Atuação do engenheiro de produção vai além das
fábricas
da Folha de S.Paulo
O campo de trabalho de quem se forma em engenharia de produção não se
restringe às fábricas, apesar da ênfase dada pelas faculdades a essa área.
Como os profissionais atuam nos chamados sistemas produtivos, muitos
engenheiros de produção são contratados para trabalhar em áreas não-industriais
como redes de fast food, hospitais e aeroportos. "Em um hospital, por exemplo,
pode-se pensar em um doente como uma matéria-prima a ser transformada em um
produto final, que seria uma pessoa sadia. O engenheiro irá organizar a estrutura
desde a recepção até o centro cirúrgico da melhor maneira possível", disse
Alexandre Massote, professor da FEI.
Uma área que absorve cada vez mais engenheiros é o mercado financeiro. Isso
porque no curso o estudante adquire capacidade de raciocínio abstrato e de análise
que não se encontra em outras profissões, como economia.
O engenheiro Gustavo Santos se formou na USP em 1999 e hoje é analista de
ações no banco de investimentos CSFB (Credit Suisse First Boston). O trabalho dele
é, basicamente, analisar empresas e verificar quais propiciarão melhores lucros aos
acionistas.
Segundo ele, há relação direta entre o que aprendeu na faculdade e o que exerce
hoje, mas a maioria dos engenheiros do mercado financeiro só aproveita as
habilidades desenvolvidas no curso, não o conteúdo teórico. "A capacidade de
resolver problemas é algo que o mercado quer e isso se aprende na faculdade,
desde aqueles probleminhas de física no primeiro ano, até os mais complexos feitos
no trabalho de conclusão de curso", disse Santos.
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O que é Engenharia de Produção?