Qualidade em Ambientes de Vigilância Sanitária QUALIDADE-PRINCÍPIOS BÁSICOS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO VALIDAÇÃO DE PROCESSOS CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSO Prof. Dr. Lúcio Mendes Cabral 1 Histórico Evolução do Conceito de Qualidade – Início da existência da humanidade - Materiais mais resistentes para construir suas armas, métodos para melhores colheitas, edificações. Aristóteles -”A perfeição não deve ser um ato, mas deve ser um fato” – Frederic Taylor - Início do século XX - Introduziu o conceito e as técnicas para a medição e inspeção da qualidade do trabalho e do produto. Ford Motors - Modelo T Bell Telephone Lab. - Departamento de Qualidade W.A.Shewart - 1931 - Economic Control of Quality of Manufactured Product 2 Histórico Programa de Qualidade segundo David Garvin (1992) – Quatro eras: Inspeção Controle Estatístico da Qualidade Garantia de Qualidade Gestão Estratégica da Qualidade 3 Histórico Inspeção – Se apóia em um sistema de medidas, utilizando-se de gabaritos e outros acessórios, e de um padrão de referência. Controle de atributos e de variáveis (Taylor) Controle Estatístico da Qualidade – Objetivo: controlar a qualidade, e não somente verificala após o processo realizado. – Shewart - 1922 - Bell - estabeleceu o conceito de tolerância de um lote, e em 1924, usou pela primeira vez o gráfico de controle de qualidade de produtos de fabricação (CEP e Gráfico de Dispersão). 4 Histórico Garantia de Qualidade – Objetivo continua sendo a prevenção de problemas, mas a forma e as técnicas utilizadas foram muito além dos métodos estatísticos. A Garantia da Qualidade enfoca quatro aspectos básicos: Quantificação dos custos da Qualidade Controle Total da Qualidade Engenharia da Confiabilidade Zero Defeito 5 Histórico – Quantificação dos custos da Qualidade J.M.Juran - década 50 - desenvolveu um estudo sobre a economia da qualidade, definindo os níveis de custo para um produto (bem ou serviço: custos evitáveis - prejuízos relacionados com produto rejeitado, reprocessos, e insatisfação do cliente custos não evitáveis - custo de fabricação, custos de inspeção, amostragem, e outras iniciativas para a melhoria da qualidade W.Edward s DEMING (1990) Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act) Metodologia Taguchi Procura traduzir a qualidade do ponto de vista econômico • Função Perda da Qualidade 6 Histórico – Controle Total da Qualidade (TQC) Armand FEIGEMBAUM - Qualidade Total - para se conseguir uma verdadeira eficácia, o controle precisa começar pelo projeto do produto e só terminar quando o produto tiver chegado às mãos de um cliente que fique satisfeito. A qualidade é um trabalho de todos, devendo estar presente em todas as etapas do processo, quais sejam: controle dos novos projetos, controle do material recebido, controle da produção, controle da distribuição, controle da satisfação do cliente. Característica principal do TQC: controle não só da qualidade, mas também do custo e atendimento ao cliente. 7 Histórico – Engenharia da Confiabilidade Objetivo: garantir o desempenho aceitável de um produto ao longo do tempo. – Zero Defeito J.F.HALPIN e P.B.CROSBY - 1990 Significa: Fazermos aquilo que concordamos, quando concordamos faze-lo. Significa fazermos requisitos claros, treinamento, uma atitude positiva e um plano (CROSBY, 1990, p.62). Causa mais comuns dos erros: falta de conhecimento, a falta de atenção e a falta de instalações adequadas. Dedica maior atenção à filosofia, à conscientização e dá menos ênfase às técnicas para solucionar problemas. Zero defeito propõe fazer certo desde a primeira vez. 8 Histórico – Implantação do Zero defeito: Treinamento gerencial e técnico Estabelecimento de metas Divulgação de resultados Programas de feedback 9 Histórico Gestão Estratégica da Qualidade (TQM) – Busca o compromisso de toda a organização com a qualidade, através do envolvimento da alta gerência e de todo o corpo funcional e do estabelecimento prioritário da relação entre a qualidade e os objetivos básicos e estratégicos da empresa. – Fatores fundamentais: Educação Treinamento Formação de equipes Pesquisa de mercado Análise dos produtos e estratégia dos concorrentes – Incorpora elementos de outras fases como: Controle Estatísticos da Qualidade, a Metodologa Taguchi, o Ciclo de Deming e o Zero Defeito. 10 Garantia de Qualidade Prover confiança de que os requisitos da qualidade serão atendidos O cliente é quem determina o padrão de qualidade dos produtos e/ou serviços 11 Garantia de Qualidade A PADRONIZAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS A GARANTIA DA QUALIDADE APÓS A VENDA A CRIAÇÃO DE MERCADOS COMUNS CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS 12 Gestão da Qualidade “Conjunto de atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que diz respeito à qualidade” (ISO 9000 - Sistemas de gestão da qualidade - Fundamentos e vocabulário) v ”GARANTIA DA QUALIDADE: Conjunto de questões e ações planejadas e sistemáticas que influem individual ou coletivamente, na qualidade final do produto, possibilitando sua utilização final. O modelo mais adequado de gestão poderá ser identificado através da análise dos ambientes organizacionais, do porte da empresa, etc. Mesmo assim, o modelo escolhido poderá ser adaptado em função das necessidades. 13 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Dentre os mecanismos mais utilizados estão: – – – – – – – – – – – – – Diagrama de Pareto Diagrama de Causa e Efeito Brainstorming Programa 5S Reengenharia de Processos Just-in-Time Benchmarking Kaizen Empowerment Planejamento das Necessidades de Material - MRP Manufatura Integrada por Computador Manutenção Produtiva Total Poka-Yoke e outros. 14 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Diagrama de Pareto – Quantidade de Problemas x Tipo de Problemas Diagrama de Causa e Efeito Material Mão de obra Problema Método Máquina 15 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Brainstorming – Geração e criação de diversas idéias no menor espaço de tempo possível. Lista de idéias Esclarecimentos Avaliação Pontos importantes Estabelecer o objetivo claramente Cada membro da equipe deve expor uma única idéia de cada rodada Todas as idéias devem ser registradas onde possam ser vistas por todos Nenhuma idéia pode ser criticada ou rejeitada Outras idéias podem e devem ser criadas a partir de outras 16 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Programa 5S – SEIRI (Senso de organização) - otimizar a alocação de móveis, equipamentos e materiais de trabalho em geral. – SEITON (Senso de Ordem) - Ordenar de forma reacional os móveis, equipamentos, material de uso e documentos. – SEISO (Senso de Limpeza) - Consiste em editar sempre limpos, ou em condições favoráveis para uso, os recursos físicos, móveis e equipamentos utilizados. – SEIKETSU (Senso de conservação) - Consiste em manter as condições de trabalho e dos trabalhadores favoráveis à saúde com respeito as limitações físicas e mentais. – SHITSUKE (Senso de disciplina) - Consiste na educação do trabalhador para a busca da melhoria através da força física, mental e moral. 17 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Reengenharia de Processos – Palavras chaves: fundamental, radical, processos e drástica – Processos Um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos (entradas) em produtos (saídas). Recursos a serem transformados: •Materiais •Informações •Consumidores Entrada Saída PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO Bens e Serviços Recursos de transformação: •Instalações •Tecnologia •Pessoal 18 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Just-in-Time – Tem como filosofia a eliminação do desperdício através da regulação do fluxo de produção e envolvimento dos funcionários e da conseqüente melhoria da qualidade. JIT como filosofia de produção visa: •Eliminar todos os desperdícios •Proporcionar o envolvimento de todos •Proporcionar o aprimoramento contínuo JIT como um conjunto de técnicas para a gestão da produção visa: •Práticas básicas de trabalho •Projeto para manufatura •Foco na produção •Máquinas pequenas e simples •Arranjo físico e fluxo •TPM •Redução de Set-up •Comprometimento total das pessoas •Visibilidade de todo o processo •Fornecimento JIT 19 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade JIT como um método de planejamento e controle visa: •Produção puxada •Produção nivelada Estágio A Estágio A Estoque Pedidos Entregas •Controle Kanban •Redução de Set-up Estágio B Estágio B Estoque Estágio C Pedidos Estágio C Entregas 20 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Benchmarking – “Conheça o inimigo e conheça a si mesmo” Identificar Questão Central Coletar dados básicos internos Identificar problemas prioritários Coletar dados externos Analisar dados externos Contextualizar e adaptar os dados externos à realidade organizacional Implementar mudanças 21 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Kaizen – O processo de melhoria pode ser classificado de duas formas: Revolucionário e radical (Kairyo); Contínuo e Gradual (Kaizen); Restaurador (Kaifuku). – A filosofia contida no Kaizen é particularmente importante para o atual contexto organizacional. Visa disseminar em toda a empresa a busca de melhoria gradual e continuada, através de mudanças e inovações pequenas, mas constantes. (Segundo Masaaki IMAI, a estratégia Kaizen é o único conceito importante e original da administração japonesa, sendo a verdadeira chave do sucesso competitivo do Japão. 22 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade PDCA: Estratégia de aprimoramento contínuo, focando todas as atividades de produção: Pessoas, processos, produtos, operação, tarefas. Juran: Planejar, Controlar e aprimorar. Shewart: coleta de dados e comparação de resultados. Deming: Pesquisa, projeto, produção e vendas com distância cada vez menores entre elas; Destes princípios, no Japão se criou o ciclo de aprimoramento contínuo e dinâmico com base no Plan, Do, Check e act; 23 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Analisar projeto; Treinar; Objetivos; Executar tarefa; Normatização Coletar dados P D Medidas corretivas e preventivas Verificar resultados A C 24 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade MRP – Planejamento das Necessidades de Material inicialmente teve como objetivo identificar quais insumos (e quantidades) eram necessários em cada momento do processo. – Não é uma negação do JIT. – MRP II - extensão do MRP, busca avaliar as conseqüências da demanda futura nas demais áreas: área financeira, área de pessoal, área de projeto, área de comercialização, entre outras. É um plano global para toda a organização. 25 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Manufatura Integrada por Computador - CIM – É um sistema que busca integrar o CAM - Manufatura Assistida por Computador, e o CAD - Projeto Assistido por Computado, trazendo para a organização uma otimização e integração entre estrutura, filosofia, informação e automação de todos os processos organizacionais. Kaban : Estações de trabalho. Identificação por cores e etiquetas. 26 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Manutenção Produtiva Total (TPM) – Visa eliminar a variabilidade em processos de produção que tem por motivo quebras não planejadas. O TPM envolve todos os funcionários na busca do aprimoramento da manutenção. – Os funcionários envolvidos no processo assumem as responsabilidades por suas máquinas, e realizam as atividades de rotineiras de manutenção. – Este sistema, se tem mostrado eficaz, além de atuar com flexibilidade e rapidez na resolução dos problemas ocorridos nos equipamentos da linha de produção, tem motivado os funcionários envolvidos no processo e disponibilizado a antiga área de manutenção para outras atividades na organização. 27 Mecanismos que operacionalizam as mudanças na busca da Qualidade Poka-Yoke – Yokeru (Prevenir), Poka (Erros de desatenção) são dispositivos para identificação de falhas. – O conceito de prevenção de falhas surgiu com a introdução dos métodos de aperfeiçoamento da produção e encontra-se relacionado idéia de que os erros humanos são inevitáveis até certo grau. Poka-Yoke são dispositivos ou sistemas de simples operacionalização, e geralmente de baixo custo, que são incorporados em um processo de produção para prevenir erros de falta de atenção dos operadores. (Sensores e interruptores que acusam posicionamentos ou atividades não corretas, de gabaritos instalados em máquinas, contadores digitais para verificar o número de atividades , ou de uma simples lista de verificação. – A eficácia do Poka-Yoke tem levado a uma diminuição significativa na taxa de retrabalho e a uma melhoria dos processos produtivos. 28 Identificando e descrevendo Processos Responda às seguintes perguntas (5W, 2H, 1S): – – – – – – – – O que é feito (What) ? Por que deve ser feito (Why)? Quando deve ser feito (When)? Onde deve ser feito? Quem deve fazê-lo (Who)? Como deve ser feito (How)? Quanto custa (How much)? Como monitorar / demonstrar resultados (Show me)? 29 Fluxogramas Simbologia – Etapa / Fase, atividade ou tarefa – Ponto de decisão – Documento (utilizado ou gerado) – Indicador de início ou de final – Conectores – Fluxo, transporte 30 Gestão da Qualidade segundo as Normas ISO 9000 versão 2000 Princípios de gestão da qualidade – Foco no cliente Organizações dependem de seus clientes e, portanto, é recomendável que atendam às necessidades atuais e futuras dos clientes, os seus requisitos e procurem exceder as suas expectativas – Liderança Líderes estabelecem a unidade de propósito e o rumo da organização. Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno, no qual as pessoas possam estar totalmente envolvidas no propósito de atingir os objetivos da organização. 31 Gestão da Qualidade segundo as Normas ISO 9000 versão 2000 – Envolvimento das pessoas Pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização, e seu total envolvimento possibilita que as suas habilidades sejam usadas para o benefício da organização. – Abordagem do processo Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são gerenciados como um processo. – Abordagem sistêmica para a gestão Identificar, entender e gerenciar os processos interrelacionados como um sistema contribui para a eficácia e eficiência da organização no sentido desta atingir os seus objetivos. 32 Gestão da Qualidade segundo as Normas ISO 9000 versão 2000 – Melhoria contínua Convém que a melhoria contínua do desempenho global de uma organização seja seu objetivo permanente. – Abordagem factual para tomada de decisão Decisões eficazes são baseadas na análise de dados e informações. – Benefícios mútuos e seus fornecedores são interdependentes, e uma relação de benefícios mútuos aumenta a capacidade de ambos agregar valor. 33 Modelo de gestão da qualidade ISO 9000 versão 2000 34 Six sigma Seis Sigma: 3,4 defeitos em 1.000.000 (99.99966%); 4 Sigma 1 defeito em 100 - benchmark; Diga-me e esquecerei;Mostre-me e me lembrarei; Me envolva e eu compreenderei; Como medir; Analisar, melhorar e controlar (estatística e bench mark); Definir o problema, medir seu desempenho, analisar onde começa conserta o problema, e incrementa e controla o novo produto. DMAC; DMAIC ; dumb managers always ignore clients; 35 Boas Práticas de Fabricação v 1963:Criação pelo FDA do primeiro guia de GMP; Decorrente da intoxicação causada por elixires de sulfas contendo etilenoglicol em 1938. v Pela constatação de problemas referentes à contaminações cruzadas freqüentes na fabricação de penicilina e dietilbestrol o FDA oficializa o primeiro Guia de Fabricação de Medicamentos em 1967, nascendo assim as GMP. v 1967: Assembléia de saúde solicita aos seus membros o cumprimento das GMP; v 1971- OMS obriga aos estados membros seguir o roteiro de BPF; v 1978: Nasce o conceito de Validação; v 1988: Unificação das GMP da CEE. 36 Boas Práticas de Fabricação EMPRESAS • Farmacêuticas - Fitoterápicas (377) - Biológicas - Vacinas - Soros Hiperimunes (80) - Hemoderivados - Biomedicamentos - Alergênios - Contrastes Radiológicos (12) - Parenterais de Grande Volume (26) - Penicilínicos (24) - Cefalosporínicos (46) - Hormonais (77) - Psicotrópicos (53) • Farmoquímicas - Produtoras de Insumos (121) - Distribuidoras de Insumos (427) - Importadoras de Insumos • Transportadoras de Medicamentos • Import. de Medicamentos (2.598) • Distrib. de Medicamentos • Farmácias de Manipulação (3.779) • Drogarias (54.810) ANVISA GGIMP • VISAS • INCQS • Gerências ANVISA • GGMED • GGMEG • ... GIMED 37 Boas Práticas de Fabricação Produtos MEDICAMENTOS E CORRELATOS Serviços HOSPITAIS NUTRACÊUTICOS FARMÁCIAS INDÚSTRIAS COSMECÊUTICOS DISTRIBUIDORAS IMPORTADORAS 38 Boas Práticas de Fabricação Instrumento legal utilizado: Resolução-RDC n. 210/03 – revoga RDC 500; Roteiro de Inspeção (Anexo III); Classificação e critérios de avaliação para os itens do Roteiro de Inspeção (Anexo II); Validação/qualificação/Farmacovigilâcia;; BPF de produtos Cosméticos portarias-348/97 BPF suplementos alimentares RDC 275. 39 Boas Práticas de Fabricação GARANTIA DA QUALIDADE: Conjunto de questões e ações planejadas e sistemáticas que influem individual ou coletivamente, na qualidade final do produto, possibilitando sua utilização final. Amostragem; Controle de processo; Controle de qualidade; Calibração; Inspeção; Validação. 40 Boas Práticas de Fabricação Na implantação das Boas Práticas de Fabricação, se idealiza todo o projeto tomando por base três pilares principais: v Evitar misturas acidentais – RDC 210; v Evitar contaminações/contaminações cruzadas – RDC 210; v Garantir rastreabilidade – Fala implicitamente. 41 Boas Práticas de Fabricação Misturas acidentais: v Erro na separação de matérias-primas pesadas para diferentes lotes; v Mistura de Cartuchos ou material de embalagem; v Adição de matéria-prima diferente em um lote em processo; v Troca de semi-elaborados ou granéis; v Fluxo de produção e controle de acesso mal feito. 42 Boas Práticas de Fabricação Contaminação cruzada: Evitar que o resíduo ou parte de um produto fabricado em um mesmo local da fábrica, em tempos diferentes ou idênticos, contaminem o lote do produto subseqüentemente fabricado. Limpeza inadequada de equipamento, acessório, local de fabricação ou serviço; Comportamento inadequado do operador; Separação física ou construção da área fabril inadequada; Validação de limpeza incompleta ou ausente; 43 Boas Práticas de Fabricação PARA CRESCIMENTO BACTERIANO NECESSITAMOS; UMIDADE + NUTRIENTES + TEMPERATURA Material poroso: Madeira, cimento, juntas, superfícies, laminados suporte para microorganismos; Superfícies de C, N, H (papel, papelão, madeira, e superfícies orgânicas; fonte para o crescimento) ; Contaminação pelo microambiente humano; Contaminação pelo Ar insuflado na área fabril; 44 Boas Práticas de Fabricação • • • • Exterior (áreas pretas) Próximo (áreas cinzas) Íntimo (áreas brancas) Interlocks ou passthroug Rastreabilidade: Como, onde e porque?? Impacta na qualidade final do produto? É exigência regulamentar? Pilhas de documentos x registros eletrônicos; Retenção, circulação e emissão. 45 Boas Práticas de Fabricação Devem existir áreas individualizadas para a produção dos seguintes tipos de produtos: - Hormônios – devem existir instalações exclusivas e separadas - Biológicos e citotóxicos– instalações exclusivas e separadas - Psicotrópicos-nc - beta lactâmicos – edifícios separados - recomendável - Parenterais infantis - Cosméticos - nc 46 Boas Práticas de Fabricação Item 3 -Controle de Qualidade: Monitoramento e controle dos padrões primários e secundários; 3.2 – Todos os Laboratórios devem possuir um setor de CQ ; somar a 3961/01; Métodos de ensaio validados; Item 5 – Validação: Foi reduzido ; prevê ensaios, processos e Limpeza. Aceita a Retrospectiva (5.2) e prevê o conceito de status validado (5.3). Item 6 - Reclamações : Observar lotes próximos ao lote problemático. Cuidado especial com re-processos e recuperações 47 Boas Práticas de Fabricação Entra a necessidade do programa de farmacovigilâcia Item 8- contrato com terceiros: Preve terceirização de análises e parte da produção - 3961/01. (Licença sanitária – BPF) Liberação final- contratante ! Contrato detalhado ! Item – 9: Prevê auto inspeção e descarte de resíduos nesta; Auditorias de qualidade; Qualificação de MP e embalagens 48 Boas Práticas de Fabricação Item 10 – Treinamento BPF, qualidade , higiene, produção CQ e áreas específicas. Item 11- Instalações: 11.3.2 Condições ideais de estocagem. Providenciar, verificar, monitorar e registrar - Ar condicionado? 11.3.5 – Sala de amostragem; 11.3.7- Segregação de inflamáveis; 11.5.1 – Segregação de área por produto; 11.5.8 – Difine a necessidade do HVAC - pressão diferencial, temp., UR, e grau de renovação. 49 Boas Práticas de Fabricação Item 13- Materiais: Checar cada recipiente recebido; 13.2.8- Possibilidade de usar códigos de barra; 13.2.9- Identidade do conteúdo de cada container de ativo e excipiente (amostragem) em parenterais (NIR); 13.4.1 – Condições de estocagem de granel (estabilidade ?); Nomenclatura 3961/01; 13.5.1 – Impacto da recuperação na estabilidade; 13.10.1- Padrão oficial de referência. 50 Boas Práticas de Fabricação Item 14- Documentação de produção: 14.1.8 – Registro eletrônico e dispensa do material impresso. Manutenção de registros!! Nada fala da revalidação exclusiva de MP pelo fornecedor!! 14.11 - POPs – Tudo que impacta na qualidade final do produto; 15.2.4 – Produção – Ante câmeras e pressão diferencial de ar; 15.4.1 – Separação física ou eletrônica do processo de embalagem. 51 Boas Práticas de Fabricação AS FALHAS MAIS COMUNS: • • • • • • AUSÊNCIA DE DADOS FALTA DE RUBRICAS DADOS INCORRETOS PREENCHIMENTO INCOMPLETO DEMORA NA ENTREGA DE DOCUMENTOS DESVIOS NÃO DECLARADOS 52 Boas Práticas de Fabricação Item 17- Produtos estéreis – 17.1.4 – Fluxo laminar de ar : 0,3 m/s e 0,45 m/s horizontal . Muito específico!!! 3 diferentes abordagens de produção de estéreis. 18- Biológicos; 19- Validação: Menos exigente e mais detalhado; 19.3.2 – Por sí só a validação não melhora mas ajuda a melhorar o processo; relativo. 19.3.3 – Desenvolvimento finaliza com a validação; 19.3.4 – Pede a validação formal ou industrial. 53 Boas Práticas de Fabricação Validação/qualificação; Treinamento; Devoluções e farmacovigilância, SAC; Recolhimento do produto; Auditoria interna (anual); Documentação de produção; 54 Boas Práticas de Fabricação Roteiro de Inspeção: Validade de semi-elaborado e Granel; Destino de lotes piloto; Sala de pesagem uso de fluxo laminar de ar; Pressão negativa. E a sala de amostragem ? Segregação de Granel de produtos controlados; FIFO e quarentena de granel; Água purificada; controles “in line” condutividade e TOC; Looping para WFI e Liberação antes do uso; 55 Boas Práticas de Fabricação Produtos semi-sólidos estéreis: Envase e produção em classe 10.000; garantia da esterilidade? Roteiro de inspeção observa categorias de produtos especiais; maior ênfase na validação, contaminação cruzada e contaminação de áreas adjacentes e operadores; Plano mestre de validação; Programa de estabilidade com câmara qualificada. Negligência de produtos biológicos. 56 Boas Práticas de Fabricação Documentação eletrônica: • • • • • • • • • • • • • • • • • Deve ter um administrador central Deve ter uma base única das informações críticas do lote padrão Deve ter usuários autorizados Deve ter diferentes níveis de acesso e competência (inclusive de conferência) Deve indicar o usuário, data e hora da entrada Deve ter avisos e alarmes de segurança Deve prever forma de atuação (e segurança) em casos de desvios Deve garantir a história dos desvios e alterações Deve forçar a troca periódica de senha Deve facilitar a integridade das informações em outros meios Deve permitir o resgate, em tempo hábil, de qualquer informação Deve considerar a entrada de auditores externos Deve ter seus passos críticos verificados quanto à sua eficácia e segurança Política e procedimentos bem definidos Pessoal treinado Fácil acesso físico Estratégia para atuação em caso de queda do sistema 57 Validação de Processos Segundo o FDA, Food and Drug Administration: USA, a validação seria a evidência documentada de que um sistema se encontra em grau de fazer aquilo que se propõem de forma consistente e dentro das especificações e atributos de qualidade preestabelecidos. vUm processo que funciona por 10 anos está validado? vCálculo de capabilidade de processo é validação? vTodo equipamento é qualificável? vToda planta pode ser qualificada? vQualquer sistema é validável? 58 Validação de Processos Antes de se iniciar a implantação de um programa de validação é fundamental: Adequação da planta às BPFv; Sistema de HVAC adequado; Programa de manutenção e calibração; CEP- e capabilidade de processos; Revisão de todos os métodos analíticos; Adequação da documentação e programa de limpeza. Manual de Gestão da Qualidade: 59 Validação de Processos Tipos de Validação: Retrospectiva; v Prospectiva; v Concorrente. Precede a validação do processo: v Qualificação de fornecedores ; v Preparação do PMV; v IQ e OQ. v Metodologias analíticas e Limpeza. v 60 Validação de Processos Questão 01: Métodos analíticos farmacopeicos são validados? Resolução - RDC nº 135, de 29 de maio de 2003 (anexo) Item 1.7 São validadas metodologias farmacopeicas aceitas pelas ANVISA (RDC 79/03) Observar parâmetros necessários. Transferência da matriz: Precisão, especificidade, e Linearidade; USP: Todos os métodos analíticos são validados !!!! 61 Validação de Processos Questão 02: O programa de limpeza utilizado na empresa é adequado? Racional? Prevê casos excepcionais ? Solubilidade ? Toxicidade ? Excipientes especiais ? Estabilidade? Qualificação das instalações : Iniciar pela inspeção da planta - RDC 210; 62 Validação de Processos Verificar a adequação do local de fabricação ao projeto e às BPFv; Nesta investigação deve se observar: Características dos materiais de construção do local e adequação à atividade; portas, paredes, piso e teto painéis. Certificar por documentos ou testes as características dos mesmos - Se o piso é epóxi e o aço é inox 316 AISI; Checar o sistema de HVAC - classificação ambiental em repouso; Placas indicativas, EPC, e rede elétrica, tipos de serviços e sua classificação; Documentos necessários; dados sobre a construção, serviços e manutenção dos mesmos. Logbook de área. 63 Validação de Processos Qualificação operacional: Checar todos os equipamentos da fábrica (apoio, fabricação e do local de fabricação); Qualificação de instalação; Qualificação operacional; Qualificação de performance. Qualificação de um tanque de mistura: Descrição do sistema (QI); Objetivo do sistema (QI); O material usado na construção do tanque segue a especificação ? (QI); 64 Validação de Processos Qualificação de um tanque de mistura: Houve alguma alteração no tanque? O material utilizado é o mesmo de sua construção (QI)? Possui No de TAG? Identificação (QI)? Foi instalado com rodízios? São estes adequados para o peso máximo de carga do tanque (QI)? A válvula de saída de produto é original ou foi instalada no tanque (QI) ? A tampa possui vedação (QI)? A rotação do motor é de xxx rpm (manual) QI? A tensão de alimentação é a especificada pelo fornecedor (QI)? O volume do tanque corresponde ao memorial descritivo? 65 Validação de Processos Docs; memoriais descritivos, manuais, esquemas elétricos, manutenção e calibração (QI); Existe aterramento? A potência do motor corresponde ao memorial descritivo (QI)? Os rodízios operam normalmente tanto com o tanque cheio ou vazio (QO)? A válvula de saída de produto é funcional? Opera normalmente (QO)? O motor liga de imediato? Opera normalmente (QO)? Existe sistema de interrupção de funcionamento do motor em caso de pane elétrica (QO)? A vedação do tanque impede o extravasamento de produto (QO)? 66 Validação de Processos A tensão elétrica e amperagem do motor corresponde ao especificado quando em funcionamento (QO)? Os rodízios funcionam normalmente com o tanque carregado (QP)?; A válvula de saída possui uma vazão adequada em termos de alimentação da bomba de engrenagem ou máquina de envase (QP)?; A rotação do motor varia com e seu carga - 3800 rpm (QP)?; A capacidade do tanque é de 1500L (QP); 67 Validação de Processos Validação retrospectiva - Capabilidade do processo: Determina prioridades em termos de validação. Processo sob controle estatístico: As variações verificadas são atribuídas à causas comuns apenas. Causas Comuns: São observadas em todas as corridas do processo. São aleatórias; Causas especiais: Provocam variações apenas em parte do processo; são intermitentes, instáveis, e imprevisíveis. Devem ser identificadas e eliminadas. 68 Validação de Processos A capabilidade é determinada pela capacidade do processo fabricar o produto desejado dentro dos atributos de qualidade estabelecidos para o mesmo. Neste cálculo se inserem as variáveis de origem especial e comum; Cp = LSE - LIE / 6 ; Cp > 2.0 mínimo = ( xi - Xmed / n - 1) 1/2 Uso de valores de n maiores que 10 Se escolhe as prioridades para ajuste, validação retrospectiva e validação concorrente. 69 Validação de Processos Validação retrospectiva Escolha do produto: Processo estável e robusto; Sem alteração por um período de tempo longo; 20 lotes consecutivos (arbitrário); Sem alteração de excipientes ou ativos; Sem alteração de equipamentos; Processo de fabricação. A Garantia da Qualidade, em colaboração com a produção é a principal responsável pelo trabalho (veracidade dos fatos). 70 Validação de Processos Preparação do Procedimento escrito: v Responsabilidades do grupo de validação; v Produtos a serem validados por ordem de prioridade (vendas, fora de linha, teor de ativo e tipo de formulação); v Seleção de etapas críticas e parâmetros a serem medidos; v Periodicidade de reuniões do grupo de trabalho e seu líder; v “Follow up “ para achados inesperados e aprovações. Localizar os arquivos e preparar o procedimento de validação: Dados coletados; No de lotes estudados; Tratamento estatístico; Agenda de validação e data de aprovação. 71 Validação de Processos CONSIDERAÇÕES GERAIS: Considerar informações do SAC; Não observar rendimento como medida (soma de influências); Qualificação de fornecedores (ajuste de especificações) e variabilidade de características das matérias-primas. Quando se iniciaram? Loog Books e alterações da planta = Pode desqualificar um processo; Avaliar a veracidade dos batch records. Rejeitados ou reprocessos devem ser excluídos. 72 Validação de Processos Validação concorrente Preparar o diagrama de processo com as variáveis possíveis para cada operação unitária; Preparar fluxograma de processo; Determinar os pontos críticos e limites de especificação; Acompanhar cada passo do processo; Procedimento de teste e amostragem (desafio) ; 3 lotes consecutivos e dentro das especificações; O processo se inicia na pesagem e finaliza na embalagem secundária. 73 Validação de Processos 74 Validação de Processos Documentação: Manual de Gestão da Qualidade ; Plano mestre de validação (cronograma/agenda, glossário, aprovações e responsabilidades, descrição do sistema e como se vai conduzir o processo/ amostragem); Protocolos gerais: Processo; Equipamento; Instalações; Análise; Limpeza. Protocolos e relatórios específicos. 75 Validação de Processos VALIDAÇÃO PROSPECTIVA Etapas iniciais: Desenvolvimento da formulação; Desenvolvimento do processo. Desing do processo: Preparar diagrama de processo; Matriz de influências; Procedimentos experimentais; Protocolos. Caracterização: Identificar as variáveis críticas para cada etapa; Estabelecer as tolerâncias máximas e mínimas; 76 Validação de Processos Verificação: Ajustar o protocolo de validação; Determinar as variações do processo em condições de operação; Prepara documentos de transferência de processo; Finalizar as especificações de processo. Conduzir à fabricação de 3 lotes piloto; 3 Lotes de validação formal. 77 Validação de Processos Sistema de tratamento de água - Validação: QI - Instalação de acordo com os esquemas da engenharia e fabricante; QO - Demonstra que cada unidade e ponto crítico funciona como especificado e atendendo aos requisitos de projeto; QD: Verifica se o sistema produz a água desejada independente de perturbações de alimentação, temperatura ou funcionamento do sistema dentro do especificado; Amostragem: Realizada por 30dias em cada ponto de uso e unidade diariamente. Depende da análise de resultados de 1 ano inteiro, após os 30 dias inicias. Critério de aceitação sempre 95% do limite de ação; Após o período de teste inicial, seguirão duas fases de amostragem reduzida (quinzenal) pré-determinada no plano de validação. 78 Validação de processos de limpeza Estabelecer o programa de limpeza - Escrito; cópias nos setores; Fármacos; excipientes; detergentes; Registros por escrito; Automatizado (CIP) ou manual; Dissolução e limpeza mecânica; Reações químicas e enzimáticas; Mais complexa a formulação mais complexo o agente de limpeza Dissolução: pH, detergentes e temperatura; Reações químicas: Oxidação, hidrólises e enzimáticas; Rinsagem final ; PW ou WFI; 79 Validação de processos de limpeza Vários cenários com o mesmo agente de limpeza- flexibilidade; NaOH; detergente; formol; Ideal: agente de limpeza neutro; Alcalino para gorduras e excipientes para comprimidos. Hipoclorito alcalino:remoção de resíduos protéicos; Agente de limpeza ácido: Remoção de açúcares- biofilme; ESTRATÉGIAS DE LIMPEZA: O que é limpo? Quanto limpo é o limpo? 80 Validação de processos de limpeza PARÂMETROS: Solubilidade; DL50; Tipo de equipamentos; Limite de aceitação; Tipo de Produtos fabricados; CONTAMINAÇÃO CRUZADA Focos: Custo do produto; Volume de produção; Toxicidade; Alergenicidade; 81 Validação de processos de limpeza Potência; Worst Case para cada grupo: Mais tóxico; Equipamento mais difícil; Agulhas de enchimento/ punções Separar equipamentos por função; Tanques: suspensão; cremes; soluções; Preparar o PMV; Preparar os protocolos de validação; Determinar os limites de aceitação; Determinar método de amostragem- recovery factor; Técnica de análise. 82 Validação de processos de limpeza PROTOCOLO DE VALIDAÇÃO: Como limpar; Base científica da técnica de limpeza; Sistema eletrônico -CIP; temp. fluxo; conc. detergente distribuição da água; Características do equipamento; Métodos de análise; Amostragem Limites de aceitação. 83 Validação de processos de limpeza LIMITES DE ACEITAÇÃO: Foco: ativo detergente e excipientes secundários; Redução a 10 ppm - 10 mg por Kg; Dose terapêutica máxima diária do produto fabricado pode conter: 0,1% do fármaco anterior (sólidos); 0,01% -líquidos; 0,001% - cremes; 0,0001% injetáveis 84 Validação de processos de limpeza Toxicidade: NOEL dose mínima efetiva ÷ fator de segurança (20a40) ÷ área amostrada = g/cm2; Farmacológico: Menor dose clínica ÷ fator de segurança (10 a 1000) = g/cm2; Dados pouco disponíveis. Capacidade de limpeza: Menor nível de limpeza possível ÷ área amostrada = g/cm2 Técnica de análise: 1-CLAE; 2-CCF; 3-UV; 4-TOC; 5-pH; 6-Visual/ espuma. 85 Validação de processos de limpeza Vantagens e desvantagens: 1-Específico; alta sensibilidade e quantitativo x análise longa e custosa ; padrões; 2-Específico e de alta sensibilidade x não quantitativo demorado e padrão; 3- alta sensibilidade varredura x não específico; 4- Amplo espectro, on-line; fácil e rápido preparo de amostra x não específico e solventes somente aquosos 5- Rápido, barato, on-line x não específico e solventes somente aquosos, baixa sensibilidade; imediato x subjetivo não quantitativo. 86 Validação de processos de limpeza Equipamento Superfície de contato em cm2 Material Local de limpeza NOP Misturador 20.000 Aço inox Sala de lavagem X Peneira mecânica 7800 Aço inox Tela teflon Sala de lavagem X Granulador Diosna 13.000 Aço inox Inplace X Tanque de mistura 30.000 Aço inox Inplace X Máquina compressora 670 Aço inox e metais Inplace X 87