, devido ao papel do movimento na percepção (GALVÃO, 1999). Wallon (1949), afirma que o controle voluntário sobre o ato motor e esse amadurecimento capaz de disciplinar sua mente se dá aproximadamente após os sete anos. Isso explica o fato de crianças antes dessa idade perderem o foco facilmente e não conseguirem permanecer numa mesma posição por muito tempo. A consolidação das disciplinas mentais é um processo lento e gradual. Além disso, Galvão (1999) completa que na infância é como se uma situação experimentada causasse uma excitação que se espalha pelo corpo, dessa forma, a criança reage a esses estímulos em forma de atitudes. Criando também a possibilidade da criança imitar os outros, e essa imitação revela as origens motoras do ato mental, que ao longo do tempo as crianças tendem a eliminar do repertório motor gestos que não aparecem nos adultos. As brincadeiras de faz de conta também contribuem para a redução do papel do movimento na atividade cognitiva. Quando uma criança finge manipular objetos não existentes, substituindo-os e tornando-os simbólicos ela fortalece as funções intelectuais. Por outro lado, o movimento tem uma representação expressiva. A psicogenética walloniana acredita que a expressão do eu é mais valorizada que um conteúdo extremamente conteudista. Expressar-se significa exteriorizar-se, colocar-se em confronto com o outro, organizar-se. Na escola, este movimento de exteriorização pode ser propiciado por atividades no campo da arte, campo que favorece a expressão de estados e vivências subjetivas. (GALVÃO, 1999, p.70). Para Dantas (1990), na escola deve-se mesclar entre a aquisição de conhecimento e a expressão, para o aluno interagir entre a arte e a ciência.O 21 plano mental e motor estão diretamente ligados pela função tônica, esse é o ponto de intersecção entre a vida orgânica e mental. Sendo assim o desenvolvimento da dimensão cognitiva do movimento faz com que a criança se torne mais independente e capaz de reagir as situações autonomamente. 4.2.4 A Fase de Personalismo de Henri Wallon A fase do personalismo é o foco desse trabalho, portanto, é importante ressaltar algumas características desse estágio. O personalismo de Wallon corresponde a faixa etária aproximadamente dos 3 aos 6 anos. Dantas (1990), fala que esse estágio é composto em 3 fases, a primeira seria a oposição, a segunda o narcisismo e a terceira a imitação, ainda aponta que antes do personalismo a criança se atenta a explorar o corpo e o mundo, já no personalismo, o interesse é para si mesma. Wallon (1949) também caracteriza esse momento afirmando que a criança cria a capacidade de formar representações e reações não só no tempo presente, como também no tempo passado. Seus motivos se tornam mais individualizados, suas razões se tornam mais concretas e suas reações ocorrem em tempo adequado. 4.2.4.1 A Oposição na Fase do Personalismo Há uma brusca mudança na forma em que a criança de relaciona com o meio, por volta dos três anos. A criança adota um ponto de vista exclusivo, somente dela. Deixa de se confundir com os outros e distancia-se das coisas que não seja ela mesma. (WALLON, 1949). Galvão (1999), sugere que essa oposição ao outro ocorre devido a diferenciação, que seria a identificação de sua própria personalidade e a dos outros, compreendendo o conceito do “eu” primeiramente e do “não eu” posteriormente. Antes disso a criança parecia adotar um sincretismo, ou seja, se confundia com as outras pessoas, assumia sozinha todos os papéis (em um diálogo, por exemplo). Nessa idade, é comum que a criança busque superioridade pessoal, tornando-se frequente o uso do “eu”, do “não” e do “meu” (MAHONEY e 22 ALMEIDA, 2005). Essa busca pela superioridade desencadeia atitudes que eliminem qualquer situação que alguém seja melhor que ela, pertubando as brincadeiras daqueles que ela julga mais habilidosos (GALVÃO, 1999). Além disso, esforça-se para realizar tarefas sozinha, quer mostrar aos demais que é capaz de sair de uma dificuldade sem ajuda dos outros. Ela também não se aproxima mais das outras crianças frequentemente como antes, e sim apenas daqueles que ela acredita poder tirar algum benefício. (WALLON, 1949). Galvão (1999), afirma que esse comportamento gera um conflito na área escolar, pois ela busca testar sua independência, confrontando qualquer sugestão que venha do “não-eu”, principalmente o adulto, que de acordo com Dantas (1990), nessa fase tem grande importância, pois se inibir completamente esse comportamento pode gerar uma criança que bloqueia a si mesmo com medo de se manifestar. Já se não resistir a esse comportamento, pode gerar uma criança egoísta, despreocupada com os outros. Mahoney e Almeida (2005), sugerem que no personalismo, deve-se chamar a criança pelo nome, mostrar que ela tem atenção, propor atividades que ressaltem suas diferenças e oportunizar a expressão. 4.2.4.2 O Narcisismo e a Imitação na Fase Personalismo No narcisismo a criança já passou por toda a fase de auto-afirmação e admira a si própria, porém, além da dia adimiração ela anseia ser admirada pelo outro, dessa forma, ela vai se exibir para chamar a atenção de quem ela deseja. Denomina-se esse momento como idade da graça (DANTAS, 1990). Segundo Wallon (1949), a criança começa a prestar mais atenção em si mesma, os gestos adquirem um valor estético e a ela começa a se adequar a presença do outro para adquirir a admiração que deseja. Dessa forma, não age mais espontaneamente, e sim preocupada em qual imagem produzirá para o efeito ser positivo ao expectador. Com essa capacidade de se observar, a criança torna-se mais calma e menos dispersa. Além disso, com essa preocupação no efeito que causara ao outro surge o medo e a vergonha de ser julgada. Com isso, na busca por essa inserção social e a apreciação do outro, a criança começará a imitar aqueles que contempla (GALVÃO, 1999). 23 5. DISCUSSÃO O psicólogo da educação Henri Wallon justifica que a criança precisa do movimento para se desenvolver, quebrando a concepção de que a criança precisa permanecer quieta para aprender. Essa ideia valoriza o trabalho do professor de Educação Física, pois viria de contrapartida com o pensamento das instituições de ensino tradicionais que acreditam que essa contenção do movimento na escola seria positiva. Wallon (1949) afirma que nem mesmo um adulto consegue manter uma função postural estática por muito tempo, que dirá então a criança, que ainda não consegue inibir suas funções tônicas. Concordando com esse teórico, o RCNEI (1998) cita diversas vezes em seu conteúdo a importancia no movimento para o desenvolvimento infantil. Portanto, o professor deve procurar artifícios para que o aprendizado ocorra de forma dinâmica. Wallon discorre que a expressividade também tem papel importante para a aprendizagem da criança, afirmando que um conteúdo extremamente conteúdista não é suficiente para seu desenvolvimento, ela deveria se exteriorizar, entremeando entre o organico e o mental, e que essa mescla tornaria a criança até mesmo mais independente e confiante quando se expressa (DANTAS, 1990). Vargas (2007) indica que através da dança podemos manifestar a nossa interioridade e sentimentos, e que seria essa uma forma de expressão. Portanto, a dança entraria como ferramenta para desenvoler ambos os pilares, sendo essa uma atividade física que envolve a motricidade, aprimorando múltiplas capacidades físicas como flexibilidade, agilidade, coordenação motora e resistência (WACHOWICZ, 2008), que auxiliariam na concepção de movimento de Henri Wallon. Igualmente, a dança desenvolve aspectos artísticos que ajudariam na consciência corporal e pessoal, na forma de relacionar o “eu” com o mundo exterior e formar um indivíduo mais confiante (VARGAS, 2007), pois a partir do momento que o indivíduo precisa se conscientizar de si mesmo para evidenciar seu “eu” para o outro ele inibiria sua timidez e evidenciaria sua auto estima. Do mesmo modo, o instrumento dança dentro da escola colaboraria para aspectos cognitivos como atenção, percepção e memória no momento de aprender e reproduzir uma coreografia; decisão, solução de problemas, pensamento 24 metafórico e criatividade no momento de uma dança improvisada (HERCULANOHOUZEL, s.d) e Rossini (2008) ainda instituiu um método no qual a criança moveria o seu corpo de forma que formem as figuras de letras que auxilia a alfabetização através da dança. Portanto, essa ferramenta contribuiria para esse equilíbrio entre o desenvolvimento cognitivo e expressivo. A primeira fase do personalismo é caracterizada pela diferenciação da criança se perceber um indivíduo e não uma fusão com o meio. Devido a essa descoberta e exploração de si mesma a criança se torna egoísta. Nesse período, os esportes coletivos seriam um tanto quanto difíceis de serem trabalhados, devido ao egoísmo e a resistencia que a criança apresenta para permanecer em grupo, mostrando que é capaz de fazer tudo sozinha, que é autosuficiente e não aceita a ideia de que os outros podem serem mais habilidosos que ela (GALVÃO, 1999). Torna-se então esse mais um motivo da inserção da dança na educação infantil, pois não é uma atividade na qual há a necessidade do outro para acontecer, de acordo com Mallmann & Barreto (2010) a dança explora cada um na sua individualidade. A segunda fase do personalismo é marcada pelo narcisismo e pela imitação, sendo estes mais dois aspectos inteiramente possiveis de serem atingidos pela dança. Quando fala-se em dança é possivel que se associe a apresentações dessa modalidade, onde um grupo ou um bailarino se apresenta para uma plateia (STEINHIBER, 2000), e o anseio da criança do período do narcisismo é a admiração, seria a dança então um meio desse indivíduo receber essa admiração que deseja. Outro marco da segunda fase do personalismo é a imitação, que é utilizada na dança na forma de criação de personagens. Quando o coreografo monta um trabalho, geralmente esse possui uma bagagem teatral, onde o bailarino deve interpretar o personagem dessa coreografia (MARQUES, 1999), Dantas (1990) ressalta que o foco artístico estimula o pensamento sincrético, não como forma de regressão para uma fase anterior, mas como forma de estímulo da criatividade. Lembrando que quando sugere-se atingir os aspectos egoísmo, narcisismo e imitação são estes restritos do personalismo e não que isso venha de uma má educação. O cuidado principal do professor é que não permita que essa fase vá se desencadeando em outras idades, formando pessoas individualistas, a dança 25 seria apenas uma alternativa para realizar uma atividade na qual seja possível trabalhar contornando estes aspectos e não os estimulando. 26 6. CONCLUSÃO Foi apresentado nesse trabalho a importância da dança, que pode ser uma ferramenta pedagógica facilitadora no processo de ensino aprendizagem na fase pré-escolar, principalmente na fase do personalismo de Henri Wallon. A dança é uma ferramenta facilitadora pois utiliza a individualidade característica dessa fase em benefício da criança, para se comunicar, interagir, adaptar, educar, construir sua personalidade e explorar o seu corpo. Em virtude dos aspectos mencionados, pode-se então fazer uma conexão com a teoria de Henri Wallon, pois a dança é capaz de desenvolver integralmente a criança nos campos funcionais: cognitivo, afetivo e motor, mencionados por esse psicólogo da educação. Sendo assim, conclui-se que dança deve ser uma ferramenta utilizada nas aulas de Educação Física Escolar e, que é demasiadamente importante a presença de um professor capacitado para a realização dessa atividade no Ensino Infantil. 27 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, L. R.; MAHONEY, A. A. Afetividade e aprendizagem: Contribuições de Henri Wallon. São Paulo: Editora Loyola, 2007. BÈRGE,Y. Viver o seu corpo por uma pedagogia do movimento. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. DANTAS. H. A infância da razão: Uma introdução à psicologia da inteligência de Henri Wallon. São Paulo: Editora Manole, 1990. DOURADO, I. C. P.; PRANDINO, R. C. A. R. Henri Wallon: Psicologia e Educação. PUC: São Paulo, (s.d). FERRARI,G.B. Por Que Dança na Escola? Disponível em: <http://www.fef.ufg.br/texto_pqdanca_na_escola.html>. Acesso em: Novembro, 2012. FREIRE, J. B. Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1997. GALVÃO, I. 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