56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Avaliação da instabilidade de microsatélites em
indivíduos com câncer coloretal de Minas Gerais
Caxito, FA1; Rasuck, CG1,2; Leite, SMO3; Oliveira, VC1,2; Gomes, KB2,4
Hermes Pardini – Belo Horizonte, MG;
Pós-Graduação em Genética, ICB/UFMG – Belo Horizonte, MG;
3
Santa Casa de Belo Horizonte – Belo Horizonte, MG;
4
COLTEC/UFMG – Belo Horizonte, MG
[email protected]
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Palavras-chave: câncer coloretal, genes de reparo, instabilidade de microssatélite, HNPCC, reparo
Introdução: O câncer coloretal (CCR) corresponde ao terceiro tipo de câncer mais comum no mundo ocidental,
sendo o segundo em número de mortes. O CCR pode ser divido em: esporádico, onde o paciente não possui
histórico familiar e corresponde à 85% das neoplasias coloretais; e o câncer hereditário, que corresponde
de 10 a 15% do total de casos. O HNPCC (Hereditary nonpolyposis colorectal câncer), ou Síndrome de Lynch,
constitui a principal síndrome hereditária de predisposição ao câncer coloretal, e se devolve em decorrência de
mutações em genes de reparo - MMR (Mismacht Repair). Estes genes são responsáveis pela correção dos erros na
replicação do DNA e, quando mutados, perdem sua função ativa. A presença de metilação na região promotora ou
mutações em regiões codificadoras dos MMR’s pode ser avaliada através da instabilidade de microsatélites. Essa
instabilidade é classificada como alta (MSI-High) quando mais de 40%, de no mínimo cinco marcadores do tipo
microsatélite analisados, apresentam instabilidade. O uso de critérios clínicos (Amsterdam II e Bethesda), que
foram criados com o intuito de aumentar a sensibilidade do diagnóstico de pacientes com HNPCC, nem sempre
são claros, recomendando-se assim, análise de instabilidade de microsatélites. Objetivo: avaliar a instabilidade de
microsatélites em pacientes de Minas Gerais diagnosticados, pelos critérios de Amstredam II e Bethesda, como
HNPCC. Materiais e métodos: Foram analisadas amostras de 79 pacientes com HNPCC, onde o tecido tumoral
foi comparado ao tecido normal de cada paciente, utilizando-se 6 marcadores microsatélites: BAT25, BAT26,
BAT40, D2S123, D17S250 e APC. Resultados: Dentre os casos analisados, 21,5% dos pacientes apresentaram alta
instabilidade de microsatélites. O marcador BAT25 apresentou a maior frequência de instabilidade (26,6% dos
pacientes classificados como MSI-High), sendo, portanto o mais sensível, enquanto o marcador APC apresentou
a menor frequência de instabilidade (15,2%). Conclusão: Como em todo tipo de câncer, a possibilidade de
diagnosticar previamente a doença relaciona-se diretamente com uma porcentagem mais alta de sobrevivência.
Assim, a análise da instabilidade de microsatélites é de extrema importância para diagnosticar o HNPCC. No
entanto, estudos visando à validação de novos marcadores genéticos são necessários, uma vez que a análise de
microsatélites não apresenta sensibilidade para diagnosticar o HNPCC em todos os casos.
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