Uma abordagem gestáltica com
casais
O termo primário “Eu-Tu” estabelece o mundo
da relação.
Buber
Awareness, auto-conhecimento: quem é
você na relação?
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Qual é seu projeto de vida?
o que quer da relação?
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História de relações / campo familiar.
O que aprendi sobre relacionamentos?
Crenças, valores.
Estilo de apego.
“Mitos”.
Sexualidade.
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Sensibilidade, reatividade, como retorna ao equilíbrio.
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Sistemas: casais e famílias (Zinker)
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“O todo é maior que a soma das partes”.
Sistemas: estruturas complexas, causalidade não é
linear. Multicausalidade.
Cada pessoa e o campo que se forma “entre”.
Dificuldades: olha-se a disfunção no sistema, e
também cada indivíduo.
Sair da visão intrapsíquica para a visão sistêmica.
Qual é o pacto que faz este casal?
O limite ou fronteira define seu relacionamento com o
que o rodeia.
Awareness do processo é a base para a mudança
significativa.
Conhecer o “entre”
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Como é a interação.
Como estão conectados.
O que funciona.
O que pode melhorar?
O que querem?
Deixar o parceiro influenciar. Parceiros nas
decisões. Compartilhar o poder.
Se dirigir um para o outro, em vez de para fora.
Discernir que problemas têm ou não têm resolução.
Resolver os que têm.
Encontrar modos de quebrar ou conviver com os
impasses.
Criar significado compartilhado.
Sistemas de casais: trabalho do terapeuta
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Importância da awareness dos processos do
casal: fluxo, solidez cognitiva, energia, potencial
de contato.
Fluidez do processo: de pontos diferentes
parceiros se juntam e completam algo.
Focar nos processos:
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


Observar a interação.
Conversar sobre o que está acontecendo;
Observar pensamentos, sentimentos e experiências.
Intervir.
Propor experimentos.
Dar suporte à resolução de conflitos.
Dar suporte ao que funciona.
Intervenção com casais - Zinker
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Abertura, aquecimento: pré-contato.
Discutir regras básicas.
Pedir que tragam o problema, que conversem entre si. Cada
um fala por si, um não interrompe o outro.
Observar os casais, o que funciona, como se interrompem.
Podem pedir ajuda ao terapeuta, ou o terapeuta pode
interromper.
Terapeuta se afasta e estabelece fronteira. Esperar que algo
se torne figural.
Interromper para intervir.
Compartilhar competências e limitações da interação do casal.
Criar um experimento que desenvolva awareness de seu
processo, e que exponha o casal a um novo comportamento e
modo de ver a si mesmos.
Fechar, resumo, conversa informal.
Comunicação
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“O que um casal precisa para corrigir seu processo?
Precisa conversar sobre o que está acontecendo,
sobre seus pensamentos, sentimentos e
experiências.
Precisam permanecer com o processo até tocarem
em algo que contenha interesse, afeto e energia.
Chegam a uma “figura” com a qual se importam.
Então eles a vivenciam, digerem-na, completam-na,
e a deixam de lado.” Zinker
Choque de perspectivas
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Visão de mundo de cada um.
O sentido que cada um dá para eventos.
Experiências anteriores.
Raízes mais profundas: a vulnerabilidade de cada um.
Personalidade: Ex. Dependente x Anti-dependente
Dificulta: criar uma história; rotular o parceiro; atribuição
de motivos (ex. Pessoas ansiosas atribuem motivos
negativos).
Perspectivas fechadas: significado pessoal se sobrepõe
à consideração do outro.
Choque de perspectivas
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Muitos dos desejos, sentimentos e expectativas dos
conjuges tem origem na infância.
A estrutura referencial só admite informações
compatíveis.
Fatos que não se encaixam são esquecidos.
Conhecer o parceiro
Quem é o parceiro?
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Campo familiar, crenças, necessidades.
Projeto de vida.
Sensibilidade, reatividade, equilíbrio.
Negatividade.
Reciprocidade.
“Mapas” do amor: familiaridade com o mundo do
outro.
Nutrir o afeto e a admiração. Respeito.
Responder ao movimento do outro para o afeto,
atenção, humor ou suporte.
Trabalho
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Conhecer as perspectivas diferentes; deixar de ver
diferente= errado; aprender a ver a perspectiva do outro
de forma mais benigna e realista.
Acatar a perspectiva do outro.
Investigar, em vez de defensiva ou ataque.
Observar a reação.
Ouvir o outro.
Captar a essência do que o outro diz.
Suspender “histórias” e realmente ouvir.
Praticar presença, inclusão, consideração positiva
incondicional.
Trabalho
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Especificar mágoa ou aborrecimento de forma
espontânea.
O outro investigador, não defensor.
Não se dar desculpas.
Não contra-atacar.
Ouvir e assimilar questões específicas da queixa.
Entender os pensamentos automáticos por trás.
Chegar a um consenso sobre características
particulares do incidente.
Procurar soluções.
Intervenções - Zinker
1. Competências e fraquezas no processo do casal. Como o
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casal se move no ciclo? Como cada um encontra o outro? Como
deixa de encontrar? Como ficam com algo que leva à resolução?
Como deixam de conseguir?
Olhar não só as interrupções, mas as competências.
Dessensibilização, deflexão, Introjeções, projeções, retroflexões,
confluência, egotismo
Questões de processo e conteúdo: o terapeuta intervém no
processo. Não sabemos o que é melhor para os clientes.
Desequilíbrios de polaridades.
Em um sistema saudável, cada um desenvolve muitos potenciais.
Importância de desenvolver mais partes de si em vez de relegar
ao parceiro. Apontar com awareness e experimentação (ex.
inversão de papéis).
Intervenções – cont.
4.
A complementaridade e o terreno comum.
Ritmo fusão e separação: “nós” e “eu”.
“O único modo de ter um contato adequado é ter fronteiras
adequadas.”
Resolução saudável de conflitos. Algumas diferenças não são
reconciliáveis e precisam ser aceitas como tal.
A complementaridade é o aspecto funcional da diferenciação,
baseado nas diferenças.
Semelhanças: terreno comum. Base estável de confiança e
mutualidade.
5. Prestar atenção às resistências.
São fenômenos do sistema. Quando o casal percebe os modos
de cooperação para interromper o contato, podem melhorar
suas habilidades de contato e satisfação.
Comunicação e conflito - Zinker
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Cada um lista as qualidades do outro que incomodam.
Confronta o outro com frases “Eu...” e.g. “Eu tenho me aborrecido
quando você não me dá atenção em festas”.
Pessoa acusada diz como se sente corporalmente em ouvir isto.
Pessoa acusada faz esforço no sentido da acusação.
O acusador expressa o que ouviu.
O acusado descreve quando age a polaridade da acusação.
O acusador expressa o que ouviu. Complementa.
O acusador toma posse da projeção.
O acusado descreve o que ouviu.
Cada um compartilha o sentimento acerca do processo acima.
Postura do terapeuta
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Presença e confirmação permite que todos
cresçam.
Não permitir comportamentos abusivos:
estabelecer limites claros.
Protege e cria limites protetores entre as
pessoas na família.
Respeitar valores sociais e étnicos de cada
família.
Uma questão de casal numa terapia individual
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Cuidado para não “tomar partido” e tornar-se um
substituto.
Cuidar de um parceiro e dar apoio ao sistema.
Convidar o parceiro para uma sessão de casal.
Não pode trabalhar um parceiro sem afetar o
outro.
Apreciar o ponto de vista da outra pessoa:
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Ficar no lugar da outra pessoa.
Explorar o conflito intrapsíquico correspondente.
Dialogar com sua polaridade interna.
Dimensões do trabalho
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Comportamental: trabalhar a comunicação do casal.
Mais profunda: que introjeções, negócios inacabados,
função personalidade, dão sentido ao que acontece
agora.
Ontológica: o que é relacionar-se para mim? O que eu
quero da vida? Qual é o sentido de compartilhar a vida
com outro ser?
Bibliografia
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BECK, A.
ZINKER, J. (2001) A busca da elegância em
psicoterapia. S.P.: Summus.
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