Palestra Faces do Brasil para
Planseq- Ecosol/CJS
O Comércio Justo e Solidário no Brasil
Histórico, Experiências e Desafios
Faces do Brasil – Plataforma de
Articulação do Comércio Justo e Solidário
MISSÃO: FOMENTAR A CONSTRUÇÃO DO COMÉRCIO JUSTO E
SOLIDÁRIO, COMO INSTRUMENTO DE UMA ECONOMIA
INCLUSIVA, SOLIDÁRIA E SUSTENTÁVEL”
Premissas de atuação
Faces e CJS no Brasil
- Foco no mercado consumidor Nacional e no desenvolvimento
local das comunidades;
- Deve ser construído por produtores(as), consumidores e
demais atores dos movimentos afins, como Economia Solidária
e Agricultura Familiar;
- É uma proposta política – visa a transformação social;
- Deve se aplicar a toda cadeia comercial, com critérios para
produtores e comerciantes (transformadores e distribuidores);
Conceito de CJS no Brasil
“Considera-se Comércio Justo e Solidário o fluxo comercial
diferenciado, baseado no cumprimento de critérios de justiça
e solidariedade nas relações comerciais que resulte no
protagonismo dos Empreendimentos Econômicos e Solidários
(EES) por meio da participação ativa e do reconhecimento da
sua autonomia..”
CONTEXTO
Características da comercialização dos
EES brasileiros
21.859 EES
12 %
43,5 %
1.687.035
Participantes
10 %
18 %
63% Homens
Área de Atuação:
37% Mulheres
16,5%
48% Rurais
35% Urbanas
17% Rurais/Urbanas
DESAFIOS DOS EES
NO BRASIL
80%
72%
72%
70%
68%
67%
62%
61%
60%
56%
53%
54%
50%
44%
37%
40%
34%
34%
30%
32%
CRÉDITO
28%
27%
COMERCIALIZAÇÃO
24%
20%
20%
10%
0%
BRASIL
NE
NO
CO
SE
SU
APOIO, ASSISTÊNCIA E
FORMAÇÃO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA
COMERCIALIZAÇÃO NA ECONOMIA SOLIDÁRIA:
Abrangência Comercial dos
EES
Comunitária
Municipal
Micro-regional
Estadual
Nacional
Internacional
%
53,7
26,3
10,0
6,6
2,8
0,6
Espaços de Comercialização
%
Lojas ou espaços próprios
19,3
Espaços de venda coletivos
Feiras livres
5,3
23,1
Feiras e exposição eventuais 6,6
Entrega direta a clientes
Outro.
Forma de comercialização
Venda direta ao consumidor
Venda a revendedores
Venda a órgão governamental
Troca com outros EES
Venda a outros EES
Outro
40,8
4,9
%
66,3
26,3
2,3
0,5
1,0
3,6
PRINCIPAIS DIFICULDADES NA
COMERCIALIZAÇÃO
DIFICULDADES
%
Não tem capital de giro
33
Logística: estradas, armazéns etc.
29
Não consegue quantidade suficiente de clientes
24
Manter o fornecimento (escala e regularidade)
18
Preço do produto é inadequado (baixo)
15
Falta registro legal para comercialização
14
Não consegue realizar vendas a prazo
14
Obs. 1: Múltiplas respostas.
Obs. 2: 13392 EES (68%) responderam que enfrentam dificuldades na
comercialização dos produtos e serviços
MARCO JURÍDICO
Sistema Nacional de
Comércio Justo e Solidário - SNCJS
O
QUE É O
SNCJS
“O Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário é um
sistema ordenado de parâmetros para promover
relações comerciais de base justa e solidária,
articulando e integrando os Empreendimentos
Econômicos Solidários em todo território brasileiro”
Política de regulamentação
do CJS
Política desenvolvimento
social
COMO FUNCIONA O SNCJS
Comissão Nacional do SNCJS
Governo, produtores, comerciantes, consumidores,
redes e movimentos sociais
Empreendimentos
Produto
SELO ORGANIZACIONAL
SELO DE PRODUTO
Atores políticos do SNCJS
Sistemas Privados de
Garantia
Reconhecimento de
adesão à proposta
política do SNCJS
Adesão Voluntária
Produtores
Comerciantes
Consumidores
Critérios Organizacionais
SINCOJUS
•
Ter administração democrática
•
Respeito a legislação ambiental vigente
•
Redução da geração de resíduos
•
Não utilização de transgênicos
•
Segurança e salubridade dos trabalhadores
•
Não discriminação baseada em raça, etnia, geração etc
•
Prevalecer a existência real ao registro legal;
•
Transparência
•
Ampla e equitativa participação das mulheres
•
Não exploração do trabalho infantil
Critérios Relacionais
SINCOJUS
• Informações aos consumidores sobre produto, processo produtivo e CJS
• Não exploração da imagem e conhecimento de tradicionais para fins comerciais
• Consignação praticada de comum acordo
• Proibida venda no esquema de “jóias” ou “luvas”
• Educação nos 3 elos da cadeia
• Preço composto coletivamente e de forma transparente e equilibrada
• Preço Justo como meta de todos os elos
• Relações de longo prazo
EXPERIÊNCIAS
Exemplos de EES autogestionários de
comercialização e consumo solidários
Rede Ecológica – Rio de Janeiro
Sítio Sto.
Antônio
Família
Freitas
Sítio
Desiderata
Produtores
do Brejal
Bio Hortas
Urca
APAT
NAU
Mantiqueira
Santa
Teresa
Cooperativa
Praia Vermelha
Igreja
Anglicana
Humaitá
Michaelis
CENTRAL
EQUIPE
Recreio
Arte, Horta
e Cia
Paulina
Bosque
Laranjeiras
AMAL
CAPINA
Restaurante
Metamorfose
Cotrimaio
Assentamento
Seropédia
Empório
Faz. Serra da Boa
Vista
Coopeacre
RECA
Rede Xique-Xique – Rio Grande do Norte
ProdutoresProdutores
Feira
ProdutoresProdutores
ProdutoresProdutores
ProdutoresProdutores
São Miguel do
Gostoso
Loja- feira
CONAB
Mossoró
Coordenação
da Rede
Feira
Apodi
Natal
ProdutoresProdutores
Sistema Participativo de
Garantia para produtos
Agroecológicos
Apoio
ProdutoresProdutores
Prefeitura
APODI
Feira do Mercosul – Santa Maria
Feira
Mercosul
Santa
Maria
Brasil! Canais de comercialização
auto-gestionários ou por projetos
Brasil! Canais de comercialização
FEIRAS
Bazar Social – Vila Velha
Brasil! Canais de comercialização
auto-gestionários ou por projetos
Bahia – Mercado comunitário
Goiânia – Loja Empório do Cerrado
Brasil! Canais de comercialização
auto-gestionários ou por projetos
Estande de comercialização da
Central do Cerrado (Brasília)
Brasil! Canais de comercialização
autogestionários ou por projetos
Central de Comercialização de Campo Grande/MS
Brasil! Canais de comercialização
autogestionários ou por projetos
Loja do Projeto Cooesperança – Santa Maria/RS
Brasil! Canais de comercialização
auto-gestionários ou por projetos
Feira de produtos da agricultura familiar agroecológicos – Rio Branco /AC (projeto ACS
Amazonia)
Brasil! Canais de comercialização
autogestionários ou por projetos
Cantina de comercialização de produtos da COOMFAMA - Pará
DESAFIOS
E CAMINHOS
Afinal, que comércio justo queremos
construir?
Perguntas Centrais
• Comércio Justo como Nicho de Mercado ou como projeto
político social?
• Prioridade no Comércio justo Norte e Sul, Sul e Sul ou
mercados locais?
• Promover acesso ao mercado convencional ou construir
mercados solidários?
• Certificação: identidade a um projeto comum ou garantia ao
consumo de massa?
• Preço justo ou preço otimizado?
• O comércio justo favorece a responsabilidade no consumo ou
a reprodução da lógica consumista?
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