VOZ SAÚDE HOSPITAIS HUMANITÁRIOS DO PARANÁ S E T E M B R O | O U T U B R O 2 01 3 . N . 7 5 Parceria que dá certo: organizações sociais provam que é possível garantir resultados positivos na gestão de hospitais públicos Págs. 3, 4 e 5 Pág. 6 | SEMINÁRIO FEMIPA Comunicação e case empresarial fazem parte da programação Págs. 7 e 8 | hospsus Gestores concluem curso em gestão hospitalar OPINIÃO A proximamo-nos do evento mais importante no ano para a Femipa. Há seis anos, a promoção do Seminário – ao lado de outras iniciativas - vem ajudando a consolidar o papel da Federação como um dos principais interlocutores do setor hospitalar filantrópico no Estado do Paraná. O cuidado na escolha dos temas e na definição dos palestrantes faz deste encontro um momento único para a troca de experiências entre os gestores e colaboradores dos hospitais. Além disso, a confiança conquistada de fornecedores e outras empresas ligadas ao segmento, que escolheram patrocinar o evento, é a prova de que estamos no caminho certo. Não poderia ser mais oportuno nos reunirmos para debater assuntos que precisam de definições e um entendimento mais claro como a legislação da certificação da filantropia, o financiamento da saúde pública, a judicialização da saúde, os movimentos nacionais que lutam para se evitar a crise O 6º Seminário Femipa está chegando. Confira a opinião de quem já participou de outras edições e não perca o principal evento do ano da Federação! “O Seminário Femipa vem ganhando espaço ao longo de suas edições e está se consolidando como um dos mais importantes eventos do segmento. É nítida essa evolução com um aumento do interesse por parte dos congressistas e a qualidade dos temas abordados. As salas temáticas, por exemplo, foram muito bem avaliadas no ano passado. A expectativa para este ano é grande, espero um grande número de participantes. A programação foi muito bem planejada e dará ao congressista a oportunidade de refletir sobre temas de extrema relevância no contexto de atuação de nossos hospitais. Sustentabilidade, gestão de riscos, judicialização, entre outros, são temas muito atuais e de grande amplitude. A participação dos gestores neste evento é muito importante. Além de terem a oportunidade de ampliar conhecimento, são eles os responsáveis pela execução das atividades nos hospitais que representam. Outro ponto fundamental é o fortalecimento de nossa entidade, a oportunidade de demonstrar a importância do segmento no sistema de saúde brasileiro.” n Claudio Espin, vice-presidente da Femipa Foto: Divulgação editorial financeira do setor, a Política Nacional de olhar apurado e diferentes vozes para que a conclusão resulte em benefícios para a sociedade, sem deixar de garantir a sustentabilidade dos prestadores. Assim, cabe a cada filiado aproveitar esta oportunidade e prestigiar toda a programação. Luiz Soares Koury Presidente Femipa O Jornal VOZ Saúde é uma publicação bimestral da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná - FEMIPA Produção: INTERACT Comunicação Empresarial www.interactcomunicacao.com.br Jornalista responsável: Juliane Ferreira - MTb 04881 DRT/PR Redação: Franco Fuchs e Bruna Prado Diagramação: Pedro Vieira Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Femipa. Endereço: Rua Padre Anchieta, 1691 - sala 505 – Champagnat Cep 80.730-000 - Curitiba - Paraná Fone: |41| 3027.5036 | Fax: |41| 3027.5684 www.femipa.org.br | [email protected] Presidente: Luiz Soares Koury 2 FEMIPA “O Seminário é um espaço para troca de ideias, informações e reflexões sobre os novos caminhos do nosso setor. A LOGIMED acredita que participar de eventos como este é estar diretamente envolvida com o que há de melhor na área. A Femipa é uma instituição que agrega importantes players do mercado de Saúde do Estado do Paraná e é de nosso total interesse estar, cada vez mais, integrado a eles. Não somos patrocinadores, somos parceiros. É a nossa segunda vez no Seminário e acreditamos que ainda há espaço para apresentar aos participantes nosso modelo de negócios inovador. Estamos ansiosos por participar novamente do Seminário Femipa!” n Flávia Assunção, diretora Administrativo/Financeira LOGIMED, corealizadora 6º Seminário Femipa Foto: Divulgação Muitos são os temas que precisam de um “A 5ª edição do Seminário Femipa ocorrida em novembro de 2012 trouxe grandes contribuições aos participantes e, consequentemente, ao setor da saúde ao debater os aspectos atuais relacionados à gestão e financiamento em saúde. A 6ª edição, ao discutir no pré-evento e no seminário temas relacionados à gestão dos mais diversos tipos de risco aos quais as organizações estão suscetíveis, oportunizará a troca de experiências e identificação de alternativas para a obtenção da sustentabilidade dos hospitais no longo prazo. Além dos conhecimentos, o encontro vai promover a integração dos afiliados e o fortalecimento do setor.” n Ana Paula Cantelmo Luz, gerente executiva da Irmandade da Santa Casa de Londrina Foto: Divulgação Atenção Hospitalar e a contratualização. GESTÃO Parceria que dá certo Administração de hospitais públicos feita por Organizações Sociais gera resultados positivos e é cada vez mais bem vista por gestores do Estado A parceria entre Organizações Sociais (OS) e hospitais públicos no Brasil mostra-se cada vez mais benéfica para gestores e usuários do sistema de saúde. Com isso, também caem por terra os mitos de que o gerenciamento feito por OS implicaria na privatização de serviços ou a perda de controle do Estado. No Paraná, vários exemplos comprovam os benefícios desse modelo de atuação. Para a secretária de saúde de Pinhais, Vilma Serra, o bom funcionamento do Hospital Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais é emblemático. Administrado desde 2010 pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, o hospital apresenta uma série de índices positivos. “Hoje cerca de 90% dos usuários da maternidade estão satisfeitos com o atendimento, assim como o hospital, de 6 mil, passou a atender 12 mil pessoas no pronto-socorro desde março de 2013”, diz Vilma. Na avaliação da secretária de Saúde, a gestão da OS agiliza uma série de processos burocráticos, como a contratação, troca de funcionários e aquisição de materiais. Ao mesmo tempo, a prefeitura de Pinhais acompanha de perto todos os gastos e monitora a qualidade dos serviços prestados. “Se você contrata uma OS, mas não fica de mãos dadas com ela, não dá certo. Mas se você tem uma OS capacitada e gestores qualificados que acompanham os serviços, o hospital e os usuários têm muito a ganhar”, observa Vilma. qualidade assistencial é muito maior e foi certificada por agências externas como a Organização Nacional de Acreditação. Os estudos do Banco Mundial e diversas teses acadêmicas comprovam esse resultado. É possível produzir mais, com mais qualidade e menor custo”, afirma Pasquarelli. “Se você contrata uma OS, mas não fica de mãos dadas com ela, não dá certo. Mas se você tem uma OS capacitada e gestores qualificados que acompanham os serviços, o hospital e os usuários têm muito a ganhar.” Capacitação Altamente capacitados, muitos hospitais filantrópicos que atuam como OS transmitem a hospitais públicos uma experiência técnica que enriquece os atendimentos. É o caso do Hospital Pequeno Príncipe (Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro), que desde 2009 faz, com o Estado, a cogestão do Hospital Infantil Waldemar Monastier em Campo Largo. No último balanço feito entre 2011 e 2012, a instituição ampliou o seu número total de internações (de 3.229 passou para 3.720 em 2012) e conVilma Se rra, sultas em especialidades médicas (de Eficiência se c re t ária de saúde de Pinhais 14.336 passou para 18.475). Diretor Também gerido pela Pró-Saúde, técnico do Hospital Pequeno Príncipe, o Hospital Municipal de Araucária é Donizetti Dimer Giamberardino ressalta que essa parceria melhooutra instituição que apresenta excelência nos serviços prestados. rou a capacitação do corpo técnico da instituição em Campo LarÚnico hospital público do Estado com Acreditação de Excelêngo. “A criação do Waldemar Monastier foi inspirada no modelo do cia Nível 2 pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), ele Pequeno Príncipe, que já possui 90 anos de experiência e 40 anos recebeu o Prêmio Paranaense da Qualidade em Gestão (PPrQG de residência médica. Desde o início conseguimos implantar no Ciclo 2011) e o Prêmio Expressão de Ecologia 2012 na área de hospital uma série de rotinas e treinamentos nossos, de maneira sustentabilidade. Diretor geral da Pró-Saúde, Ronaldo Pasquarelli que a instituição ganhou uma excelência que dificilmente teria destaca como a gestão por meio de OS é comprovadamente mais sem essa parceria. Tudo isso foi conquistado, vale frisar, sem que eficiente. “A produção de serviços é de 20% a 30% maior e o custo o hospital deixasse de ser público”, conta Giamberardino. é até 10% menor quando se compara com hospitais similares. A Setembro | Outubro, 2013 3 Foto: Divulgação CORRELATAS Organização Social paranaense administra hospital público em Santa Catarina Referência em tratamentos clínicos e cirúrgicos de alta complexidade, a Organização Social Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba, é gestora do Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante, em Joinville E m Joinvile (SC), desde 2008, a gestão do Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria é feita pela Organização Social curitibana Hospital Nossa Senhora das Graças. Em cinco anos de atividade, o hospital ultrapassou o número de 600 mil atendimentos oferecidos para crianças e adolescentes de Joinville e de 25 municípios das regiões Norte e Nordeste de Santa Catarina. Apresentando um nível geral de satisfação de usuários superior a 95%, o hospital conta com 133 leitos para internação, 10 para UTI pediátrica e 7 para UTI neonatal. Seu corpo clínico é composto por 194 médicos e mais 714 profissionais colaboradores. 4 FEMIPA Ciente de que muitos desconhecem os processos de parceria entre o Estado e a OS, Cristina Pires, gerente de Organizações Sociais da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, destaca como o hospital continua sendo 100% público e estadual. “A diferença é que o Estado repassa recursos para a Organização Social cuidar da administração. O gerenciamento por OS apresenta maior agilidade e é menos burocrático. As metas de produção são estabelecidas em contrato e acompanhadas, possibilitando o monitoramento e fiscalização do recurso aplicado”, afirma. entrevista Panorama de atuação das Organizações Sociais em hospitais públicos Foto: Julio Cesar Especialista na área de Saúde do terceiro setor e ex-presidente da FEMIPA, o advogado Maçazumi Furtado Niwa tira dúvidas sobre o modelo de administração de hospitais públicos por meio de OS De que forma a percepção da sociedade tem mudado em relação às Organizações Sociais? As discussões, por vezes, são mais ideológicas do que práticas nas esferas administrativas e nos conselhos de saúde. O cidadão que depende do sistema público de saúde quer assistência à saúde com acesso e qualidade. Não creio que o usuário do Sistema Único pergunte se o atendimento que ele busca no SUS será realizado por uma OS ou Hospital Público por administração própria. As necessidades da população são reais e as discussões ideológicas em raras vezes são objetivas. As OS são bem aceitas pela população atendida e os gestores públicos que ousaram implantá-las podem demonstrar as vantagens de se fazer mais assistência, com mais qualidade à população por um custo igual e em muitos dos casos consolidados menor do que a administração pública própria. Nesse modelo de gestão em hospitais públicos, quais são as principais responsabilidades da OS e do Estado? Todos os direitos e obrigações devem estar descritos no Contrato de Gestão. Via de regra, de acordo com os serviços contratados, a Organização Social e o Poder Público pactuam o orçamento anual para que a Organização Social faça a execução dos serviços, respeitadas as metas quantitativas e qualitativas. A Organização Social deve realizar a contratação de bens e serviços, contratação de funcionários e plano de cargos e salários, na forma de regulamento a ser aprovado pela Comissão de Avaliação e Fiscalização que deverá acompanhar ou por regulamento estabelecido pelo Poder Público. A Comissão de Avaliação e Fiscalização composta pelo Poder Público Supervisor, gestores do SUS, membros do Conselho Municipal, Estadual ou Nacional de Assistência Social, membros da Organização Social, dentre outras que estejam previstos em lei ou decreto devem acompanhar as metas estabelecidas, a prestação de contas, propor alteração das metas. A repactuação financeira é realizada sempre que se demonstrar necessária, respeitados os prazos mínimos previsto no Contrato de Gestão. Qual legislação regulamenta essa prática? Cada uma das esferas de Governo (Federal, Estadual e Municipal) pode editar leis, decretos e portarias sobre o assunto. A administração pública federal pode se valer da LEI Nº 9.637, de 15 de maio de 1998, que dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e entidades que menciona e a absorção de suas atividades por organizações sociais, e dá outras providências. No Estado de Santa Catarina, por sua vez, existe a Lei Estadual 12.929/2004 (art. 1º), Decreto Estadual 4.272/2006. No Estado do Paraná, a matéria é disciplinada pela Lei Complementar Estadual do PR. 140/2011 e o Decreto que a regulamenta 4951/2012. Alguns Estados estão mais avançados na experiência com as Organizações Sociais, especialmente na área da saúde. Os Estados de São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco. O Paraná ainda não celebrou Contrato de Gestão com Organizações Sociais na área de saúde. Setembro | Outubro, 2013 5 seminário Comunicação e case empresarial fazem parte da programação do 6º Seminário Femipa Evento que será realizado em Curitiba nos dias 21 e 22 de novembro irá reunir especialistas em gerenciamento de crise O gerenciamento de crise na saúde é o grande tema da sexta edição do Seminário Femipa, que será realizado nos dias 21 e 22 de novembro em Curitiba. Em nove painéis, o assunto será abordado sob várias perspectivas, tratando sobre segurança do paciente, gestão de pessoal e aplicação de modelos para gerenciamento de crises em hospitais. O papel da comunicação também será discutido no evento, na conferência do jornalista e consultor João José Forni, marcada para o dia 22. Autor do livro “Gestão de Crises e Comunicação”, Forni destacará que a redução de danos provocada por uma crise depende tanto do setor de comunicação quanto do setor operacional de uma instituição. “Por muitos anos, equivocadamente, a solução das crises era atribuída principalmente à comunicação e os gestores se colocavam como vítimas da mídia. Mas aponto que a maioria das crises em instituições no mundo todo acontece, sobretudo, por erros cometidos pela área operacional”, afirma. Para ele, não basta um hospital contar com um expert em comunicação, se a instituição não faz um trabalho preventivo, organizando um comitê de crise que faça gestão de risco. “Hospitais são como empresas de transporte. Estão sob risco constante, porque lidam com vidas. Não são como bancos, que podem estornar débitos no dia seguinte. Em um hospital não há volta quando 6 FEMIPA se comete um erro grave. Portanto, é preciso investir em treinamento diário, para que cada funcionário evite cometer erros e seja premiado por isso. É preciso lidar com esse problema com educação e conscientização. Se uma instituição faz tudo isso e tem um bom profissional de comunicação, aí sim ela estará preparada para evitar ou reduzir impactos de uma possível crise”, explica Forni. Também no dia 22, o seminário apresentará um case empresarial. O modo como o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desenvolve seu gerenciamento de risco, em prol da sustentabilidade e da qualidade de atendimento aos pacientes, será apresentado por Carlos Alberto Marsal, superintendente de controladoria e finanças dessa instituição. Assembleia geral No dia 20 de novembro, a Femipa promove uma reunião de diretoria presencial e uma assembleia extraordinária para discutir uma alteração no estatuto e discutir outros assuntos. Todos os hospitais afiliados podem participar do encontro, que será às 15 horas, no centro de eventos da sede da Federação (Rua Padre Anchieta, 1691 - Curitiba). Foto: JMarco Antonio Tavares hospsus Formandos e professores da primeira turma de especialização em Gestão Hospitalar Gestores concluem curso em gestão hospitalar Programa garantiu acesso a metodologias e ferramentas de gestão que foram aplicadas na prática A pós dois anos de formação, chegou ao fim a primeira edição do curso de especialização em Gestão Hospitalar do Programa de Apoio e Qualificação dos Hospitais Públicos e Filantrópicos (HospSUS). O curso, realizado em parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), contou com duas turmas, uma em Curitiba, outra em Londrina, com um total de 70 formandos. Ao longo desse período, os gestores trocaram experiências e tiveram acesso a metodologias e ferramentas de gestão e oficinas cujos temas eram relacionados às Redes de Atenção à Saúde, visando à melhoria do acesso e do atendimento prestado aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O coordenador do curso de especialização pela PUCPR, professor Lourival Scheidweler, enfatiza que os trabalhos apresentados pelos alunos foram excelentes. “São pessoas competentes que estão fazendo a diferença para o Sistema Único de Saúde”, disse. A Santa Casa de Irati, por exemplo, elaborou o trabalho de conclusão de curso sobre a ferramenta de gestão Balanced Scorecard ou BSC, que mede o desempenho da administração baseada em perspectivas financeira, clientes, processos internos, aprendizado e crescimento. Referência para nove municípios, o hospital atende cerca de 550 internamentos por mês e atua com foco no SUS, já que a região tem baixo índice de conveniados a planos de saúde. Fazem parte da busca de resultados da instituição a gestão de qualidade, otimização de gastos e receitas, fortalecimento da imagem e otimização da capacidade instalada. A parceria com a Femipa deu tão certo, que a entidade e a Secretaria estão formatando uma nova modalidade de capacitação, desta vez para os médicos. Serão cursos de treinamento nas áreas de urgência clínica e trauma. “Mais pessoas precisam ser capacitadas dentro dos hospitais”, afirma o presidente da Femipa, Luiz Soares Koury. A conclusão do convênio com a Femipa se dará em março de 2014. O HospSUS foi o primeiro programa estratégico lançado pela Secretaria da Saúde com o tripé custeio, investimento e capacitação. Setembro | Outubro, 2013 7 Foto: Marco Antonio Tavares hospsus Gestores receberam o MANUAL HOSPSUS com todo o conteúdo do curso Na prática Durante o curso, os alunos foram construindo o Plano Diretor de seus hospitais. Conheça três dos 28 documentos elaborados pelos participantes do HospSUS. Hospital Universitário do Oeste do Paraná Hospital Metropolitano de Sarandi A instituição traçou um perfil demográfico e epidemiológico de Cascavel para melhor adequar o hospital às necessidades da região. O aumento de internamentos acima do crescimento populacional indica um envelhecimento e consequente necessidade de aumento de leitos. O diagnóstico indicou a necessidade de aumentar os atendimentos de média complexidade e diminuir os de alta, incentivou a criação de uma ala de queimados e materno-infantil, além da ampliação da urgência e emergência e desintoxicação. O plano diretor deste hospital foi traçado para os próximos 10 anos, sempre monitorado e em contínuo aprimoramento. Estabelece, entre outros pontos, melhorias na estrutura física e atendimento integral e humanizado. As principais metas são redução da mortalidade materno-infantil, por trauma e nos atendimentos de urgência e emergência. O apoio da faculdade Uningá foi primordial para os avanços da instituição, como a implantação de residência para aperfeiçoar o atendimento. O equilíbrio financeiro é outra etapa importante do plano, que engloba parcerias com as prefeituras da região, busca por recursos do governo federal e emendas parlamentares, além de avaliação de custos. 8 FEMIPA Santa Casa de Paranavaí Na Santa Casa de Paranavaí é notável a melhoria no atendimento, prova disso é o aumento da procura por pacientes com planos de saúde particulares. O bom resultado se deve, principalmente, ao esforço empregado em envolver desde o corpo clínico até a comunidade no dia-a-dia do hospital. Capacitação e qualificação dos profissionais e espaço para que atinjam seus objetivos foram algumas das estratégias usadas para mantê-los motivados. Avanços como a criação de laboratório próprio e informatização também levaram mais credibilidade para a instituição.