Problemas de Casal e de
Família
Breve Histórico

TCC desenvolvida para tratamento de depressão e
ansiedade

Problemas nas relações íntimas há 40 anos com Albert Ellis
e Harper (1961)

Reconheceram o papel importante da cognição nos
relacionamentos conjugais

Base: Ocorre disfunção quando os cônjuges mantêm
crenças irrealistas sobre o relacionamento, fazendo
avaliações negativas extremas sobre a origem de suas
insatisfações (Ellis et al., 1989)
Breve Histórico

60 e 70 terapeutas do comportamento aplicaram princípios da
teoria da aprendizagem para tratar problemas de
comportamentos tanto dos adultos quanto das crianças

Muitas dessas técnicas foram utilizadas com casais e mais
tarde com famílias

Aberto caminho para pesquisas que reconheceram a
importância de se intervir nos fatores cognitivos, bem como
nos padrões de interação comportamental

80 – fatores cognitivos um foco crescente da pesquisa com
casais. Cognições mais diretas e sistemáticas ≠ outras
abordagens sistêmicas
Breve Histórico

Depois do foco de atenção na distorção modificada e nas
percepções inadequadas dos casais ~ mais atenção às
inferências e crenças que os cônjuges tinham uns sobre os
outros (Baucom; Epstein, 1990; Dattilio e Padesky, 1995)

Houve adaptação do protocolo utilizado na terapia individual
para a de casal. O objetivo era a mudança de suas próprias
cognições problemáticas e de comunicar e resolver
problemas de forma construtiva

Os mesmos princípios do ponto de vista de Ellis e Beck
foram aplicados a terapia familiar que se expandiu nos anos
80 e 90
Fatores importantes na adoção da TCC
com casais e famílias

Pesquisas sobre sua eficácia

Valorização pelos clientes de uma abordagem próativa na resolução de problemas e na construção de
habilidades que a família pode utilizar no
enfrentamento de dificuldades futuras

Ênfase na relação colaborativa entre terapeuta e
paciente
Ampliação de fatores contextuais na TCC de
casal e família

Aspectos do ambiente físico
Aspectos interpessoais do casal e família
Por ex.: parentes, local de trabalho, violência
no bairro, condições econômicas nacionais

Grande ampliação na literatura com a
produção de trabalhos envolvendo a
criatividade dos praticantes
Influência de Alfred Adler Na TCC com
casais e família

1978 – “As pessoas têm a necessidade de desenvolver um
relacionamento íntimo com pelo menos 1 indivíduo para seu
próprio bem e, em última análise, para o bem da sociedade.”

“A formação de casamentos e famílias fornece à sociedade
conexões entre o passado e o futuro.”

“O êxito no casamento é uma tarefa que exige posturas de
igualdade, cooperação e responsabilidade de ambos os
cônjuges, bem como habilidades para comunicar e resolver
problemas de modo colaborativo.”

Crenças irrealistas baseadas em mitos da sociedade no início do
relacionamento interferem negativamente nos casamentos.
Influência de Alfred Adler Na TCC com
casais e família

O foco de atenção do tratamento era principalmente a
natureza significativa do comportamento de cada membro da
família e a consequência que suas ações tem sobre os outros
membros.

Disfunções na interação familiar envolvem a tentativa de cada
pessoa obter ou manter uma posição mais vantajosa sobre o
outro.

Princípio fundamental: mudar padrões de interação
assimétricos que prejudicam a capacidade do casal e da
família de desenvolver um relacionamento equilibrado.
Teoria da Aprendizagem Social

Indivíduos adquirem a habilidade de respostas simples ou
complexas através da aprendizagem observacional de outros
indivíduos. (Bandura, 1977)

Um indivíduo modela um comportamento só depois de prever o
reforço recebido para fazê-lo ou acreditar que é apropriado se
comportar daquela forma

Estudam como as crianças adquirem padrões de
comportamento interpessoal pela exposição à dinâmica familiar
de origem. Mediada por processos cognitivos, como por ex.,
expectativas sobre a probabilidade de que nossas ações terão
determinadas consequências, tais como reforço ou punição
Teoria do Intercâmbio Social
Thibaut e Kelley (1959)


A satisfação e os relacionamentos íntimos das pessoas dependem da
proporção de comportamentos positivos e negativos que recebem das
pessoas significativas em sua vida.
Por exemplo: se um dos cônjuges age negativamente em relação ao
outro, este tende a responder da mesma maneira.

Agradecendo um membro da família por fazer-lhe um favor. Mostra uma
interação recíproca.

A reciprocidade pode ser postergada. Ex.: ficar com uma mágoa sobre o
modo como um parceiro se comportou e retaliar posteriormente

A TCC utiliza intervenções como contratos comportamentais e
treinamento em comunicações para maximizar os intercâmbios positivos
e minimizar os negativos (Dattilio, 1998)
Modelo Cognitivo Comportamental de
um tratamento
modificação de expectativas irreais no relacionamento.
Previsões sobre a probabilidade de que certas coisas vão
acontecer no relacionamento.
Ex.: Se expressar sentimentos ao cônjuge terá como
consequência uma reação verbal agressiva

correção de atribuições errôneas nas interações do
relacionamento. Inferências sobre os fatores que
influenciam as próprias ações e as do cônjuge.
Por ex.: Concluir que o parceiro deixou de responder a uma
pergunta porque deseja controlar o relacionamento

Modelo Cognitivo Comportamental de um
tratamento

uso de procedimentos de autoinstrução para diminuir a
interação destrutiva.

Atenção seletiva. Tendência de um indivíduo perceber
determinados aspectos do que ocorre em seu
relacionamento e ignorar outros.
Pressupostos, crenças sobre as características naturais
das pessoas e do relacionamento. Crenças sobre as
características naturais das pessoas e dos
relacionamentos.
Por ex.: Uma esposa pode pensar que os homens não tem
necessidade de ligação emocional

Avaliação de caso
três etapas essenciais:

1. ENTREVISTAS CONJUNTAS

2. INVENTÁRIOS ESCRITOS E
QUESTIONÁRIOS: no Brasil não é
comum o uso desse tipo de ferramenta

3. ENTREVISTAS INDIVIDUAIS
ENTREVISTAS CONJUNTAS

Obtenção de informações da vida dos membros do
casal

Como e sob que circunstâncias o casal se conheceu

Vivem juntos ou não

Número de anos de vida em comum

Se foram casados anteriormente
ENTREVISTAS CONJUNTAS

Tiveram outros relacionamentos de longo prazo

Número e idade dos filhos do relacionamento atual e de
relacionamentos anteriores

Breve história dos problemas atuais

Com freqüência, os casais retêm informações conscientemente ou inadvertidamente - que poderiam ser
vitais ao entendimento da dinâmica do relacionamento.

Por múltiplas razões, essas informações aparecerão
mais tarde, durante o processo de tratamento
INVENTÁRIOS ESCRITOS E
QUESTIONÁRIOS
atitude conjugal
 ajustamento diádico
 felicidade conjugal
 satisfação conjugal
 crenças sobre a mudança
 problemas no companheirismo
 expressões de amor
 problemas no estilo de comunicação

ENTREVISTAS INDIVIDUAIS

Com o fim de o terapeuta interagir com
cada um e perceber seu comportamento
sem a presença do parceiro

O foco deve ser como o indivíduo vê os
problemas do relacionamento

A ênfase: os pensamentos automáticos,
as crenças sobre si mesmo e sobre as
mudanças que precisam ocorrer
Entrevista Devolutiva

O terapeuta realizará uma entrevista devolutiva

a conceituação do caso
uma análise inicial dos problemas apresentados
e um plano de tratamento



Durante o processo de avaliação, uma das
preocupações primárias do terapeuta é a
identificação dos esquemas ou crenças dos
parceiros sobre os relacionamentos em geral e,
especificamente, sobre seu próprio
relacionamento
Entrevista Devolutiva
O
terapeuta focaliza as
expectativas de cada parceiro
quanto à natureza de um
relacionamento íntimo
Formulação do caso

origem das crenças básicas

crenças acerca do relacionamento

identificação das áreas-problema

identificação de pensamentos automáticos do
casal

identidade da família de origem
Formulação do Caso

habilidades de comunicação

dificuldades que impedem a aquisição de
habilidades de comunicação

solução de problemas

diferenças de poder no relacionamento

crenças perturbadoras a solução de problemas
Origem das Crenças Básicas





os pais
as regras da cultura local
os meios de comunicação
as primeiras experiências românticas
Existem diversas áreas que devem ser
focadas para a mudança de
comportamento no padrão de qualidade
dos relacionamentos. São elas:
CRENÇAS ACERCA DO
RELACIONAMENTO

As crenças básicas são o fundamento para
os pensamentos automáticos e ações de um
indivíduo em qualquer relacionamento

O levantamento dessas crenças é
fundamental para o terapeuta ensinar aos
parceiros o primeiro passo na alteração de
sua visão do relacionamento:
CRENÇAS ACERCA DO
RELACIONAMENTO
crenças distorcidas → crenças alternativas
“Todos os homens são iguais”
“Todos os homens são iguais de uma certa maneira, mas ainda
assim cada um é único”

expectativas irrealistas → frustrações e conflitos
Ex.homem provedor não espera mulher trabalhar fora

atribuições causais → atribuições errôneas
“jogar a culpa”
Conjunto colaborativo (Jacobson e Morgolin – 1979)

IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREASPROBLEMA

Quando um casal chega para a terapia, têm pelo
menos alguma idéia do que deseja ver mudado
em seu relacionamento

Variável de casal para casal.
IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREASPROBLEMA

Identificação das áreas de problemas

Terapeuta e o casal classificam - nas por ordem
de importância para cada um dos indivíduos e dos
efeitos debilitadores sobre o relacionamento

Cada área-problema será abordada em separado
IDENTIFICACÃO DE PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS DO CASAL

O modo mais direto de reconhecer um
pensamento automático quanto ao
relacionamento:

Definir uma situação específica
Perguntar:

"o que passa por sua mente nesse
momento?"
Pensamentos Automáticos mais
comuns

Inferência Arbitrária – Um homem cuja esposa atrasa-se meia-hora
após o trabalho pode pensar “Ela deve estar tendo um caso”

Abstração Seletiva – Uma mulher, cujo marido deixa de responder
seu cumprimento logo ao despertar, conclui: “Ele deve estar zangado
comigo novamente”

Hipergeneralização – Após ser rejeitado para o primeiro encontro,
um homem jovem pode concluir: “Todas as mulheres são iguais; eu
serei sempre rejeitado.”

Magnificação e Minimização – Um marido zangado “explode” ao
verificar o saldo bancário negativo e diz para a esposa: “Estamos
falidos”
Personalização – Uma mulher descobre o marido passando
novamente uma camisa que ela própria havia passado e presume:
“Ele está insatisfeito com minha capacidade de fazer as coisas

Pensamento Dicotômico – O marido pede à esposa sua opinião
sobre a colocação de papel de parede em andamento na sala e,
depois que essa questiona sobre as emendas, ele pensa: “Não
consigo fazer nada direito”.

Classificação e Classificação Incorreta – Após cometer erros
contínuos na preparação de refeições, uma esposa comenta: “Sou
uma inútil”, ao invés de reconhecer que errar faz parte de ser humano.

Visão em túnel – Uma mulher que acredita que seu namorado “faz
apenas o que quer, de qualquer modo”, pode acusá-lo de tomar uma
decisão baseado em motivos puramente egoístas.
Erros Cognitivos do casal

Explicações Tendenciosas – Durante períodos de sofrimento
existe uma suposição automática de que o companheiro
mantém um motivo negativo e velado para suas ações. Uma
mulher pode afirmar para si mesma: “Ele está agindo deste
modo exageradamente carinhoso, porque, provavelmente,
depois me pedirá para fazer algo que sabe que detesto fazer”.

Leitura Mental – Dom mágico de saber o que o outro está
pensando. Um homem pode pensar consigo mesmo. “Eu sei o
que ela está pensando. Ela acha que não percebo seus
truques para enganar-me”.
Inicialmente

Pensamentos automáticos e as
crenças são identificados nas
entrevistas individuais

Objetivo de evitar a interferência do
parceiro, ou a inibição para reconhecêIos na presença do outro.
Posteriormente

O casal será orientado:

a observar como cada um pensa

e a identificar seus próprios pensamentos
e crenças, compartilhando-os entre si
IDENTIDADE DA FAMíLIA DE
ORIGEM

Investigar algumas recordações do casal sobre o
relacionamento de seus pais

Isso ajudará o casal a compreender melhor alguns
de seus próprios padrões de interação e a dar os
primeiros passos para uma modificação

Deixar claro que os parceiros poderão ter de
abandonar suas crenças familiares, sobre o que
funciona ou não num relacionamento, e adotar
novas diretrizes para si mesmos
IDENTIDADE DA FAMíLIA DE ORIGEM

Isso também ajudará a reforçar

a noção de perceber as necessidades um do
outro

e a importância de obter uma maior
compreensão sobre seu parceiro.
HABILIDADES DE
COMUNICAÇÃO

Problemas na comunicação mais frequentes

Ajudar o casal a compreender:
- uma boa comunicação não significa, concordância
- uma boa comunicação envolve:
- aprender a falar e ouvir - haja um entendimento
mútuo sobre os pontos de vista de cada indivíduo
(técnica passar o boné).
DIFICULDADES QUE IMPEDEM A
AQUISICÃO DE HABILIDADES DE
COMUNICAÇÃO:

a. déficits interpessoais: alguns
indivíduos não possuem as habilidades
interpessoais básicas, mesmo em
situações sem conflito e, outros
relacionamentos

b. afeto intenso: a maior parte dos casais
tem dificuldade para a comunicação clara,
quando os parceiros estão extremamente
irritados, ansiosos ou deprimidos
DIFICULDADES QUE IMPEDEM A
AQUISICÃO DE HABILIDADES DE
COMUNICAÇÃO:

Se um ou ambos os parceiros estão em um
estado de alta irritabilidade é irreal esperar
que sejam capazes de completar um
exercício de comunicação

A raiva é a emoção mais freqüente, utilize
técnicas de esfriamento: farol de trânsito,
placa "perigo"
DIFICULDADES QUE IMPEDEM A
AQUISICÃO DE HABILIDADES DE
COMUNICAÇÃO:

c. crenças interferentes: a falta de esperanças
é um dos impedimentos mais importantes no
processo de mudança

Crenças comuns de desesperança incluem:

"meu parceiro não vai mudar”; "é muito tarde
para nós dois"; "nossos problemas são
insolúveis"; "se falarmos sobre isso, só vamos
piorar tudo"; "meus esforços de nada
adiantarão"
DIFICULDADES QUE IMPEDEM A
AQUISICÃO DE HABILIDADES DE
COMUNICAÇÃO:

Intolerância ao desconforto emocional dos
outros

Crenças como: "sou mau se causo sofrimento a
uma outra pessoa", ou "se meu parceiro sente dor,
eu devo fazê-Ia passar'

Essas crenças podem fazer com que o indivíduo
relute em expressar mágoa e raiva, ou levar a
solução rápida do problema ou desculpas
prematuras ao invés de compreensão dos
sentimentos do outro
DIFICULDADES QUE IMPEDEM A
AQUISICÃO DE HABILIDADES DE
COMUNICAÇÃO:

Mais um tipo de crença envolve o medo da
intimidade, expresso em pensamentos como:

"se as pessoas me conhecerem, certamente me
rejeitarão"; "se expressar meus verdadeiros
sentimentos, serei humilhado"; "sinto-me melhor
sozinho"; "é arriscado falar sobre emoções - as
coisas podem sair do nosso controle"; ou "se eu
me permitir alguma intimidade e o relacionamento
não funcionar, não conseguirei lidar com a dor'.
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

A capacidade de ouvir e resumir o ponto-de-vista do
parceiro é um bom início para a solução de problemas

Em seguida: estabelecer uma agenda

Definir positiva e especificamente cada problema

Discutir apenas um problema de cada vez

Estabelecer o foco sobre a solução mútua, no lugar de
impor culpa e responsabilidade
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Em alguns casos, um problema pode ter maior
importância para um dos parceiros

Nesse caso, faz sentido selecionar uma solução
satisfatória para o parceiro mais preocupado, mesmo que
não seja a preferida por ambos

Ocasionalmente, não há uma solução mutuamente
satisfatória. Nesse caso, os casais precisam decidir
quem sairá satisfeito, cedendo seu lugar para uma
próxima oportunidade

Alternativamente, podem decidir que cada um será
satisfeito parcialmente, ou que nenhum dos dois será
satisfeito
DIFERENCAS DE PODER NO
RELACIONAMENTO

Poder refere-se à capacidade de influenciar o
parceiro

Quase todos os relacionamentos possuem
diferenças no poder

Casal com diferenças extremas ou rígidas no
poder, ajudá-Ios a perceber que a decisão
compartilhada traz vantagens a ambos
DIFERENCAS DE PODER NO
RELACIONAMENTO

Conquistar decisão compartilhada:

Perguntar ao casal sobre as vantagens e
desvantagens de seu estilo atual de tomada de
decisões

salientando os métodos relativos ao uso dos
conhecimentos e qualidades de ambos os parceiros
para a solução do problema.
ESTILOS DE INFLUÊNCIA NOS
RELACIONAMENTOS

Parceiro fortemente influente percebe a si
como importante e não assume qualquer
responsabilidade pelos problemas no
relacionamento

Ao examinarmos os estilos de expressão do
poder, os casais podem ver como cada um
exerce influência sobre o outro, seja de forma
eficiente ou ineficiente, podendo assim,
neutralizar ou modificar os efeitos destrutivos
CRENÇAS QUE PODEM PERTURBAR
A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

As mais freqüentes são:

"já cedi demais" e então haverá relutância
para a negociação das soluções

"uma pequena mudança não é suficiente"

"temos de mudar muito"

"a solução precisa ser perfeita"
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
1. história de conceitualização dos problemas do
casal:

coleta de informações para a avaliação

explicação do modelo de tratamento em termos da
história do casal
2. manejo da raiva:
neste estágio, se realiza um apaziguamento e
contenção dos pontos negativos da interação
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
3. aumento dos pontos positivos:

restaura uma fundação positiva para o
relacionamento

ajuda a estabelecer uma expectativa
positiva para a mudança

introduz um conjunto cooperativo para as
interações domésticas entre o casal
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
4. ensinar o casal a identificar, testar e
responder aos principais pensamentos
automáticos:

ensina a identificação de pensamentos
automáticos

distribui tarefas de transcrição dos pensamentos
automáticos durante os problemas

ensina o casal a determinar e testar seus
pensamentos automáticos,na sessão/ em casa
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
5. ensino de habilidades na comunicação:

uso de técnicas padronizadas (como treino
em habilidades sociais, passar o boné)

combiná-Ias com a conscientização dos
pensamentos automáticos que interferem
com o falar e o ouvir efetivos

avaliar e testar esses pensamentos
automáticos
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
6. exploração de questões relativas à raiva:

no nível superficial, aprender a avaliar os
pensamentos automáticos associados com a raiva

em nível mais profundo, identificar dúvidas secretas,
mágoas e medos escondidos, que podem abastecer
situações recorrentes de raiva

ajudar os indivíduos e o casal a responder essas
dúvidas, mágoas e medos, de modo que as
ameaças percebidas possam ser resolvidas de
forma construtiva
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
7. ensino de estratégias para a solução
do problema:

uso de técnicas padronizadas (vantagens
e desvantagens, lista de problemas,etc.)

identificação com métodos e crenças que
interferem com métodos padronizados
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
8. identificação e mudanças nas atitudes
disfuncionais e suposições centrais:

importante para o indivíduo e casais com sistemas
rígidos de crenças

examina as raízes históricas das crenças

testa a validade/utilidade atual dessas crenças

ajuda a construir atitudes mais adaptativas (tarefas
de casa)
ESTRUTURA DA TERAPIA COGNITIVA COM
CASAIS:
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
9. prevenção de recaídas

revisa os princípios e estratégias aprendidas
de solução de problemas

antecipa problemas futuros e debate
soluções

marca consultas de acompanhamento após
o término da terapia
CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS QUE
OCORREM NA TERAPIA DE CASAIS

Situações de crise:
gravidez indesejada, descoberta de
infidelidade, discussão resultando em luta
física ou prisão, e abuso de álcool ou drogas

Situações de raiva e violência:
se a violência é um risco, a segurança pessoal
para ambos os membros do casal deve
assumir prioridade sobre os objetivos da
terapia
CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS QUE
OCORREM NA TERAPIA DE CASAIS

Ocasionalmente, a separação física é a única
garantia de segurança para o casal e deve ser
fortemente recomendada

Para casais com um alto grau de risco é necessária
a terapia individual

A mágoa e o medo estão por trás da maioria das
respostas de raiva. Identificá-Ias, pois abastecem os
ciclos de raiva e as expressões de raiva provocam
reações de raiva. Expressões de mágoa ou medo,
provocam pedidos de desculpa e reasseguramento
Infidelidade:

Alguns casais e terapeutas acreditam que quando existe a
infidelidade, o relacionamento está condenado

Isso não precisa ser verdade, embora ocasionalmente um
caso extra-conjugal realmente sinalize o final do
relacionamento

A tarefa importante quando um romance fora do
relacionamento é revelado, é descobrir o significado deste
para o indivíduo que o mantém e para o relacionamento
primário

Uma razão comum é a insatisfação com o relacionamento
atual e a sensação de que a mudança é impossível

A pessoa que mantém o relacionamento, freqüentemente, se
dispõe a terminá-Io, na melhora do relacionamento primário
Quando um deseja romper o
relacionamento, mas o outro não

O terapeuta pode trabalhar o indivíduo que
deseja terminar o relacionamento, a fim de
compreender suas razões e testar suas
potenciais crenças distorcidas, tais como falta
de esperanças para a melhora do
relacionamento

Se for tomada a decisão de terminar com o
relacionamento, deve-se ajudar cada um dos
membros do casal a ajustar-se a essa decisão
Quando é o momento de terminar
o relacionamento

A decisão deve ser tomada pelo casal

Em geral, o relacionamento melhora um
pouco e depois piora à medida que os
conflitos perturbadores emergem

A capacidade de um terapeuta para
conceitualizar as origens desses
problemas pode ajudar na superação
mais rápida desses "pontos de impasse"
Quando é o momento de terminar
o relacionamento

O terapeuta precisa oferecer a esperança de que os
problemas, uma vez definidos, podem ser
solucionados

Se ambos os parceiros decidiram pelo fim do
relacionamento e vêm à consulta para obter auxílio
na separação, o terapeuta pode ajudar nesse
processo, após um breve exame das razões para o
término

Se um cliente não deseja se esforçar em um
relacionamento a longo prazo, na esperança de
resolver problemas, pode ser inapropriado tentar
mudar esse valor
Questões culturais:
Os casais ingressam em seus relacionamentos com
crenças e expectativas que surgem de sua cultura e
por ela são apoiados.
 Além das influências sociais mais amplas, cada
indivíduo tem uma história cultural pessoal, que
pode ser conceitualizada ao longo de quatro
dimensões:
 herança étnica ou racial
 status sócio-econômico
 afiliação religiosa ou espiritual e
 valores do papel sexual

Casais de Gays e Lésbicas

Buscam a terapia pelas mesmas razões que casais
heterossexuais

Os mesmos princípios e estratégias de tratamento
são aplicados

Os terapeutas que trabalham com eles devem estar
familiarizados com as pressões e circunstâncias
especiais enfrentadas por esses casais

Também é importante que os terapeutas se
familiarizem com os mitos, realidades e estilo de
vida dessa orientação sexual
Casais de Gays e Lésbicas

Não importando se o terapeuta é gay, lésbica ou
heterossexual, é difícil crescer em uma cultura
amplamente heterossexual, sem algumas
atitudes tendenciosas para com os
relacionamentos homossexuais

Como ocorre com todas as culturas, é
responsabilidade do terapeuta educar-se e
apoiar o sistema de valores escolhido pelo casal
PROBLEMAS DE FAMÍLIA

A Terapia Comportamental Cognitiva se concentra
em maior profundidade nos padrões de interações
da família, permanecendo consistente com os
elementos decorrentes de uma perspectiva de
sistemas

Dentro dessa estrutura, os relacionamentos, as
percepções, as emoções e o comportamento da
família, são encarados como influenciando
mutuamente um ao outro, de forma que uma
inferência cognitiva pode evocar emoções e
comportamentos, e a reação e o comportamento
podem influenciar a cognição
PROBLEMAS DE FAMÍLIA

Dessa forma, um membro da família provoca
comportamentos, cognições e emoções em
outros membros que, por sua vez,
despertam, como resposta, cognições,
comportamentos e emoções por parte do
primeiro membro

À medida que este ciclo continua, a
instabilidade da dinâmica familiar aumenta,
tornando os membros da família vulneráveis
a uma espiral negativa de conflitos
PROBLEMAS DE FAMÍLIA

À medida que aumenta o número de membros da
família envolvidos, também aumenta a complexidade
da dinâmica, acrescentando mais combustível ao
processo de conflito

A intervenção terapêutica é baseada nas suposições
pelas quais os membros da família interpretam e
avaliam um ao outro, e as emoções e comportamentos
que são gerados em resposta a estas cognições

As crenças, valores e modelo (regras) trazidos da
família de origem de cada parceiro são o filtro pelo
qual as partes constróem as crenças de uma nova
família. Isso pode ser muito conflitivo.
TRATAMENTO:

Definir o problema atual ou a crise apresentada.

Manter uma posição definida e diretiva ao penetrar
na unidade familiar e
introduzir ativamente a
mudança.

Tentar descobrir pelos pais alguma idéia geral da
história e da família de origem

Identificar esquemas derivados das famílias de
origem dos pais e determinar como estes foram
filtrados para os esquemas da família atual e as
expectativas dos membros da família.
TRATAMENTO:

Determinar os pensamentos automáticos e os
esquemas dos membros da
família por meio de
Questionamento socrático

Introduzir o conceito de testagem dos pensamentos
automáticos e desafiar as crenças subjacentes
individuais dos membros da família

Além disso, fazer algumas sugestões para
comportamentos alternativos modificação das
interações familiares
TRATAMENTO:

Introduzir o conceito do acordo com um contrato
de comportamento, em uma tentativa de acalmar
a crise atual

A estrutura do tempo deve se estender de sessão
para sessão, como um novo contrato desenvolvido
em cada sessão

Movimentar-se em direção à reestruturação dos
esquemas permanentes e à modificação do
comportamento
TRATAMENTO:

Concentrar-se nas habilidades de
comunicação e nas estratégias melhoradas
de resolução de problemas

Reforçar a implementação das estratégias
mencionadas para as crises futuras
(prevenção de recaída)

É essencial acalmar a instabilidade de uma
crise familiar antes de se concentrar em uma
mudança de esquemas permanentes
OBRIGADA
PELA
ATENÇÃO
Sugestão de filme:
Gente como a gente
Bibliografia:
Dattilio F.M.,Padesky C.A.Terapia Cognitiva com Casais.São
Paulo: ARTMED, 1998
Nichols M.P.,Schwartz R.C. Terapia Familiar – Conceitos e
Métodos.São Paulo: ARTMED, 7ª.ed.2007
Minuchin S.,Fishman H.C.Técnicas de Terapia Familiar.São
Paulo: ARTMED, 2003
Knapp P. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática
Psiquiátrica. Porto Alegre: ARTMED, 2004
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estratégias de tratamento